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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso LAZER E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDE PÚBLICA: COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DO NÚCLEO BANDEIRANTE-DF Autora: Monaiza Lima Lopes Orientadora: Prof.ª Drª Tânia Mara Vieira Sampaio Brasília - DF 2012

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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

LAZER E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDE PÚBLICA: COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO

DO NÚCLEO BANDEIRANTE-DF

Autora: Monaiza Lima Lopes Orientadora: Prof.ª Drª Tânia Mara Vieira Sampaio

Brasília - DF 2012

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MONAIZA LIMA LOPES

LAZER E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NAS AULAS DE EDUCA ÇÃO FÍSICA NA REDE PÚBLICA: COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DO NÚCLEO

BANDEIRANTE-DF Artigo apresentado ao curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciatura em Educação Física. Orientadora: Prof.ª Drª Tânia Mara Vieira Sampaio

Brasília 2012

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AGRADECIMENTOS

Sou grata a Deus por me conceder a vitória de poder concluir mais uma etapa

em minha vida. Agradeço a Ele por todas as pessoas que colocou em meu caminho

e que me ajudaram a tornar possível esse sonho.

Agradeço a minha família, meus pais e minhas irmãs, que sempre estiveram

ao meu lado, acreditando, amando e acima de tudo expressando a admiração que

sentem por mim.

Sou muito grata a querida Professora Tânia Mara Vieira Sampaio que tanto

me ensina com sua educação, mansidão, paciência e dedicação. Foi uma honra

poder tê-la como orientadora deste trabalho.

.

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RESUMO

Considerando a atualidade e importância do tema lazer e a discussão acerca da

intervenção profissional neste campo, buscou-se analisar o perfil dos profissionais

que atuam com o lazer no ambiente escolar e como está se desenvolvendo tal

intervenção. Os encaminhamentos metodológicos se desenvolveram com a

combinação da pesquisa de campo utilizando questionário e a revisão bibliográfica.

Participaram da pesquisa sete indivíduos que atuam com Educação Física Escolar

lotados na Rede Pública de Ensino do Núcleo Bandeirante. O presente estudo

possibilitou traçar uma análise do perfil dos professores de Educação Física que

atuam na rede pública de ensino na Regional do Núcleo Bandeirante, bem como

trouxeram diagnósticos de profissionais que possuem predominantemente uma

visão restrita e funcionalista sobre o conceito de lazer. Assim percebe-se a

necessidade de se considerar o lazer na prática pedagógica nas aulas de Educação

Física para além de uma visão funcionalista e compensatória para o aluno, e sim

deve ser entendida como uma esfera da vida do ser humano que merece atenção

como todas as outras. A escola e a Educação Física, bem como uma intervenção

efetiva são veículos privilegiados de uma educação que viabiliza a inclusão de

estudos e vivências sobre Lazer na escola.

Palavras-chave: Educação Física Escolar. Lazer. Intervenção Profissional.

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INTRODUÇÃO

Decidindo por não adentrar em toda discussão que envolve o surgimento do lazer e as diferentes concepções que se observa em debates e produções acadêmicas, segundo Reis (2009), pode-se dizer que é um conceito que emergiu associado ao trabalho na Revolução Industrial, quando a classe trabalhadora passou a ter horas livres de obrigações profissionais que precisavam ser ocupadas para que não se transformassem em problemas para a burguesia. Por outro lado, existem as correntes teóricas que afirmam que o lazer sempre existiu, uma vez que estava presente nas sociedades mais antigas, onde o ser humano era guiado por suas necessidades, com festas que intercalavam as colheitas e demais afazeres.

Normalmente associada a atividades que envolvem o elemento lúdico da cultura, a recreação, o brincar e o jogo como parte desse universo, o lazer pode propiciar tanto o divertimento e o descanso, quanto o desenvolvimento pessoal e social do individuo.

O lazer pode ser entendido como um campo multidisciplinar que abrange diferentes áreas do saber como Sociologia, Hotelaria, Pedagogia, Turismo e Arquitetura. Para Marcellino (1996):

Não é possível se entender o lazer isoladamente, sem relação com outras esferas da vida social. Ele influência e é influenciado por outras áreas de atuação, numa relação dinâmica. Não entender esse processo pode levar a equívocos, que são muito comuns.

Desde o principio dos primeiros estudos sobre o lazer no Brasil a

Educação Física, principalmente, é uma das áreas do saber que vem ganhando importante destaque neste campo, contribuindo expressivamente com produções cientificas, culturais, pedagógicas e técnicas.

Para Isayama (2008) a atuação expressiva do profissional de Educação Física colabora de forma significativa para a apropriação do amplo mercado de trabalho do lazer que vem se abrindo cada vez mais. Tal relação é histórica e se confirma devido a forte presença das atividades físicas e esportivas nos primeiros programas de lazer no Brasil.

O lazer e a recreação estão entre as diversas possibilidades que o profissional da área de Educação Física pode atuar, por isso é necessário que haja conhecimentos específicos relacionados a este campo como lúdico, recreação, prazer, entre outros. Observa-se tal fato nos trabalhos com Educação Física Escolar, aulas de ginástica, danças, jogos e outros conteúdos culturais que propiciem vivências lúdicas, prazerosas e significativas para os indivíduos envolvidos.

A escola representa um dos espaços onde o profissional de Educação Física deve buscar promover uma educação efetiva e permanente para a saúde, ampliar as manifestações de lazer por meio do lúdico, do brinquedo, do jogo, da festa, entre outros interesses, como meio eficaz para a conquista de um estilo de vida ativo e compatível com as necessidades de cada etapa e condições da vida do ser humano bem como contribuir para a formação integral do indivíduo, no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes.

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O lazer é um conceito que merece espaço dentro da Instituição Escola, a fim de se superar uma visão restrita de lazer, possibilitando sua prática positiva por meio do estímulo, aprendizado e iniciação de níveis menos elaborados para níveis mais elaborados. Para Rangel, et al (2005), os momentos que mais se aproximam dessa importante esfera de nossas vidas dentro da escola é o Intervalo ou recreio, festas comemorativas, e na visão de alguns, as aulas de Educação Física.

Fica claro que o lazer não se limita apenas a intervenção do profissional de Educação Física dentro da escola, mas, como afirmam Rangel, et al (2005), dificilmente se observa professores de outras áreas que compõem o currículo da escola levantarem o tema para discussão, a começar por seu conceito e outras questões concernentes ao assunto que possam gerar uma discussão com os alunos e até mesmo uma possível vivência posterior.

Uma intervenção profissional que não se paute apenas na transmissão de repertório, em termos procedimentais, mas que oriente discussões acerca do tema pode contribuir muito para que se amplie a visão dos alunos sobre o lazer e o seu verdadeiro significado e importância na vida cotidiana das pessoas como o trabalho, a escola, a família, entre outros; não existindo maiores ou menores importâncias atribuídas a qualquer um deles.

Para Rangel, et al (2005), o Lazer compõe uma das possibilidades de Educação Física na escola, no entanto tem faltado espaço para isso. É fundamental a compreensão de como o lazer tem acontecido no ambiente escolar e como se tem dado a intervenção do Profissional de Educação Física, uma vez que o acesso a esse importante fenômeno social é um direito que deve ser garantido a todo cidadão. Entender o perfil do profissional que atua no campo do lazer no ambiente escolar a partir de sua percepção e formação contribui na intervenção, análise e qualificação da área.

Tal intervenção precisa acontecer de forma organizada para que os profissionais apliquem seus conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos com responsabilidade e ética, contribuindo para a construção de uma sociedade mais digna e critica.

Dessa forma os objetivos do presente estudo foram analisar o perfil dos profissionais que atuam com o lazer no ambiente escolar e verificar de que forma a intervenção destes profissionais tem acontecido nas aulas de Educação Física na Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante- DF. Além de identificar a concepção sobre lazer pelos professores; identificar quais as metodologias os professores utilizam para estimular e promover a pratica do lazer no ambiente escolar.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este projeto de pesquisa combinou pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de levantamento bibliográfico a partir da temática do estudo e das palavras-chave: Educação Física Escolar; Lazer; Intervenção Profissional, entre outras. Na pesquisa de campo foi utilizada a técnica de questionário composto por perguntas abertas e fechadas com a finalidade de analisar, descrever e interpretar importantes características de determinado grupo de professores.

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A amostra da pesquisa se constituiu por sete professores de Educação Física da Rede Pública que atuam no Ensino Fundamental (5º ao 9º ano) e Ensino Médio (1ª a 3ª série). Os professores que aceitaram participar da pesquisa responderam a um questionário composto de vinte e uma questões abertas e fechadas após estarem cientes dos objetivos da mesma e terem assinado um termo de consentimento livre e esclarecido dando sua anuência para esta participação voluntária.

As escolas que compõem a Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante- DF, na qual os professores atuam, são o Centro de Ensino Médio 01 Núcleo Bandeirante, Centro de Ensino Fundamental 01 Núcleo Bandeirante e Centro de Ensino Fundamental Metropolitana.

O questionário aplicado foi construído para esta pesquisa com perguntas abertas e fechadas. Para a análise descritiva (Me e DP) e de frequência relativa dos dados utilizou-se o programa SPSS 20.0 for Windows, logo após se deu a identificação das convergências e divergências encontradas nas questões respondidas, bem como semelhanças identificadas durante a análise das questões abertas e agrupamento das questões fechadas. Estabelecidas as categorias se deu o diálogo com a revisão de literatura realizada na pesquisa bibliográfica.

Participaram da pesquisa apenas professores que atuam com Educação Física Escolar lotados na Rede Pública de Ensino do Núcleo Bandeirante, sendo excluídos da pesquisa professores de Educação Física que não estavam atuando nestes ciclos escolares ou estavam desempenhando outras atividades na escola que não fosse a atuação em aulas. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1. Frequência relativa das questões fechadas

QUESTÕES/ FREQUÊNCIA Não se aplica

Aplica-se Pouco

Aplica-se Moderadamente

Aplica -se Muito

Aplica-se Totalmente

1) Nas aulas de recreação você acredita ser importante trabalhar atividades que cansem o aluno, para que este esgote suas energias nas aulas de educação física, retornando a aula silencioso e pouco participativo.

71,4 14,3 14,3 0 0

2)Você discute com seus alunos acerca das vivências de lazer e suas barreiras diante da diversidade de raça, faixa etária e características físicas constitutivas em nossa sociedade.

14,3 28,6 14,3 0 42,9

3)Durante o curso de graduação cursou disciplinas que o ajudaram a compreender o significado de lazer e sua importância no âmbito social.

0 0 14,3 28,6 57,1

4)Você procura incentivar e 0 14,3 14,3 28,6 42,9

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estimular seus alunos a realizar jogos e brincadeiras e outras atividades físicas aprendidas nas aulas com amigos ou familiares, fora do período normal de aulas, como forma de usufruir o tempo de lazer, melhorando sua qualidade de vida. 5) Nas aulas de recreação você acredita ser importante trabalhar atividades que tenham o objetivo de “descansar a mente” dos alunos, para que esta posteriormente, tenha melhor “rendimento no aprendizado intelectual”.

0 42,9 14,3 0 42,9

6)Você prepara aulas que tenham como foco vivências no âmbito do lazer.

0 0 42,9 14,3 42,9

7)Em suas aulas seus alunos participam ativamente tendo liberdade de opinar, sugerir e recriar.

0 0 28,6 14,3 57,1

8)Em sua opinião a recreação é uma atividade que acontece apenas nas aulas de Educação Física.

57,1 14,3 14,3 0 14,3

9)A escola onde você trabalha permite que os alunos tenham acesso ao espaço e equipamentos da escola no contra turno das aulas.

42,9 14,3 0 0 42,9

10) Existem alunos com deficiência em suas turmas. 0 14,3 0 14,3 71,4

11) Os alunos com deficiência participam das aulas de Educação Física quando se aplica o lazer.

0 0 0 14,3 85,7

12) Você ensina jogos e brincadeiras em suas aulas. 0 0 28,6 28,6 42,9

13) Em suas aulas os alunos vivenciam atividades manuais como bricolagem, culinária, corte e costura, jardinagem entre outras.

85,7 14,3 0 0 0

14) Em suas aulas os alunos vivenciam atividades artísticas como dança, teatro, cinema entre outras.

0 14,3 28,6 0 57,1

15) Os alunos da escola onde leciona fazem passeios a museus de arte e pontos históricos da cidade.

0 28,6 42,9 0 28,6

16)Os alunos da escola onde leciona já fizeram viagens turísticas.

85,7 0 14,3 0 0

17)Em suas aulas predominam atividades físico/esportivas. 0 14,3 14,3 42,9 28,6

18)Os jogos propostos para seus alunos são predominantemente jogos de regras.

0 14,3 42,9 14,3 28,6

19)Em sua opinião os jogos e 0 0 0 28,6 71,4

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brincadeiras devem ser atividades que proporcionam prazer e alegria por ter como componente o lúdico. 20) Em seu entendimento dar aulas que tenham como conteúdo o lazer significa aula livre.

85,7 0 0 0 14,3

21) Quem acompanha os alunos no acesso a escola no contra turno das aulas é o professor de Educação Física.

71,4 0 14,3 0 14,3

Perfil dos sujeitos da pesquisa, formação e qualifi cação

profissional: Foram aplicados 7 questionários envolvendo 6 elementos do sexo feminino (80,7%) e 1 do sexo masculino (14,3%) com idades compreendidas entre 31 e 47 anos (37,4 ± 5,5), que atuam entre as escolas que compõem a Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante- DF, Centro de Ensino Médio 01 Núcleo Bandeirante, Centro de Ensino Fundamental 01 Núcleo Bandeirante e Centro de Ensino Fundamental Metropolitana. No que diz respeito ao tempo de graduado as respostas variaram entre 9 a 18 anos (13,1± 3,8). Estão entre 4 e 19 anos o tempo em que os professores lecionam aulas de Educação Física Escolar ( 9,3±6,4).

Tabela 2. Caracterização da amostra N % Sexo Feminino 6 80,7 Masculino 1 14,3 Formação acadêmica Graduado 3 42,9 Mestrado 0 0 Especialização 4 57,1 Doutorado 0 0

De 7 indivíduos que participaram da pesquisa, quanto a formação

acadêmica em Educação Física, 4 indivíduos possuem apenas especialização (57,1 %) enquanto 3 possuem apenas graduação (42,9 %).

Ao responder a questão 3 de freqüência, presente no questionário,4 dos professores (57,1%) afirmaram terem cursado disciplinas que o ajudaram a compreender o significado de lazer e sua importância no âmbito social. Para Gomes (2009), é importante que profissional não só entenda seu processo de formação como também possa qualificar sua atuação no campo do lazer.

O processo de formação de profissionais que atuem no âmbito do lazer em suas diversas esferas e principalmente no âmbito escolar é fundamental para uma mudança na visão do senso comum dos alunos. A aplicação dos saberes que os professores adquiriram em seu processo de formação não devem se basear apenas na oferta de atividades para os alunos, mas ser feita por meio de intervenções que possibilitem contribuir para uma formação sólida que constitua em direito e instrumento de transformação individual e coletiva, na busca de superar desigualdades sociais, do exercício da justiça, da liberdade, da constituição de atitudes éticas de cooperação e solidariedade. Tais direitos são vivenciados pela prática do lazer.

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Diante dessa realidade constatou-se que 3 (42,9%) dos 7 professores responderam moderadamente, enquanto outros 3 (42,9%) responderam aplicar-se totalmente e somente (14,3%) afirmaram aplicar-se muito prepararem aulas de Educação Física que contemplem o lazer como conteúdo. Percebe-se que, mesmo com diferentes frequências, os professores tentam de alguma forma prepararem aulas que tenham como foco as vivências no lazer.

É importante que o lazer faça parte dos conteúdos que são explorados nas aulas de Educação Física Escolar, porém não se pode desconsiderar o papel do educador nesse processo. A maioria dos educadores foi formada por uma escola que não valorizou a experiência cultural do lúdico e também do lazer e, como afirma Marcellino (2001), continuam sendo educados por uma sociedade, cujos valores de produtividade e de consumo não estimulam e nem valorizam o ensino/aprendizagem de características lúdicas, marcados pela opção da “não seriedade”, pelo prazer, alegria e desligados de interesses imediatistas.

O papel do professor nesse ponto deve ser o de esclarecer aos alunos os sentidos de tais práticas e abandonar os vícios de diretividade como, ditar regras, o que, segundo Marcellino (2001), compromete a simplicidade e naturalidade nas ocasiões espontâneas, ou mesmo incentivadas, em que o componente lúdico se manifesta.

A escola e a Educação Física representam um espaço privilegiado para que os alunos utilizem o tempo que dispõem para o lazer com atividades produtivas contribuindo para o seu desenvolvimento cultural. É nesse sentido que devemos entender a relação entre Educação Física e lazer, onde o profissional deve atuar como mediador dos conhecimentos, orientando nas escolhas das atividades, como se utiliza os espaços e equipamentos de lazer. Tais intervenções intencionais possibilitarão que os alunos se tornem indivíduos conscientes, criativos e autores de sua própria ressignificação dos elementos da cultura corporal do movimento.

Conceituação e concepções sobre lazer apresentadas pelos professores: Relativamente à análise das respostas na questão aberta, verificou-se que alguns termos se repetiram a partir das escritas:

Questão 6) O que você entende por lazer? Sujeito nª 1: “Utilização do tempo livre com o que gosta de fazer.” Sujeito nº 2:

“Espaço destinado a descontração nas aulas de Educação Física pode ser usada como recurso de aprendizagem.”

Sujeito nª 3:

“Atividade que proporciona bem estar físico e mental para o indivíduo praticante.” Sujeito nº 4 :

“É toda forma de diversão.” Sujeito nº 5:

“Atividades dirigidas que visem a participação de todos, seja nas escolas ou fora, com a comunidade. Proporcionando momentos prazerosos com jogos e brincadeiras.”

Sujeito nº 6:

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“Lazer pode ser tanto uma atividade que proporciona diversão e prazer ou uma atividade em que se aprende de forma lúdica.”

Sujeito nº 7: “É o momento no qual o indivíduo utiliza o tempo para dedicar-se a atividades que gosta, que o proporciona prazer, que o possibilite criar e recriar. O papel do docente é fundamental para esse processo.”

Tabela 3. Frequência absoluta de termos semelhantes na escrita Lazer Nº de f requência Tempo livre 2 Pode ser usado como recurso de aprendizagem 3 Proporciona prazer 3 Diversão 2 Lazer na escola e intervenção profissional 3 Fazer o que gosta 2

Conceituar lazer e recreação não é tarefa fácil, segundo Gomes (2009),

requer uma vasta interpretação de símbolos e significados dessa expressão cultural. Para Marcellino (1996) em nossa sociedade a palavra lazer comporta diferentes entendimentos à medida que aparece cada vez com mais frequência. Porém, não se pode desconsiderar que é um termo que carrega consigo muitos preconceitos. Por estar quase sempre associado a experiências individuais é comum a redução do seu conceito a visões parciais, restritas aos conteúdos de determinadas atividades. O uso indiscriminado e conflituoso dessa palavra demonstra a urgente necessidade de precisá-lo.

Verificou-se em todas as respostas uma visão parcial do lazer e uma baixa articulação entre as ideias apresentadas. Podemos constatar que na concepção dos professores o lazer acontece apenas em locais apropriados. Percebe-se que os caracteres tempo e espaço se fazem presentes em tais posicionamentos restringindo o conceito de lazer e de suas relações com o cotidiano dos seres humanos.

A compreensão de lazer como instrumento de felicidade e prazer se destacou entre as respostas. Para Gomes (2009), apesar de aspectos como bem-estar, prazer e procura da felicidade representar termos intimamente ligados ao lazer, é essencial que a intervenção profissional se paute em não restringir o mesmo apenas a isto. É preciso compreender esta esfera da vida como um direito social, necessário a todos os seres humanos e que emancipa, traz conhecimentos e colabora gerando reflexões e qualidade de vida. Tal entendimento é de suma importância para que não haja uma intervenção baseada apenas na reprodução de atividades.

Observou-se nas respostas que os professores destacaram os aspectos tempo, atitude e espaço, conceito explicado também por Marcellino (1996) ao falar de tempo e atitude. No entanto, ao se considerar o aspecto “tempo livre” como lazer, torna-se insuficiente sua compreensão, pois as atividades de tempo livre são bem distintas entre si. Dentro da diversidade de atividades que se podem realizar dentro do chamado “tempo livre” ou tempo de “não trabalho”, o lazer é apenas uma pequena porção deste, ocupando apenas uma pequena parte, afirma Reis (2009).

A importante vivência do lazer e uma intervenção voltada para a ênfase do elemento lúdico pode tornar até os momentos de obrigações sociais em

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momentos de tempo disponível e livre escolha. A recreação, o jogo e o brincar compõem parte integrante no universo do lazer e muitos fazem parte da cultura, e são transmitidos de geração para geração, como afirma Junior (2004).

O lazer também é compreendido por alguns professores como uma forma de promover aprendizagem, porém tal concepção é destacada de maneira superficial, não esclarecendo que tipo de ensino se pode alcançar. Para Marcellino (1996) verifica-se um duplo processo educativo: o lazer como veículo e como objeto de educação, onde no primeiro ele se constitui como veículo privilegiado de educação e no segundo para a prática de atividades de lazer é necessário o aprendizado.

Na articulação das respostas observou-se o destaque para o lazer como conteúdo que deve ser contemplado nas aulas de Educação Física prezando por uma intervenção profissional que preserve seu caráter educativo, espontâneo, descontraído, lúdico, criativo e livre de obrigações.

Avaliação das ações em lazer e recreação nas aulas de Educação Física: Dificilmente se supera na concepção do senso comum uma visão funcionalista do lazer, onde se utiliza de sua prática como forma de compensação, fuga da realidade entre outras. No ambiente escolar também não é diferente, como propõem Oliver e Marcellino (1996), quando discutem sobre o lazer categorizado como: cansativo, complementar e educativo.

Diante da perspectiva da categorização do lazer, no questionário foram abordadas apenas duas questões, a primeira diz respeito ao uso das atividades de lazer para cansar o aluno, de forma que este esgote suas energias, retornando a sala de aula silencioso e pouco participativo colaborando com os professores das demais disciplinas. A segunda categoria consiste em relaxar o aluno para que ele “descanse a mente” de forma que colabore em seu “desenvolvimento intelectual”.

Na questão 1 da tabela de frequência, 5 (71,4%) indivíduos responderam não concordarem em categorizar o lazer como cansativo, por outro lado, na questão 5, os mesmos se dividiram no que diz respeito a uma visão funcionalista do lazer categorizado como complementar onde, 3 (42,9%) dos sete professores afirmaram aplicar-se pouco a utilização deste método, enquanto os demais (42,9%) afirmaram totalmente utilizarem o método em suas aulas, o que comprova por parte dos 3 professores uma visão funcionalista/assistencialista do lazer dos indivíduos participantes.

Para Junior (2004), no imaginário do Professor o que muitas vezes se passa é a percepção da dicotomia de que o corpo é apenas o invólucro anatômico e a mente como sendo responsável pela apropriação do saber, muito semelhante a típica divisão do trabalho em nossa sociedade: braçal e intelectual.

Constatou-se na resposta a questão 20 que, no que diz respeito a entender a aula de lazer como sendo momento de “aula livre”, 6 (85,7%) professores responderam discordarem desse entendimento, uma vez que comparada as respostas 2, 4 e 7 do questionário de frequência, percebe-se que a maioria dos professores apóia e propõem aulas que trazem como proposta a educação para e pelo lazer.

O papel do profissional de Educação Física é fundamental no que diz respeito a contribuir para as vivências de lazer e para o entendimento do que vem a ser esse termo e as barreiras que existem para sua prática em nossa

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sociedade, bem como incentivar sua prática dentro e fora do ambiente escolar. Essa democratização ao acesso às vivências de lazer possibilita aos alunos a autonomia em relação a torná-lo critico, de forma que aprenda a utilizar-se do lazer como componente importante para sua qualidade de vida, afirma Rangel, et al (2005).

Nas questões 13, 14, 15 e 16 sobre conteúdos culturais do lazer, observou-se que 6 (85,7%) dos professores não preparam aulas que contemplem atividades manuais como bricolagem, culinária, corte e costura, jardinagem, entre outras, enquanto 4 (57,1%) docentes afirmam trabalharem em suas aulas atividades artísticas como cinema e teatro.

Em relação a passeios a museus de arte e pontos históricos com os alunos, 3 (42,9%) indivíduos responderam acontecer moderadamente, enquanto apenas 2 (28,6%) responderam aplicar-se totalmente acontecer este tipo de atividades nas escolas onde trabalham. 6 (85,7%) dos professores afirmaram não haver viagens turísticas na escola onde lecionam. No que tange a predominância das atividades físico/ esportivas nas aulas de Educação Física 3 (42,9 %) dos sujeitos da pesquisa responderam terem essa atividade com maior frequência em suas aulas, enquanto que as demais respostas variaram entre aplicar-se pouco e totalmente tal afirmação.

Comparado os dados entre si, pode-se constatar que as vivências no âmbito do lazer nas aulas de Educação Física se atem com predominância nas atividades físicas e esportivas, o que é explicado tradicionalmente, pois desde o início a Educação Física na escola se ateve ao ensino das habilidades das diferentes modalidades esportivas, explica Junior (2004).

É fundamental que o professor em suas aulas traga contribuições no sentido de ampliação das percepções, caracterizando um plano de estudo que colabore para a construção de um indivíduo que compreenda sua responsabilidade social a partir do aguçamento da sensibilidade pessoal, estimulando a elaboração de argumentos que coloquem os alunos em condições de interferir na própria realidade social.

O acesso ao lazer e aos seus conhecimentos nas aulas de Educação Física deve constituir-se em direito e possibilidade de transformação individual e coletiva, na busca da superação das desigualdades sociais, do exercício da justiça e da liberdade, da constituição de atitudes éticas de cooperação e de solidariedade.

Os resultados das respostas as questões 10 e 11 mostraram que 5 (71,4%) dos professores responderam existirem alunos com algum tipo de deficiência em suas aulas e 6 (85,7%) afirmaram que esses alunos participam de aulas que tenham como conteúdo vivências de lazer. Esse dado revela a necessidade de uma intervenção profissional voltada para a missão de encontrar alternativas para a não exclusão, de forma que este deverá repensar sua própria prática pedagógica a fim de torná-la acessível a todos os alunos.

Para Rangel, et al (2005), a inclusão (não exclusão) é um dos princípios a serem considerados para a inserção do aluno na Cultura Corporal do Movimento, que objetiva garantir o acesso a todos os alunos nas atividades propostas. É importante que exista uma Educação Física que contemple conteúdos diversificados, não privilegiando nenhuma modalidade esportiva, permitindo que os alunos desfrutem de vivências corporais em atividades de jogos, brincadeiras, esportes, lutas, dança, entre outras.

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Em resposta a questão 12, 3 (42,9%) professores afirmaram abordar totalmente em suas aulas jogos e brincadeiras como conteúdos escolares, enquanto os demais, ainda com menor frequência, mas de alguma forma também aplicam estes conteúdos. Para Rangel, et al (2005, p.160):

Analisando o cenário histórico da Educação Física, podemos perceber que os jogos de uma forma ou de outra sempre estiveram presentes no interior da escola, sobretudo nas ultimas décadas, com a presença marcante do jogo desportivo. Mas, esta presença esteve quase que exclusivamente ligada ao saber fazer, ao executar e não, por exemplo, a compreender o papel dos jogos na construção do patrimônio cultural. Ou seja, os alunos eram (ainda são) estimulados a praticar os jogos, e não a compreender os seus significados e os valores que estão por trás deles.

Para a maioria dos professores, correspondendo a 5 (71,4%) dos indivíduos em resposta a questão 19, o jogo e a brincadeira devem ser atividades que proporcionem prazer e alegria para os seus participantes. Embora o jogo seja quase sempre associado à criança, sabe-se que seu uso não se restringe somente a ela, sendo uma prática para todas as idades.

É possível perceber algumas peculiaridades do jogo que o torna de fácil aplicação nos ambientes escolares. Os jogos em sua maioria não são desconhecidos, pois a maior parte das pessoas já participou de diferentes jogos e brincadeiras. Muitas vezes não é necessário espaço ou materiais sofisticados (embora exista jogos com tais exigências), as complexidades das regras podem variar, pode ser praticado por qualquer faixa etária e promovem diversão e prazer para seus participantes (a menos que levados a extrema competição), afirmam Rangel, et al (2005).

Para Rangel, et al (2005), dentro de uma perspectiva de educação, de Educação Física e jogos, é fundamental considerar os procedimentos, fatos, conceitos, atitudes e os valores, como conteúdos, todos no mesmo nível de importância.

A característica lúdica das brincadeiras e dos jogos permite que o praticante crie um tipo de ilusão, ou seja, vive-se algo que está fora da realidade, mas que traz prazer e alegria. O jogo e o brincar como prática social possibilita ao indivíduo a transformação da realidade, exercitando o imaginário e suas habilidades, construindo e apropriando-se de suas praticas sociais. O brincar carrega marcas da nossa vida: alegrias, tristezas, dor, angustias, descobertas, realizações, que se expressam através da ludicidade, afirma Silva e Debortoli (2008).

Um ponto que merece importante destaque é pensar os espaços de lazer dentro e ao redor da escola, propiciando uma nova visão sobre o uso das instalações escolares, de forma que os alunos e também a comunidade possam ingressar com liberdade e utilizarem os equipamentos disponíveis nela. Para Rangel, et al (2005), a apropriação da escola significa responsabilidade social.

Em resposta a questão 9, os professores se dividiram entre não aplicar-se e aplicar-se totalmente o acesso dos alunos aos equipamentos de lazer no contra turno das aulas, porém no que diz respeito ao profissional que acompanha os alunos nesses momentos, questão 21, 5 (71,4%) dos sujeitos responderam não ser o professor de Educação Física quem acompanha os alunos nas atividades de lazer.

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É essencial que o profissional de Educação Física incentive as praticas físicas e esportivas no âmbito do lazer fora também do ambiente escolar de maneira que alcance também seus familiares e sua comunidade.

Pode-se aqui citar ações como: discutir com os alunos sobre as vivências de lazer e suas barreiras diante da diversidade de raças, faixa etária e características físicas constitutivas em nossa sociedade; propor pesquisas e discussões sobre lazer, bem como incentivar hábitos saudáveis nos momentos de lazer; demonstrar que o lazer também é uma atitude das pessoas, não dependendo somente do acesso a equipamentos específicos e recursos financeiros para sua pratica; buscar a formação critica dos alunos acerca da cultura corporal para que estes venham a discernir informações veiculadas pela mídia; enfatizar o lúdico ao propor as vivências de lazer, entre outras intervenções que podem colaborar para ampliar a visão de mundo destes alunos para que os mesmos possam tornarem-se agentes socioculturais intervindo junto a suas comunidades motivando-os a utilizarem suas horas e espaços de lazer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do presente estudo foi possível concluir que dos professores que

atuam na Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante são em maior parte mulheres (80,7%). Apenas 4 (57, 1%) dos professores possuem Especialização em alguma área, enquanto 3 (42,9%) possuem somente graduação. Dos professores, 4 (57,1%) afirmaram terem cursado disciplinas no período de formação que o ajudaram a compreender o significado de lazer e sua importância no âmbito escolar.

Os professores apresentaram respostas muito sucintas quando indagados sobre o que é lazer, sendo que, nessa questão era de se esperar respostas mais elaboradas por serem profissionais que já atuam na área de Educação Física Escolar e afirmaram contemplar o lazer como conteúdo em suas aulas. De modo geral observou-se que a área do lazer ainda é vista de modo restrito pelos educadores. Assim foi possível perceber a necessidade de que o profissional de Educação Física Escolar tenha acesso ao conhecimento sistematizado sobre lazer para atuarem neste campo de forma mais efetiva.

As metodologias e os procedimentos utilizados pelos professores em suas aulas ainda se baseiam em uma visão funcionalista do lazer. As atividades de lazer de interesse cultural físico/ esportivo se sobressaíram os demais interesses culturais do lazer, o que demonstrou a necessidade dos professores de adquirirem uma visão mais ampliada nas percepções sobre as atividades de lazer. Foi possível observar a necessidade de se estabelecer uma nova visão sobre o uso das instalações escolares e os espaços de lazer, de forma que os alunos e também a comunidade possam ingressar com liberdade e utilizarem os equipamentos disponíveis nela, bem como uma intervenção profissional mais efetiva no contra turno das aulas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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