procedimento geral de fiscalização de objetos...

17
Procedimento Geral de Fiscalização de Objetos Regulamentados Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Diretoria de Avaliação da Conformidade Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade Versão atual: Julho/2015

Upload: lamnguyet

Post on 09-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Procedimento Geral de Fiscalização de Objetos Regulamentados

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Diretoria de Avaliação da Conformidade Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade Versão atual: Julho/2015

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo Este documento visa estabelecer os procedimentos gerais para fiscalização de objetos regulamentados no âmbito da Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, contemplando os procedimentos de conduta e atuação do Agente Fiscal, as orientações para realização de ações de fiscalização e os procedimentos para tratamento e destinação de produtos apreendidos e/ou interditados a partir da identificação de produtos irregulares durante uma ação de fiscalização, conforme previsto no artigo 10º da Lei nº 9.933/1999, decorrente do exercício do Poder de Polícia Administrativa na área metrológica e de avaliação da conformidade de produtos, de processos e de serviços, por força do artigo 8º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro de 1999, com redação dada pela Lei nº 12.545/2011. 1.2 Documentos de Referência

FOR-Dconf-XXX – Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização

Lei 9.933/1999 – Competências do Conmetro e do Inmetro

Lei 12.545/2011 – Altera a Lei 9.933/1999

NIT-Divec-001 – Processo Específico Acompanhamento no Mercado

NIT-Divec-008 – Processo de fiscalização de objetos regulados pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro

NIT-Divec-010 – Processo de coordenação da capacitação dos agentes de acompanhamento no mercado

Portaria Inmetro 164/2012

Portaria Inmetro 333/2012

Portaria Inmetro 453/2013 – Vocabulário Inmetro de Avaliação da Conformidade

Portaria Inmetro 70/2014 – Regulamento Administrativo para Tratamento e Destinação dos Produtos Apreendidos pela Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ-I

Portaria Inmetro 274/2014 – Regulamento para o Uso das Marcas, dos Símbolos, dos Selos e das Etiquetas do Inmetro

Resolução Conmetro 08/2006 - Regulamento administrativo para processamento e julgamento das infrações nas Atividades de Natureza Metrológica e da Avaliação da Conformidade de produtos, de processos e de serviços.

1.3 Termos e Definições

1.3.1 São válidas as definições constantes da Portaria Inmetro 453/2013, complementadas pelas seguintes, para efeito deste documento:

Ação de fiscalização – Atividade conduzida por um AFOR, com o objetivo de evidenciar o cumprimento dos requisitos definidos nos documentos legais pertinentes a um ou mais objetos regulamentados passíveis de fiscalização.

Ação de fiscalização do aspecto formal – Ação de fiscalização onde o AFOR verifica, através de inspeção visual, a regularidade do objeto em relação aos aspectos formais determinados pelo respectivo regulamento.

Ação de fiscalização técnica – Ação de fiscalização onde o AFOR verifica, através da realização de ensaios ou inspeções, a regularidade do objeto em relação aos requisitos intrínsecos determinados pelo respectivo regulamento.

Agente Fiscal de Objetos Regulamentados (AFOR) – Profissional de um órgão delegado integrante da RBMLQ-I, investido na função de fiscal, e reconhecido pela Dconf/Divec como competente para exercer as atividades de fiscalização, mediante a aprovação em curso específico de formação.

NOTA – Os servidores do Inmetro, investidos como fiscais por portaria específica, e atuando em atividades de fiscalização, são considerados também como AFOR, para todos os efeitos deste documento.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 2

1.3.2 Os locais passíveis de fiscalização, conforme os procedimentos que serão apresentados neste documento são classificados como:

Comércio – Pessoa física ou jurídica que comercializa qualquer produto que seja objeto de um regulamento estabelecido pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, e que não esteja definido como “fabricante” ou “importador”.

Comércio virtual – Sítio eletrônico onde ocorra comercialização de um ou mais produtos que sejam objetos de regulamento(s) estabelecido(s) pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro.

Fabricante – Pessoa física ou jurídica que produz qualquer produto que seja objeto de um ou mais regulamentos estabelecidos pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro.

Feiras/Exposições – Evento em que esteja exposto qualquer produto que seja objeto de um ou mais regulamentos estabelecidos pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, independente de haver ou não comercialização dos referidos produtos.

Importador – Pessoa física ou jurídica que seja responsável legal pela introdução e comercialização no mercado brasileiro de produtos fabricados em países que não sejam o Brasil, e que sejam objeto de um ou mais regulamentos estabelecidos pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro.

Meio impresso – Material gráfico onde esteja exposto, com objetivo de comercialização no mercado brasileiro, qualquer produto que seja objeto de um ou mais regulamentos estabelecidos pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro. São exemplos de meios impressos, sem prejuízo de outros que se enquadrem nesta definição: catálogos de lojas ou fabricantes, material promocional, correspondência no formato “mala direta” ou assemelhado.

2. CONDUTA GERAL DO AGENTE FISCAL DE OBJETOS REGULAMENTADOS

2.1 No decorrer de uma ação de fiscalização, o AFOR deve, obrigatoriamente, portar identificação funcional. É recomendável que o AFOR utilize uniforme do órgão delegado no qual atua, ou outra forma de identificação visível e inequívoca. 2.2 É vedado ao AFOR o recebimento de qualquer vantagem, seja esta de ordem financeira ou não, advinda de empresa sujeita a fiscalização pelo órgão delegado no qual atua. 2.3 É vedado ao AFOR agir como consumidor durante uma ação de fiscalização, sendo portanto vedadas atitudes como, por exemplo, perguntar preço de produtos comercializados, sair da empresa fiscalizada com produtos em embalagem não lacrada e/ou acondicionados em sacolas ou quaisquer outras embalagens da empresa fiscalizada, ou qualquer outra atitude que possa sugerir uma relação de consumo. 2.4 As demais condutas apresentadas durante o Curso de Formação de Agentes Fiscais de Objetos Regulamentados (CFAFOR) são consideradas parte integrante deste documento, ainda que não estejam descritas explicitamente no mesmo, sendo assim obrigatório o seu cumprimento pelos AFOR. 3. PROCEDIMENTO GERAL PARA EXECUÇÃO DE AÇÕES DE FISCALIZAÇÂO

3.1 A ação de fiscalização pode ser realizada em qualquer local onde ocorra fabricação, importação, armazenamento, distribuição, exposição ou comercialização de um produto que seja objeto de um ou mais regulamentos expedidos pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro (Dconf). 3.2 A ação de fiscalização deve ser sempre conduzida por um AFOR. É vedada a realização de ações de fiscalização por profissionais não reconhecidos pela Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade do Inmetro (Dconf/Divec) como AFOR, ainda que sejam integrantes do quadro funcional do órgão delegado.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 3

3.3 A ação de fiscalização deve ser conduzida observando-se o estabelecido neste documento e nas “Fichas de Produto Sujeito à Fiscalização” (For-Dconf-XXX) específicas de cada objeto, bem como qualquer orientação adicional encaminhada aos órgãos delegados pela Dconf/Divec. 3.4 Para executar uma ação de fiscalização, o AFOR deve portar equipamento eletrônico com acesso ao Sistema de Gestão Integrada (SGI), para preenchimento dos documentos correspondentes à ação de fiscalização e, caso seja necessário, consulta às respectivas Fichas de Produto Sujeito à Fiscalização. 3.5 Ao chegar ao local onde será realizada a ação de fiscalização o AFOR deve identificar o responsável pelo mesmo, e se apresentar a essa pessoa. O AFOR deve informar seu nome, função, órgão que representa, e objetivo da ação de fiscalização, destacando que a mesma é prevista pela Lei 9.933 de 20 de dezembro de 1999. 3.6 O AFOR deve solicitar ao responsável pelo local onde será realizada a ação de fiscalização um documento fiscal (exemplo: bloco de notas fiscais, cadastro de CNPJ, alvará), para subsidiar o preenchimento do Registro de Visita e documentos subsequentes. NOTA 1 – Caso o local de fiscalização não seja uma pessoa jurídica, o AFOR deve utilizar como documento fiscal o CPF do responsável pelo local, registrando esse fato ao preencher os documentos aplicáveis. NOTA 2 – No caso de fiscalização em comércio virtual, o AFOR deve utilizar como documento fiscal o CNPJ impresso no sítio eletrônico da Receita Federal do Brasil, a partir da identificação do responsável pelo sítio fiscalizado no serviço Registro.br, conforme disposto na seção 4.6 deste documento. 3.7 Em todas as ações de fiscalização, o AFOR deve preencher o Registro de Visita (documento com o código 1111 no SGI). O Registro de Visita deve ser preenchido mesmo nas ações de fiscalização onde não sejam encontradas irregularidades, e uma via do mesmo deve ser entregue ao responsável pela local onde está sendo realizada a ação de fiscalização. 3.8 Caso uma ação de fiscalização resulte na identificação de um ou mais produtos irregulares, o AFOR deve preencher o Termo Único de Fiscalização de Produtos (TUF, documento com o código 1112 no SGI). 4. PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DO ASPECTO FORMAL

4.1 Procedimento para Fiscalização em Fabricantes

4.1.1 A ação de fiscalização em fabricantes deve ser realizada a partir do término do primeiro prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização, quando a ação for realizada na linha de produção, ou a partir do segundo prazo de adequação, quando a ação for realizada nos setores de estoque e/ou expedição. 4.1.2 O AFOR deve proceder à inspeção visual do produto fiscalizado, confirmando e evidenciando o atendimento aos requisitos constantes no campo 7 (Requisitos Verificáveis por Inspeção Visual) da Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização correspondente. 4.1.3 Caso o AFOR identifique algum produto irregular, deve interditar todas as unidades do produto e preencher o TUF, notificando a fábrica para proceder à regularização dos produtos ou à sua destruição, dentro do prazo estabelecido, conforme as prescrições do Capítulo 6.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 4

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA PROCEDIMENTO EM CASO DE

IRREGULARIDADE

Fabricante Após 1º Prazo (Linha de Produção)

Após 2º Prazo (Estoque / Expedição)

- Interditar o produto

- Autuar o fabricante

- Notificar fábrica para regularizar/destruir o produto

4.2 Procedimento para Fiscalização em Importadores

4.2.1 A ação de fiscalização em importadores deve ser realizada a partir do término do primeiro prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 4.2.2 O AFOR deve proceder à inspeção visual do produto fiscalizado, confirmando e evidenciando o atendimento aos requisitos constantes no campo 7 (Requisitos Verificáveis por Inspeção Visual) da Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização correspondente. 4.2.3 Caso seja identificado algum produto fiscalizado que não atenda a um ou mais dos requisitos exigidos, o AFOR deve solicitar ao importador que evidencie a data de importação do produto. 4.2.4 Se a data de importação for posterior ao término do primeiro prazo de adequação, ou o importador não tiver como provar a data de importação, a irregularidade está evidenciada. 4.2.5 Se a data de importação for anterior ao término do primeiro prazo de adequação, o AFOR deve observar o segundo prazo de adequação, considerando o produto como irregular apenas se este já estiver ultrapassado. 4.2.6 Caso seja confirmada a irregularidade do produto fiscalizado, o AFOR deve apreender todas as unidades dos produtos irregulares e preencher o TUF.

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA PROCEDIMENTOS EM CASO DE

IRREGULARIDADE

Importador Após 1º Prazo

(observar item 4.2.5)

- Apreender o produto

- Autuar o importador

4.3 Procedimento para Fiscalização no Comércio

4.3.1 A ação de fiscalização no comércio deve ser realizada a partir do término do terceiro prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 4.3.2 O AFOR deve proceder à inspeção visual do produto fiscalizado, confirmando e evidenciando o atendimento aos requisitos constantes no campo 7 (Requisitos Verificáveis por Inspeção Visual) da Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização correspondente. 4.3.3 Caso seja identificado algum produto fiscalizado que não atenda a um ou mais dos requisitos exigidos, o AFOR deve apreender ou interditar todas as unidades do produto, de acordo com o disposto no capítulo 6, e preencher o TUF, notificando o responsável pelo comércio fiscalizado para que apresente o documento fiscal comprovando a origem do produto e a data de venda, dentro do prazo estabelecido.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 5

4.3.4 Apresentado o documento fiscal, e verificado que sua data de emissão é posterior ao segundo prazo de adequação previsto no regulamento, o AFOR deve autuar o fabricante/importador responsável pela introdução do produto no mercado. NOTA 1 – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. NOTA 2 – Caso o documento fiscal tenha sido emitido em data anterior ao segundo prazo de adequação previsto no regulamento não há irregularidade. 4.3.5 Se o responsável pelo comércio não apresentar o documento fiscal no prazo estabelecido no TUF, o AFOR deve autuar o mesmo, uma vez que este assume total responsabilidade pela introdução do produto irregular no mercado. 4.3.6 Caso a irregularidade encontrada seja a falta do selo de identificação da conformidade ou a falta de registro / certificação, o AFOR deve sempre autuar o comércio, sem prejuízo do disposto nos itens 4.3.3 a 4.3.5.

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA SITUAÇÃO ENCONTRADA PROCEDIMENTOS EM CASO

DE IRREGULARIDADE

Comércio Após 3º Prazo

Produto SEM Selo de Identificação da Conformidade

- Apreender / interditar o produto

- Autuar o comerciante

- Solicitar apresentação de

documento fiscal que comprove a origem e a data de

venda do produto

- Autuar o fabricante / importador (observar item

4.3.4)

Produto com Selo de Identificação da

Conformidade e SEM Registro/Certificação

Produto com Selo de Identificação da

Conformidade e com Registro/Certificação, mas em desacordo com um ou

mais requisitos formais exigidos

- Notificar comerciante para devolução do produto ao

fornecedor

- Solicitar apresentação de documento fiscal que

comprove a origem e a data de venda do produto

- Autuar o fabricante /

importador (observar item 4.3.4)

- Se não for apresentado

documento fiscal, autuar o comerciante

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 6

4.4 Procedimento para Fiscalização em Feiras/Exposições

4.4.1 A ação de fiscalização em feiras e exposições deve ser realizada a partir do término do segundo prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 4.4.2 O AFOR deve proceder à inspeção visual do produto fiscalizado, confirmando e evidenciando o atendimento aos requisitos constantes no campo 7 (Requisitos Verificáveis por Inspeção Visual) da Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização correspondente. 4.4.3 Caso seja identificado algum produto fiscalizado que não atenda a um ou mais dos requisitos exigidos, o AFOR deve proceder da seguinte forma, preenchendo o TUF correspondente:

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA RESPONSÁVEL PELA

EXPOSIÇÃO DO PRODUTO

PROCEDIMENTOS EM CASO DE IRREGULARIDADE

Feiras/Exposições

Após 2º Prazo e Antes do 3º Prazo

Fabricante Importador

- Apreender o produto

- Autuar o fabricante/importador*

Outros Não há irregularidade

Após 3º Prazo

Fabricante Importador

- Apreender o produto

- Autuar o fabricante / importador*

Outros

- Apreender o produto

- Solicitar documento que comprove a origem do produto

- Se o documento de origem for

apresentado, autuar o fabricante / importador*

- Se não for apresentado

documento de origem, autuar o responsável pela exposição

- No caso de produto sem selo,

autuar o responsável pela exposição, mesmo apresentando

documento de origem

* NOTA - Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. 4.4.4 Caso o responsável pela feira/exposição não seja o fabricante ou importador do produto irregular, o AFOR deve realizar ação de fiscalização no fabricante ou no importador, para verificar o atendimento ao regulamento, de acordo com o disposto nos itens 4.1 e 4.2 deste documento.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 7

NOTA – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. 4.5 Procedimento para Fiscalização em Meios Impressos

4.5.1 A ação de fiscalização em meios impressos deve ser realizada a partir do término do segundo prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 4.5.2 O AFOR, ao identificar a presença de um produto regulamentado em um material impresso, deve proceder à sua verificação, atendendo ao disposto nos Artigos 2º e 3º da Portaria Inmetro 333, de 28 de junho de 2012, nos Artigos 2º, 3º, 4º e 5º da Portaria Inmetro 164, de 5 de abril de 2012 e nos Artigos 6º e 7º da Portaria Inmetro 274, de 13 de junho de 2014. 4.5.3 Caso o AFOR encontre indícios de alguma irregularidade, deve identificar o responsável pelo respectivo material em meio impresso, e observar os prazos de adequação do regulamento referente ao produto em questão. 4.5.4 Confirmada a irregularidade em meios impressos, o AFOR deve preencher o respectivo TUF, notificando o responsável pelo material para suspender a comercialização do produto, até que a irregularidade seja sanada. 4.5.5 Se o responsável pelo material impresso não for o fabricante ou importador do produto irregular, o AFOR deve, no mesmo TUF, notificar o responsável pelo material para apresentar documentação que comprove a origem do produto, autuando o mesmo caso não apresente esta documentação. 4.5.6 De posse dessa documentação, o AFOR deve realizar ação de fiscalização no fabricante ou no importador, para verificar o atendimento dos mesmos ao regulamento, de acordo com o disposto nos itens 4.1 e 4.2 deste documento. NOTA – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo.

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA RESPONSÁVEL PELO

MATERIAL IMPRESSO/ELETRÔNICO

PROCEDIMENTOS EM CASO DE IRREGULARIDADE

Material Impresso

Após 2º Prazo e

Antes do 3º Prazo

Fabricante Importador

- Suspender a comercialização do produto

- Autuar o fabricante/importador

Outros Não há irregularidade

Após 3º Prazo

Fabricante Importador

- Suspender a comercialização do produto

- Autuar o fabricante / importador

Outros - Suspender a comercialização do

produto

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 8

- Autuar o responsável pelo material

- Solicitar documento que

comprove a origem do produto

- Realizar ação de fiscalização no fabricante/importador

- Caso seja encontrada

irregularidade, autuar o fabricante/importador

4.6 Procedimento para Fiscalização em Comércio Virtual

4.6.1 A ação de fiscalização em comércio virtual deve ser realizada a partir do término do segundo prazo de adequação referenciado no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 4.6.2 Ao identificar um sítio eletrônico de comércio virtual, o AFOR deve acessar o sítio https://registro.br/cgi-bin/whois, e imprimir a página com o resultado da pesquisa. 4.6.3 Uma vez identificado, pelos resultados da pesquisa no serviço Registro.br, o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) do responsável pelo sítio eletrônico fiscalizado, o AFOR deve consultar o sítio eletrônico da Receita Federal do Brasil, na página http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao.asp para identificar os dados cadastrais do titular do CNPJ encontrado, e imprimir este documento. 4.6.4 De posse do CNPJ do responsável pelo sítio eletrônico, o AFOR deve observar a UF declarada no mesmo e, caso seja a mesma área de atuação do seu órgão delegado, deve prosseguir com a ação. NOTA – Caso o responsável pelo sítio eletrônico esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deve solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do responsável pelo sítio eletrônico, para que este dê continuidade ao processo. 4.6.5 Confirmada a sua competência para conduzir a ação de fiscalização, o AFOR deve proceder à verificação da regularidade do sítio eletrônico, atendendo ao disposto nos Artigos 2º e 3º da Portaria Inmetro 333, de 28 de junho de 2012, nos Artigos 2º, 3º, 4º e 5º da Portaria Inmetro 164, de 5 de abril de 2012 e nos Artigos 6º e 7º da Portaria Inmetro 274, de 13 de junho de 2014, bem como as orientações do Campo 11 (Requisitos Adicionais para Comércio Virtual) da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. NOTA – O AFOR deve observar o enquadramento do responsável pelo sítio eletrônico fiscalizado (fabricante, importador ou comércio), e comparar com os prazos de adequação aplicáveis ao produto visualizado. 4.6.6 Caso seja identificada alguma irregularidade no sítio eletrônico fiscalizado, o AFOR deverá preencher o TUF correspondente e encaminhar o mesmo ao responsável pelo sítio fiscalizado, suspendendo a comercialização do produto até que a irregularidade seja sanada. 4.6.7 Caso o responsável pelo sítio eletrônico fiscalizado não seja o fabricante ou importador do produto visualizado, o AFOR deve solicitar ao mesmo, documentação que comprove a origem do produto e

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 9

realizar ação de fiscalização no respectivo fabricante ou importador, de acordo com as seções 4.1 e 4.2 deste documento. NOTA - Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo 4.6.8 O AFOR deve registrar as informações necessárias para evidenciar a irregularidade constatada, como por exemplo, a versão impressa da página onde foi encontrada a irregularidade e a data e hora de visualização do sítio eletrônico, bem como qualquer outra informação que o AFOR considere necessária para a comprovação da irregularidade.

LOCAL DE FISCALIZAÇÃO

DATA RESPONSÁVEL PELO SÍTIO ELETRÔNICO

PROCEDIMENTOS EM CASO DE IRREGULARIDADE

Comércio Virtual

Após 2º Prazo e Antes do 3º

Prazo

Fabricante Importador

- Suspender a comercialização do produto

- Autuar o fabricante/importador

Outros Não há irregularidade

Após 3º Prazo

Fabricante Importador

- Suspender a comercialização do produto

- Autuar o fabricante / importador

Outros

- Suspender a comercialização do produto

- Autuar o responsável pelo sítio

eletrônico

- Solicitar documento que comprove a origem do produto

- Realizar ação de fiscalização no

fabricante/importador

- Caso seja encontrada irregularidade, autuar o fabricante/importador

5. PROCEDIMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO TÉCNICA

5.1 Ação de Fiscalização Técnica

5.1.1 A ação de fiscalização técnica deve ser conduzida, obrigatoriamente, por um AFOR, e, preferencialmente, por um “AFOR Especialista”, ou seja, um profissional reconhecido pela Dconf/Divec como Agente Fiscal Especializado em Fiscalização Técnica, através de curso próprio para este efeito, complementar ao curso de formação. 5.1.2 Na condução de uma ação de fiscalização técnica, devem ser obedecidas as mesmas diretrizes descritas nos capítulos anteriores, complementadas por aquelas introduzidas por este capítulo.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 10

5.1.3 A ação de fiscalização técnica pode ser realizada através de ensaios: a) “em campo” – quando o AFOR executa os ensaios previstos no local onde acontece a ação da fiscalização, através da utilização de equipamentos próprios; b) “no órgão delegado” – quando o AFOR coleta o produto a ser analisado e os ensaios são realizados no Órgão Delegado; c) “em laboratório acreditado” – quando o AFOR coleta o produto a ser analisado e o encaminha a um laboratório acreditado independente, para que este realize os ensaios previstos. 5.1.4 A ação de fiscalização técnica pode ser realizada: a) “conforme planejamento anual de fiscalização” – são as ações de fiscalização técnica incluídas pelo órgão delegado no planejamento de fiscalizações, de acordo com critérios acordados previamente com a Dconf/Divec; b) “por desdobramento de ação anterior” – são as ações de fiscalização técnica que acontecem como sequência de ações anteriores que tiveram resultados inconclusivos; c) “mediante denúncia recebida” – são as ações de fiscalização técnica, direcionadas a um produto específico, que são originadas por uma denúncia recebida pelo órgão delegado; d) “por orientação da Dconf/Divec” – são as ações de fiscalização técnica realizadas por um ou mais órgãos delegados, em um ou mais produtos, de acordo com orientações encaminhadas pela Dconf/Divec. 5.1.5 A ação de fiscalização técnica deve realizada tendo como base as respectivas Fichas de Produto Sujeito à Fiscalização (campos 8, 9 e 10) e os documentos orientativos específicos emitidos pela Dconf/Divec. 5.1.6 A ação de fiscalização técnica deve, preferencialmente, ser realizada através de ensaios em campo. 5.1.7 Cada Órgão Delegado deverá designar um Coordenador de Acompanhamento de Ensaios, que será o profissional responsável por: a) zelar pelo armazenamento de produtos coletados para ações de fiscalização técnica; b) encaminhar os produtos coletados ao laboratório responsável pela realização dos ensaios, quando necessário; c) receber os laudos dos ensaios realizados, e encaminhá-los ao AFOR responsável pela ação. 5.1.8 O Coordenador de Acompanhamento de Ensaios poderá ser um AFOR ou qualquer outro profissional designado pela administração do Órgão Delegado, que demonstre conhecimentos e experiência adequados para exercer essa função, conforme definidos pela Dconf/Divec. 5.2 Ação de Fiscalização Técnica com ensaios em campo

5.2.1 A ação de fiscalização técnica em campo tem por objetivo identificar prováveis irregularidades em produtos regulamentados, e pode ser realizada em qualquer local de fabricação, importação, armazenamento, distribuição ou comercialização do objeto, atendendo aos respectivos prazos de adequação previstos no regulamento e listados no campo 4 da respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização. 5.2.2 A ação de fiscalização técnica em campo deve avaliar um ou mais requisitos dentre aqueles previstos no campo 8 da Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização referente ao objeto fiscalizado (“Requisitos Intrínsecos Verificáveis em Campo”). 5.2.3 Caso o ensaio realizado pelo AFOR evidencie a irregularidade ou identifique a existência de um produto com indícios de irregularidade, este fato deve ser comunicado ao responsável pelo estabelecimento fiscalizado.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 11

5.2.4 Evidenciada a irregularidade, o AFOR deve proceder à apreensão ou interdição do produto irregular, conforme disposto no Capítulo 6. 5.2.5 Caso o AFOR encontre produtos com indícios de irregularidade, que precisem de confirmação através de ensaios em laboratório, deve: a) interditar provisoriamente todas as unidades do produto; b) coletar amostras do produto em quantidade compatível com os ensaios que serão realizados, de acordo com o previsto na respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização; c) embalar, lacrar e identificar de forma inequívoca as amostras coletadas, visando assegurar a integridade e rastreabilidade das mesmas; d) preencher o Termo de Coleta correspondente, entregando uma cópia deste ao responsável pelo estabelecimento fiscalizado. 5.2.6 O AFOR deve transportar os produtos coletados até ao Órgão Delegado, atendendo, quando for o caso, às orientações estabelecidas na respectiva Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização, e entregar os mesmos ao Coordenador de Acompanhamento de Ensaios do Órgão Delegado, que irá conduzir os ensaios necessários e informar o resultado ao AFOR responsável pela ação de fiscalização original. 5.2.7 Após o recebimento dos resultados dos ensaios realizados, o AFOR deve comunicar os mesmos ao responsável pela empresa fiscalizada, e proceder da seguinte forma: a) no caso do resultado confirmar a irregularidade no produto ensaiado, realizar a apreensão ou interdição definitiva de todas as unidades dos produtos irregulares, de acordo com o disposto no Capítulo 6; b) no caso do resultado não confirmar a irregularidade, comunicar a desinterdição do produto. 5.2.8 Confirmada a irregularidade, o órgão delegado deve autuar o fabricante ou importador do produto irregular, solicitando aos mesmos a retirada do produto do mercado. NOTA – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. 5.2.9 Caso o produto irregular tenha sido encontrado no comércio, devem ser seguidas as mesmas orientações apresentadas nos itens 4.3.3, 4.3.4 e 4.3.5.

RESULTADO DO ENSAIO EM CAMPO

LOCAL DE REALIZAÇÂO DA AÇÃO DE FISCALIZAÇÃO

AÇÃO

Irregularidade conclusiva

Fabricante / Importador

- Apreender / Interditar o produto

- Autuar o fabricante / importador

- Solicitar a retirada do produto do mercado

Comércio

- Apreender / Interditar o produto

- Notificar responsável para fornecer documento de origem do produto

- Autuar o fabricante / importador

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 12

- Solicitar a retirada do produto do

mercado

- Se o responsável não apresentar documento de origem, autuar o

comércio

Indícios de Irregularidade

Fabricante / Importador / Comércio

- Interditar produto

- Coletar produto para ensaio em OD ou laboratório

- Confirmada a irregularidade, agir como descrito em “Irregularidade

Conclusiva”

- Descartada a irregularidade, desinterditar o produto

5.3 Ação de Fiscalização Técnica com ensaios no Órgão Delegado

5.3.1 Para a realização de uma ação de fiscalização técnica com ensaios no Órgão Delegado, o AFOR deve: a) identificar os produtos que serão ensaiados – produtos com indícios de irregularidade, caso a ação seja desdobramento de uma ação anterior em campo, ou seguindo os produtos definidos pelo órgão delegado ou pela Dconf/Divec; b) coletar amostras dos produtos que serão ensaiados, de acordo com o previsto nas respectivas Fichas de Produto Sujeito à Fiscalização – as amostras podem ser coletadas no fabricante ou no comércio, conforme definido pelo órgão delegado ou pela Dconf/Divec; c) embalar, lacrar e identificar de forma inequívoca as amostras coletadas, visando assegurar a integridade e rastreabilidade das mesmas; d) encaminhar os produtos coletados ao Coordenador de Acompanhamento de Ensaios do seu órgão delegado. 5.3.2 O órgão delegado deve ensaiar os produtos coletados e comparar os resultados encontrados com aqueles previstos nos respectivos Regulamentos Técnicos e Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização (Campo 9 – Requisitos Intrínsecos Verificáveis no Órgão Delegado). NOTA - Caso o Órgão Delegado não possua estrutura laboratorial para realizar os ensaios aplicáveis, o produto deve ser encaminhado a outro Órgão Delegado que a possua ou a um laboratório acreditado. 5.3.3 Caso o ensaio realizado pelo órgão delegado confirme a irregularidade, o fabricante ou importador do produto ensaiado deve ser comunicado quanto ao resultado. 5.3.4 Será estabelecido, na forma da lei, prazo para a defesa do fabricante ou importador do produto irregular, que pode solicitar, a seu critério, a realização de ensaio de contraprova na amostra coletada, ficando os custos com estes ensaios a cargo do fabricante ou importador interessado. 5.3.5 A falta de manifestação expressa de vontade do fabricante ou importador, dentro do prazo concedido, em realizar a contraprova implica na aceitação pelo mesmo dos resultados do primeiro ensaio, e na confirmação da irregularidade apontada. NOTA – Caso o fabricante ou importador não manifeste vontade em realizar ensaio de contraprova no produto fiscalizado, o órgão delegado deve proceder à destinação das amostras restantes, de acordo com o disposto na Portaria Inmetro nº 70, de 05 de fevereiro de 2014.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 13

5.3.6 O ensaio de contraprova deve ser realizado com a presença de um representante do órgão delegado e um representante do fabricante ou importador do produto ensaiado, visando confirmar ou não a irregularidade do mesmo. 5.3.7 Caso a irregularidade não seja confirmada no ensaio de contraprova, o Órgão Delegado deve solicitar ao laboratório acreditado a realização de ensaio-testemunha na amostra coletada. 5.3.8 Caso a ação seja desdobramento de uma ação anterior, e sejam confirmadas as irregularidades, o AFOR responsável pela ação de fiscalização original deve seguir os passos descritos nos itens 5.2.7, 5.2.8 e 5.2.9. 5.3.9 Confirmada a irregularidade em um ou mais dos produtos ensaiados, o órgão delegado deve autuar o(s) respectivo(s) fabricante(s) ou importador(es), e solicitar aos mesmos a retirada do produto irregular do mercado. NOTA – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deve solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. 5.3.10 Os resultados encontrados nos ensaios devem ser encaminhados à Dconf/Divec para registro, análise e definição de ações posteriores. 5.4 Ação de Fiscalização Técnica com ensaios em laboratório acreditado

5.4.1 Para a realização de uma ação de fiscalização técnica com ensaios em laboratório acreditado, o AFOR deve: a) identificar os produtos que serão ensaiados – produtos com indícios de irregularidade e que não possam ser ensaiados em nenhum órgão delegado, caso a ação seja desdobramento de uma ação anterior em campo, ou seguindo os produtos definidos pelo órgão delegado ou pela Dconf/Divec; b) coletar amostras dos produtos que serão ensaiados, de acordo com o previsto nas respectivas Fichas de Produto Sujeito à Fiscalização – as amostras podem ser coletadas no fabricante ou no comércio, conforme definido pelo órgão delegado ou pela Dconf/Divec; c) embalar, lacrar e identificar de forma inequívoca as amostras coletadas, visando assegurar a integridade e rastreabilidade das mesmas; d) encaminhar os produtos coletados ao Coordenador de Acompanhamento de Ensaios do seu órgão delegado. 5.4.2 O órgão delegado deve encaminhar os produtos coletados a um laboratório acreditado pelo Inmetro e solicitar a realização dos ensaios previstos nos respectivos Regulamentos Técnicos e Ficha de Produto Sujeito à Fiscalização (Campo 10 – Requisitos Intrínsecos Verificáveis em Laboratório Acreditado). NOTA – Compete à Dconf/Divec indicar qual o laboratório acreditado pelo Inmetro que deve receber os produtos coletados. 5.4.3 O órgão delegado deve receber o laudo emitido pelo laboratório acreditado e, caso seja confirmada a irregularidade, a mesma deve ser comunicada ao fabricante ou importador do produto irregular. 5.4.4 Será estabelecido, na forma da lei, prazo para a defesa do fabricante ou importador do produto irregular, que pode solicitar, a seu critério, a realização de ensaio de contraprova na amostra coletada, ficando os custos com estes ensaios a cargo do fabricante ou importador interessado.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 14

5.4.5 A falta de manifestação expressa de vontade do fabricante ou importador, dentro do prazo concedido, em realizar a contraprova implica na aceitação pelo mesmo dos resultados do primeiro ensaio, e na confirmação da irregularidade apontada. NOTA – Caso o fabricante ou importador não manifeste vontade em realizar ensaio de contraprova no produto fiscalizado, o órgão delegado deve proceder à destinação das amostras restantes, de acordo com o disposto na Portaria Inmetro nº 70, de 05 de fevereiro de 2014. 5.4.6 O ensaio de contraprova deve ser realizado com a presença de um representante do órgão delegado e um representante do fabricante ou importador do produto ensaiado, visando confirmar ou não a irregularidade do mesmo. 5.4.7 Caso a irregularidade não seja confirmada no ensaio de contraprova, o Órgão Delegado deve solicitar ao laboratório acreditado a realização de ensaio-testemunha na amostra coletada. 5.4.8 Confirmada a irregularidade em um ou mais dos produtos ensaiados, o órgão delegado deve autuar o(s) respectivo(s) fabricante(s) ou importador(es), e solicitar aos mesmos a retirada do produto irregular do mercado. NOTA – Caso o fabricante/importador esteja localizado em uma UF diferente daquela onde está sendo realizada a ação de fiscalização, o AFOR deverá solicitar ao seu órgão delegado que comunique o fato ao órgão delegado responsável pela UF de origem do fabricante/importador, para que este dê continuidade ao processo. 5.4.9 Caso a ação seja desdobramento de uma ação anterior, e sejam confirmadas as irregularidades, o AFOR responsável pela ação de fiscalização original deve seguir os passos descritos nos itens 5.2.7, 5.2.8 e 5.2.9. 5.4.10 Os resultados encontrados nos ensaios realizados em laboratório acreditado devem ser encaminhados à Dconf/Divec para registro, análise e definição de ações posteriores. 6. PROCESSO ADMINISTRATIVO, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DOS PRODUTOS IRREGULARES

6.1 Encerramento da ação de fiscalização

6.1.1 Ao encerramento da ação de fiscalização, o AFOR deve informar ao responsável pela empresa fiscalizada as irregularidades encontradas, se for o caso, e os procedimentos que devem ser tomados. 6.1.2 Em todas as ações de fiscalização, o AFOR deve preencher o Registro de Visita, conforme disposto no item 3.6. 6.2 Procedimentos em caso de identificação de produtos irregulares

6.2.1 Sempre que uma ação de fiscalização culminar na identificação de um ou mais produtos irregulares, o AFOR deve preencher o Termo Único de Fiscalização de Produtos (TUF, documento com o código 1112 no SGI). 6.2.2 O AFOR deve anexar ao TUF o máximo possível de evidências que comprovem a irregularidade e permitam a rastreabilidade do produto (por exemplo: marca, modelo, número de série ou lote, data de fabricação, fotografias do produto). 6.2.3 O AFOR deve encaminhar o TUF ao setor responsável pelo processo administrativo em seu órgão delegado, de acordo com as regras definidas pelo mesmo, para que sejam conduzidas as ações posteriores.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 15

6.2.4 Nas ações de fiscalização em que sejam identificados produtos irregulares, o AFOR deve assegurar a suspensão da comercialização dos mesmos através dos mecanismos de apreensão ou interdição cautelar, atendendo ao disposto no Artigo 4º da Resolução Conmetro nº 08, de 20 de dezembro de 2006, e nas seções 6.3 e 6.4 abaixo. NOTA – No caso da identificação de produtos irregulares em comércio virtual ou meios impressos, o AFOR deve comunicar aos responsáveis pelos mesmos a obrigatoriedade imediata da suspensão das vendas do produto irregular até à conclusão do processo. 6.3 Procedimento para apreensão de produtos irregulares

6.3.1 O produto irregular deve ser apreendido nos seguintes casos: a) produtos irregulares identificados em importadores; b) produtos irregulares identificados em comércio, feiras e exposições, desde que não apresentem selo de identificação da conformidade e que não sejam de fabricação nacional; c) sempre que o AFOR considerar que o responsável pelo produto não apresenta garantias suficientes para assegurar a não comercialização do produto irregular; d) sempre que houver uma orientação expressa da Dconf/Divec para apreender um determinado produto. 6.3.2 Para proceder à apreensão de um produto irregular, o AFOR deve: a) preencher o TUF correspondente; b) embalar e lacrar o produto em embalagem adequada; c) identificar o produto, com etiqueta contendo, obrigatoriamente, a data e local de apreensão e as informações disponíveis para assegurar sua rastreabilidade; d) prestar ao responsável pela empresa fiscalizada todas as informações relacionadas ao processo de apreensão do produto e ações subsequentes; e) encaminhar o produto para o depósito do órgão delegado ou para local definido previamente pelo mesmo, atendendo ao disposto no item 6.5 abaixo; f) encaminhar o TUF correspondente ao setor responsável pelo processo administrativo em seu órgão delegado, de acordo com as regras definidas pelo mesmo, para que sejam conduzidas as ações posteriores. 6.3.3 Após a apreensão do produto, o Órgão Delegado responsável pela mesma dá andamento ao processo, avaliando a(s) irregularidade(s) encontrada(s), e as possíveis ações que devem ser tomadas para saná-la(s), bem como a aplicação de medidas punitivas previstas em lei. 6.4 Procedimentos para interdição cautelar de produtos irregulares

6.4.1 O produto irregular deve ser sujeito à interdição cautelar nos seguintes casos: a) produtos irregulares identificados em fábricas; b) produtos irregulares identificados em comércio, feiras e exposições que não se enquadrem nos critérios do item 6.3.1, alínea b; c) sempre que o AFOR considerar que não é viável o transporte e/ou o armazenamento do produto, desde que não haja orientação expressa da Dconf/Divec determinando a apreensão do mesmo; d) sempre que houver uma orientação expressa da Dconf/Divec para interditar um determinado produto. 6.4.2 Ao determinar a interdição cautelar, o AFOR deve: a) preencher o TUF correspondente; b) identificar o responsável pela guarda do produto (“fiel depositário”), que deve assegurar que o mesmo não será comercializado durante o período de interdição, e responder judicialmente caso haja descumprimento desta determinação.

Dconf/Divec – ver7 Setembro/2015 - Página 16

c) embalar e lacrar o produto em embalagem adequada; d) identificar o produto, com etiqueta contendo, obrigatoriamente, a data e local de interdição e as informações disponíveis para assegurar sua rastreabilidade; e) prestar ao responsável pela empresa fiscalizada todas as informações relacionadas ao processo de interdição do produto e ações subsequentes; f) encaminhar o TUF correspondente ao setor responsável pelo processo administrativo em seu órgão delegado, de acordo com as regras definidas pelo mesmo, para que sejam conduzidas as ações posteriores. 6.4.3 Após a interdição do produto, o Órgão Delegado responsável pela mesma dá andamento ao processo, avaliando a(s) irregularidade(s) encontrada(s), e as possíveis ações que devem ser tomadas para saná-la(s), bem como a aplicação de medidas punitivas previstas em lei. 6.4.4 Ao final do processo administrativo, os produtos interditados cautelarmente podem receber os seguintes tratamentos:

RESULTADO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

TRATAMENTO DE PRODUTOS INTERDITADOS CAUTELARMENTE

Irregularidade não confirmada Notificar o fiscalizado quanto à desinterdição do produto

Irregularidade passível de adequação

Notificar o fabricante/importador do produto interditado para recolher o produto e proceder à sua regularização,

informando o órgão delegado quanto às medidas tomadas para tal

Irregularidade não passível de adequação

Notificar o fabricante/importador do produto interditado para recolher o produto e proceder à sua destruição,

informando o órgão delegado quanto às medidas tomadas para tal

6.5 Procedimentos para recebimento, armazenamento, conservação e destinação de produtos apreendidos cautelarmente

6.5.1 Os produtos apreendidos cautelarmente devem ser recebidos, armazenados e conservados pelo órgão delegado durante o processo administrativo de apuração da irregularidade cometida, de acordo com o disposto na Portaria Inmetro nº 70, de 05 de fevereiro de 2014. 6.5.2 Findo o processo administrativo de apuração da infração, e não sendo aplicada a pena de apreensão definitiva, o órgão delegado deverá devolver o produto à origem, de acordo com o disposto na Portaria Inmetro nº 70, de 05 de fevereiro de 2014. 6.5.3 Findo o processo administrativo de apuração da infração, e sendo aplicada a pena de apreensão definitiva, o órgão delegado deve tratar da destinação do produto, de acordo com o disposto na Portaria Inmetro nº 70, de 05 de fevereiro de 2014.