processo de concurso · condições técnicas - documento contratual no qual se encontram...

Divisão Equipamento

PROCESSO DE CONCURSO

Condições Gerais do Contrato

Empreitadas de Construção de Linhas e de Subestações

CGC-002 Edição: 02

Junho/2007

CGC-002

Edição: 02

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PÁG. 2/31 CGC – CONDIÇÕES GERAIS DO CONTRATO

Índice

1. GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 4

2. DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................................... 5

2.1. OBJECTO DO CONTRATO ............................................................................................... 5

2.2. DOCUMENTOS DO CONTRATO ........................................................................................... 5

2.3. PARTES NO CONTRATO E SUA REPRESENTAÇÃO .......................................................................... 6

2.4. RESPONSABILIDADE DO ADJUDICATÁRIO. CAUÇÃO DO CONTRATO ........................................................ 6

3. PROGRAMA DA QUALIDADE............................................................................................. 8

4. EXECUÇÃO DO FORNECIMENTO........................................................................................ 8

4.1. ACÇÕES E FORNECIMENTOS DA REN .................................................................................... 8

4.2. ESTUDOS. PROJECTOS. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ...................................................................... 9

4.3. FABRICO. INSPECÇÃO FABRIL. ENSAIOS NA FÁBRICA ....................................................................10

4.4. ARMAZENAMENTO. TRANSPORTE. SEGURO. DESALFANDEGAMENTO. ....................................................11

4.5. MONTAGEM E ENSAIOS. FISCALIZAÇÃO. ................................................................................12

4.6. COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS .......................................................................................14

5. PROGRAMAÇÃO DOS TRABALHOS ....................................................................................15

5.1. PROGRAMA DOS TRABALHOS E SUA PORMENORIZAÇÃO...................................................................15

5.2. ATRASO NO CUMPRIMENTO DO PROGRAMA..............................................................................15

5.3. CONTROLO DA PROGRAMAÇÃO .........................................................................................16

6. CONDIÇÕES LOCAIS. MEIOS AUXILIARES ............................................................................16

6.1. REGULAMENTO DO ESTALEIRO..........................................................................................16

6.2. UTILIZAÇÃO DE TERRENOS E LOCAIS ....................................................................................16

6.3. TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL.....................................................................................17

6.4. INSTALAÇÕES, MATERIAIS E MEIOS DE TRABALHO DA REN ...............................................................17

6.5. ENERGIA ELÉCTRICA. ÁGUA. AR COMPRIMIDO ..........................................................................17

6.6. REDE TELEFÓNICA, TELEX E TELEFAX. .................................................................................17

6.7. MEIOS AUXILIARES DO ADJUDICATÁRIO .................................................................................18

7. PESSOAL DE MONTAGEM E ENSAIOS .................................................................................18

7.1. DISPOSIÇÕES GERAIS...................................................................................................18

7.2. DISCIPLINA ............................................................................................................19

7.3. SEGURO DO PESSOAL ..................................................................................................19

7.4. MEDICINA E SEGURANÇA NO TRABALHO.................................................................................20

8. RECEPÇÕES E PERÍODO DE GARANTIA...............................................................................20

8.1. REVISÃO GERAL DE MONTAGEM. ENSAIOS E VISTORIA...................................................................20

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8.2. SERVIÇO EXPERIMENTAL................................................................................................20

8.3. RECEPÇÃO PROVISÓRIA ................................................................................................21

8.4. PERÍODO DE GARANTIA. SERVIÇO INDUSTRIAL ..........................................................................21

8.5. RECEPÇÃO DEFINITIVA .................................................................................................22

9. PREÇOS. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO. PENALIDADES. PRÉMIOS...............................................23

9.1. DISPOSIÇÕES GERAIS...................................................................................................23

9.2. PREÇO DOS EQUIPAMENTOS ............................................................................................23

9.3. PREÇO DOS TRANSPORTES .............................................................................................24

9.4. PREÇO DA MONTAGEM E ENSAIOS.......................................................................................24

9.5. REVISÃO DE PREÇOS ...................................................................................................25

9.6. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO............................................................................................27

9.7. ANÁLISE E CONTROLO DE PREÇOS. .....................................................................................28

9.8. PENALIDADES. REJEIÇÃO ..............................................................................................28

9.9. PRÉMIOS ..............................................................................................................29

10. LEGISLAÇÃO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. CONTENCIOSO.....................................................29

10.1. LEI DO CONTRATO .....................................................................................................29

10.2. RESCISÃO E RESOLUÇÃO CONVENCIONAL DO CONTRATO.................................................................30

10.3. TRIBUNAL ARBITRAL ...................................................................................................30

10.4. FORO COMPETENTE....................................................................................................31

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1. GLOSSÁRIO

Para os efeitos dos textos contratuais, considera-se:

Comissionamento - conjunto das acções a levar a cabo sobre uma instalação conducentes à sua entrada em serviço, no período compreendido entre o fim de montagem e a Recepção Provisória, com vista a verificar as características de funcionamento, segurança e outras garantias especificadas no contrato de fornecimento.

Condições Técnicas - documento contratual no qual se encontram estabelecidas as regras, especificações e procedimentos de natureza técnica a observar na execução do contrato.

Contrato - conjunto de peças escritas que contêm as cláusulas e condições, de natureza jurídica, administrativa e técnica que as partes se obrigam a cumprir.

Estaleiro - conjunto constituído pelo terreno e pelas instalações e demais infraestruturas de carácter provisório necessários à execução da obra.

Item - parte, equipamento, subsistema ou sistema que pode ser considerado individualmente e examinado ou testado de forma separada.

Preço Base de Adjudicação - quantia em escudos e/ou em divisas em que é expressa na Carta de Adjudicação ou no Título Contratual, a retribuição devida ao Adjudicatário pela execução do contrato em conformidade com as condições contratuais.

Preço Final do Contrato - quantia apurada no final da execução do contrato e constituída pelo Preço Base de Adjudicação acrescido das revisões de preços e dos ajustes correspondentes a variações, para mais ou para menos, de serviços ou fornecimentos.

Título Contratual - documento através do qual as partes assumem directamente ou por remissão para outros textos contratuais os direitos e obrigações relativos ao objecto do contrato.

Obra - todo o equipamento a fornecer e todo o trabalho de construção, reconstrução, restauro, adaptação ou conservação de bens.

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2. DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1. OBJECTO DO CONTRATO

2.1.1. Constitui objecto do contrato a que este Caderno de Encargos se refere, o fornecimento, estudo, fabrico, transporte, montagem e ensaios de equipamentos, materiais e serviços definidos na Carta de Consulta.

2.1.2. A REN reserva-se o direito de introduzir alterações de pormenor ou exigir a prestação de outros serviços ou fornecimentos para os quais o Adjudicatário esteja apto, desde que relacionados com o objecto do contrato.

2.1.3. O Adjudicatário poderá propor modificações das condições do contrato, devendo fazê-lo sempre que o julgue técnica ou economicamente aconselhável. Tais modificações carecem de aprovação escrita da REN.

2.1.4. As modificações referidas em 2.1.2 e 2.1.3 serão objecto de Actas Adicionais ao contrato. Vale como Acta Adicional a troca de cartas assinadas pelos representantes das partes, em confirmação do acordo previamente estabelecido.

2.1.5. As especificações e as descrições de fornecimento não são limitativas, devendo o Adjudicatário fornecer tudo o que seja indispensável à consecução dos fins do contrato.

2.2. DOCUMENTOS DO CONTRATO

2.2.1. Os documentos a seguir designados, tidas em conta eventuais indicações suplementares da Condições Especiais (CEC), são considerados, para todos os efeitos, como textos contratuais de carácter vinculativo:

a) Carta de Consulta

b) Programa de Concurso (PC)

c) Caderno de Encargos, compreendendo:

- Condições Gerais do Contrato (CGC)

- Condições Especiais do Contrato (CEC) (se aplicável)

- Condições Técnicas Gerais (CTG) (se aplicável)

- Condições Técnicas Especiais (CTE) (se aplicável)

- Especificações Técnicas (ET) (se aplicável)

- Documentação de Projecto: Peças escritas e desenhadas (se aplicável)

- Disposições Sobre Medicina e Segurança no Trabalho (se aplicável)

- Especificações de Qualidade, Ambiente e Segurança (se aplicável)

d) Proposta e documentos que a instruem

e) Carta de Adjudicação

f) Aceitação de Adjudicação

g) Título Contratual.

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2.2.2. Serão ainda considerados textos contratuais de carácter vinculativo todos os demais documentos que como tal forem havidos no Título Contratual e, ainda:

a) Notas Suplementares;

b) Esclarecimentos à Proposta solicitados durante a fase de apreciação e respectivas Actas Adicionais;

c) Actas Adicionais ao Contrato.

2.2.3. As divergências que porventura existam entre os documentos referidos nos números anteriores, se não puderem solucionar-se pelos critérios legais de interpretação, resolver-se-ão de acordo com as seguintes regras, salvo se de modo diferente vier a ser estabelecido no Título Contratual:

a) Cada um desses documentos prevalecerá sobre o anterior segundo a ordem cronológica da sua emissão;

b) As Condições Técnicas prevalecerão sobre as Condições Especiais, estas sobre as Condições Gerais, e estas, por sua vez, sobre o Programa de Concurso.

2.3. PARTES NO CONTRATO E SUA REPRESENTAÇÃO

2.3.1. As partes no contrato são a REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A. neste texto designada por REN, e a empresa ou empresas adjudicatárias, neste texto designadas por Adjudicatário.

2.3.2. As relações com o Adjudicatário serão estabelecidas através do Departamento da REN, designado na Carta de Consulta ou nas CEC.

2.3.3. A REN poderá fazer-se representar por consultores e/ou outras entidades de sua escolha, no acompanhamento e fiscalização dos estudos, fabrico, montagem e ensaios, de acordo com o estabelecido na cláusula 3.5.

2.3.4. O Adjudicatário designará, sob reserva de aprovação pela REN, um representante com poderes para resolver a generalidade dos assuntos decorrentes do contrato. Durante o período da montagem, esta representação, no local da obra, estará a cargo do responsável da equipa de montagem.

2.3.5. O Adjudicatário far-se-á representar em todas as reuniões para que seja convocado pela REN com uma antecedência em regra não inferior a 8 dias. As reuniões efectuar-se-ão no estaleiro ou em qualquer outro local para onde forem convocadas, com a presença dos técnicos com especialização adequada aos objectivos das reuniões.

2.4. RESPONSABILIDADE DO ADJUDICATÁRIO. CAUÇÃO DO CONTRATO

2.4.1. O Adjudicatário é o responsável único pela totalidade da prestação dos fornecimentos, em estrito cumprimento das disposições contratuais e das boas normas da técnica. Essa responsabilidade implica serem de sua conta todas as alterações, reparações e substituições indispensáveis ao exacto cumprimento do contrato, cabendo-lhe suportar as consequências no mesmo previsto para as diversas situações de incumprimento.

2.4.2. A responsabilidade do Adjudicatário de natureza civil contratual e extracontratual - por factos ilícitos, por factos lícitos e pelo risco - ou de natureza criminal, seja perante a REN, seja

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perante terceiros, será regulada pela lei geral.

2.4.3. A lista de subfornecedores, acordada entre a REN e o Adjudicatário, não poderá ser alterada sem o consentimento prévio escrito da REN.

2.4.4. O acordo da REN à lista de subfornecedores não diminuirá, em caso algum, a responsabilidade deste.

2.4.5. O Adjudicatário não poderá ceder a sua posição contratual no todo ou em parte ou associar-se, seja sob que forma for, a outra entidade para a execução dos trabalhos que lhe forem adjudicados, sem prévio acordo escrito da REN.

2.4.6. O Adjudicatário tomará sobre si a responsabilidade pela infracção de quaisquer direitos de patente, de projecto, de marcas, de nomes ou de outros direitos de autor, ou de propriedade industrial respeitantes a materiais ou equipamentos por si fornecidos.

2.4.7. O Adjudicatário garantirá, mediante a caução do contrato prevista no Programa de Concurso, cujo montante inicial será de 10% do preço base de adjudicação, e nos termos e demais condições definidas nas CEC, o cumprimento das suas obrigações contratuais, incluindo a repetição do indevido.

Esta caução permanecerá válida até à data da recepção definitiva.

2.4.8. O montante inicial da caução do contrato será reforçado, aquando da Recepção Provisória, de forma a perfazer 10% do preço final do contrato, quando este exceder em pelo menos 10% o preço base de adjudicação.

As CEC poderá estipular condições complementares para o reforço da caução do contrato.

2.4.9. A caução do contrato pode ser representada por:

a) Depósito em dinheiro nos cofres da REN sem vencimento de juros;

b) Depósito bancário à ordem da REN;

c) Garantia bancária, conforme minuta anexa ao Programa de Concurso;

d) Apólice seguro-caução, conforme modelo anexo ao Programa de Concurso, prestada em entidade seguradora previamente aceite pela REN.

Os encargos inerentes à prestação da caução serão de conta do Adjudicatário.

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3. PROGRAMA DA QUALIDADE

3.1. Para a execução do objecto do Contrato deverá o Adjudicatário estabelecer e pôr em prática um plano de acções programadas e sistemáticas relevantes para a qualidade. Este programa deverá ser concebido e executado de modo a garantir o adequado comportamento em serviço dos materiais, equipamentos e sistemas que constituem o objecto da prestação.

3.2. O programa, que se aplicará a todos os itens que, pelas suas características, estejam directamente envolvidos na funcionalidade e segurança das instalações e pessoas, obrigará o Adjudicatário a implementar os modelos organizacionais e os procedimentos necessários à realização de todas as actividades que se desenvolvam durante as fases de projecto, aprovisionamento, fabrico, transporte, montagem e comissionamento. Para tanto, o Adjudicatário será o único responsável pelo estabelecimento e execução do Programa de Qualidade de todo o fornecimento ainda que os equipamentos ou serviços sejam fabricados ou prestados por subfornecedores, quer nas respectivas oficinas quer no local da obra.

3.3. O Programa da Qualidade deverá prever o controlo de todas as actividades relativas à comprovação da conformidade dos materiais, estruturas, equipamentos ou sistemas com os códigos, normas códigos, normas, especificações ou práticas aplicáveis ou demais requisitos contidos neste Caderno de Encargos. O Programa da Qualidade deverá ainda definir a estrutura da organização do Adjudicatário, na qual estarão planificadas as actividades relativas a qualidade, bem como delimitar claramente as responsabilidades das pessoas e departamentos envolvidos.

3.4. O Programa da Qualidade será submetido à aprovação da REN após o que passará a constituir documento contratual. A REN reserva-se o direito de, sempre que o entenda conveniente, verificar a execução de todas as acções previstas no Programa da Qualidade, sem que tal procedimento exclua ou diminua a responsabilidade do Adjudicatário.

3.5. Para o efeito do estabelecido na cláusula anterior, o Adjudicatário e os subfornecedores obrigam-se a assegurar aos representantes da REN, em qualquer momento, o livre acesso às suas instalações, a prestar as informações requeridas e a dar as necessárias facilidades para que aqueles representantes possam cumprir cabalmente as suas missões.

4. EXECUÇÃO DO FORNECIMENTO

4.1. ACÇÕES E FORNECIMENTOS DA REN A REN efectuará e tomará a seu cargo, designadamente:

a) Os estudos e projectos necessários à realização das instalações conforme estabelecido nas CEC e/ou CT;

b) As actuações previstas na lei perante a DGE, nomeadamente os licenciamentos e vistorias das instalações;

c) Os avisos legais aos proprietários, previstos no Regulamento de Licenças para Instalações Eléctricas, e os processos de indemnização, quando tenham lugar;

d) O fornecimento do equipamento necessário à realização da instalação, tal como discriminado nas CEC;

e) Outras acções e fornecimentos previstos nas CEC.

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4.2. ESTUDOS. PROJECTOS. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

4.2.1. Pelo facto de aceitar a encomenda, o Adjudicatário reconhece ter recebido da REN todas as indicações de carácter geral necessárias à execução do fornecimento e a possibilidade da sua execução nos termos e condições contratuais.

4.2.2. O Adjudicatário deve pedir à REN, em tempo útil, todas as informações complementares e de pormenor indispensáveis à boa execução do fornecimento.

4.2.3. As dúvidas de interpretação das cláusulas contratuais ou os erros ou omissões eventualmente aí existentes deverão ser assinalados pelo Adjudicatário antes de dar início à execução do fornecimento, sem o que a REN não admitirá qualquer reclamação com tal fundamento. Este facto não dispensa o Adjudicatário de propor as modificações que julgue convenientes à boa execução do contrato. Esta mesma obrigação existe relativamente aos erros ou omissões que sejam detectados nos documentos fornecidos pela REN durante a execução do contrato.

4.2.4. O Adjudicatário compromete-se a prestar os fornecimentos e serviços de montagem nas datas estipuladas na programação acordada, para o que se dotará com os recursos necessários e suficientes.

4.2.5. São de conta e responsabilidade do Adjudicatário os meios para assegurar o transporte, a guarda e a conservação do equipamento que lhe tenha sido fornecido nos termos da cláusula 4.1. alínea d).

4.2.6. O Adjudicatário terá a seu cargo o fornecimento dos materiais e acessórios previstos nas CEC.

4.2.7. O Adjudicatário fornecerá, nas datas e condições indicadas nas CEC, os desenhos e outra documentação técnica necessários à completa definição do equipamento e serviços contratados, nomeadamente os que permitirem à REN:

a) Verificar se os equipamentos e serviços prestados pelo Adjudicatário satisfazem as condições contratuais;

b) Tomar pleno e perfeito conhecimento da concepção, do funcionamento, da conservação e da exploração dos equipamentos;

c) Implementar os procedimentos adequados ao controlo da programação;

d) Verificar a execução das acções previstas no Programa da Qualidade;

e) Estudar, projectar e coordenar a execução de todos os trabalhos conexos que não incumbam ao Adjudicatário;

f) Proceder aos trabalhos de comissionamento, manutenção e condução dos equipamentos;

g) Avaliar e controlar a actividade dos subfornecedores;

h) Obter o licenciamento das instalações.

4.2.8. Todos os documentos fornecidos pelo Adjudicatário, bem como quaisquer legendas e anotações, deverão ser redigidos em português. A REN, todavia, poderá aceitar documentos em inglês ou francês, reservando-se o direito de exigir traduções em língua portuguesa que serão então considerados como únicos documentos válidos.

4.2.9. A REN transmitirá ao Adjudicatário, nos prazos fixados nas CEC, o seu acordo ou observações

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aos documentos referidos na cláusula 4.2.7, entendendo-se que estes estão aprovados se no referido prazo não tiverem merecido comentários da REN.

4.2.10. Os documentos sobre que tenham recaído observações da REN, dentro do prazo referido em 4.2.9, serão revistos pelo Adjudicatário e novamente submetidos à apreciação da REN nos prazos definidos nas CEC. No caso de a revisão apresentada não satisfazer o pretendido, a REN convocará, no prazo de oito dias, uma reunião para discussão do assunto.

4.2.11. O Adjudicatário remeterá à REN o número de exemplares indicados nas CEC de cada um dos documentos aprovados, no prazo de 30 dias após a sua aprovação, bem como os desenhos definitivos de execução, estes à recepção provisória.

4.2.12. Os documentos aprovados não poderão ser modificados pelo Adjudicatário sem autorização escrita da REN.

4.2.13. A aprovação por parte da REN de desenhos, notas de cálculo ou outros documentos não limita a responsabilidade do Adjudicatário.

4.2.14. Todos os desenhos e documentação recebidos como parte do fornecimento serão para todos os efeitos considerados pela REN como de sua propriedade.

4.2.15. Toda a documentação ou desenhos enviados pela REN ao Adjudicatário para execução do contrato permanecem propriedade da REN, não podendo o Adjudicatário comunicar a terceiros ou publicar as suas reproduções sem a prévia autorização escrita da REN.

4.3. FABRICO. INSPECÇÃO FABRIL. ENSAIOS NA FÁBRICA

4.3.1. Todos os materiais, componentes e equipamentos fornecidos pelo Adjudicatário devem obedecer ao estipulado nas CT.

4.3.2. A verificação da conformidade dos materiais, componentes e/ou equipamentos com desenhos e/ou procedimentos será feita através do estabelecimento de planos de Inspecção e Ensaio (PIE), elaborados pelo Adjudicatário e fazendo parte da documentação do Programa de Qualidade.

4.3.3. Os documentos citados na cláusula anterior, depois de elaborados, deverão ser enviados para aprovação à REN antes do início dos aprovisionamentos, fabrico e montagem.

A execução dos trabalhos nas instalações do Adjudicatário ou dos subfornecedores, assim como no local da obra, deve ser seguida através dos PIE previamente aprovados pela REN.

4.3.4. O Adjudicatário deverá em tempo útil, como indicado nas CEC, informar a REN das datas fixadas para a realização das inspecções e ensaios, de modo a que a REN, se assim o entender, possa estar presente nos mesmos.

4.3.5. Independentemente da presença dos representantes da REN, o Adjudicatário deverá elaborar convenientemente, e identificando o elemento a que dizem respeito, os relatórios contendo os resultados dos exames, inspecções e ensaios referidos em 4.3.4. Esta documentação, depois de devidamente tratada pelos departamentos, e no prazo máximo de um mês, deverá ser enviada à REN para análise e aprovação.

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O número de exemplares a remeter pelo Adjudicatário será indicado nas CEC.

4.3.6. Todas as modificações ou substituições que as inspecções e ensaios mostrem ser necessárias, serão a cargo do Adjudicatário.

4.3.7. A presença dos representantes da REN nas inspecções e ensaios, bem como as sugestões que esses representantes possam fazer sobre a condução dos mesmos, não diminuem em nada e em nenhum caso a responsabilidade do Adjudicatário para a correcta execução do fornecimento.

4.4. ARMAZENAMENTO. TRANSPORTE. SEGURO. DESALFANDEGAMENTO.

4.4.1. A REN fará a entrega dos equipamentos referidos na cláusula 4.1 alínea d) no local e nas condições indicadas nas CEC, cabendo ao Adjudicatário o transporte desde esse local até ao local de montagem, incluindo a carga e descarga.

4.4.2. Se os materiais e equipamentos incluídos no fornecimento tiverem que ser armazenados após conclusão da fabricação por não poderem ser recebidos no local da obra na data prevista no programa contratual dos trabalhos, ficará a cargo do Adjudicatário o seu armazenamento, manutenção e guarda, sempre que a ocorrência da situação lhe for imputável ou a qualquer dos subfornecedores. No caso de tal situação lhe não ser imputável, o armazenamento, manutenção e guarda ficarão ainda a cargo do Adjudicatário por um período não superior a 90 dias, contados a partir da data prevista no programa contratual para o fim do fabrico, ou da data em que o fabrico tenha efectivamente terminado, se esta for posterior àquela. O Adjudicatário deverá indicar na sua proposta a tarifa diária a pagar pela REN para o caso do armazenamento ultrapassar os 90 dias por culpa exclusiva da REN.

4.4.3. Compete ao Adjudicatário transportar da fábrica até aos locais acordados com a REN todos os equipamentos e materiais objecto do fornecimento, em embalagens que ofereçam a necessária robustez, facilidade de manuseamento e garantia de preservação quanto à eventual agressividade do ambiente, colocando-os nos referidos locais em boas condições de arrumação, manuseamento, conservação e segurança.

4.4.4. O Adjudicatário deverá providenciar para que nenhuma expedição seja feita das suas fábricas ou das dos subfornecedores sem acordo prévio da REN, com vista:

a) A respeitarem-se as datas previstas no programa contratual dos trabalhos;

b) Ao escalonamento dos transportes nas datas mais favoráveis à boa marcha dos trabalhos e à boa utilização de superfícies reservadas a parques;

c) À eventual inspecção das embalagens e outras condições de transporte;

d) À eventual colaboração da REN na resolução de problemas de transporte que possam resultar de excepcional dimensão ou peso dos equipamentos, em especial quando essa resolução depender das autoridades portuguesas.

4.4.5. O acordo ou as sugestões da REN sobre as embalagens, o acondicionamento ou o meio de transporte, não libertam a responsabilidade do Adjudicatário no que respeita aos transportes e outros encargos associados, bem como às eventuais repercussões sobre o funcionamento e duração dos materiais e equipamentos expedidos.

4.4.6. As embalagens dos materiais e equipamentos entregues no estaleiro tornar-se-ão propriedade

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da REN após utilização.

Com vista à sua eventual reutilização o Adjudicatário providenciará de modo a que as embalagens sejam entregues à REN em bom estado.

4.4.7. O Adjudicatário deverá enviar à REN, para cada expedição e com avanço suficiente, uma lista de volumes com a indicação dos respectivos conteúdo, peso, dimensões e marca, permitindo uma identificação fácil e correcta.

4.4.8. O seguro de materiais e equipamentos em trânsito será efectuado pelo Adjudicatário, sempre que diferentemente não for estabelecido nas CEC. Será normalmente tomada em atenção a cláusula "all risks", Institute Cargo Clauses - armazém a armazém.

4.4.9. O Adjudicatário efectuará o desalfandegamento dos equipamentos e materiais importados, designadamente partes, peças e acessórios destinados a serem incorporados em equipamentos incluídos no fornecimento. Competirá sempre ao Adjudicatário a iniciativa das diligências e a prestação dos serviços que forem necessários para se proceder ao desalfandegamento.

4.4.10. Caberá ao Adjudicatário suportar as imposições aduaneiras e demais encargos administrativos associados ao processo de desalfandegamento. Caberá ainda ao Adjudicatário proceder à liquidação de todas as taxas e impostos devidos, nomeadamente o IVA, respeitantes aos equipamentos e materiais importados.

4.4.11. A REN assumirá, contudo, os encargos devidamente comprovados referentes a direitos de importação consignados na Pauta de Direitos de Importação (PDI), imposto de selo a Artº 10º da Tabela II anexa à Reforma Aduaneira dos equipamentos e materiais expressamente discriminados nos documentos contratuais.

Se por falta do Adjudicatário, nomeadamente pelo não cumprimento do disposto na cláusula 4.4.10, a REN vier a ser onerada com encargos fiscais evitáveis, serão estes suportados pelo Adjudicatário.

4.4.12. O Adjudicatário obterá, em devido tempo, toda a documentação necessária para a exportação a partir do país de origem e para a passagem em trânsito num terceiro país, se for caso disso.

4.5. MONTAGEM E ENSAIOS. FISCALIZAÇÃO.

4.5.1. As operações de montagem e ensaios no local a executar pelo Adjudicatário, cujos limites e condições de fornecimento serão definidos nas CEC, compreenderão:

a) Instalação do estaleiro;

b) Verificação do material ou equipamento no lugar de chegada;

c) Movimentação desde o lugar de chegada até ao de montagem, carga e descarga;

d) Guarda do material no lugar de chegada ou em curso de montagem;

e) Desmontagem e adaptação de equipamento existente, quando necessário;

f) Montagem propriamente dita do material ou equipamento no seu lugar definitivo;

g) Operações de ajuste e de entrada em serviço e ensaios respectivos como especificados nas CT;

h) Retirada das instalações do estaleiro nas condições indicadas em 6.2.3.

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Esta enumeração não é exaustiva ou limitativa pelo que o Adjudicatário deverá fazer tudo o que for necessário para que o equipamento satisfaça as especificações e condições contratuais.

4.5.2. A direcção técnica da montagem assim como dos ensaios e outras verificações de conformidade, bem como a gestão dos meios de montagem e das infraestruturas do estaleiro, é da responsabilidade do Adjudicatário.

4.5.3. A nomeação do responsável da equipa de montagem deverá obedecer ao referido em 2.3.4, e recair sobre pessoa competente e com domínio da língua portuguesa.

4.5.4. O Adjudicatário será responsável por todos os materiais e equipamentos objecto do seu fornecimento e da sua prestação de serviço de montagem que se encontrem armazenados no estaleiro ou em curso de montagem ou em ensaios, tal como definido em 4.5.1. podendo transferir para companhia seguradora a sua responsabilidade.

4.5.5. O Adjudicatário transferirá para companhia seguradora a sua responsabilidade por danos pessoais ou materiais causados à REN ou a terceiros, durante e por força das operações de montagem e ensaios, ou resultante da simples presença do equipamento fornecido ou de materiais que impliquem riscos especiais (nomeadamente, de incêndio, explosão, contaminação).

Esta responsabilidade durará até à data de entrada em serviço industrial.

4.5.6. É obrigatório o seguro dos materiais e equipamentos em curso de montagem ou em ensaios, ainda que estes tenham sido fornecidos pela REN. Este seguro deverá dar continuidade ao seguro efectuado para o transporte e ser válido até à data de entrada em serviço industrial.

4.5.7. Condições complementares relativas à responsabilidade do Adjudicatário e a seguros poderão ser estabelecidas nas CEC.

4.5.8. Sempre que se torne necessário enviar uma peça ou conjunto de equipamentos a uma fábrica ou oficina, em resultado de erro ou avaria de responsabilidade do Adjudicatário, serão de sua conta todas as despesas de reparação ou substituição, incluindo encargos de transporte, seguro e outros.

4.5.9. O Adjudicatário fornecerá, nas condições estabelecidas nas CEC, os relatórios e/ou outros elementos que permitam estudar e decidir sobre aspectos técnicos do projecto executivo.

4.5.10. As despesas, encargos e quaisquer formalidades necessárias à importação temporária e reexportarão de ferramentas, instrumentos ou materiais a utilizar na execução do fornecimento, são da responsabilidade do Adjudicatário.

4.5.11. A REN fiscalizará, directamente ou através dos seus representantes, os trabalhos de montagem e ensaios. Para este efeito, será assegurado ao pessoal da Fiscalização da REN o acesso a todo e qualquer local de trabalho do Adjudicatário, que se obriga a facilitar, sob todos os pontos da vista, as suas tarefas e a prestar todos os esclarecimentos solicitados fazendo-o acompanhar pelo seu delegado.

4.5.12. A Fiscalização da REN poderá dar ordem de suspensão dos trabalhos sempre que estes não estiverem a ser executados em estrita obediência às condições e especificações contratuais. A

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ordem de suspensão será confirmada por escrito, indicando a data e hora da ordem dada, bem como as razões que a fundamentaram. Se o Adjudicatário concluir que a ordem de suspensão dos trabalhos resulta de exigência que em sua opinião excede as suas obrigações contratuais, deverá reclamar por escrito à REN no prazo máximo de quinze dias. Os efeitos e as consequências da suspensão deverão neste caso ser regulados por acordo.

4.5.13. Durante a montagem e ensaios, o Adjudicatário acatará igualmente a fiscalização das entidades a quem a lei atribui tal competência, cujas determinações serão normalmente transmitidas por intermédio da Fiscalização da REN, desde que não respeitem exclusivamente a assuntos da organização interna do Adjudicatário. Aos agentes daquelas entidades serão asseguradas facilidades idênticas às da Fiscalização da REN.

4.6. COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS

4.6.1. A coordenação das actividades do Adjudicatário necessárias à execução do fornecimento com as de outros contratantes da REN e com quaisquer entidades estranhas ao Contrato com quem haja necessidade de tratar, é da competência da REN ou da entidade designada por esta para desempenhar a função.

Esta coordenação geral atribuída à REN não isenta o Adjudicatário das suas obrigações contratuais.

4.6.2. Sempre que o Adjudicatário tiver entrado em contacto com outros contratantes da REN para tratar de assuntos relativos à boa execução do fornecimento, obriga-se a enviar à REN cópias dos relatórios dos referidos contactos e da correspondência trocada no seguimento dos mesmos; as decisões tomadas durante tais contactos só produzirão efeitos para com a REN após a sua aprovação por escrito.

4.6.3. Se, no seguimento dos contactos referidos em 4.6.2, surgirem diferendos ou dificuldades, o Adjudicatário deverá pedir uma reunião com a REN que os resolverá então à luz dos contratos estabelecidos com os contratantes envolvidos. As reuniões desta natureza deverão ser pedidas com a antecedência mínima de 10 dias.

4.6.4. A REN, sempre que julgar conveniente, convocará de sua iniciativa ou a pedido do Adjudicatário reuniões com este e se necessário com outros contratantes, a fim de discutir e resolver, de acordo com os programas de trabalho aprovados, problemas que resultem da ligação entre os diversos trabalhos em curso, da ocupação sucessiva de locais no estaleiro, da disponibilidade de meios de acção de utilização comum ou outros.

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5. PROGRAMAÇÃO DOS TRABALHOS

5.1. PROGRAMA DOS TRABALHOS E SUA PORMENORIZAÇÃO

5.1.1. O programa geral de trabalhos (estudos, aprovisionamento, fabrico, transporte, montagem e ensaios de equipamento) apresentado com a proposta, respeitando as datas contratuais, deverá ser pormenorizado por outro, nas condições indicadas nas CEC, onde se indicarão em pormenor as datas de início e de conclusão de cada uma das actividades mencionadas no pro-grama inicial, bem como as datas intermédias cujo não cumprimento acarreta aplicação de penalidades. O programa pormenorizado deve ser apresentado o mais tardar 1 mês após a data de adjudicação.

5.1.2. O programa referido na cláusula anterior, que deverá ser aprovado pela REN, designado por programa contratual dos trabalhos, indicará as datas limites em que se tornem indispensáveis fornecimentos e/ou elementos da REN ou de terceiros para o prosseguimento dos trabalhos, bem como as datas em que a execução dos mesmos permita o arranque da actividade de terceiros.

5.1.3. O programa contratual dos trabalhos não poderá ser alterado sem a concordância expressa da REN.

5.1.4. Sempre que a REN proponha uma alteração do programa, o Adjudicatário compromete-se a fazer tudo o que puder para dar satisfação ao pedido da REN, quer se trate de um avanço quer de um atraso.

5.1.5. A duração das diversas actividades e datas do respectivo início e fim deverão ser cuidadosamente respeitadas pelo Adjudicatário, devendo este, para isso, equipar-se com os meios humanos e materiais que permitam levar a bom termo a execução dessas actividades.

5.2. ATRASO NO CUMPRIMENTO DO PROGRAMA

5.2.1. Se relativamente ao programa aprovado, os trabalhos decorrerem com atrasos não imputáveis à REN, serão aplicadas as penalidades referidas nas alíneas a) e b) da cláusula 9.8.1 e/ou rescisão do contrato conforme a cláusula 10.2. Todavia, serão considerados justificados, não envolvendo aplicação de penalidades, os atrasos resultantes dos seguintes casos de força maior, devidamente comprovados, quando afectem a execução dos fornecimentos:

a) Estados de guerra, mobilização ou alteração grave da ordem pública;

b) Greve de âmbito sectorial ou nacional;

c) Terramoto, inundação, incêndio, naufrágio, descarrilamento, epidemia, ciclone, raio, radiações atómicas;

d) Acidente grave nas fábricas.

5.2.2. O Adjudicatário deverá notificar a REN, no prazo de quinze dias a contar da sua ocorrência e por carta registada, de qualquer caso referido na cláusula anterior, indicando, se possível, a duração do acontecimento e os seus efeitos na execução do contrato, juntando certificado das entidades competentes a atestar a realidade e exactidão dos factos alegados e oferecendo prova de, em devido tempo, ter esgotado todos os meios para reduzir ao mínimo o atraso dos fornecimentos.

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Se a duração desse acontecimento exceder o citado prazo de quinze dias ou não puderem ser logo determinadas totalmente as suas consequências na execução do contrato, o Adjudicatário deverá adoptar procedimento em tudo idêntico ao acima indicado, mas apenas dando conta dos efeitos cuja avaliação no momento lhe for possível fazer.

Se os certificados para atestação dos factos alegados ou a avaliação dos seus efeitos não puderem ser apresentados dentro do prazo previsto por razões não imputáveis ao Adjudicatário, sê-lo-ão logo que possível, mediante justificação do atraso.

Se o Adjudicatário não respeitar as condições acima indicadas, entende-se que assume irrevogavelmente os riscos e as consequências do atraso.

5.2.3. Sempre que circunstâncias sob ou fora do controlo do Adjudicatário tornem o programa contratual dos trabalhos inexequível, a REN fixará de acordo com o Adjudicatário um novo programa devidamente adaptado à situação real e apoiado em acções que garantam a recuperação dos atrasos havidos, de maneira a serem respeitados todos os prazos contratuais.

O estabelecimento deste novo programa em nada diminui quaisquer obrigações ou responsabilidades do Adjudicatário nos termos do contrato, em particular no que se refere às sanções previstas no presente documento que no caso tenham lugar.

5.2.4. Para todos os efeitos, serão considerados atrasos os períodos que decorrem entre as datas do programa contratual e as da execução efectiva.

5.3. CONTROLO DA PROGRAMAÇÃO

5.3.1. O Adjudicatário deverá dispor de meios eficientes de controlo da sua própria programação adequados à importância da obra, que assegurem um perfeito conhecimento do estado de progressão da montagem e permitam intervir atempadamente no sentido de evitar atrasos.

As CEC poderão estabelecer condicionamentos para a organização destes meios. O Adjudicatário submeterá, em qualquer caso, à aprovação da REN a sua organização de controlo de programação, que deverá entrar em actividade à data da adjudicação.

6. CONDIÇÕES LOCAIS. MEIOS AUXILIARES

6.1. REGULAMENTO DO ESTALEIRO

6.1.1. O Adjudicatário observará a regulamentação estabelecida pela REN para o funcionamento e a organização do estaleiro. Se o Adjudicatário julgar necessário introduzir modificações nesta regulamentação, deverá apresentar por escrito à REN propostas nesse sentido.

6.2. UTILIZAÇÃO DE TERRENOS E LOCAIS

6.2.1. Quando definido nas CEC, a REN assegurará ao Adjudicatário a utilização de terrenos e locais para estaleiro e/ou montagem.

A localização do estaleiro do Adjudicatário será condicionada e limitada ao plano geral do estaleiro, às condições definidas nas CEC e à prévia aprovação da Fiscalização.

As regras de utilização dos locais afectos à montagem serão definidas nas CEC.

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6.2.2. Durante as obras, o Adjudicatário compromete-se a manter no estaleiro adequadas condições de acesso, arrumação, limpeza e salubridade.

6.2.3. No fim das obras, o Adjudicatário deverá proceder à limpeza final do estaleiro e retirar daí todo o seu equipamento, materiais sobrantes e entulho, deixando todo o estaleiro e as obras perfeitamente limpos e em condições de trabalho, conforme indicações da Fiscalização.

6.3. TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

6.3.1. A REN promoverá os trabalhos de construção civil e de implantação referidos nas CEC, nas condições aí indicadas.

6.4. INSTALAÇÕES, MATERIAIS E MEIOS DE TRABALHO DA REN

6.4.1. A REN porá à disposição do Adjudicatário instalações, materiais e meios de trabalho referidos no Programa de Concurso, nas condições aí indicadas.

6.4.2. O Adjudicatário colocará à disposição da REN, nos seus escritórios de estaleiro, um local destinado à Fiscalização convenientemente dimensionado e equipado, sempre que este não disponha de instalações próprias.

6.5. ENERGIA ELÉCTRICA. ÁGUA. AR COMPRIMIDO

6.5.1. A energia eléctrica para consumo do Adjudicatário na zona do estaleiro poderá ser-lhe fornecida pela REN segundo as disponibilidades existentes na obra e nas condições indicadas nas CEC.

A facturação da energia eléctrica fornecida ao Adjudicatário será efectuada de acordo com o sistema tarifário nacional em vigor à data a que os consumos dizem respeito.

6.5.2. O Programa de Concurso poderá definir as condições de eventuais fornecimentos pela REN de água, ar comprimido ou outros fluídos.

6.5.3. Sempre que o Adjudicatário recorra a outrem para o fornecimento de água, ar comprimido e outros fluídos, a REN não poderá ser responsabilizada pelas deficiências desse abastecimento.

6.5.4. O fornecimento, instalação, licenciamento e exploração das redes de distribuição de energia eléctrica, água e ar comprimido que porventura sejam necessários para abastecimento do estaleiro, são da responsabilidade do Adjudicatário, devendo obedecer às normas e regulamentos oficiais em vigor e merecer a aprovação da REN.

A rede de distribuição de energia eléctrica do Adjudicatário poderá ficar sujeita a condicionamentos, a indicar nas CEC.

6.6. REDE TELEFÓNICA, TELEX E TELEFAX.

6.6.1. As CEC poderão contemplar a possibilidade de o Adjudicatário utilizar, para efeitos de serviço, os meios de comunicação que a REN disponha nas suas instalações mediante compensação dos encargos correspondentes.

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6.7. MEIOS AUXILIARES DO ADJUDICATÁRIO

6.7.1. São de conta e responsabilidade do Adjudicatário:

a) Os meios de acção e os materiais necessários para a construção, conservação e exploração, desmontagem ou demolição e remoção dos consequentes escombros, no prazo a indicar nas CEC, das suas instalações no estaleiro, tais como: escritórios, armazéns, oficinas e refeitórios;

b) Os meios para assegurar, até à Recepção Provisória, a guarda e a conservação do material que se encontre armazenado no estaleiro ou em curso de montagem ou em ensaios;

c) Todas as ferramentas ou meios de acção necessários para execução da montagem, tais como andaimes, estruturas provisórias, cavaletes, estrados, escadas, gruas, guinchos, diferenciais, estropos, e materiais de consumo corrente, exceptuando-se os indicados especificamente nas CEC;

d) Outros elementos relacionados com a montagem e ensaios dos equipamentos, como referido nas CT;

e) Os meios de acção para recolher e entregar, em local a indicar pela REN, as embalagens dos equipamentos, conforme as condições descritas no Programa de Concurso.

f) Todos os ensaios ou exames de matérias-primas e/ou componentes que se revelem imprescindíveis no curso da montagem, quer sejam efectuados no estaleiro, quer em laboratório ou oficinas exteriores;

g) As diligências e despesas necessárias à realização das operações normais de controlo regulamentar, impostas pelas entidades oficiais.

7. PESSOAL DE MONTAGEM E ENSAIOS

7.1. DISPOSIÇÕES GERAIS

7.1.1. É da responsabilidade do Adjudicatário a selecção e o recrutamento de todo o pessoal especializado, não especializado e auxiliar para a direcção e a execução da montagem e ensaios, assim como todos os encargos e despesas com esse pessoal, nomeadamente, de viagem, alojamento, alimentação, deslocações diárias dos seus domicílios para o estaleiro e dentro do próprio estaleiro.

7.1.2. O recrutamento pelo Adjudicatário do pessoal de qualquer categoria deverá obedecer à legislação portuguesa em vigor.

7.1.3. Se o Adjudicatário empregar no estaleiro pessoal estrangeiro será de sua responsabilidade a obtenção das condições necessárias para esse pessoal trabalhar em Portugal.

7.1.4. O horário de trabalho a ser seguido pelo pessoal do Adjudicatário, deve ser o reconhecido pela legislação portuguesa em vigor.

O Adjudicatário deverá submeter à aprovação da REN os horários de trabalho do seu pessoal, para efeitos de acompanhamento pela Fiscalização.

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7.1.5. O recurso a horas suplementares ou trabalhos em dias de descanso ficará sujeito a acordo prévio da REN.

7.1.6. Em casos especiais, em que tal prática se justifique, a REN poderá assegurar a colaboração do seu pessoal técnico nas montagens e ensaios, devendo na proposta constar as condições e valoração da colaboração pretendida.

7.1.7. Os trabalhos que impliquem condicionamentos de exploração da rede da REN deverão ser programados de comum acordo entre a REN e o Adjudicatário.

7.1.8. Serão considerados dias feriado apenas aqueles que a legislação portuguesa determine.

7.1.9. Quando previsto nas CEC, os alojamentos do pessoal e familiares residindo na obra satisfarão as condições estipuladas na legislação portuguesa e os modelos tipo que sejam impostos pela REN, de acordo com as condições do Caderno de Encargos.

7.2. DISCIPLINA

7.2.1. O Adjudicatário é obrigado a manter nos locais de trabalho, a disciplina e boa ordem do pessoal ao seu serviço.

7.2.2. A REN reserva-se o direito de exigir a mudança para função adequada ou para outro local ou ainda a retirada do estaleiro, de qualquer elemento do pessoal ao serviço do Adjudicatário, quando a sua presença se revele prejudicial ao bom andamento dos trabalhos ou à boa ordem no estaleiro por motivos de natureza profissional ou disciplinar.

7.2.3. Sem prejuízo do imediato cumprimento do disposto na cláusula anterior, a determinação da Fiscalização deverá ser sempre fundamentada por escrito.

7.3. SEGURO DO PESSOAL

7.3.1. Antes do início dos trabalhos e, posteriormente, sempre que a Fiscalização o solicite o Adjudicatário deverá comprovar:

a) Terem sido efectuados os seguros obrigatórios por lei contra acidentes de trabalho, relativamente a todo o seu pessoal e ao dos subempreiteiros, subfornecedores e seus tarefeiros ao serviço da obra;

b) Encontrar-se actualizado o pagamento dos respectivos prémios de seguro;

c) Estar em dia com as contribuições para a Segurança Social.

Sem o cumprimento das condições enunciadas, os trabalhos não poderão iniciar-se ou prosseguir.

7.3.2. Sempre que a natureza dos trabalhos o justifique a REN poderá exigir a cobertura de outros riscos.

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7.4. MEDICINA E SEGURANÇA NO TRABALHO

7.4.1. O Adjudicatário fica obrigado ao cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor sobre medicina, higiene e segurança no trabalho, abrangendo todo o pessoal empregado na obra, quer por si próprio, quer pelos subempreiteiros, subfornecedores e seus tarefeiros e, bem assim, relativamente às normas constantes no Caderno de Encargos em matéria de Medicina e Segurança no Trabalho.

7.4.2. O Adjudicatário cumprirá as instruções de segurança que a Fiscalização lhe der no decurso dos trabalhos, o que em nada diminuirá as responsabilidades que lhe cabem nessa matéria.

7.4.3. O Adjudicatário prestará todos os esclarecimentos que a Fiscalização lhe solicitar sobre as medidas de segurança adoptadas e acidentes de trabalho ocorridos.

7.4.4. O Adjudicatário assegurará por si, por intermédio de Companhia de Seguros ou ainda por acordo com outros Adjudicatários ou Empreiteiros instalados no local, a prestação da assistência médica e de enfermagem a todo o seu pessoal.

8. RECEPÇÕES E PERÍODO DE GARANTIA

8.1. REVISÃO GERAL DE MONTAGEM. ENSAIOS E VISTORIA

8.1.1. Logo que o Adjudicatário considere os equipamentos aptos a entrar em serviço informará por escrito a REN e proceder-se-á em conjunto a uma vistoria geral da montagem, finda a qual poderá ser lavrado um auto de fim de montagem que será assinado por representantes qualificados das duas partes.

8.1.2. Após o fim da montagem e verificado pela REN que o equipamento está efectivamente apto para ensaios, seguir-se-á um período durante o qual o Adjudicatário procederá à realização de ajustes diversos, que pela sua natureza não tinham podido ser executados antes do fim da montagem, e dos ensaios de entrada em serviço e de recepção dos equipamentos.

8.2. SERVIÇO EXPERIMENTAL

8.2.1. Após a realização dos ensaios referidos em 8.1.2 e cumpridos eventuais requisitos expressos nas CEC, será acordado um período de funcionamento experimental. Durante este regime de funcionamento, a caracterizar nas CEC, a instalação será conduzida pelo pessoal da REN de acordo com as instruções do Adjudicatário e sob sua responsabilidade.

Embora a instalação esteja a funcionar integrada na rede da REN, ficará sujeita aos condicionamentos reconhecidos pela REN e pelo Adjudicatário, tendo em vista a possível realização de ensaios, ou qualquer experimentação julgada necessária. Consequentemente, no decurso do Serviço Experimental a instalação não oferecerá garantias de funcionamento permanente. O Serviço Experimental terá a duração máxima de 30 dias, desde que, durante este período, não surjam quaisquer problemas que ponham em causa a instalação ou, designadamente, os equipamentos que a integram.

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8.2.2. A passagem do regime de serviço experimental ao de serviço industrial far-se-á de acordo com o indicado nas CEC.

8.2.3. A instrução e adestramento do pessoal da REN que terá a seu cargo a condução e conservação dos equipamentos será feita pelo Adjudicatário nos períodos e condições indicadas nas CEC.

8.2.4. A transferência de propriedade dos equipamentos e materiais, objecto do fornecimento, como universalidade, terá lugar à data da respectiva entrada em serviço industrial; porém, a transferência da propriedade de equipamentos importados em nome da REN tem lugar com a entrega do conhecimento de embarque, carta de porte ou documento similar, embora todos os riscos até à sua entrada em serviço industrial sejam da conta do Adjudicatário.

8.3. RECEPÇÃO PROVISÓRIA

8.3.1. Findo o Serviço Experimental, terá lugar a Recepção Provisória da instalação que se concretizará mediante o respectivo auto de recepção provisória assinado por representantes qualificados das duas partes. A Recepção Provisória terá a data do respectivo auto.

8.3.2. Se, por motivos não imputáveis ao Adjudicatário, não for possível realizar os ensaios referidos em 8.1.2, no período estabelecido no programa contratual, estes ensaios e a recepção provisória serão realizados em data a indicar pela REN. Os eventuais encargos resultantes deste diferimento da data dos ensaios serão suportados pela REN.

8.3.3. No caso de uma parte da instalação não estar em condições de ser recepcionada, proceder-se-á à recepção provisória da restante instalação, se a falta daquela não impedir a entrada em serviço desta.

8.4. PERÍODO DE GARANTIA. SERVIÇO INDUSTRIAL

8.4.1. A data do auto de recepção provisória será a do início do período de garantia.

8.4.2. Na data da recepção provisória inicia-se o regime de funcionamento denominado Serviço Industrial. Neste regime de funcionamento, a responsabilidade do Adjudicatário ficará limitada às obrigações do Período de Garantia.

Durante este período, o Adjudicatário poderá manter o seu pessoal especializado no estaleiro, se assim o desejar. Se este pessoal não se mantiver em permanência no estaleiro, o Adjudicatário providenciará para que ali se apresente com a urgência requerida pela REN, sempre que esta o solicite em consequência de anomalias de funcionamento ou duma frequência anormal de avarias, verificadas no âmbito do funcionamento respectivo.

8.4.3. O período de garantia, nunca inferior a um ano, terá a duração indicada na Carta de Consulta ou nas CEC.

8.4.4. Durante o período de garantia, o Adjudicatário obrigar-se-á à substituição de toda e qualquer peça ou equipamento defeituoso devido a má concepção, defeito ou qualidade inadequada de matérias-primas utilizadas, defeito de fabricação ou a erro de montagem. Todas estas substituições e possíveis trabalhos de construção civil inerentes deverão ser feitos pelo Adjudicatário, tão rapidamente quanto possível, sem nenhuma despesa ou encargo para a REN e com o mínimo de perturbações para a exploração do equipamento.

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8.4.5. Se o defeito verificado provier de um erro sistemático referente à concepção, à qualidade dos materiais e equipamentos utilizados e fornecidos ou à técnica de fabrico ou montagem utilizada, o Adjudicatário obriga-se a reparar, modificar ou substituir todos os materiais, peças, componentes ou equipamento idênticos, mesmo aqueles em que esse defeito não se tenha ainda revelado.

8.4.6. O Adjudicatário corrigirá todos os defeitos, mesmo que eles não impliquem substituição de peças, e executará todos os ensaios previstos nas CT para o período de garantia.

8.4.7. O Adjudicatário colocará por sua conta, à disposição de REN o pessoal que tenha decidido manter no estaleiro durante o período de garantia, bem como o pessoal e materiais necessários às eventuais substituições, correcções ou ensaios mencionados nas cláusulas 8.4.4, 8.4.5 e 8.4.6.

8.4.8. Durante o período de garantia, todo e qualquer equipamento, componente ou peça que substituir outro ou outros por força dessa garantia, terá a partir da data da sua entrada em serviço, um período de garantia igual ao do equipamento, componente ou peça que substituiu.

8.4.9. Se, em consequência de defeitos ou acidentes imputáveis ao Adjudicatário, qualquer equipamento por ele fornecido for impedido de funcionar no decorrer do período de garantia, a duração de tal impedimento acrescerá a este período.

8.4.10. Se, durante o período de garantia, o Adjudicatário julgar que deve substituir uma parte do equipamento por outra de concepção diferente, deve comunicá-lo por escrito à REN e obter o seu acordo.

8.4.11. As condições especificadas em matéria de penalidades e rejeição previstas para o equipamento original, serão também aplicáveis aos equipamentos, componentes ou peças objecto de substituição ou correcção.

8.4.12. Se as medidas previstas de substituição ou correcção não eliminarem os defeitos detectados, as partes poderão acordar uma eventual diminuição do valor contratual.

8.4.13. Sem prejuízo das restantes cláusulas e condições contratuais ou de disposição imperativa da lei, são de exclusiva responsabilidade do Adjudicatário as obrigações supra indicadas em matéria de garantia.

8.5. RECEPÇÃO DEFINITIVA

8.5.1. No fim do Período de Garantia far-se-á um exame geral da instalação e se não houver motivo para reclamações nem falta de materiais, nomeadamente peças de reserva eventualmente incluídas no fornecimento, será lavrado um auto de recepção definitiva, assinado por representantes qualificados da REN e do Adjudicatário.

8.5.2. O auto de recepção definitiva não será assinado antes de resolvidas todas as reclamações em suspenso e de terem decorrido todos os períodos de garantia de equipamento ou peças objecto de substituição ou correcção.

8.5.3. A REN poderá, apesar do estipulado na cláusula anterior, vir a concordar com uma recepção definitiva parcial em casos a estudar especificamente.

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8.5.4. O Adjudicatário procederá às modificações que se reconheçam necessárias à satisfação das condições contratuais, podendo neste caso a REN exigir novos ensaios de verificação de garantias.

8.5.5. Feita a recepção definitiva de todo o fornecimento e assinado o auto de recepção correspondente, promover-se-á a extinção da caução prestada, referida em 2.4.7.

9. PREÇOS. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO. PENALIDADES. PRÉMIOS

9.1. DISPOSIÇÕES GERAIS

9.1.1. Os preços de bens e/ou serviços objecto do contrato são expressos nas moedas que tiverem servido de base às respectivas negociações e cobrirão o fornecimento de todos os materiais e equipamentos montados, ensaiados e em funcionamento, incluindo todos os serviços necessários à completa e perfeita satisfação de todas as condições contratuais.

9.1.2. O conjunto dos preços discriminados em 9.2, 9.3 e 9.4, incluídos no Mapa de Preços, formarão o preço base de adjudicação.

9.1.3. As alterações de pormenor ou a prestação de serviços ou fornecimentos suplementares, referidos em 2.1.2, serão avaliados, para mais ou para menos, na base dos preços contratuais ou, na falta destes, na base de preços negociados para o efeito entre as duas partes.

9.1.4. A REN admite em casos excepcionais, nomeadamente em certas operações de desmontagem e de adaptação do equipamento existente, a realização de trabalhos e fornecimento de materiais em regime de percentagem ou em regime de despesas controladas.

9.1.5. Os preços contratuais não incluirão o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). O Adjudicatário deverá providenciar para que a facturação e demais expediente relativo à execução financeira dos fornecimentos identifiquem o IVA em termos que, obedecendo à regulamentação específica, permitam à REN avaliar, caso a caso, do carácter dedutível do imposto.

9.1.6. Os preços contratuais não incluirão os valores relativos aos direitos de importação e ao Artº 10º da Tabela II Anexa à Reforma Aduaneira dos equipamentos e materiais a que se refere a cláusula 4.4.11.

9.2. PREÇO DOS EQUIPAMENTOS

9.2.1. Os preços serão discriminados e agrupados de harmonia com as especificações contratuais, para a proposta base e para cada uma das eventuais alternativas ou variantes, nas seguintes verbas:

a) Preço FOR ou FOT dos materiais e equipamentos de origem estrangeira, com embalagem adequada ao transporte escolhido;

b) Preço FOR ou FOT dos materiais e equipamentos a fabricar em Portugal e embalados.

c) Preços unitários de um conjunto de peças de reserva nas condições expressas nas CEC.

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9.2.2. Os preços dos materiais e equipamentos, indicados nas alíneas a) e b) de 9.2.1, incluirão os encargos com:

a) Estudos de fabrico;

b) Elaboração dos desenhos de fabrico e instalação, nomeadamente, de todos os esquemas eléctricos ligados directamente com o equipamento fornecido;

c) Notícias de funcionamento e instruções de serviço daquele equipamento;

d) Direitos de autor ou de propriedade industrial, que possam incidir sobre os referidos materiais ou equipamentos, ficando pois a REN livre de quaisquer exigências de terceiros sobre esses mesmos direitos.

9.3. PREÇO DOS TRANSPORTES

9.3.1. Os preços dos transportes serão discriminados nas seguintes verbas:

a) Preço do transporte, de FOR ou FOT até ao porto de desembarque para os materiais e equipamentos de origem estrangeira;

b) Preço dos transportes em Portugal de FOR ou FOT (para os materiais e equipamentos fabricados em Portugal), e/ou de porto de desembarque (para os materiais e equipamentos de origem estrangeira) até ao estaleiro;

c) Preço do seguro de transporte, conforme cláusula 4.4.8.

9.3.2. No preço dos transportes incluir-se-ão cargas, descargas e transbordos, colocação em parque ou armazém e a respectiva guarda, bem como todas as despesas ou encargos desse mesmo transporte entre ou nos locais indicados em 9.3.1 a) e b), inerentes ou provocados pelo desembaraço aduaneiro e quaisquer outras imposições que figurem nos bilhetes de despacho, mas excluindo o valor de direitos de importação dos equipamentos e materiais a que se refere a cláusula 4.4.11. Para o caso do local ser o da montagem - 9.3.1 b) - não há que considerar no preço dos transportes o encargo da guarda neste local.

9.4. PREÇO DA MONTAGEM E ENSAIOS

9.4.1. Os preços da montagem e ensaios, conforme previsto em 4.5, serão discriminados em:

a) Preço da desmontagem e adaptação de equipamento existente;

b) Preço da montagem de equipamento novo;

c) Preço dos seguros da montagem, conforme cláusulas 4.5.4 a 4.5.7;

d) Preço dos ensaios dos equipamentos e instalações, no local, após a montagem;

e) Preço de instrução e adestramento do pessoal da REN.

9.4.2. Para efeitos de 2.1.2, serão especificados na proposta:

a) Tarifas para prestação de serviço normal e extraordinário do pessoal nacional ou estrangeiro, por dia de ausência de fábrica;

b) Outros encargos com pessoal eventualmente exigíveis;

c) Tarifas de aluguer de máquinas e aparelhagem, por dia de ausência de fábrica.

9.4.3. O preço para a eventual execução de ensaios de rendimento ou outros ensaios especiais

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inerentes à recepção provisória deverá ser apresentado nos termos expressos nas CEC.

9.5. REVISÃO DE PREÇOS

9.5.1. Quando houver lugar à revisão dos preços contratuais, esta obedecerá a fórmulas dos seguintes tipos:

a) Para materiais e equipamentos FOR ou FOT:

)MMc

SSba (P = P

000 ++

Em que:

P = preço final;

Po = preço que consta da proposta;

a = coeficiente correspondente à parte fixa;

b, c = coeficientes cuja soma é igual a 1 - a;

So = média ponderada dos índices dos salários de uma equipa de referência, correspondente ao mês anterior ao da data limite fixada para apresentação da proposta, definidos em documento oficial ou considerado como tal, apresentada com a proposta e aceite pela REN;

S = média ponderada das médias indicadas para So durante o período de execução dos trabalhos, como definido no programa contratual;

Mo = um ou mais índices de custo das matérias-primas predominantes, definidos na base de documento oficial ou considerado como tal, apresentados com a proposta, aceites pela REN e referidos ao mês anterior ao da data limite fixada para apresentação da proposta;

M = média ponderada do mesmo ou mesmos índices durante o período de aprovisionamento das referidas matérias-primas, como definido no programa contratual.

b) Para transportes e meios especiais de montagem, tais como, gruas, retroescavadoras e outros equipamentos:

)StStc1

CtCtb1a1 (Pt =Pt

000 ++

Em que:

Pt = preço final;

Pto = preço que consta da proposta;

a1 = coeficiente correspondente à parte fixa;

b1 e c1 = coeficientes cuja soma é igual a 1 - a;

Cto = preço do combustível (gasóleo) referido ao mês anterior ao da data limite fixada para apresentação da proposta;

Ct = preço médio do combustível (gasóleo) durante o período de execução do transporte, como definido na proposta contratual;

Sto = salário médio ponderado da equipa do transporte, correspondente ao mês anterior

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ao da data limite fixada para apresentação da proposta, definido em documento oficial ou considerado como tal, apresentado com a proposta e aceite pela REN;

St = média ponderada dos salários indicados para So durante o período de execução do transporte, como definido no programa contratual.

c) Para montagem e ensaios, bem como para instrução e adestramento do pessoal da REN:

)SmSmb2a2(Pm = Pm

0

0 +

Em que:

Pm = preço final;

Pmo = preço que consta da proposta;

a2 = coeficiente correspondente à parte fixa;

a2 + b2 = 1;

Smo = média ponderada dos índices dos salários de uma equipa de referência, correspondente ao mês anterior ao da data limite fixada para apresentação da proposta, definidos em documento oficial ou considerado como tal, apresentada com a proposta e aceite pela REN;

Sm = média ponderada das médias indicadas para Smo durante o período de execução dos trabalhos, como definido no programa contratual.

9.5.2. Os coeficientes de ponderação de cada uma das parcelas da parte variável serão estabelecidos de modo a reflectir a composição do preço, tal como traduzida pelas curvas de encargos.

9.5.3. Os índices de custo de salários terão de ser os correspondentes aos países de origem das moedas em que os preços são dados. Para fixação dos índices de custo de salários e materiais portugueses, utilizar-se-á o Boletim do Instituto Nacional de Estatística.

9.5.4. Os índices de câmbios a considerar para a aplicação da fórmula de revisão de preços serão os correspondentes aos períodos previstos no programa contratual, mesmo se houver atrasos provocados pelo Adjudicatário.

9.5.5. Se houver atrasos justificáveis nos termos apresentados na anterior cláusula 5.2.1, os índices utilizados serão os correspondentes aos períodos definidos no programa contratual conforme disposto em 5.2.3.

9.5.6. Serão ainda tidos em consideração, para efeito de determinação dos mesmos índices, atrasos introduzidos pela REN ou por outros fornecedores/empreiteiros estranhos ao contrato em causa, mas apenas na medida em que esses atrasos venham a exceder os que eventualmente sejam da responsabilidade do Adjudicatário.

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9.6. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

9.6.1. Para efeitos de pagamentos, os diferentes fornecimentos e serviços objecto do contrato serão divididos como segue:

Classe A1 - Equipamentos ou materiais como definido em 9.2.

Classe A2 - Transportes como definido em 9.3.

Classe B - Montagem como definido em 9.4 e instrução do pessoal da REN.

9.6.2. As condições de pagamento a apresentar com a proposta conforme cláusula 3.1.5 do Programa de Concurso, serão estabelecidas separadamente para cada uma das referidas classes de prestação, bem como de fornecimentos ou serviços suplementares exigidos pela REN, conforme cláusula 2.1.2.

As referidas condições de pagamento deverão estar ligadas à concretização de factos relevantes na evolução do fornecimento.

A prestação inicial não poderá ser superior a 10% do preço base de adjudicação.

A prestação final, com a Recepção Provisória, não poderá ser inferior a 10% do preço final do contrato.

9.6.3. O pagamento das prestações contratuais será unicamente efectuado mediante a apresentação de facturas ou documentos equivalentes, em triplicado, os quais, qualquer que seja a sua designação, revestirão a característica de documentos definitivos de débito, contendo a liquidação do IVA correspondente e conferindo, desde logo, o direito à sua dedução.

Serão recusados os documentos que contenham qualquer menção no sentido de retirar à REN o direito à dedução do IVA neles contido.

9.6.4. Se tiver havido variação de preço que entre na fórmula de revisão de preços, o Adjudicatário deve fazer acompanhar as suas facturas dos documentos oficiais ou considerados como tal pela REN, fazendo prova dessa variação, sem o que os pagamentos não serão efectuados.

9.6.5. A REN efectuará os pagamentos na moeda contratual até 60 dias da carta de recepção das respectivas facturas, em condições de poderem ser aceites; será considerado um prazo maior, por eventual demora na obtenção da autorização de transferência de capitais, para o primeiro pagamento em cada moeda estrangeira. A REN reserva-se contudo o direito de, relativamente à moeda nacional, efectuar a liquidação por meio de Título de Crédito, sendo, neste caso, de sua conta os respectivos encargos.

9.6.6. No caso de convir à REN, o Adjudicatário obriga-se a solicitar à instituição de crédito que lhe for referida o financiamento total ou parcial do valor da adjudicação. A REN tomará inteira responsabilidade da operação que venha a ter lugar, em todos os seus aspectos, assumindo os respectivos encargos.

9.6.7. No caso de subencomenda em divisas, a REN reserva-se o direito de agendar directamente os meios financeiros para a respectiva cobertura, obrigando-se o Adjudicatário a habilitar esta empresa com os elementos indispensáveis à referida agenciação, não se excluindo a hipótese de as mencionadas subencomendas virem a ser passadas directamente em nome da REN. Os encargos com este financiamento são de conta da REN. As prestações a pagar ao Adjudicatário deverão, em consequência, ser devidamente ajustadas.

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9.6.8. No caso de encomendas em divisas, a REN reserva-se o direito de negociar com entidade à sua escolha o seu financiamento ou a sua inclusão em financiamentos de que disponha para o que solicitará a colaboração do Adjudicatário, entendendo-se que o mesmo não assumirá por este facto qualquer responsabilidade nos encargos.

9.6.9. Para efeitos do disposto na cláusula 4.4.11 o Adjudicatário informará a REN do montante a liquidar à Alfândega, mediante a apresentação de cópia do impresso de liquidação (IL), com o registo de liquidação, acompanhada da documentação necessária à sua verificação.

9.7. ANÁLISE E CONTROLO DE PREÇOS.

9.7.1. Poderão ser solicitadas ao Adjudicatário informações específicas e complementares que permitam à REN acompanhar a evolução dos factores de custo.

9.7.2. Durante a execução da obra a REN poderá proceder à verificação de quantidades efectivas de mão-de-obra empregadas e equipamentos utilizados, cujo conhecimento se revista de interesse para futuros contratos.

9.8. PENALIDADES. REJEIÇÃO

9.8.1. O Adjudicatário será obrigado a suportar penalidades e/ou, em caso disso rejeição do fornecimento, de aplicação cumulativa ou não, conforme o especificado nas CEC, nos seguintes casos:

a) Se as datas chave definidas no programa contratual e sujeitas a penalidades conforme as CEC não forem respeitadas, salvo em caso de atraso contratualmente justificável;

b) Se se atrasar a entrega de documentação técnica referida na cláusula 4.2.7;

c) Se o equipamento ou parte dele não for capaz de assegurar normalmente o serviço industrial para o qual foi concebido e especificado;

d) Se os resultados das medidas dos ensaios não corresponderem aos valores garantidos.

9.8.2. Perante uma situação de não satisfação dos valores de funcionamento garantidos, o Adjudicatário assume inteira obrigação de modificar o equipamento de maneira a que ele satisfaça os referidos valores nos termos das especificações contratuais.

9.8.3. As penalidades ou rejeição motivadas pelo referido em 9.8.1 c) e d) serão aplicadas depois de a REN verificar encontrar-se o Adjudicatário na impossibilidade de corrigir as faltas ou defeitos verificados e os desvios medidos e após ter introduzido, no prazo consentido pela REN, modificações no equipamento do seu fornecimento, nos termos da cláusula 9.8.2.

9.8.4. A REN notificará o Adjudicatário por carta registada, com aviso de recepção, da aplicação de penalidades ou rejeição.

9.8.5. As penalidades serão calculadas a partir dos custos finais do fornecimento, deduzido o IVA, incluindo portanto as eventuais revisões de preços, pelo que serão acertadas na altura do pagamento da última prestação contratual.

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9.8.6. As penalidades referentes aos casos previstos nas alíneas a) e b) da cláusula 9.8.1 terão como limite máximo global 10% do valor final do fornecimento. Além destas penalidades e eventual situação de rejeição de fornecimento, o Adjudicatário suportará também, quando for caso disso, as penalidades correspondentes às situações previstas nas alíneas c) e d) da referida cláusula.

9.8.7. A REN reserva-se o direito de deduzir o montante da penalidade ou penalidades aos pagamentos de prestações que tenha de efectuar imediatamente a seguir à data da sua aplicação. No caso dos pagamentos serem feitos por financiamento, a REN receberá o pagamento das penalidades mediante apresentação de factura.

9.8.8. Não obstante uma situação de rejeição, a REN reserva-se o direito de não deixar de utilizar o equipamento em causa dentro dos limites da sua capacidade, até que seja encontrada a solução conducente à resolução final.

9.8.9. Todos e quaisquer encargos e despesas resultantes da efectivação das modificações previstas na cláusula 9.8.2 serão da responsabilidade do Adjudicatário; as modificações serão feitas em prazos razoáveis e sempre dentro dos períodos a estabelecer pela REN.

9.8.10. A aplicação de penalidades em caso algum isenta o Adjudicatário da obrigação de substituir ou modificar o equipamento para que este preencha todas as condições especificadas nas CEC.

9.9. PRÉMIOS

9.9.1. Se as CEC o determinarem serão atribuídos prémios nas condições aí indicadas.

10. LEGISLAÇÃO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. CONTENCIOSO

10.1. LEI DO CONTRATO

10.1.1. A lei portuguesa regulará as fases de concurso, a pré-contratual de formação do consenso das partes e o contrato.

10.1.2. O Adjudicatário obriga-se a respeitar as disposições prescritas na legislação portuguesa aplicáveis à execução do contrato e a suportar as consequências do seu não cumprimento quer por si quer pelos subfornecedores.

10.1.3. Se durante a execução do contrato, por motivos não imputáveis a cada uma das partes, as condições contratuais existentes à data do início daquele sofrerem modificações substanciais que agravem as respectivas obrigações por forma manifestamente exagerada e cujos efeitos não estejam directamente contemplados no contrato, as partes tentarão, caso a caso, acordar as adaptações necessárias à reposição do justo equilíbrio das prestações.

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10.2. RESCISÃO E RESOLUÇÃO CONVENCIONAL DO CONTRATO

10.2.1. A REN reserva-se o direito de rescindir o contrato sempre que:

a) Se verifique falta ou omissão grave na execução do contrato, designadamente atrasos imputáveis ao Adjudicatário ou utilização de materiais ou meios inaceitáveis que ponham em causa o êxito do empreendimento;

b) O Adjudicatário se recuse a proceder a reparações ou a modificações julgadas necessárias ao bom funcionamento das instalações e ao bom êxito técnico e económico do empreendimento segundo as especificações e determinações contratuais e, nos casos omissos, segundo as regras da técnica.

c) Por causa imputável ao Adjudicatário, não seja possível efectuar a recepção provisória nos seis meses seguintes à data fixada para esta recepção.

10.2.2. A rescisão do contrato será comunicada ao Adjudicatário por carta registada com aviso de recepção e produzirá efeitos a partir dessa mesma data, determinando suspensão dos pagamentos até ao apuramento definitivo dos saldos credores e devedores nos termos da lei.

10.2.3. Em caso de rescisão a REN poderá optar, sem que o Adjudicatário se lhe possa opor, pela utilização de quaisquer instalações de estaleiro, equipamentos, máquinas, ferramentas ou outros meios de acção que o Adjudicatário tenha em serviço afectos à construção e montagem, mediante o pagamento de uma renda anual de 10% sobre os valores de aquisição, devidamente comprovados.

10.2.4. O direito de rescisão só poderá exercer-se no prazo improrrogável de 60 dias a partir da data de conhecimento do facto que o fundamenta.

10.2.5. A REN e o Adjudicatário podem, por acordo e em qualquer momento, resolver o contrato e fixar os respectivos efeitos.

10.3. TRIBUNAL ARBITRAL

10.3.1. As questões que se suscitarem sobre a interpretação, validade, execução do contrato que não sejam solucionadas por acordo entre as partes, serão decididas por um tribunal arbitral a instalar na comarca de Lisboa ou do Porto à escolha da REN.

10.3.2. O tribunal será constituído por três árbitros, sendo dois nomeados, um por cada uma das partes, e o terceiro, que presidirá, escolhido por acordo entre aqueles dois.

10.3.3. Haverá apenas dois articulados, petição e contestação, sendo o prazo para a apresentação de qualquer deles de 30 dias, contados, quanto à petição, a partir da notificação do tribunal para a sua apresentação e, quanto à contestação, a partir da notificação do articulado anterior.

10.3.4. As demais regras do processo a observar e os meios de prova admitidos serão os que vierem a ser estabelecidos pelo tribunal em seguida à sua constituição.

10.3.5. O tribunal julgará segundo as disposições contratuais e legais aplicáveis.

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10.3.6. A decisão arbitral será proferida no prazo de 3 meses após a audiência de discussão e julgamento, podendo este prazo ser prorrogado até ao dobro por simples decisão do tribunal.

10.3.7. Da decisão arbitral caberá recurso nos termos gerais.

10.3.8. As despesas com a constituição e funcionamento do tribunal, incluindo os honorários dos árbitros, serão pagas pela parte que decair na proporção do vencido.

10.3.9. No omisso é aplicável o estabelecido na Lei nº 31/86, de 20 de Agosto.

10.4. FORO COMPETENTE

10.4.1. Todas as questões judiciais que eventualmente devam dirimir-se nos tribunais comuns serão da competência dos tribunais das comarcas de Lisboa ou do Porto, consoante for designado pela REN.

processo de concurso · condições técnicas - documento contratual no qual se encontram...

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