princípios constitucionais penais-questÕes

19
Princípios Constitucionais Penais - Exercícios Mais alguns exercícios para os que não estavam em aula (alunos da Faculdade de Direito da UFPel - Turmas I e II - Direito Penal I) Revisão de Princípios Constitucionais Penais - Exercícios 1. Roxin preleciona que “só pode ser castigado aquele comportamento que lesione direito/bem de outras pessoas e que não é simplesmente um comportamento pecaminoso ou imoral”. Qual o princípio justificador e limitador do jus puniendi que fundamenta e legitima a intervenção penal nesses casos? Indique 2. Analisando a ementa de Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, abaixo transcrita, aponte e explique o(s) princípio(s) legitimador(es) dojus puniendi que dá suporte à referida decisão. Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO DE USO RESTRITO. ART. 16, CAPUT, DA LEI Nº 10.826/03. ATIPICIDADE EM RAZÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. Em geral, o porte ilegal de munição de uso restrito, ainda que desacompanhada da respectiva arma, constitui crime de perigo abstrato(...). Entretanto, no caso concreto há duas peculiaridades que, combinadas, justificam a aplicação do princípio da XXXXXXXXX e da XXXXXXXX, pelo escasso ou remoto perigo para o bem jurídico coletivo protegido. É que, no caso em tela, o acusado portava tão somente uma munição, desacompanhada de arma para sua utilização, inexistindo indicativos de que poderia adquiri-la. Assim, apesar de formalmente típica, a conduta (...) pelo escasso risco de afetação do bem jurídico protegido pela norma penal, que, certamente, foi criada para punir situações com relevância social mais intensa. (...) O bem jurídico somente fica lesado quando a conduta possui significação social no sentido de gerar um risco relevante para a segurança comunitária, o que não ocorre no caso. (...). . Basta a apreensão à nível administrativo para prevenir tal conduta. A imposição de uma pena seria desproporcional. DERAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Crime Nº 70039697016, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Odone Sanguiné, Julgado em 17/03/2011) Data de Julgamento: 17/03/2011 Publicação: Diário da Justiça do dia 04/04/2011 3. A comissão responsável pela elaboração do anteprojeto de Código Penal Brasileiro recebeu diversas propostas da

Upload: adeilson-santos

Post on 17-Sep-2015

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Princípios de solidariedade e subsidiariedade na Legislação Trabalhista.Deve prevalecer um critério legal no que diz respeito às empresas contratantes de serviços ou produtos terceirizados quanto à elaboração do contrato, uma vez que na legislação brasileira, dois princípios são irrefutáveis.O primeiro deles é o princípio da solidariedade. O vínculo jurídico passa a existir entre ambas as empresas, responsabilizando-as por qualquer pagamento não realizado, dentro da legislação trabalhista. Uma única condenação trabalhista atinge as duas empresas. Isto também ocorre no caso de acidente de trabalho com danos morais e materiais, sendo que, no caso de se verificar ações criminais, a justiça comum adota este mesmo conceito. A solidariedade decorre da lei ou da vontade das partes, evidenciando-se na hipótese de falência da empresa de trabalho temporário.

TRANSCRIPT

Princpios Constitucionais Penais - ExercciosMais alguns exerccios para os que no estavam em aula (alunos da Faculdade de Direito da UFPel - Turmas I e II - Direito Penal I)

Reviso de Princpios Constitucionais Penais - Exerccios

1. Roxin preleciona que s pode ser castigado aquele comportamento que lesione direito/bem de outras pessoas e que no simplesmente um comportamento pecaminoso ou imoral. Qual o princpio justificador e limitador dojus puniendique fundamenta e legitima a interveno penal nesses casos? Indique

2. Analisando a ementa de Jurisprudncia do Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, abaixo transcrita, aponte e explique o(s) princpio(s) legitimador(es) dojus puniendique d suporte referida deciso.

Ementa: APELAO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE MUNIO DE USO RESTRITO. ART. 16, CAPUT, DA LEI N 10.826/03. ATIPICIDADE EM RAZO DAS CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO. Em geral, o porte ilegal de munio de uso restrito, ainda que desacompanhada da respectiva arma, constitui crime de perigo abstrato(...). Entretanto, no caso concreto h duas peculiaridades que, combinadas, justificam a aplicao do princpio daXXXXXXXXXe daXXXXXXXX, pelo escasso ou remoto perigo para o bem jurdico coletivo protegido. que, no caso em tela, o acusado portava to somente uma munio, desacompanhada de arma para sua utilizao, inexistindo indicativos de que poderia adquiri-la. Assim, apesar de formalmente tpica, a conduta (...) pelo escasso risco de afetao do bem jurdico protegido pela norma penal, que, certamente, foi criada para punir situaes com relevncia social mais intensa. (...) O bem jurdico somente fica lesado quando a conduta possui significao social no sentido de gerar um risco relevante para a segurana comunitria, o que no ocorre no caso. (...). . Basta a apreenso nvel administrativo para prevenir tal conduta. A imposio de uma pena seria desproporcional. DERAM PROVIMENTO AO APELO. UNNIME. (Apelao Crime N 70039697016, Terceira Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Odone Sanguin, Julgado em 17/03/2011)Data de Julgamento: 17/03/2011Publicao: Dirio da Justia do dia 04/04/2011

3. A comisso responsvel pela elaborao do anteprojeto de Cdigo Penal Brasileiro recebeu diversas propostas da sociedade indicando o desejo de verem includas na legislao penal de lege ferenda a pena de morte para corruptos e a priso perptua para reincidentes. As propostas representam uma tendncia que aponta para uma espcie de poltica criminal mais dura, de interveno mxima do direito penal. Considerando os Princpios Constitucionais Penais e o sistema jurdico penal brasileiro, a pretenso da sociedade estaria adequada ordem constitucional brasileira? Justifique explicando quais princpios estariam violados.

4. Considere as seguintes assertivas:I. O Princpio da Humanidade significa que o direito penal deve pautar-se pela benevolncia, garantido o bem estar da coletividade, sem desconsiderar os direitos e garantias do cidado condenado.II. O Princpio da Legalidade veda o uso da analogia na criao de figuras delituosas.III. Pelo Princpio da Culpabilidade admite-se a responsabilidade penal objetiva.IV. O princpio da adequao social causa de excluso da tipicidade material.

Esto corretas:

a) I, II E IIIb) I e IIc) II, III e IV;d) I, II e IVe) II e IV

5. Considere a seguinte jurisprudncia:

Ementa: APELAES CRIMINAIS. RECURSOS DEFENSIVO E MINISTERIAL. FURTO. PEDIDOS DE ABSOLVIO POR APLICAO DO PRINCPIO xxxxxxxxxxxxx E DE AUMENTO DAS PENAS APLICADAS. Xxxxxxxxxxxxxx AUSNCIA DE TIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA. INCIDNCIA DO PRINCPIO xxxxxxxxxxxxxxxxx . A condenao foi pelo furto de uma torradeira eltrica usada, avaliada em cinquenta reais (R$ 50,00), bem restitudo ao ofendido, que no experimentou qualquer prejuzo. Verificados os requisitos autorizadores da aplicao do princpio xxxxxxxxxxxxxxxx, e do principio xxxxxxxxxxxxx, presentes a mnima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ao, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da leso jurdica provocada, deve-se reconhecer a possibilidade de aplicao de tais princpios. RECURSO DEFENSIVO PROVIDO. RECURSO MINISTERIAL PREJUDICADO. (Apelao Crime N 70046149423, Sexta Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Joo Batista Marques Tovo, Julgado em 26/04/2012.

Quais princpios esto relacionados a esta deciso?

6. Qual das afirmaes abaixo define corretamente o conceito do princpio da reserva legal? a) No h crime sem lei que o defina; no h pena sem cominao legal.b) A pena s pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juzo de reprovao, cometeu um fato tpico e antijurdico.c) A criminalizao de uma conduta s se legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.d) Nenhuma pena passar da pessoa do condenado.e) A pena deve estar proporcionada ou adequada magnitude da leso ao bem jurdico representada pelo delito e a medida de segurana periculosidade criminal do agente.

7. O princpio da proporcionalidade: a) probe a adequao tpica por semelhana entre fatos.b) determina que o poder punitivo estatal no pode aplicar sanes que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituio fsico-psquica dos condenados.c) determina que a pena no pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prtica do fato.d) determina que ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.e) determina que todos so iguais perante a lei penal.

8. Com relao ao princpio da anterioridade da lei, marque a alternativa correta. a) O direito penal intervm somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte dos interesses jurdicos.b) Para que haja crime e seja imposta pena preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor.c) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".d) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, no ser considerada tpica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto , se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.e) O direito penal s deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurdico, no sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.

9. Com relao ao princpio do "ne bis in idem", correto afirmar que: a) a criminalizao de uma conduta s ser legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.b) nenhuma pena passar da pessoa do condenado.c) todos so iguais perante a lei penal.d) ningum pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato. e) ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.

10 Analise as afirmaes sobre o princpio da insignificncia e marque a alternativa correta.

I O princpio da insignificncia est ligado aos chamados crimes de bagatela.II Nas hipteses de leses mnimas, ser reconhecida a atipicidade dos fatos.III O princpio da insignificncia recomenda que o direito penal apenas intervenha nos casos de leso jurdica grave. a) Todas.b) I e II.c) I e III.d) II e III.e) Nenhuma.

11. correto afirmar, no que diz respeito ao princpio da culpabilidade, que: a) a criminalizao de uma conduta s se legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.b) no h crime sem lei que o defina; no h pena sem cominao legal.c) a pena deve estar proporcionada ou adequada magnitude da leso, ao bem jurdico representada pelo delito e a medida de segurana periculosidade criminal do agente.d) determina que a pena no pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prtica do fato.e) a pena s pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juzo de reprovao, cometeu um fato tpico e antijurdico.

12. O princpio da igualdade determina que: a) ningum pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.b) ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.c) a criminalizao de uma conduta s se legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.d) todos so iguais perante a lei penal.e) nenhuma pena passar da pessoa do condenado.

13. Analise as afirmaes e marque a alternativa correta.

I O princpio da fragmentariedade conseqncia dos princpios da reserva legal e da interveno mnima.II O princpio da pessoalidade impede a punio por fato alheio.III O direito penal protege todos os bens jurdicos de violaes, at os de menor importncia. a) Todas as afirmaes esto corretas.b) Apenas as afirmaes I e II esto corretas.c) Apenas as afirmaes II e III esto corretas.d) Apenas as afirmaes I e III esto corretas.e) Nenhuma das afirmaes est correta.

14. Qual das seguintes afirmaes define corretamente o princpio da interveno mnima? a) no h crime sem lei que o defina; no h pena sem cominao legal.b) a pena s pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juzo de reprovao, cometeu um fato tpico e antijurdico.c) a criminalizao de uma conduta s se legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.d) nenhuma pena passar da pessoa do condenado.e) a pena deve estar proporcionada ou adequada magnitude da leso ao bem jurdico representada pelo delito e a medida de segurana periculosidade criminal do agente.

15. Com relao ao princpio da humanidade, correto afirmar que: a) probe a adequao tpica por semelhana entre fatos.b) determina que o poder punitivo estatal no pode aplicar sanes que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituio fsico-psquica dos condenados.c) determina que a pena no pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prtica do fato.d) determina que ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria.e) determina que todos so iguais perante a lei penal.

16. Assinale a alternativa que mostra o conceito do princpio da ofensividade. a) Para que haja crime e seja imposta pena preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor.b) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, no ser considerada tpica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto , se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.c) O direito penal intervm somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte dos interesses jurdicos.d) O direito penal s deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurdico, no sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.e) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".

17. Analise as afirmaes sobre o princpio da pessoalidade e marque a alternativa correta:

I - Somente o autor da infrao penal pode ser apenado.II - A obrigao de reparar o dano pode ser estendida aos sucessores.III A decretao do perdimento de bens, nos termos da lei, no pode se estender aos sucessores. a) Todas.b) Apenas a I e II.c) Apenas a I e III.d) Apenas a II e III.e) Nenhuma.

19. Sobre o princpio da fragmentariedade, correto afirmar que: a) O direito penal s deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurdico, no sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.b) Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, no ser considerada tpica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto , se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.c) A lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".d) Para que haja crime e seja imposta pena preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor.e) O direito penal intervm somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte dos interesses jurdicos.

20. Analise as afirmaes sobre o princpio da interveno mnima e assinale a alternativa correta.

I O princpio da interveno mnima procura evitar a definio desnecessria de crimes e a imposio de penas injustas, desumanas ou cruis.II - A criao de tipos delituosos deve obedecer imprescindibilidade.III O Estado s deve intervir, por intermdio do direito penal, quando os outros ramos do Direito no conseguirem prevenir a conduta ilcita. a) Todas esto corretas.b) Apenas a I e II esto corretas.c) Apenas a II e III esto corretas.d) Apenas a I e III esto corretas.e) Nenhuma est correta.

21. Com relao ao princpio da adequao social, correto afirmar que: a) para que haja crime e seja imposta pena preciso que o fato tenha sido cometido depois de a lei entrar em vigor.b) o Direito Penal intervm somente nos casos de maior gravidade, protegendo uma parte dos interesses jurdicos.c) apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal, no ser considerada tpica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto , se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.d) a lei posterior mais severa tem efeito "ex nunc".e) O direito penal s deve ser aplicado quando a conduta defende um bem jurdico, no sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa.

22. Acerca do significado dos princpios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a opo correta.

a) Segundo o princpio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as aes mais graves praticadas contra os bens jurdicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurdica.b) De acordo com o princpio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal no pode aplicar sanes que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituio fsico-psquica dos condenados por sentena transitada em julgado.c) Segundo o princpio da ofensividade, no direito penal somente se consideram tpicas as condutas que tenham certa relevncia social, pois as consideradas socialmente adequadas no podem constituir delitos e, por isso, no se revestem de tipicidade.d) O princpio da interveno mnima, que estabelece a atuao do direito penal como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalizao de uma conduta s se legitima se constituir meio necessrio para a proteo de determinado bem jurdico.

23. Assinale a opo correta no que diz respeito ao entendimento do STJ acerca do princpio da insignificncia e sua aplicao ao direito penal.a) O fato de o ru possuir antecedentes criminais impede a aplicao do princpio da insignificncia.b) O pequeno valor da res furtiva, por si s, autoriza a aplicao do princpio da insignificncia.c) Uma quantidade mnima de cocana apreendida, em hiptese alguma, pode constituir causa justa para trancamento da ao penal, com base no princpio da insignificncia.d) So sinnimas as expresses bem de pequeno valor e bem de valor insignificante, sendo a conseqncia jurdica, em ambos os casos, a aplicao do princpio da insignificncia, que exclui a tipicidade penal.

24. Em relao ao princpio da insignificncia ou de bagatela, assinale a alternativa incorreta:a) seu reconhecimento exclui a tipicidade, constituindo-se em instrumento de interpretao restritiva do tipo penal.b) somente pode ser invocado em relao a fatos que geraram mnima perturbao social.c) sua aplicao no prevista no Cdigo Penal, mas amplamente admitida pela doutrina e jurisprudncia.d) somente tem aplicabilidade em crimes contra o patrimnio.e) exige, para seu reconhecimento, que as conseqncias da conduta tenham sido de pequena relevncia.

25. Em relao aos princpios norteadores do Direito Penal, aponte a afirmativa INCORRETA.a) O princpio da legalidade ou da reserva legal constitui efetiva limitao ao poder punitivo estatal.b) O princpio da insignificncia refere-se aplicao da pena.c) Pelo princpio da fragmentariedade, a proteo penal limita-se aos bens jurdicos relevantes.

d) Pelo princpio da individualizao da pena, a sano a ser aplicada deve considerar todas as circunstncias da conduta do agente.

,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.,.2. (SEAD/AP/AUDITOR DA RECEITA ESTADUAL/FGV/2010) Com relao aos princpios constitucionais de Direito Penal, examine as seguintes afirmativas:

I reza o princpio da reserva legal que no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal.

II de acordo com o princpio da irretroatividade, a lei penal no retroagir, salvo disposio expressa em lei.

III segundo o princpio da pessoalidade, nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do limite do valor do patrimnio transferido.

Assinale:

(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(B) se somente a afirmativa III estiver correta.

(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se somente a afirmativa I estiver correta.

(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

RESP.DCabe ao legislador, na sua propcia funo, proteger os mais diferentes tipos de bens jurdicos, cominando as respectivas sanes, de acordo com a importncia para a sociedade. Assim, haver o lcitoadministrativo, o civil, o penal etc. Este ltimo o que interessa ao direito penal, justamente por proteger os bens jurdicos mais importantes (vida, liberdade, patrimnio, liberdade sexual, administrao pblica etc.). O direito penal:

A) tem natureza fragmentria, ou seja, somente protege os bens jurdicos mais importantes, pois os demais so protegidos pelos outros ramos do direito.

B) tem natureza minimalista, pois se ocupa, inclusive, dos bensjurdicos de valor irrisrio.

C) tem natureza burguesa, pois se volta, exclusivamente, para a proteo daqueles que gerenciam o poder produtivo e a economia estatal.

D) ramo do direito pblico e privado, pois protege bens que pertencem ao Estado, assim como aqueles de propriedade individualizada.

E) admite a perquirio estatal por crimes no previstos estritamente em lei, assim como a retroao da lex gravior.

COMENTRIOS:

Como desdobramento do princpio da interveno mnima, o carter FRAGMENTRIO do Direito Penal sobrevem porque o sistema s dever se preocupar das condutas mais relevantes. uma escolha do que mais importante para ser tratado pelo DIREITO PENAL.Alm deste, tambm se tem o princpio da SUBSIDIARIEDADE do Direito Penal, que reza afirmando que a lei penal s intervem quando for absolutamente necessrio para a proteo do bem jurdico.

ESQUEMA|----> Fragmentariedade - condutas + relevantesINTERVENO MNIMA ----||----> Subsidiariedade - s quando absolutamente necessrioAlguns princpios constitucionais penais encontram-se previstos, de forma expressa, na Constituio, enquanto outros nela esto implcitos. Indique qual alternativa apresenta um princpio constitucional implcito na Constituio Federal brasileira: a) O princpio da irretroatividade malfica. b) O princpio da humanidade. c) O princpio da interveno penal mnima. d) O princpio da pessoalidade."A terrvel humilhao por que passam familiares de pre-sos ao visitarem seus parentes encarcerados consiste na obrigao de ficarem nus, de agacharem diante de espelhos e mostrarem seus rgos genitais para agentes pblicos. A maioria que sofre esses procedimentos de mes, esposas e filhos de presos. At mesmo idosos, crianas e bebs so submetidos ao vexame. princpio de direito penal que a pena no ultrapasse a pessoa do condenado".

(DIAS, Jos Carlos. "O fim das revistas vexatrias". In:Folha de So Paulo. So Paulo: 25 de julho de 2014, 1o caderno, seo Tendncias e Debates, p. A-3)

Alm da ideia de dignidade humana, por esse trecho o inconformismo do autor, recentemente publicado na imprensa brasileira, sustenta-se mais diretamente tambm no postulado constitucional daParte superior do formulrioa)individualizao.b)fragmentariedade.c)pessoalidade.d)presuno de inocncia.e)legalidade.Parte inferior do formulrioCom base nos princpios aplicveis ao direito penal, assinale a opo correta.Parte superior do formulrioa)O princpio da insignificncia exclui a tipicidade penal formal se o bem jurdico em questo no tiver qualquer expressividade econmica.b)A aplicao do princpio da proporcionalidade pressupe a idoneidade da medida adotada, o que afasta a exigibilidade do meio adotado.c)Segundo os princpios observados no atual sistema penal brasileiro, de natureza acusatria, a lei processual penal retroage para beneficiar o ru.d)Dado o carter funcional do princpio da insignificncia, a bagatela imprpria no afasta a tipicidade material da conduta, mas exclui a culpabilidade.e)Na aplicao do princpio da insignificncia, deve-se considerar o valor do objeto do crime e desprezar os aspectos objetivos do fato, tidos como irrelevantes.Parte inferior do formulrioAssinale a alternativa que apresenta o princpio que deve ser atribudo a Claus Roxin, defensor da tese de que a tipicidade penal exige uma ofensa de gravidade aos bens jurdicos protegidos.Parte superior do formulrioa)Insignificncia.b)Interveno mnima.c)Fragmentariedade.d)Adequao social.e)Humanidade.Parte inferior do formulrioA respeito dos princpios que regem o direito penal brasileiro, assinale a alternativaINCORRETA.Parte superior do formulrioa)O princpio da legalidade penal, do qual decorre o princpio da reserva legal, impede o uso dos costumes e analogia para criar tipos penais incriminadores ou agravar as infraes existentes.b)De acordo com o chamado princpio da insignificncia o Direito Penal no deve se ocupar com assuntos irrelevantes. A aplicao de tal princpio exclui a tipicidade material da conduta.c)O direito penal possui natureza fragmentria, ou seja, somente protege os bens jurdicos mais importantes, pois os demais so protegidos pelos outros ramos do direito.d)O princpio da taxatividade, ao exigir lei com contedo determinado, resulta na proibio da criao de tipos penais abertos.Parte inferior do formulrioO princpio da fragmentariedade do Direito Penal significa:Parte superior do formulrioa)que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequao das condutas que os ofendem, esses bens passaro a fazer parte de uma pequena parcela que protegida pelo Direito Penal.b)que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que variam de acordo com a importncia do bem a ser tutelado.c)que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal no ser considerada tpica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto , se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.d)que as proibies penais somente se justificam quando se referem a condutas que afetem gravemente direitos de terceiros.e)que a lei a nica fonte do Direito Penal quando se quer proibir ou impor condutas sob a ameaa de sano.Parte inferior do formulrioO princpio da responsabilidade pessoal, conquista do direito penal moderno, limita a imposio da responsabilizao penal quele que:Parte superior do formulrioa)Tenha praticado o ncleo do tipo penal, afastando a possibilidade de punio daquele que de qualquer forma concorreu para a prtica do crime.b)Guarde qualquer vnculo subjetivo com o autor do delito, desde que tenha tomado cincia prvia ou posterior de que o fato criminoso seria ou foi por este praticado.c)Seja considerado autor, coautor ou partcipe do crime, impedindo que terceiros totalmente alheios ao fato delituoso possam sofrer conseqncias penais dele decorrentes.d)Tenha atuado na consecuo do crime, sendo ressalvada a hiptese de incapacidade ou morte do autor, em que se permite a imposio de responsabilidade penal aos seus sucessores legais.e)Exclusivamente auxiliou ou instigou a prtica do crime, no sendo permitido que sofra pena em proporo distinta daquela imposta ao executor do ncleo do tipo penal incriminador.Parte inferior do formulrioO crime de infanticdio, descrito no artigo 123 do Cdigo Penal, tem ncleo idntico ao do crime de homicdio, previsto no artigo 121,caput, do mesmo cdigo, qual seja: matar algum. Todavia, o artigo 123 exige, para sua consumao, a presena, no caso concreto de elementos diferenciadores, por exemplo, a autora ser genitora da vtima e influncia do estado puerperal, o que faz com que prevalea sobre o tipo penal, genrico, do artigo 121.

O enunciado refere-se ao:Parte superior do formulrioa)Princpio da Especialidade.b)Princpio da Alternatividade.c)Princpio da Consuno.d)Princpio da Subsidiariedade.e)Princpio da Reserva Legal.O direito penal s deve se preocupar com a proteo dos bens jurdicos mais essenciais vida em sociedade, constituindo a sua interveno aultima ratio, ou seja, tal interveno somente ser exigida quando no se fizer suficiente a proteo proporcionada pelos demais ramos do direito. Tal conceito tem relao com o princpio daParte superior do formulrioa)anterioridade.b)reserva legal.c)interveno mnima.d)proporcionalidade.e)intranscendncia.Parte inferior do formulrioACERCA DO CHAMADO PRINCPIO DA INTERVENO MNIMA NO DIREITO PENAL PTRIO, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.Parte superior do formulrioa)Parte da doutrina defende que o princpio da interveno mnima foi recepcionado pela CF atravs da clusula geral prevista pelo 2 do art. 5, tendo sua raiz no art. 8 da Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (Paris, 1789), ao proclamar que a lei deve estabelecer penas estrita e absolutamente necessrias.b)Enquanto o princpio da interveno mnima se dirige ao juiz do caso concreto, quando o dano ou perigo de dano so irrisrios, o princpio da insignificncia se dirige ao legislador, visando reduzir o nmero de normas incriminadoras.c)O objeto de proteo do diploma penal castrense denomina-se bem jurdico composto, na medida em que (tendo como objetividade jurdica em primeiro plano: a vida, a integridade fsica, o patrimnio, etc.) no se afasta de uma tutela mediata da regularidade das instituies militares.d)Dentre os vetores estabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal como necessrios a legitimar o reconhecimento da insignificncia, nos crimes contra o patrimnio praticados por militares, o grau de reprovabilidade do comportamento tem afastado a aplicao do referido princpio.Parte inferior do formulrioCom relao aos princpios da insignificncia e da irrelevncia penal do fato, assinale a opo correta.Parte superior do formulrioa)Os princpios da insignificncia e da irrelevncia penal do fato no contam com previso expressa no direito penal brasileiro.b)O reconhecimento do princpio da irrelevncia penal do fato implica a atipicidade da conduta do agente.c)A aplicao do princpio da insignificncia de modo a tornar a ao atpica exige a satisfao, de forma concomitante, de certos requisitos estabelecidos pelo STF, os quais tm relao, apenas, com o desvalor da conduta do agente, e no com o resultado por ele ocasionado.d)A existncia de condenaes criminais pretritas imputadas a um indivduo impede a posterior aplicao do princpio da insignificncia, consoante a jurisprudncia do STF.e)Infrao bagatelar imprpria a que surge sem nenhuma relevncia penal, porque no h desvalor da ao ou um relevante desvalor do resultado que merea a incidncia do direito penal.Parte inferior do formulrioEm relao ao princpio da legalidade (artigo 1 do Cdigo Penal), assinale a afirmao correta.Parte superior do formulrioa)Estabelece que as condutas consideradas como imorais pelo corpo social podem ser penalmente sancionadas, diante da magnitude da leso causada coletividade.b)Permite concluir que ningum poder ser punido por conduta praticada que no esteja previamente definida como crime na lei.c)Autoriza o uso de normas penais vagas e imprecisas para permitir ao julgador ampla discricionariedade no momento de optar pela condenao ou pela absolvio dos acusados.d)Conforme a extenso do dano causado, pode ser flexibilizado para viabilizar a condenao de autores de fatos praticados antes da entrada em vigor da lei penal em questo, desde que fundamentada a deciso pelo Juiz.e)No h crime sem lei anterior que o defina, mas o Juiz poder determinar a pena sem prvia cominao legal.Parte inferior do formulrioOs princpio constitucionais servem de orientao para a produo legislativa ordinria, atuando como garantias diretas e imediatas aos cidados, funcionando como critrio de interpretao e integrao do texto constitucional. Nesse sentido podemos destacar como princpios constitucionais explcitos os seguintes:Parte superior do formulrioa)legalidade, anterioridade, taxatividade e humanidade;b)anterioridade, proporcionalidade, individualizao da pena e humanidade;c)retroatividade da lei penal benfica, individualizao da pena, humanidade e proporcionalidade;d)responsabilidade pessoal, legalidade, anterioridade e individualizao da pena