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78
PÓS-GRADUAÇÃO TRIBUTÁRIO 1

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PÓS-GRADUAÇÃO TRIBUTÁRIO

1

CONTATOS

[email protected]

@professoraleticiavogt

Leticia Vogt (Professora Leticia Vogt)

0XX11 982180429

2

PROCESSO

ADMINISTRATIVO

FISCAL

Instrumentos e Técnicas de

Defesas

3

PROCESSO – CONCEITO GERAL

O que é processo?

Movimento de evolução!!!

4

PROCESSO – CONCEITO GERAL

ATIVIDADE DINÂMICA DE

QUALQUER FENÔMENO!

“PROCEDERE” – IR – de um

lugar para outro = PROCESSO

5

PROCESSO – CONCEITO GERAL

“Sequência de atos coordenados

desenvolvida numa sucessão

lógica preestabelecida num

sistema como meio de alcançar

um fim”.

•Exemplo: processo industrial,

químico, fisiológico, etc. 6

DOUTRINA - PROCESSO - CONCEITO

DJALMA DE CAMPOS

“...como o instrumento que

assegura os direitos com os

quais as pessoas pretendem

postular uma pretensão ou

defender-se diante de uma ação”.

Campos, Dejalma de. Direito Processual Tributário, 4ª, ed. Atlas, SP, 1996, p.18.

7

8

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

JUSTIÇA ADMINISTRATIVA

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA – EXERCÍCIO

COMPETÊNCIA

CONSTITUCIONAL

CONTROLE

DOS SEUS

ATOS

PREVENÇÃO E

SOLUÇÃO DE

CONFLITOS, PARA

OBTER JUSTIÇA

ADMINISTRATIVA

9

PROCESSO

JUDICIAL ADMINISTRATIVO

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E

PARTICULARES

10

BRASIL - HISTÓRICO

MODELO INGLÊS - PRINCIPIO

UNIVERSALIDADE DE JURISDIÇÃO – NADA

FOGE DA APRECIAÇÃO PODER JUDICIÁRIO

CF/67 – EC/69 E 07/77 - ARTIGO 203 –

POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE

TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

11

BRASIL - HISTÓRICO

AO MEIO DA DITADURA MILITAR – DECRETO-

LEI 822/69 – ART. 2º - COMPETÊNCIA

LEGISLATIVA AO EXECUTIVO REGULAR

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

DECRETO 70.235/72 - PROCESSO

ADMINISTRATIVO FISCAL

12

CF - LIDE ADMINISTRATIVA

Art. 5º - Todos são iguais

perante a lei, sem

distinção de qualquer

natureza, garantindo-se

aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no

País a inviolabilidade do

direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à segurança e

à propriedade, nos termos

seguintes: (...)

XXXIV - são a todos assegurados,

independente do pagamento de taxa:

a) o direito de petição aos

Poderes Públicos em defesa de

direitos ou contra ilegalidades ou

abuso de poder.

LV - aos litigantes, em processo

judicial ou administrativo, e aos

acusados em geral são assegurados o

contraditório e ampla

defesa, com os meios e recursos a ela

inerentes;

13

CF - LIDE ADMINISTRATIVA

CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

LITIGANTES

PROCESSO

ADMINISTRATIVO

COMPETÊNCIA P.A.

PREVENÇÃO

CONFLITOS

DE INTERESSES

DA

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

CONTRADITÓRIO

AMPLA DEFESA

PROCESSO ADMINISTRATIVO

14

ATO OU DECISÃO

DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

INICIATIVA CIDADÃO

CONTRA

PROCESSO

ADMINISTRATIVO

DE

CONTROLE DA

LEGALIDADE

PROCESSO ADMINISTRATIVO

15

PROCESSO

ADMINISTRATIVO

DE

CONTROLE DA

LEGALIDADE

ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

RECONHECIMENTO

DIREITO

PROVIDÊNCIA

EVITA JUDICIÁRIO

RELAÇÃO JURÍDICA –TRIBUTÁRIA

16

Sujeito Ativo

Fisco

Sujeito Passivo

Contribuinte

Dever Jurídico

CRÉDITO

TRIBUTÁRIO

Tributo

Artigo 3º CTN

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SUBS

SUBJ

17

NTFC

HI Obrigação

Tributária

Lançamento

Tributário

Crédito

Tributário

TRIBUTO

CRÉDITO TRIBUTÁRIO – TRIBUTO

• O crédito tributário - o direito que o poder público

tem de perceber valores – concretização fato

gerador.

• O fato jurídico tributário, estabelece um vínculo

entre o credor (Fisco) e devedor (Contribuinte), tendo

por objeto uma prestação pecuniária compulsória($),

nos termos do artigo 3º do CTN.

18

TRIBUTO -ARTIGO 3º CTN

• “Tributo é toda prestação pecuniária

compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito,

instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente

vinculada”.

19

Lançamento Fiscal Tributário -

Artigo 142 CTN

• “Compete privativamente à autoridade

administrativa constituir o crédito tributário pelo

lançamento, assim entendido o procedimento

administrativo tendente a verificar a ocorrência

do fato gerador da obrigação correspondente,

determinar a matéria tributável, calcular o

montante do tributo devido, identificar o sujeito

passivo e, sendo caso, propor a aplicação da

penalidade cabível”

20

Propósito Lançamento Fiscal

LANÇAMENTO

FISCAL

CRÉDITO

TRIBUTÁRIO

TRIBUTO

1º) QUEM

CONTRIBUINTE?

2º) QUANTO

PAGAR?

$

3º) ONDE

PAGAR?

5º) QUANDO

PAGAR?

4ª) COMO

PAGAR?

21

PAF – CONFLITO JURÍDICO FISCAL

PRETENSÃO RESISTIDA

22

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

FiscoContribuinte

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO OPOSIÇÃO

CONFLITO

INSTAURA PAF

Pretensão Resistida

Obrigação Tributária

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

CONCEITO

• decisão da Administração sobre

um litígio que verse sobre a

exigência de crédito tributário,

dentre outras matérias

tributárias, configura-se o

processo administrativo fiscal.

23

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

NÃO IMPUGNAÇÃO

CONTRIBUINTE

PAF NÃO

SE INSTAURA

LANÇAMENTO FISCAL

OU

AUTO INFRAÇÃO

24

PROCEDIMENTO

ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

xPROCESSO ADMINISTRATIVO

TRIBUTÁRIO

25

PROCEDIMENTO OU PROCESSO

• Doutrina - processo adm. fiscal equipara-se ao poder judicante,

contudo, por ser a própria administração que julga, entendem

que se trata de procedimento adm. tributário, ainda que a

própria constituição entenda que é processo.

• Em contrapartida, estabelecido o conflito, equipare-se ao

processo, pois haverá julgamento quanto à exigência do

crédito tributário.

• Outros doutrinadores entendem que procedimento adm. fiscal

são os atos promovidos pelo Fisco antes de efetuar o

lançamento fiscal

26

27

Normas e Princípios Constitucionais

aplicados PAF

Art. 5º - Todos são iguais

perante a lei, sem

distinção de qualquer

natureza, garantindo-se

aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no

País a inviolabilidade do

direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à segurança e

à propriedade, nos termos

seguintes: (...)

XXXIV - são a todos assegurados,

independente do pagamento de taxa:

a) o direito de petição aos

Poderes Públicos em defesa de

direitos ou contra ilegalidades ou

abuso de poder.

LV - aos litigantes, em processo

judicial ou administrativo, e aos

acusados em geral são assegurados o

contraditório e ampla

defesa, com os meios e recursos a ela

inerentes;

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

• Art. 5º da CF, inc. XXXIV, “a” e LV declara o

direito de questionar o Poder Público e concebe

o processo administrativo equiparado ao

processo judicial, ao protegê-lo com as

mesmas garantias constitucionais – DIREITO

DE PETIÇÃO, CONTRADITÓRIO E

AMPLA DEFESA!!!!!!!!

28

Jurisprudência - TRF 3ª Região

“REOMS - REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – 272354, Processo:

2002.61.00.004347-1 , UF: SP Órgão Julgador: SEXTA TURMA, Data da Publicação: DJU

DATA:17/11/2006 PÁGINA: 540

• Ementa - TRIBUTÁRIO - IPI - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO - AMPLA DEFESA –

ATO DECLARATÓRIO NO. 31/99

• 1. O procedimento administrativo sem oportunidade de defesa ou com cerceamento de

defesa é nulo, confirmando a aplicabilidade do princípio constitucional do devido

processo administrativo, ou mais, especificamente, da garantia de defesa.

• 2. A Constituição Federal de 1988 expressamente assegura a qualquer pessoa, natural ou

jurídica, o direito de defender-se, com a maior amplitude possível, de qualquer pretensão de

outrem, que negue, limite ou afete direito ou interesse.

• 3. Nos termos do inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal, no âmbito

administrativo o princípio do devido processo também se realiza através da garantia

do contraditório e da ampla defesa aos litigantes e acusados em geral.

29

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 145. O lançamento regularmentenotificado ao sujeito passivo só podeser alterado em virtude de:

I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

30

Princípios Constitucionais - Procedimento e Processo Administrativo Tributário

PRINCÍPIOS

CONSTITUCIONAIS

PRINCÍPIO DA

LEGALIDADEOBJETIVA

PRINCÍPIO DA

OFICIALIDADE

PRINCÍPIO DO

INFORMALISMO

PRINCÍPIO DA

VERDADEMATERIAL

PRINCÍPIO DEVIDO

PROCESSOLEGAL

31

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OBJETIVA

32

Exige-se que procedimento administrativo

seja instaurado, com base e para

preservação da lei, para EVITAR INVALIDADE.

ampara o particular, serve também ao

interesse público, na defesa da norma

jurídica objetiva.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OBJETIVA

33

“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

(...)

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em

virtude de lei;

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

e, também, ao seguinte:

PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE

34

Compete ao poder público dar o

impulso do PAF até a decisão final,

sob pena de responsabilidade,

mesmo na ausência de impugnação

do Sujeito Passivo ou no caso de

sua intempestividade.

PRINCÍPIO DO INFORMALISMO

35

Por este princípio ficam em segundo

plano as formas rígidas,

principalmente no que tange aos atos

dos particulares

Flexibilização das formas, para

realização do objeto do processo.

PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL

36

a autoridade administrativa

deverá conhecer de novas

provas, independentemente

dos prazos, até o julgamento

final.

PRINCÍPIO DEVIDO PROCESSO LEGAL

37

O Superior Tribunal de Justiça entende

como conexos ao devido processo legal o

princípio do contraditório e da ampla

defesa, no sentido de que esses dois

princípios também encontram amparo

constitucional no art. 5º LIV.

REsp 159148/RJ (STJ, 1998, p.182)

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

FISCAL - INSTAURAÇÃO

VOLUNTÁRIO

38

PAF - PREVENTIVO

39

CONSULTA

Questiona

Fisco

Prevenir

Litígios

DENÚNCIA

ESPONTÂNEA

Liberação

Infrator

Exclusão

Penalidades

Legislação

Consolidação

IN SRF n. RFB nº 1464, de 08 de maio de 2014

Consulta Receita Federal

Arts. 48 a 50 Lei n. 9.430/96

Consulta

Arts. 46 a 59 Decreto n. 70.235/72

40

ART. 48 DA LEI 9430

41

NÃO CABE RECURSO

Seção I

Processo Administrativo de Consulta

Art. 48. No âmbito da Secretaria da Receita Federal, os

processos administrativos de consulta serão solucionados em

instância única.

(...)

§ 3º Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da

solução da consulta ou do despacho que declarar sua ineficácia.

EXCEÇÃO

§ 5º Havendo diferença de conclusões entre soluções de

consultas relativas a uma mesma matéria, fundada em idêntica

norma jurídica, cabe recurso especial, sem efeito suspensivo,

para o órgão de que trata o inciso I do § 1º.

ART. 46 e 47 Decreto 70.235

42

CAPÍTULO II

Do Processo da Consulta

Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos

da legislação tributária aplicáveis a fato determinado. (Vide Lei nº

9.430, de 1996)

Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as entidades

representativas de categorias econômicas ou profissionais também

poderão formular consulta.

Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio

tributário do consulente, ao órgão local da entidade incumbida de

administrar o tributo sobre que versa. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

.

Consulta

Fiscal

43

Consulta Fiscal

Conceito- Objeto Requisitos

Prevenir litígios

Tipo Processo Administrativo.

Devem ser observados:

1º)Titularidade ativa direito consultar

2º) Não-instauração procedimento

fiscal

3º) Autonomia/independência órgão

Competente decidir

4º) Exoneração responsabilidade

Contribuinte nos seus

atos – c/ base decisão

5º) Responsabilidade Estado –

danos - Resultado consulta

Harmonia e Segurança

Jurídica

Quem pode?

Sujeito Passivo OT

Art. 121 e 122 CTN

Órgãos Adm.

Pública

Entidades Rep. Cat.

Econ. ou Profissionais

Não cabe recurso –

decisão

Instância única

Interessados na

relação

tributário

MODELO DE CONSULTA

44

AO COORDENADOR-GERAL DA COORDENAÇÃO-GERAL DE

TRIBUTAÇÃO OU SUPERINTENDENTE REGIONAL DA RECEITA FEDERAL

DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL

xxxxxxxxxx, pessoa jurídica de direito privado, constituída na forma de sociedade civil sem fins

lucrativos (doc. 01), com sede na Rua xxxxxxxxxx– São Paulo – CEP 01017-909, por seu

representante legal, seu Presidente xxxxxxxx, brasileiro, casado, funcionário público aposentado,

portador do RG n. xxxxxxxx inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº

xxxxxxxxx (doc. 03), telefone (11), inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) sob o nº

xxxxxxx (doc. 02), vem, na forma da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2 de maio de 2007, formular

CONSULTA

sobre a interpretação da legislação tributária relativa a tributo administrado pela Secretaria da Receita

Federal do Brasil (RFB), com o seguinte teor:

MODELO DE CONSULTA

45

I – DO OBJETO

A Consulente tem por intuito, por meio da presente Consulta, receber

orientação desta Entidade Fiscal, a fim de que esta responda quanto à sua

dispensa ou não à observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD –

Contribuições”, nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.

A suscitada dúvida tem por base, o fato da Consulente se tratar de uma

Associação (AFPESP), que é uma pessoa jurídica (entidade) imune ou isenta

ao IRPJ, a qual recolhe aos cofres púbicos, a soma dos valores mensais das

contribuições, em valor superior ao de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem como

por ter a incidência do PIS calculado sobre sua folha de pagamento e por não

possuir crédito de PIS/COFINS.

MODELO DE CONSULTA

46

I – DO OBJETO

A Consulente tem por intuito, por meio da presente Consulta, receber

orientação desta Entidade Fiscal, a fim de que esta responda quanto à sua

dispensa ou não à observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD –

Contribuições”, nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.

A suscitada dúvida tem por base, o fato da Consulente se tratar de uma

Associação (AFPESP), que é uma pessoa jurídica (entidade) imune ou isenta

ao IRPJ, a qual recolhe aos cofres púbicos, a soma dos valores mensais das

contribuições, em valor superior ao de R$ 10.000,00 (dez mil reais), bem como

por ter a incidência do PIS calculado sobre sua folha de pagamento e por não

possuir crédito de PIS/COFINS.

MODELO DE CONSULTA

47

II – DISPOSITIVO LEGAL QUESTIONADO

Instrução Normativa RFB 1.252/2012, artigos 4º e

5º;

Decreto 6.022/07, artigo 2º, sobre sua folha de

pagamento e por não possuir crédito de

PIS/COFINS.

MODELO DE CONSULTA

48

III - DOS FATOS

A Receita Federal do Brasil, por meio do SPED, instituiu mais uma obrigação tributária

acessória, através da Instrução Normativa RFB 1.052/2010, regulando acerca da

Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS e da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social - COFINS.

O SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, deriva do disposto no artigo 1.179 do

Código Civil e foi instituído pelo Decreto 6.022/07, sendo posteriormente regulamentado

por diversos atos infranormativos.

Ocorre, que com o advento de nova Instrução Normativa, cadastrada sob o nº RFB

1.252/2012, revogando o texto (IN RFB 1.052/2010), dispondo sobre Escrituração Fiscal

Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita, a referida

obrigação acessória passou a se denominar Escrituração Fiscal Digital das

Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições).

MODELO DE CONSULTA

49

IV – DO DIREITO

Para melhor elucidação ao caso em análise, se faz necessário que a Consulente

traga à baila os argumentos jurídicos e legais, conforme segue:

IV.1. DA NATUREZA JURÍDICA DA CONSULENTE

IV.2. SPED – CONCEITO

Trata-se de um Projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que faz

parte do Programa de aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-

2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco

e os contribuintes.

IV.3. EFD - CONTRIBUIÇÕES – CONCEITO

Conforme já mencionado nos fatos, por meio do SPED foi instituída mais uma

obrigação tributária acessória, através da Instrução Normativa RFB 1.052/2010,

regulando acerca da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS e da

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.

MODELO DE CONSULTA

50

IV – DO DIREITO

CABE DESTACAR, QUE TODOS OS ARGUMENTOS TRAZIDOS “A BAILA” ATÉ

O MOMENTO, “DEFENDEM” O POSICIONAMENTO DE QUE NÃO HÁ

OBRIGATORIEDADE PARA AS ENTIDADES IMUNES OU ISENTAS, DE

CUMPRIREM A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DE ENTREGA DO EFD-

CONTRIBUIÇÕES, COMO É O CASO DA CONSULENTE.

Contudo para prevenir e resguardar direitos, a Consulente requer, posição

fiscal, desta Coordenadora Geral de Tributação, quanto à questão, ora

suscitada, de forma a elucidar (responder) quanto à sua dispensa ou não à

observância do cumprimento à obrigação acessória, “EFD – Contribuições”,

nos termos da Instrução Normativa RFB 1.052/2010.

MODELO DE CONSULTA

51

V – DA DECLARAÇÃO

Por fim, a Consulente declara que:

não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou instaurado para apurar fatos

que se relacionem com a matéria objeto da consulta;

não foi intimado(a) a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; e

o fato exposto na consulta não foi objeto de decisão anterior (ou ainda não

modificada), proferida em consulta ou litígio em que foi parte.

São Paulo, XXX de novembro de 20XX

XXXXXXXXX

PRESIDENTE

RESPOSTA CONSULTA

52

RESPOSTA CONSULTA

53

CASO – IN SRF 247/2002

54

Receita Federal editou a Instrução Normativa SRF n. 247/2002, ainda, em vigência, que

determinou o conceito de receita derivada da “própria atividade” para fins de isenção da

COFINS, conferida às entidades sem fins lucrativos, a saber:

“Art. 47. As entidades relacionadas no art. 9º desta Instrução Normativa:

(...)

II – são isentas da COFINS em relação às receitas derivadas de suas atividades próprias.

(...)

§ 2º Consideram-se receitas derivadas das atividades próprias SOMENTE aquelas

decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei,

assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem caráter

contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao desenvolvimento dos seus

objetivos sociais”.

Art. 9º São contribuintes do PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários as seguintes

entidades:

(...) IV – instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que

preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;

SOLUÇÃO CONSULTA

55

“MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

2 º TURMA

ACÓRDÃO Nº 16-27983 de 25 de Novembro de 2010

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -

Cofins

EMENTA: COFINS. FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO. ATIVIDADES

PRÓPRIAS. ISENÇÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. INCIDÊNCIA. Estão

isentas de COFINS somente as receitas relativas às atividades próprias das

fundações de direito privado, assim entendidas as receitas decorrentes de

contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por lei,

assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem

caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao

desenvolvimento dos seus objetivos sociais, nas quais não se incluem,

evidentemente, as receitas de prestação de serviços que têm caráter

contraprestacional. Ano-calendário: 01/01/2004 a 31/12/2004”

Consulta Fiscal - Efeitos

Efeitos

Sim Não

Suspensão

“da mora”

Pendência – não

autuar

Decisão Vinculante-

Não opinião

Vinculante p/

Administração -

Contribuinte ir

Judiciário

Não competente

p/ consultar

Fato genérico

ou

Situações

hipotéticas

Não atendam

requisitos da

formulação;

Pessoas/entidades

desautorizadas;

Art.52

Dec. 70235/72

Sem

dispositivo legal

específico

56

Denúncia Espontânea

57

“Art. 138. A responsabilidade é excluída pela

denúncia espontânea da infração,

acompanhada, se for o caso, do pagamento

do tributo devido e dos juros de mora, ou do

depósito da importância arbitrada pela

autoridade administrativa, quando o montante

do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera

espontânea a denúncia apresentada após o

início de qualquer procedimento

administrativo ou medida de fiscalização,

relacionados com a infração”.

Denúncia Espontânea

Objetivo

Denúncia

Espontânea

Liberação

Situação

Infrator

Responsabilidade

Excluída -

Penalidade/Multa

58

Exclusão Multas +

Juros de Mora

59

• MULTA MORATÓRIA – NÃO PAGAMENTO

TRIBUTO;

• PAGA – TRIBUTO + JUROS

Posição Jurisprudencial

• REsp 957036 / SP RECURSO ESPECIAL 2007/0124861-8, Relator(a) Ministro CASTRO MEIRA (1125) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 26/08/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 25/09/2008

• Ementa - RECURSO ESPECIAL.TRIBUTÁRIO.CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURIDADESOCIAL. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. POSSIBILIDADE. (....)

• 3. A expressão "multa punitiva" é até pleonástica, já que todamulta tem por objetivo punir, seja em razão da mora, seja poroutra circunstância, desde que prevista em lei. Daí, ajurisprudência deste Superior Tribunal ter-se alinhado nosentido de que a denúncia espontânea exclui a incidência dequalquer espécie de multa, e não só a "punitiva", como quer orecorrente. 4. Recurso especial conhecido em parte e nãoprovido.

60

Pagamento Tributo

61

Pagamento Tributo“se for o caso”

INFRAÇÕES OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

PAGAMENTO IMEDIATO E INTEGRAL SOMENTE

DETERMINADO POR LEI

62

STJ – Denúncia x Pagamento Integral

• AgRg no Resp 1146818/SC

• AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2009/0123593-0

• Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 09/02/2010 Data da Publicação/Fonte DJE 18/02/2010

• PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.

DENÚNCIA ESPONTÂNEA. ART. 138 DO CTN. DÍVIDA TRIBUTÁRIA CONSTITUÍDA POR MEIO DE DCTF. AUSÊNCIA DO

PAGAMENTO INTEGRAL. ÓBICE À EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO - CND. (...)

• 6. Não se configura a denúncia espontânea nos casos de tributo declarado pelo

contribuinte (DCTF, GIA etc) e pago a destempo. Inteligência da Súmula n. 360 do STJ.

7. Para a caracterização do instituto da denúncia espontânea é necessário o

pagamento integral do débito tributário declarado por meio da DCTF. 8. Se não há

pagamento integral, não há denúncia espontânea e, por isso, não se exclui a multa

de mora. Essa é regra que se extrai do art. 138 do CTN em combinação com o art.

161 do CTN. 9. A tese da denúncia espontânea proporcional ao pagamento efetivamente

realizado configura inovação recursal, pois não trazida nas razões do recurso especial.

10. Agravo regimental não provido”.

63

Pagamento Parcelado

Súmula 208 do Tribunal Federal deRecursos:

“A simples confissão de dívida,

acompanhada do seu pedido de

parcelamento, não configura a denúncia

espontânea”.

64

Parcelamento

Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma econdição estabelecidas em lei específica.

§ 1°. Salvo disposição de lei em contrário, oparcelamento do crédito tributário não exclui aincidência de juros e multas”.

(alteração LC 104/2001)

65

STJ – Denúncia Espontânea

Débito Parcelado

• AgRg no REsp 989026 / ES

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL

2007/0220892-9 Relator(a) Ministra ELIANA CALMON (1114) Órgão Julgador

T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 16/12/2008 Data da

Publicação/Fonte DJe 17/02/2009 Ementa TRIBUTÁRIO - PROCESSO CIVIL

- AGRAVO REGIMENTAL - DENÚNCIA ESPONTÂNEA - PARCELAMENTO -

AÇÃO AJUIZADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LC 104/2001 - ART. 462 DO CPC

- CONSIDERAÇÃO DO DIREITO NOVO. 1. A superveniência do direito novo é

circunstância a ser considerada pelo julgador em qualquer fase ou instância

processual, principalmente nas instâncias ordinárias, razão pela qual é

irrelevante o ajuizamento da demanda antes do advento do novo art. 155-A do

CTN. Precedentes. 2. O pagamento parcelado não viabiliza a exclusão das

multas moratórias ou punitivas pela denúncia espontânea. Precedentes.

3. Agravo regimental não provido.

66

Tributos - Lançamento por

Homologação

• Art. 150 - O lançamento por homologação, que ocorre

quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito

passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio

exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em

que a referida autoridade, tomando conhecimento da

atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a

homologa.

• EX.: DCTF - GIA

67

Possibilidade D.E.

68

STJ – Denúncia Espontânea Tributo –Lançamento por Homologação

• AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 1043384 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTALNOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL2008/0066102-5 ,Relator(a) Ministra ELIANA CALMON (1114) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMAData do Julgamento 09/12/2008 Data da Publicação/Fonte DJe 26/02/2009

Ementa TRIBUTÁRIO - DENÚNCIA ESPONTÂNEA - TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO

POR HOMOLOGAÇÃO - DECLARAÇÃO DE TRIBUTOS APÓS O VENCIMENTO DA DÍVIDA,

MAS ANTES DE QUALQUER INICIATIVA DE FISCALIZAÇÃO PELO FISCO - AUSÊNCIA DE

IMPUGNAÇÃO OPORTUNA DO FISCO - VEDAÇÃO À INCURSÃO NA MATÉRIA FÁTICA -

RECONSIDERAÇÃO - CABIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - MANUTENÇÃO DA DECISÃO

AGRAVADA. 1. É ônus do réu a comprovação de fato impeditivo ao direito do autor, no caso a

declaração tributária. 2. Não abstraída a existência de declaração tributária no acórdão

recorrido, competia à parte interessada provocar a instância originária por meio do recurso

cabível, sendo vedado em recurso especial a incursão no acervo fático-probatório ou a adoção

de alegação da parte sem a comprovação respectiva. 3. Inexistindo prévia declaração tributária

e havendo o pagamento do tributo antes de qualquer procedimento administrativo, cabível a

exclusão das multas moratórias e punitivas. 4. Agravo regimental não provido. 69

CARF – Tributo declarado e não pago• Nº Recurso 140415

• Número do Processo 10680.002958/2002-57

• Turma 1ª Turma Contribuinte TELEMIG CELULAR S/A

• Tipo do Recurso Recurso de Divergência do Procurador - Negado Provimento Por Maioria

• Data da Sessão 09/03/2009 Relator(a) José Carlos Passuello

• Nº Acórdão CSRF/9101-00009 Tributo / Matéria CSL- que não versem sobre exigência de cred. trib. (ex.:restituição.)

• Decisão - Por unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar de não conhecimento dorecurso e, no mérito, por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso especial.Vencidos os Conselheiros Antonio Praga, Adriana Gomes Rego, Nelson Lósso Filho eCarlos Alberto de Freitas Barreto que deram provimento ao recurso. O Conselheiro AntonioPraga apresentará declaração de voto. Ausente justificadamente a Conselheira KaremJureidini Dias. Ementa

• Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL Exercício: 1999 Ementa: CSL -DENÚNCIA ESPONTÂNEA - ART. 138 DO CTN - Na situação em que o contribuinte,antes de qualquer intimação do fisco, espontaneamente recolhe o tributo devido enão declarado, é aplicável o art. 138 do CTN e não há que se exigir multa de mora.Recurso especial da Fazenda Nacional conhecido e improvido.

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Denúncia Espontânea

Divergências - Conclusões

PenalidadesExclusão

Multas

STJ

Moratória/

Punitiva

PagamentoPagamento

IntegralSTJ

Pagamento

“se for o caso”

Impossibilidade

Obrigações acessórias

STJ

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Denúncia Espontânea

Divergências - Conclusões

PagamentoImpossibilidade

ParcelamentoSTJ

Lançamentos

Por

Homologação

Possibilidade

D.E.

STJ

Tributos

Declarados

Não Pagos

Possibilidade

D.E.STJ

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Perda Espontaneidade

• “Art. 138. (....) Parágrafo único. Não se considera espontânea adenúncia apresentada após o início de qualquer procedimentoadministrativo ou medida de fiscalização, relacionados com ainfração”.

• Decreto 70.235/72:

• Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:

• I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente,cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;

• II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;

• III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

• § 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeitopassivo em relação aos atos anteriores e, independentemente deintimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.

• Parecer CST nº 2716/198473

Inicio Fiscalização

74

BIBLIOGRAFIA

1) Livro: Direito Processual Tributário – Processo Administrativo Fiscal

e Execução Fiscal à luz da Doutrina e da Jurisprudência

Autores: Leandro Paulsen, René Bergmann Ávila e Ingrid Schroder

Sliwka

Livraria do Advogado Editora

2) Livro: Processo Administrativo Fiscal Federal Comentado

Autores: Marcos Vinicius Neder e Maria Teresa Martinez López

Editora Dialética

BIBLIOGRAFIA

3) Livro: A Prova no Direito Tributário

• Autora: Fabiana Del Padre Tomé

• Editora Noeses

4) Livro: Processo Tributário – Teoria e Prática

• Autores: Vittorio Cassone e Maria Eugênia Teixeira Cassone

Jurídica Atlas Editora

BIBLIOGRAFIA

5) Processo Administrativo Fiscal – Controle Administrativo do Lançamento

Fiscal

• Autor: Sérgio Andre Rocha

• Editora Lumen Juris

6) Curso de Processo Administrativo Tributário

• Autor: Eduardo Domingos Bottallo

• Editora Malheiros