princípios de interpretação da bíblia

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Rembrandt – O Apóstolo HERMENÊUTICA Princípios de Interpretação da Bíblia por Pr. Geraldo H.A. Santos

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Page 1: Princípios de Interpretação da Bíblia

Rembrandt – O Apóstolo

HERMENÊUTICA Princípios de Interpretação da Bíblia

por Pr. Geraldo H.A. Santos

Page 2: Princípios de Interpretação da Bíblia

CTM SP – HERMENÊUTICA

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Princípios de Interpretação da Bíblia Profº Pr. Geraldo H. A. Santos 2

A Chave Hermenêutica

Fausto, o personagem central do grande poema de Goethe, num desabafo que denota profunda exaustão

existencial exclama:

“Estudei ardentemente tanta filosofia, direito e medicina e infelizmente muita Teologia (…) e chego ao fim de

tudo ignorante de tudo!

Depois de tantos estudos, geralmente a conclusão a que o sábio chega é que nada sabe. O acúmulo de

conhecimento, ainda que útil em vários aspectos, não é suficiente para saciar aquela estranha fome que

devora a alma humana. O conhecimento, por si, pode alvoroçar a alma do homem, torná-lo arrogante,

irrequieto e até destrutivo.

O poema de Goethe parece ser, a princípio, uma paródia do livro bíblico de Jó. Como no grande clássico

bíblico, Mefistófeles, o diabo, numa espécie de disputa com o Senhor, põe-se a infernizar a vida do já

angustiado Fausto. O desenrolar dos fatos, entretanto, toma um rumo bem diferente daquele observado na

narrativa da vida de Jó.

O personagem de Goethe interage com o anjo caído por toda a estória e flerta com o diabo como se este

fora totalmente inofensivo. Diferentemente do personagem bíblico, que é apresentado de início como um

homem bem-sucedido, vivendo uma vida próspera e pacata, o Fausto de Goethe é, de saída, encontrado

numa profunda crise, como que envolvido por um turbilhão inescapável de conflitos e experimentando tédio

insuportável.

Muito letrado, Fausto deparou-se com o desencanto na rota para o suicídio:

“Eu acreditava ser a imagem de Deus, muito incerto,

Ser o espelho fiel da vera eternidade!

(…) Mas um tufão me mostrou o que sou na verdade.

Após adquirir tanto conhecimento, Fausto se viu aturdido, confuso, sem resposta para a aguda crise interna,

a crise da auto-imagem. Quem sou? O que sou? Ter respostas parciais para essas questões não resolve. Um

imenso acervo de conhecimento desse mundo e dos mecanismos que o movem não é suficiente e não provê

garantia de libertação dos cárceres da angústia. Fausto experimentou o desencanto mesmo depois de

acumular tanto saber dessa natureza.

Em conversa com o pretenso Wagner que ansiava saber tudo diz:

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Princípios de Interpretação da Bíblia Profº Pr. Geraldo H. A. Santos 3

“Será o pergaminho essa fonte sagrada que a nossa sede de saber eterno acalma?

Alívio não acharás nessa dura empreitada se a fonte não jorrar dentro da própria alma.”

Conhecer o mundo ao nosso redor é importante. Saber seus segredos é estimulante. Aprender, aprender,

aprender deveria ser o lema da criatura humana, posto que a vida é curta e a arte é longa! Mas a angústia

será certa se nos limitarmos à curiosidade concernente ao mundo da matéria.

O Sábio Salomão já há três mil anos havia chegado a essa conclusão dizendo que “quem aumenta ciência

aumenta enfado”. A ciência não tem todas as respostas. Para piorar a inquietação nas almas dos

inquiridores, como já se disse em algum lugar, quando o homem acha que encontrou a resposta, Deus

muda a pergunta!

Kant foi possivelmente quem melhor percebeu a charada e concluiu que a razão, ainda que importante,

não seria suficiente como muro de arrimo para conter o peso insustentável das questões que pressionam,

demandando respostas que o intelecto não pode dar. O conhecimento científico, empírico explica o mundo

em parte. Muito embora seja de grande valia obter o conhecimento, esse tipo de informação não nos

proverá com as respostas para questionamentos de outra ordem.

Kant opõe-se ao racionalismo iluminista que sustentava que a razão humana seria perfeitamente capaz de

decifrar os enigmas do mundo natural, de nós mesmos e do próprio Deus. Para ele, as incansáveis

investigações do labor científico não conduzirão o homem a lugar algum além do campo imediato dos

fenômenos. O conhecimento que a ciência pode proporcionar descreverá o fenômeno, mas não penetrará

naquilo que ele chamava de “a-coisa-em-si”.

Existe algo para além do fenômeno, há uma outra esfera para além daquilo que se pode ver, tocar,

mensurar. Lá reside a-coisa-em-si. Assim, ainda que o conhecimento intelectual seja absolutamente

importante para responder as demandas da mente racional e por conseqüência emprestar certo sentido ao

mundo que nos cerca, esse conhecimento apenas jamais poderá responder aos anseios da vacuidade

espiritual que todos, sem exceção, experimentam.

A Inteligência do Evangelho arranca o homem do seu estado de perplexidade diante do absurdo e

apresenta-lhe Jesus, a chave hermenêutica que decodifica o enigma e proporciona a possibilidade de

suspirar aliviado por fim e poder dizer: “Ah! agora estou entendendo!”

Trecho do livro “Inteligência do Evangelho” de Luiz Leite

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Resumo e Adaptação do Livro:

PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

de Walter A. Henrichsen – Ed. Mundo Cristão

INTRODUÇÃO

Em nosso estudo das leis ou regras de interpretação da Bíblia, precisamos

também pressupor certas coisas:

1. A Bíblia tem autoridade.

2. A Bíblia contém as suas próprias leis de interpretação que, quando entendidas

e aplicadas apropriadamente, produzem o sentido correto de determinada

passagem.

3. O objetivo primário da interpretação é descobrir o sentido que a passagem

tinha para o autor.

4. A língua pode comunicar verdades espirituais.

Estudar, interpretar e poder aplicar a Bíblia corretamente são as metas de todos

os cristãos conscienciosos.

Há quatro partes básicas no estudo correto da Bíblia. São elas:

OBSERVAÇÃO, que responde à pergunta: "Que vejo?". Aqui o estudante da

Bíblia aborda o texto como um detetive. Nenhum pormenor é sem

importância; nenhuma pedra fica sem ser virada. Cada observação é

cuidadosamente arrolada para consideração e comparações posteriores.

CORRELAÇÃO, que responde à pergunta: "Como isto se relaciona com o

restante daquilo que a Bíblia diz?". O estudante da Bíblia deve fazer mais do

que examinar somente passagens individuais. Deve coordenar o seu estudo

com tudo mais que a Bíblia diz sobre o assunto. A precisa compreensão da

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Bíblia sobfe qualquer assunto leva em conta tudo que a Bíblia diz sobre aquele

assunto.

INTERPRETAÇÃO, que responde à pergunta: "Que significa?". Aqui o

intérprete bombardeia o texto com perguntas como: "Que significam estes

pormenores para as pessoas às quaisforam dadas?", "Qual a principal idéia

que ele está procurando comunicar?"

APLICAÇÃO, que responde à pergunta: "Que significa para mim?". Esta é a

meta dos outros três passos. "Observação e interpretação sem aplicação é

aborto".

As regras de interpretação se dividem em quatro categorias:

PRINCÍPIOS GERAIS, são os que tratam da matéria global da interpretação.

São universais em sua natureza, não se limitando a considerações específicas,

incluídas estas nas outras três seções.

PRINCÍPIOS GRAMATICAIS, são os que tratam do texto propriamente dito.

Estabelecem as regras básicas para o entendimento das palavras e sentenças

da passagem em estudo.

PRINCÍPIOS HISTÓRICOS, são os que tratam do contexto em que os livros da

Bíblia foram escritos. As situações políticas, econômicas e culturais são

importantes na consideração do aspecto histórico do seu estudo da Palavra

de Deus.

PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS, são os que tratam da formação da doutrina cristã.

São, por necessidade, regras "amplas", pois a doutrina tem de levar em

consideração tudo que a Bíblia diz sobre dado assunto. Embora tendam a ser

regras um tanto complicadas, nem por isso são menos importantes, pois

desempenham papel de profunda relevância na obra de dar forma àquele

corpo de crenças a que você chama suas convicções.

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PRINCÍPIOS GERAIS DE INTERPRETAÇÃO

REGRA 1 - TRABALHE PARTINDO DA PRESSUPOSIÇÃO

DE QUE A BÍBLIA TEM AUTORIDADE.

Nas questões de religião o cristão se submete, consciente ou inconscientemente,

a uma das seguintes autoridades, acatando-a como autoridade última: a

TRADIÇÃO, a RAZÃO ou as ESCRITURAS.

EXEMPLO 1: Ensinos sobre Maria e a concepção virginal de Cristo

- Catolicismo - tradição

- Liberalismo e modernismo - racionalismo

- Interpretação fiel - Ensino bíblico

ATENÇÃO: Em caso de conflito, a questão é: Qual autoridade será o árbitro final?

EXEMPLO 2: Autoridade e inspiração das Escrituras

- Uma pessoa não pode submeter-se à Bíblia, como autoridade sobre ela, se

não for a Palavra de Deus inspirada.

- Em resposta a estas questões desafiadoras, Jesus dizia (ler João 7.17) - Se

você fizer, então saberá. Fazer vem antes de saber. A entrega pessoal vem antes

do conhecimento.

- Agostinho declarou: "Creio, logo sei."

AUTORIDADE - tem que ver com a vontade, com a obediência e com o fazer.

INSPIRAÇÃO - relaciona-se com o intelecto, o entendimento e o conhecimento.

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ATENÇÃO:

- A questão da inspiração deve seguir-se à da autoridade.

- Justamente como é só depois de você fazer o que Cristo lhe pede que faça

que você fica sabendo que Ele é o Cristo, assim também só depois de submeter-se

à autoridade da Bíblia e obedecer-lhe, você saberá que ela é a Palavra de Deus

inspirada.

ESTUDO DE CASO: Viagem ao Japão.

- O que se deve presumir ao se decidir ir ao Japão por avião?

O piloto sabe dirigir o aparelho.

O avião chegará com segurança.

O pessoal que cuida da imigração naquele país respeitará o seu passaporte.

Você poderá concretizar o propósito que o levou a viajar.

Enfim, no Estudo da Bíblia você começa com a questão da autoridade. Esta, e a

questão da inspiração que se lhe segue naturalmente, são respondidas quando

você se submete à Palavra de Deus.

REGRA 2 – A BÍBLIA É SEU INTÉRPRETE; A ESCRITURA

EXPLICA MELHOR A ESCRITURA.

Quando estudar a Bíblia, deixe-a falar por si mesma. Não lhe acrescente nem lhe

subtraia nada. Deixe que a Bíblia seja o seu próprio comentário. Compare

Escritura com Escritura.

Ao estudar-se um capítulo ou um parágrafo, o contexto é o primeiro lugar em que

você procurará a interpretação.

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Dois erros clássicos:

OMISSÃO – citar só a parte que lhe convém e deixar de lado o restante.

ACRÉSCIMO – dizer mais do que a Bíblia diz.

ESTUDO DE CASO: Gênesis 3.1-5

- Quem omite e o que?

- Quem acrescenta e o que?

REGRA 3 - A FÉ SALVADORA E O ESPÍRITO SANTO SÃO-

NOS NECESSÁRIOS PARA COMPREENDERMOS E

INTERPRETARMOS BEM AS ESCRITURAS.

Temos de estudar a Bíblia com profundo senso de dependência do Espírito Santo,

cientes de que Ele é Aquele que “vos guiará a toda a verdade”. (Jo 16.13).

É possível proclamar a Bíblia como a sua autoridade e ainda estar espiritualmente

cego (ex. Testemunhas de Jeová, Mórmons).

Embora ser cristão não seja garantia de que você interpretará com precisão todas

as passagens da Bíblia, é fundamental para entender adequadamente a verdade

espiritual.

ESTUDO DE CASO: 1 Co 2.14

- Explique este texto relacionando-o ao novo nascimento e ainda a

possibilidade de errarmos na Interpretação bíblica. Qual a solução, então?

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REGRA 4 – INTERPRETE A EXPERIÊNCIA PESSOAL À LUZ

DA ESCRITURA, E NÃO A ESCRITURA À LUZ DA

EXPERIÊNCIA PESSOAL.

Ao ler o NT, por exemplo, descobrimos que ele contém dois tipos de literatura,

em sua maior parte: NARRATIVA e INSTRUTIVA/DIDÁTICA.

NARRATIVA – Traçam a vida do Senhor Jesus nos quatro evangelhos, e a história

da igreja primitiva no livro de Atos.

INSTRUTIVA – As cartas ou epístolas em grande parte foram escritas para instruir

os membros daquelas primeiras igrejas sobre como viver a vida cristã.

0BS.: A maior parte do Apocalipse e certas porções dos evangelhos podem ser

classificados como proféticas.

As experiências pessoais – sejam quais forem – devem ser conduzidas às

Escrituras e interpretadas. Nunca o caminho inverso.

Permita que a palavra de Deus interprete e amolde as suas experiências, em vez

de você interpretar a Escritura a partir das suas experiências.

ESTUDO DE CASO: A ressurreição de Jesus.

- O NT não ensina que, porque Jesus ressurgiu dos mortos, Ele é o Filho de

Deus. Antes, porque Ele é o Filho de Deus, ressurgiu dos mortos.

- Baseado no exemplo acima, cite outro exemplo de afirmação popular

que esteja errado.

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REGRA 5 – OS EXEMPLO BÍBLICOS SÓ TEM

AUTORIDADE QUANDO AMPARADOS POR UMA

ORDEM.

Ao ler a Bíblia, fica evidente que você não deve seguir o exemplo de cada pessoa

que encontra.

O valor dos exemplos bíblicos:

1. Um exemplo bíblico pode confirmar o que você pensa que o

Senhor o está induzindo a fazer. (ex. celibato).

2. Um exemplo bíblico pode ser rica fonte de aplicações à sua vida

(ex. Mc 1.35).

Contudo, tomar esta aplicação pessoal e tentar aplicá-la a outras pessoas seria

tomar um exemplo da Bíblia e tratá-lo como se fosse uma ordem.

Cada indivíduo deve deduzir a sua própria aplicação daqueles exemplos não

seguidos de ordem.

ESTUDO DE CASO: Cite e analise outros casos de exemplos que vieram a se tornar

mandamentos na história da Igreja Cristã:

a. __________________________________________________

b. __________________________________________________

c. __________________________________________________

d. __________________________________________________

e. __________________________________________________

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REGRA 6 – O PROPÓSITO PRIMÁRIO DA BÍBLIA É

MUDAR AS NOSSAS VIDAS, NÃO AUMENTAR O NOSSO

CONHECIMENTO.

Precisamos entender antes de aplicar a lição, mas o entendimento sem a

aplicação não torna uma pessoa poderosa.

A Bíblia não nos foi dada para que pudéssemos ficar espertos como o diabo; foi-

nos dada para que pudéssemos tornar-nos santos como Deus (2 Pe 1.4; 2 Tm

3.16,17).

ESTUDO DE CASO: Duas observações:

1. Algumas passagens não devem ser aplicadas da

mesma maneira como foram aplicadas na ocasião em

que foram escritas (relacione Lv 7.1,2 com Hb

13.15,16).

2. Quando você aplicar uma passagem, deverá fazê-lo

em harmonia com a interpretação correta (Como

seria uma aplicação equivocada desta passagem: Mt

17.14-20?).

REGRA 7 – CADA CRISTÃO TEM O DIREITO E A

RESPONSABILIDADE DE INVESTIGAR E INTERPRETAR

PESSOALMENTE A PALAVRA DE DEUS.

Este princípio foi um dos abrangentes fundamentos da Reforma Protestante do

século dezesseis:

- Por centenas de anos o povo dependera de que a igreja fizesse o estudo

e a interpretação das Escrituras para ele.

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- Não havia traduções da Bíblia na língua do povo.

- Quando se faziam tentativas para produzir essas traduções, a igreja as

suprimia à força.

Hoje existem múltiplas traduções e paráfrases ao alcance de todos, tornando fácil

o acesso à Bíblia para quem quer que saiba ler.

PERIGO!

- A nossa geração parece estar produzindo um povo biblicamente iletrado.

- Mesmo entre cristãos conscientes a Bíblia é pouco mais que um livro de

devoção no qual se pode “encontrar” Deus.

- O aprofundamento em busca das grandes verdades da Bíblia é deixado

aos teólogos e outros “expertos”.

- É como se estivéssemos voltando aos dias anteriores à Reforma.

A presença do espírito Santo e o poder que a língua tem de comunicar a verdade

combinam-se para dar-lhe tudo que você precisa para estudar e interpretar

pessoalmente a Bíblia.

O estudo em profundidade nem sempre lhe dá as respostas que procura. Muitas

vezes você encontrará uma verdade cujas profundidades lhe escapam. E a sua

mente é constituída de modo tal, que você pode fazer mais perguntas do que

pode responder. O estudo da Bíblia não responderá a todas as suas questões. A

resposta a algumas delas virão mais tarde. Algumas jamais serão respondidas

deste lado do céu. A apreciação dos mistérios da fé cristã é em si mesma um sinal

de maturidade.

ATENÇÃO!

- Quando a sua interpretação particular o conduzir a uma conclusão

diversa do significado histórico que os homens de Deus têm dado à passagem,

deverá brilhar na sua mente a luz amarela da advertência.

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- Qualquer conclusão a que você chegue, que seja diferente da posição

evangélica histórica, deve ser considerada suspeita

ESTUDO DE CASO: Os bereianos (At 17.11)

- Como isto pode ser aplicado hoje em dia?

REGRA 8 - A HISTÓRIA DA IGREJA É IMPORTANTE, MAS

NÃO DECISIVA NA INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA.

Muitas doutrinas consideradas essenciais pelos evangélicos são implícitas nas

Escrituras. Porque implícitas, e não estabelecidas explicitamente, houve tempo

em que eram muito controvertidas. Devemos à história da igreja o fato de que

tais questões tenham sido resolvidas.

EXEMPLO: A divindade de Jesus Cristo

- Coeterno com o Pai, é Deus. "Verdadeiro Deus de verdadeiro Deus".

- É ensinada em várias partes da Bíblia (ex. Jo 1.1-14).

- A correta interpretação desta passagem e de outras correlatas veio com o

amadurecimento da igreja.

- Somos devedores à história da igreja que registra o que os crentes do

passado conquistaram na sondagem da alma, da investigação escriturística e do

debate.

As interpretações da igreja têm autoridade somente na medida em que estejam

em harmonia com os ensinamentos da Bíblia como um todo.

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ESTUDO DE CASO: Charles H. Spurgeon

- "Parece estranho que certos homens que falam muito do que o Espírito

Santo lhes revela pensem tão pouco do que Ele revelou a outros."

- As interpretações da igreja precisam ser estudadas e avaliadas

cuidadosamente à luz daquilo que a Bíblia ensina.

- Exemplos do passado: CELIBATO e MARIOLATRIA

- Dê alguns exemplos hoje.

Muitos credos históricos da igreja foram revistos e diluídos para a inclusão das

tendências filosóficas e teológicas da época.

REGRA 9 - AS PROMESSAS DE DEUS NA BÍBLIA TODA

ESTÃO DISPONÍVEIS AO ESPÍRITO SANTO A FAVOR DOS

CRENTES DE TODAS AS GERAÇÕES.

As promessas de Deus, que se acham na Bíblia, são um meio pelo qual Deus revela

Sua vontade aos homens.

Exatamente como é essencial que você interprete apropriadamente a passagem

antes de aplicá-la, também é essencial interpretar apropriadamente a promessa

antes de reivindicá-la.

ESTUDO DE CASO: Is 30.21

- Você pode desejar que o Senhor guie a sua vida.

- Relacione o texto com esta questão.

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É permissível reclamar uma promessa fora do seu contexto histórico, contanto

que seja fiel ao que diz e significa a passagem.

ESTUDO DE CASO: Ex 14.14

- Digamos que esteja cercado por circunstâncias adversas e sofra acusação

falsa.

- Explique a relação desta promessa com a quietude que Deus traz ao

coração.

É importante assumir atitude apropriada ao abordar as promessas. O Senhor as

deu para ajudá-lo a fazer a Sua vontade. No entanto, muitas vezes as pessoas as

usam para tentar levar Deus a fazer a vontade delas.

ESTUDO DE CASO: Jo 16.24

- Você descobre-se amando alguém e sonha um dia casar-se com esta

pessoa.

- Quais as implicações da apropriação desta promessa neste caso?

Promessa é compromisso de Deus, de fazer alguma coisa, e requer sua resposta

de fé em forma de obediência.

Às vezes essa obediência significa esperar pacientemente que o Senhor faça o que

Ele promete. Outras vezes pode significar lançar-se ao desconhecido ou enfrentar

grandes riscos.

Quando você, pela fé, responde à promessa de Deus, Sua vontade é feita e Ele é

glorificado.

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ESTUDO DE CASO: Suponhamos que você responda à promessa e ela não se

cumpra.A aparência é de que Deus não fez o que prometeu. A que conclusões

pode chegar?

- Para cada uma das três possibilidades abaixo relacione os textos indicados.

Deus o deixou na mão - Nm 19.23; 2 Tm 2.13

Você errou ao reclamar a promessa - 1 Co 4.3-5

A promessa se cumprirá numa ocasião posterior e/ou de um modo que

você não espera - Hb 11.39

Consideremos os dois tipos de promessas que se acham na Bíblia.

1. PROMESSAS GERAIS

- São feitas pelo Espírito Santo a todos os crentes. Quando foram escritas

pelo autor não visavam a nenhuma pessoa ou época em particular. Antes, são

gerais, destinam-se a todas as pessoas, de todas as gerações (1 Jo 1.9).

2. PROMESSAS ESPECÍFICAS

- São feitas pelo Espírito Santo a indivíduos específicos em ocasiões

específicas.

- Como as promessas gerais, as específicas são-lhe disponíveis, de acordo

com a direção do Espírito Santo. A diferença é que as promessas específicas têm

de ser feitas pelo Espírito Santo especificamente a você como o foram aos

beneficiários originais (At 13.47; ver Is 42.6,7).

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Princípios de Interpretação da Bíblia Profº Pr. Geraldo H. A. Santos 17

PRINCÍPIOS GRAMATICAIS DE

INTERPRETAÇÃO

Os princípios gramaticais tratam das palavras do texto propriamente ditas.

Esses princípios respondem às questões:

Como você deverá entender as palavras e frases das passagens em estudo?

Que regras básicas devem ser lembradas no trato do texto?

REGRA 10 - A ESCRITURA TEM SOMENTE UM SENTIDO,

E DEVE SER TOMADA LITERALMENTE.

Para comunicar, você precisa presumir (1) que o verdadeiro propósito da palavra

é transmitir pensamento, e (2) que a língua é um meio de comunicação digno de

confiança.

Portanto, a interpretação literal, no contexto, é a única interpretação vedadeira.

Se você não tomar literalmente a passagem, todos os tipos de interpretação

fantasiosa podem resultar disso.

Quando encontrar uma passagem para a qual o contexto indica uma

interpretação literal, e você preferir dar-lhe outra interpretação, não literal, avalie

cuidadosamente os seus motivos.

ESTUDO DE CASO: Responda às perguntas relacionando os textos indicados.

1. Estarei pondo em dúvida que esta passagem é literal porque não quero

obedecer-lhe? (1 Co 14.34 - continuar o estudo e ver se as regras de

interpretação autorizam essa conclusão).

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2. Estarei interpretando esta passagem figuradamente porque ela não se

enquadra na minha tendência teológica preconcebida? (2 Rs 2.23,24 - o

objetivo do estudo da Bíblia não é confirmar as próprias ideias daquilo a

que Deus se assemelha, por exemplo).

Determine qual é o sentido usual e ordinário da palavra e considere esse o

significado correto, a menos que o contexto exija outra coisa.

Nenhuma palavra pode significar mais que uma coisa, segundo o emprego dela

feito na passagem. A mesma palavra pode, todavia, variar de sentido dentro da

mesma sentença, quando usada mais de uma vez.

ESTUDO DE CASO: Jo 4.24

- Explique o sentido de "espírito" no texto.

Quando uma passagem ou palavra parece ter mais de um sentido, escolha a

interpretação mais clara. O significado mais óbvio geralmente é o correto.

ESTUDO DE CASO: O voto de Jefté (Jz 11)

- Como interpretar este evento?

REGRA 11 - INTERPRETE AS PALAVRAS NO SENTIDO

QUE TINHAM NO TEMPO DO AUTOR

Quando estudar uma passagem, nunca pule palavras que não compreende. Uma

ideia errônea quanto ao significado de uma única palavra pode facilmente

obscurecer o sentido da sentença e possivelmente do parágrafo inteiro. Mesmo

as palavras que você acha que não entende devem ser investigadas.

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Quando você estudar uma palavra particular, deverá determinar quatro coisas:

1. O uso que dela fez o escritor – Se a palavra é central para o pensamento

do escritor no livro todo, poderá revelar-se da maior utilidade.

2. Sua relação com o seu contexto imediato – Quase sempre o contexto lhe

dirá muita coisa sobre a palavra.

3. Seu uso corrente na época em que foi escrita – Isto exige estudo mais

técnico. Geralmente uma tradução merecedora de confiança dá-lhe o

melhor sentido da palavra, visto que a melhor erudição acadêmica

disponível na igreja está envolvida nessas traduções. Se desejar ir além na

pesquisa, poderá usar um bom comentário.

4. Seu sentido etimológico – Este modo final de estudar o sentido de uma

palavra, em geral é para o estudante da Bíblia mais avançado. Ao

interpretar uma palavra ou passagem, sua meta é determinar o sentido

dela para o autor, quando a escreveu. Esforce-se para libertar-se de todo

e qualquer preconceito pessoal quando estudar uma passagem. O seu

objetivo é compreender o pensamento do escritor, não o que você acha

que ele devia ter dito.

ESTUDO DE CASO:

1. Mt 25.1-13 – Por que se usava a lâmpada nas antigas festas de

casamento? Com que se assemelhava?

2. Jo 2.14 – Quem eram os “cambistas” e o que faziam?

3. Jo 2.19 – A que “santuário” Jesus se referia?

4. Pv 29.18 – A passagem se refere à necessidade de estar sob o ministério

da palavra para fins de restrição moral. Então, explique a palavra

“profecia”.

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REGRA 12 – INTERPRETE A PALAVRA EM RELAÇÃO À

SUA SENTENÇA E AO SEU CONTEXTO.

O contexto nem sempre se acha dentro dos limites do versículo ou do capítulo.

Talvez seja necessário incluir versículos do capítulo anterior ou posterior

ESTUDO DE CASO: Interprete a palavra segundo os textos apresentados.

- Fé (Gl 1.23; Rm 14.23)

- Sangue (Ef 1.7; Hb 9.6,7)

REGRA 13 – INTERPRETE A PASSAGEM EM HARMONIA

COM O SEU CONTEXTO.

Cada escritor da Bíblia teve uma razão particular para escrever seu livro.

Ao desenrolar-se o argumento do escritor, há conexão lógica entre uma seção e a

seguinte.

Você precisa encontrar o propósito global do livro a fim de determinar o sentido

de palavras ou passagens particulares no livro.

As perguntas abaixo ajudarão:

1. Como a passagem se relaciona com o material circunvizinho?

2. Como se relaciona com o restante do livro?

3. Como se relaciona com a Bíblia como um todo?

4. Como se relaciona com a cultura e com o quadro de fundo em que foi

escrita? (ATENÇÃO: esta quarta pergunta será tratada de maneira mais

compreensiva sob o título Princípios Históricos de Interpretação – cap. 4,

mas é importante considera-la aqui também.

ANOTAÇÕES _____________________________

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ESTUDO DE CASO: Apresentando Jesus nos Evangelhos.

a. MATEUS – vemos Jesus como Rei. Ele é o

cumprimento de todas as profecias messiânicas

do VT. Assim, você encontra numerosas citações

do VT em Mateus.

b. MARCOS – Jesus é retratado como Servo. A ênfase

deste evangelho é nos feitos de Cristo. Não

consta nenhuma genealogia, pois quem está

interessado na genealogia de um servo?

c. LUCAS – Jesus é o Filho do Homem. Aqui notamos

a ênfase dada à Sua humanidade. Sua genealogia

vai até Adão, o primeiro homem.

d. JOÃO – vemos Jesus como o Filho de Deus. O

evangelho começa revelando-o como a Palavra

eterna: “Ele estava no princípio com Deus” (Jo

1.2).

- Então, explique o Plano de Salvação com estes dados.

REGRA 14 – QUANDO UM OBJETO INANIMADO É

USADO PARA DESCREVER UM SER VIVO, A

PROPOSIÇÃO PODE SER CONSIDERADA FIGURADA.

Na maioria das vezes o contexto lhe dirá imediatamente se um objeto inanimado

é usado para descrever um ser animado, ou como se possuísse vida e ação.

ESTUDO DE CASO: Aos versículos abaixo descreva o que significa o objeto

inanimado:

- Jo 6.35

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- Jo 8.12

- Jo 10.7

- Sl 92.12

- Mt 26.26-28

REGRA 15 – QUANDO UMA EXPRESSÃO NÃO

CARACTERIZA A COISA DESCRITA, A PROPOSIÇÃO PODE

SER CONSIDERADA FIGURADA.

Normalmente o contexto lhe dirá se a proposição é figurada ou literal, bem como

a quem se refere.

Se você estudar passagens paralelas sobre o assunto, muitas vezes elas o ajudarão

a encontrar a interpretação adequada.

Às vezes a mesma palavra pode ser usada figuradamente, mas com sentidos

diferentes em diferentes lugares da Bíblia.

ATENÇÃO:

1. Uma palavra não pode significar mais de uma coisa de cada vez. Não pode

ter sentido figurado e literal ao mesmo tempo. Quando se dá a uma

palavra um sentido figurado, cancela-se o sentido literal da palavra.

2. Sempre que possível, a passagem deve ser interpretada literalmente. Só

se o sentido literal da palavra não se enquadrar é que deverá ser

interpretada figuradamente. É sempre preferível o sentido literal da

palavra, a menos que o contexto o impossibilite.

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ESTUDO DE CASO: Aos versículos abaixo descreva o que significa as expressões

mencionadas:

- Fp 3.2,3

- Lc 13.32

- Is 53.7

- 1 Pe 5.8

REGRA 16 – AS PRINCIPAIS PARTES E FIGURAS DE UMA

PARÁBOLA REPRESENTAM CERTAS REALIDADES.

CONSIDERE SOMENTE ESSAS PRINCIPAIS PARTES E

FIGURAS QUANDO ESTIVER TIRANDO CONCLUSÕES.

Quando se estuda uma parábola, não deve-se estender o propósito dela além da

intenção do autor.

Processo para interpretação de parábolas:

1. Determine o propósito da parábola.

2. Certifique-se de que explica as diferentes partes em harmonia com o fim

principal.

3. Use somente as principais partes da parábola ao explicar a lição. Não faça

a parábola falar demais.

Determine a principal intenção da parábola e fique com isso.

Cada parábola tem um principal ponto de comparação. Procure relacionar esse

ponto com aquilo que o orador estava ensinando.

ESTUDO DE CASO: Analise a parábola abaixo segundo a regra estudada.

- Lc 13.20,21

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REGRA 17 – INTERPRETE AS PALAVRAS DOS PROFETAS

NO SEU SENTIDO COMUM, LITERAL E HISTÓRICO, A

NÃO SER QUE O CONTEXTO OU A MANEIRA COMO SE

CUMPRIRAM INDIQUEM CLARAMENTE QUE TÊM

SENTIDO SIMBÓLICO. O CUMPRIMENTO DELAS PODE

SER POR ETAPAS, CADA CUMPRIMENTO SENDO UMA

GARANTIA DAQUILO QUE HÁ DE SEGUIR-SE.

A profecia deve ser interpretada literalmente, a menos que o contexto ou alguma

referência posterior na Escritura indique outra coisa.

ESTUDO DE CASO: Relacione os textos abaixo dando a devida interpretação.

- Ml 4.5,6 com Mt 11.13,14; Mc 17.10-13

Na maior parte, as profecias podem e devem ser interpretadas literalmente. Pode

ser que haja ocasiões em que se possa fazer derivar dois sentidos aparentes de

uma profecia. Dê preferência àquele que teria sido mais óbvio para a

compreensão dos ouvintes originais.

Também haverá ocasiões em que um escritor do NT dará a uma passagem do VT

uma interpretação profética quando a passagem do VT não parece ser profética.

ESTUDO DE CASO: Analise e responda.

- Os 11.1 com Mt 2.15

- Por que a passagem de Oséias é profética?

- Por que Mateus podia tomar esta posição?

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Muitas vezes uma profecia se cumpre parcialmente numa geração, com o

restante cumprindo-se noutra época. Na ocasião em que a profecia é dada, isto

não é perceptível. Fica claro quando uma parte se cumpre e outra não.

ESTUDO DE CASO: Identifique e Explique as diferenças entre os textos bíblicos.

- Jl 2.28-32 com At 2.15-21

- Is 61.1,2 com Lc 4.17-21

PRINCÍPIOS HISTÓRICOS DE

INTERPRETAÇÃO

Perguntas que são respondidas quando se considera o aspecto histórico do

estudo:

- Para quem e por quem foi escrito o livro?

- Por que foi escrito e que papel desempenhou o cenário histórico na

formação da mensagem do livro?

- Quais os costumes e o ambiente do povo?

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REGRA 18 – DESDE QUE A ESCRITURA ORIGINOU-SE

NUM CONTEXTO HISTÓRICO, SÓ PODE SER

COMPREENDIDA À LUZ DA HISTÓRIA BÍBLICA.

Questões que devem ser levantadas ao começar o estudo de uma passagem

bíblica:

A quem foi escrita a carta (o livro)?

Qual foi o quadro de fundo do escritor?

Qual foi a experiência ou ocasião que deu origem à mensagem?

Quem são os principais personagens do livro?

Seu objetivo é colocar-se no cenário do tempo em que o livro foi escrito e sentir

com as pessoas envolvidas:

- Quais eram os interesses delas?

- Como via Deus a sua situação?

Entender o fundo histórico ajuda a entender e interpretar o texto estudado. Este

tipo de estudo pagará ricos dividendos, e você o achará indispensável para a

interpretação de qualquer passagem que estudar.

ESTUDO DE CASO: Os judaizantes de Gálatas

- Quem eram eles?

- O que faziam?

- O que pretendiam?

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REGRA 19 – EMBORA A REVELAÇÃO DE DEUS NAS

ESCRITURAS SEJA PROGRESSIVA, TANTO O VELHO

COMO O NOVO TESTAMENTO SÃO PARTES ESSENCIAIS

DESTA REVELAÇÃO E FORMAM UMA UNIDADE.

O VT monta o cenário para a correta interpretação do NT.

Você teria dificuldade em entender aquilo de que fala o NT, se não conhecesse o

relato veterotestamentário de acontecimentos como a criação e a queda do

homem.

Noutro sentido, o NT é um comentário do VT – de como Deus se revelou e de

como o Seu plano é progressivo. Quanto mais você avança na leitura, mais você

fica sabendo sobre Ele e sobre o que Ele planeja fazer. O NT explica o propósito de

muita coisa que sucedeu no VT.

EXEMPLO: A relação de hebreus com o VT

- Se você não estiver familiarizado com os sistemas do tabernáculo, do

sacerdócio e dos sacrifícios veterotestamentários, terá dificuldade em

acompanhar a argumentação do livro. Essa carta explica a finalidade e o

significado das formas de culto do VT.

Deus se revela progressivamente conforme a história se desenvolve. Mas isto não

significa que os padrões de Deus se tornam progressivamente mais elevados ou

que Deus muda no meio do caminho. Antes, nossa compreensão de Deus e de Sua

revelação é que é progressiva. Deus não muda nunca.

ESTUDO DE CASO: Descreva as implicações do caso abaixo.

- Não é incomum ouvir uma pessoa dizer: “O Deus do VT é diferente do

Deus do NT. No VT Ele parece tão severo e condenatório, enquanto que no NT é

mais amoroso e cheio de graça”.

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REGRA 20 – OS FATOS OU ACONTECIMENTOS

HISTÓRICOS SE TORNAM SÍMBOLOS DE VERDADES

ESPIRITUAIS, SOMENTE SE AS ESCRITURAS ASSIM OS

DESIGNAREM.

O dicionário Webster define símbolo como “algo que representa ou lembra

alguma outra coisa por relação, associação, convenção ou semelhança acidental;

especialmente, um sinal visível de uma coisa invisível”.

Embora haja diferenças entre as palavras símbolo, tipo, alegoria, símile e

metáfora, relacionam-se de modo suficientemente íntimo para que as

combinemos aqui. Esta regra se aplica a todas elas, dado que muitas vezes são

usadas para designar sinais visíveis de alguma coisa invisível.

ESTUDO DE CASO: Analise os textos abaixo detectando e explicando o significado

das figuras de linguagem.

- Símbolo e Tipo (1 Co 10.1-4; Ex 14.22; Nm 20.11)

- Alegoria (Gl 4.22-24)

PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS DE

INTERPRETAÇÃO

Tipos de assuntos de que tratam estes princípios:

A que se assemelha Deus?

Qual é a natureza do homem?

Qual é a doutrina da salvação realmente válida?

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REGRA 21 – VOCÊ PRECISA COMPREENDER

GRAMATICALMENTE A BÍBLIA, ANTES DE

COMPREENDÊ-LA TEOLOGICAMENTE.

ESTUDO DE CASO: Explique com suas próprias palavras a afirmação abaixo:

- “Você precisa entender o que diz a passagem, antes de poder esperar

entender o que ela quer dizer”.

REGRA 22 - UMA DOUTRINA NÃO PODE SER

CONSIDERADA BÍBLICA, A NÃO SER QUE RESUMA E

INCLUA TUDO O QUE A ESCRITURA DIZ SOBRE ELA.

É um erro chegar a conclusões a respeito de determinada doutrina antes de

estudar tudo que a Bíblia diz sobre o assunto.

É aqui onde um estudo tópico da Bíblia se mostra útil. Você toma um tema, ideia

ou ensinamento e estuda todas as passagens sobre o assunto.

Eis aqui três espécies de estudos paralelos:

1. Paralelos de palavras – analisa palavras (ex. Balaão)

2. Paralelos de ideias – analisa passagens maiores (ex. autoridade)

3. Paralelos doutrinários – analisa tópicos (ex. atributos de Deus)

Neste tipo de estudo você reúne todas as peças de informação e extrai uma

conclusão. A isto se chama raciocínio indutivo – o processo de raciocinar das

partes para o todo.

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Também temos o raciocínio dedutivo – o processo de raciocinar do geral para o

particular. Do enigma completo você pode concluir certas coisas acerca das peças

individuais. (Veremos mais sobre o raciocínio dedutivo na regra 24).

EXEMPLO: raciocínio dedutivo (silogismo).

Primeira premissa – Se pedimos de acordo com a Sua vontade,

Deus nos ouve (1 Jo 5.14,15).

Segunda premissa – A santificação está de acordo com a vontade

de Deus (1 Ts 4.3).

Conclusão – Quando oramos por nossa santificação, Deus nos

ouve.

ATENÇÃO: A primeira premissa só pode ser feita depois que o estudo indutivo o

tenha levado a compreender em que consiste a premissa e que significa.

O estudo indutivo da Bíblia é extremamente importante no desenvolvimento das

suas convicções. Estudando as partes você pode captar um retrato cada vez mais

claro do todo.

Os seus estudos doutrinários constituem a espinha dorsal das suas convicções

espirituais, e, por sua vez, só se pode chegar a estes estudando tudo o que a Bíblia

diz sobre dado assunto.

ESTUDO DE CASO: Silogismo.

- Escolha você mesmo um outro exemplo bíblico e aplique as premissas.

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REGRA 23 – QUANDO PARECER QUE DUAS DOUTRINAS

ENSINADAS NA BÍBLIA SÃO CONTRADITÓRIAS, ACEITE

AMBAS COMO ESCRITURÍSTICAS, CRENDO

CONFIANTEMENTE QUE ELAS SE EXPLICARÃO DENTRO

DE UMA UNIDADE MAIS ELEVADA.

Existe nas escrituras certo número de aparentes contradições ou paradoxos.

“Aparentes” porque na realidade não o são. Parecem contraditórias porque a

mente finita do homem não pode compreender a mente infinita de Deus.

Quando a Bíblia deixa duas doutrinas “conflitantes” sem as conciliar, você deve

fazer o mesmo. Não arranque partes da Escritura na tentativa de forçar acordo

entre as duas doutrinas “conflitantes”.

ESTUDO DE CASO: Explique nas suas próprias palavras o porquê dos paradoxos

nos temas mencionados abaixo.

A Trindade

A dual natureza de Cristo

A origem e existência do mal

A soberana eleição de Deus e a responsabilidade do homem

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REGRA 24 – UM ENSINAMENTO SIMPLESMENTE

IMPLÍCITO NA ESCRITURA PODE SER CONSIDERADO

BÍBLICO QUANDO UMA COMPARAÇÃO DE PASSAGENS

CORRELATAS O APÓIA

Você precisa estar certo de que as deduções que faz estão verdadeiramente

implícitas nas escrituras de que as extrai, e de que você averiguou e comparou

passagens correlatas sobre o assunto.

É fácil fazer mau uso do princípio e chegar a conclusões antibíblicas. Isto acontece

muitas vezes com passagens que nos dão exemplos da vida de Cristo.

ESTUDO DE CASO: Segundo as passagens destacadas abaixo, monte seus próprios

silogismos.

- Mc 12.26,27

- Mc 1.35

CONCLUSÃO

Você não pode violar um princípio de interpretação a fim de justificar outro. O seu

estudo da Bíblia precisa levar em conta todos os princípios, se é que pretende

fazer uma interpretação válida.

ANOTAÇÕES _____________________________

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