prevenção de infecção cirúrgica treinamento cve 20/09/06 vigilância epidemiológica das...

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Prevenção de infecção cirúrgica Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE Treinamento CVE 20/09/06 20/09/06 Vigilância epidemiológica Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva Enfª Cláudia Vallone Silva

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Page 1: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Prevenção de infecção cirúrgicaPrevenção de infecção cirúrgicaTreinamento CVETreinamento CVE

20/09/0620/09/06

Vigilância epidemiológica das Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicasinfecções cirúrgicas

Enfª Cláudia Vallone SilvaEnfª Cláudia Vallone Silva

Page 2: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

IndicadoresIndicadores

São relações numéricas que visam São relações numéricas que visam estabelecer medidas de determinação estabelecer medidas de determinação de ocorrências de uma situaçãode ocorrências de uma situação

São parâmetros representativos de um São parâmetros representativos de um processo que permitem processo que permitem quantificá-loquantificá-lo

Se bem estabelecidos, representam a Se bem estabelecidos, representam a qualidadequalidade de um produto ou serviço de um produto ou serviço

Page 3: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Como são criados?Como são criados?

Devem apresentar um objetivo claro e Devem apresentar um objetivo claro e embasado em Instituições embasado em Instituições representativas e estudos científicosrepresentativas e estudos científicos

Devem ser definidos adequadamenteDevem ser definidos adequadamente Devem estar pautados em prioridades Devem estar pautados em prioridades

da instituição, tipo de clientela, da instituição, tipo de clientela, legislação, aplicabilidade, legislação, aplicabilidade, reprodutibilidade.reprodutibilidade.

Devem ser colhidos por profissionais Devem ser colhidos por profissionais treinados e de forma sistemática.treinados e de forma sistemática.

Page 4: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Controle de Infecção Controle de Infecção HospitalarHospitalar

Vigilância Epidemiológica

Saúde ocupacional

Educação continuada / revisão de rotinas

Saúde ambiental

Fundamental: trabalho integrado e apoio administrativo

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Vigilância epidemiológicaVigilância epidemiológica

É a observação sistemática, ativa e constante da ocorrência e distribuição de uma doença e dos eventos e condições que aumentem ou diminuam o risco de ocorrência desta.

Page 6: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Vigilância Epidemiológica

Aplicação Infecções Hospitalares

- - Entender e explicar a freqüência da doença e fatores de Entender e explicar a freqüência da doença e fatores de riscorisco

- Auxiliar no planejamento e avaliação das intervenções e - Auxiliar no planejamento e avaliação das intervenções e da da

prevençãoprevenção

Eventos não infecciosos- Acompanhamento de eventos adversos ou de alto risco:

queda do leito, úlcera de pressão, erros na administração de medicação, reação adversa a droga, prescrição (indicações), acidentes com material perfurocortante, etc.

Doenças de Notificação Compulsória

Page 7: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

O que pesquisar ?

• Procedimentos mais comuns ou mais frequentes..• Eventos de maior risco....• Procedimentos novos....• Referências de literatura para priorização e dadosde comparação• Solicitação da legislação

Page 8: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Vigilância epidemiológica das infecções Vigilância epidemiológica das infecções é a base do controle de infecção nos é a base do controle de infecção nos

Estados Unidos desde 1960Estados Unidos desde 1960

Coleta sistemática,Coleta sistemática,AnáliseAnálise

Interpretação dos Interpretação dos resultadosresultados

PlanejarPlanejarImplementarImplementar

Criar estratégias de saúdeCriar estratégias de saúde

Page 9: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Projeto SENIC Projeto SENIC (Study on the Efficacy of Nosocomial Infectin (Study on the Efficacy of Nosocomial Infectin

Control) Control) 1970 a 19841970 a 1984

3 fases

1ª - 6000 hospitais classificados por atividade de CIH avaliados índices de vigilância e controle

2ª - 338 avaliação deconhecimento técnico -entrevista (12.969 funcionários)

3ª - comparação entre hospitais que tinham ou não CIH Avaliação de 338.000 prontuários (150 analistas)

Avaliar a eficácia dos programas de controle de infecção hospitalar

Page 10: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Frequência relativa das IH por Frequência relativa das IH por topografiatopografia

Resultado estudo SENICResultado estudo SENIC

Impacto relativo das IH por topografia Diárias Custos Ferida cirúrgica - 57% 42%Pneumonia - 24% 39%Trato urinário - 11% 13%

Distribuição topográfica de IH - Projeto SENIC1970 -1984

44%

29%

19%

2%

ITU ISC Pneum Inf Sistem Outras

6%

Page 11: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Infecções Hospitalares evitadas com Infecções Hospitalares evitadas com

Programas de Prevenção e Controle Programas de Prevenção e Controle SENICSENIC

Infecções relacionadas à assistência à saúde são consideradas indicadores de qualidade assistencial.

Page 12: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Novas preocupações a Novas preocupações a partir destas informações:partir destas informações:

Reconhecer o problema e explicá-lo não é mais Reconhecer o problema e explicá-lo não é mais suficiente (aumento da morbi-mortalidade, custo, suficiente (aumento da morbi-mortalidade, custo, tempo de permanência)tempo de permanência)

São necessárias estratégias de prevenção para São necessárias estratégias de prevenção para reduzir as infecções - medidas custo-efetivasreduzir as infecções - medidas custo-efetivas

Apenas estudos epidemiológicos bem desenhados Apenas estudos epidemiológicos bem desenhados podem responder a estas novas demandaspodem responder a estas novas demandas

Page 13: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Novas necessidades:Novas necessidades: Compreender problemas ligados às infecções Compreender problemas ligados às infecções

(fatores de(fatores de risco)risco) e descobrir soluções; e descobrir soluções; Utilizar os dados para Utilizar os dados para desenvolverdesenvolver e e avaliar avaliar

estratégiasestratégias para prevenir e controlar as infecções; para prevenir e controlar as infecções; Melhorar a qualidadeMelhorar a qualidade de assistência dispensada ao de assistência dispensada ao

paciente paciente influenciando decisõesinfluenciando decisões administrativas. administrativas.

Criação de Benchmarking (comparação) Projeto NNIS

Page 14: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Componentes Vigilância Componentes Vigilância National Nosocomial Infection Surveillance National Nosocomial Infection Surveillance

System NNISSSystem NNISS

Os hospitais selecionam e seguem o protocolo Os hospitais selecionam e seguem o protocolo para um ou mais componentes:para um ou mais componentes:

1. Vigilância Hospitalar Global1. Vigilância Hospitalar Global

2. Vigilância em UTI adultos, infantil e 2. Vigilância em UTI adultos, infantil e neonatal neonatal

3. Vigilância em paciente cirúrgico3. Vigilância em paciente cirúrgico

Não é mais recomendadadesde jan/99

Page 15: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Vigilância em UTI adulto e Vigilância em UTI adulto e pediátricapediátrica

Todos os pacientes internados na UTI são Todos os pacientes internados na UTI são monitorados em busca de IH em todas as monitorados em busca de IH em todas as topografias e também são avaliados quanto topografias e também são avaliados quanto às intervenções que podem aumentar o às intervenções que podem aumentar o risco de aquisição de IH: risco de aquisição de IH: cateter urinário, cateter urinário, acesso vascular central e ventilação acesso vascular central e ventilação mecânicamecânica

Obs: valorizam os procedimentos assim como o tempo de exposição

ao mesmo tempo detectam “problemas” entre pacientes com o

mesmo fator de risco

Page 16: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

NNISS: resultados de uma década.NNISS: resultados de uma década. CDC. Monitoring hospital-acquired infections to promote patient safety CDC. Monitoring hospital-acquired infections to promote patient safety

– United States, 1990-1999. MMWR 2000;49:149-153– United States, 1990-1999. MMWR 2000;49:149-153

44%

43%31%

32%

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Vigilância em UTI Vigilância em UTI neonatalneonatal

Todos os RNsTodos os RNs são monitorados em busca de são monitorados em busca de IH em IH em todas as topografias;todas as topografias;

São São divididosdivididos em quatro categorias de acordo com em quatro categorias de acordo com o o peso de nascimento: < 1000g;peso de nascimento: < 1000g;

1001 – 1500;1001 – 1500;

1501 – 2500 1501 – 2500

> 2500g.> 2500g. avaliados diariamente quanto à presença de avaliados diariamente quanto à presença de

cateter umbilical/cateter vascular centralcateter umbilical/cateter vascular central e e ventilação mecânicaventilação mecânica. .

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Indicadores de Indicadores de NeonatologiaNeonatologia

Taxas Densidade de Incidência (AM+AH)/1000 RN-dia comparada ao dado NNIS/1993

0

10

20

30

40

< 1000 g 1001 - 1500 1501 - 2500 > 2501

1997 1998 1999 2000 2001 2002 NNIS 1993

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Componente - Paciente Componente - Paciente cirúrgicocirúrgico

Todos os pacientes submetidos a Todos os pacientes submetidos a procedimentos operatórios nas procedimentos operatórios nas categorias categorias selecionadas pelo hospitalselecionadas pelo hospital são monitorados, são monitorados, em busca de IH em todas as topografias ou em busca de IH em todas as topografias ou apenas ISC. São apenas ISC. São coletadas informações coletadas informações sobre o paciente, procedimento cirúrgicosobre o paciente, procedimento cirúrgico (idade, sexo, ASA, tempo cirúrgico, potencial (idade, sexo, ASA, tempo cirúrgico, potencial de contaminação, se cirurgia de emergência de contaminação, se cirurgia de emergência ou como resultado de trauma, etc). ou como resultado de trauma, etc).

Page 20: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Para que a Vigilância Para que a Vigilância Epidemiológica seja válida:Epidemiológica seja válida:

A A coleta de dadoscoleta de dados deve ser realizada de deve ser realizada de maneira maneira uniforme e contínuauniforme e contínua sendo a sendo a análise dos dados e seus análise dos dados e seus resultados resultados divulgadosdivulgados para que as equipes colaborem para que as equipes colaborem nas medidas de controle sugeridasnas medidas de controle sugeridas

É necessário que se utilize É necessário que se utilize critérios critérios

padronizadospadronizados e bem e bem fundamentadosfundamentados..

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Vigilância Vigilância EpidemiológicaEpidemiológica

I. H.

I.C.

Ministério da Saúde / Critérios CDC

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Quanto à metodologiaQuanto à metodologia

Sistema: busca ativa ou passivaSistema: busca ativa ou passiva Observação: contínua ou intermitenteObservação: contínua ou intermitente Período de avaliação: internação ou Período de avaliação: internação ou

pós altapós alta Acompanhamento: retrospectivo ou Acompanhamento: retrospectivo ou

prospectivoprospectivo Abrangência: global ou por objetivo ou Abrangência: global ou por objetivo ou

dirigidadirigida

Page 23: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Coleta de Coleta de dados:dados:

Deve ser realizada de maneira uniforme Deve ser realizada de maneira uniforme e contínua sendo a análise dos dados e e contínua sendo a análise dos dados e seus resultados divulgados para que as seus resultados divulgados para que as equipes colaborem nas medidas de equipes colaborem nas medidas de controle sugeridascontrole sugeridas

Criar instrumento padronizado com informaçõesrelevantes e objetivas que sejam utilizadas para avaliação dos casos e compilação dos dados

Page 24: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Ficha de Vigilância EpidemiológicaFicha de Vigilância Epidemiológica

Dados de identificação, dados demográficos,dados da cirurgia (classificação do potencial de contaminação,tempo cirúrgico, classificação ASA), procedimentos invasivos,

tempo de permanência, antibioticoprofilaxia, complicações, exames microbiológicos, evolução

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Ficha de registro de Infecção Hospitalar

• consolidar mensalmente• elaborar relatórios e dar feed-back.

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Infecção do Sítio CirúrgicoInfecção do Sítio Cirúrgico

DefiniçãoDefinição

Toda infecção relacionada à Toda infecção relacionada à manipulação cirúrgica que pode manipulação cirúrgica que pode comprometer a ferida ou órgãos e comprometer a ferida ou órgãos e espaços abordados durante a espaços abordados durante a operação.operação.

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Infecção do Sítio CirúrgicoInfecção do Sítio Cirúrgico

DefiniçãoDefinição

Tempo de observaçãoTempo de observaçãoPode se desenvolver até 30 dias após a Pode se desenvolver até 30 dias após a

realização do procedimento.realização do procedimento.

No caso de cirurgias onde foram No caso de cirurgias onde foram implantadas próteses, uma ISC pode implantadas próteses, uma ISC pode ser diagnosticada até um ano após a ser diagnosticada até um ano após a data do implante.data do implante.

Page 28: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC)Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC)EpidemiologiaEpidemiologia

Nos EU ocorrem cerca de 2 milhões de Nos EU ocorrem cerca de 2 milhões de cirurgias por anocirurgias por ano

CDC estima que em 2.7% destes CDC estima que em 2.7% destes procedimentos ocorrem ISC procedimentos ocorrem ISC 486.000 ISC 486.000 ISC por anopor ano

Correspondem a 15% de todas as IHsCorrespondem a 15% de todas as IHs 33aa IH mais freqüente IH mais freqüente

Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4th ed, 2003, chapter 25

Page 29: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Custos, Morbidade e Custos, Morbidade e MortalidadeMortalidade

Prolongamento da internaçãoProlongamento da internação Custos entre 400 e 2600 dólaresCustos entre 400 e 2600 dólares ISC corresponderam a 14% dos eventos ISC corresponderam a 14% dos eventos

adversosadversos Responsáveis por 42% dos custos adicionais.Responsáveis por 42% dos custos adicionais. Custo atribuído a uma ISC em 1999 nos EU Custo atribuído a uma ISC em 1999 nos EU

foi de 3089 dólaresfoi de 3089 dólares

Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4th ed, 2003, chapter 25

Leape. N Engl J Med 1991;324:377-84Leape. N Engl J Med 1991;324:377-84

Kirkland. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:725-30

Page 30: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Morbidade e MortalidadeMorbidade e Mortalidade

Pacs que desenvolvem ISC quando Pacs que desenvolvem ISC quando comparados a pacs sem ISC (estudo de 255 comparados a pacs sem ISC (estudo de 255 pares de pacs, pareados para idade, tipo de pares de pacs, pareados para idade, tipo de procedimento, data da cirurgia, cirurgia e procedimento, data da cirurgia, cirurgia e IRIC):IRIC): 1.6 mais chance de serem admitidos em UTIs;1.6 mais chance de serem admitidos em UTIs; 5.5 mais risco de serem readmitidos ao hospital 5.5 mais risco de serem readmitidos ao hospital

(tempo de permanência médio de 12 dias);(tempo de permanência médio de 12 dias); risco 2 vezes maior de morrer, mortalidade risco 2 vezes maior de morrer, mortalidade

atribuída de 4.3%.atribuída de 4.3%.

Kirkland. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:725-30

Page 31: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Porque as infecções de Porque as infecções de sítio cirúrgico sítio cirúrgico acontecem?acontecem?

Page 32: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Epidemiologia das Infecções de Sítio Cirúrgico

Alteração dos mecanismos de defesa

Agente infeccioso

Risco ambiental

Page 33: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Alteração dos mecanismos de Alteração dos mecanismos de defesadefesa

Fatores endógenosFatores endógenos::

# doenças crônicas ou infecção# doenças crônicas ou infecção

# idade# idade

# obesidade# obesidade

# tabagismo# tabagismo

# diabetes# diabetes Fatores exógenos:Fatores exógenos:

@ técnica cirúrgica@ técnica cirúrgica

@ tempo de cirurgia e extensão @ tempo de cirurgia e extensão

@ perda sanguínea / transfusões@ perda sanguínea / transfusões

@ hipóxia@ hipóxia

Page 34: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Agente Infeccioso Agente Infeccioso (características e importância)(características e importância)

Fatores endógenosFatores endógenos::

# Infecções à distância# Infecções à distância

# Colonização da pele# Colonização da pele

# Natureza e local da cirurgia# Natureza e local da cirurgia

# Grau de contaminação (inóculo)# Grau de contaminação (inóculo) Fatores exógenosFatores exógenos::

@ Equipe cirúrgica (preparo do paciente)@ Equipe cirúrgica (preparo do paciente)

@ Ambiente cirúrgico@ Ambiente cirúrgico

@ Antibioticoprofilaxia adequada@ Antibioticoprofilaxia adequada

Page 35: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Risco ambientalRisco ambiental

Manipulação de grande quantidade de Manipulação de grande quantidade de matéria orgânicamatéria orgânica

Soluções anti-sépticas e desinfetantes Soluções anti-sépticas e desinfetantes (contaminação ou má utilização)(contaminação ou má utilização)

Reprocessamento de materiais e Reprocessamento de materiais e equipamentos (esterilização, desinfecção, equipamentos (esterilização, desinfecção, descontaminação e limpeza)descontaminação e limpeza)

Possibilidade de nº aumentado de Possibilidade de nº aumentado de partículas (movimentação, uso partículas (movimentação, uso inadequado de máscaras, qualidade do ar, inadequado de máscaras, qualidade do ar, etc)etc)

Page 36: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Medidas gerais - ambientaisMedidas gerais - ambientais

Superfícies fixas

Planta física

Ar condicionado Equipamentos

Manutenção

Nº pessoas

Porta fechada

Page 37: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Medidas gerais - Recursos Medidas gerais - Recursos HumanosHumanos

Cuidados com a Saúde

E.P.I.

TreinamentoRoupa privativa / paramentação

Page 38: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Quais são os critérios Quais são os critérios diagnósticos que devem diagnósticos que devem

ser utilizadosser utilizados

Page 39: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Incisional superficialIncisional superficialpelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes

Órgão-espaçoÓrgão-espaçopelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes

a)a) Drenagem purulenta da incisão superficialDrenagem purulenta da incisão superficial

b)b) Cultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisãoCultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisão

c)c) Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) e incisão Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) e incisão

aberta pelo médico, exceto se a cultura for negativaaberta pelo médico, exceto se a cultura for negativa

d)d) Diagnóstico de infecção pelo médicoDiagnóstico de infecção pelo médico

Incisional profundaIncisional profundapelo menos um dos seguintespelo menos um dos seguintes

a)a) Drenagem purulenta da incisão profundaDrenagem purulenta da incisão profunda

b)b) Deiscência espontânea da incisão ou abertura pelo Deiscência espontânea da incisão ou abertura pelo

cirurgião qdo pac. com pelo menos um dos sinais (dor, cirurgião qdo pac. com pelo menos um dos sinais (dor,

eritema, calor)eritema, calor)

c)c) Abcesso ou outra evidência de infecção envolvendo a Abcesso ou outra evidência de infecção envolvendo a

incisão profunda visualizado durante exame direto, re-incisão profunda visualizado durante exame direto, re-

operação, exame histopatológico ou imagemoperação, exame histopatológico ou imagem

d)d) Diagnóstico de infecção pelo médicoDiagnóstico de infecção pelo médico

a)a) Drenagem purulenta pelo drenoDrenagem purulenta pelo dreno

b)b) Cultura positiva de fluídos ou tecido do órgão ou cavidadeCultura positiva de fluídos ou tecido do órgão ou cavidade

c)c) Abcesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão Abcesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão

ou cavidade visualizado durante exame direto, re-operação, ou cavidade visualizado durante exame direto, re-operação,

exame histopatológico ou imagemexame histopatológico ou imagem

d)d) Diagnóstico de infecção pelo médicoDiagnóstico de infecção pelo médico

Page 40: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

TOPOGRAFIA DA INFECÇÃO DE TOPOGRAFIA DA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)

Horan. Am J Infect Control 1992;20:271-4Horan. Am J Infect Control 1992;20:271-4

Pele

Tecido celular subcutâneo

Fáscia e músculo

ISC órgão/espaço

ISC incisional profunda

Órgão/espaço

ISC incisional superficial

Correspondem Correspondem a 2/3 das ISCa 2/3 das ISC

Page 41: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Por que reconhecer o sítio real da Por que reconhecer o sítio real da infecção de sítio cirúrgico é infecção de sítio cirúrgico é

importante?importante?

Medidas preventivas diferentes:Medidas preventivas diferentes:– ISCS:ISCS: preparo adequado da equipe e paciente preparo adequado da equipe e paciente

são fundamentais (soluções anti-sépticas, são fundamentais (soluções anti-sépticas, tricotomia, degermação das mãos da equipe, tricotomia, degermação das mãos da equipe, uso adequado de paramentação pela equipe, uso adequado de paramentação pela equipe, etc).etc).

– ISCP: técnica cirúrgica, materiais esterilizados técnica cirúrgica, materiais esterilizados e manipulados adequadamente, equipamentos e manipulados adequadamente, equipamentos com manutenção preventiva, etc.com manutenção preventiva, etc.

– O/E: técnica cirúrgica, colocação de drenos, técnica cirúrgica, colocação de drenos, controle de doenças crônicascontrole de doenças crônicas

Page 42: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Como classificar as Como classificar as feridas?feridas?

Page 43: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

CLASSIFICAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICAFERIDA CIRÚRGICA

LIMPALIMPA

POTENCIALMENTE CONTAMINADAPOTENCIALMENTE CONTAMINADA

CONTAMINADACONTAMINADA

INFECTADAINFECTADANational Research Council 1964National Research Council 1964

(Modificado por Mayhall 1999)(Modificado por Mayhall 1999)

National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192

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CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICACIRÚRGICA

LIMPALIMPA

Operações eletivas, feridas não infectadasOperações eletivas, feridas não infectadas

Sítios cirúrgicos onde não é encontrada inflamaçãoSítios cirúrgicos onde não é encontrada inflamação

Não há abordagem de vísceras ocas (tratos Não há abordagem de vísceras ocas (tratos

respiratório, genitourinário, digestivo ou orofaringe)respiratório, genitourinário, digestivo ou orofaringe)

Primariamente fechadasPrimariamente fechadas

Drenagem fechada, se necessáriaDrenagem fechada, se necessária

Não há quebra de técnicaNão há quebra de técnica

Trauma não penetranteTrauma não penetranteTx de ISC esperada = <2%Tx de ISC esperada = <2%

National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4 thth ed, 2003, chapter 25ed, 2003, chapter 25

Page 45: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICACIRÚRGICA

POTENCIALMENTE CONTAMINADAPOTENCIALMENTE CONTAMINADA

Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório,

genitourinário e orofaringegenitourinário e orofaringe

Situações controladas e sem contaminação não Situações controladas e sem contaminação não

usual. usual.

Cirurgia genitourinária: não há cultura de urina Cirurgia genitourinária: não há cultura de urina

positivapositiva

Cirurgia biliar: não há infecção de vias biliaresCirurgia biliar: não há infecção de vias biliares

Cirurgias de apêndice, vagina e orofaringe quando Cirurgias de apêndice, vagina e orofaringe quando

não há evidência de infecção ou quebra de técnica.não há evidência de infecção ou quebra de técnica.Tx de ISC esperada = <10%Tx de ISC esperada = <10%

National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4 thth ed, 2003, chapter 25 ed, 2003, chapter 25

Page 46: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICACIRÚRGICA

CONTAMINADACONTAMINADA

Feridas traumáticas recentes, abertasFeridas traumáticas recentes, abertas

Contaminação grosseira durante cirurgia de trato Contaminação grosseira durante cirurgia de trato

digestivo, manipulação de via biliar ou genitourinária digestivo, manipulação de via biliar ou genitourinária

na presença de bile ou urina infectadasna presença de bile ou urina infectadas

Quebras maiores de técnicaQuebras maiores de técnica

É encontrada inflamação aguda não purulentaÉ encontrada inflamação aguda não purulenta

Tx de ISC esperada = 20%Tx de ISC esperada = 20%

National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4 thth ed, 2003, chapter 25 ed, 2003, chapter 25

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CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICACIRÚRGICAINFECTADAINFECTADA

Feridas traumáticas antigas com tecido Feridas traumáticas antigas com tecido

desvitalizado, corpos estranhos ou contaminação desvitalizado, corpos estranhos ou contaminação

fecalfecal

Vísceras perfuradas ou secreção purulenta Vísceras perfuradas ou secreção purulenta

encontradas durante a cirurgiaencontradas durante a cirurgia

Tx de ISC esperada = 30 a 40%Tx de ISC esperada = 30 a 40%

National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192National Research Council. Ann Surg 1964;160 (suppl):1-192Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4Roy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4 thth ed, 2003, chapter 25ed, 2003, chapter 25

Page 48: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Por que fazer a Por que fazer a vigilância da ISC?vigilância da ISC?

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Legislação de Controle de IHLegislação de Controle de IH

Portaria 196/83

Portaria 930/92

Portaria 2616/98

Programa de Prevenção eControle de IH

Resol

ução

nº48

- 2/

6/00

Visita

de

insp

eção

Lei 6431 - 06/01/97

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Programa de Prevenção e Programa de Prevenção e Controle de IHControle de IH

conjunto de ações desenvolvidas deliberadas econjunto de ações desenvolvidas deliberadas e

sistematicamente, com vistas à redução sistematicamente, com vistas à redução máximamáxima

possível da incidência e da gravidade das possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.infecções hospitalares.

Taxa de IH

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Recomendação da Portaria 2616Recomendação da Portaria 2616(12/05/98)(12/05/98)

Agosto 2005

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1.2. Indicadores selecionados para 1.2. Indicadores selecionados para acompanhamento pelo Estado de São acompanhamento pelo Estado de São

PauloPaulo

a) Para hospitais geraisa) Para hospitais gerais Infecções cirúrgicas em cirurgia limpaInfecções cirúrgicas em cirurgia limpa Pneumonias em pacientes com uso de ventiladores Pneumonias em pacientes com uso de ventiladores

mecânicos por 1000 pacientes-diamecânicos por 1000 pacientes-dia Infecções da corrente sanguínea em pacientes em Infecções da corrente sanguínea em pacientes em

uso de cateter central por 1000 pacientes-diauso de cateter central por 1000 pacientes-dia Infecções urinárias em pacientes em uso de sonda Infecções urinárias em pacientes em uso de sonda

vesical de demora por 1000 pacientes-diavesical de demora por 1000 pacientes-diab) b) Para hospitais de longa permanênciaPara hospitais de longa permanência Pneumonias por 1000 pacientes-diaPneumonias por 1000 pacientes-dia Escabioses por 1000 pacientes-diaEscabioses por 1000 pacientes-dia Gastroenterites por 1000 pacientes-diaGastroenterites por 1000 pacientes-dia

Infecções cirúrgicas em cirurgia limpa

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Guideline for Prevention of Surgical Guideline for Prevention of Surgical Site Infection 1999Site Infection 1999

VigilânciaVigilância– Forneça as taxas de ISC adequadamente Forneça as taxas de ISC adequadamente

estratificadas e relacionadas a cada estratificadas e relacionadas a cada

cirurgia para os membros das equipes cirurgia para os membros das equipes

cirúrgicas. A freqüência e o formato ideal cirúrgicas. A freqüência e o formato ideal

deverão ser determinados de acordo com o deverão ser determinados de acordo com o

número de cirurgias (denominadores), número de cirurgias (denominadores),

objetivos locais e iniciativas de melhoria objetivos locais e iniciativas de melhoria

continuacontinua Mangram. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:247-80

Page 54: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Na literatura...Na literatura...

Estudo SENICEstudo SENIC– Programas de vigilância podem reduzir Programas de vigilância podem reduzir

ISC em 35 a 50%ISC em 35 a 50% O feedback das taxas aos cirurgiões O feedback das taxas aos cirurgiões

pode reduzir a incidência das ISC em pode reduzir a incidência das ISC em até 35%até 35%

Importância da estratificação destes Importância da estratificação destes indicadoresindicadores

Vigilância pós-alta: como fazê-loVigilância pós-alta: como fazê-loRoy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4th ed, 2003, chapter 25

Cruse. Surg Clin North Am 1980;60:27-40Haley. Am J Epidemiol 1985;121:182-205Olson. Arch Surg 1990;125:794-803

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Vigilância deve serVigilância deve ser

informação para a ação !

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Vigilância das ISCVigilância das ISC É importante avaliar antes de iniciar a vigilância das É importante avaliar antes de iniciar a vigilância das

ISC:ISC:

– as definições que serão utilizadas;as definições que serão utilizadas;

– os métodos para busca dos casos;os métodos para busca dos casos;

– as fontes de informação;as fontes de informação;

– a população a ser estudada;a população a ser estudada;

– meios de comunicação meios de comunicação como comunicar estes como comunicar estes

resultados aos cirurgiões.resultados aos cirurgiões.

Qual é o grau de dificuldade de obtenção?Qual é o grau de dificuldade de obtenção?

– Dos casos de ISCDos casos de ISC

– Do denominadorDo denominador

– Estratificação de riscoEstratificação de riscoRoy. In: Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. 4th ed, 2003, chapter 25

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Como calcular a Taxa de Como calcular a Taxa de Infecção de Sítio Cirúrgico:Infecção de Sítio Cirúrgico:

nº de ISC em determinado mês X 100Total de cirurgias mês

nº de ISC em cirurgia limpa mês X 100Total de cirurgias limpa mês

nº de ISC por especialidade cirúrgica mês X 100

Total de cirurgias por especialidade mês

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Fatores de Risco para Infecção de Sítio Cirúrgico:

Potencial de contaminação cirúrgico

Pré-operatório descompensado (ASA>=2)

Tempo cirúrgico prolongado

IRIC: Índice de Risco Cirúrgico

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Craniotomia

Cranyotomy 4 horas 0 4717 0,91 1 14864 1,72 2,3 4666 2,40

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Distribuição dos Transplantes de Órgão Sólido no HIAE (2002 a jlulho 2006)

54%

31%

9%

6%

Tx Hepático

Tx Renal

Tx Pâncreas-rim

Tx Pâncreas

Projeto de transplantes de órgão sólido HIAE – desde janeiro 2002

Total 878 Tx

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Distribuição topográfica das Infecções Hospitalares em transplante Hepático - 2002 a julho 2006

32%

25%

13%

11%

6%

3%3%

3%2%2%

ISC Resp ICSang ITU Vascular

PTSC Intra-abdom GECA OONG Outras

Taxa de infecção de sítio cirúrgico em Transplante de Órgão Sólido HIAE

2002 a julho 2006

19

7,2

0

5

10

15

20

HIAE NNIS

% TISC

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Taxa de infecção padrãoTaxa de infecção padrão

Horan TC and Culver DH. APIC, 1996.

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Indicadores Epidemiológicos de Indicadores Epidemiológicos de resultadoresultado

• Cada vez mais utilizados como indicadores de qualidade;

• Indicadores de IH são um ponto de partida para identificação e resolução de problemas;

• Toda a informação deve levar à ação;

• Toda a decisão a respeito de medidas de controle deve envolver a equipe.

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Vigilância epidemiológica Vigilância epidemiológica direcionada à direcionada à Indicadores de Indicadores de

ResultadoResultado não são mais não são mais suficientessuficientes

Novas perguntas são Novas perguntas são levantadas no dia a dia do levantadas no dia a dia do

controle de infecções controle de infecções relacionadas à assistência á relacionadas à assistência á

saúdesaúde

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Indicadores e Indicadores e qualidadequalidade

Indicador de Resultado: Apresentam informações sobre

as ocorrências (Ex: queda, flebite, IH, etc)

Indicador de Processos:Apresentam informações

sobre os passos de determinada ação

(Ex: passagem de SV, CVC,medicação, etc)

Indicador de Infra-estrutura:Apresentam problemas de área física,

fluxos, materiais (Ex: centro cirúrgico, farmácia, etc)

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Processos

Maneira pela qual se realiza determinada Maneira pela qual se realiza determinada operação, segundo determinadas operação, segundo determinadas

normas; método ou técnica.normas; método ou técnica.

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Vigilância de Vigilância de estruturaestrutura

Abordagem de aspectos:Abordagem de aspectos: Serviço de Higiene (limpeza e resíduo)Serviço de Higiene (limpeza e resíduo) Engenharia (manutenção, ar condicionado, Engenharia (manutenção, ar condicionado,

pombos, obras, etc)pombos, obras, etc) Avaliação de empresas que fornecem Avaliação de empresas que fornecem

serviços ao hospital (NPT, esterilização por serviços ao hospital (NPT, esterilização por ETO, lavanderia, etc)ETO, lavanderia, etc)

Fluxos em geralFluxos em geralSupervisionar através de Auditorias

• emitir parecer• feed back + orientações

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Auditoria de ProcessoAuditoria de Processo

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Page 71: Prevenção de infecção cirúrgica Treinamento CVE 20/09/06 Vigilância epidemiológica das infecções cirúrgicas Enfª Cláudia Vallone Silva

Avaliação da qualidade de práticas de Avaliação da qualidade de práticas de controle de infecção hospitalar controle de infecção hospitalar

Parceria CVE-SP, Faculdade de Enfermagem da Parceria CVE-SP, Faculdade de Enfermagem da USP, APECIH, outras instituiçõesUSP, APECIH, outras instituições

Programa de controle de infecção hospitalarPrograma de controle de infecção hospitalar Uso de AntimicrobianosUso de Antimicrobianos Controle e prevenção da infecção da corrente sangüínea Controle e prevenção da infecção da corrente sangüínea

associada a CVCassociada a CVC Controle e prevenção de infecção do sítio cirúrgicoControle e prevenção de infecção do sítio cirúrgico Controle e prevenção de infecção respiratóriaControle e prevenção de infecção respiratória Controle e prevenção de infecção do trato urinário associada a Controle e prevenção de infecção do trato urinário associada a

SVSV Indicação e aplicação de medidas de isolamentoIndicação e aplicação de medidas de isolamento Higiene das mãosHigiene das mãos Prevenção e controle de riscos ocupacionais biológicos e outrosPrevenção e controle de riscos ocupacionais biológicos e outros

http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_ihb.html

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A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ÉA BASE DAS AÇÕES DE PREVENÇÃOE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

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[email protected]@einstein.br