primeiro jornal - 20/04/2014

4
O detento do presídio de Cataguases, Adriano Máximo da Silva, 30 anos, liberado para serviço externo, ausentou-se do seu local de trabalho na manhã do dia 15 de abril, subiu na estrutura da ponte metálica e durante algumas horas manteve uma multidão em pânico ante suas ameaças de pular lá de cima. Após informarmos a defensoria pública, veio até o local a Dra. Eliana Spíndola, que num gesto de muita coragem, subiu numa grua de um caminhão da Energisa e após alguns minutos de negociação, convenceu Adriano a descer daquele local e assumir as consequências de seu ato impensado. Logo em seguida, o detento foi encaminhado a sede da defensoria públi- ca onde foi tomado o seu depoimento e iniciado o processo administrativo correspondente.

Upload: primeiro-jornal

Post on 31-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Primeiro jornal - 20/04/2014

O detento do presídio de Cataguases, Adriano Máximo da Silva, 30 anos, liberado para serviço externo, ausentou-se do seu local de trabalho na manhã do dia 15 de abril, subiu na estrutura da ponte metálica e durante algumas horas manteve uma multidão em pânico ante suas ameaças de pular lá de cima.

Após informarmos a defensoria pública, veio até o local a Dra. Eliana Spíndola, que num gesto de muita coragem, subiu numa grua de um caminhão da Energisa e após alguns minutos de negociação, convenceu Adriano a descer daquele local e assumir as consequências de seu ato impensado.

Logo em seguida, o detento foi encaminhado a sede da defensoria públi-ca onde foi tomado o seu depoimento e iniciado o processo administrativo correspondente.

Page 2: Primeiro jornal - 20/04/2014

A cartilha da FIFA- BRASIL PARA PRINCIPIANTES - so-bre o modo de ser dos brasi-leiros causou tanto rebuliço que rapidinho foi retirada do site da entidade.

Na verdade, detestamos que terceiros apontem nos-sos pecadinhos que, na maio-ria das vezes, consideramos como algo folclórico e dos quais até nos orgulhamos. E eventos como Copa do Mun-do fazem aflorar nosso patrio-tismo e patriotada. E, cá entre nós, já estamos de saco cheio da linguaruda da FIFA, que, além das incontáveis exigên-cias e frescuras, conta nossas deficiências para o resto do mundo. Em contrapartida, ela também já não nos aguenta mais.

Mas vamos ver um resumo do que disse a FIFA em sua cartilha:1 - SIM NEM SEMPRE SIG-NIFICA SIM. Os brasileiros são otimistas e nunca come-çam uma frase com um NÃO. Para eles, SIM significa, na realidade, TALVEZ. Quando disserem, SIM, eu te ligo, não espere que o telefone vá tocar nos próximos cinco minutos.

Complementando a FIFA: o SIM também é usado por nós para despachar rapidinho o chato, como demonstração de simpatia etc. É, na maioria das vezes, somente uma afir-mação inconsequente, levia-na que rapidamente é esque-cida.2 - HORÁRIO FLEXÍVEL: A pontualidade é um conceito muito flexível no Brasil. Quan-do marcar com alguém, nin-guém espera que você estará no lugar combinado no horá-rio exato. O normal é contar com 15 minutos de atraso.

No final do ano passado, no dia 5 de Dezembro, o mundo chorou a morte de Nelson Mandela, grande per-sonagem do século 20, ga-nhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993, um símbolo na luta pela liberdade e igual-dade.

Mandela entrou para a his-tória pela luta contra o apar-theid, regime de segregação racial, adotado de 1948 a 1994, na África do Sul, divi-dindo a raça branca da raça negra.

Os negros, mesmo sendo maioria, foram privados de sua cidadania, sendo trata-dos como “subseres”, rece-bendo serviços públicos, co-mo saúde e educação, infe-riores aos brancos.

Mandela venceu essa ba-talha e conseguiu por fim no regime segregacionista do Apartheid, mas não venceu a guerra. O Apartheid ainda impera em boa parte do mun-do. Porém, não mais racial, mas sim social, separando pobres dos ricos.

A cada dia que passa fica mais nítido o tratamento dife-renciado entre pobres e ri-cos. Trazendo esse tema pa-ra Cataguases, notamos isso na questão da nova classifi-cação do Hospital de Cata-guases para o Nível 2, onde teremos algumas mudanças na saúde, dentre elas, o fun-cionamento do Pronto So-corro dentro do Hospital, ten-

Esta é uma pergunta que sempre me intrigou, e para a qual com certeza as autorida-des publicas terão, as mais variadas respostas, mas se vislumbrarmos a situação atual com que quadro nos de-paramos, uma batalha que se desenrola por CPIs, governo e oposição cada um querendo tirar maior dividendo político das mesmas. E a educação? Dos três possíveis candidatos ao palácio do planalto, so-mente Eduardo Campos ou-tro dia falou que educação é o único caminho para libertar o ser humano e que seu projeto seria a escola a tempo inte-gral como se pratica hoje em Pernambuco. Nada mais dis-se, nem lhe foi perguntado, mas isso é muito pouco.

A Presidente Dilma, aguar-da o dinheiro do pré sal, mas um plano serio de como revo-lucionar o ensino, até agora ninguém viu, quem sabe não estará a mesma aguardando instruções do Dr Honoris Cau-

No período de 16 a 18 de maio próximo, acontece no distrito de Vista Alegre, Cata-guases, uma interessante festa. A II Ciranda de Viola e Arte.

A programação da II Ciran-da de Viola será variada, con-tando com a apresentação, entre outros, de grupos folcló-ricos, violeiros, contadores de causos, concursos de violei-ros, Fórum de Economia Soli-dária, passeio ecológico, ofi-cina de gastronomia e, é cla-ro, shows musicais de quali-dade.

Na sexta-feira, dia 16, a par-tir de 18 horas, o evento con-tará com duas rodas musi-cais, sendo a primeira com o Grupo alvorada Sertaneja, de

Só 15 minutos? É comum a pessoa não aparecer e nem dar a mínima satisfação.3 - CONTATO FÍSICO: os brasileiros não estão acostu-mados com o modo europeu de manter distância física co-mo norma de cortesia e con-duta. Eles falam com as mãos e não evitam tocar no interlo-cutor. E também se beijam.

Gosto do nosso modo italia-nado de ser, do nosso calor humano.4 - FAZER FILA: a paciência na hora de esperar não é uma das principais virtudes do bra-sileiro, que prefere ser inteli-gente, sempre se arranjando para chegar na frente.

Forma delicada de dizer que gostamos de levar vanta-gem em tudo.5- MODERAÇÃO: Quem qui-ser ir a uma churrascaria deve fazer 12 horas de jejum e ma-neirar na hora de comer por-que as melhores carnes são servidas no final.

Nada sobre comida de rua? Água de torneira servida co-mo mineral? Coitados dos gringos.6 - A LEI DO MAIS FORTE: a regra que dá direito à prefe-rência dos carros no trânsito é simples: o veículo maior pas-sa na frente.

Ou um trezoitão.7 - É PROIBIDO FAZER TOP-LESS: a imagem de mulheres com pouca roupa mostrada no Carnaval pode ser enga-nosa. Os biquínis brasileiros são menores do que os dos europeus mas fazer topless na praia é proibido e dá ca-deia. 8 - A LÍNGUA ESPANHOLA NÃO VALE: quase ninguém a fala e a entende. O idioma

nacional é o “brasileiro”, uma variação do Português. E se você falar que a capital do país é Buenos Aires correrá o risco de ser deportado ime-diatamente.

Falamos Portunhol e não basta o Papa ser argentino?9 -EXPERIMENTE O AÇAÍ: é energético e previne rugas.10 - PACIÊNCIA: no Brasil é muito comum fazer as coisas no último minuto, mas no final tudo dará certo. Isso pode ser notado no caso dos estádios. A filosofia de vida do brasileiro pode ser resumida com a se-guinte frase: relaxa e aprovei-te.

Sou mais a Marta Suplicy: relaxa e goza.

Acho que a FIFA foi genero-sa conosco. Imaginem se ela tivesse lançado um MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NO BRASIL. Algo alertando sobre o caos dos aeroportos, as-saltos, roubos, bala perdida e /ou direcionada, Forças Ar-madas nas ruas, periguetes esportivas, Boa-noite Cinde-rela, ausência de placas indi-cativas de qualquer coisa, o vale tudo para entrar nos transportes coletivos, Pronto Socorro, polícia truculenta, inundações em caso de chu-va, manifestações, o estouro da boiada quando os portões do estádio forem abertos, bri-ga de torcida e muito mais do nosso dia-a-dia.

Mas, encho o peito, canto o Hino Nacional e boto meu kit verde e amarelo, no qual veio aquela corneta com a qual vou infernizar os vizinhos. E nem dei resposta ao que um engraçadinho me disse: já imaginou se o Brasil perde a final para a Argentina?

Cataguases e a segunda com o já conhecido e reconhecido Trem Mineiro, de Viçosa, apresentando o que há de melhor da música regional brasileira.

No sábado, 17, a festa co-meça às 9 horas da manhã, com caminhada ecológica e só termina na madrugada de domingo. A ciranda será ani-mada pelos violeiros da re-gião num concurso que ofere-cerá troféus e prêmios em di-nheiro para os primeiros colo-cados; o fim da noite contará com a presença da consa-grada dupla Sertaneja Gil e Guaxupé.

No último dia, domingo, a festa começa cedo, com pro-gramação comunitária, orga-

nizada pelas escolas munici-pais, grupos de economia so-lidária e não faltará a tradi-cional Banda de Música, ale-grando o domingo alegre, de Vista Alegre.

E por falar nisso, dentro da II CIRANDA DE VIOLA E ARTE, acontece um belo concurso de tapetes, sendo liberada a utilização de serragem colori-da, borra de café, sal, farinha, areia, flores e outros acessó-rios. “O tema do concurso é Viola, música e ciranda” e já está garantida a participação massiva da comunidade, a exemplo do que ocorreu no ano passado.

Mais uma vez, a Lei Ascânio Lopes, financia um evento cultural e de interesse público em Cataguases.. Estão juntos na organização da II Ciranda de Viola e Arte a Secretaria Municipal de Assistência So-cial, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Municipal de Educação, Energisa, Em-preendimento de Economia Solidaria, Fórum Mineiro de Economia Solidaria e, é claro, dando apoio total a Prefeitura Municipal de Cataguases.

do como exigência o aten-dimento de urgência e emer-gência através da porta úni-ca , tanto para pacientes do SUS, convênios ou particu-lar.

Tal medida não agradou quem tem plano de saúde, que não concordam em rece-ber o mesmo atendimento que os mais simples e humil-des. Em defesa dessa mino-ria, o porta-voz da elite ten-ta tirar o brilho dessa mu-dança revolucionária que tra-tará as pessoas de forma iguais, seja ela rica ou pobre, sendo atendida de acordo com o estado de saúde e não com o estado financeiro. Afinal, saúde não se escreve com cifrão: $aúde.

Esse discurso atrasado tem apoio dos reacionários de plantão, que também fa-zem críticas a essa mudan-ça, defendo a segregação social, visando manter o atendimento separado, a porta dupla: de um lado quem tem plano de saúde, do outro quem não tem. Cla-ro, favorecendo quem tem plano de saúde, com prefe-rência no atendimento. Uma política segregacio-nista.

Apesar do chororó dos conservadores, vai prevale-cer a porta única. Todas as pessoas que forem ao Hospi-tal Cataguases, respeitarão a fila e o Protocolo de Man-chester, que fará a triagem

baseada nos sintomas, clas-sificando os doentes por co-res, que representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento. A cor vermelha (emergente) tem atendimen-to imediato; a laranja (muito urgente) prevê atendimento em dez minutos; o amarelo (urgente), 60 minutos; o ver-de (pouco urgente), 120 mi-nutos; e o azul (não urgente), 240 minutos. Isso vale para todos.

Aos usuários de plano de saúde, não adianta ficarem roxo de raiva, pois não vão receber tratamento privile-giado. Terão que aprender a conviver com quem não tem plano de saúde, recebendo o mesmo tratamento.

Deixo registrado que tenho plano de saúde, fornecido pela empresa, apesar de quase não usá-lo, graças a Deus. Mas isso não faz de mim mais importante que a pessoa que não tem, che-gando ao ponto de querer ser atendido primeiro, ou de ter algum privilégio por causa disso. Defendo o tratamento igualitário e parabenizo o Hospital Cataguases pela porta única, tratando os pa-cientes iguais, seja ele rico ou pobre, com ou sem plano de saúde, afinal, “pau dá em Chico dá em Francisco”. Viva a igualdade! Abaixo a segregação social! Chega de apartheid.

sa Luis Inácio, para então costurar um projeto de saber a curto, médio e longo prazo. E o que dizer de Aécio Neves, que afirma ter revolucionado a educação em Minas Gerais, só se foi em Belo Horizonte e circunvizinhanças, porque no interior a mesma deixa a de-sejar, mas o projeto de educa-ção a ser imposto ao Brasil é muito mais sério e abrangente do que esses brincalhões da política estão imaginando, até porque ela é coisa séria, alias seríssima, e até que me pro-vem o contrario, esta não é a principal característica de ne-nhum dos três postulantes a presidência.

Atitudes a ser tomadas no Ministério da Educação: Des-politizá-lo totalmente, conti-nuaria ligado ao governo para efeito de verbas, mas desvin-culado de medidas publicas. Ministério totalmente autôno-mo, para tomada de decisões, os mandatários seriam de ili-bado saber na área e traba-

lhariam abaixo de um Ministro escolhido democraticamente pelos envolvidos no assunto. Teriam a obrigatoriedade de construção de um plano da creche ao nível superior que contemple 20/30 anos, ne-nhuma propaganda seria permitida em que veiculo for, isto é roubar o povo em bene-ficio de uma classe política desgastada, desmoralizada, e porque não dizer vilipen-diada.

Nunca é demais lembrar o que dizia Dom Lourenço de Almeida Prado mui dignís-simo reitor do Colégio São Bento sobre a invasão de Uni-versidades particulares no ensino principalmente do Rio, São Paulo, Minas Gerais, quando se referia aos reitores das mesmas dizia: Não são educadores, são isto sim con-traventores da educação. Na-da mais atual, atualmente o nível do aluno, não lhe permi-te exigir ensino de qualidade.

Page 3: Primeiro jornal - 20/04/2014

Av. José Leonardo, 288 - térreo - B. Leonardo

Muitos que passam pela antiga Estação Ferroviária, encravada no coração de Ca-taguases, não podem imagi-nar que, numa pequena sala lá existente, está um impor-tantíssimo setor da Prefei-tura. Não só eles, mas infeliz-mente somos obrigados a reconhecer que nem os pró-prios gestores alternantes na cadeira de prefeito sabem o quanto é importante aquele pequeno espaço para a cida-de. Alguns encaram como um depósito de “papéis velhos e sem utilidade”. Outros pou-cos, diga-se de passagem, nesses mais de cem anos da criação do Arquivo Público Municipal, voltaram os seus olhos a esse departamento apesar de não se preocupa-ram em aparelhar e dar reais condições para o seu funcio-namento. Lastimável realida-de refletindo a inexistência de políticas na preservação da nossa história. Especialmen-te numa cidade como a nossa que gosta de se ufanar de seu passado cultural. A reali-dade é bem outra. Parece não haver entendimento de que ali armazenados, através de documentos oficiais ou não, estão relatos primordiais para conhecermos o passa-do e, assim, com o seu exem-plo, traçarmos linhas concre-tas para a construção do futu-ro que a sociedade deseja.

Há poucas semanas atrás, desejando reunir textos que escrevi na segunda metade dos anos 90 num dos diver-sos jornais que circularam em Cataguases, procurei o res-ponsável por esse departa-mento. Anos antes havia doa-do ao Arquivo Público Munici-pal uma coleção completa do “Jornal do Marcos”, quinze-nário que escrevi ao lado de Marcos Spínola, Washington Magalhães e Tarcísio Henri-ques entre outros colabora-dores. Em pouco mais de um ano, através daquelas pági-nas dei forma e vida a um personagem que ganhou também outras publicações posteriormente. Refiro ao alambiqueiro e professor uni-versitário aposentado Tobias Mendes. Um “sacanocrata” de mais de 10 arrobas de peso, andando de bar em bar pela cidade, relatando, sem-

Vereador invade PSF para averiguar "denúncias". Será esta a forma correta de averiguar ou até de investigar?

Tirar capim na rua é atribuição de vereador ou quer apenas se mostrar? Vamos pagar aos que limpam as ruas, o salário de vereador? É válido mas é caro, heim!

Tem vereador me investigando. Quero ver se ele vai investigar quem recebeu cento e tantos mil reais no outro governo. Vai mostrar que é homem se fizer a investigação que é preciso.

Na tarde de 8 de abril, caiu de um veículo uma carteira. Uma moto passou com um casal, parou, e levou a carteira. É assim mesmo?pre de uma forma humorada

e ácida, causos - verídicos em sua maioria, gosto de frisar - ocorridas nessa beira-da de Minas banhada pelo Rio Pomba.

Pois, à procura dessa cole-ção, fui informado, a quem entreguei os jornais, que “não havia menção ou lembrava dessa doação; “ela não exis-te”, afirmou. “Como assim?”, perguntei. O desinteresse foi a resposta. Não era possível, eu mesmo havia entregado esses exemplares que, des-confio, eram os únicos sobre-viventes dessa aventura editorial. Resolvi, assim, pro-curar o responsável pelo se-tor, João Carrara Neto, o Car-rarinha, um grande amigo em todos os sentidos, já que tem quase dois metros de altura. Ele, que estava há menos de um ano no cargo, nomeado nessa atual administração, fez de tudo para localizar os jornais. Procurou, revirou, in-dagou até mesmo a antigos

funcionários e... localizou o que “não havia sido entregue, aquilo que não existia”.

Logicamente que fiquei fe-liz em poder resgatar o meu personagem. Esse garimpo resultará numa coletânea de crônicas que pretendo lançar no segundo semestre. Mas uma preocupação surgiu: quanto mais foi doado ao Ar-quivo Público Municipal que “não foi entregue, não existe e não se lembram?”. Preocu-pante realidade. Quanto foi perdido?, agora me indago.

Pelo menos um fato tenho que reconhecer. Sem nenhu-ma estrutura, numa sala sem móveis adequados, refrigera-ção ou qualquer outro equi-pamento mínimo exigido, o Carrarinha tem feito um tra-balho superior ao que muitos afirmavam realizar e que fa-

ziam questão de bater no peito e arrendondar palavras. Além de divulgar documen-tos, especialmente arquivos fotográficos, através de uma página numa rede social, Carrarinha tem, literalmente, resgatado documentos, ma-pas, jornais, revistas que es-tavam para ter como destino final a lata de lixo - fato lasti-mavelmente ocorrido em vá-rios anos. Como curiosidade, cito que no Arquivo, que além de jornais, documentos diver-sos, revistas e outras publica-ções, estão mas de 5 mil plantas arquitetônicas, entre elas plantas assinadas por Niemayer, Bolonha, Del Peloso, Luzimar Goes Teles, entre outros, possuindo mais de 10 mil imagens que tes-temunham a nossa história que poderiam nunca chegar ao conhecimento do público.Por sinal, fui informado que o setor possui a coleção com-pleta digitalizada do jornal “Cataguases”, desde os anos inciais do século passado até a última edição. Parece-me que esse trabalho, há muito concluso, foi realizada por profissional de Cataguases com o apoio técnico do fotó-grafo Henrique Frade, ele mesmo um “arquivo vivo” de nossa cidade. É certo que o dinheiro público gasto não representa nenhuma despe-sa. Pelo contrário: é investi-mento que se fazia neces-sário. Agora vamos aguardar novos investimentos para o setor, já que sabemos que a cultura está além do anual carnaval de repiniques e fan-tasias ou do desfile de 7 de setembro como querem al-guns. Cultura é preservar e saber preservar o nosso pas-sado, a nossa história. Do contrário a pasta de Cultura de Cataguases se faz desne-cessária, apenas mais um cargo no balcão de negócios políticos.

Por isso mesmo, como cu-rioso e também porque des-de a década de 80 escrevia para o jornal “Cataguases”, vou agendar a minha visita para pesquisar a digitali-zação do “Cataguases”. Dias desses irei protocolar o pe-dido e aconselho que muitos façam também. O acesso a essas informações é direito de todos e assim poderemos constatar que o dinheiro pú-blico - cerca de 5 mil reais co-mo consegui apurar - foi bem aplicado.

Enquanto isso, mais uma vez parabenizo ao Carrari-nha pelo trabalho incansável que desenvolve solitariamen-te. Imagine se ele realmente tivesse o apoio necessário.

Page 4: Primeiro jornal - 20/04/2014

No último dia 28.03, aconteceu em Cataguases a 1ª Conferência de Economia Solidária de Cata-guases.

No evento que contou com a participação de grupos formados em Cataguases, foram tirados as delegadas do Conselho Municipal de Economia Solidária que agora já é lei. Cataguases também já tem o seu Fundo Municipal de Economia Solidária.

Esse tipo de atividade econômica vem cres-cendo muito no Brasil e nos países que já enten-deram que o Capitalismo é um sistema econômico que não abriga a todos, ou seja, é um produtor de exclusão social nato. Por isso, as pessoas se reúnem em grupos e formam seus próprios em-preendimentos Solidários, sem que ninguém seja patrão, nem empregado. Tudo é construído cole-tivamente.

A Secretaria de Assistência Social já vem traba-lhando essa idéia desde o ano passado e dis-ponibilizou uma de suas servidoras(Irmã Beth) para apoiar os grupos que estão se formando aos pou-cos em Cataguases.

Com a aprovação das leis do Conselho e Fundo Municipal, a cidade estará apta a buscar finan-ciamento federal para o melhor desenvolvimento das atividades. Assim, mais grupos de Economia Solidária serão formados e a atividade, sem dúvida, deverá prosperar muito na cidade.

Segundo o Secretário de Assistência Social, Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno," o governo municipal está fazendo a diferença, saindo na fren-te, ao privilegiar política de inclusão, como a de incentivo à Economia solidária.

E quem também manda o recado é a Irmã Beth, coordenadora do movimento de Economia Soli-dária: "Em maio teremos a Ciranda de Viola e Arte, novamente em Vista Alegre", mais um evento orga-nizado pelos grupos de Economia Solidária de Cataguases. Dessa vez, teremos bons shows, como de Gil e Guaxupé, do grupo Beatnick e do violeiro, Farinhada, que deixou o público encantado no ano passado."