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Page 1: Primeiro jornal 15/05/2014
Page 2: Primeiro jornal 15/05/2014

Rua Major Vieira, 56 - Centro

Quero que fique bem claro, que como nenhum usuário de ônibus se encontra entre as autoridades municipais, nem entre os empresários, o que vou descrever e pedir aqui, é a única parte crível do pro-blema. Dirijo-me em primeiro lugar aos proprietários das empresas de ônibus. Será possível que os Srs. Não identifiquem o lastimável es-tado das vossas viaturas? Que na maioria das vezes, o horário, não é cumprido. Que os ônibus trafegam, em uma velocidade muito acima do permitido? E o pior. Muitos veículos. Não apresentam condições de trafegabilida-de? E que nos pontos mais altos transfigura-se um aci-dente? E que providencias enérgicas e serias devem ser tomadas para evitar o pior.

Em segundo lugar faço um apelo às autoridades do muni-cípio, começando pelo Prefei-

Toda semana faço uma pe-regrinação pela cidade atrás de livros. E dou vazão às mi-nhas esquisitices: livro para quando estiver chovendo ou para quando o calor estiver cozinhando nossos miolos, aqueles no quais a gente fica grudada e deixa a casa cair. Procuro por autores que não conheço e recentemente fiz aquisições surpreendentes. Vamos às dicas:

“As memórias do livro - ro-mance sobre o manuscrito de Saravejo”. Um raro manuscri-to judeu reaparece durante a guerra civil da Bósnia. Trata-se do Hagadá de Saravejo, com ricas ilustrações feitas numa época em que a lei judaica as proibia. Uma con-servadora é chamada para recuperá-lo e através de uma asa de inseto encontrado só em regiões altas, pólen de uma flor, materiais usados em restaurações anteriores, ela começa a traçar a trajetória e a história do manuscrito. Co-mo sobreviveu ao anti-semi-tismo na Europa,? quem o escondeu? salvou? morreu por ele?

Fascinante. A autora, aus-traliana, Geraldine Brooks, foi repórter do Wall Street Jour-nal e cobriu conflitos no Orien-te Médio, África e nos Balcãs . Ganhou, em 2006, o prêmio Pulitzer de ficção com o ro-mance “O senhor March”. Comprei a edição da Pocket Ouro, pela bagatela de 9,90 Reais.

Sou favorável a edições ba-ratas, não me interessam ca-pa e papel do miolo e sim o conteúdo do livro e sua tra-dução. E, por favor, uma en-cadernação que não desman-

Em vou zoar com essa Co-pa. Futebol nada, festa ne-nhuma! Brasileiro tem é que trabalhar! Copa é pra país rico, estados unidos, Europa; lá é que tem hospital e escola boa. O Brasil tem que se or-ganizar, acabar com os políti-cos todos, deixar os ricos da-qui organizarem o país. Eles sempre têm dinheiro pra ir ver a copa em qualquer lugar, e o projeto deles de acabar com a pobreza acabando com os pobres uma hora acaba dan-do certo. Aí sim pode ter Co-pa.

Nosso papel nessa Copa é quebrar tudo, mostrar nossa coragem, nossa inteligência. Vamo aparecer na televisão, queimando ônibus, provocan-do a polícia, gritando que esse governo federal tá de-morando demais a resolver os problemas. Os ricos não aguentam mais ver a gente de carro, estudando com os filhos deles; vão adorar ver a gente no jornais da TV, ten-tando derrubar esse governo, que aumentou a diferença social, colocando pobres nos lugares dos ricos, pra gente ver como o país gerava rique-za pra eles.

Vamos mostrar o tanto que entendemos de política, que não importa se não sabemos direito o que foi o mensalão, não importa se não sabemos

Com o empate ente Fla-mengo e Vasco, o time rubro negro venceu o Campeonato Carioca por ter a melhor cam-panha. Motivo que levou vá-rios torcedores as ruas em vários pontos do país, come-morarem mais uma vez o Tí-tulo Carioca. Em Cataguases não foi diferente. Na Avenida Astolfo Dutra uma grande concentração de torcedores praticamente fechou o trânsi-to, gerando assim confusão no trafego de veículos na ci-dade.

Carros com som muito alto, pessoas gritando, pulando e festejando a conquista do titu-lo. Com a paralisação do tran-sito pessoas que precisavam trafegar pelas imediações da Avenida Astolfo Dutra tiveram dificuldades em chegar aos seus destinos. Fica a pergun-

che nas mãos. Edições primo-rosas só para arte, fotografia como o “Gênesis” de Sebas-tião Salgado, por volta de duzentos Reais, a popular, de graça. A edição exporta-ção, 24 mil dólares.

Outra edição da Pocket com o mesmo preço, “A louca da Casa”, da espanhola Rosa Montero. Mistura de autobio-grafia, ensaio, romance, fala das agruras e prazeres de quem escreve. A louca é a nossa imaginação, a inspira-ção. Cita inúmeros escritores, Tolstoi, Garcia Marques, Tru-man, Rimbaud, Calvino e ar-tistas como Picasso e suas formas de criação, bloqueios, a grande obra que alguns es-creveram e que os elevou a um padrão de qualidade tal que não conseguiram supe-rar. Disse Kafka: se o livro que estamos lendo não nos acor-da como se fosse um punho batendo em nosso crânio, pa-ra que comprá-lo? Rudyard Kipling: descobri, não sem dor, que qualquer mentecapto era capaz de escrever. Picas-so: que a inspiração o pegue quando você estiver traba-lhando. Informativo, instrutivo e consolador para quem gos-ta de escrever. Pulem as pági-nas da vida amorosa dela por-que juram que vai lhes inte-ressar com qual escritor ela transou?l

A autora, outra jornalista, recebeu vários prêmios por seus romances. Mas fujam do outro livro dela, que também comprei: “Histórias de mulhe-res: a louca da casa”, que tra-ta de biografias de escritoras e artistas famosas e não nos acrescenta nada.

Para quem gosta de história

e política, a Intrínseca vai ree-ditar os quatro livros de Elio Gaspari sobre o regime mili-tar: “A ditadura envergonha-da/escancarada/derrotada/encurralada.” Tenho todos. O autor dispensa apresentação. Aguardo o quinto que, segun-do Gaspari, só será editado após a morte de todos os principais envolvidos.

Antigo (2003), mas agora na onda, “O beijo da morte”, ficção(?) de Carlos Heitor Co-ny e Anna Lee, sobre as pos-síveis causas da morte de Juscelino, Jango e Lacerda. Da objetiva. Muito interes-sante.

Não comprarei mas lerei emprestado: “ O improvável presidente do Brasil.” Revela-ções pessoais do introvertido FHC ao jornalista americano Brian Winter, 35 Reais. Civi-lização Brasileira. Não gas-tarei minhas pestanas com livro-bomba de Romeu Tuma Júnior, escrito pelo jornalista Cláudio Tognolli: “Assassina-to de reputações - Um crime de Estado.” Editora Top-books, 70 Reais. Só escânda-los: fábrica de dossiês no Go-verno para derrubar adversá-rios, começando com o de Ruth Cardoso ...; caso - ainda - Celso Daniel; grampo de mi-nistros do STF; contas do mensalão nas ilhas Cayman; Lula, informante do Dops, cal-ma gente, por uma justa cau-sa . Cruz Credo!

Boas caçada e leitura. Não, não empresto. Tenho ciúme doentio dos meus livros . Quer que eu transforme sua vida num inferno na terra? Que de Dr. Jekyll eu passe a Mr. Hyde?

to, como todos comentam sua honestidade de princípios, sua vontade inquebrantável de estar junto à população menos assistida, me é difícil acreditar que o alcaide desta cidade esteja ciente da situa-ção do serviço prestado aos passageiros, bem como o ponto de desgaste em que se encontram os veículos. É difí-cil mesmo crer que manuten-ção preventiva aconteça nes-tas empresas, estamos diante da quebra conserta, mas isto é perigoso, pois depende do onde e como acontece. Se foi pedido um preço final de R$ 2,25, e concedido R$ 1,90, e aceito, estamos diante de uma situação inusitada, que não levara há solução. Pre-feito Cesinha cuidado pos-sivelmente informações erra-das estão chegando a sua mesa.

E agora fala o povão, que vai direto ao executivo, e não

tem o menor escrúpulo de pedir, e mesmo exigir provi-dencias urgente e serias no transporte Cataguasense, nós não confiamos mais nos empresários, muito menos na catrans, só nos restando ape-lar a quem tem o poder de reverter a situação, que é nada mais nada menos que César Samor. Na campanha, sua independência, foi fato remarcável, citado em prosa e verso, pois bem, a use no sentido de colocar ordem em um problema que pode vir a se transformar em catástrofe. Quem depende da situação, já acorda sobressaltado sem saber com que capitulo da novela seremos brindados. Transporte não é concessão publica? Porque não usar es-ta ferramenta? E parafra-seando o Datena sangue e amor, vereadores nos ajudem ai.

Passageiro desconhecido.

quem votou pra acabar com a CPMF diminuindo as verbas da saúde pública. Político nenhum presta.

Vamo cantar o hino nacio-nal, esse hino que não sabe-mos cantar nem o que signifi-ca direito, lembrando da edu-cação do tempo da ditadura, quando a gente ficava em pé no sol quente, cantando. Va-mos cantar o hino, ficar cora-josos, nem teme quem te ado-ra a própria morte, e vamo quebrar tudo.

Se alguém acha que vai se divertir, que merece se diver-tir, só porque o país tá melho-rando, tá enganado. O Brasil tem que passar uma imagem ruim pros turistas. Tem que perder essa autoridade que anda tendo nos grandes de-bates internacionais. Tudo aqui é feio, mal organizado, e turista que acha bonitos nos-sos parques florestais, praias, cidades históricas e monta-nhas e culturas, agora tem que saber que isso tudo é só nosso, e que não queremos saber de turistas.

Copa uma merda! O Brasil tem é que se ferrar.

Logo depois tem a campa-nha eleitoral, e a direita vai retomar o poder, equipar a polícia, dar jeito de diminuir a maioridade penal pra prender as crianças que cometem cri-mes, sempre filhos de pobres,

dando mal exemplo, queren-do ter o mesmo tênis que os filhos dos ricos, não aceitando mais cortar cana, roçar pasto. Com a direita no poder vai ter segurança. Se eles não de-rem conta, os militares dão; outra ditadura até que ia cair bem.

Ser inteligente é quebrar tu-do, quebrar patrimônio públi-co, quem sabe assim não aparece um governo pra fazer as vontades do FMI, pra gente poder voltar a acreditar nas grandes redes de televisão, e nas notícias que a direita ten-ta divulgar na internet, vale prostituição, fim do décimo terceiro, Petrobrás quebrada, tudo verdade!

Não vai ter copa. Não inte-ressa quem gastou, quem tra-balhou, quem vai trabalhar, é tudo dinheiro jogado no ralo.

Pesquisar, estudar, enten-der de política? Pra quê? Os jornalistas bonitões e que falam que o governo federal é uma vergonha sabem de tu-do, e a gente só precisa acre-ditar neles. Somos espertos! Sabemos que neles a gente pode acreditar, e não precisa-mos ler nada além das capas das revistas famosas. Se de-pois a gente descobrir que eles enganaram a gente, de novo, a gente pensa.

Mas agora, vamo quebrar tudo. Isso é que ser brasileiro!

ta: Quem autorizou o fecha-mento do transito? Quem fis-caliza esse tipo de evento? Onde estavam as pessoas responsáveis da Prefeitura para essa fiscalização e fazer se cumprir a Lei votada e aprovada recentemente pelos Vereadores que regulamenta o volume do som que é emi-tido nos carros? Mais uma lei muito interessante no papel. É estranho não aparecer ninguém.

Em um evento realizado em outubro do ano passado na Praça Rui Barbosa para as crianças, o que não faltou fo-ram fiscais da Prefeitura im-pondo dificuldades para que o evento fosse realizado. A exi-gência de alvarás até mesmo para colocação de um peque-no tablado na praça foi exigi-do, a colocação de uma faixa

amarrada a uma árvore foi questionada pelo fiscal.

Empresas sérias que as ve-zes necessitam operar com carros com som alto mesmo assim sendo mais baixo do que se ouvia ontem na aveni-da, até mesmo para eventos beneficentes são obrigadas a ter alvará, lembrando que onde esteja acontecendo um evento de algumas dessas empresas sempre aparece um fiscal.

Por que a fiscalização não estava ou não esteve na Avenida Astolfo Dutra após o jogo? Varias reclamações de pessoas que precisavam pas-sar pela Avenida chegaram na manhã desta segunda fei-ra, ao Departamento de Jor-nalismo do Sistema Multisom de Radio.

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Há uns cinquenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar.

Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram.

O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso.

A prática da profissão, ela própria, impunha a necessi-dade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor pro-fissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presi-dente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário.

A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social.

O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, pare-cem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condi-

Emanuel Medeiros Vieira, nome respeitável nas letras brasileiras, perguntava em Brasília e se respondia: “Pessi-mismo? O Brasil já é um dos países mais violentos do mundo”. Comentou ainda: “Não será com propaganda ufanista que se convencerá o país das maravilhas de uma Copa do Mundo certamente festiva nos estádios e problemática fora deles”. “O tempo dirá quem foi “pessimista”, como gosta de dizer a presidente, num discurso que beira um tipo de fascismo tupiniquim”. Emanuel foi um dos perseguidos pela ditadura, embora não pleiteie indenizações.

Lembre-se Ruy Castro, que também se tornou autor nacional por biografias importantes, inclusive de Garrincha. Ele escreveu: “Nosso passado recente inclui prisioneiros metralha-dos às centenas numa cadeia, homens fritando seus seme-lhantes em ‘micro-ondas’ nas favelas ou abatendo helicópteros

Jornal Hoje em DiaBelo Horizonte. 3.5.2014Manoel [email protected]

com fuzis. Chacinas são vistas como faxinas. Outros degolam companheiros de cela, chutam cabeças de adversários caídos nas arquibancadas, agridem moradores de ruas e gays e vão às ruas para destruir, queimar, matar”.

O quadro que se tem presentemente do Brasil no exterior não é sentido só lá fora. Quem leu, com mais cuidado, os noticiários da imprensa escrita no finalzinho de abril, encontrou certamente uma informação que preocupa. O Ministério de Assuntos Exteriores da Alemanha divulgou relatório sobre a segurança que nosso país oferecerá na Copa do Mundo. O enfoque parece tão grave que o prestigioso “El País”, de Madri, repercutiu:

“O relatório do Ministério, em sua seção ‘serviços ao cida-dão’, que é lida com atenção por todas as grandes agências de turismo do país e pelos turistas que compram pacotes de férias, oferece uma imagem desoladora do Brasil, uma nação onde as leis não são respeitadas e onde o turista corre o risco de ser vítima de ladrões, sequestradores ou simplesmente de se envolver em confrontos entre a polícia e grupos criminosos, como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro”. Continua o jornal: “... o Brasil se transformou em uma perigosa armadilha

Discurso de Gabriel García Márquez, na 52ª Assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Los Angeles (EUA), em 7 de outubro de 1996. Os principais trechos estão em português;

ções mais importantes: a criatividade e a prática. Em sua maioria, os formados chegam com deficiências

flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortogra-fia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial.

O mais grave é que tais atentados contra a ética obede-cem a uma noção intrépida da profissão, assumida cons-cientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sen-tem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida.

É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro.

Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante.

Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento.

Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da ver-dade é impossível em menos de seis, que lhes encomen-dam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo.

'Nem sequer nos repreendem', diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compas-sivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia.

A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minucio-sa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos.

O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entre-vista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a

imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos reda-tores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe.

Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anota-ções, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício.

Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário.

Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro.

O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde.

Um grupo de jornalistas independentes estamos tratan-do de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência pilo-to com jornalistas novos para trabalhar em alguma espe-cialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão.

A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que repro-duzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade.

Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.

para viajantes desprevenidos que desconhecem a realidade do país. O Ministério recomenda que os turistas alemães não usem roupas chamativas e joias quando saírem a passear pelas ruas, que evitem levar grandes quantidades de dinheiro e escondam artigos eletrônicos, como telefones celulares e computadores portáteis. “Em caso de ataque, não resistir, porque os ladrões geralmente atuam sob influência de drogas, estão armados e não se amedrontam com ações violentas”.

Com ou sem Copa, o Brasil se tornou um campo de morti-cínio. Mata-se por qualquer motivo... ou sem razão alguma, inclusive crianças indefesas, grávidas, idosos, em todas as regiões e em todas as horas. Caso recente, por exemplo, foi a de um presídio na Bahia em que detentos foram enrolados em colchões pelos companheiros de cela, ateando-lhes fogo. Nada mais dantesco. E, mutatis mutandis, não se trata de caso isolado. No Rio Grande do Sul, no Paraná ou no Maranhão, o mesmo terror.

O governo federal preparou 10 mil homens para apoiar as polícias militares nas doze cidades-sede dos jogos da Fifa visando conter protestos violentos durante o campeonato. E quem protegerá o resto da população?

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Hoje me sinto confortável em dizer que de condições entre pai e mãe, como cônju-Lei é Lei e mito popular não é Lei. Após 1 ges, diante da direção da sociedade con-ano e três meses em um desgaste total em jugal, a prevalência presumida da mãe ao busca da guarda de minha filha acabei deferimento da guarda reveste-se de fla-tornando não um Bacharel de Direito e nem grante inconstitucionalidade.um Jurista, mas em um homem que com- Não se pode presumir que seja a mãe, preende que Lei não é mito popular no ato sempre, a pessoa mais adequada à guarda que se determina na guarda de um filho. dos filhos, de modo a colocá-la, de plano,

Por diversas vezes confrontei com a em preferência em relação ao pai.situação de ser impedido de buscar minha

Lei de Alienação Parental:filha na escola por sua mãe que no exato Lei nº. 12.318-10, influenciar momento é a lei e acima de todos os direi-

negativamente filhos contra genitor.tos ao qual tenho como pai. Gostaria de esclarecer a atitude da escola completa-

A lei prevê também punição para quem mente errada dos profissionais de escola apresentar falsa denúncia contra o genitor, que tenham bastante cuidado mediante a contra familiares ou contra avós, para difi-este fato.cultar a convivência deles com a criança ou Não sou formado em direito, mas busco adolescente; ou mudar o domicílio para lo-conhecimento para não ser um leigo no cal distante sem justificativa, para dificultar assunto e nem procuro falar de mito popu-a convivência da criança ou adolescente lar em Lei a qual deve seguir seus princí-com o outro genitor, avós ou familiares.pios bem como seus artigos em sua forma.

Art. 3º A prática de ato de alienação Desde os ancestrais primitivos, os mitos parental fere direito fundamental da crian-tiveram importantes funções, tal como a de ça ou do adolescente de convivência fami-emprestar sentido, significação e finalida-liar saudável, prejudica a realização de afe-de a determinados aspectos da vida, colo-to nas relações com genitor e com o grupo cando ordem nas experiências cotidianas familiar, constitui abuso moral contra a ou cada vez que um aspecto da vida e da criança ou o adolescente e descumpri-existência era visto como problemático ou mento dos deveres inerentes à autoridade carregado de ansiedade e perigo e, assim, parental ou decorrentes de tutela ou guar-considerado extraordinário.da.Há um mito de que as crianças estarão

Art. 4º Declarado indício de ato de alie-sempre melhores em companhia da mu-nação parental, a requerimento ou de ofí-lher, porque "mãe é mãe".cio, em qualquer momento processual, em A presunção da supremacia materna é ação autônoma ou incidentalmente, o pro-motivada por razões históricas, culturais e cesso terá tramitação prioritária, e o juiz sociais. Em contra partida, essa tendência determinará, com urgência, ouvido o Minis-é contrária aos princípios constitucionais tério Público, as medidas provisórias ne-da igualdade entre pai e mãe e da proteção cessárias para preservação da integridade integral da criança e do adolescente.psicológica da criança ou do adolescente, Partindo destas premissas, no primeiro inclusive para assegurar sua convivência capítulo enfatiza-se a constitucionalização com genitor ou viabilizar a efetiva reapro-do direito da família, da criança e do ado-ximação entre ambos, se for o caso.lescente. A Constituição Federal de 1988 Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança elegeu a dignidade da pessoa humana co-ou adolescente e ao genitor garantia míni-mo fundamento da República e subordinou ma de visitação assistida, ressalvados os as relações jurídicas a este novo valor casos em que há iminente risco de prejuízo supremo. A filiação passou, então, a ser à integridade física ou psicológica da crian-regida pela prioridade absoluta à pessoa ça ou do adolescente, atestado por profis-do filho, com igualdade entre o pai e a mãe.sional eventualmente designado pelo juiz Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao para acompanhamento das visitas.poder familiar, enquanto menores.

Art. 5º Havendo indício da prática de ato Art. 1.631. Durante o casamento e a de alienação parental, em ação autônoma união estável, compete o poder familiar aos ou incidental, o juiz, se necessário, deter-pais; na falta ou impedimento de um deles, minará perícia psicológica ou biopsicos-o outro o exercerá com exclusividade.

Parágrafo único. Divergindo os pais quanto social.ao exercício do poder familiar, é assegu-

Então anti mão da ignorância sobre a rado a qualquer deles recorrer ao juiz para Lei e mito as pessoas devem primeiro ler solução do desacordo. informar-se e não auto achar conhecer do Art. 1.632. A separação judicial, o divór-direito sem ao menos ter base, fica nosso cio e a dissolução da união estável não al-recado às pessoas que acham que é a Lei e teram as relações entre pais e filhos senão fazem a Lei em seu mito popular.quanto ao direito, que aos primeiros cabe,

Quem conheceu minha história com de terem em sua companhia os segundos.minha filha sabe o pai que sou e a dedi-Em verdade, o que se observa é que a cação que tem por ela enquanto muitos herança cultural da família parental e as pais deixam seus filhos jogados ao relento imposições sociais elevam de plano, a mãe social eu fui impedido de estar participando ao lugar de titular dos cuidados infantis e diretamente do convívio de minha filha relegam o pai à categoria de visitante e relatado em Boletins Policiais de Ocorrên-provedor. A mulher é considerada, natural-cias. mente, mais apta à guarda dos filhos.

Após este período longo imposto graças Tal supremacia da guarda materna é a Deus hoje posso compartilhar a guarda justificada, basicamente, por meio de dois de minha filha, deste modo venho mostrar conceitos. O primeiro se refere à tradição e esclarecer aos amigos homens e pais cultural e o segundo acha-se sedimentado que o Direito Constitucional de cada um na idéia de instinto materno, fator que seria cabe a todos lutar pelo seu Direito não responsável pelo fato de "a mulher ser deixando que os mitos populares do Direito talhada para o sacrifício", "ter capacidade os derrubem mediante a luta pela de renúncia mais acentuada do que o ho-educação de vossos filhos, ate mesmo na mem", "ser mais disponível para os filhos" e visão de alguns Bacharéis em Direito que "compreender melhor as crianças".

Estabelecida a igualdade entre homens esquecem a Lei e se atribuem aos mitos e mulheres pela Constituição Federal de populares sendo fies ao não esclareci-1988 e, no particular, a absoluta igualdade mento da mesma.

Marcelo Fonseca MartinsFui convidado pela Câmara Municipal para assistir a audiência

pública "para esclarecer pontos referente (sic) ao contrato firmado entre a prefeitura de Cataguases com a empresa Copasa, no dia 15 de maio, as 19h no plenário da Câmara. Convite assinado pelo presidente e pelo solicitante, vereador Maurício do Vale Rufino. Logo depois, recebi um telefonema da Câmara em que, gentilmente, fui convidado para uma "reunião preparatória" que foi realizada na segunda-feira, 12 de maio, no mesmo local. Chegando lá, estavam presentes seis vereadores, a diretoria da Copasa e alguns jornalistas da cidade. Estranhei muito, porque logo depois de iniciada a reunião, o solicitante foi embora. Difícil de entender, heim!

O que está havendo com a Câmara Municipal? O jogo de vaidades em que cada um dos artistas quer aparecer mais que seu companheiro de espetáculo. Tenho certeza que não foi para isso que votamos nos quinze integrantes da Câmara. São pessoas capazes, talvez a mais bem preparada individualmente, mas a vaidade está destruindo o grupo. Projetos não se vê. Precisamos de efetivo trabalho legislativo. Isso não está aparecendo. Está na hora dos vereadores trabalharem, efetivamente, pela cidade e sua população.

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No dia 08 de Maio de 2014, foi desencadeada operação policial na cidade de Cataguases, onde foram realizadas fiscalizações de trânsito e batidas policiais. Durante patrulha-mento de viaturas pelo bairro Vila Reis, local alvo de inúmeras denúncias de tráfico e transporte de substâncias entorpecen-tes por motocicletas, Militares depararam com dois indivíduos em uma motocicleta Honda CG Titan, de cor preta, transitando em atitude suspeita que, ao avistarem as viaturas policiais, empreenderam fuga em alta velocidade pelas ruas do bairro, colocando em risco suas próprias integridades físicas, bem como a de ocupantes de outros veículos que transitavam pelo local, bem como transeuntes. Acionado o Plano de Cerco e Bloqueio, durante o rastreamento, foi localizada a motocicleta abandonada na rua Tenente Pires, onde, após rápida verifica-ção, observou-se que o veículo apresentava selagem da placa partida e pneu traseiro furado.

Repassadas características dos condutores da motocicleta, a Polícia Militar continuou no rastreamento e obteve êxito na localização de C.C.S, de 17 anos de idade, que ocupava a "garupa" da motocicleta e B.C.R, também de 17 anos de idade, que conduzia o veículo mencionado. Em poder do condutor da motocicleta foi localizado a quantia de R$ 228,00 (duzentos e vinte e oito reais) em moeda corrente, em cédulas de diversos valores, que foi apreendida, juntamente com a motocicleta Honda CG Titan, cor preta, placa HIT2456 - Cataguases/MG.

Foi dada voz de apreensão em flagrante aos menores pela condução perigosa do veículo, falta de habilitação e desobe-diência. Após passados por avaliação médica, os menores foram apresentados à Autoridade de Polícia Judiciária, devi-damente acompanhados por seus respectivos representantes legais, para providências decorrentes.

Assessoria de Comunicação Organizacional - 146ª Cia PM - Cataguases/MG

Ronaldo de Oliveira - Cabo PM146ª Cia PM - Cataguases/MG

De junho a julho, as cores verde e amarelo vão tomar conta da decoração das casas, ruas e avenidas com bandeirolas, enfeites e adereços na torcida pela vitória do Brasil na Copa 2014.

Entre você também no clima da Copa do Mundo 2014, mas com segurança. Previna acidentes e evite a interrupção no fornecimento de energia. Siga as dicas da Energisa e divirta-se:

- Quando for decorar a sua casa ou a sua rua, não coloque enfeites e bandeiras nos postes ou acima da rede elétrica. Eles podem enroscar nos fios e provocar acidentes graves, além de interrupção no fornecimento de energia.

- Não amarre fios ou enfeites na rede elétrica. Utilize a fachada da casa para decoração.

- Em edifícios, cuidado ao pendurar bandeiras nas sacadas. Elas podem ficar muito próximas à rede elétrica.

- Evite colocar bandeiras penduradas entre os prédios ou atravessando ruas.

- Não utilize materiais condutores de eletricidade, por exemplo: papel alumínio, papel laminado, arames, serpentina metalizada, cabos de aço e estruturas de arame ou treliças metálicas.

- Não solte fogos de artifício próximos à fiação elétrica.- Sempre mantenha distância de segurança de, no mínimo,

dois metros abaixo ou lateralmente às redes elétricas. Não faça ligações irregulares.

- Nunca toque ou levante os cabos de baixa/média tensão, mesmo se estiver usando luvas isolantes. A rede elétrica só pode ser manuseada por profissionais da Energisa.

- Somente desligue, remova ou instale antenas com o tempo bom e com equipamentos de segurança. A vida é mais importante do que um jogo de futebol.

- Tempo de Copa também é tempo de férias escolares. Solte sua pipa verde e amarela longe da rede elétrica.

- Se for pintar a fachada da casa ou instalar painéis luminosos, mantenha uma distância segura da rede elétrica.

Torcer pelo Brasil sem desperdiçarNa hora do jogo, não ligue diversos aparelhos na mesma

tomada. Não use extensões e não sobrecarregue um ponto de energia ligando vários equipamentos ao mesmo tempo. Isso pode causar curto circuito e incêndios.

Utilize os filtros inteligentes de energia elétrica, que além de ajudar na economia de energia, permite maior número de entradas para tomadas elétricas.

Lembre-se: a Energisa está disponível 24 horas por dias para atendê-lo. Pelo telefone, pelo site www.energisa.com.br ou nas redes sociais: facebook /energisa e twitter @energisa.

Release recebido da Energisa

A oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor são explicadas pela Lei Federal 10.962 de 11 de Outubro de 2004, que complementa o Código de Defesa de Consumidor ( Lei Federal 8.078/90) e foi regula-mentada pelo Decreto Federal 5.903, 20 de Setembro de 2006.

O objetivo dessa legislação é garantir aos consumidores a correção, clareza, exatidão e visibilidade das informações prestadas.

O PROCON/Cataguases em parceria com a CDL vem orientar os fornecedores de bens e serviços sobre as formas de ação para atendimento à legislação, acreditando que esse material seja um informativo de grande utilidade para que os fornecedores conheçam seus direitos e obrigações.

COMO DEVE SER A INFORMAÇÃO DOS PREÇOS?Correta, Clara, Legível, Precisa, Ostensiva

Assim os consumidores poderão identificar mais facilmente as informações que lhe são apresentadas sem ter necessidade de fazer cálculo ou interpretar.

É importante que os caracteres, letras e números estejam visíveis.

PREÇO Á VISTA E PREÇO PARCELADOO preço á vista deve sempre ser divulgado e caso haja,

opção pelo parcelamento, no mesmo local deve haver a divul-gação de suas condições: numero e valor das prestações taxa de juros e demais acréscimos ou encargos, bem como o valor total a ser pago com o financiamento.

Todas as informações sobre o preço devem vir indicadas da mesma forma, com fonte e tamanho de letra iguais.

DESCRIÇÃO DO PRODUTOValor à vista: R$ 30,00À Prazo: 3 x R$ 10,00

COMO AFIXAR OS PREÇOS EM VENDAS NO VAREJO?No comércio em geral - por meio de etiquetas ou similares

afixados diretamente nos produtos expostos á venda, no interior da loja, em araras ou manequins, por exemplo, e com sua face principal voltada ao consumidor. Isso também serve para as vitrines.

Local onde consumidor tem acesso direto aos produtos – afixação direta ou impressa na embalagem. Uso de código referencial ou código de barras.

Afixação de relação de preços - a relação de preços é uma exceção, porém, deve seguir os mesmos critérios de correção, clareza legibilidade, precisão e ostensividade impostos as demais modalidades (como descritos anteriormente).

O Código Referencial é um conjunto de números ou cores que tem o correspondente de preço em tabela especifica. Deve ser realizado da seguinte forma: o código referencial deve estar fisicamente ligado ao produto, em contraste de cores, se for o caso, e em tamanho suficientes para sua imediata identificação.

A tabela que relaciona os códigos aos seus respectivos preços deve estar visualmente unida e próxima dos produtos a que se refere. Além disso, deve ser imediatamente evidente ao consumidor, sem a necessidade de qualquer esforço ou deslocamento de sua parte.

Garantir a imediata identificação de preço ao consumidor.- Descrição do produto – valor;- Descrição do produto – valor;- Descrição do produto – valor;

AFIXAÇÃO DE PREÇOSATRAVÉS DE CODIGO DE BARRAS

O preço à vista, as características (nome, quantidade e de-mais elementos que particularizem) e o código deverão estar visualmente unidos ao produto, garantindo a imediata identi-ficação pelo consumidor (na faixa de gôndola, por exemplo).

Independentemente de o estabelecimento comercial adotar o código de barras como forma de afixação de preços, as infor-mações deverão também estar disponíveis para identificação precisa nas gôndolas ou junto aos itens expostos, com carac-teres visíveis e em cores de destaque em relação ao fundo.

Deve haver a disponibilização de leitores óticos na área de vendas para consulta de preços pelo consumidor. Esses leito-res deverão estar indicados por cartazes suspensos e que possam ser lidos dos dois lados, dentro de uma distância máxi-ma de 15 metros entre o produto e o leitor mais próximo.

MOMENTO DA MONTAGEM, REARRANJOOU LIMPEZA DA VITRINE E DA LOJA

Se a montagem de vitrines, rearranjo ou limpeza ocorrer em horário de funcionamento, os preços dos produtos e serviços expostos á venda devem ficar visíveis ao consumidor.

CONDUTAS PROIBIDAS- Utilizar o código de referência que deixa dúvida quanto a

identificação do item ao qual se refere.- Utilizar letras cujo tamanho não seja uniforme ou dificulte a

percepção da informação , considerada a distancia normal de visualização do consumidor.

- Utilizar caracteres apagados, rasurados ou borrados.- Ofertar produtos com preços “a partir de...” em araras,

expositores, vitrines, cestos etc., sem indicar em cada unidade de produto ofertado seu respectivo preço á vista. Vale lembrar que se não estiverem mais disponíveis á venda unidades de produto com o preço ofertado na informação “a partir de ...”, esta deve ser retirada ou alterada para contemplar o próximo preço menor de valor dos produtos expostos á venda.

- Expor preços com as cores das letras e do fundo idênticos ou semelhantes, dificultando a visibilidade.

- Ofertar concessão de desconto, deixando de informar o preço a vista do respectivo produto, já com o desconto ofer-tado;

- Expor informação escrita na vertical ou em outro ângulo que dificulte a leitura.

- Atribuir preços diferentes para o mesmo item.- Informar preços em moeda estrangeira, sem a sua con-

versão em moeda corrente nacional em caracteres de igual ou superior destaque.

- Informar preços apenas em parcelas, obrigando o consu-midor ao cálculo do total.

AtençãoA não observância das regras de afixação de preços

constitui violação á legislação e sujeita os infratores a processo administrativo sancionatório, podendo culminar na aplicação de sanções descritas no Código de Defesa do Consumidor, tais como multa.

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Quarta-feira, 30/4 às 22:19junto ao Quem Dirias na

avenida Rotary. Serviço Oficial?

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Óbvio ululante. Nunca antes o Paço Municipal recebeu mandatário de incontestável falta de ro-bustez administrativa. Órfão de sadios princípios de Padrões sensatos de gestão, abraçou idéias equivocadas. Essa vazante vem produzindo ce-nário real e aberto com acesso livre a um am-biente de interatividade fervilhante de tragédia anunciada, repetida a cada novo episódio de ação administrativa. A prova de incompetência gestorial parece estar avisando que pretende rezar exatamente por esse catecismo, e que considera inteligente alargar a porta de entrada do retrocesso. Esse indicador veio influir trazendo à luz do sol o fracasso. E, com ele, a inércia, irmã siamesa, que aninhada no Paço Municipal, tor-nou nula toda forma de ação produtiva.

Soma-se a isso o entendimento de que esse “desgoverno”, acorde dissonante de nossa histó-ria político-administrativa, permanece alheio ao desastre que vem cometendo. Sem mudança, seu governo comete o desatino de dia após dia ,

Na próxima quarta-feira (30/4/14), a Comissão de Di-reitos Humanos da Assem-bleia Legislativa de Minas Ge-rais (ALMG) realiza audiência pública em Ponte Nova (Zona da Mata), para debater de-núncia de cerceamento à li-berdade de imprensa na cida-de. A reunião foi requerida pe-lo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), e será realizada, a partir das 9h15, na Câmara Municipal de Ponte Nova (rua Dr. Cris-tiano de Freitas Castro, 74, Centro).

Conforme denúncias apre-sentadas ao parlamentar, o repórter da Rádio Montanhe-sa, Moura Cardoso, teria sido abordado dentro da emissora enquanto trabalhava e condu-zido por policiais militares até a delegacia para prestar es-clarecimentos sobre posta-gens em redes sociais. Para o deputado, a abordagem é inadmissível. “Esse ano co-memoramos 50 anos do gol-pe militar no Brasil. É inacei-tável que fatos como esse ain-da aconteçam. A liberdade de imprensa é fundamental em um Estado Democrático de Direito e não pode ser vio-lada”, afirmou.

Foram convidados para participar da audiência públi-ca, o prefeito da cidade, Paulo Augusto Malta Moreira; o pre-sidente da Câmara Municipal, Jose Rubens Tavares; o juiz diretor do Foro da Comarca de Ponte Nova, Aderson Antô-nio de Paulo; o comandante da 12ª Região da PM, coronel Jordão Bueno Júnior; o dele-gado Regional de Polícia Civil de Ponte Nova, João Octací-lio da Silva Neto; o promotor de justiça e diretor da Secre-taria das Promotorias de Jus-tiça daquela comarca, Sérgio de Castro Moreira dos San-tos; a defensora Pública da cidade, Maria Antonieta Ri-gueira Gurgel; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - subseção Ponte Nova, Antônio Cezar Gonçalves Pe-reira.

Av. José Leonardo, 288 - térreo - B. Leonardo

Após o sucesso de seu pri-meiro livro, “A Cidade do Ca-samento”, a cataguasense Renatta Barbosa lança seu livro de tirinhas “É tudo men-Tira” na sexta-feira 16 de maio, a partir de 19:30, na Biblioteca Municipal Ascânio Lopes (Chácara Dona Cata-rina). O evento terá uma atra-ção a mais: um sarau com poemas apresentados por ar-tistas cataguasenses, aberto ao público.

É tudo mentira?Segundo livro da quadrinis-

ta cataguasense Renatta Barbosa, É tudo menTira - que surge graças à Lei de In-

depravar o direito essencial do cidadão de ser protegido da ordem do bem-estar e progresso coletivo. Não há, diante disso tudo, nenhum con-flito de consciência do prefeito. Nega a realidade insistindo com seu comportamento errático de nos manter no buraco, lugar para onde fomos empurrados. Uma temeridade. É, ou não, para ter medo?

Logicamente que, a ineficiência de estar atado à imprudência de navegar sob a bandeira impe-tuosa de atitudes contraditórias, tornou vítima de si mesmo. Sem autoestima seu governo vem afundando em desgastante mediocridade. Suas apresentações travestidas de beatice das certe-zas absolutas, é de uma teimosia espantosa. Quando a insatisfação clara e justificável ganhou às ruas em manifestação gigantesca, demons-trando indignação com a qualidade dos serviços, o prefeito municipal foi desafiado a apresentar novas alternativas e prestar melhores serviços. O povo passou de carente e suplicante a exigente.

Mas o que vale, mesmo, é a essência de sua convicção demover-se pela soberba. Essa fonte insaciável apressou sua capacidade ao imaginar reunir uma combinação eficaz de carisma e habilidade suficiente de convencer a população de que é autor de muitos feitos (passiveis de discussões, é claro). Essa vaga percepção tem como veículo o jornal “Cataguases” órgão oficial do município, listar suas façanhas fabricadas. Designado pela Divina Providência para livrar a cidade das condicionalidades presentes deixada pelo antecessor, não perdeu a chance de vanglo-riar-se. “Hoje apesar de termos enfrentado muitas dificuldades estamos aqui prestando contas do que fizemos”. Quem “fizemos”? Exibam um proje-to em que tenham fincado um paralelepípedo ou bloquete. Aventei um caminho modesto, é verda-de, solução simples até para um cenário de dor-mência à trágica administração municipal.

O evangelho segundo o “Gestor Providencial”, instigado a equilibrar entre o sonho e a invenção, escancara numa narrativa vangloriosa um cortejo fantasioso de bravatas. “Estivemos em Brasília em 3 oportunidades, levando a deputados fede-rais, senadores e ministros, propostas de aporte de recursos”. (...) Esses “rolezinhos” até hoje não surtiram efeitos. E sem contar o que andou espa-lhando para esgotar o estoque de proezas fictí-cias. Deslumbrou com o advento de nomear-se conselheiro do Estado. “As sugestões que fize-mos junto ao governo de Minas Gerais para a transformação do Hospital Cataguases em Unidade de Referência Regional deram certo, e o governador Antonio Anastasia veio a Cataguases e assinou o convênio”. Lamentável comporta-mento egocêntrico pois, trata-se de uma repro-dução grosseira do fato.

É bom, sensato e louvável reconhecer e lembrar que, a escolha do Hospital de Catagua-ses se deu pela única exclusiva vontade do Se-cretário de Saúde do Estado, maravilhado como espaço físico do prédio e, com reconhecida capa-cidade de adequação para reformas. Tudo de conformidade com o provedor. E, uma vez que, analisando com muita generosidade é improvável um anêmico relacionamento do Governo do Esta-do com o prefeito. Muito provavelmente busca no esmero de suas perorações, conferir a sua pes-soa um brilhantismo manipulando o fato, mesmo ciente do equívoco de sua afirmação. No entanto, os acontecimentos reiteradamente teimosos estão aí a comprovar seu gosto em bazofiar virtu-des que não tem.

Para desmontar a névoa da mistificação de muito milagre e pouca ação administrativa, basta exumar verdades assassinadas desde a posse. Mágico ele não é, não acham? Aliás, único mági-co da cidade é o Emanuel Messias Mariquito, concordam?

centivo à Cultura de Minas Ge-rais e ao patrocínio da Be-la Ischia - é um livro composto por quadrinhos que trazem "pérolas" do nonsense coti-diano. As tirinhas de Renatta Barbosa abordam com muito humor temas diversos e corri-queiros, desenhando mo-mentos reais, mas inespe-rados. Nota-se em cada tira grande dose de ironia e o "toque" muito particular de uma jovem artista de grande sensibilidade. Como em Tolstói, ao trazer para a cena o mundo de sua aldeia, Re-natta Barbosa, leva sua aldeia para o mundo.

Diz o cartunista catagua-sense Dounê Spínola: “Após folhear as páginas da boneca deste livro, confesso que fiqui impressionado com o que vi. Os desenhos são de ótima qualidade e os textos muito criativos e elaborados, o que me deixa bastante otimista em relação ao sucesso desta

obra. Agora, este novo livro de ‘titinhas’ E tudo menTira da Renatta Barbosa está pintan-do na área e será sem dúvida muito bem recebido pelos lei-tores e também, com certeza, pelos mais exigentes críticos de plantão”.

Sobre o primeiro livro de Renatta Barbosa, A Cidade do Casamento, escreveu a poeta Lina Tâmega Peixoto: “Fiquei fascinada pela delicadeza poética que costura seu texto e ilustrações, configurando dois espaços de significados que permitem uma leitura, tão ampla e diversificada, que as palavras, traços, cores, ima-gens constroem a necessária formulação mítica do mundo criado. Há um encadeamento rítmico, de caráter encantató-rio, que aproxima o texto, em certos momentos, ao gênero de cordel. O compasso e ca-dência vão revelando, com técnica e sedução, o desfe-cho da história: a força da

poesia como elemento conci-liador para a sobrevivência da comunidade, a interferência do imaginário na transforma-ção da vida pela palavra poé-tica, unida a outra de tal modo que a franja de uma é o vestido da outra.”

No texto de uma das ore-lhas de É tudo menTira, diz o poeta Ronaldo Werneck: “De sua bolsa de invensões a tira-colo - lá dos altos do Rancho Mico Estrela - tira a Renatta Barbosa toda a sua inspira-ção. Gentes, histórias, um ponto de vista simples e sa-gaz (MenTira!). Multiartista - atriz, diretora, desenhista de grande talento, hoje também ligada a atividades audiovi-suais, Renatta Barbosa - não por acaso - trabalha com suas tirinhas neste seu primeiro livro como uma fita de cinema. E o que são os quadrinhos se-não uma sequência de atory-boards? Nem tudo é Men-Tira!”.

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