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PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRONICATRANSCRIPT
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA TORRES
CURSO DE ENFERMAGEM
CÁTIA DA SILVA RODRIGUES
PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA
MODULO DE PRATICA SUPERVISIONADA EM SEMIOTÉCNICA
TORRES, JUNHO DE 2008.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA TORRES
CURSO DE ENFERMAGEM
CÁTIA DA SILVA RODRIGUES
PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA
Trabalho de modulo de pratica em
semiotécnica do curso de enfermagem Universidade
Luterana do Brasil com a finalidade de realizar um
Processo de Enfermagem elaborado para a
implementação da assistência qualificada ao
paciente portador de doença pulmonar.
Supervisora: Profª. Enfª. Espª. Andressa Lazzari
TORRES, JUNHO DE 2008.
1. PROCESSO DE ENFERMAGEM
1.1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
Paciente L.O.S., 80 anos, sexo masculino, nascido em 25/09/1927, leucodermo,
católico, aposentado, casado, 8 filhos, natural de São Braz, residente a Rua figueira
Torres/RS, mora com a esposa , alfabetizado, procedente da emergência vem com
familiar que refere que ele não estava comunicativo nem se movimentando em casa
desde hoje pela manhã. O paciente queixa-se de fraqueza, dispnéia, tosse e não
consegue se alimentar bem iniciou tratamento com vitamina segundo prescrição médica
em consulta há uns quinze dias. Relatou ter caído no banheiro em casa por fraqueza
nas pernas, não tinha conhecimento da doença atual, sentindo-se ansioso quanto a não
estar preparado para a internação e porque sua esposa encontra-se na emergência
hipertensa. Realiza tratamento para câncer de próstata há sete anos, dorme bem, não
realiza exercícios físicos relatando sentir-se muito cansado devido ter trabalhado muitos
anos na roça e carpintaria. Tabagista pesado desde os nove anos de idade, fumava
três carteiras de cigarro ao dia, mas conseguiu reduzir para uma, não tem interesse em
parar de fumar, mesmo sabendo dos riscos, nega alcoolismo, nega alergias. Fica
sempre em casa, lê bastante, olha televisão, sem outras ocupações. Realizou RX de
tórax constatada presença de sinais de DPOC- doença pulmonar obstrutiva crônica,
alem de infiltrado em base direita. Avaliado pelo plantonista Dr. H.A.B. interna na
unidade clínica - posto 2 hoje 04/06/2008 no leito 30 A para tratamento e
descompensação da DPOC causada por pneumonia comunitária.
1.2 EXAME FÍSICO
Paciente encontra-se deitado, acordado, deambulando sem auxílio, ansioso,
lúcido e orientado quanto pessoa, lugar e tempo, bom estado geral, mucoso úmidas e
coradas, memória intacta, aceitando estímulos verbais, respondendo estímulos verbais,
compreendendo tudo que lhe é dito. Taquipnéico leve, afebril com temperatura em
36,7°C, normotenso com pressão arterial em 110/70 mmHg, apresentando cianose
central e tosse produtiva com expectoração purulenta. Pele castanha, fina, integra,
ressecada, normocorada, turgor presente com sinais de envelhecimento, presença de
fâneros normais, quente e seca ao tato. Cabeça simétrica, cabelos curtos, secos,
grisalhos, couro cabeludo co presença de escamações, sombrancelhas simétricas,
cílios presentes, conjuntiva ocular hidratada, pupilas isofotoreagentes, nariz limpo sem
desvio de septo co grande quantidade de vibrícias, seios paranasais sem edema e
indolor a palpação, orelhas simétricas, pavilhão e conduto auditivo externo sem
alterações com presença de cerúmen, acuidades visual e auditiva preservadas, lábios,
bochechas e faringe sem alterações a inspeção, uso de prótese dentaria total na arcada
superior e inferior com má higiene oral, língua saburrosa com presença de halitose do
fumo. Pescoço com boa mobilidade sem gânglios palpável indolor a palpação, ausculta
carótida sem presença de sopro, glândula tireóide e traquéia sem anormalidades. Tórax
simétrico com presença de sujidade, expansão bilateral, ventilando espontâneo,
eupnéico leve com 22 movimentos respiratórios por minuto, som claro pulmonar a
percusão, ausculta pulmonar com presença de roncos predominantes do lado esquerdo
e sibilos crepitante predominantes do lado direito, ausculta cardíaca demonstra bulhas
normofonéticas em 2 tempo, ritmo cardíaco regular, sem presença de sopros, pulsos
rítmicos cheios e forte com 80 batimentos por minuto. Abdômen flácido, indolor a
palpação, som maciço a percusão em região hepática, com presença de cicatriz de
cirurgia anterior em região epigástrica até umbilical. Extremidades desinfiltradas, frias,
ausência de cianose, com presença de manchas hipercromicas nos membros
superires, acesso periférico com abocath em membro superior esquerdo, atrofia por
cicatriz devido à perda de tecidos por queimaduras em mão esquerda, extremidades do
polegar, indicador e dedo médio com coloração amarelo escuro devido ao uso de
nicotina, membros inferiores desidratados, com perda de escamação cutânea, com
presença de cicatriz de ulcera varicosa em perna direita.
1.2 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
04/06/2008 – 16:00 horas
S = O paciente queixa-se de fraqueza, dispnéia, tosse e não consegue se
alimentar bem iniciou tratamento com vitamina segundo prescrição médica em consulta
há uns quinze dias. Relatou ter caído no banheiro em casa por fraqueza nas pernas,
não tinha conhecimento da doença atual, sentindo-se ansioso quanto a não estar
preparado para a internação e porque sua esposa encontra-se na emergência
hipertensa. Realiza tratamento para câncer de próstata há sete anos, dorme bem, não
realiza exercícios físicos.
O = Paciente ansioso, lúcido, orientado, bom estado geral, mucosas úmidas e
coradas, memória intacta, aceitando estímulos verbais, respondendo estímulos verbais.
Taquipnéico leve, afebril, normotenso, apresentando cianose central e tosse produtiva
com expectoração purulenta. Pele integra, ressecada, normocorada, turgor presente
com sinais de envelhecimento, quente e seca ao tato. Cabelos secos, couro cabeludo
co presença de escamações, conjuntiva ocular hidratada, pupilas isofotoreagentes,
pavilhão e conduto auditivo externo sem alterações com presença de cerúmen, uso de
prótese dentaria total na arcada superior e inferior com má higiene oral, língua
saburrosa com presença de halitose do fumo. Tórax simétrico com presença de
sujidade, expansão bilateral, ventilando espontâneo, eupnéico leve, som claro pulmonar
a percusão, ausculta pulmonar com presença de roncos predominantes do lado
esquerdo e sibilos crepitante predominantes do lado direito, ausculta cardíaca
demonstra bulhas normofonéticas em 2 tempo, ritmo cardíaco regular, sem presença de
sopros, pulsos rítmicos cheios e forte. Abdômen flácido, som maciço a percusão em
região hepática. Extremidades desinfiltradas, frias, ausência de cianose, com presença
de manchas hipercromicas nos membros superires, acesso periférico com abocath em
membro superior esquerdo, membros inferiores desidratados, com perda de
escamação cutânea.
A= IDEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
P = IDEM PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
1.3 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
# Ansiedade relacionada à internação hospitalar;
# Déficit de conhecimento das estratégias de auto cuidado a
serem realizadas em casa;
# Intolerância a atividade relacionada à fraqueza evidenciada por
relatos verbais de fadiga, perda de força e fraqueza nas pernas;
# Fadiga relacionada à química do corpo alterada por tratamento
medicamentoso secundário a câncer de próstata;
# Troca de gases prejudicada relacionado à obstrução das vias
aéreas por secreção evidenciado por dispnéia;
# Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionadas ao aumento
da produção de secreções viscosa evidenciado por taquipnéia;
# Nutrição alterada: ingestão menor que as necessidades
corporais relacionadas à incapacidade de ingerir os alimentos evidenciados por falta de
interesse por tosse;
# Padrão respiratório ineficaz relacionado à redução de energia
evidenciado por tosse;
# Déficit do auto cuidado: higiene relacionado a redução das
forças evidenciado por sujidade;
# Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada a
broncoconstrição, produção de muco aumentada, tosse ineficaz, infecção bronco
pulmonar e outras complicações;
# Mucosa oral alterada relacionada à higiene oral inadequada
evidenciada pela língua saburrosa.(1)
1.4 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO EXECUTOR APRAZAMENTO
1. Lavar as mãos antes e depois dos
procedimentos, para evitar o risco de
infecção cruzada;
EQUIPE SEMPRE
2. Preparar o ambiente, acolher, EQUIPE SEMPRE
atender, observar, escutar, responder e
observar as necessidades do paciente.
3. Verificar Sinais Vitais de 6/6 horas. TÉCNICO 00 06 12 18
4. Pesar o cliente diariamente pela
manhã, a fim de identificar perda de peso
devido a DPOC.
TÉCNICO 08
5. Explicar ao paciente todos os
procedimentos a serem realizados, sanando
suas dúvidas.
TÉC/ENF SEMPRE
6. Avaliar turgor cutâneo e presença de
edema. Comunicar anormalidades!
TÉC/ENF Periodicamente
7. Ajudar a paciente a lidar com os
desconfortos decorrentes da doença.
TEC/ENF Sempre que
necessário
8. Orientar ao paciente quanto à
necessidade do banho no hospital;
TECNICO Sempre que
necessário
9. Encorajar a higiene oral sempre após
as refeições.
TÉC M – T – N
10. Promover a independência nas
atividades de auto cuidado, conforme
tolerado; auxiliar, quando necessário.
TÉCNICO Sempre
11. Avaliar o paciente para fraqueza
muscular, diarréia, cólicas, náuseas e
irritabilidade, e problemas potenciais.
TEC/ENF Sempre
12. Avaliar e comunicar o nível de
tolerância à atividade e grau de fadiga,
TÉCNICO Atenção
letargia e indisposição, pois fornece a linha
basal para as futuras avaliações e os
critérios para avaliação da eficácia das
prescrições.
13. Anotar aceitação das dietas. TÉC/ENF Atenção
14. Monitorizar estado nutricional. ENFERMEIRO 08
15. Auxiliar o paciente para solucionar os
problemas de uma maneira construtiva,
identificando metas apropriadas em curto e
longo prazo.
TEC/ENF Sempre que
necessário
16. Organizar os procedimentos
providenciando o menor número de
perturbações durante o período do sono,
exceto prioridades.
TÉCNICO Atenção
17. Orientar o paciente sobre a doença e
o tratamento proposto.
ENFERMEIRO Agora
18. Orientar ao paciente sobre a
importância do regime terapêutico,
explicando a razão e o efeito pretendido do
tratamento, enfatizando os aspectos
positivos.
ENFERMEIRO Diariamente
19. Esclarecer possíveis dúvidas acerca
da sua patologia e tratamento, enfatizando
que os efeitos colaterais inevitáveis ainda
são melhores do que as conseqüências da
ausência da terapia, e que a cessação do
ENFERMEIRO Atenção
fumo é de extrema importância.
20. Avaliar a compreensão do paciente do
processo da doença.
ENFERMEIRO Atenção
21. Encorajar a discussão aberta das
preocupações sobre as alterações
produzidas pela doença e pelo tratamento.
ENFERMEIRO Atenção
22. Auxiliar o paciente a esclarecer as
concepções errôneas da doença e
tratamento.
ENFERMEIRO Atenção
23. Ensinar e encorajar o uso das
técnicas de respiração diafragmática e
tosse.
ENFERMEIRO Agora
24. Ensinar os sinais iniciais de infecção
que devem ser reportados para o médico
imediatamente;
TECNICO Sempre que
necessário
25. Encorajar o paciente a começar a se
banhar, vestir, caminhar e ingerir líquidos.
Discutir as medidas de conservação de
energia.
TECNICO Diariamente
26. Ajudar o paciente a controlar o auto
cuidado, enfatizar a importância de
estabelecer metas realistas, evitar os
extremos de temperatura (calor e frio) e
modificar o estudo de vida (cessar
tabagismo);
TEC/ENF Diariamente
27. Educar o paciente em relação à TEC/ENF Sempre que
cessação e facilitar os esforços para
abandonar o habito de fumar.
necessário
28. Administrar os broncodilatadores,
conforme prescrito, avaliar a eficácia do
tratamento, ficar alerta para os efeitos
colaterais;
TECNICO Conforme
prescrição medica
29. Orientar os familiares quanto à
doença tratamento medidas preventivas e a
importância da cessação do cigarro.
ENFERMEIRO Agora
1.5 – PROGNÓSTICO – NOTA DE ALTA
O paciente receberá alta assim que melhorar da DPOC, sentindo-se melhor
em relação à dispnéia e não correndo risco de infecção. Sendo que passará por
avaliação do médico plantonista que mediante sua aprovação receberá a alta
hospitalar.
3. ESTUDO DA TERAPÊUTICA
3.1 - EXAMES LABORATORIAIS
HEMOGRAMA COMPLETO
- Hemaceas 4,37milhões
- Hematrócito 41,10%
- Hemoglobina 13,40 g/dL
- VCM 94,00 fl
- HCM 30,70 pg
- CHCM 32,6 g/dL
VR= 4,32 a 5,66 milhões
VR = 39 a 50%
VR = 13,3 a 16,7 g/dL
VR = 82 a 98 fl
VR = 27,3 A 32,6 pg
VR = 31,6 A 34,9 g/dL
LEUCOGRAMA
- Leucócitos global 9.000 mm3
- Bastonetes 90 mm3
-Segmentados 5670
-Linfócitos 2700
- Monócitos 270
-Eosinófilos 270
-Basófilos 0
-Linfócitos atípicos 0
VR = 3.700 a 9.500 mm3
VR=180 a 500
VR=3300 a 6500
VR=1150 a3250
VR= 210 a 920
VR= 200 a 670
VR= 000 a 003
CREATININA
1,1 mg/dl
Método cinético material
VR= 0,4 A 1,3 mg/dl
PLAQUETAS
211.000/mm3 VR = 150.000 a 400.000
EQU – EXAME QUALITATIVO DE URINA
EXAME FÍSICO- QUÍMICO
- Cor: amarelo claro
- Densidade: 1015
- Nitrito: negativo (-)
- Sangue: negativo (-)
- Glicose: normal
- Urobilinogênio: normal
- Aspecto:
ligeiramente turva
- pH: 6,0
- Leucócitos:
negativo (-)
- Proteínas: negativo
(-)
- Cetonas: negativo
(-)
- Bilirrubina:
negativo (-)
3.2 FÁRMACOS
MEDICAMENTOS / DOSAGEM / DOSE VIA APRAZAMENTO
Dipirona sódica sol. 500 mg/mL 2 mL – 1 amp. – se
dor ou febre
IV 6/6 hs
Metoclopramida cloridrato 10 mg – 1 amp. – se
náuseas ou vômitos
IV 6/6 hs
Hidrocortizona 100 mg F. Amp. – 1 Fa c/100 mg IV 6/6 hs
Levofloxacina 5 mg/mL 100 mL F. Amp. – 1 Fa c/
500 mg
V 12/12 hs
Heparina sódica 5.000Ui 0,25 ml amp.-- amp c/
5.000
SC 12/12 hs
Nebulização
fenoterol bromial solução p/ neb. 5 mg/mL 20mL
frasco -- 8 gotas
brometo de ipratropio sol. Inal. Frasco com 10 mL
-- 30 gotas
Soro fisiológico 0,9 % 125 mL
4/4 hs
1. DIPIRONA SÓDICA: Derivado da pirazolona com propriedade analgésicas,
antipiréticas e antiinflamatórias..
É utilizada em quadros de dor e febre, secundários à infecção causada por
pneumonia ou DPOC.
2 . METOCLOPRAMIDA CLORIDRATO: Medicamento procinetico e
antiemético.
É utilizado em quadros de náusea e vômito de origem central e periférica e
estimula do a motilidade do trato gastrintestinal superior sem, contudo, estimularas
secreções gástricas, biliar e pancreática e relaxa o esfíncter pilórico.
3. HIDROCORTIZONA: É um costicosteroide.
É utilizado na supressão das inflamações e da resposta imune normal em
pneumonia e DPOC.
4. LEVOFLOXACINA: Antibacteriano sintético de amplo espectro utilizado no
tratamento de pneumonia e DPOC.
5. HEPARINA SÓDICA: Anticoagulante que acelera a formação da
antitrombina III que, como co-fator, neutraliza vários fatores ativados da coagulação,
impedindo a conversão do fibrinogênio em fibrina.
Utilizado na profilaxia da embolia pulmonar.
6. FENOREROL: antiasmático e broncodilatador.
Utilizado para asma e bronquite.
7. BROMETO DE IPRATROPIO: Broncodilatador.
Proporciona inibição acentuada da secreção das glândulas nasais usados para
o tratamento de DPOC. (2)
4. ESTUDO DA PATOLOGIA
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÕNICA
CONCEITO:
È um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar e que não é
plenamente reversível. (3)
O termo DPOC engloba o enfisema pulmonar e a bronquite crônica.(4)
FISIOPATOLOGIA:
Na DPOC a limitação do fluxo aéreo é progressiva e está associada a uma
resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Esta
resposta inflamatória ocorre por toda a via aérea, parênquima e vasculatura pulmonar.
Por causa da inflamação crônica e das tentativas do corpo de repara-las, ocorre o
estreitamento das pequenas vias aéreas periféricas que com o passar do tempo
provoca a formação de tecido cicatricial e o estreitamento da luz da via aérea.
Álem da inflamação, os processos relacionados com os desequilíbrios das
proteinases e antiproteinases no pulmão podem ser responsáveis pela limitação do
fluxo de ar.
No inicio da evolução da DPOC, a resposta infamatória causa alterações da
vasculatura pulmonar, que se caracteriza por espessamento da parede vascular. Essa
alteração pode ocorrer devido à exposição á fumaça do cigarro.
FATORES DE RISCO:
Exposição ao fumo ou tabaco, tabagismo progressivo, tabagismo ocupacional,
poluição do ar ambiente, anormalidades genéticas.
SINAIS E SINTOMAS:
Primários: tosse, produção de escarro, dispnéia aos esforços.
Secundário: perda de peso e massa muscular.
COMPLICAÇÕES:
Insuficiência e falência respiratória, atelectasia, infecção pulmonar, pneumonia,
pneumotórax, hipertensão pulmonar.
TRATAMENTO:
A medida terapêutica mais importante na DPOC é a supressão do fumo.
O programa terapêutico, amplo e multi-profissional, inclui também a
importantíssima participação da família.
Melhora do estado nutricional, muito importante para a melhora da força dos
músculos respiratórios e do organismo em geral.(3)
Reabilitação do paciente com DPOC: é hoje a principal estratégia no
tratamento, visando recuperar o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social .
(4).
Redução do risco, como cessação do tabagismo para retardar sua progressão.
(3)
Terapia farmacológica:
Medicamentos: os mais usados são os broncodilatadores, corticóides,
antibióticos, mucolíticos e fluidificantes. Porém, deve ser sempre lembrado que o uso
destes medicamentos é acompanhado de outras medidas igualmente importantes. .(4)
Broncodilatadores- produzem o broncoespasmo e reduzem a obstrução das
vias aéreas ao permitirem a maior distribuição de oxigênio por todo o pulmão,
melhorando a ventilação alveolar.
Costicosteroides - podem melhorar a função pulmonar e diminuir os sintomas.
Outros- devem receber vacina anual para a gripe e vacina pneumocócica a
cada 5 a 7 anos como medida preventiva.
Terapia com oxigênio :
Evitar a dispnéia, melhorar a qualidade de vida e sobre vida do paciente.
Fisioterapia respiratória, para corrigir e melhorar a função respiratória.
BRONQUITE CRÔNICA
A bronquite crônica corresponde à inflamação brônquica existente na DPOC,
embora muitas vezes o termo bronquite crônica seja usado para rotular a doença do
paciente com DPOC, principalmente nas formas em que há predomínio de tosse e
produção de catarro.
Na realidade a bronquite crônica como vimos é um dos componentes da DPOC.
A inflamação brônquica provoca a redução do calibre dos brônquios (estruturas
responsáveis por levar o ar até os alvéolos) gerando dificuldade na condução do ar,
trazendo como primeira conseqüência dificuldade respiratória, representada por
cansaço mais fácil na atividade física. Associadamente ocorre aumento das estruturas
produtoras de muco levando à tosse diária com catarro. .(4)
ENFISEMA PULMONAR
O enfisema pulmonar corresponde à destruição alveolar existente na DPOC. Os
alvéolos são as estruturas pulmonares responsáveis pela oxigenação do sangue e
eliminação do gás carbônico.
O termo enfisema pulmonar é também, muitas vezes, utilizado para rotular a
doença do paciente com DPOC, principalmente nas formas em que há predomínio de
falta de ar.
Freqüentemente, rotula-se a DPOC em fase mais avançada como enfisema e
mais leve como bronquite crônica.
A destruição dos alvéolos prejudica as trocas gasosas (absorção do oxigênio e
eliminação do gás carbônico), trazendo como conseqüências esforço respiratório
aumentado ao exercício e hipoxemia, ou seja, baixa de oxigênio no sangue, e
eventualmente hipercapnia, ou seja, elevação do gás carbônico sanguíneo. .(4)
PREVENÇÃO
Todos os fatores que causam ou agravam as DPOC devem ser evitados ou
combatidos.
Supressão do fumo: por ser o fator causal mais importante, sua eliminação
obviamente evitará o aparecimento ou piora da DPOC.
Exposição ambiental: evitar poeira, fumaça e gases irritantes.
Tratar precoce e adequadamente infecções bacterianas e virais do
aparelho respiratório.
Evitar o ar-condicionado, pois este resseca o ambiente.
O uso de vacinas contra a gripe e pneumonia é de grande benefício aos
pacientes para prevenir complicações. .(4)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Doenges ME, Moorhouse MF. Diagnóstico e Intervenção em Enfermagem.
5ª ed. Porto Alegre: ARTMED; 1999.
2. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem:
2007/2008 (AME). 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006.
3. Smeltzer, SC et al., Bare BG at al. Brunner & Suddarth Tratado de
Enfermagem Médico Cirúrgica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2005.
4. Disponível em: http://www.dpoc.org.br . Acessado em: 09/06/2008.