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ÉTICA, MEIO AMBIENTE E DIVERSIDADE CULTURAL EDUCAÇÃO DO DIÁLOGO A CRISE DA NATUREZA EXIGE UMA NOVA ÉTICA. AS ÉTICAS FILOSÓFICAS NÃO DÃO CONTA DESSA PROBLEMÁTICA? A ÚNICA ALTERNATIVA É A REFUNDAÇÃO DO PENSAMENTO OCIDENTAL? É POSSÍVEL UMA SOCIEDADE SEM ÉTICA? COMO ESTABELECER UMA ÉTICA NA SOCIEDADE DA A DIVERSIDADE CULTURAL? ORGANIZAÇÃO: DIÁLOGO FILOSÓFICO GRUPO DE DEBATES

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Textos produzidos na Formação: Educação do Diálogo: usando redes sociais e diálogo filosófico

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Page 1: Produção de textos dos professores da formação educação do diálogo usando redes sociais e o diálogo filosófico

ÉTICA, MEIO AMBIENTE E DIVERSIDADE CULTURAL EDUCAÇÃO DO DIÁLOGO

A CRISE DA NATUREZA EXIGE UMA NOVA ÉTICA. AS ÉTICAS FILOSÓFICAS

NÃO DÃO CONTA DESSA PROBLEMÁTICA? A ÚNICA ALTERNATIVA É A REFUNDAÇÃO DO PENSAMENTO OCIDENTAL? É POSSÍVEL UMA

SOCIEDADE SEM ÉTICA? COMO ESTABELECER UMA ÉTICA NA SOCIEDADE DA A DIVERSIDADE CULTURAL?

ORGANIZAÇÃO: DIÁLOGO FILOSÓFICO GRUPO DE DEBATES

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PROPOSIÇÃO DA ATIVIDADE ON-LINE I (TEMA: ÉTICA):

"Somente com normas da Ética é possível a realização de um diálogo livre e igualitário numa sociedade

Prof. Especialista José de Almeida Cavalcante. EEEM Etelvina Gomes Bezerra.

Para começar a tratar sobre a ética preciso fazer a distinção entre ética e moral, já, que estas duas palavras, frequentemente, são empregadas como sinônimos (mores, no latim, e ethos, no grego) uma vez que as duas indicam um significado comum, remetendo a ideia de costume. De acordo como Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética e moral são “o estudo dos juízos de apreciação que se referem a conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade,seja de modo absoluto” (p.300; p.471). A nossa questão aqui, que vamos discutir devemos conhecer o significado da palavra Ética bem colocada acima de acordo com o Aurélio Dicionário, porque é ela que conduz o nosso agir e a nossa maneira de pensar o mundo. Esse mundo globalizado, excludente e de uma pobreza infinita. Ou seja, onde tem pobreza, tem a falta de Educação, tem a falta de Ética e principalmente a falta de respeito para aqueles que pensam em um dialogo livre e igualitário. A sociedade atualmente é marcada pela falta de respeito, ou seja a Ética passa longe do nosso olhar. É incrível como ocorre muito constrangimento entre as pessoas que não se respeitam. O constrangimento é grande, por exemplo no ato de conviver com gente fazendo intrigas e mentiras.É esse constrangimento que marca uma sociedade desigual e pobre de Ética, logo a Ética é diferente. A Ética, principalmente dos gregos. A Ética criar uma lógica para o surgimento da moral e o respeito nessa sociedade cheia de muitas desigualdades. Portanto. É muito difícil realizar dialogo livre e igualitário com outra pessoa que não tem uma ética no seu olhar e nas ações diárias. O dialogo exige um entendimento filosófico e que a ética seja levada a seria. A Igualdade entre as duas pessoas que faz o dialogo ocorrer, logo ficar difícil,porque a desigualdade e o constrangimento é muito agressivo contra a Ética em si mesmo. Por isso, que precisamos mudar essa sociedade de desigualdade. É a desigualdade o grande empecilho para que a Ética seja uma necessidade para todos viverem numa paz. A Ética busca a paz numa sociedade igualitária, mas até lá teremos muito o que pensar a ética em nossa vida.

Prof. Ms. Jarbas Vasconcelos EEEM José de Alencar O mundo em que existimos existe muita divergências e pessoas com pensamentos e posições diferentes. Seja ele globalizado, onde as distancias se encurtaram e a comunicação tornou-se um piscar, deixando o que e contemporâneo rapidinho para o passado. Sim, acredito que com as normas Éticas e possível a realização de um dialogo livre e igualitário, onde sim uma sociedade e sim marcada pela desigualdade e o constrangimento. Quando todos conseguirem se sensibilizar quanta a importância da ética e do respeito com o outro, as desigualdade irão diminuir bastante e o constrangimento não será mais aceito pois, todos precisam e devem ser respeitados como cidadãos e seres humanos, sujeitos de deveres e DIREITOS. Muito já foi feito. Hoje já existem leis que protegem as crianças, os adolescentes, os idosos, as mulheres e

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demais minorias que na verdade são a grande maioria. Contudo ainda há muito a ser feito, prova disso são os MUITOS crimes que ainda acontecem por conta de uma coisa que parece ser tão simples e que poderia ser tão facilmente entendida e aplicada, que e a ética e o respeito. Prof. Especialista Francisco Alves de A. Neto. EEEM Mariano Martins Entendo que mais do que "normas" - que estariam mais para uma proposta moral ao invés de ética - a perspectiva dialógica se torna possível dentro de um horizonte de "princípios". Estes, diferente das normas,não engessam as condutas e projetos existenciais, servindo muito mais como possibilidades dentro das quais cada comunidade consegue, de forma criativa,trilhar seus próprios caminhos. Particularmente não acredito em nenhuma promessa moral ou ética que se coloque como resposta definitiva para os anseios humanos, visto que todas as experiências passadas (éticas religiosas,éticas cientificistas, éticas liberais/comunistas, etc.) mostraram-se insuficientes para dar conta da diversidade humana. Creio justamente no contrário: não são as normas éticas/morais que tornarão viável o diálogo, mas é somente a liberdade para dialogar, presente na democracia (vetada na Ditadura e nos Totalitarismos) que fornece espaço para criarmos experiências éticas que dêem conta de nossa convivência diária. Prof. Alexsander Martins Coordenação do DF O que é ética? É possível pensar uma ética universal ou ética é particular? Defenderei nesse texto uma ética particular. A ética é fruto de um tempo e de um povo, assim não podemos falar de uma ética universal valida para todos os povos já que podemos afirmar que o ponto de vista ético de alguém é tão bons quanto o dos demais. Um sistema ético, é então baseado por um lado no sujeito e por outro na comunidade que este está inserido, é dessa forma que temos leis e costumes. O que faz um sujeito elaborar um princípio aparentemente universal é a informação que este tem sobre postura diante de determinado fato que exige uma postura ética. Um exemplo a ser pensado é que podemos chegar à conclusão que mentir é errado, mas se alguém mente para salvar a vida de outro não podemos dizer que esta mentira é errada.Um juízo ético gera então um preceito aparentemente universal, mas que na verdade constitui uma análise particular de um sujeito perante um fato do mundo. Devemos então pensar a ética como fruto da sociedade e de sua época e que essa ética irá mudar em um futuro próximo ou distante. Uma sociedade vai chegar a uma unidade quando perceber que todo o esforço ético só tem sentido se pensarmos na ética como constituidor de uma norma prática e não somente de um castelo teórico de valores. Prof. Fernando Riça Coordenação do DF Deixo claro, de início, que defendo uma ética universal, pois a ética particular não dá uma resposta positiva para uma conduta dos indivíduos em sociedade. Só a ética universal é capaz de resolver os conflitos sociais, dando os parâmetros para o agir correto sem interferir negativamente na vida dos outros indivíduos. Nossa sociedade, infelizmente, vive baseada em uma ética particular, onde os membros da sociedade

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agem em prol de seus benefícios e de interesses particulares. Essa é a ética do capitalismo, onde não importa os meios para se obter determinados fins. Nela vale a utilização da mentira, da falsidade, da barganha etc. Já a ética universal está pautada no bem social. Através desse bem, os indivíduos também alcançam seu bem particular. Dentre os filósofos que defendem esse aspecto da ética universal está Hegel, que afirma que só no Estado é possível a ética frente à moral (essa última se dá no pensamento como regras para o agir, mas só no pensamento, como afirma o filósofo). Mas será que o Estado é capaz de abarcar essa ideia de ética universal? Acredito que não. Opinem. Professor Francisco Douglas de Holanda Moraes. E.E.F.M Deputado Joaquim de Figueiredo Correia. Iracema-Ceará. A Sociedade contemporânea é marcada por uma gama de ações que trazem em seu âmago opressão, autoritarismo e preconceito contra o próximo. Uma avassaladora onda de individualismo, de uma "cegueira" social e de uma imposição de ideologias cria um ambiente cada vez mais conflituoso. Nota - se constantemente uma inversão de valores e uma convivência conturbada onde o diálogo livre e equitativo aliado as normas da ética é sufocado pelo egocentrismo e prepotência que ocasiona uma verdadeira desordem em meio a tantas diferenças.Os princípios e valores éticos norteiam o comportamento humano na sociedade e é capaz de promover um diálogo justo, onde as diferentes vertentes ideológicas são direcionadas à construção de um conhecimento coletivo. Dessa forma há um respeito às diferenças individuais e cada cidadão é um ser social responsável pelo equilíbrio e bom funcionamento da sociedade. Prof(a). Mestre Luana Carvalho de Morais EEEP Comendador Miguel Gurgel A Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar e vivenciar. Atribuímos à ética um corpo literal observando-a como um conceito normativo e distante, para além do senso comum, é necessário pensara ética como um princípio transversal às normas e experiências sociais. Numa sociedade marcada por tendências e práticas individualistas e egoístas, a reflexão de que a liberdade de cada um está diretamente relacionada à uma atitude de alteridade nos parece cada vez mais distante. Atitude pela qual tornaria possível a reciprocidade entre os sujeitos e a não violência em relação ao outro. O grande desafio da filosofia e da sociedade hoje é a busca de reflexões que evidenciem essa consciência moral que revelaria a partir do diálogo com o outro a fidelidade à nós mesmos, a coerência e a interiorização de nosso caráter. Profa. TRICIA MARIA MARQUES DO BRASIL E.E.M. Dep Manoel Rodrigues Inicialmente questiono o que o Sr. Celso de Mello argumenta, pois direito a defesa todos devem realmente ter, mas isso não foi negado a cada um deles, pois esse direito foi adquirido, contudo não foram absolvidos. Sabendo que a ética universal existe desde o primeiro homem e vai ate o ultimo, pois, faz parte da preocupação humana, sendo assim, como é típica do ser humano torna-se então universal, assim todos deveriam tê-la e também deveria ser obrigada a todos, assim como o direito.

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“No último dia (18) do corrente mês, o ministro Celso de Mello, decano do STF (Supremo Tribunal Federal),votou, pela aceitação dos recursos que dão a 12 dos 25 condenados no processo do mensalão o direito de serem julgados novamente. Em seu voto, o ministro ressaltou que a Corte não pode se deixar levar pelo CLAMOR DA OPINIÃO PÚBLICA, nem perder de vista a racionalidade necessária para o cumprimento das normas do Direito. Segundo Celso de Mello, o centro da discussão é o direito de defesa, independentemente de quem está sendo julgado e de como pensa a sociedade. Disse ele: — O que mais importa nesse julgamento sobre a admissibilidade dos embargos infringentes é a preservação do compromisso institucional dessa Corte Suprema com o respeito incondicional às diretrizes que compõem o próprio instituto jurisdicional do direito de defesa, de que ninguém deve ser privado, ainda que se revele ANTAGÔNICO o desejo da COLETIVIDADE.” (Fonte:http://noticias.r7.com/brasil/celso-de-mello-defende-novo-julgamento-para-condenados-e-processo-do-mensalao-sera-reaberto-18092013 Profa: CARLA CARVALHO DE SIQUEIRA EEEM Dep. Manoel Rodrigues Nós, como seres humanos dotados de inteligência e capacidade de distinguir o bem do mal. Será que sabemos entender o verdadeiro sentido da ética? Ao passo que tentarmos perceber que o verdadeiro sentido da ética está “no agir” e não“no falar”, e pararmos de encarar os fatos somente como meros expectadores poderemos assim de fato, construirmos uma sociedade melhor, porém o direito de defesa é irrevogável, assim como aborda o ministro Celso de Mello. A corrupção que vem sendo desencadeada ao longo dos anos no Brasil é de envergonhar qualquer cidadão, essa atitude do povo é compreensiva, no entanto sabemos também, que o correto segundo as leis é o julgamento. A ética universal se faz quando o povo luta por justiça e iguais direitos, no entanto a uma concepção de ética particular que se contrapõe a ética universal, ou seja, uma minoria que priorizar seus desejos, excluindo a legalidade fato que acontece cotidianamente. O discurso elucidado pelo Ministro Celso de Mello está intimamente ligada a este embate entre ética universal e ética particular.Podemos chegar a um consenso que ele está certo, pois segundo as leis que regem uma sociedade devem ser respeitadas e igualitárias para todos os seus membros. A concepção do povo, nada mais é do que o repúdio de tanta corrupção estabelecida dentro do país, fato que contribui para a não aceitação do julgamento, porém o povo deve entender que a justiça deve ser enérgica nesse momento, isto é,julgar e condenar realmente quem for culpado. Prof. Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Deputado Manoel Rodrigues O problema que se coloca é da relação entre a ética normativa (universal) e a ética subjetiva (particular). Entre a norma que se impõe aos indivíduos e as suas ações particulares. No caso, do julgamento sobre o mensalão, a opinião pública, esperava uma ação efetiva da justiça brasileira que pudesse punir os envolvidos no caso. O desejo de justiça por parte da população surge de um sentimento de cuidado com a coisa pública e, consequentemente, de punição aos infratores. Nesse caso, o universal e o particular concordam que o melhor a se fazer é seguir a regra, o que diz a letra da lei. No entanto, a ética normativa não está hipostasiada das interpretações que os tribunais lhe dão estando sujeita a outras perspectivas que podem divergir do senso comum. A sentença

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do ministro Celso de Mello reflete bem essa realidade. Outrora, se a lei que é a representação da ordem pública é passível aos diversos olhares, corre-se o risco, nesse caso, da objetividade da lei torna-se refém das peculiaridades da subjetividade que a interpreta. E é aí que percebemos os riscos e a fragilidade da democracia. Pois, assim, como a normatividade da lei não está separada dos olhares que a compõe ou devem compô-la, os indivíduos devidamente revestidos pelo poder do Estado, não estão livres da influência dos diversos interesses que os cercam. Contudo, a mútua dependência do universal e do particular, não deve, por um lado, sufocar a atuação daqueles que compõem o poder político, nem por outro, torná-las maior que as leis que devem servir a vontade popular. Em todos os casos que envolvem a questões de justiça, deve-se buscar o equilíbrio entre a objetividade e a subjetividade da ética, evitando-se os riscos de distorção do poder que compõem a res pública. PROFA. Georgia Terivania Escola CAIC Maria Felício Boa parte dos seres humanos são movidos por interesses próprios , deixando muitas vezes de pensar no bem comum e no mal que suas atitudes possam causar para o coletivo. É muito importante lembramos que nossas atitudes podem nos levar a redenção, mas também nos levar a destruição chegamos muitas vezes ao extremo muito rápido e machucando os que estão ao nosso redor. O nosso ministro Celso de Melo estava em uma balança entre a ética universal ( bem comum), e aética particular ( bem próprio), e achou melhor fazer peso para o lado particular, deixando se levar por amizades, vantagens ou ajudas políticas ,votando a favor dos acusados do mensalão encobrindo cada vez mais sujeira que está por traz desse caso, dando-lhes mais uma vez o direito de comprar provas ,coagir pessoas para serem inocentados. Ficado isentos de pagarem pelos seus erros , mas como diz o ditado " manda quem pode e obedece quem tem juízo) O mundo só será um lugar melhor para se viver quando valer mais o bem está coletivo e não a pouca vontade de um indivíduo. Prof. Anezio Lopes Marçal EEEP Amélia Figueiredo de Lavor-Iguatu. Ceara. Sempre acreditei na Justiça e quero continuar acreditando. Relacionar ética com o julgamento do mensalão não é tarefa fácil, mas estamos nesta luta para redescobrir verdadeiramente o valor da ética em busca da construção de uma sociedade justa e igualitária. Entendo que realmente todos têm direito de fazer a sua defesa, uma defesa que seja realmente digna de cidadãos, mas vejo que o resultado deste voto do senhor ministro não foi certo, foi uma falha até mesmo porque os acusados já tinham sidos julgados, então para que mais defesa? A justiça é para todos. E não para uma minoria. Falar da ética e da justiça é acreditar que todos são tratados de forma igualitária, e não deve ter diferenças em sua forma de ser julgado. A ética é uma reflexão constante e deve ser realmente analisada e colocada em pratica. Para nós educadores do campo da Filosofia, resta uma esperança que ainda é possível uma sociedade fundamentada na ética e na moral. A ética é a construção de uma nova humanidade, e a justiça é a base para a cidadania e a luta pelos direitos humanos.

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Profa. Especialista Antonia Wagna Araújo dos Santos . EEM Deputado Manoel Rodrigues Primeiro é que a ética está muito ligada ao meio político e resta à sociedade ser mais informada sobre como participar mesmo indiretamente dessas assembleias visto que a informação sobre esses tipos de assunto ainda está muito a desejar pelo o não conhecimento dos indivíduos. Sobre o assunto vê que o STF condena e ainda tem que passar por votação para ser tomada as devidas providências. Assim onde a lei está inserida ? Pois sabemos que a justiça é para todos. Nesse embate (ética universal x ética particular ) Assim partimos de um pressuposto em que ética é um conjunto de valores que vem se afunilando desde o universal até o particular visando um feedback,ou seja aquilo feito por um indivíduo repercutirá em todo o meio social . Assim Kant aborda "Que a igualdade entre os homens era fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal ,”ou seja, todos são iguais perante alei e que a lei também deve ser cumprida por todos os homens.

Professora Mestre Luana Carvalho EEEP Comendador Miguel Gurgel. O país passa por um momento conturbado no qual a vivência dos princípios éticos que envolvem as relações, principalmente poílticas, estão sendo questionados. Historicamente e culturalmente uma ética universal norteia as Leis, normas, valores, e o que coletivamente se almeja é que esses príncipios sejam efetivados, em destaque, no que se refere aos nossos representantes em todos os poderes. A decisão técnica, baseada na letra da lei, proferida ultimamente pelo Ministro do STF Celso de Mello, nos impele a uma reflexão profunda sobre o papel das leis e sua aplicação. Certo é que, as leis devem ser obedecidas, mas no direito encontramos a prerrogativa e liberdade dada ao juiz para que este possa se utilizar em suas decisões de fontes do direito como os costumes e valores. O judiciário não representa somente a Lei, representa a justiça, e o povo é o protagonista principal nessa representação. As estruturas, assim como aqueles que têm o poder para legitimá-las, não se afetaram com milhões nas ruas nos últimos meses. A decisão do Ministro demonstra que o jogo de interesses políticos, tão questionados no momento, sublevaram os clamores da maioria e se mostraram dominadores de uma ética individual a serviço de poucos.

Prof.Especialista José de ALMEIDA Cavalcante. EEEM Etelvina Bezerra em Pentecoste - Ceará. O debate entre entre uma Ética Universal e uma Ética Particular é um debate filosófico que Kant em seu livro Fundamentação Metafísica dos Costumes onde ele vai afirmar: "Agir como se a tua máxima fosse se tornar uma lei universal" Aqui, Kant trata de um aspecto fundamental como critério para a ação: agir como se a sua máxima fosse se tornar uma lei universal. Aqui,embora não tenhamos mandamentos, tais como “faça isso” e “não faça aquilo”, o filósofo deixa para cada pessoa decidir, com base neste critério, o que deve fazer, tornando o homem legislador de si mesmo. Assim, pensando e desejando que sua ação se torne uma lei universal, o homem deverá sempre agir pensando nesta máxima. Esse debate de Kant é muito parecido com os argumentos do Ministro Celso Melo, onde não poderia julgar uma ação sem pensar na Ética Universal e essa importante para que o principio jurídico normativo gere uma Justiça com uma

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medida onde todos saia bem neste julgamento. Melo pensou que se agisse pelo clamor público da Sociedade Brasileira estaria ferindo a Ética Universal. E logo,entrando na esfera individual dos mensaleiros. Será que a Ética Universal vai ajudar os mensaleiros não serem condenados? Profa. Especialista e Coordenadora Tricia Maria Marques do Brasil. EEEM Dep. Manoel Rodrigues A palavra ética se origina do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que conduzem a conduta humana no meio social. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que todos fiquem bem e sejam respeitados. Sendo assim,, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.A ética é formada por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Se pensarmos Filosoficamente, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Prof. Clebem Sales da Silva, E.E.E.P. Dep. José Maria Melo. A palavra ética deriva so grego " ethos", que significa o modo viver de cada pessoa, ao caráter especificamente, assim podemos dentro deste aspecto perceber a variantes dos conceitos, deste Sócrates até os dias atuais há inumeras correntes e abordagens relevantes ao pensar ao agir do homem, assim surgem a ética da responsabilidade e inúmeras outras pensando na possibilidade de pensar a conduta do homem em sociedade. Com o alarme da devastação ocorrida na Primeira Guerra Mundial , o homem se ver numa desconfiança de todos contra todos, mas surgem também neste itinerário novas perspectivas em relação o homem hodierno, é preciso uma grande tomada de consciência diante do perigo iminente que a destruição do próprio “ethos”e seguramente a própria casa dos homens o planeta, por isso, surgem neste aspecto, éticas voltadas para o cuidado com a humanidade como sendo um dever não somente estatal, mas um dever de todos.Assim afirma o pensador “quase todas as civilizações – escreveu Joseph Schumpeter- desapareceram antes de terem tido tempo de traduzir em ações todas as suas promessas”, assim nossa civilização em crise niilista de valores,repensam novas possibilidades de pensar do agir do homem contemporâneo, mas as ideologias dominantes deturpam o sentido de ética em detrimento de uma satisfação obsoleta que em nada contribui para a emancipação do ser. Professor Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Dep. Manoel Rodrigues. O que a figura retrata não é apenas o roubo do material especificado, no caso,o giz, mas é sobremaneira, o que nela podemos diagnosticar, ou seja, a perda do ethos. Compreendida como uma determinação específica da ordem dos valores e,que serve as finalidades do bem-estar social, a ética ou a sua ausência,tornar-se perceptível, no quadro apresentado, com o roubo do giz, que sem dúvida resultará em prejuízos a outrem ou a outros que seriam beneficiados como seu uso. Retratada de maneira jocosa, a imagem acaba por fazer referência à crise de valores, por que passam as sociedades atuais, em geral, e a sociedade brasileira, em particular. A falta de zelo pela coisa pública é o retrato visível do divórcio entre os indivíduos e as suas representações a

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nível institucional. A luta pela sobrevivência, o individualismo e a defasagem da maior parte das instituições com relação às novas demandas sociais fazem eclodir a oposição entre subjetividade e representação. A referida perda do ethos é o claro sinal disso. O que, no entanto, em nossa opinião, não deve justificar a ausência de cuidado com o que pertence ao coletivo, pois,construímos a nossa individualidade sempre em complementaridade com a do outro,na vida em sociedade e, portanto, eticamente. Prof. Especialista Francisco Alves de Assis Neto. EEEM Mariano Martins. Falar de ética em primeiro lugar é se questionar sobre a possibilidade de ensiná-la/aprendê-la como outras formas de saber técnicos ou mesmo teóricos. É possível ensinar um sujeito a fazer escolhas responsáveis? Podemos aprender uma ética do cuidado com o planeta através de aulas expositivas e depois aplicar uma prova/atividade na qual o estudante será avaliado se "cuida da natureza" de acordo, por exemplo com a perspectiva de Lévinas? É preciso pensar, por outro lado, que o educador que se propõe ao ensino da ética, mas do que transmitir valores civilizatórios desta ou daquela cultura,religiosa ou laica, precisa se comprometer a fazer com que seus alunos façam exercícios de reflexão, mais do que de assimilação intelectual das problemáticas éticas, que aprende a se posicionar politicamente diante dos dilemas éticos atuais, das questões que nos afligem hoje, em nosso dia-a-dia. Por fim, diria que o problema ético de suas definições, princípios e diversidade de abordagens coloca para nós a questão de não impor nossas visões de mundo, nossas concepções ideológicas, mas facilitar processos nos quais nossos alunos-cidadãos sejam confrontados com os fundamentos de suas escolhas eas consequências destas. PROF. ANEZIO LOPES MARÇAL. ESPECIALISTA. EEEP. AMÉLIA FIGUEREDO DE LAVOR-IGUATU-CEARA. Os valores éticos e morais se encontram em uma situação de esquecimento total e que gera a cultura da relativização, o problema é que muitas às vezes até mesmo nas escolas se encontram em crises, obviamente que isso requer uma nova reflexão moral para tal conceito pois, não se trata de algo teórico, mas sim de praticidade, que se faz presente em todos os sentidos de nossa relação social ou política. Hoje o cenário que vivenciamos é de pessoas que por pouco perderam estes valores, já que o próprio sistema enfatiza a relativização destes valores, o problema é que quando os nossos próprios alunos começam aderir tal comportamento. O que preocupa é: as escolas não podem em hipóteses alguma perder os seus valores, éticos e morais. Os educandos devem criar meios para permanecer estes valores, as famílias devem resgatar a cidadania de seus filhos e as escolas é o canteiro que transforma e humaniza estes seres que serão no futuro a construção de uma nova sociedade. O problema é que no meio da modernização os valores não podem e nem devem ser esquecidos. A missão escolar é de recriar os valores éticos e morais. Obviamente que as famílias também tem a sua participação nesta contexto de mudanças sociais, política e econômica. Neste sentido cabe a cada um de nós olhar realmente para o que é importante, e tentar resgatar a ética e a moral em todos os sentidos de nossa vida. Sem educação não existe cidadania, valores, justiça social. Sem educação não tem sonho de uma nova, mas sem ética e moral não existe e nem existirá a certeza de lutar por uma nova sociedade.

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Prof.Especialista Antonia Wagna Araújo dos Santos. EEEM Deputado Manoel Rodrigues De acordo com algumas leituras realizadas e observando a charge acima citada, ÉTICA é considerado um fator muito ligado a política e que felizmente só acontece ética na política quando os políticos tratam de trabalhar pelo bem coletivo , já que estão naquela patente é porque alguém os colocou e é por isso que ambos deve ter o compromisso de não pensar apenas na minoria e sim na maioria. Mas os paradigmas poderão ser quebrados nas grandes instâncias de governo quando tratar-se dos escândalos , que ninguém possa achar comum e ou normal ou então que não tem mais jeito . Tem jeito sim !Depende somente dos que dizem cidadãos buscar interagir com meio político , sabendo buscar informações ,tomando consciência de seus valores e princípios éticos .Dessa forma podemos dizer que a ÉTICA É UM CONJUNTO DE VALORES no qual deverá ser bastante trabalhado já que também é considerado um tema transversal de acordo com os PCN'S.Assim quem sabe se a ética teórica e a ética prática andarão lado a lado ,onde o povo consiga passar a exigir mais , participar mais , discordar mais e que não seja aquele sujeito tão pacífico e que essas ações poderão desencadeara real integração entre ética e política . Prof. Esp.Wagner Poeta. EFM Wilebaldo Aguiar – Massapê. Ao se conceituar ética há o risco de cairmos num reducionismo tendo em vista as conceituações possíveis. Pretende-se aqui percorrer um caminho filológico através da etimologia da palavra ética e após, tentar compreendê-la a luz da filosofia de Kant. A palavra ética provém de duas (ethos); a primeira,significava Voqh (ethos) e Voqe raízes gregas: morada, edificação; a segunda, costume,hábito, desta última se deriva a palavra ética no sentido hodierno empregado.Embora os dois significados pareçam distantes é possível uma aproximação coerente. Ora, se o primeiro étimo significa habitação, pressupõe-se que nesta habitação se desenvolva hábitos, ou seja, costumes cotidianos naquela habitação. Assim, o hábito ou comportamento está diretamente ligado ao lugar(habitação) onde o costume se efetiva como hábito (ética). Assim, podemos dizer que há uma lógica profunda entre casa e o modo como devemos agir para fazer desta casa um lar; um lugar de convívio sadio que possibilite a integração saudável daqueles que nela habitam. Daí vem esta compreensão grega de aproximaras duas palavras casa e costume, não só graficamente, mas filologicamente, uma vez que é sob a proteção (casa) que se permite a construção de um lar onde reine a convivência respeitosa (ética) necessária ao convívio. A contribuição de Kant para a compreensão da ética passa diretamente pela distinção entre moral e ética. Em sua obra, Kant distingue a ação moral (grafada com “m”minúsculo) de ação Moral (grafada com “M” maiúsculo). A primeira diz respeito à ação realizada com base no cumprimento do dever sob a sombra da coerção (medo da punição) ou do interesse pessoal. A segunda, significa a ação de um sujeito livre que age por respeito à lei. Em resumo, a ação Moral (ação ética) ocorre quando o sujeito internaliza a norma e a cumpre porque entende que a obediência à norma se impõe como condição indispensável ao salutar convívio social. Aqui aproximamos a compreensão kantiana da grega, na medida em que somente de posse consciência de seu papel como sujeito livre é que a humanidade conseguirá construir a morada sadia necessária ao sadio convívio humano, ou seja, o ethos,enquanto casa.

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Prof. Especialista José de Almeida Cavalcante

EEM Etelvina Bezerra em Pentecoste Ceará A Charge apresenta uma caricatura sobre a questão da Ética, principalmente dentro da sala de aula. A Ética é um conceito que promove um bem entre ambas as partes. É na hora de estar em sala que estamos sempre notando a falta de Ética dos alunos, no momento que desrespeitar o Professor como exemplo aqui caricaturado, onde a Professora pede ao estudante para escrever, mas como o aluno vai pegar o giz, não tem mais. É na sala de aula, notamos que o Giz não esta mais na caixa, também a falta de eticidade dos alunos escondendo os cadernos dos seus amigos. Aqui, a Ética está longe de ser efetivada na família e na comunidade inserida os Projetos educacionais. A Ética precisa cultivar Educação com respeito e Justiça social.

Profa.Mestre Luana Carvalho, EEEP Comendador Miguel Gurgel Pastores digo eu, mas eles se denominam os bons e justos. Pastores digo eu: mas eles se denominam os crentes da verdadeira crença. Vede os bons e justos! Quem eles odeiam mais? Aquele que quebra suas tábuas de valores, o quebrador, o infrator: - mas este é o criador. Vede os crentes de toda crença! Quem eles odeiam mais? Aquele que quebra suas tábuas de valores, o quebrador, o infrator:- mas este é o criador. (Nietzsche, Friedrich. Assim Falou Zaratustra, Col. OsPensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1983, p.228.) É preciso desconstruir para estabelecer a ordem. Hoje tudo é uma questão de ética, constantemente invocada para manter as relações a ética na contemporaneidade apresenta-se como um conceito obsoleto e ultrapassado se considerarmos o momento de inversão de valores que vivemos. Seria esse conceito uma verdade absoluta? Parece que é assim que o enxergamos, já que é algo que parece tão distante de nossos atos e que precisa ser invocado quase como uma força superior que atende aos pedidos desesperados de socorro para a solução da pacífica convivência humana. Estamos diante de um enorme entrave, o bem e o mal, caberia a um conceito maior essa distinção que nos levaria quase de forma homogênea a nortear nossos atos a partir de uma ética universal, ou poderíamos nos utilizar de conceitos de bem e mal bem particulares para as tomadas de decisão que envolvem uma coletividade? A ética se apresenta na atualidade quase um ideal inatingível, algo que está fora, à parte.Transpor esse conceito como coloca Nietzsche, talvez nos aproximasse mais de algo mais que valores distantes de nossas práticas. “quem quiser ser um criador no bem e no mal, esse tem de ser um aniquilador e destruidor de valores. Prof. Esp.Wagner Poeta. EEM Wilebaldo Aguiar – Massapê. Antes de se iniciar a discussão proposta na questão: "Somente com normas da Ética é possível a realização de um diálogo livre e igualitário numa sociedade marcada pela desigualdade e pelo constrangimento" é preciso, primeiramente, fazer alguns esclarecimentos acerca do equívoco na formulação da questão. No problema exposto encontra-se a expressão: “normas da Ética”. Esta expressão é problemática por uma razão muito simples. A ética não impõe normas, esta é uma prerrogativa da moral. A ética,por sua vez, é a discussão acerca dos princípios que norteiam a moral. Deste modo, a questão deveria ser: “Somente na Ética é possível a realização de um diálogo livre e

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igualitário numa sociedade marcada pela desigualdade e pelo constrangimento”. Com a questão assim reformulada e o problema proposto, um apoio em Habermas é oportuno porque é ele que propõe a possibilidade de se criar uma sociedade mais justa e menos desigual a partir do diálogo fundamentado no que ele denominou de agir comunicativo. Através deste novo conceito que encontra sua base numa racionalidade comunicativa, Habermas, seguindo alinha dos frankfurtianos promove a possibilidade da construção de uma ética calcada no discurso entre os diversos segmentos que compõe o atual contexto da sociedade capitalista. Habermas vê que numa sociedade tão plural, as constantes sujeições dos demais grupos a outro através de uma racionalidade instrumental fere um dos fundamentos básicos, a democracia, a saber, o conflito de ideias, na medida em que as minorias não participam do debate. Assim, a construção de uma sociedade fundamentada na igualdade tem, necessariamente, que passar pela promoção do debate onde os valores são dialogados pelos grupos que a compõe. A garantia de participação deste diálogo é condição essencial para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e os discursos, fundamentados no cognitivismo, na universalidade e na formalidade, se impõe como valores que garantirão a igualdade na construção dos valores sociais no diálogo.

PRODUÇÃO DE TEXTO: ATIVIDADE ON-LINE - (TEMA: MEIO AMBIENTE) –

Professor Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Deputado Manoel Rodrigues. Meio ambiente e capitalismo são termos diametralmente opostos. Frente a atual conjuntura, a preservação de áreas ambientais, tornou-se um entrave às políticas de expansão do capital especulativo. O caso Cocó em Fortaleza é um exemplo disso.Considerado como patrimônio ecológico do Estado, o mangue foi seriamente ferido com a retirada de noventa árvores nativas do seu espaço natural. A justificativa da prefeitura de Fortaleza foi à construção do viaduto entre as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior. Nesse caso, o “progresso”serviu de justificativa a retirada das árvores no parque. A política da sustentabilidade, expressão “politicamente” correta, sucumbe frente os interesses dos detentores do poder financeiro. Na sociedade do consumo, ao invés, de serem discutidos projetos alternativos de trânsito, prefere-se dar espaço a venda de automóveis, beneficiando diretamente os donos de lojas,postos de combustíveis e, finalmente, os grandes capitalistas. Por isso, em nossa opinião, longe de uma reconciliação entre a sociedade e a natureza, o capitalismo aprofunda a contradição entre o homem e o seu meio natural.

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Prof. Clebem Sales da Silva E.E.E.P. Dep José Maria Melo Numa abordagem extremamente contemporânea sobre a questão ambiental ou propriamente ecológica encontra-se o postulado teórico de Hösle que inaugura pensamento do paradigma ecológico partindo do pressuposto que a civilização universal dos tempos hodiernos é comparada a um tapete que a longo tempo foi tecido, a sua configuração que nele continha vai aos pouco estragando, por meio da subjetividade moderna com o intuito da dominação do mundo. Dentro do itinerário de uma subjetividade do Ocidente que foi reconfigurada dentro do aspecto de implicações planetárias e da sua expansão histórica, econômica, cultural, científica- tecnológica, resultado da dominação do outro e de si, caminho idealizado pela filosofia moderna e protagonizada por Francis Bacon “de conhecer os segredos da natureza com o propósito de dominar... conhecer é poder”, diria o então inventor do método indutivo. Assim, a forma Ocidental de pensar ou tecer a estrutura cultural, favoreceu um olhar do dominador, revela-se cada vez mais capacidade destrutiva e daí a preocupação de Hösle com a implicação filosófica.A tarefa da filosofia consiste,... em fazer emergir outra face, aquela capaz de reconciliar a humanidade com a verdade do ser na sua totalidade...ele visa tanto mais recuperar e fazer valer as energias espirituais indispensáveis para sustentar as estratégias políticas, econômicas, sócias e ecológicas que deverão responder à nossa crise atual. (MANCINI, 2000). Na verdade a preocupação do pensador é fazer recuperar e fazer valer as estratégias espirituais que serão indispensáveis e que corroboram para estratégias políticas, econômicas, sociais e ecológicas para possivelmente responder os anseios das indagações a crise de hoje. Para a demanda das perguntas a crise da civilização Ocidental, o autor interage com a obra hegeliana trazendo presente o cerne do primado de Hegel e configurada por Hösle de idealismo objetivo da intersubjetividade. Assim, o idealismo subjetivo da intersubjetividade, dependerá da consciência da pessoa,juntamente com a essência da realidade e não vincular raramente subjetivos da capacidade de pensar da razão humana. Cada primado do pensamento e cada verdade efetivamente reconhecida pela consciência remetem à estrutura e ao devir da realidade no seu conjunto, a pessoa descobre a grandeza do pensamento não sem ou contra a realidade externa, mas sim apenas numa nova unidade com a totalidade do ser. ( MANCINI, 2000). Desta forma a questão chave deste paradigma é a reconciliação do homem com a natureza que não se dar somente em âmbito histórico, mas teorético determinante, em que o objetivo desta nova política seja a construção de um “estado de direito que concomitantemente social e ecológico”. Profa. Mestre Luana Carvalho EEEP Com. Miguel Gurgel

Vivemos um momento de maior consciência social sobre a importância de preservação do Meio Ambiente. Acordos internacionais, pactos pela sustentabilidade, Legislação Ambiental, ONGs que se voltam exclusivamente para essa defesa, ativista com forte expressão pública são alguns dos meios que a sociedade dispõe para viabilizar a defesa do meio ambiente. Mas se faz necessário observarmos que esta mesma sociedade que disponibiliza mecanismos para uma vida sustentável que não destrua a natureza, que entendemos como fator essencial à própria vida humana, estamos numa sociedade regida por um mundo econômico que se sobrepõe aos interesses coletivos em nome do

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capital. Todo aparato que serve de sustentáculo a manutenção do capitalismo será nocivo ao Meio Ambiente se não for observado e executado de forma sustentável. Destruir parte de uma Área de Proteção Ambiental-APA, por minúscula que seja é irracional se considerarmos que numa cidade o que deve ser priorizado em mobilidade urbana é o transporte público de qualidade e não a abertura de vias para recepcionar mais e mais carros colocados no mercado a cada dia por conta de um consumo desenfreado. A questão dos viadutos em Fortaleza é bem mais complexa, envolve interesses políticos e empresariais e toda essa complexidade de interesses só confirma o Meio Ambiente como vítima de um sistema que em nome de uma Economia que privilegia poucos.

Prof.Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Dom Almeida Lustosa O ativismo ambiental é uma forma de conter os governos em sua expansão irracional sobre a natureza. Sua intenção é discutir a exploração racional do meio ambiente, evitando, assim, uma maior degradação do eco sistema. Por isso, seu contraponto, representa para os donos do capital, uma ameaça, uma espécie de resistência frente ao que está posto.Sua práxis é, portanto, o resultado de seu ativismo político e ecológico. No entanto, os atuais governos estão submetidos ao domínio do grande capital, ou seja, daqueles que possuem os meios de produção em escala global. O interesse de todas as nações, nesse sentido, volta-se para o fortalecimento de suas economias, para o enriquecimento de seus cofres, mesmo que de maneira indiscriminada. O que prevalece no sistema de exploração capitalista é a satisfação a qualquer preço da sociedade de consumo. Sua intenção manifesta é o lucro daqueles que querem a todo custo aumentar suas fortunas, ampliando,assim, o seu poder sobre os povos e as nações. A ineficiência dos movimentos ecológicos contemporâneos dar-se, dessa forma, pela oposição de interesses entre capital e meio ambiente. Ou, entre o irracionalismo do consumo moderno e as formas racionais de sustentabilidade da vida no planeta. Prof.Especialista Antonia Wagna Araújo dos Santos. EEEM Deputado Manoel Rodrigues Não considero ineficaz mas sim eficaz . Pois esse ativismo ecológico é considerado um grupo de indivíduos que procuram o melhor, não pensando no bem individualizado mas no coletivo , apesar de vivermos numa sociedade capitalista . "A questão ambiental" é uma preocupação para todos, mas sabemos que não é de todos.Embora a vida seja o porto seguro para ações desencadeadas, seja pelo ponto negativo ou positivo. Assim a EDUCAÇÃO AMBIENTAL deve ser trabalhada desde o primeiro dia em que a criança chega na escola até os últimos dias, independente de Educação Básica ou Superior , pelo motivo justo, que é a familiarização coma diversidade de espécies (fauna e flora) e aprender como conservá-las para que o meio ambiente não sofra degradação e automaticamente devolva para a sociedade comprometendo a qualidade de vida de cada um . PROF(o). ESPECIALISTA FRANCISCO ORTAN BRAGA DA SILVA. EEEP. DEP. JOSÉ MARIA MELO. TODOS OS MOVIMENTOS DE ORDEM ECOLÓGICAS DEVEM VIR EMBASADOS COM ALGUM PENSAMENTO DE PRESERVAÇÃO, NÃO

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FICANDO A SERVIÇO DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OU GOVERNOS, MUITAS DESTAS INSTITUIÇÕES OU GOVERNOS,ESTÃO UTILIZANDO DE ARTIFÍCIOS PARA ATINGIR OS SEUS OBJETIVOS FINANCEIROS EM DETRIMENTO DOS OUTROS, GRUPOS, ASSOCIAÇÕES E ONGS, MUITAS ONGS ESTÃO A SERVIÇOS DE GOVERNOS INESCRUPULOSOS PARA ATINGIR OUTROS ESTADOS NACIONAIS, POR MOTIVOS ECONÔMICOS, POLÍTICO E ESTRATÉGICOS, É EVIDENTE QUE ATINGIR DESTA MANEIRA O ÁRTICO COM PERFURAÇÃO PODERÁ OCASIONAR NO FUTURO PRÓXIMO ALGUM DESEQUILÍBRIOS NO ECOSSISTEMA MARINHO, POR TUDO ISSO TEMOS A OBRIGAÇÃO PRESERVAR O PLANETA, POR QUE NÃO COMEÇAR PELAS CALOTAS POLARES. José de Almeida Cavalcante. EEM Etelvina Gomes Bezerra. Os Movimentos Sociais em prol de um meio ambiente sustentável estão cada vez mais sem apoio político na atual conjetura política. Porque vivemos num mundo cada vez mais individualizado e capitalista. Por isso, notamos uma grande apatia de grande parte do pais em se tratando na questão ambiental. Os Estados Unidos não assinou o Protocolo de Kyoto e uma pequena cidade do interior do Ceará não tem o seu aterro sanitário.É preciso que tenhamos mais ética e consciência e entendemos que o nosso papel é importante para formar cada cidadão em sua maneira de ser. A Ética e Natureza são duas relações que o homem deve colocar em primeiro lugar seja na sua relação individual, seja na sua relação política.Sem a Ética não viveremos com dignidade dentro de uma natureza que devemos agir corretamente. Agir para um bem, um bem em si mesmo. Prof. Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Dom Almeida Lustosa. A luta entre as diversas siglas que compõem o atual cenário político brasileiro é marcada por disputas e interesses pessoais e de grupos. Toda a polêmica criada em torno da saída de Marina Silva do seu antigo partido e, em consequência, a criação de um novo partido para poder abrigá-la, é mais uma manobra daqueles que a todo o momento pleiteiam a demarcação do espaço governamental. Essas disputas pouco têm a ver com as questões relacionadas ao meio ambiente, pois, os verdadeiros governantes das nações não são os seus chefes de Estado, mas aqueles que detêm em suas mãos o capital. Numa sociedade hodierna, política e meio ambiente são termos antagônicos. O preço do progresso é irracional, visa apenas à satisfação do lucro e do consumo, que estão intimamente ligados. Por isso, toda a falácia da sustentabilidade é apenas mais um pretexto para sustentar a mentira do“politicamente correto”, do socialmente responsável. Nem Marina Silva ou qualquer outro governante são capazes de deter os interesses escusos daqueles que controlam o comércio entre os países, ao contrário, todos eles estão subordinados pela lógica dos mercados e acabam por corroborar com as suas ações com a barbárie do progresso a qualquer preço.

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Professora Mestre Luana Carvalho EEEP Com. Miguel Gurgel O ativismo ecológico contemporâneo encontra o maior entrave para a plenitude de sua luta na organização econômica mundial. É algo desafiador lutar contra mecanismos que regem o capital e, temos que admitir que muitas vezes a questão ambiental e o meio ambiente se colocam como empecilho ao desenvolvimento da sociedade capitalista de consumo e às grandes empresas que detém o poder econômico. Dessa forma, ativistas são vistos como inimigos do desenvolvimento. Não podemos determinar que as ações de ambientalistas sejam ineficazes, até porque, de certa forma,são ouvidas pela sociedade, muito já foi transformado a partir dessas ações,mas para que se tornem realmente mais eficazes é necessário um maior apoio e engajamento da sociedade. Leis não são o bastante, até porque nem sempre são cumpridas. Muitas vezes encaramos os ativistas como grupos de radicais e não damos atenção à bandeira que levantam. É preciso que, através da educação ambiental e de amplas discussões nos espaços escolares, comecemos a mudar a mentalidade através da tomada de consciência de nossos jovens, inserindo cada vez mais cedo os debates sobre ambiente e sustentabilidade em seu cotidiano. PROF. Antonia Wagna Araújo dos Santos EEEM Deputado Manoel Rodrigues Atualmente a sociedade apresenta o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL como uma ideologia por parte de alguns não direcionando ao partido REDE SUSTENTABILIDADE, mas que pode ser gerado de algo que foi idealizado, pensado em beneficiar alguém e não a coletividade para uma sociedade realmente sustentável e preocupada com a vida no planeta incluindo todas as espécies desde as mais extintas as que estão em processo de extinção. Na perspectiva realmente sustentável esse desenvolvimento é bem mais importante por tratar de vidas em risco independente de espécies,mas infelizmente os dois projetos poderão estar caminhando lado a lado sem visão democrática onde a soberania seja exercida apenas pela minoria e não pela maioria. Como de praxe o Estado sempre está privilegiando as minorias enquanto a maioria está sendo alienada, pior ainda, enquanto alguns estão pensando que está tudo muito bem. Claro é isso que nos é imposto desde criança. E aí, será que o partido sustentável mudaria a situação da política brasileira?

PRODUÇÃO DE TEXTO; ATIVIDADE ON-LINE (PLURALIDADE CULTURAL)- FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EDUCAÇÃO DO DIÁLOGO

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Albertino Servulo Prof. SEDUC-CE A relativização do dogma que parece está presente no discurso do Papa Francisco é importante para a pluralidade cultural porque vem de encontro às necessidades do contexto contemporâneo que devido a globalização das comunicações tornou-se multicultural. Devido a esse encontro de culturas díspares é necessário o diálogo para que não ocorra a violência. O catolicismo, assim como o protestantismo são na cultura ocidental emblemas do dogmatismo exacerbado que gerou inúmeras guerras religiosas devido ao dogmatismo absoluto; por isso precisam abandonar a intolerância religiosa. Já a filosofia com sua cultura do diálogo é um importante instrumento educacional nessa empreitada, pois diferente das religiões o que permeou na história da filosofia não é a imposição do dogma, mas a discussão e reflexão sobre qualquer tema. O ensino da filosofia é o principal instrumento para promover os temas transversais que são premente na sociedade contemporânea ou do multiculturalismo. Professor Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. EEFM Dom Antônio de Almeida Lustosa. Jorge Mario Bergoglio desde que assumiu oficialmente o papado da igreja católica romana tem feito esforços no sentido de dialogar com diversos assuntos que não estiveram nas pautas do catolicismo nas últimas décadas. Sua ascendência doutrinária de origem franciscana busca aproximar os mais pobres, em particular, e os excluídos, em geral, da fé cristã. Para isso, o novo papa procura não se excluir dos povos, receber com carinho e atenção a todos e promover, em suas visitas aos países, o ecumenismo. A polêmica levantada pelo papa sobre os caminhos que cada um deve procurar seguir, para combater o mal, abre espaço para um diálogo entre a universalidade das religiões, preocupadas em disseminar as boas ações e o interesse de cada indivíduo em proliferar essas atitudes. Com isso, as questões papais demonstram uma preocupação imanente com a pluralidade cultural já que procuram integrar a todos os homens na militância de questões que devem ser pensadas e dirigidas a totalidade dos seres humanos. PROF. ANEZIO LOPES MARÇAL - BACHAREL LICENCIADO EM FILOSOFIA, TEÓLOGO E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA. EEEP. AMÉLIA FIGUEIREDO DE LAVOR - IGUATU CEARA. “Cada um de nós tem a sua visão do bem e do mal (...). Todos devem optar por seguir o bem e combater o mal como o concebe. Isso seria o suficiente para melhorar o mundo”. De um modo particular vejo que é um pouco arriscado um papa fazer colocações colocando em questão os dogmas, eu particularmente acho que é a essência que deve ser sempre bem cuidada, de uma forma simples é como uma mãe que cuida de seu filho e que nada pode acontecer para machucar. O problema maior não é o dogma em si, mas a forma que alguns grupos religiosos de forma fundamentalista interpreta e coloca em prática. Sempre fui adepto da questão dogmática e até hoje vejo que é lindo os dogmas da Igreja, para mim são verdades de fé e que deve ser seguidos e pronto.Cada religião neste imenso mundo passam por um grande processo de transformação, mas a essência deve continuar a mesma, pois isso é o importante.Muitas vezes é verdade colocamos mais para ser seguido as leis, as normas, e esquecemos a caridade. O que é suficiente para mudar o mundo é uma cultura da solidariedade, das distribuição de renda e da humanidade das pessoas. O ideal é saber cuidar do outro, respeitar o outro, amar o

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outro, mas para mim, as autoridades religiosas devem sim cuidar e preservar do tesouro da Igreja.Portanto, os dogmas são importantes, e todos que viem dentro das instituições religiosas devem cuidar sempre e fazer acontecer o Reino de Deus aqui e agora.O Evangelho é a manifestação do sagrado no meio da humanidade. PROF.Especialista Antonia Wagna Araújo dos Santos . EEEM- Deputado Manoel Rodrigues . A importância da revitalização do dogma para a pluralidade cultural vem desencadear uma nova visão ao que se refere a questão do respeito numa dimensão de libertadora deixando as diferenças fluírem estabelecendo o estopim para paz, harmonia e igualdade sobre os homens,pois os dogmas são considerados bases de valores comuns aos que pertencem a uma mesma instituição religiosa, mas até que ponto também é um ideal de felicidade para os mesmos ? Nesse caso acredita-se em ideologias reais em detrimento ao que seria ideal para todos . Nessa perspectiva relativizar os dogmas seria positivo principalmente para os Estados Laicos no caso o Brasil no sentido de mudar as práticas religiosas buscando uma sociedade mais justa onde cada indivíduo possa viver numa sociedade mais justa e que seus valores coletivos e individuais possam valer na construção de uma identidade sociocultural .Todos sabendo é capaz de fazer e levar o bem numa ampla dimensão . De acordo com a teoria Sartriana a liberdade é a condição devida do ser humano , o principio do homem é ser livre . Claro,também é responsável por seus atos independente da circunstância (positiva -negativa). Assim , construir uma sociedade democrática é transformá-la numa dimensão multicultural. PROFA. ESPECIALISTA. TRICIA MARIA MARQUES DO BRASIL E.E.M DEP. MANOEL RODRIGUES Sabe-se que o nazista ficou apenas 20 meses preso e que fugiu para a Argentina.O povo argentino não aceita a entrada de seu corpo devido os inúmeros crimes cruéis que o mesmo cometeu. Hoje a humanidade fala, questiona, critica e exerce sua cidadania e não aceita mais qualquer tipo de preconceito, discriminação e crimes bárbaros e cruéis. Para eles a entrada do corpo do nazista é uma grande e verdadeira ofensa a dignidade do povo argentino que se diz um povo ordeiro e justo e que não compartilha desse tipo de comportamento. O pais que esta com o corpo passa por um dilema pois não sabe o que fazer. Profa. Georgia Terivania Gonçalves da Silva- CAIC Maria Felício Lopes O que é certo ou errado aos olhos da sociedade? Como devemos nos posicionar frente a tanta imposição e formas de viver em que a sociedade cria com o decorrer dos tempos , deixando as pessoas submissas e incapazes de querer mudar ou propor mudanças por meio de repressões. A sociedade hoje já se mostra muito mais libertadora e capaz de aceitar mudanças fora do padrão estipulado pela maioria e pelos mais contemporâneos, uma das mais maiores dificuldades hoje é o respeito pelas varias culturas e a liberdade que cada um tem de escolher seu próprio caminho. Além de tudo a sociedade hoje tem certos preconceitos para coma cultura de vários povos , a discriminação entre as religiões ,os sotaques ou regiões do país entre outros, é preciso avaliarmos nossas

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posturas e como estamos lidando com tanta modernidade e mudanças... Mudar é preciso mas preparar algumas pessoas para lidar com mudanças é fundamental. Prof. Mestre Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho. E.E.F.M. Almeida Lustosa. A polêmica sobre o enterro do ex-comandante nazista Erich Priebke na Argentina e em outros países, como a Itália, que o abrigou preso até o fim da sua vida, expressa a revolta represada dos sobreviventes e da comunidade internacional até os dias atuais, contra os crimes praticados sob os auspícios do regime hitlerista durante a II guerra mundial. Priebke comandou o massacre de cidadãos civis italianos no ano de 1944na cidade de Roma. Em represaria a morte de soldados alemães naquele mesmo lugar. O caso Priebke é emblemático, pois revela como os governos totalitários são perigosos para as democracias atuais, mesmo com todos os seus problemas.Como informa MARTINS, “uma de suas características é o extermínio de todos aqueles que não compactuam com as suas ideias” (2009, p.272). Portanto, o grande risco de uma cultura única, em qualquer época histórica, é o grandioso perigo que esta representa contra as liberdades individuais e a própria vida humana enquanto portadora de singularidades polissêmicas de múltiplas variaçõesculturais. Professora Mestre Luana Carvalho de Morais EEEP COM.Miguel Gurgel. " Argentina negou uma autorização para que o nazista e ex-oficial da SS Erich Priebke, que morreu no dia 11/10/2013 na Itália, aos 100 anos de idade, seja enterrado no país." Fatos como esses são importantes para que possamos refletir sobre nossa capacidade de conviver com as diferenças. Refletir também nossa conduta em relação ao outro e à sociedade. Pensar que nossas ações individuais em determinados momentos históricos não influenciam realidades nos remete a uma concepção inocente de nosso papel nas relações sociais. O que faz do homem um grande homem são suas atitudes diante do poder que detém. E esse poder quando se manifesta em imposição ao outro, principalmente no campo cultural, aponta para consequências desastrosas. Vivemos uma sociedade contemporânea multicultural interligada por laços culturais que ganham e preservam identidades, e a imposição cultural não encontra espaço no que denominamos de mundo globalizado. As ações individuais devem ser pensadas a partir desse pressuposto e considerando também nossas memórias póstumas. "Aprender a sair da vida, não melhor, pois isso não é possível,porém mais virtuoso do que nela entrei".* É o que conclui Rousseau em sua terceira caminhada. Considerar nossas atitudes como parte de uma dignidade que vai nos acompanhar ou não além do túmulo deveria ser um exercício diário.*ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre,RS, L&PM, 2010. PROF. ESPECIALISTA ANEZIO LOPES MARÇAL EEEP. AMÉLIA FIGUEIREDO DE LAVOR. IGUATU-CEARA. Morte de negros cresce 35, 9% no Brasil no período entre 2001 a 2010. Óbitos violentos teriam o racismo como maior motivação para os crimes... O maior erro da humanidade foi acreditar na superioridade de uma classe e a inferioridade de outra. Não sei por que, mas às vezes tenho a leve sensação que cada vez mais estamos caminhando para a perca da racionalidade, e o mais agravante a cor é a marca do momento. Ser negro, não pode

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ser visto como algo fora do normal, mas faz parte da humanidade. O racismo é a falta de humanidade e amor próprio. O que danifica não é a cor, mas a falta de respeito. Não é normal, e ao mesmo tempo é preocupante que ainda nos tempos de hoje estejamos falando do preconceito, de crimes contra negro, e como se vê neste numero é crescente. É preciso desenvolver com urgência uma nova cultura do respeito a diversidade de cor, somos irmãos e iguais. Todos sabem. Nenhum crime é permitido, e cabe a cada um de nós buscarmos conviver com respeito e humanidade. A aparência não gera caráter de ninguém, mas casa continue a violência é preciso praticar a lei. O Brasil é um país rico em tudo e não é permitida uma prática desumana simplesmente por causa da cor. Prof. Especialista Antonia Wagna Araújo dos Santos. EEEM Deputado Manoel Rodrigues A partir do texto mencionado não basta; trabalhar as leis que apresentam a importância das matrizes culturais as quais foram parceiras na formação da identidade nacional , ou seja, do povo brasileiro como trata Darcy Ribeiro. Mas que a sociedade de uma forma geral aprenda a respeitaras diferenças e que o respeito pelo outro independentemente de classe social ,cor dentre outros aspectos, ou seja , nada justifica violentar um cidadão deforma arbitraria . O Brasil é um país sem preconceito racial mas as pesquisas mostram injustiças sociais . Um exemplo bem claro : O Pelé (rei do Futebol) sofre alguma discriminação por ser negro? E os jovens negros são um dos motivos de cotas nas Universidades , e aí , será que esses jovens possuem alguma deficiência que dificulta o seu processo ensino/aprendizagem ? E que deve ser incluído num plano de INCLUSÃO SOCIAL ? Ser negro no Brasil não é ter a pele preta e sim não ter STATUS social . É aquela questão não existe negro rico e sim moreno, não existe branco pobre e sim caboclo .Essas são consideradas formas de descriminação social ao invés de racial num país que é tido como PAÍS DE TODOS . Assim todos os DIREITOS HUMANOS tem como sustentáculo a vida e sem avida não existem os demais ! Prof. Especialista José de Almeida Cavalcante. EEM Etelvina Gomes Bezerra. No Brasil existe sim o Racismo, ou seja, o país é um dos mais preconceituosos do mundo. No Brasil existe muitos afro-descentes, perdendo somente pela Nigéria na África. É historicamente marcado pela historicidade brasileira, onde desde a chegada dos portugueses nós convivemos diariamente com esse preconceito. O Racismo está enraizado no Brasil. Mas, será que não é Racismo ou será que é injúria racial? Fica difícil defender um crime contra a cor de uma pessoa. porque na verdade é crime de Racismo. E aqui no Brasil é: O racismo é crime de gravidade maior, ao qual a lei atribui um tratamento mais duro ao autor. De fato, enquanto o crime de injúria preconceito é prescritível, inafiançável e de ação penal pública condicionada (Lei nº12.033/09) o racismo é imprescritível, inafiançável e de ação penal pública incondicionada. E a injúria é: Enquanto na injúria preconceito, como visto, o agente atribui qualidade negativa à vítima, no racismo o agente segrega a vítima do convívio social em razão de sua cor, raça etc. Portanto, na verdade existe sim crime de Racismo, defendo que a motivação foi mesmo o Racismo. Logo,aplica a lei.

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Albertino Servulo (Prof. SEDUC-CE) Coordenação do DF Prezados Professores e Professoras do Curso de Formação: Educação do Diálogo, saudações Em minha sustentação oral defendo que existe racismo no Brasil, mesmo este país não tendo uma identidade racial única, o que se configura uma antinomia. Minha argumentação está baseada em fatos e não em suposições. Em primeiro lugar, é preciso não confundir a concepção de racismo com condição social e nem com injúria pessoal. A condição social de alguém diz respeito a muitos fatores, e menos a questão de raça. A injúria pessoal,conforme o código penal; pode ser intelectual, física e moral. No Brasil a injúria física é considerada crime, e neste tipo está incluída uma pena para aqueles que vierem ofender alguém referente a raça, cor e etnia (vide Art. 140do Código Penal Brasileiro – Decreto Lei 2848/40). Ora, não podemos dizer que toda injuria pessoal consiste em racismo, mas, o contrário sim, isto é, toda discriminação racial consiste em injúria. Ora, a lei não é criada a revelia da sociedade, e no caso dessa não foi diferente, ela foi criada porque houve e há muitos casos de racismo na sociedade brasileira. Talvez algumas pessoas tenham esquecido, mas a historia do Brasil revela que sua fundação está baseada numa sociedade escravocrata. Portanto, não cabe a contraposição que assevera que em nosso país não existe racismo. Pois, ao contrário desta falácia, sua existência é um fato e a lei contra essa anomalia é a prova de sua existência. Professor Mestre em Filosofia Jarbas Vasconcelos. EEFM Almeida Lustosa. Os homicídios contra jovens negros crescem em todo país não por racismo, mas por injúria racial. Não é por uma questão de cor que a matança e a criminalidade nas periferias vêm aumentando nos últimos anos. Existe toda uma problemática social que gira em torno dessa questão. A falta de acesso aos bens culturais e de serviços é a marca das comunidades pobres em nosso país. A favelização das periferias desde o início da República teve na metade do século passado, agravada sua situação,com o crescimento desordenado das cidades e o êxodo dos moradores das zonas rurais para os perímetros urbanos. A origem das desigualdades sociais em nosso país é um problema que assola a população desde a invasão portuguesa às terras nativas, pois, desde que os portugueses aqui chegaram os parâmetros materiais entre o colonizador e o colonizado foram díspares. Essa desigualdade manifesta-se hoje com a concentração de renda nas mãos de alguns poucos. Assim,embora, o país tenha passado por transformações econômicas nos últimos dez anos, esse pseudo desenvolvimento contribuiu com o acirramento das contradições no interior da sociedade brasileira. Ademais, toda a repressão contra jovens no interior das periferias, representa a repressão à pobreza e a garantia da propriedade daqueles que desde o início mostraram-se interessados em defender e zelar sua condição social e o seu patrimônio. Minha opinião, portanto, é defender que não

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existe racismo no nosso país e sim desigualdades econômicas e socioculturais que geram por questões diversas injúria racial. Professora Mestre Luana Carvalho de Morais, EEEP Com. Miguel Gurgel Racismo ou injúria social? O Brasil é um país de formação étnica multirracial. Tratar de racismo num país que a população desenvolveu um amplo processo de miscigenação e à olhos vistos apresenta uma partícula homogeneidade deveria ser algo bem simples. Mas aqui tratamos não somente de composição étnica, mas de identidade. Historicamente a influência negra africana foi negada como elemento formador da cultura brasileira e esse fato se deve ao processo histórico de escravização do negro e consequentemente de como se deu o fim dessa escravidão. Libertos no século XIX, a população escrava foi jogada à margem da sociedade, o que resultou numa imposição de condições desfavorecidas socialmente e economicamente dessa população. Ser ex-escravo no Brasil impôs ao negro uma vida marginal, sem acesso à educação, a emprego digno, a moradia. Essa condição favorece à práticas preconceituosas que ao longo do tempo se demonstram racistas e antissociais. Modificar essa visão requer ao brasileiro o desenvolvimento da noção de pertencimento e identidade, quando nos reconhecemos influenciados por determinada cultura nos sentimos parte e assim não olhamos o outro com estranho e inferior.

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