proeja esp jane

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  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Oficinas do PROEJAA Educao de Jovens eAdultos no contexto da

    Educao para Todos

    Jane Paiva

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Os sujeitos da EJA

    Educandos, educadores e

    gestores que reconceituam aEJA

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Os educandos da EJA

    e sua diversidade

    Educandos

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Jovens e adultos que no concluram ensino

    fundamental no Brasil

    A demanda por atendimento no ensino fundamental

    em 2003 j chegava a 68 milhes

    Escolaridade Milhes de Pessoamenos de 4 anos 32

    4 a 7 anos 36

    Total 68Fonte: Pnad 2003 (IBGE)

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Jovens e adultos matriculados em EJA no Brasil

    A demanda por ensino fundamental no atendida

    chega a 62 milhes de pessoas

    Forma de atendimento Milhes de PessoaEnsino fundamental noturno 2

    EJA presencial 3,4EJA semi-presencial 0,6

    Total 6 (8,8%)Fonte: Pnad 2003 (IBGE)

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    ACRESCENTAR AQUI DADOS DADEMANDA PELO ENSINO MDIO EDADOS DE MATRCULA

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    O educador na EJA

    Repensando sua formao e suaprtica pedaggica ao atuar comjovens e adultos

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    Ser educador de EJA Compromisso poltico com o direito de todos

    educao (no garantido); Conhecimento dos saberes que sujeitos jovens e

    adultos portam; Conhecimento e domnio especfico prprio da

    prtica profissional; Conhecimento da condio de jovens e adultos nomundo: histrias de vida, ser ou no trabalhador,trajetrias escolares descontnuas, negadas ou de

    fracasso; Capacidade de escuta no processo pedaggico.

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    Das alegrias de ser professor de

    EJA Sujeitos que aprendem (professor e alunos) Aprendizagens coletivas (o que aprende um e

    outros?) Enunciador de currculos (a emergncia dos

    currculos praticados) Valor da prtica

    PPP e EJA / PPP da escola pblica edemocrtica

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    O que sabem professores sobre

    ensinar a jovens e adultos?

    Professores aprenderam do mesmomodo que seus alunos, como alunos.

    Aprenderam a ser, dessa maneira,professores.Aprender com base numa prtica

    reflexiva de sala de aula.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    O gestor na EJA

    Repensando a forma deorganizao da escola para

    atender s especificidades dejovens e adultos

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    O gestor na EJA

    Organizao dos processos de entrada e sada dealunos; dos tempos de aprendizagem; daorganizao curricular e horrios de professores

    Promover a formao continuada como instnciadecisria, tomando o projeto na dimensoavaliativa, e revendo coletivamente o processopara o encaminhamento de solues socializar aexperincia

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    A referncia legal na EJA

    Superando a concepocompensatria e supletiva

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    Reconceituando a EJA Sentidos da EJA:

    Constituio Federal (1988); LDB n. 9394/96; VCONFINTEA (Hamburgo, 1997); Parecer CNE n.11/2000

    Aprender por toda a vida educao continuada

    Polticas pblicas municipais, estaduais,federais conhecimento crtico;

    Aporte da educao popular como conceitoessencialmente latino-americano.

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    RECONCEITUALIZANDO A EDUCAO DE

    JOVENS E ADULTOS

    ESCOLARIZAO EDUCAO CONTINUADA

    ENSINO FUNDAMENTAL

    DIREITOS SOCIAIS E CIDADANIA

    EDUCAO AMBIENTAL

    EDUC PARA TRABALHADORES

    FORMAO CONTINUADA DE

    PROFESSORES

    LEITURA

    ENSINO MDIO

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NA LEI n. 9394/96

    DOS PRINCPIOS E FINS DA EDUCAO NACIONALDOS PRINCPIOS E FINS DA EDUCAO NACIONAL

    Art. 2. A educao (...) tem por finalidade o pleno

    desenvolvimento do educando, seu preparo para oexerccio da cidadania e sua qualificao para otrabalho. (...)

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    DO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DE EDUCARDO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DE EDUCAR

    Art. 4. O Dever do Estado com educao escolar pblica ser

    efetivado mediante garantia de:I - ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive paraos que a ele no tiveram acesso na idade prpria; (...)

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado scondies do educando;

    VII - oferta de educao escolar regular para jovens e

    adultos, com caractersticas e modalidades adequadas ssuas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos queforam trabalhadores as condies de acesso e permanncia naescola; (...)

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    DO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DEDO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DEEDUCAREDUCAR

    Art. 5. O acesso ao ensino fundamental direito pblico

    subjetivo (...)

    Pargrafo 1. Compete aos Estados e Municpios, em regimede colaborao, e com assistncia da Unio:

    I - recensear a populao em idade escolar para o ensinofundamental, e os jovens e adultos que a ele no tiveramacesso; (...)

    Pargrafo 5. Para garantir o cumprimento da obrigatoriedadede ensino, o Poder Pblico criar formas alternativas deacesso aos diferentes nveis de ensino,independentemente da escolarizao anterior. (...)

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    DOS NVEIS E DAS MODALIDADES DEDOS NVEIS E DAS MODALIDADES DEEDUCAO E ENSINOEDUCAO E ENSINO

    Art. 23. A educao bsica poder organizar-se em sriesanuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de

    perodos de estudos, grupos no seriados, com base na idade,na competncia e em outros critrios, ou por forma diversa deorganizao, sempre que o interesse do processo deaprendizagem assim recomendar. [...]

    Questes decorrentes: classificao e reclassificao,calendrio diferenciado, avano, trabalho coletivo...

    Da Educao BsicaDa Educao Bsica

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    Art. 32. O ensino fundamental [...]

    Pargrafo 4o. O ensino fundamental ser presencial, sendoo ensino a distncia utilizado como complementao daaprendizagem ou em situaes emergenciais. [...]

    Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelomenos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula,sendo progressivamente ampliado o perodo de permannciana escola.Pargrafo 1. So ressalvados os casos de ensino noturnoe das formas de alternativas de organizao autorizadasnesta Lei.

    Seo IIIDo Ensino Fundamental

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    Seo IVDo Ensino Mdio

    Art. 35. O ensino mdio (...) ter como finalidades:

    I a consolidao e o aproveitamento dos conhecimentosadquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimentode estudos;II a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando,para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptarcom flexibilidade a novas condies de ocupao ouaperfeioamento posteriores;III O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindoa formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

    pensamento crtico;IV a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dosprocessos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, noensino de cada disciplina.

    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSNA LEI n. 9394/96

    Seo V - Da Educao de Jovens e AdultosArt. 37. A educao de jovens e adultos ser destinadaaqueles que no tiveram acesso ou continuidade de estudosno ensino fundamental e mdiona idade prpria.

    1. Os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aosjovens e aos adultos, que no puderam efetuar os estudos naidade regular, oportunidades educacionais apropriadas,consideradas as caractersticas do alunado, seus interesses,condies de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

    2. O poder publico viabilizar e estimular o acesso e apermanncia do trabalhador na escola, mediante aesintegradas e complementares entre si.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NA DECLARAO DE HAMBURGO

    A Educao de Adultos (...) tanto conseqncia do exerccio dacidadania como condio para uma plena satisfao na sociedade.

    A perspectiva de aprendizagem durante toda a vida exige, por suavez, complementaridade e continuidade. de fundamentalimportncia a contribuio da educao de adultos e da educaocontinuada para a criao de uma sociedade tolerante e instruda,para o desenvolvimento socioeconmico, para a erradicao doanalfabetismo, para a diminuio da pobreza e para a preservaodo meio ambiente.

    essencial que as abordagens referentes educao de adultos

    estejam baseadas no patrimnio cultural comum, nos valores e nasexperincias anteriores de cada comunidade.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NA DECLARAO DE HAMBURGO

    Educao Bsica para todos significa dar s pessoas,

    independentemente da idade, a oportunidade de desenvolver seupotencial, coletiva ou individualmente. No apenas um direito,mas tambm um dever e uma responsabilidade para com osoutros e com toda a sociedade.

    O novo conceito de educao de jovens e adultos apresentanovos desafios s prticas existentes, devido exigncia de ummaior relacionamento entre os sistemas formais e os no formaise de inovao, alm de criatividade e flexibilidade.

    Devemos agir com urgncia para aumentar e garantir oinvestimento nacional e internacional na educao de jovens eadultos.

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NO PARECER CEB N 11/2000

    A EJA, de acordo com a Lei 9394/96, passando a ser umamodalidade da educao bsica nas etapas do ensinofundamental e mdio, usufrui de uma especificidade prpria que,como tal deveria receber um tratamento conseqente.

    As Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA soobrigatrias para os sistemas de ensino que venham a se ocuparda educao de jovens e adultos sob a forma presencial e semi-presencial de cursos que tenham como objetivo o fornecimento decertificados de concluso de etapas da educao bsica.

    tambm obrigatria uma formao docente que lhe sejaconseqente.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NO PARECER CEB N 11/2000Fundamentos e Funes da EJA:

    A EJA representa uma dvida social no reparada para comos que no tiveram acesso a e nem domnio da escrita e

    leitura como direitos, na escola e fora dela.

    Impedidos da plena cidadania, os descendentes de negros,

    ndios, migrantes e trabalhadores braais ainda sofrem asconseqncias de uma ordem histrico-social injusta.

    Fazer a reparao desta realidade, dvida inscrita em nossahistria social e na vida de tantos indivduos, um imperativo

    e um dos fins da EJA porque reconhece o advento para todosdeste princpio de igualdade.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NO PARECER CEB N 11/2000Consideraes finais:

    As unidades educacionais da EJA devem construir, em suasatividades, sua identidade como expresso de uma culturaprpria que considere as necessidades de seus alunos e sejaincentivadora das potencialidades dos que as procuram;

    Um projeto conseqente de EJA exige professores com cargahorria conveniente e turmas adequadas para o alcance dosobjetivos propostos, propiciando avaliao contnua,identificando insuficincias, carncias, aproveitando outras

    formas de socializao e buscando meios pedaggicos desuperao dos problemas.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    NO PARECER CEB N 11/2000Consideraes finais:

    O perfil do aluno da EJA e suas situaes reais devem seconstituir em princpio da organizao do projeto pedaggico dosestabelecimentos;

    O novo conceito da EJA, sob o novo ordenamento jurdico,considerando-se o conjunto e o contexto da lei, rompe com oconceito de ensino supletivo, e avana na defesa dos cursosde EJA, no desconsiderando os exames supletivos;

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Metas do Plano Nacional de Educao

    (Lei 10.172 de 9/01/2001)

    Estabelecer, a partir da aprovao do PNE, programas visandoa alfabetizar 10 milhes de jovens e adultos, em cinco anos e,at o final da dcada, erradicar o analfabetismo;

    Assegurar, em cinco anos, a oferta de educao de jovens eadultos equivalente s quatro sries iniciais do ensinofundamental para 50% da populao de 15 anos e mais que no

    tenha atingido este nvel de escolaridade; Assegurar, at o final da dcada, a oferta de cursos

    equivalentes s quatro sries finais do ensino fundamentalpara toda a populao de 15 anos e mais que concluiu as

    quatro sries iniciais; Dobrar em cinco anos e quadruplicar em dez anos a

    capacidade de atendimento nos cursos de nvel mdio parajovens e adultos.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    TRABALHO E EDUCAO NA EJA

    Trabalho no sentido do prprio existirhumano

    Educao como processo permanente

    de formao do ser humano para esseexistir, descobrir, produzir e produzir-se

    Manter a relao entre os conceitos,

    sem subordinao, mas emcomplementaridade

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    DESAFIOS DA PERSPECTIVA TRABALHO E

    EDUCAO NA EJA

    Integrar o trabalho com a EJA: ponto de partida

    trabalho como principal atividade existencial de jovens eadultos

    Superar o carter prtico-formal dos mtodos capitalistasde ensino: fazer do trabalho o prprio modo de existncia

    Desenvolver processo educativo orientado para ademocracia: cidados como sujeitos-partcipes daconstruo social e de si prprios

    Superar o confinamento da educao s escolas

    Ao unir educao e trabalho: sistema produtivohumanizado, formador de sujeitos.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    O currculo na EJA

    Repensando a organizao dostempos, espaos e dos

    conhecimentos necessrios naEJA

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    O que precisam saber jovens e

    adultos no-escolarizados?

    Saberes universais, imutveis diante de ummundo atnito X conhecimentos produzidoshistoricamente;

    Condies para que aprenda crtica e

    criativamente, mais do que contedos; Leitura e escrita formar-se como

    leitor/escritor/autor de variados suportes de

    textos; Conhecimentos produzidos/recriados narealidade social e de classe;

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    Produo do currculo na sala de

    aula Tecem alternativas que os fios das atividades

    cotidianas, dentro e fora da escola, lhesfornecem, confrontando com o conhecimentoj produzido;

    Ressurgncias das prticas cotidianas fazem ocurrculo vivo, distante dos resultadosesperados da aprendizagem.

    Pe por terra o modo nico de conhecer osprocessos so mltiplos.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    O que currculo, ento? Redes de contato entre professores e alunos e os

    contedos de suas tramas se emaranham,definindo formas de trabalhar novos contedos,atribuindo novas significaes s informaesrecolhidas no mundo e nas atividades da vida

    social. Emergem alternativas possveis, legitimando

    saberes das experincias cotidianas, enredados

    com aparatos jurdicos e formulaes legais expresso pelo projeto poltico-pedaggico.

  • 7/25/2019 Proeja Esp Jane

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    Como construir o novo currculo?Escuta ao que os professores vm

    realizando, destacando asexperincias bem-sucedidas

    Ressignificar, com eles, os sentidosde currculoRepensar as prticas, e formular uma

    nova proposta

    Quem participa da produo do

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    Quem participa da produo do

    currculo?

    No h s um currculo nas escolas, mas muitosem ao (x idia de homogeneizao). Busca de sentidos nas prticas dos professores

    reconhecimento de que produzem currculos. Alunos participam com razes, crticas,

    sugestes, ponderaes: democratizao dosaber/poder da escola.

    O que cabe ao sistema de

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    O que cabe ao sistema de

    ensino Princpios, concepes, diretrizes

    que expressam esses muitoscurrculos em ao ( e quegarantem a unidade do sistema).

    Particularidades expressas peloprojeto poltico-pedaggico dasescolas, responsabilidade dossujeitos que fazem a EJA.