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PROCESSO LEGISLATIVOPROFA. ME. ÉRICA RIOS
ART. 59 – O PROCESSO LEGISLATIVO COMPREENDE A
ELABORAÇÃO DE:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
§ ú: Lei complementar disporá sobre a elaboração,
redação, alteração e consolidação das leis.
INICIATIVA DE PL
Normalmente, ocorre na Câmara dos Deputados.
Comum ou concorrente: para as proposições em que a CF não tenha restringido
o âmbito da sua titularidade. Qualquer parlamentar, comissão ou Presidente da
República.
Privativa ou reservada: apenas algumas autoridades ou órgãos. As hipóteses são
rol exclusivo, não cabe interpretação que o amplie. Ex: competência privativa para
determinado órgão legislar sobre remuneração de seus próprios servidores. Também
a lista do art. 61, §1°, I e II da CF sobre iniciativa privativa da Presidência da
República.
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO O PL é debatido nas comissões e nos plenários das Casas Legislativas. Podem ser
formuladas emendas (proposições alternativas) aos projetos. A emenda cabe ao
parlamentar e, em alguns casos, sofre restrições.
No caso de PL de iniciativa privativa, a emenda deve guardar pertinência com ele,
para prevenir a fraude a essa mesma reserva. (STF –ADI 574)
Findo o período de debates, segue-se a votação, que deverá seguir o quorum
estabelecido especificamente para a proposição a ser debatida. Em não se exigindo
quorum especial, a proposição será aprovada por maioria simples.
Não há aprovação de projeto sem votação, não se prevê hipótese de aprovação por
decurso de prazo, mas o prazo para a votação pode ser acelerado, a requerimento
do Presidente da República, nos projetos da sua iniciativa. (MENDES, p. 919)
SANÇÃO OU VETO PRESIDENCIAL
(ART. 66)
Sanção = anuência
Expressa
Tácita = se decorrer o prazo sem manifestação expressa de veto
Veto = discordância expressa e irretratável. Prazo de 15 dias úteis para vetar e de 48h para informar
ao presidente do Senado sua decisão e motivos.
Jurídico = por inconstitucionalidade
Político = por contrariedade ao interesse público
Total
Parcial
Observar que a Súm.5 não tem mais aplicação (dizia que sanção presidencial a PL de
iniciativa privada da presidência, mas que fora, na prática, iniciado por outra pessoa, sanaria
o vício procedimental). (MENDES, p. 920)
CN PODE REJEITAR O VETO (ART. 66, § 4º )
A rejeição do veto acontece na sessão conjunta que deve ocorrer
dentro de 30 dias da sua aposição comunicada ao Congresso. Exige-se
maioria absoluta dos deputados e maioria absoluta dos senadores, em
escrutínio secreto, para que o veto seja rejeitado.
O veto pode alcançar partes diversas do projeto de lei e o CN rejeitar
apenas alguns desses vetos parciais. Não há impedimento à rejeição
parcial de veto total.
Se o veto é mantido na sessão em que apreciado pelo Congresso, o projeto de lei
é tido como rejeitado e arquivado. Como consequência, segundo o art. 67 da CF,
não poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa, a não
ser mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas
do Congresso.
Conclui-se, então, o processo legislativo, e não será dado que, depois de mantido o
veto, o Legislativo venha a reabrir o processo legislativo, sob o argumento de que
o veto fora intempestivo.
Não há veto ou sanção para:
emenda à Constituição
decretos legislativos e resoluções
leis delegadas
lei resultante da conversão, sem alterações, de MP.
PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Promulgação: atesta a existência da lei, que passou a
existir com a sanção ou com a rejeição do veto, e ordena a
sua aplicação.
Publicação: torna de conhecimento geral a existência do
novo ato normativo, sendo relevante para fixar o momento
da sua vigência (salvo o próprio texto apontar vacatio legis
específico).
Art. 66, § 7º: Se a lei não for promulgada dentro de 48h pelo
Presidente da República, nos casos dos §§3º e 5º, o Presidente
do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo,
caberá aoVice-Presidente do Senado fazê-lo.
LEIS ORDINÁRIAS X COMPLEMENTARES
Diferença material: o conteúdo das LC é previsto
pela CF
Diferença formal: quórum de aprovação (maioria
simples para LO, absoluta para LC)
A doutrina majoritária não vê diferença hierárquica
entre ambas
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Fonte: PERILLO, 2010. Disponível em < http://pt.slideshare.net/senadormp/processo-legislativo> Acesso em 08 set. 2016.
EMENDA CONSTITUCIONALArt. 60.A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou
de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
EMENDA CONSTITUCIONAL
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Fonte: PERILLO, 2010. Disponível em < http://pt.slideshare.net/senadormp/processo-legislativo> Acesso em 08 set. 2016.
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MEDIDAS PROVISÓRIAS
Conceito: “atos normativos primários, sob condição resolutiva, de caráter
excepcional no quadro da separação dos Poderes, e, no âmbito federal, apenas o
Presidente da República conta o poder de editá-las. Ostentam nítida feição
cautelar. Embora produzam o efeito de concitar o Congresso a deliberar sobre a
necessidade de converter em norma certo trecho da realidade social, não se
confundem com meros projetos de lei, uma vez que desde quando editadas já
produzem efeitos de norma vinculante.” (MENDES, p. 926)
MEDIDA PROVISÓRIAArt. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado oprevisto no art. 167, § 3º;
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto doPresidente da República.
MEDIDA PROVISÓRIA
§ 2º MP que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I,
II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida
em lei até o último dia daquele em que foi editada.
§ 3º As MP, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não
forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por
igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações
jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da MP, suspendendo-se durante
os períodos de recesso do CN.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do CN sobre o mérito das MP dependerá de juízo
prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
MEDIDA PROVISÓRIA
§ 6º Se a MP não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em
regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do CN, ficando
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da
Casa em que estiver tramitando.
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de MP que, no prazo de
60 dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do
CN.
§ 8º As MP terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as MP e sobre elas
emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada
uma das Casas do Congresso Nacional.
MEDIDA PROVISÓRIA
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de MP que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 60 dias
após a rejeição ou perda de eficácia de MP, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da
MP, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou
vetado o projeto.
Fonte
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