produção didática gestar_ok_pr_berta

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Unidade Escolar: Colégio Estadual Dr. Flaviano de Jesus Filho Área: Linguagem Articuladora: Marta Cardosos, Patrícia Santana e Vagner Viana Série: 7º ano PRODUÇÃO DIDÁTICA 1. TEMA África e suas histórias 2. CONTEÚDO CONCEITUAL Leitura, produção oral e escrita Gênero textual: contos africanos 3. PÚBLICO 7º ano 4. TEMPO DE REALIZAÇÃO 8 aulas 5. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Utilizar a fala para expor opiniões, argumentos e pontos de vista: Desenvolver debate sobre a valorização das manifestações africanas; Argumentar acerca do preconceito racial Interpretar com autonomia diferentes tipos de texto: Valorizar a leitura dos contos africanos como fonte de informação, conhecimento e prazer;

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Unidade Escolar: Colégio Estadual Dr. Flaviano de Jesus FilhoÁrea: LinguagemArticuladora: Marta Cardosos, Patrícia Santana e Vagner VianaSérie: 7º ano

PRODUÇÃO DIDÁTICA

1. TEMA

África e suas histórias

2. CONTEÚDO CONCEITUAL

Leitura, produção oral e escrita Gênero textual: contos africanos

3. PÚBLICO

7º ano

4. TEMPO DE REALIZAÇÃO

8 aulas

5. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Utilizar a fala para expor opiniões, argumentos e pontos de vista: Desenvolver debate sobre a valorização das manifestações africanas; Argumentar acerca do preconceito racial

Interpretar com autonomia diferentes tipos de texto: Valorizar a leitura dos contos africanos como fonte de informação, conhecimento e

prazer; Analisar contos africanos, refletindo acerca de seus personagens e ações; Localizar informações explícitas nos contos; Inferir informações implícitas em um texto; Operar com as ferramentas tecnológicas contemporâneas

6. MATERIAL UTILIZADO

Lousa – Pincel atômico – Papel ofício branco e colorido - papel madeira - cola

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Computador/Internet – Data-Show – TV Pendrive – Lápis, caneta e borracha – impressora e máquina de xerox.

7. DESENVOLVIMENTO

1- Sensibilização da turma e levantamento dos conhecimentos prévios com os seguintes questionamentos:

2- Trabalhar o conceito de ritual a partir de imagens de rituais em diferentes culturas e discutir com os alunos sobre o que eles tem em comum.

a) O que vocês fazem todo dia, qual a rotina de vocês?

b) O que há na rotina de vocês que aprenderam com os pais,

avós, tios?

c) O que há na rotina de vocês que gostam e que não

gostam?

d) Qual a relação entre rotina e ritual? Há repetição nos dois?

“Conjunto de gestos, costumes, ritos, palavras e formalidades, repleto de valores simbólicos e criados por uma religião ou pelas tradições de uma comunidade. O ritual não está ligado somente à religião, mas toda a vida em sociedade só tem sentido a partir do entendimento dos rituais que a circunda. Os rituais são característicos de quase todas as sociedades humanas conhecidas, passadas ou atuais. Eles podem incluir também outros ritos como posses presidenciais, casamentos, funerais, eventos esportivos e outros. Várias ações comuns como apertos de mão ou cumprimentos podem ser entendidas como pequenos rituais”.

(WIKIPÉDIA)

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3- Exibir para a turma o documentário “Atlântico Negro – Na rota dos Orixás”, promovendo o respeito e a valorização das manifestações africanas e enfatizando que a história do povo brasileiro passa pela história dos povos africanos que auxiliaram na criação da nossa brasilidade. (www.youtube.com/watch?v=JY,p6dM0dNxM)

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4- Promover um debate com a turma sobre a questão do preconceito pelo não entendimento ou desconhecimento dos rituais e da sua importância e significados na cultura africana.

5- Organizar a turma em pequenos grupos e distribuir curiosidades sobre rituais de passagem para a adolescência em diversas culturas. Depois da leitura e discussão cada grupo comentará sobre os ritos aprendidos.

Rituais de passagem encontrados pelo mundo

Ritos de passagem são muito comuns em praticamente todas as culturas. Eles existem há muito tempo e são importantes na passagem da adolescência para a idade adulta,

estabelecendo o desenvolvimento de uma personalidade mais responsável e madura. Na cultura ocidental, festas de debutantes ou até mesmo festas específicas de algumas religiões são comuns, mas em algumas culturas pouco conhecidas, os ritos podem ser mais estranhos.

1- Os índios Algoquinos

Os garotos desta tribo indígena canadense eram levados para uma área separada do restante do povo, e eram enjaulados. Lá, eles recebiam uma dose de uma substância

chamada de wysoccan, altamente alucinógena e quase cem vezes mais forte que o LSD. A intenção do ritual era fazer com que os garotos esquecessem todas suas lembranças

da infância, para que pudessem se tornar homens. O problema do ritual é que a força da substância é tão grande que muitos garotos perdiam a memória da família e da própria

identidade, e alguns até mesmo paravam de falar. Os garotos que mostravam que ainda lembravam coisas da sua infância eram levados para tomar o wysoccan novamente.

2. O salto dos Vanuatu

Este ritual serve como um rito de passagem e como um ritual de colheita das tribos da

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ilha de Vanuatu, no Oceano Pacifico. Os garotos das tribos têm que subir em uma torre de 30 metros de altura com cipós amarrados nos tornozelos e se jogar, a uma velocidade de cerca de 72 quilômetros por hora. Quando o “mergulho” é feito corretamente, o garoto deve encostar os ombros e a cabeça no chão. Entretanto, os cipós não são elásticos e

um cálculo errado do comprimento da corda pode causar ferimentos sérios ou até mesmo a morte do garoto no ritual, que é feito com meninos de cerca de 7 ou 8 anos.

3. O salto de vacas dos Harmar

Este ritual é realizado pela tribo dos Harmar, na Etiópia, e é feito antes que os homens possam casar. O participante tem que pular por cima de vacas colocadas lado a lado

quatro vezes sem cair. O teste é feito com o garoto nu, como um símbolo da infância que ele deixa para trás, e, se passar no teste, o garoto passa a viver com outros homens que

passaram no mesmo teste, e fica durante alguns meses supervisionando as vilas do território do seu povo.

4. A tribo Okiek

O rito de passagem desta tribo do Quênia é igual para homens e mulheres, e é feito com adolescentes de 14 a 16 anos. A iniciação começa com a circuncisão dos órgãos

sexuais, e depois os participantes ficam separados de adultos do sexo oposto de quatro a 24 semanas. As pessoas que participam o ritual têm que se pintar com argila branca e carvão, para ficarem com uma aparência selvagem, e passam a receber conhecimento

dos anciãos. Para completar o ritual, as pessoas têm que fazer o som de um instrumento que reproduz o rugido de uma criatura mística que assombra as pessoas durante a

iniciação. A circuncisão geralmente é feita com uma lâmina velha e suja que deixa os jovens propensos a infecções. A circuncisão feminina consiste na remoção do clitóris o que deixa a maioria delas incapaz de sentir prazer durante o sexo para o resto da vida.

Caso elas se recusem a passar pelo rito são isoladas do resto da tribo.

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5. Festa das Moças Novas

Esta festa de iniciação é realizada pela tribo Tukuna, que vive na região norte da Amazônia. As garotas começam a participar da iniciação quando menstruam, e ficam durante 4 a 12 semanas em reclusão em um local construído na casa da família com

este único propósito. Durante este período, acredita-se que a menina é está no submundo, correndo perigo na presença de um demônio conhecido como Noo. Ao final do ritual, outras pessoas utilizam máscaras e se tornam reencarnações do demônio, e a garota fica durante dois dias com o corpo pintado de preto para se proteger do Noo. Na

manhã do terceiro dia, ela pode sair da reclusão, e é levada por parentes para as festividades, em que dançam até o amanhecer. Neste momento, a garota recebe uma lança de fogo e deve jogá-la sobre o demônio. Depois disso, a tribo considera que a

mulher pode entrar para a vida adulta com segurança.

6. A tribo Okrika

Esta tribo nigeriana realiza o ritual Iria com as garotas, para que elas entrem na idade adulta. Jovens entre 14 e 16 anos são levadas para locais em que recebem alimentos pesados para engordar. Elas também aprendem as canções tradicionais do ritual, que

cantam durante vários dias durante o amanhecer. As pessoas da tribo acreditam que as garotas podem formar ligações amorosas com espíritos aquáticos, e por isso têm que

cantar as músicas tradicionais antes de poderem casar. No último dia do ritual, as garotas passam próximas à água, com uma mulher mais experiente para levá-las para

longe dos espíritos, que querem pegá-las de volta.

7. Os aborígines Mardudjara

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Estes aborígenes australianos levam os garotos de uma certa idade à reclusão, onde eles são segurados por um ancião, enquanto outro retira o prepúcio do pênis do garoto

sem anestesia. Depois disso, o garoto se ajoelha sobre um escudo próximo a uma fogueira e tem que comer a própria pele crua, sem mastigar. Após isso, ele se livrou da criança, e se torna um homem completo. Depois que a circuncisão termina de cicatrizar,

os homens sofrem outra intervenção cirúrgica: o pênis é cortado na parte inferior, próximo aos testículos, e o sangue que escorre deve cair sobre uma fogueira, para purificá-lo, e depois da incisão, têm que se abaixar para urinar, como as mulheres.

8. A tribo dos Satere-Mawe

Esta tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos que pode ser considerado um dos mais dolorosos da nossa lista. Os jovens da tribo têm que colocar as

mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que dançar com as mãos

dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante a vida, para provar a sua masculinidade.

9. A caçada dos Matis

A tribo dos Matis, que vivem na floresta amazônica brasileira, realiza quatro testes com

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os garotos, para que eles mostrem que podem participar das caçadas com os outros homens. Primeiro, os garotos recebem veneno diretamente nos olhos, para

supostamente melhorar a sua visão e aguçar os sentidos. Depois, eles são espancados e recebem chicotadas, para depois receber a inoculação do veneno de um sapo venenoso

da região. A tribo acredita que o poderoso veneno do animal aumenta a força e a resistência, o que só acontece depois que o participante do ritual sofre com fortes enjôos, vômitos e diarréia. Quando os garotos passam por esta terrível seqüência de testes, são

considerados aptos a participar das caçadas da tribo.

10. A tribo Sambia

A iniciação dos garotos desta tribo de Papua Nova Guiné começa aos sete anos, quando eles são levados para longe de todas as mulheres, e passam a viver somente com

homens pelos próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele dos garotos é furada, para que as contaminações das mulheres sejam retiradas, e eles têm que sangrar pelo

nariz (foto acima, a direita) para se limparem. Os garotos também têm que consumir cana de açúcar para estimular o vômito e a defecação, com o mesmo propósito. Após a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen, considerado vital para que eles cresçam e

fiquem fortes.Durante o processo, os garotos são informados sobre as impurezas femininas e seus

perigos, e aprendem técnicas de purificação. Quando se casam eles se purificam freqüentemente contra as impurezas da esposa. Eles realizam sangramentos intensos pelo nariz toda vez que a mulher menstrua. No último passo do ritual de iniciação, os

jovens têm que remover um pêlo pubiano e entregá-lo para um homem mais velho, que irá colocá-lo no lugar apropriado. Durante este estágio, o homem explica ao garoto que

ele não deve ser promíscuo na sua relação heterossexual, senão será executado.

6- Criar um ambiente de expectativa nos alunos com relação ao texto que será lido em sala: um conto africano. Questionar a eles:

7-a) Quem já viu ou ouviu um conto africano? Qual ou quais?b) O que vocês acham que aparecem nas histórias dos contos africanos?c) Como devem ser os personagens?d) Onde se passariam as histórias?e) Será que nelas apresentam algum tipo de ritual africano?f) Por que será que ainda não se trabalha muito com os contos africanos na

escola?

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8- Apresentar o conto “A História da menina que não respeitou a tradição Ntonjane e o que aconteceu com ela” que faz parte do livro Sikulume e Outros Contos Africanos, de Júlio Emílio Braz. Apresentar a capa do livro para os alunos e também as ilustrações do interior do livro. Entregar as cópias digitadas do conto aos alunos para a devida leitura.

A menina que não respeitou a tradição ntonjane e o que aconteceu comela

Os mais velhos são uns dos poucos que ainda contam a história de uma certa filha de um chefe que atingira a idade de observar a tradição ntonjane. Por isso, ela foi colocada numa palhoça onde deveria permanecer até o dia da cerimônia. No entanto, numa certa manhã, algumas amigas a convenceram a ir banhar-se nas águas de um rio que corria bem próximo da aldeia, o que era terminantemente proibido. O dia avançou pela tarde e já entardecia quando elas resolveram sair de dentro d’água e voltar para a aldeia. Nesse instante, surpreenderam-se ao encontrarem Isinyobolokondwana, uma serpente com a pele coberta de manchas e aspecto assustador, deitada exatamente sobre suas roupas.

Isinyobolokondwana era uma criatura enorme; todas ficaram com muito medo e sem saber o que fazer diante dela. Aos poucos, uma ou outra conseguia redobrar a calma e, estimulando as companheiras, todas começaram a entoar uma canção de dizia algo como...

Sinyobolokondwana, Sinyobolokondwana, traga meu manto!Ao que a grande cobra respondia: – Pode apanhá-lo e vá embora! Nem olhe para trás e me deixe em paz! Uma a uma as moças pediram que a serpente lhes trouxesse suas roupas e

conseguiram a devida permissão para apanhá-las. A filha do chefe ficou por último e, como era filha do chefe, era extremamente orgulhosa e cheia de vontades, o que significou que ela se recusou a pedir qualquer coisa à serpente.

Pior do que isso somente o canto irônico que entoou, debochando de Isinyobolokondwana, que dizia assim...

Ngoingcingci, NgoingcingciAlgo sem o menor sentido, apenas uma brincadeira, uma zombaria com a grande

cobra, que, como é de se imaginar, ficou com muita raiva e acabou por mordê-la. No momento seguinte, a pele de filha do chefe ficou igualzinha à da cobra. As outras moças, horrorizadas, gritaram e saíram correndo na direção da aldeia. Temerosas das conseqüências de seus atos, apressaram-se em colocar uma delas dentro da palhoça, para que se passasse pela filha do chefe.

Abandonada no meio da floresta e muito assustada, pois naquele momento sua pele em tudo se parecia com a da serpente e, como um mal bem contagioso, aquele aspecto desagradável só fazia se espalhar por todo o seu entender muito bem o que estava acontecendo. Ao mesmo tempo, seu pai, mandou um de seus ajudantes atrás de pedaços de pau para fazer uma grade onde pretendia pendurar a pele do animal. O homem estava cortando alguns galhos quando ouviu uma voz acima de sua cabeça implorando:

– Homem que está cortando lenha, corra até a aldeia e diga a meu pai e a minha mãe que Isinyonolokondwana me mordeu.

O jovem ajudante ouviu a voz lamentosa mas inconfundível da filha do chefe e correu para avisá-lo. Este, desconfiado de que tudo não passasse de uma grande mentira, uma maneira de fugir ao trabalho que lhe confiara, mandou seu filho e mais outro jovem guerreiro para descobri exatamente o que seu ajudante vira e, até mesmo, se ele vira alguma coisa.

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9- Após a leitura os alunos responderão as seguintes perguntas para uma posterior discussão em sala.

a) Na sua opinião por que no início do texto fala que os mais velhos é que são uns dos poucos que ainda contam a história?

b) Que idade seria essa a qual a filha do chefe atingiu para observar a tradição Ntonjane e para você como seria esse ritual a qual a menina passaria?

c) Relate com suas palavras de que maneira a menina desrespeitou a tradição Ntonjane.

d) Após a filha do chefe ter sido mordida pela cobra, as outras moças ficaram com tanto medo da punição que receberiam caso a desobediência fosse descoberta que tomaram uma atitude. Que atitude foi essa? Deu certo?

– Vou castigá-lo severamente se for mentira – prometeu, ameaçador. O ajudante foi obrigado a voltar à floresta e reiniciar o trabalho interrompido. Ele

cortava lenha quando mais uma vez a voz profundamente infeliz e angustiada da filha do chefe se fez ouvir. O irmão a reconheceu de imediato e, rumando para a árvore no alto da qual ela se encontrava refugiada, convenceu-a a descer e a levou para casa.

O chefe ficou surpreso ao vê-lo naquele estado e enfureceu-se com suas companheiras por tentarem enganá-lo, além de a terem levado ao rio, o que todas sabiam que era proibido. Todas foram castigadas e, em seguida, o chefe deu ordens para que alguns homens levassem sua filha e algumas cabeças-degado para um local distante da aldeia, e lá construíram uma cabana onde ela passaria a morar daquele momento em diante.

Passou-se um certo tempo e alguns começaram a perceber que as vacas que haviam levado para ela produziam mais leite que o necessário e o excesso começou a ser derramado num buraco feito no chão. A surpresa aumentou ainda mais quando, sem mais nem menos, o leite começou a jorrar como se fosse uma cascara espirrando para o alto e tudo se transformou em verdadeiro encantamento quando a filha do chefe, curiosa, aproximou-se do buraco e acabou atingida por um dos jatos de leite. No momento seguinte, como uma cobra costuma fazer de tempos em tempos, todos viram se despir daquela pele de aspecto horrível que a cobria, revelando mais uma vez a grande beleza que sempre encantara a todos na aldeia.

Com espanto e emoção geral, o velho chefe derramou-se em lágrimas ao ver a filha voltar para junto de si. Dias mais tarde, um jovem e poderoso chefe que passava pela região a viu e apaixonou-se imediatamente. Imaginando que ela fosse filha de um dos homens que protegiam a palhoça no meio da floresta, ele se aproximou e fez muitas perguntas, e, assim, foi informado de que se apaixonara pela filha do chefe. No mesmo instante, ele o procurou e ofereceu um grande dote com várias cabeças de gado para que o chefe concordasse com o casamento de ambos. Conta-se que ela também se apaixonou pelo jovem chefe e acabou se transformando em sua principal esposa, sendo muito amada e lhe dando muitos filhos fortes e saudáveis que viriam a ser, como o pai, o chefe de sua gente por muito e muito tempo.

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10-Em seguida, os alunos pesquisarão outros contos africanos interessantes e imagens que destaquem a riqueza da cultura afro-brasileira para a produção de um painel em sala de aula. (Os contos podem ser pesquisados no laboratório de informática e posteriormente postados no blog da escola).

8. AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados quanto ao envolvimento nas aulas, a participação nos debates e discussões sobre a temática abordada, na execução da atividade escrita sobre o conto trabalhado, o interesse na pesquisa sobre outros contos africanos, bem como na qualidade de produção do painel de imagens e de outras histórias da África.

e) Qual foi o castigo que o pai deu a sua filha por ter desobedecido? Na sua opinião esse castigo não seria também uma espécie de preconceito só porque a pele da moça não estava igual a dos outros da aldeia?

e) Por que a obediência à tradição de um povo é tão importante?

f) Na sua opinião, a mudança da pele da personagem principal, causada pela mordida da serpente, pode ser comparada a descaracterização sofrida pelos negros para serem aceitos numa sociedade de domínio branco? Comente um pouco a sua resposta.

g) No final do conto, nós leitores percebemos que nos é apresentado um outro costume do povo daquela aldeia. O que você sabe a respeito dele?

h) Observamos no vídeo “Atlântico Negro” a presença da música como uma característica marcante da cultura africana. Em quais momentos do conto as personagens utilizam a música e com qual finalidade?

i) “... e todos a viram se despir daquela pele de aspecto horrível que a cobria, revelando mais uma vez a grande beleza que sempre encantara a todos na aldeia.” De que maneira a cultura afro-brasileira traz essa beleza especial destacada no texto?

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9. REFERÊNCIAS http://www.afroasia.ufba.br/pdf/Aforasia37_175_200_Melo.pdf

www.antologiadomedo.blogspot.com.br

www.letras.ufmg.br www.portaldoprofessor.mec.gov.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/ritual

Simuluke e outros contos africanos.Editora Pallas.Rio de Janeiro:2005.

10.ANEXOS