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Prótese Parcial Removível Prótese Parcial Removível Definição: Aparelho dento-suportável ou dento-muco-suportável destinado a substituir os dentes ausentes da arcada, restabelecendo a estética e função, que pode ser inserido e removido da boca pelo próprio paciente. Objetivos Protéticos Melhorar e estabilizar a boca juntamente com o aparelho protético, de tal forma que com o complexo vivo; (biológico), forme com o complexo mecânico (aparelho protético), uma unidade funcional estável (Unidade Biomecânica) que garanta um equilíbrio duradouro. A colocação dos dentes artificiais em substituir aos naturais ausentes, toda via, não é semelhante a uma simples solução de um problema mecânico, ela é muito complicada exigindo uma importância dos fatores biológicos que sempre circunscrevem e limitam os procedimentos mecânicos. Classificação da Arcada Parcialmente Desdentada Finalidade: - Diferenciar e facilitar a comunicação - Distinguir categorias Tipos de classificações: 1-Wild: baseado em fenômenos que ocorrem nas superfícies oclusais 2-Max-Müller: Baseado no funcionamento da P.P.R. na boca 3-Rumpel: baseado na transmissão de forças da P.P.R. durante a pressão da mastigação 4-Cummer: baseado na colocação dos grampos (mecânica) 5-Kennedy: Baseado na distribuição topográfica dos dentes remanescentes, mais utilizada atualmente. ETEc “Philadelpho Gouvêa Netto” São José do RioPreto - SP 1

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Prótese Parcial Removível

Prótese Parcial Removível

Definição: Aparelho dento-suportável ou dento-muco-suportável destinado a substituir os dentes ausentes

da arcada, restabelecendo a estética e função, que pode ser inserido e removido da boca pelo próprio

paciente.

Objetivos Protéticos

Melhorar e estabilizar a boca juntamente com o aparelho protético, de tal forma que com o

complexo vivo; (biológico), forme com o complexo mecânico (aparelho protético), uma unidade funcional

estável (Unidade Biomecânica) que garanta um equilíbrio duradouro.

A colocação dos dentes artificiais em substituir aos naturais ausentes, toda via, não é semelhante a

uma simples solução de um problema mecânico, ela é muito complicada exigindo uma importância dos

fatores biológicos que sempre circunscrevem e limitam os procedimentos mecânicos.

Classificação da Arcada Parcialmente Desdentada

Finalidade: - Diferenciar e facilitar a comunicação

- Distinguir categorias

Tipos de classificações:1-Wild: baseado em fenômenos que ocorrem nas superfícies oclusais

2-Max-Müller: Baseado no funcionamento da P.P.R. na boca

3-Rumpel: baseado na transmissão de forças da P.P.R. durante a pressão da mastigação

4-Cummer: baseado na colocação dos grampos (mecânica)

5-Kennedy: Baseado na distribuição topográfica dos dentes remanescentes, mais utilizada

atualmente.

CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY Classe I: desdentamento posterior bilateral - Prótese indicada: PPR

Classe II: desdentamento posterior unilateral - Prótese indicada.: PPR

Classe III: desdentamento limitado por dentes tanto os anteriores como os posteriores Prótese

indicada.: PPR ou PPF dependendo da extensão do desdentamento.

Classe IV: desdentamento anterior que cruza a linha mediana Prótese indicada.: PPR ou PPF

dependendo da extensão do desdentamento

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Prótese Parcial Removível

Regras de Applegate para Classificação de Kennedy 1. A classificação final só deverá ser realizada após as extrações indicadas

2. Segundos e Terceiros Molares ausentes que não serão repostos não devem ser incluídos na

classificação

3. Terceiro Molar utilizado como elemento suporte da prótese deve ser incluído na classificação

4. A área ou áreas desdentadas mais posteriores sempre determinam a classificação

5. As outras áreas desdentadas que passam a ser secundárias à que determina a classificação, são

denominadas modificações e são designadas por seu número

6. Nas modificações não e considerado a extensão do desdentamento

7. Não há modificação na classe IV de Kennedy

Moldagem e Elaboração de Modelos em P.P.R.Finalidade de Moldagem: necessidade de se obter uma impressão exata, detalhada das estruturas

dentais e rebordo residual do paciente.

Moldagem para PPR: deve registrar com precisão, tecido mole, a mucosa oral, ao mesmo tempo

que a substância dura (dentes remanescentes)

Esse procedimento é mais complicado do que em Prótese Total porque o contorno dos dentes é

irregular e a sua posição vertical varia com relação ao plano oclusal. Dificultando a inserção e remoção da

moldeira.

O material de moldagem deve fazer contato íntimo com as coroas dentais, resistir à distorção

momentânea ao retirar a moldagem da boca e ou modelos e voltar imediatamente à forma original sem

romper-se.

A elasticidade do material de moldagem é propriedade essencial que garante a fidelidade do

modelo de trabalho e cada detalhe de reprodução da boca ou modelo

Obs: Moldagem ou molde – ato clínico ou laboratorial – (o negativo)

Modelo – cópia positiva do que se moldou

Técnicas de Moldagem1- Sem Pressão ou Mucostática:É a técnica de impressão que não comprime a mucosa oral. Moldagens feitas com hidrocolóide

irreversível. (alginato)

2- Com Pressão Controlada ou Mucodonâmica:É a técnica de impressão na qual o tecido é comprimido (mucosa) ou deslizado de alguma forma

controladamente. Ex.: Moldagens obtidas com pasta zinco-enólica ( moldagens funcionais)

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Moldeiras Objeto ou dispositivo que serve para levar o material de impressão à boca ou modelo, sobre os dentes e

rebordo; e mantê-los em posição até que este tome presa ou geleifique .

Tipos de Moldeira1 - Moldeira de estoque: são moldeiras pré-fabricadas em alumínio ou aço inox e que estão à disposição

em casas de artigos odontológicos, em vários tamanhos, formas e preços. Dividem-se em totais e parciais,

ou em para dentados e desdentados e ainda em perfuradas e não perfuradas

Perfuradas Dentadas Não perfuradas TOTAIS Perfuradas Desdentadas Não perfuradas

MOLDEIRA

Perfuradas Dentadas

Não perfuradasPARCIAIS

Desdentadas Perfuradas

Não perfuradas

2 - Moldeira individual: são moldeiras preparadas especialmente para cada caso específico, sendo

confeccionadas em resina acrílica, godiva ou placa base.

Vantagens da Moldeira Individual: 1 - controle da espessura do material de moldagem.

2 - adaptação à superfície palatina evitando que o material deslize sem moldar esta área fundamental.

3 - reprodução exata dos bordos periféricos podendo estabelecer com exatidão os limites periféricos.

Modelos de P.P.R.

1- Modelo de estudo ou planejamento: são os modelos que são usados para fazer o plano de

tratamento, desenho e alterações dos dentes e servem como complemento de instrução ao laboratório

dental.

2- Modelo para confecção de Moldeira individual: usado para se fazer a moldeira individual

3- Modelo de trabalho: é aquele obtido após o preparo de boca.

4- Modelo refratário: é o obtido após duplicação do modelo de trabalho; é elaborado com material

refratário (revestimento).

5- Modelo de trabalho modificado: este modelo é obtido substituindo-se as áreas da base de extensão

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distal (extremidade livre) do modelo de trabalho, por aquelas obtidas por meio de moldagem funcional.

Nomenclatura dos elementos constituintes da unidade Biomecânica

A- SISTEMA DE SUPORTE: É um sistema composto com dentes naturais remanescentes e rebordos

residuais, onde nestes devem ser observados:

A¹ - Dentes:1- Anatomia dental: áreas retentivas ou não retentivas.

2- Distribuição: se os dentes estão colocados de forma puntiforme, linear, superficial, etc.

3- Fisiopatologia do periodonto: relação coroa-raiz

4- Plano oclusal

A² - Rebordo alveolar: nestes devem ser observados os seguintes itens:

1- consistência

2- forma

3- altura

4- estilo de reabsorção

B- SISTEMA DE RETENÇÃO: este sistema tem a função de impedir que a prótese uma vez instalada

sofra movimentos no sentido cérvico-oclusal.

Grampo: vários tipos e formas

C- SISTEMA DE CONEXÃO: as estruturas que fazem parte desse sistema têm a função de unir as

diversas estruturas da PPR; são eles:

C.1.- Conector maior - conectam os elementos da prótese cruzando a linha mediana.

(necessariamente)

C.2.- Conector menor - conectam os elementos da prótese com os conectores maiores.

D- SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO: este sistema tem a função de impedir que a prótese, durante a

função, sofra movimentos de intrusão, horizontais ou de rotação. Seus componentes são basicamente:

apoio, que podem ser:

o oclusais,

o incisais,

o cingulares,

o cingulares em resina composta

elementos de estabilização (estabilizadores),

conectores maiores

retentores indiretos.

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E- SISTEMA DE DENTES ARTIFICIAIS: é composto de:

E.1.- Dentes artificiais:- são comprados(de estoque) ou construídos por técnicos em prótese dentária,

podem ser: acrílico ou resina,

porcelana ou cerâmica

metálico

Metaloplástico

Metalocerâmico

E.2.- Sela ou base da prótese: estrutura da PPR, confeccionada na grande maioria das vezes em

resina acrílica e que faz contato íntimo com o rebordo residual.

SISTEMA DE SUPORTE

AVALIAÇÃO DENTAL

Anatomia dental: áreas retentivas ou não retentivas. Essa análise é feita com a ajuda do

delineador e deve-se observar além das retenções, a estrutura desse dente, seu estado no gesso, formatos,

acidentes anatômicos etc.

Distribuição: se os dentes estão colocados de forma puntiforme, linear, superficial, etc. Esse item

diz respeito à distribuição desse dentes no longo eixo do rebordo residual, pois esta distribuição determinará

futuramente o plano para a trajetória de inserção dentre outras informações.

Fisiopatologia do periodonto: relação coroa-raiz. Esse item deve ser observado pelo C.D.

observando não só a relação coroa-raiz, mas como também à sua implantação no rebordo residual através

de radiografias e outros exames complementares.

Plano oclusal: item importante principalmente no que diz respeito à posição de algumas estruturas

da estrutura metálica e na futura posição de dentes artificiais.

AVALIAÇÃO DE REBORDO RESIDUAL

Neste item precisamos avaliar os tipos de rebordo e as suas resiliências

Tipos de rebordo1-Rebordo residual paralelo: é aquele que apresenta a sua parte de suporte principal paralela ao plano

oclusal dos dentes artificiais da prótese

2-Rebordo residual ascendente para distal: é aquele que apresenta sua parte de suporte principal e o plano

oclusal dos dentes artificiais da prótese convergentes para distal

3-Rebordo residual ascendente para mesial: é aquele que apresenta sua parte de suporte principal e o

plano oclusal dos dentes artificiais da prótese convergentes para mesial.

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Prótese Parcial Removível

4-Rebordo residual côncavo: é aquele que apresenta sua parte de suporte principal côncava em relação o

plano oclusal dos dentes artificiais da prótese.

Variações morfológicas do rebordo1-Rebordo residual normal: é aquele cuja secção transversal apresenta-se como um triângulo equilátero.

2-Rebordo residual alto: é aquele cuja secção transversal apresenta-se como um triângulo isósceles.

3-Rebordo residual baixo ou reabsorvido é aquele cuja secção transversal apresenta-se como um triângulo

isósceles, no qual a base do rebordo forma o lado maior da figura

4-Rebordo residual estrangulado é aquele cuja secção transversal apresenta-se estrangulada situada

intermediariamente entra a sua base e o seu ápice.

5-Rebordo residual em lâmina de faca: é aquele cuja secção transversal apresenta-se como um triângulo,

cujo o ápice é bastante agudo.

Variações de Resiliência do rebordo.1-Rebordo residual duro: fibromucosa que o reveste bastante fibrosa e densa, sofrendo pequena alteração

de volume quando comprimida por forças mastigatórias; menos forças torcionais no dente pilar.

2-Rebordo residual compressível: fibromucosa que o reveste menos fibrosa e densa, sofrendo uma

alteração de volume quando comprimida por forças mastigatórias.Um pouco de força torcional no dente

pilar.

3-Rebordo residual flácido: fibromucosa que o reveste menos fibrosa e densa, do que o tipo compressível

sofrendo grande alteração de volume quando comprimida por forças mastigatórias. Alto índice de força

torcional no dente pilar; necessidade de ferrulização dental.

SISTEMA DE RETENÇÃO

Grampos:- são elementos retentores, programados para conferir retenção e estabilidade a PPR,

impedindo sua movimentação no sentido gengivo-oclusal e lateral. Fundamentalmente, o grampo constitui

o sistema mecânico de retenção destas próteses contribuindo secundariamente para estabilizá-las. Os

grampos, além de serem elementos componentes dos retentores, participam apenas para determinar

condições de retenção e posteriormente de estabilização, não tomando parte ativa para com suas

condições de suporte.

Elementos Fundamentais dos Grampos: O grampo é constituído por apoio (sistema de estabilização),

braço de retenção ou retentivo e braço de reciprocidade ou oposição ou ainda estabilização. O sistema de

retenção para os retentores extra-coronários é constituído basicamente por grampos e a programação de

dois braços antagonistas, um por vestibular e outro por palatino ou lingual, tem a finalidade de estabelecer

uma contraposição de forças que se anulam reciprocamente, quer de modo estático, quando se analisa a

condição de assentamento da PPR na boca do paciente, quer dinamicamente quando se propõe esta

análise durante a sua retirada e reposicionamento, ou quando esta é acionada funcionalmente (sistema

mastigatório).

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Prótese Parcial Removível

Tipos de Grampo: 1- Quanto à sua Elaboração : os grampos podem assumir formas conforme o material utilizado para a sua

confecção:

a) grampo fundido - é o grampo no qual o TPD encera, inclui e funde realizando posteriormente um

acabamento (polimento); geralmente em ligas de cromo-cobalto ou ouro.

b) grampo forjado - é aquele que é pré-fabricado por empresas ou por pessoas que lidam com a

odontologia, geralmente em aço ínox. (grampos de aparelho ortodônticos)

c) grampo combinado - é aquele o qual um dos braços é fundido e o outro forjado, unidos por ponto

de solda.

2- Quanto ao seu Desenho : os grampos nesta classificação recebem os nomes de acordo com o tipo do

seu desenho, basicamente em Ackers e Roach

a) grampo circular simples.

b) grampo circular de acesso invertido

c) grampo tipo barra:

c.1. - em forma de t

c.2. - em forma de 7

c.3.- em forma de i

c.4.- em forma de u

c.5.- em forma de y

d) grampo anelar

e) grampo circular duplo ou geminado

f) grampo M.D.L. ou y modificado

g) grampo A.P.I.

h) Jackson-crib: abertos e fechados

ENCERAMENTO

A) Enceramento do braço de retenção: o braço de retenção deve ser encerado de uma forma fina e

afunilada e sua ação deve estar abaixo da linha do equador protético, onde se localizam duas

retenções.

B) Enceramento do braço de reciprocidade: o braço de reciprocidade deve ser encerado de forma

grossa e arredondada e sua ação deve estar na linha do equador protético ou ligeiramente acima (área

expulsiva). Os braços de reciprocidade constituem os dispositivos programados para proporcionar

ação de oposição ao braço de retenção e este último, ação de oposição às forças desenvolvidas

durante as atividades do sistema mastigatório que tendem a deslocar a PPR de sua posição de

assentamento funcional tentando deslocar a peça no sentido cérvico-oclusal.

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MECANISMOS DE RETENÇÃO DOS BRAÇOS DE RETENÇAO

A) Ação de relacionamento da ponta ativa do grampo - é realizada de duas formas:

1.- Ação de abraçamento: é caracterizada pelo contato que o braço mantém em toda a sua extensão,

com o dente pilar. O corpo do braço, mais espesso e menos flexível, somente apresenta contato com o

dente pilar quando o grampo está em posição. A parte ativa, mais fina e flexível, se relaciona em toda a

sua extensão com a área retentiva do dente pilar, localizada abaixo do equador protético ( a maior ou

menor flexibilidade é que determina o seu poder de retenção)

2.- Ação de Ponta: na retenção por ação de ponta, apenas as pontas do braço de retenção,

apresentam ação ativa de retenção, através do contato que estabelece com as áreas retentivas do

dente pilar, as outras partes do braço não se relacionam ativamente com a superfície do dente. As

pontas ativas unem-se a uma haste denominada barra, que irá por sua vez, conectar-se na grade

retentiva da sela ou na união desta com o conector menor. Essa barra confere a flexibilidade para o

grampo, devendo ser completamente aliviada, tanto dos tecidos dentais como da mucosa alveolar, com

os quais se relacionam.

B) Ação elástica do grampo - o segundo fator que influencia a ação de retenção dos braços de retenção,

diz respeito às propriedades físicas que determinam o grau de flexibilidade do grampo. Quanto mais

flexível for o grampo, menor a sua retenção.

1.- Fatores que influenciam a flexibilidade do grampo: - 1a espessura do grampo : a flexibilidade é inversamente proporcional à espessura do grampo.

Quanto mais espaço, menos flexível (maior será sua ação retentiva, existindo maior risco de

imposição de forças laterais sobre os dentes pilares).

-1b comprimento do braço: a flexibilidade é diretamente proporcional ao comprimento do braço,

quanto mais comprido for o braço maior será a sua flexibilidade.

-1c secção transversal do braço: a flexibilidade depende do tipo de secção transversal do braço,

que podem ser: meia-cana, triangular, arredondado.

-1d tipo de liga (fundição) a flexibilidade do braço também depende do tipo de liga usado para

confeccionar o braço. Modulo de elasticidade das ligas de cromo-cobalto é aproximadamente o dobro

do módulo da liga de ouro, assim, braços feitos com cromo-cobalto, mostram-se mais retentivas que

o de ouro.

-1e Tratamento térmico: choques térmicos podem suavizar a têmpera do metal deixando-o mais ou

menos flexíveis

-1f calibragem : Esse item se resume à quantificação de flexibilidade que o T.P.D. necessita em dar

à peça usando de uma certa maneira todos os itens descritos acima.

BRAÇO DE RECIPROCIDADE OU ESTABILIZAÇÃO:

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São braços rígidos, largos oclusais, gengivalmente e que se conectam com toda extensão ao dente

pilar; este braço tem por função principal proporcionar a estabilização do dente pilar e secundariamente em

conjunto com outros elementos da prótese auxiliar na sua estabilização em relação a esse dente. Estas

condições são dependentes da rigidez oferecida por este tipo de braços e dependem basicamente dos

mesmos quatro fatores do braço de retenção (espessura do grampo, comprimento do grampo, secção

transversal do braço e tipo de liga da fundição.

CARACTERÍSTICAS IDEAIS DO GRAMPO:

1.-Retenção: característica dada pelo braço de retenção, dada por ação de abraçamento ou de ponta ativa

2.-Estabilização: A resistência mecânica e da composição de metal devem garantir tal característica.

3.-Suporte: Característica ditada pelo apoio do grampo onde este deve juntamente com os braços onde se

grampo deve se alojar limitando de tal forma o movimento ocluso-gengival.

4.-Circunscrição: Um grampo na sua estrutura deve abranger no mínimo 189 graus de circunferência para

que a característica de circunscrição seja efetiva: ideal 270 graus.

5.-Reciprocidade : Item garantido pelo braço de reciprocidade e este sim deve contrabalancear as forças

aplicadas pelo braço de retenção quando este estiver percorrendo a zona de ação global

6.-Passividade: Os braços do grampo pelas suas características fisicas e anatômicas devem permitir, cada

qual à sua função um grau de passividade para que o grampo sofra uma resiliência e percorra a zona de

ação global (expulsiva e retentiva).

Fatores a serem considerados no desenho dos grampos:

1.-Retenção: Deve ser observado se há presença ou não de retenção (calibradores)

2.-Retenção vestibular x retenção lingual: Observar qual o lado onde se encontra a retenção(M-V-D-P,

L)

3.-Quantidade de retenção: feita através de calibradores (grande-média-pequena)

4.-Quantidade de grampo: (depende da área anodôntica, presença ou não de interferências,

possibilidades periodontais e estéticas.

5.-Ferrulização: (união de grampo): Necessidade de estabilização dental ou de maiores retenções

6.-Estética: se há ou não prejuízo de estética ou não

Princípios para a seleção de grampo

1.- tipo de dente pilar (molar, canino, etc.)

2.- superfície do dente (lingual ou vestibular)

3.- superfície retentiva favorável - vestibular ou lingual

4.- estética: sorriso e posicionamentos estéticos

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SISTEMA DE CONEXÃO E ESTABILIZAÇÃO

Conector MaiorÉ a unidade da prótese que une os diversos elementos estruturais da PPR, cruzando a linha mediana

Características Gerais do Conector Maior

Elemento que une todos os elementos que compõe o aparelho removível, deve ser rígido e não deve

dobrar com facilidade. Devem ser resistentes à torção e respeitar os tecidos moles e o tecido subjacente,

assim como tecidos gengivais , periodontais, suturas médias ou rafe palatina, tórus, etc. Um conector maior

superior corretamente desenhado, além de proporcionar a união dos elementos estruturais e conferir

suporte, contribui tanto na estabilidade como na retenção da prótese (em menor escala). A quantidade de

retenção, estabilidade e suporte obtidos é diretamente proporcional à quantidade de superfície recoberta

pelo conector maior.

Critérios para a Seleção do conector Maior1.- presença de tórus palatino - dependendo do tamanho, forma e posição.

2.- necessidade de substituição dos dentes anteriores

3.- necessidade de estabilizar dentes debilitados

4.- consideração fonética - evitar quando possível a região de rugosidade palatina.

5.- considerações fisiológicas- evitar a área de papila incisiva

6.- considerações estéticas: presença ou não de diastemas

Tipos de Conector Maior Superior:

1.- Barra palatina simples- para substituir um ou mais dentes de cada lado da arcada.

- Quando os espaços desdentados são limitados por dentes

- Quando a necessidade de suporte palatino é mínima

2.- Barra palatina dupla ou Ântero-posterior- Quando os dentes pilares anteriores e posteriores estão muito separados

- Quando em presença de tórus palatinos.

3.- Conector Maior Superior em Forma de "U"

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Prótese Parcial Removível

- Para substituir dentes anteriores

- Presença de tórus problemáticos

4.- Conector Palatino Completo- classe I de Kennedy

1º Detalhe :- recobre todo o palato, por isso contribui ao máximo para o suporte da prótese, fazendo com

que:

1- haja ampla distribuição na carga funcional, de modo que a quantidade de carga suportada por cada

unidade de superfície seja mínima.

2- Ao aumentar a carga coberta, haverá menor movimento da base da prótese em função.

2º Detalhe :- dois tipos: totalmente metálico ou metalo - plástico

3º Detalhe :- o peso pode ser um grande incoveniente quando o total metálico for usado.

CONECTOR MAIOR INFERIOR

Não contribui de forma no suporte da prótese, pois os processos residuais mandibulares

proporcionam menos suporte, havendo necessidade de retenção indireta para estabilizar a prótese.

Critérios para a Seleção do Conector Maior Inferior1.- necessidade de retenção interna via conector maior

2.- estabilidade horizontal e distribuição de forças

3.- considerações anatômicas:

- Tórus mandibulares

- Freio lingual

4.- estética - presença ou não de diastemas (falta de ponto de contato entre os dentes)

Tipos de Conector Maior Inferior

1.- Barra lingual - indicação = a maioria dos casos

2.- Barra lingual dupla ou dupla Kenedy - também conhecido no meio técnico como grampo de

Kennedy – teoricamente teria também função de retenção (somente a indireta) indicação = casos de

classe I, ou onde a retenção indireta se faça necessária.

3.- Barra lingual dupla descontínua - indicação = casos de classe I de Kennedy, onde haja necessidade

de retenção indireta e em pacientes com diastemas.

4.- Placa lingual - indicações : a) presença de tórus mandibulares

b)freio lingual demasiadamente alto

c)estabilizador de dentes abalados periodontamente.

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Prótese Parcial Removível

5.- Placa lingual descontínua - indicação = as mesmas de placa lingual, só que para pacientes com

diastemas.

Detalhes estruturais de Conector Maior Inferior:

1.-Rigidez

2.-Contato com a margem gengival (o conector maior inferior não deve invadir essa área)

3.-Contorno de Bordas arredondado

Enceramento de Conectores Maiores Superiores O conector maior superior deve ser encerado de uma forma que a quantia de cera seja suficiente

tanto em largura como espessura e que depois de fundida preencha os requisitos necessários para

possibilitar rigidez, etc. Além disso deve respeitar os tecidos moles aliviando-se algumas áreas dentre elas

arborescência palatina e papila incisiva para que isso não cause incomodo ao paciente. Deve possuir uma

superfície lisa e todos os contornos devem ser arrendondados, além de respeitar os tecidos gengivais

ficando a uns 3 a 4 mm de distância da gengiva marginal.

Inferiores: respeitam da mesma forma os tecidos moles, mantendo sempre contornos

arredondados e com espessuras e larguras condizentes.. A única diferença é que aqui existe um freio

lingual que deve ser corretamente aliviado, e também sabermos que as estruturas inferiores ( bucais)

são um pouco mais sensíveis do que a superior devido ao posicionamento de vasos e nervos.

CONECTORES MENORES

Definição:- é o elemento que une o conector maior aos demais elementos que constituem a PPR

Tipos: a) localizado entre dois elementos pilares

b) localizado adjacente à área anodôntica

Características:1.- rígido

2.- resistente

3.- não volumoso

EnceramentoAqui temos por média que a espessura e largura dos conectores menores geralmente é

metade da espessura e largura dos conectores maiores. Da mesma forma devem ser arrendondados, com

superfícies lisas para que as características sejam preenchidas

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Prótese Parcial Removível

ESTABILIZADORES

São dispositivos que geralmente são encerados nas proximais dos dentes e estabelecem um

contato íntimo entre a Prótese Parcial Removível e o sistema de suporte “dentes implantados” onde este

contato proporciona uma estabilidade extra no sentido horizontal, impedindo com que forças laterais ajam

nos dentes causando forças torcionais.

Enceramento: São também estruturas importantes que devem possuir contornos arredondados e que

devem ser encerados com cuidado porque pelo seu pequeno volume (mas de grande valia) podem levar a

falhas na fundição.

REDE DE RETENÇÃO

Rede de retenção: definição - é a porção da PPR que retém resina acrílica da base da prótese e os dentes

artificiais na estrutura metálica.

Tipos de Rede:a) malha coberta

b) em forma de rede

c) em forma de botão

d) pré fabricados

Enceramento: com espessuras e larguras condizentes com o tamanho do rebordo residual, geralmente são

estreitas e finas, mas como todas estruturas arredondadas e com superfície lisa para facilitar a fundição,

mas que ao final serão superfícies rugosas, para proporcionar uma maior retenção com a resina acrílica,

não estabelecendo simplesmente um união química, mas como também mecânica.

TOPES TISSULARES

Definição: É a porção da PPR que tem a finalidade de impedir a deformação da estrutura metálica na

prensagem da prótese. Também são chamados de stops ou pontos de parada posterior. Estes pontos são

colocados (encerados) além da zona de alívio e tem por finalidade criar um segundo ponto de suporte para

que a força aplicada na hora da prensagem da resina acrílica não distorça (deforme) a estrutura metálica

desadaptando-a. Pouco usada pela grande maioria dos T.P.D. e o seu enceramento é simples, de forma

geralmente em gota ou meia lua, mas encerados onde o alivio em cera não foi realizado.

LINHA DE TÉRMINO – FINISH LINE

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Prótese Parcial Removível

Definição: São linhas ou até depressões feitas no enceramento que tem a função de criar uma linha de

término entre metal polido e o não polido delimitando uma perfeita adaptação da resina com o metal não

criando degraus, e permitindo uma superficie mais lisa. Estrutura finíssima e que deve ser lisa para facilitar

a inclusão e fundição.

SISTEMA DE DENTES ARTIFICIAIS

Neste sistema fazem parte também as selas que sãos os elementos da P.P.R. que preenchem o

espaço protético, reconstruindo funcional e estéticamente, os tecidos ósseos e mucosos alterados pela

perda dental e servindo ainda para base de fixação dos dentes artificiais

Tipos de sela:1 - Metálica: geralmente usada em pequenos espaços anodônticos

2 - Metalo-plástica: Um boa quantia de metal (geralmente composto pela rede da estrutura metálica) e uma

segunda parte de resina preenchendo as superficies do rebordo residual

Funções da sela:1- Transmissão de forças do ato mastigatório dos dentes até à base do crânio onde estas forças são

dissipadas

2- Evitar impactação alimentar preservando desta forma as papilas adjacentes ao espaço anodôntico

3- Evitar injúria e desconforto: a perfeita adaptação da sela ao rebordo residual, respeitando os limites da

área chapeável e musculatura para-protética impede a penetração de alimentos sob a mesma, o que

resultaria em desconforto para o paciente e injúria aos tecidos subjacentes

4- Favorecer a estética e a fonética; através do preenchimento pela resina acrílica, reconstruindo os

tecidos perdidos do espaço protético, e juntamente com a correta colocação dos dentes artificiais

devolveremos ao paciente a estética (reposicionando lábios e músculos) e favorecer a própria fonética.

Fatores que regem o tamanho da sela1- tamanho da área anodôntica

2- tipo e condição dos dentes pilares adjacentes

3- Próteses de extremidade livre ou não

4- Tipos de rebordos

5-

Avaliação dos dentes superficiaisOs dentes que farão parte do sistema podem ser de diversos materiais conforme a necessidade de

alguns fatores, descritos logo a seguir, mas geralmente são de resina acrílica(dentes de estoque),

cerâmicos, metalo-plásticos ou totais metálicos.

Fatores que regem a necessidade de um ou outro tipo de dente:01-Necessidade de estética mais refinada

02-Necessidade de maior função do que estética

03-Bruxismo

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Prótese Parcial Removível

04-Tamanho de mesa oclusal

05-Oclusão

06-Custo - US$

PROCEDIMENTO PARA A MODIFICAÇÕES DOS DENTES(PREPARO DE BOCA)

São preparos ou mudanças nas superfícies dentais que irão de alguma forma auxiliar ou aumentar

suporte, retenção, estabilidade e distribuição de forças.

Finalidades:Preparar os dentes que irão receber, os grampos de maneira que o apoio dirija as forças segundo o

longo eixo dos dentes.

1) Inserir e remover a PPR sem provocar forças torcionais nos dentes pilares.

2) Eliminar interferências.

3) Criar retenções adicionais quando necessário.

Essas modificações fazem parte do plano de tratamento e planejamento e devem ser realizadas

pelos dentistas.

I--Nicho

Preparo da superfície oclusal, incisal ou cingular que visa criar suporte p/ o apoio evitando c/ que a

prótese sofra movimentos oclusos – cervicais, sua outra função é fazer com que o nicho transmita as forças

de mastigação e laterais para e no longo eixo do dente evitando problemas torcionais e mantendo a saúde

do periodonto.

O nicho geralmente tem forma de uma colher ou triangular e sua profundidade nunca passa

de esmalte. O preparo para nicho em restauração de amálgama e resina composta deve ter uma

profundidade de 1,0 à 1,5 mm e depende única e exclusivamente da restauração. O nicho de grampo

geminado chama-se canaleta (posteriores) ou lâmina (anteriores) e há necessidade de um desgaste maior

da estrutura dental sobre o plano de contato. O apoio em lâmina tem a função de unir dois dentes mono-

radiculares, mais fracos, transformando-os em um dente mais forte e dividir as forças mastigatórias p/ um

novo centro de rotação que se forma agora entre as 2 raízes. A 3º função do nicho é criar espaço p/ o apoio

da PPR p/ que não haja interferências oclusais quando esta estiver assentada (PPR).

Os tipos de nicho são:

1. Oclusal

2. Cingular

3. Incisal

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Prótese Parcial Removível

4. Cingular em resina composta

A seleção da posição do nicho depende:

I. Da superfície do dente.

II. Da área anodôntica.

III. Do tipo de dente.

IV. Da presença ou não de restaurações.

Regra geral p/ colocação de nicho (apoio):

1-) Classes de Kennedy cercadas por dentes o nicho deve ser colocado na região mais próxima da área

anodôntica

2-) Classes de Kennedy de extremidade livre coloca-se nicho no dente adjacente em uma região mais

afastada da área anodôntica, transformando-se alavanca tipo 1 em tipo 2.

Topografia dos apoios da P.P.R.Visa restaurar a topografia do dente de maneira a torná-la idêntica a que existia antes da

preparação do nicho. É aqui que o enceramento é importante, pois irá restabelecer a função oclusal

mantendo a topografia do dente e satisfazendo a função mastigatória da mesma forma. A espessura

dependerá da profundidade do nicho.

II Desgaste p/ aumentar a retenção

São desgastes realizados, em esmalte em forma de círculo, trapézio, etc. que tem por função

aumentar a zona de ação global de retenção do dente. Além dos desgastes, podem ser feitos também

restaurações que visam modificar o equador protético e criar assim uma zona de retenção. Profundidade do

desgaste é só na área do esmalte.

III Modificação do contorno dos dentes visando eliminar interferências

São desgastes realizados visando a alteração de contorno (equador protético) objetivando a

eliminação da interferência e facilitando a ação dos componentes da PPR.

IV Plano guia -- P.G.

São faces paralelas ou que podem se tornar paralelas e que vão auxiliar na inserção e remoção da

PPR, permitindo uma entrada e saída passivas

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Prótese Parcial Removível

Elaboração de Plano guia : depois da verificação da trajetória de inserção inicial; verificar-se as

faces próximas da área anodôntica e os dentes que irão receber os grampos estão paralelos.

Dependendo da convexidade nas faces há necessidade mudar o contorno p/ facilitar a inserção e

remoção da PPR. Dependendo dessa posição talvez não se possa mudar o contorno devido a fatores

estéticos, de retenção e interferências havendo a necessidade de alterar a trajetória de inserção inicial; tudo

isso é feito c/ o delineador em busca de uma trajetória de inserção ideal.

Esse tipo de preparo é transferido a boca através de um “guia de transferência” feito em resina

acrílica.

Princípios para o desenho das P.P.R.

Finalidade: Discutir os aspectos que são comuns aos diferentes planejamentos

Considerações mecânicasDesenho

Considerações biológicas

Objetivo: Produzir uma unidade Biomecânica

Princípio fundamental: uma consideração baseada em evitar os efeitos de alavanca e de plano inclinado

devem nortear de modo incisivo os nossos desenhos

Biomecânica dos Aparelhos Protéticos Bio-mecânica dos Aparelhos Parciais Fixos

-prótese dento-suportada: sem carga de torção

Bio-mecânica dos Aparelhos Parciais Removíveis

-prótese dento-suportada: sem carga de torção

-prótese dento-muco-suportada: alavanca gerando carga de torção

Alavanca: barra rígida suportada em algum lugar entre suas extremidades. Ex: Gangorra

Plano Inclinado: Superfícies inclinadas gerando carga de torção. Ex: Escorregador

Distribuição da carga funcional

Ampla distribuição de força

suportada por cada elemento

Fatores que influenciam na intensidade das forças transmitidas aos dentes pilares.1- Tamanho do espaço anodôntico

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Prótese Parcial Removível

2- Qualidade do rebordo

3- Sistema de retenção

4- Oclusão

Desenho da P.P.R. visando o controle das forças1- Sistema de retenção - grampos

-Adesão

-Pressão

-Fricção

-Controle neuromuscular

2 . Colocação estratégica dos gramposRegra geral: o grampo deve ser posicionado nos dentes adjacentes às áreas anodônticas e com os

apoios próximos à essas áreas (retentores diretos). Exceção: Próteses Parciais de extremidade livre.

3- Grampo combinado: mais flexível

4- Apoio fisiológico: fornecido pelo contato entre a sela e os tecidos moles

5- Retenção indireta: mecanismo estabilizador que imp4de o movimento em torno da linha de fulcro.

Linha de Fulcro: centro de rotação quando a extremidade livre aproxima-se ou afasta-se do

tecido de suporte sob o efeito da aplicação de cargas oclusais. É determinado pelos 02 apoios

principais.

Posicionamento do retentor indireto: na maior perpendicular traçada à linha de fulcro.

6- Oclusão: harmonia e redução da mesa oclusal ao mínimo necessário

7- Base da prótese: íntimo contato para proporcionar apoio fisiológico e maior extensão possível

Regra para o posicionamento do apoio em relação à extremidade livre: afastado da área anodôntica –

transforma alavanca tipo 1 em alavanca tipo 2

DELINEAMENTO

Passos clínicos e laboratoriais

1- Exame clínico

2- Exame radiográfico

3- Confecção de modelos de estudos

4- Montagem em articulador

5- Trabalho no próprio delineador

Finalidade: determinar a área ou áreas das superfícies dentais ou não dentais, que estarão aptas a

receber e acomodar a peça visando alguns princípios mecânicos e biológicos onde os sistemas mecânicos

apenas servirão em função sem alterar os princípios biológicos formado a tão esperada unidade bio-

mecânica.

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Prótese Parcial Removível

Equador Protético: Linha de maior contorno dental resultante, ou dependente, da inclinação do

modelo em relação à ponta do delineador.

Delineador dental: Instrumento para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superfícies

dos dentes ou outras partes de um modelo do arco dental.

Trajetória de inserção: É direção segundo a qual a prótese se move de um ponto de contato inicial

entre suas partes rígidas e os dentes suportes até uma posição terminal de repouso com apoios assentados

e a base em contato com os tecidos moles ou não.

Trajetória de remoção: É direção segundo a qual a prótese se move de uma posição terminal de

repouso com apoios assentados e a base em contato com os tecidos moles ou não até o primeiro contato

estabelecido na trajetória de inserção inicial.

DELINEAMENTO DO MODELO DE ESTUDO - OBJETIVOS1- Determinar a trajetória de inserção mais aceitável que eliminará ou reduzirá a um mínimo a interferência

na colocação e remoção da prótese

2- Identificar as superfícies axiais dos dentes que são, ou que podem ser tornadas paralelas com a

finalidade de agir com plano guia durante a inserção e remoção da prótese.

3- Localizar e medir área dos dentes que devem ser utilizadas como retenção.

4- Determinar se algum fator externo ao arco (fator este que pode ser as próprias estruturas da P.P.R. ) que

podem atrapalhar a estética do caso.

FATORES DETERMINANTES DA TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO IDEAL1- Planos guias

2- Áreas retentivas

3- Interferências

4- Estética

Métodos de determinação de trajetória de Inserção inicial1- Método de Nichols: Método dos dois lápis

2- Método de Roth: Método das bissetrizes

3- Método dos Três Pontos: Método dos três ou mais pontos

Esses métodos tem a finalidade de iniciar o delineamento estipulando um plano de inserção e remoção

protética visando o controle de forças torcionais facilitando para o próprio paciente a colocação e remoção

da peça; tudo isso sem levarmos em considerações os fatores determinantes da trajetória de inserção ideal.

Trajetória de Inserção inicial: Trajetória que a peça protética por ventura possa ocupar se os fatores

determinantes da trajetória de inserção ideal forem satisfeitos. Trajetória totalmente regulável e controlável.

Trajetória de Inserção Ideal: É a direção de inserção da P.P.R.; ou seja, é a inclinação do modelo em

relação à ponta do delineador, que satisfaz o maior número de fatores determinantes da trajetória de

inserção estipulando a trajetória definitiva de colocação e retirada da P.P.R.

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Prótese Parcial Removível

REGISTRO DA TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO IDEAL

Este procedimento tem por finalidade a marcação da trajetória de inserção ideal para que em uma

posterior suposta checagem da trajetória não se precise mais fazer o delineamento do caso inteiro.

1- Método do Pino metálico

2- Método dos pontos em um plano

TRANSFERÊNCIA DAS TRAJETÓRIAS DE INSERÇÃO IDEALDO MODELO DE ESTUDO PARA O DE TRABALHO

Este ato tem a função de registrar no modelo de trabalho todas as informações obtidas no modelo

de estudo durante o delineamento sem que voltemos a delinear, e no caso o modelo de trabalho.

1- Método da Bolacha em Resina Acrílica

2- Método dos pontos análogos

SEQUÊNCIA PARA O DELINEAMENTO

1- Posicionamento do modelo pela trajetória de inserção inicial ( aqui usaremos o método dos três ou mais

pontos)

2- Análise dos fatores determinantes da trajetória de inserção (plano guia, retenção, interferência e

estética)

3- Alteração da inclinação inicial do modelo, se necessário, até satisfazer os fatores determinantes da

trajetória .

4- Localização e demarcação das retenções, planos guias e supostas interferências.

5- Obtenção da trajetória de inserção ideal

6- Traçado do equador protético

7- Cimentação do pino metálico para o registro da trajetória de inserção.

8- Realização dos planos guias e desgastes de modificação de contorno para orientação do cirurgião-

dentista quando dos desgastes das estruturas bucais.

9- Envio ao C.D.

10- Preparo de boca realizado pelo C.D. e moldagem do arco em questão para obtenção do modelo de

trabalho.

11- Vazagem do modelo de trabalho (sempre com gesso pedra melhorado – Tipo IV inicialmente e base em

gesso pedra

12- Recorte e acabamento do modelo de trabalho

13- Transferência das informações do modelo de estudo para o de trabalho

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Prótese Parcial Removível

14- Check-up de todas as informações

15- Fixação de um novo pino metálico

Após estas fases passa-se à confecção de duplicação de modelos para confecção final da peça

PLANEJAMENTO CLÍNICO

-Exame clínico e radiográfico

-Moldagem inicial

-Modelos

-Distribuição dentais e classificações

-Comunicação entre T.P.D. e C.D

-Desejo do Paciente

-Opções de tratamento e interações das especialidades

-Delineamento propriamente dito

-Execução final do caso

PASSOS LABORATORIAIS APÓS CONCLUSÃO DO PLANEJAMENTO E OBTENÇÃO DO MODELO DE TRABALHO

1 - CONFECÇÃO :

Após o prévio preparo de boca, o cirurgião-dentista molda-la-á a fim de se obter o modelo de

trabalho sobre o qual será confeccionado a prótese parcial removível.

Vazagem do modelo de trabalho (sempre com gesso pedra melhorado – Tipo IV inicialmente e

base em gesso pedra.

Recorte e acabamento do modelo de trabalho.

Transferência das informações do modelo de estudo para o de trabalho.

Check-up de todas as informações.

Fixação de um novo pino metálico.

2 – DESENHO DO APARELHO :

Com o lápis, copiar o aparelho desenhado no modelo de estudo. Em casos de qualquer dúvida com

relação à zona retentiva, devido à modificação da forma e tamanho dos dentes- suportes, levar o modelo

novamente no delineador, para uma nova checagem de informações ou ainda entrar em contato com o

C.D., para ver se há possibilidade de alguma distorção ou algum motivo que por ventura possa ter feito o

modelo de trabalho estar diferente do estudo..

3 – ALÍVIO :

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Prótese Parcial Removível

O alívio do modelo desenhado consiste em colocar uma camada de cera fundida ou ainda massa

de vidro: na região da fibromucosa, onde serão esculpidas as redes de retenção, conectores maiores e

menores e as zonas retentivas são aliviadas a partir da linha de marcação da zona de ação global retentiva

para cervical; quando são indicados grampos de Roach.

O objetivo de alívio é fazer com que a estrutura metálica não comprima a fibromucosa, uma vez

instalado o aparelho.

Devemos ressaltar que este alívio é pequeno apenas para que a estrutura metálica não

comprima as fibromucosas , para que o paciente não tenha alguma sintomatologia, isquemia ou ainda

atritos que levem a esta fibromucosa mudar de aspecto ou de posição.

É importante lembrar-mos de que as gengivas marginais livres também devem ser

mantidas longe do enceramento, geralmente de 3 a 4 mm de distância da estrutura metálica.

4 – DUPLICAÇÃO DO MODELO :

1- É o passo seguinte do modelo aliviado, com a finalidade de se obter um modelo cópia em revestimento

refratário (modelo refratário). Material de moldagem utilizado é o hidrocolóide (sharp) reversível, corta-

se a gelatina em pedacinhos pequenos e derrete-se em “Banho Maria”, ou mexendo sempre ao fogo

brando para não ferver. O alto aquecimento faz com que o hidrocolóide perca algumas propriedades

físicas (elasticidade) levando a uma possível perda de fidelidade.

2- Modelo de trabalho já desenhado e aliviado, deve ser mergulhado em água, em temperatura ambiente

durante 15 minutos para hidratação.

3- Estando o duplicador dissolvido, o modelo depois de hidratado, deve ser envolvido por uma massa de

vidro, tirando assim toda retenção, esse modelo será colocado em uma mufla, a qual será preenchida

pelo duplicador,( para ver a temperatura do duplicador é a ideal use um termômetro, indicando mais ou

menos 50 graus ).

4- Modelo deve ficar dentro da mufla cerca de 50 minutos, onde os 20 primeiros em temperatura ambiente

e os últimos 30 minutos na geladeira.

5- Após a geleificação do material, remover o modelo, obtendo-se um molde e assim confeccionar o

modelo refratário com revestimento refratário.

a) A manipulação de 100 gramas de revestimento, 30 ml de formula descritos logo abaixo, utilizando duas

manipulações, a primeira pouco liquida, para não causar inclusão de ar evitando bolhas nos dentes e

em regiões menores, e a segunda mais consistente para confeccionarmos a base; durante a primeira

mistura, coloque um cone de papel ou de silicone envolvido por vaselina, fazendo assim uma

escavação no centro da peça (P.P.R. com barra palatina antero-posterior onde a fundição é por cima

não se faz cone), onde ocorrerá a colocação dos sprues e consequentemente a entrada do metal na

fundição;

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Prótese Parcial Removível

b) Espere 50 minutos, retire a peça do duplicador, para dar o banho de parafina ou também chamado de

banho protetor de cera o que dará uma maior resistência ao revestimento e permitir a fixação da cera

durante a escultura da peça. A composição da solução é: 1000g de cera virgem, 1000g de parafina

200g de carnaúba e 200g de breu, geralmente liqüefeitos em banho “Maria”. Os procedimentos do

banho são desidratar o modelo de revestimento durante 40 minutos a 300 graus Celsius, em estufa ou

forno, imergir o modelo desidratado de revestimento durante 5 segundos na solução liqüefeita. Obs: a

solução é inflamável e provoca graves queimaduras se cair na pele, e por último deixar o resfriamento

natural do modelo. Alguns técnicos deixam o modelo até este entrar em chamas, depois retira-o e

espera-o esfriar naturalmente.

c) A fórmula citada acima para reprodução e inclusão é:

-3 litros de álcool;

-700 ml. de água;

-8 cc de ácido clorídrico.

Feita a formula, divida-a em duas partes de 1800ml., coloque 1 litro de Binder--28 % e 1800ml. de

fórmula, mexa por 5 minutos, a reação irá liberar calor e esquentar , deixe esfriar e a coloque na geladeira

( em regiões frias usa-se o binder 40 % ).

OBSERVAÇÃO : duplicador , e a fórmula devem ficar sempre na geladeira.

Binder é a base de silicato de etila, sendo conservado em temperatura ambiente.

revestimento é a base de quartzo moído ( rochas moídas que suportam altas temperaturas sem

sofrerem alterações).

Tanto a inclusão e reprodução do modelo de trabalho são efetuados no vibrador.

5 – ESCULTURA:

A escultura consiste na colocação de cera azul fundida, com fio ou ainda pré-fabricadas com a ponta

de uma espátula Le Cron ou Roach sobre a região que coincide com o desenho que foi planejado no

modelo de trabalho no delineador. Nunca desenhar sobre o modelo refratário porque a ponta do grafite

pode deslocar partículas de refratário e assim se perder a fidelidade. Iniciar sempre com o enceramento de

todos os grampos de retenção e de oposição-reciprocidade para se ter noção do conjunto na zona de ação

global, observar sempre a espessura, a largura e o comprimento para se conseguir o equilíbrio entre os

retentores. A seguir, encerar os apoios oclusais, os conectores maiores e menores, estabilizadores e por fim

as selas, topes tissulares e linhas de término, sempre seguindo o desenho.

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Prótese Parcial Removível

A elasticidade do grampo de retenção depende da largura , comprimento, secção transversal, tipo de

liga, tratamento térmico e calibragem, como ditos anteriormente, assim, um bom senso deve ser aplicado

no enceramento para que o grau de flexibilidade seja o desejado.

O alisamento da cera deve ser feito com espátula Le Cron e algodão úmido em benzina ou

removedor e por último lavar com algodão e sabão de côco.

6 – INCLUSÃO :

Os tipos de revestimentos usados aqui são os aglutinados por fosfato e os aglutinados por silicato de

etila, o qual apresenta baixa contração de presa, resistência “verde” baixa, e uma ótima reprodução de

detalhes, enquanto os aglutinados por fosfato são razoavelmente resistentes, baixa porosidade e

geralmente usados em uma temperatura entre 1000 e 1200 graus Celsius. As principais aplicações desses

revestimentos são como moldes para fundição de ligas à base de Co-Cr e Ni-Cr (temperatura de fusão

maior de 1300 graus Celsius.

Perfurar o centro do modelo onde não irá atrapalhar o planejamento e colocar o fio de cera de 2 a

3mm, de diâmetro. A partir deste fio central, tirar diversas ramificações que se irão ligar às estruturas do

aparelho, a fim de servirem de conduto de alimentação (sprue) durante a fundição.

A seguir, hidratar o modelo com o conduto de cera, realizar um encaixamento com papel cartolina e

cera e manipulando uma pequena porção de revestimento de alta fusão incluir cobrindo a escultura, a

primeira mistura deve ser mais fluída e a segunda mais consistente, depois queimar com o pó seco

( revestimento )para evitar micro rachaduras na superfície, o que deixaria a “boneca” menos resistente.

Outra técnica é a direta onde se fixa o anel de inclusão já com uma lâmina de amianto interna posta

em uma placa de madeira com cera utilidade (ou ainda em muflas especiais), preencher com água o anel

até cobrir o modelo e aguardar por 15 minutos (re-hidratação de modelo de revestimento), após isto trocara

água por álcool para quebra a tensão superficial do modelo, manipular o revestimento e remover álcool e

fazer a inclusão sempre com um pincelzinho e vibrador (para evitar a inclusão de bolhas de ar) espere 2

horas para a presa final e colocar no forno de fundição.

7 – FUNDIÇÃO :

É o ato de transformar a escultura de cera da P.P.R. em metal através da injeção de liga na

centrífuga.

Após realizado a inclusão; “boneca” (conjunto modelo refratário-enceramento-dicagem para

revestimento) e ter esperado 2 horas , inicia–se a fundição. O forno deve ser regulado paulatinamente em

sua temperatura, até atingir 1000 graus, (25 minutos de forno brando, 30 minutos de forno médio, e por fim

15 minutos de forno alto, dando um total de 1 hora e 10 minutos), assim o revestimento atingirá a

temperatura ideal de fundição.

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Prótese Parcial Removível

No metal sua fusão é de 1300 graus à 1380 graus, para ser fundido, usa-se no maçarico uma mistura

entre gás comum e oxigênio, com arco voltaico ou com centrífuga de indução; e cerca de 15 a 20 gramas

de metal dependendo do tamanho da peça.

É necessário aqui comentarmos sobre algumas características da liga para fundição onde

ressaltaremos a liga de Cr-Co onde esta tem uma alta resistência mecânica, alta dureza, alta resistência à

manchas, alta resistência à corrosão a temperatura ambiente e são estáveis e inertes a altas temperaturas.

Sua composição química é cerca de 70% de cobalto e 25% de cromo, e os restantes pequenas

quantias de manganês, silício (são endurecedores e atuam na oxidação), molibdênio (torna a liga mais

resistente, aumentando a densidade da liga) , carbono (formam carbonatos e agem no travamento de liga),

tungstênio e berílio (endurecedores).

Suas principais propriedades físicas são temperatura de fusão entre 1399 a 1454 graus Celsius,

possui cor brilhante ou branco prateada, uma densidade de 8 a 9 g/cm cúbicos e uma contração de fundição

em torno de 2,05 a 2,33 %.

Por outro lado as propriedades mecânicas são dureza Rockwell (R-30 N) 50 a 60, resistência à tração

em torno de 630 a 840 MN/m quadrados, módulo de elasticidade de 210.000 MN/m quadrados e um

alongamento de 2 a 10%. Não possui nenhum efeito biológico, isto é, são inerentes ao tecido fibro-mucoso,

e de um custo acessível.

DECAPAGEM:

Após esperar duas horas para o resfriamento do metal (boneca com a armação fundida), deve-se

utilizar qualquer ferramenta que tenha pouco peso para quebrar a boneca, sendo que antes de quebrá-la, é

bom mergulhá-la em água para que não se forme pó, e este seja inalado pelo técnico. A ferramenta

deve bater somente no botão(sobra) peça, para não danificar nenhuma parte da estrutura metálica.

A decapagem começa com a limpeza, retirando toda poeira e restos de revestimento sobre o metal,

e então secando a peça faz-se uso do jato de areia, para uma remoção mais eficaz e profunda de

partículas de óxido de cromo e cobalto e restos de revestimento que por acaso tenham ficado e este é

utilizado através de um jato de areia ( grãos de óxido de alumínio e esferas de sílica) para limpeza.

Uma opção é fazer uso de uma solução ácida decapadora (ácido nítrico e ácido fluorídrico)

mergulhando a peça por volta de duas horas. Uma terceira opção é a remoção da camada oxidada com

pedras e pontas, mas esta técnica precisa de muita habilidade para não haver desgastes desnecessários.

Depois destes procedimentos, inicia-se o polimento com disco de carborundum, para retirada dos

sprues e rebarbas, seguindo os passos abaixo relatados.

8 – ACABAMENTO :

Recortar os condutos junto ao aparelho com discos de Cutt-of, montado em mandril; com pontas

grossas, médias, e finas montadas, tirar as irregularidades formadas, nas barras, grampos, selas etc,

geralmente do lado externo para não criar uma desadaptação.

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Prótese Parcial Removível

Conseguida a regularização da superfície do aparelho com pedra montada, passar, a seguir, as

pontas abrasivas de borracha em toda a extensão.

O polimento é feito com abrasivo de borracha esférica e pontas obtendo assim o desaparecimento

completo dos riscos deixados pela ponta abrasiva ( pedras ).

O brilho final se consegue com o feltro esférico e massa para polimento de ouro. Lavar a estrutura

metálica com escova de dente e sabão de côco, fazer um controle de qualidade(adaptação, usinagem,

polimento e oclusão da estrutura), lavar o modelo de trabalho com água fervente para remover a cera do

alívio, colocar a peça em posição e encaminhá-la ao C. D. Assim está terminada a descrição da confecção

da estrutura metálica do aparelho removível em liga de cromo-cobalto.

PROVA No consultório o cirurgião-dentista irá realizar a prova não só clínica, como irá também

checar a fundição, espessura e largura, adaptação fazendo assim antes da prova clínica um controle de

qualidade para que surpresas futuras não apareçam.

Na prova clínica propriamente dita, o C.D. avalia a inserção da peça, o paciente no caso

relata se está sentido uma força em demasia ou se a estrutura de alguma forma o incomoda na entrada o

que acontecerá também na remoção da peça.

Estando esta já assentada, irá se checar adaptação e ação dos grampos, se os apoios

estão perfeitamente adaptados, oclusão, conectores maiores e menores somente encostados nos tecidos, e

por último se a estrutura metálica possui uma estabilidade que aqui chamaremos de inicial, pois ainda não

temos a resina acrílica para completar esta estabilidade.

Devolve-se o trabalho ao T.P.D. para confecção da resina acrílica.

CONFECÇÃO DA RESINA ACRÍLICA

Em primeiro passo devemos fazer um alívio nas áreas de alívio (rebordos retentivos,

arborescência palatina, tôrus mandibular ou palatino, rebordo em lâmina de faca, etc) com cera para que a

resina de suporte do rolete de cera não quebre o modelo. Após isso fazer uma hidratação do modelo por

alguns minutos, isolar as áreas com Cel-lac, manipular a resina de rápida (resina acrílica), assentá-la no

modelo e recolocar a estrutura na posição para que a resina acrílica fique por baixo de rede. Fazemos os

recortes e adaptações necessários e esperar a resina tomar presa.

Saca-se a estrutura, faz-se os recortes e polimentos normais e passamos à confecção do

rolete de cera para se colocar sobre a rede com a resina para que o C.D. possa realizar as relações maxilo-

mandibulares.

A vantagem de se colocar resina na sela nesta fase e não a cera é que em casos que se

precise de uma nova moldagem funcional, o C.D. irá Ter base suficiente para realizar os movimentos

musculares e afins sem que a sela sofra distorção por força muscular ou até mesmo por temperatura.

A técnica do rolete pode ser a mesma de Prótese Total, onde se dobra a lâmina de cera em

modo sanfonado com 01 cm de largura, usando-se apenas tamanhos condizentes com o espaço

anodôntico. Checar altura e enviar ao C.D.

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Prótese Parcial Removível

RELAÇÕES MAXILO-MANDIBULARES

O C.D. irá realizar os movimentos necessários para uma oclusão ( movimentos de abertura

e fechamento em Relação Cêntrica ou Habitual , movimentos excursivos como lateralidades e etc. ,

tomadas de arco facial ou não e enviará ao T.P.D. novamente para montagem em articulador semi-ajustável

e montagem dos dentes. Não podemos esquecer que a cor e o tamanho dos dentes artificiais deve ser

escolhida e checada pelo C.D.

MONTAGEM EM ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVELNesse item iremos apenas comentar os passos de montagem onde tentará se reproduzir os

movimentos maxilo-mandibulares fisiológicos do paciente

1-Fazer retenções com canivete( sulcos ) no modelo

2-Ajustar o articulador com as medidas médias ou com as individualizadas pelo C.D.

3-Prender o arco facial (quando este é tomado) ou montar o modelo superior com uma mesa

auxiliadora de Camper.

4- Colocar o gesso pedra e completar após presa inicial com gesso comum e esperar tomar presa

final

5-Ajustar o modelo inferior após as retenções feitas, quanto ao superior através do rolete de cera

impresso ou com qualquer outro dispositivo de relacionamento como jig , ou leaf-gage

6- Colocar o gesso pedra e completar após presa inicial com gesso comum e esperar tomar presa

final

MONTAGEM DE DENTES ARTIFICIAIS

Nesse item as variações de técnicas e modos são inúmeras , mas iremos repassar aqui uma

seqüência básica onde os princípios de oclusão, balanceio e estética devem ser observados atentamente.

1-Selecionar o espaço protético para iniciar

2-Selecionar o primeiro dente a ser montado

3-Se necessário desgastar a resina e posteriormente o dente com cuidado para adaptá-lo ao

conector, sela e o grampo simultaneamente para atender oclusão e estética.

4-Montar respeitando oclusão e estética

5-Ceroplastia para fixação dos dentes em oclusão onde o limite é finish-line na parte interna e

fundo de saco de vestíbulo na parte externa.

6-Escultura idêntica aos princípios utilizados em P.T. (recorte cervical, bossas, fossas, bordas,

limpeza dos dentes com benzina ou removedor, lavagem em água corrente e sabão de côco

7-Enviar ao C.C. para a prova clínica.

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Prótese Parcial Removível

PROVA CLÍNICA DA MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS

Aqui o C.D. irá apenas checar cor, tamanho e oclusão juntamente com o paciente e

familiares. É sempre de bom tom que o T.P.D. participe dessa consulta pois terá uma visão clínica do seu

trabalho podendo de forma direta opinar ou questionar algumas situações onde o trivial não se faz justo.

Depois a peça irá retornar ao T.P.D. para acrilização e acabamento final.

ACRILIZAÇÃO

Após a prova clínica o técnico faz retoques na escultura, fixa a P.P.R. no modelo, ainda no

articulador, alisamento com algodão úmido em benzina ou removedor e lava com sabão de côco/algodão

em água corrente. Retira a bolacha do articulador, retira o modelo da bolacha , recorta-se o modelo e faz-

se a inclusão em mufla.

1-Fazer retenções na base do modelo

2-quebrar a tensão superficial da cera com anti-bolha

3-Incluir na base da mufla com gesso comum

4-Remover o excesso de gesso

5-Aliviar as áreas retentivas (evitar fratura no gesso)

6-Alisamento do gesso com pincel e água corrente

7-Aguardar de 20 a 40 minutos

8-Isolar o gesso com vaselina pastosa ou isolante para gesso

9-Fazer “boneca” ou “muralha” com silicona ou com gesso pedra

10-completar a mufla com gesso comum

11-Aguardar de 40 a 50 minutos

12-Imergir a mufla em água fervente durante 05 minutos para demuflagem da cera

13-Abrir a mufla com chave de fenda

14-Lavar a cera com água fervente e detergente neutro

15-Secar e furar os dentes com broca esférica nº 6 para retenção da resina acrílica

16-Lavar novamente a mufla com água fervente e detergente neutro, para retirar possíveis

fragmentos de resina das retenções

17-Isolar com isolante para resina

18-Fazer acrilização convencional ou caracterizada – Sistema Tomaz Gomes

COCÇÃO:

1-Colocar a mufla em um recipiente com o mínimo de 8 litros de água, em temperatura ambiente

2-Acender o fogo “baixo” por no mínimo 30 minutos

3-Apagar o fogo por 30 minutos

4-Acender o fogo novamente no “baixo” ou mínimo até iniciar a ebulição

5-Em ebulição – aguardar 01 hora

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Prótese Parcial Removível

6-Apagar o fogo

7-Resfriamento lento e natural

DEMUFLAGEM

1-Abrir a mufla com martelo de madeira ou de plástico e chave de fenda

2-Remover o modelo com cuidado

3-Lava a P.P.R. com escova de dentes em água corrente

4-No caso da “boneca” ser de gesso pedra colocar a peça no removedor de gesso por algumas

horas e efetuar a limpeza posteriormente.

ACABAMENTO

1-Retirar os excessos de resina com pedra trimer, maxi-cut ou ponta montada

2-Alisamento da resina com lixas e borrachas

POLIMENTO

1- Com escova nº 10 e massa cremosa da pedra pomes e água (resina)

2- Com escova de flanela e massa cremosa de branco de Espanha e água (resina)

3- Com disco de feltro e massa de polimento para ouro no metal

4- Lavar com sabão de côco, escova de dentes e água corrente

5- Adaptar no modelo de trabalho (quando a peça não for incluída ou no modelo de trabalho ou

em um moldagem funcional –modelo de trabalho modificado)

6- Controle de qualidade (adaptação da estrutura metálica, oclusão, polimento da resina e

metal)

7- Enviar ao Cirurgião-Dentista

8- Cobrar muito bem pelo seu serviço especializado.

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