princípio da cooperação trabalho realizado por: luís machado nº 801 viviana ribeiro nº 833

16
Princípio da Princípio da cooperação cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

105 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da Princípio da cooperação cooperação

Trabalho realizado por:

Luís Machado nº 801

Viviana Ribeiro nº 833

Page 2: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Reacção ao paradigma do juiz Reacção ao paradigma do juiz autoritário de 39autoritário de 39

O juiz e partes numa posição de O juiz e partes numa posição de igualdadeigualdade

Deveres na condução do processo.Deveres na condução do processo. ex.: dever de providenciar o suprimento ex.: dever de providenciar o suprimento

de obstáculos com que as partes se de obstáculos com que as partes se defrontem na obtenção de informações defrontem na obtenção de informações

Page 3: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Art. 266º do CPC – Princípio da cooperaçãoArt. 266º do CPC – Princípio da cooperação

Art. 519º do CPC - Dever de cooperação Art. 519º do CPC - Dever de cooperação

para a descoberta da verdade para a descoberta da verdade

Este artigo é um desenvolvimento do Este artigo é um desenvolvimento do

art. 266º.art. 266º.

Page 4: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Prestar a sua colaboração para se Prestar a sua colaboração para se alcançar eficaz composição do litígio.alcançar eficaz composição do litígio.

Impõem-se a todos: partes, tribunal Impõem-se a todos: partes, tribunal e terceiros.e terceiros.

Todas as pessoas, mesmo que não Todas as pessoas, mesmo que não sejam partes, têm o dever de prestar sejam partes, têm o dever de prestar a sua colaboração para a descoberta a sua colaboração para a descoberta da verdade – art.519, nº1 CPCda verdade – art.519, nº1 CPC

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Page 5: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperaçãoConcretizaçãoConcretização

Vários deveres processuais: Vários deveres processuais: Boa fé processual, art. 266º.Boa fé processual, art. 266º.Dever de urbanidade e respeito.Dever de urbanidade e respeito.Dever de pontualidade.Dever de pontualidade.Dever de imediata comunicação Dever de imediata comunicação da impossibilidade de realização da impossibilidade de realização de diligências.de diligências.

Page 6: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Dever de transparência das notificações.Dever de transparência das notificações. Marcação de diligências por acordo, art. Marcação de diligências por acordo, art.

155º.155º. Dever de comparecer e esclarecer.Dever de comparecer e esclarecer. Dever de remoção de obstáculos.Dever de remoção de obstáculos. Dever de obter informações sobre o Dever de obter informações sobre o

património do executado.património do executado. Dever de informação do executado. Dever de informação do executado. Dever apresentar documentos, art. 529º.Dever apresentar documentos, art. 529º. Dever de recíproca correcção, art. 266º-B.Dever de recíproca correcção, art. 266º-B.

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperaçãoConcretizaçãoConcretização

Page 7: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Corolários do princípio da cooperação. Corolários do princípio da cooperação. “Partes e juízes devem cooperar entre “Partes e juízes devem cooperar entre si para que o processo realize a sua si para que o processo realize a sua função em prazo razoável”.função em prazo razoável”.

Princípio orientador do direito Princípio orientador do direito processual civil.processual civil.

Origem na reforma 95/96. Origem na reforma 95/96.

Page 8: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperaçãosentido materialsentido material

Cooperação Material, afim de apurar a Cooperação Material, afim de apurar a verdade material.verdade material.

Partes:Partes: Facultando objectos que constituam Facultando objectos que constituam

meios de prova (arts. 528º-530º e 518º)meios de prova (arts. 528º-530º e 518º) Submetendo-se à inspecção judicial e ao Submetendo-se à inspecção judicial e ao

exame pericial (art. 612º nº1)exame pericial (art. 612º nº1) Prestando o depoimento de parte (552º) Prestando o depoimento de parte (552º) Praticando os demais actos que o Praticando os demais actos que o

tribunal determine. tribunal determine.

Page 9: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Limites do dever de cooperação:Limites do dever de cooperação: Direitos fundamentais Direitos fundamentais

Violação da integridade física ou moral Violação da integridade física ou moral das pessoas das pessoas

Respeito do dever de sigilo Respeito do dever de sigilo

Em caso de colisão, pode a parte – ou o Em caso de colisão, pode a parte – ou o terceiro – deduzir escusa.terceiro – deduzir escusa.

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperaçãoSentido materialSentido material

Page 10: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

art. 266º nº 4, 155º e 266º-B nº3.art. 266º nº 4, 155º e 266º-B nº3. Emanação de decisão em prazo Emanação de decisão em prazo

razoável.razoável. Juiz:Juiz:

dever de providenciar o suprimento dever de providenciar o suprimento de obstáculosde obstáculos

Marcação de diligências por acordo Marcação de diligências por acordo Comunicação pelo juiz de atraso no Comunicação pelo juiz de atraso no

início da diligência.início da diligência.

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperaçãosentido formalsentido formal

Page 11: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Recusa de colaboração -condenação Recusa de colaboração -condenação em multa – 519, nº2em multa – 519, nº2

Não afasta a possibilidade de Não afasta a possibilidade de utilização de meios coercitivos utilização de meios coercitivos

apreensão de documentos – 532º e 533ºapreensão de documentos – 532º e 533º

Page 12: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Se a recusa é proveniente da parte e Se a recusa é proveniente da parte e

não for possível recorrer a meios não for possível recorrer a meios

coercitivos para a realização da coercitivos para a realização da

diligência, o tribunal apreciará diligência, o tribunal apreciará

livremente o valor da recusalivremente o valor da recusa

Page 13: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

Inversão do ónus da prova – 519,nº2 Inversão do ónus da prova – 519,nº2

& 344,nº2 do CC& 344,nº2 do CC

O ónus da prova passa a caber à O ónus da prova passa a caber à

parte que culposamente criou tal parte que culposamente criou tal

impossibilidade.impossibilidade.

Page 14: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

A ilicitude da recusa tem como A ilicitude da recusa tem como fundamento o art. 32,nº8 da CRPfundamento o art. 32,nº8 da CRP

Determina a nulidade de todas as Determina a nulidade de todas as provas obtidas sob tortura, coacção, provas obtidas sob tortura, coacção, ofensa à integridade física ou moral ofensa à integridade física ou moral das pessoas, abusiva intromissão na das pessoas, abusiva intromissão na

vida privada, no domicílio, vida privada, no domicílio, correspondência ou telecomunicações.correspondência ou telecomunicações.

Page 15: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Princípio da cooperaçãoPrincípio da cooperação

As partes devem prestar a sua colaboração As partes devem prestar a sua colaboração para se apurar a verdade e alcançar uma para se apurar a verdade e alcançar uma breve e eficaz composição do litígio. breve e eficaz composição do litígio.

A mais importante inovação: A mais importante inovação: cooperação entre do juiz com as cooperação entre do juiz com as partes partes o juiz passa a estar no mesmo o juiz passa a estar no mesmo

patamar, em igualdade com as patamar, em igualdade com as partes. partes.

Page 16: Princípio da cooperação Trabalho realizado por: Luís Machado nº 801 Viviana Ribeiro nº 833

Não pode ser considerado uma Não pode ser considerado uma obrigação, uma imposição para as obrigação, uma imposição para as partes. Primeiro porque há limites a este partes. Primeiro porque há limites a este dever de cooperação… Depois porque a dever de cooperação… Depois porque a aplicação de sanções (multa ou outros aplicação de sanções (multa ou outros meios coercitivos) são uma opção do juiz, meios coercitivos) são uma opção do juiz, e só serão aplicados se a recusa implicar e só serão aplicados se a recusa implicar um grande entrave à descoberta da um grande entrave à descoberta da verdade e da justiça…verdade e da justiça…

PrincípioPrincípio da cooperaçãoda cooperação