princípios peculiares do direito do trabalho

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Page 1: Princípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípios Peculiares do Direito Princípios Peculiares do Direito do Trabalhodo Trabalho

Classificação dos Classificação dos principais principais

princípios que princípios que norteam a base norteam a base

legal trabalhistalegal trabalhista

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio da Proteção do Trabalhador

“ A necessidade de proteção social aos trabalhadores constitui a raiz sociológica

do direito do trabalho e é imanente a todo seu sistema jurídico.”

Arnaldo Sussekind 1997

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio da Norma Mais Favorável Caso existam duas normas viáveis, sem que nenhuma

delas atente contra a manifestação do legislador, deverá optar-se pela que mais beneficie o trabalhador, independente da escala hierárquica daquelas normas.

Ex.: A CLT prevê que ao trabalho noturno seja dado um adicional de 20% sobre a hora normal. Neste caso, se uma Convenção Coletiva estabelecer que para determinada categoria este trabalho seja remunerado 50% sobre a hora normal, aplica-se a norma da convenção e não a disposta na CLT.

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio do Indubio Pro Operario Caso exista dúvida razoável, deverá o Juiz

interpretar a favor do economicamente mais fraco, in casuin casu, o trabalhador.

Não só em casos que envolve a participação do Juiz, ou seja, sempre que existir duas interpretações a um texto legal ou artigo legal, deve-se aplicar a que melhor atenda aos interesses do trabalhador.

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio da Primazia da Realidade

No direito trabalhista, enfatiza-se o que ocorreu na prática, na realidade,

independentemente do contratado. Imaginemos um processo em que o trabalhador alega cumprir

jornada de 12 horas; a empresa junta cartões de ponto, pelos quais se vê que o empregado sempre cumpriu 8 horas de trabalho por dia. Apresentando prova testemunhal que comprove a jornada

alegada pelo reclamante, terá este ganho de causa, pois os depoimentos testemunhais se sobrepõe a prova documental

quando comprovam a REALIDADE dos fatos.

Page 6: Princípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio da Condição Mais Benéfica Não se pode, por este princípio, retirar do trabalhador as

cláusulas contratuais que lhe sejam benéficas, não podendo ser retiradas ou substituídas por outras menos benéficas. Trata-se de DIREITO ADQUIRIDO.

Este princípio encontra-se no art. 468 da CLT: “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

Parágrafo Único: Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do Trabalho

Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas

São indisponíveis os direitos do trabalhador, ainda que este concorde em abrir mão de suas prerrogativas. Ao trabalhador não é permitida a renúncia de direito, como, por exemplo: não pode ficar sem férias, mesmo recebendo-as em dinheiro, não ter registro em CTPS

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Princípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípios Peculiares do Direito do TrabalhoPrincípio da Continuidade da Relação Princípio da Continuidade da Relação

de Emprego de Emprego Há sempre a presunção deque o trabalhador não deseja Há sempre a presunção deque o trabalhador não deseja

deixar o emprego. Sempre que existir uma relação de deixar o emprego. Sempre que existir uma relação de trabalho, presume-se que esta será com vínculo de emprego. trabalho, presume-se que esta será com vínculo de emprego. Isto quer dizer que, no caso de uma reclamação já Justiça, o Isto quer dizer que, no caso de uma reclamação já Justiça, o empregador terá que provar que o trabalhador não era o empregador terá que provar que o trabalhador não era o seu empregado, mas exercia um serviço, digamos, seu empregado, mas exercia um serviço, digamos, autônomo.autônomo.

Neste sentido é a Jurisprudência – Enunciado nº 212 do Neste sentido é a Jurisprudência – Enunciado nº 212 do Tribunal Superior do Trabalho: “ Prova. Despedimento. O Tribunal Superior do Trabalho: “ Prova. Despedimento. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negada a prestação de serviço e o despedimento, é do negada a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregadoemprego constitui presunção favorável ao empregado