processo administrativo fiscal - legale.com.br filetributário, 4ª, ed. atlas, sp, 1996, p.18. 7. 8...
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CONTATOS
@professoraleticiavogt
Leticia Vogt (Professora Leticia Vogt)
0XX11 982180429
2
PROCESSO – CONCEITO GERAL
ATIVIDADE DINÂMICA DE
QUALQUER FENÔMENO!
“PROCEDERE” – IR – de um
lugar para outro = PROCESSO
5
PROCESSO – CONCEITO GERAL
“Sequência de atos coordenados
desenvolvida numa sucessão
lógica preestabelecida num
sistema como meio de alcançar
um fim”.
•Exemplo: processo industrial,
químico, fisiológico, etc. 6
DOUTRINA - PROCESSO - CONCEITO
DJALMA DE CAMPOS
“...como o instrumento que
assegura os direitos com os
quais as pessoas pretendem
postular uma pretensão ou
defender-se diante de uma ação”.
Campos, Dejalma de. Direito Processual Tributário, 4ª, ed. Atlas, SP, 1996, p.18.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
JUSTIÇA ADMINISTRATIVA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA – EXERCÍCIO
COMPETÊNCIA
CONSTITUCIONAL
CONTROLE
DOS SEUS
ATOS
PREVENÇÃO E
SOLUÇÃO DE
CONFLITOS, PARA
OBTER JUSTIÇA
ADMINISTRATIVA
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BRASIL - HISTÓRICO
MODELO INGLÊS - PRINCIPIO
UNIVERSALIDADE DE JURISDIÇÃO – NADA
FOGE DA APRECIAÇÃO PODER JUDICIÁRIO
CF/67 – EC/69 E 07/77 - ARTIGO 203 –
POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS
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BRASIL - HISTÓRICO
AO MEIO DA DITADURA MILITAR – DECRETO-
LEI 822/69 – ART. 2º - COMPETÊNCIA
LEGISLATIVA AO EXECUTIVO REGULAR
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
DECRETO 70.235/72 - PROCESSO
ADMINISTRATIVO FISCAL
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CF - LIDE ADMINISTRATIVA
Art. 5º - Todos são iguais
perante a lei, sem
distinção de qualquer
natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos
seguintes: (...)
XXXIV - são a todos assegurados,
independente do pagamento de taxa:
a) o direito de petição aos
Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidades ou
abuso de poder.
LV - aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
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CF - LIDE ADMINISTRATIVA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
LITIGANTES
PROCESSO
ADMINISTRATIVO
COMPETÊNCIA P.A.
PREVENÇÃO
CONFLITOS
DE INTERESSES
DA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
CONTRADITÓRIO
AMPLA DEFESA
PROCESSO ADMINISTRATIVO
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ATO OU DECISÃO
DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
INICIATIVA CIDADÃO
CONTRA
PROCESSO
ADMINISTRATIVO
DE
CONTROLE DA
LEGALIDADE
PROCESSO ADMINISTRATIVO
15
PROCESSO
ADMINISTRATIVO
DE
CONTROLE DA
LEGALIDADE
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
RECONHECIMENTO
DIREITO
PROVIDÊNCIA
EVITA JUDICIÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA –TRIBUTÁRIA
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Sujeito Ativo
Fisco
Sujeito Passivo
Contribuinte
Dever Jurídico
CRÉDITO
TRIBUTÁRIO
Tributo
Artigo 3º CTN
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SUBS
SUBJ
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NTFC
HI Obrigação
Tributária
Lançamento
Tributário
Crédito
Tributário
TRIBUTO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO – TRIBUTO
• O crédito tributário - o direito que o poder público
tem de perceber valores – concretização fato
gerador.
• O fato jurídico tributário, estabelece um vínculo
entre o credor (Fisco) e devedor (Contribuinte), tendo
por objeto uma prestação pecuniária compulsória($),
nos termos do artigo 3º do CTN.
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TRIBUTO -ARTIGO 3º CTN
• “Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente
vinculada”.
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Lançamento Fiscal Tributário -
Artigo 142 CTN
• “Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível”
20
Propósito Lançamento Fiscal
LANÇAMENTO
FISCAL
CRÉDITO
TRIBUTÁRIO
TRIBUTO
1º) QUEM
CONTRIBUINTE?
2º) QUANTO
PAGAR?
$
3º) ONDE
PAGAR?
5º) QUANDO
PAGAR?
4ª) COMO
PAGAR?
21
PAF – CONFLITO JURÍDICO FISCAL
PRETENSÃO RESISTIDA
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
FiscoContribuinte
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO OPOSIÇÃO
CONFLITO
INSTAURA PAF
Pretensão Resistida
Obrigação Tributária
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
CONCEITO
• decisão da Administração sobre
um litígio que verse sobre a
exigência de crédito tributário,
dentre outras matérias
tributárias, configura-se o
processo administrativo fiscal.
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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
NÃO IMPUGNAÇÃO
CONTRIBUINTE
PAF NÃO
SE INSTAURA
LANÇAMENTO FISCAL
OU
AUTO INFRAÇÃO
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PROCEDIMENTO OU PROCESSO
• Doutrina - processo adm. fiscal equipara-se ao poder judicante,
contudo, por ser a própria administração que julga, entendem
que se trata de procedimento adm. tributário, ainda que a
própria constituição entenda que é processo.
• Em contrapartida, estabelecido o conflito, equipare-se ao
processo, pois haverá julgamento quanto à exigência do
crédito tributário.
• Outros doutrinadores entendem que procedimento adm. fiscal
são os atos promovidos pelo Fisco antes de efetuar o
lançamento fiscal
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27
Normas e Princípios Constitucionais
aplicados PAF
Art. 5º - Todos são iguais
perante a lei, sem
distinção de qualquer
natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos
seguintes: (...)
XXXIV - são a todos assegurados,
independente do pagamento de taxa:
a) o direito de petição aos
Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidades ou
abuso de poder.
LV - aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
• Art. 5º da CF, inc. XXXIV, “a” e LV declara o
direito de questionar o Poder Público e concebe
o processo administrativo equiparado ao
processo judicial, ao protegê-lo com as
mesmas garantias constitucionais – DIREITO
DE PETIÇÃO, CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA!!!!!!!!
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Jurisprudência - TRF 3ª Região
“REOMS - REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – 272354, Processo:
2002.61.00.004347-1 , UF: SP Órgão Julgador: SEXTA TURMA, Data da Publicação: DJU
DATA:17/11/2006 PÁGINA: 540
• Ementa - TRIBUTÁRIO - IPI - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO - AMPLA DEFESA –
ATO DECLARATÓRIO NO. 31/99
• 1. O procedimento administrativo sem oportunidade de defesa ou com cerceamento de
defesa é nulo, confirmando a aplicabilidade do princípio constitucional do devido
processo administrativo, ou mais, especificamente, da garantia de defesa.
• 2. A Constituição Federal de 1988 expressamente assegura a qualquer pessoa, natural ou
jurídica, o direito de defender-se, com a maior amplitude possível, de qualquer pretensão de
outrem, que negue, limite ou afete direito ou interesse.
• 3. Nos termos do inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal, no âmbito
administrativo o princípio do devido processo também se realiza através da garantia
do contraditório e da ampla defesa aos litigantes e acusados em geral.
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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 145. O lançamento regularmentenotificado ao sujeito passivo só podeser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
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Princípios Constitucionais - Procedimento e Processo Administrativo Tributário
PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS
PRINCÍPIO DA
LEGALIDADEOBJETIVA
PRINCÍPIO DA
OFICIALIDADE
PRINCÍPIO DO
INFORMALISMO
PRINCÍPIO DA
VERDADEMATERIAL
PRINCÍPIO DEVIDO
PROCESSOLEGAL
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OBJETIVA
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Exige-se que procedimento administrativo
seja instaurado, com base e para
preservação da lei, para EVITAR INVALIDADE.
ampara o particular, serve também ao
interesse público, na defesa da norma
jurídica objetiva.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OBJETIVA
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“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE
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Compete ao poder público dar o
impulso do PAF até a decisão final,
sob pena de responsabilidade,
mesmo na ausência de impugnação
do Sujeito Passivo ou no caso de
sua intempestividade.
PRINCÍPIO DO INFORMALISMO
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Por este princípio ficam em segundo
plano as formas rígidas,
principalmente no que tange aos atos
dos particulares
Flexibilização das formas, para
realização do objeto do processo.
PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL
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a autoridade administrativa
deverá conhecer de novas
provas, independentemente
dos prazos, até o julgamento
final.
PRINCÍPIO DEVIDO PROCESSO LEGAL
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O Superior Tribunal de Justiça entende
como conexos ao devido processo legal o
princípio do contraditório e da ampla
defesa, no sentido de que esses dois
princípios também encontram amparo
constitucional no art. 5º LIV.
REsp 159148/RJ (STJ, 1998, p.182)
PAF - PREVENTIVO
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CONSULTA
Questiona
Fisco
Prevenir
Litígios
DENÚNCIA
ESPONTÂNEA
Liberação
Infrator
Exclusão
Penalidades
Legislação
Consolidação
IN SRF n. RFB nº 1464, de 08 de maio de 2014
Consulta Receita Federal
Arts. 48 a 50 Lei n. 9.430/96
Consulta
Arts. 46 a 59 Decreto n. 70.235/72
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ART. 48 DA LEI 9430
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NÃO CABE RECURSO
Seção I
Processo Administrativo de Consulta
Art. 48. No âmbito da Secretaria da Receita Federal, os
processos administrativos de consulta serão solucionados em
instância única.
(...)
§ 3º Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da
solução da consulta ou do despacho que declarar sua ineficácia.
EXCEÇÃO
§ 5º Havendo diferença de conclusões entre soluções de
consultas relativas a uma mesma matéria, fundada em idêntica
norma jurídica, cabe recurso especial, sem efeito suspensivo,
para o órgão de que trata o inciso I do § 1º.
ART. 46 e 47 Decreto 70.235
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CAPÍTULO II
Do Processo da Consulta
Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos
da legislação tributária aplicáveis a fato determinado. (Vide Lei nº
9.430, de 1996)
Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as entidades
representativas de categorias econômicas ou profissionais também
poderão formular consulta.
Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio
tributário do consulente, ao órgão local da entidade incumbida de
administrar o tributo sobre que versa. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)
.
Consulta
Fiscal
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Consulta Fiscal
Conceito- Objeto Requisitos
Prevenir litígios
Tipo Processo Administrativo.
Devem ser observados:
1º)Titularidade ativa direito consultar
2º) Não-instauração procedimento
fiscal
3º) Autonomia/independência órgão
Competente decidir
4º) Exoneração responsabilidade
Contribuinte nos seus
atos – c/ base decisão
5º) Responsabilidade Estado –
danos - Resultado consulta
Harmonia e Segurança
Jurídica
Quem pode?
Sujeito Passivo OT
Art. 121 e 122 CTN
Órgãos Adm.
Pública
Entidades Rep. Cat.
Econ. ou Profissionais
Não cabe recurso –
decisão
Instância única
Interessados na
relação
tributário
MODELO DE CONSULTA
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AO COORDENADOR-GERAL DA COORDENAÇÃO-GERAL DE
TRIBUTAÇÃO OU SUPERINTENDENTE REGIONAL DA RECEITA FEDERAL
DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL
xxxxxxxxxx, pessoa jurídica de direito privado, constituída na forma de sociedade civil sem fins
lucrativos (doc. 01), com sede na Rua xxxxxxxxxx– São Paulo – CEP 01017-909, por seu
representante legal, seu Presidente xxxxxxxx, brasileiro, casado, funcionário público aposentado,
portador do RG n. xxxxxxxx inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº
xxxxxxxxx (doc. 03), telefone (11), inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) sob o nº
xxxxxxx (doc. 02), vem, na forma da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2 de maio de 2007, formular
CONSULTA
sobre a interpretação da legislação tributária relativa a tributo administrado pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB), com o seguinte teor:
MODELO DE CONSULTA
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I – DO OBJETO
A Consulente tem por intuito, por meio da presente Consulta, receber
orientação desta Entidade Fiscal, a fim de que esta responda quanto à sua
dispensa ou não à observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD –
Contribuições”, nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.
A suscitada dúvida tem por base, o fato da Consulente se tratar de uma
Associação (AFPESP), que é uma pessoa jurídica (entidade) imune ou isenta
ao IRPJ, a qual recolhe aos cofres púbicos, a soma dos valores mensais das
contribuições, em valor superior ao de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem como
por ter a incidência do PIS calculado sobre sua folha de pagamento e por não
possuir crédito de PIS/COFINS.
MODELO DE CONSULTA
46
I – DO OBJETO
A Consulente tem por intuito, por meio da presente Consulta, receber
orientação desta Entidade Fiscal, a fim de que esta responda quanto à sua
dispensa ou não à observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD –
Contribuições”, nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.
A suscitada dúvida tem por base, o fato da Consulente se tratar de uma
Associação (AFPESP), que é uma pessoa jurídica (entidade) imune ou isenta
ao IRPJ, a qual recolhe aos cofres púbicos, a soma dos valores mensais das
contribuições, em valor superior ao de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem como
por ter a incidência do PIS calculado sobre sua folha de pagamento e por não
possuir crédito de PIS/COFINS.
MODELO DE CONSULTA
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II – DISPOSITIVO LEGAL QUESTIONADO
Instrução Normativa RFB 1.252/2012, artigos 4º e
5º;
Decreto 6.022/07, artigo 2º, sobre sua folha de
pagamento e por não possuir crédito de
PIS/COFINS.
MODELO DE CONSULTA
48
III - DOS FATOS
A Receita Federal do Brasil, por meio do SPED, instituiu mais uma obrigação tributária
acessória, através da Instrução Normativa RFB 1.052/2010, regulando acerca da
Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS.
O SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, deriva do disposto no artigo 1.179 do
Código Civil e foi instituído pelo Decreto 6.022/07, sendo posteriormente regulamentado
por diversos atos infranormativos.
Ocorre, que com o advento de nova Instrução Normativa, cadastrada sob o nº RFB
1.252/2012, revogando o texto (IN RFB 1.052/2010), dispondo sobre Escrituração Fiscal
Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita, a referida
obrigação acessória passou a se denominar Escrituração Fiscal Digital das
Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições).
MODELO DE CONSULTA
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IV – DO DIREITO
Para melhor elucidação ao caso em análise, se faz necessário que a Consulente
traga à baila os argumentos jurídicos e legais, conforme segue:
IV.1. DA NATUREZA JURÍDICA DA CONSULENTE
IV.2. SPED – CONCEITO
Trata-se de um Projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que faz
parte do Programa de aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-
2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco
e os contribuintes.
IV.3. EFD - CONTRIBUIÇÕES – CONCEITO
Conforme já mencionado nos fatos, por meio do SPED foi instituída mais uma
obrigação tributária acessória, através da Instrução Normativa RFB 1.052/2010,
regulando acerca da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.
MODELO DE CONSULTA
50
IV – DO DIREITO
CABE DESTACAR, QUE TODOS OS ARGUMENTOS TRAZIDOS “A BAILA” ATÉ
O MOMENTO, “DEFENDEM” O POSICIONAMENTO DE QUE NÃO HÁ
OBRIGATORIEDADE PARA AS ENTIDADES IMUNES OU ISENTAS, DE
CUMPRIREM A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DE ENTREGA DO EFD-
CONTRIBUIÇÕES, COMO É O CASO DA CONSULENTE.
Contudo para prevenir e resguardar direitos, a Consulente requer, posição
fiscal, desta Coordenadora Geral de Tributação, quanto à questão, ora
suscitada, de forma a elucidar (responder) quanto à sua dispensa ou não à
observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD – Contribuições”,
nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.
MODELO DE CONSULTA
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V – DA DECLARAÇÃO
Por fim, a Consulente declara que:
não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou instaurado para apurar fatos
que se relacionem com a matéria objeto da consulta;
não foi intimado(a) a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; e
o fato exposto na consulta não foi objeto de decisão anterior (ou ainda não
modificada), proferida em consulta ou litígio em que foi parte.
São Paulo, XXX de novembro de 20XX
XXXXXXXXX
PRESIDENTE
CASO – IN SRF 247/2002
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Receita Federal editou a Instrução Normativa SRF n. 247/2002, ainda, em vigência, que
determinou o conceito de receita derivada da “própria atividade” para fins de isenção da
COFINS, conferida às entidades sem fins lucrativos, a saber:
“Art. 47. As entidades relacionadas no art. 9º desta Instrução Normativa:
(...)
II – são isentas da COFINS em relação às receitas derivadas de suas atividades próprias.
(...)
§ 2º Consideram-se receitas derivadas das atividades próprias SOMENTE aquelas
decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei,
assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter
contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus
objetivos sociais”.
Art. 9º São contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários as seguintes
entidades:
(...) IV – instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que
preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;
SOLUÇÃO CONSULTA
55
“MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
2 º TURMA
ACÓRDÃO Nº 16-27983 de 25 de Novembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -
Cofins
EMENTA: COFINS. FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO. ATIVIDADES
PRÓPRIAS. ISENÇÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. INCIDÊNCIA. Estão
isentas de COFINS somente as receitas relativas às atividades próprias das
fundações de direito privado, assim entendidas as receitas decorrentes de
contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei,
assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem
caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao
desenvolvimento dos seus objetivos sociais, nas quais não se incluem,
evidentemente, as receitas de prestação de serviços que têm caráter
contraprestacional. Ano-calendário: 01/01/2004 a 31/12/2004”
Consulta Fiscal - Efeitos
Efeitos
Sim Não
Suspensão
“da mora”
Pendência – não
autuar
Decisão Vinculante-
Não opinião
Vinculante p/
Administração -
Contribuinte ir
Judiciário
Não competente
p/ consultar
Fato genérico
ou
Situações
hipotéticas
Não atendam
requisitos da
formulação;
Pessoas/entidades
desautorizadas;
Art.52
Dec. 70235/72
Sem
dispositivo legal
específico
56
Denúncia Espontânea
57
“Art. 138. A responsabilidade é excluída pela
denúncia espontânea da infração,
acompanhada, se for o caso, do pagamento
do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante
do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera
espontânea a denúncia apresentada após o
início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração”.
Denúncia Espontânea
Objetivo
Denúncia
Espontânea
Liberação
Situação
Infrator
Responsabilidade
Excluída -
Penalidade/Multa
58
Exclusão Multas +
Juros de Mora
59
• MULTA MORATÓRIA – NÃO PAGAMENTO
TRIBUTO;
• PAGA – TRIBUTO + JUROS
Posição Jurisprudencial
• REsp 957036 / SP RECURSO ESPECIAL 2007/0124861-8, Relator(a) Ministro CASTRO MEIRA (1125) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 26/08/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 25/09/2008
• Ementa - RECURSO ESPECIAL.TRIBUTÁRIO.CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURIDADESOCIAL. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. POSSIBILIDADE. (....)
• 3. A expressão "multa punitiva" é até pleonástica, já que todamulta tem por objetivo punir, seja em razão da mora, seja poroutra circunstância, desde que prevista em lei. Daí, ajurisprudência deste Superior Tribunal ter-se alinhado nosentido de que a denúncia espontânea exclui a incidência dequalquer espécie de multa, e não só a "punitiva", como quer orecorrente. 4. Recurso especial conhecido em parte e nãoprovido.
60
Pagamento Tributo“se for o caso”
INFRAÇÕES OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
PAGAMENTO IMEDIATO E INTEGRAL SOMENTE
DETERMINADO POR LEI
62
STJ – Denúncia x Pagamento Integral
• AgRg no Resp 1146818/SC
• AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2009/0123593-0
• Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 09/02/2010 Data da Publicação/Fonte DJE 18/02/2010
• PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA. ART. 138 DO CTN. DÍVIDA TRIBUTÁRIA CONSTITUÍDA POR MEIO DE DCTF. AUSÊNCIA DO
PAGAMENTO INTEGRAL. ÓBICE À EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO - CND. (...)
• 6. Não se configura a denúncia espontânea nos casos de tributo declarado pelo
contribuinte (DCTF, GIA etc) e pago a destempo. Inteligência da Súmula n. 360 do STJ.
7. Para a caracterização do instituto da denúncia espontânea é necessário o
pagamento integral do débito tributário declarado por meio da DCTF. 8. Se não há
pagamento integral, não há denúncia espontânea e, por isso, não se exclui a multa
de mora. Essa é regra que se extrai do art. 138 do CTN em combinação com o art.
161 do CTN. 9. A tese da denúncia espontânea proporcional ao pagamento efetivamente
realizado configura inovação recursal, pois não trazida nas razões do recurso especial.
10. Agravo regimental não provido”.
63
Pagamento Parcelado
Súmula 208 do Tribunal Federal deRecursos:
“A simples confissão de dívida,
acompanhada do seu pedido de
parcelamento, não configura a denúncia
espontânea”.
64
Parcelamento
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma econdição estabelecidas em lei específica.
§ 1°. Salvo disposição de lei em contrário, oparcelamento do crédito tributário não exclui aincidência de juros e multas”.
(alteração LC 104/2001)
65
STJ – Denúncia Espontânea
Débito Parcelado
• AgRg no REsp 989026 / ES
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2007/0220892-9 Relator(a) Ministra ELIANA CALMON (1114) Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 16/12/2008 Data da
Publicação/Fonte DJe 17/02/2009 Ementa TRIBUTÁRIO - PROCESSO CIVIL
- AGRAVO REGIMENTAL - DENÚNCIA ESPONTÂNEA - PARCELAMENTO -
AÇÃO AJUIZADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LC 104/2001 - ART. 462 DO CPC
- CONSIDERAÇÃO DO DIREITO NOVO. 1. A superveniência do direito novo é
circunstância a ser considerada pelo julgador em qualquer fase ou instância
processual, principalmente nas instâncias ordinárias, razão pela qual é
irrelevante o ajuizamento da demanda antes do advento do novo art. 155-A do
CTN. Precedentes. 2. O pagamento parcelado não viabiliza a exclusão das
multas moratórias ou punitivas pela denúncia espontânea. Precedentes.
3. Agravo regimental não provido.
66
Tributos - Lançamento por
Homologação
• Art. 150 - O lançamento por homologação, que ocorre
quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em
que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a
homologa.
• EX.: DCTF - GIA
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STJ – Denúncia Espontânea Tributo –Lançamento por Homologação
• AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 1043384 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTALNOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL2008/0066102-5 ,Relator(a) Ministra ELIANA CALMON (1114) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMAData do Julgamento 09/12/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 26/02/2009
Ementa TRIBUTÁRIO - DENÚNCIA ESPONTÂNEA - TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO
POR HOMOLOGAÇÃO - DECLARAÇÃO DE TRIBUTOS APÓS O VENCIMENTO DA DÍVIDA,
MAS ANTES DE QUALQUER INICIATIVA DE FISCALIZAÇÃO PELO FISCO - AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO OPORTUNA DO FISCO - VEDAÇÃO À INCURSÃO NA MATÉRIA FÁTICA -
RECONSIDERAÇÃO - CABIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA. 1. É ônus do réu a comprovação de fato impeditivo ao direito do autor, no caso a
declaração tributária. 2. Não abstraída a existência de declaração tributária no acórdão
recorrido, competia à parte interessada provocar a instância originária por meio do recurso
cabível, sendo vedado em recurso especial a incursão no acervo fático-probatório ou a adoção
de alegação da parte sem a comprovação respectiva. 3. Inexistindo prévia declaração tributária
e havendo o pagamento do tributo antes de qualquer procedimento administrativo, cabível a
exclusão das multas moratórias e punitivas. 4. Agravo regimental não provido. 69
CARF – Tributo declarado e não pago• Nº Recurso 140415
• Número do Processo 10680.002958/2002-57
• Turma 1ª Turma Contribuinte TELEMIG CELULAR S/A
• Tipo do Recurso Recurso de Divergência do Procurador - Negado Provimento Por Maioria
• Data da Sessão 09/03/2009 Relator(a) José Carlos Passuello
• Nº Acórdão CSRF/9101-00009 Tributo / Matéria CSL- que não versem sobre exigência de cred. trib. (ex.:restituição.)
• Decisão - Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de não conhecimento dorecurso e, no mérito, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso especial.Vencidos os Conselheiros Antonio Praga, Adriana Gomes Rego, Nelson Lósso Filho eCarlos Alberto de Freitas Barreto que deram provimento ao recurso. O Conselheiro AntonioPraga apresentará declaração de voto. Ausente justificadamente a Conselheira KaremJureidini Dias. Ementa
• Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL Exercício: 1999 Ementa: CSL -DENÚNCIA ESPONTÂNEA - ART. 138 DO CTN - Na situação em que o contribuinte,antes de qualquer intimação do fisco, espontaneamente recolhe o tributo devido enão declarado, é aplicável o art. 138 do CTN e não há que se exigir multa de mora.Recurso especial da Fazenda Nacional conhecido e improvido.
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Denúncia Espontânea
Divergências - Conclusões
PenalidadesExclusão
Multas
STJ
Moratória/
Punitiva
PagamentoPagamento
IntegralSTJ
Pagamento
“se for o caso”
Impossibilidade
Obrigações acessórias
STJ
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Denúncia Espontânea
Divergências - Conclusões
PagamentoImpossibilidade
ParcelamentoSTJ
Lançamentos
Por
Homologação
Possibilidade
D.E.
STJ
Tributos
Declarados
Não Pagos
Possibilidade
D.E.STJ
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Perda Espontaneidade
• “Art. 138. (....) Parágrafo único. Não se considera espontânea adenúncia apresentada após o início de qualquer procedimentoadministrativo ou medida de fiscalização, relacionados com ainfração”.
• Decreto 70.235/72:
• Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:
• I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente,cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
• II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
• III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
• § 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeitopassivo em relação aos atos anteriores e, independentemente deintimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.
• Parecer CST nº 2716/198473
BIBLIOGRAFIA
1) Livro: Direito Processual Tributário – Processo Administrativo Fiscal
e Execução Fiscal à luz da Doutrina e da Jurisprudência
Autores: Leandro Paulsen, René Bergmann Ávila e Ingrid Schroder
Sliwka
Livraria do Advogado Editora
2) Livro: Processo Administrativo Fiscal Federal Comentado
Autores: Marcos Vinicius Neder e Maria Teresa Martinez López
Editora Dialética
BIBLIOGRAFIA
3) Livro: A Prova no Direito Tributário
• Autora: Fabiana Del Padre Tomé
• Editora Noeses
4) Livro: Processo Tributário – Teoria e Prática
• Autores: Vittorio Cassone e Maria Eugênia Teixeira Cassone
Jurídica Atlas Editora
BIBLIOGRAFIA
5) Processo Administrativo Fiscal – Controle Administrativo do Lançamento
Fiscal
• Autor: Sérgio Andre Rocha
• Editora Lumen Juris
6) Curso de Processo Administrativo Tributário
• Autor: Eduardo Domingos Bottallo
• Editora Malheiros