prestaÇÃo de contas do prefeito exercÍcio de...

Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Otaclio Costa exerccio de 2014 1

PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

EXERCCIO DE 2014

Municpio de Otaclio Costa

Data de Fundao 10/05/1982

Populao: 17.593 habitantes (IBGE - 2013)

PIB: 465,59 (em milhes)

(IBGE - 2012)

462

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Otaclio Costa exerccio de 2014 - Reinstruo 2

S U M R I O

INTRODUO ...................................................................................................... 4

1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5

1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

1931/2015) ............................................................................................................ 6

2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 19

3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 21

3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 22

3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 23

3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 24

4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 30

4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 31

4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 32

4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 33

4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 35

5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 39

5.1. Sade ....................................................................................................................... 39

5.2. Ensino ...................................................................................................................... 41

5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 41

5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 42

5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 46

5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 46

5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 47

5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 49

6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 50

6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

FUNDEB) ..................................................................................................................... 50

6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 52

6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 55

6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA ............... 56

6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 57

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6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 58

6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

Idosa) .......................................................................................................................... 59

7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 60

8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 64

9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2014 ............................................................... 66

CONCLUSO ..................................................................................................... 67

ANEXO ............................................................................................................... 69

APNDICE .......................................................................................................... 71

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PROCESSO PCP 15/00264803

UNIDADE Municpio de Otaclio Costa

RESPONSVEL Sr. Luiz Carlos Xavier - Prefeito Municipal

ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2014 - Reinstruo

RELATRIO N 3788/2015

INTRODUO

O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

Otaclio Costa, relativas ao exerccio de 2014.

O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

financeiro de 2014 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-

77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo

3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

Contas.

No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

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Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Otaclio Costa,

sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 12/11/2015

conforme base de dados constituda a partir das informaes bimestrais

encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos

exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por

este Tribunal.

Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL

Procedido o exame das contas do exerccio de 2014 do Municpio, foi

emitido o Relatrio n 1.931/2015, integrante do Processo PCP 15/00264803.

Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Conselheiro Relator, que

decidiu devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca,

Sr. Luiz Carlos Xavier - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se no que

julgar necessrio em relao s restries contidas dos itens 8.1.2 e 8.1.4 do

Relatrio anteriormente citado, em observncia ao disposto no art. 52 da Lei

Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o que foi

efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n 16.668/2015, de 14/09/2015.

Conforme solicitao do Exmo. Conselheiro Relator, o Prefeito

Municipal, pelo Expediente s/n de 07/10/2015, apresentou alegaes de defesa,

assim como remeteu documentos sobre as restries contidas no aludido

Relatrio, estando anexadas s folhas 321 a 460 dos autos.

Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.

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1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

(RELATRIO N 1931/2015)

1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

1.2.1.1

Registro indevido no Grupo Restos a Pagar do Passivo Financeiro nas Fontes de Recursos 19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) e 47 - Apoio a Pessoa Idosa - API, com saldo devedor de R$ 16.275,16 e R$ 106,70, respectivamente, em afronta ao previsto no artigo 85 c/c 105 da Lei n 4.320/64 (Apndice - Clculo detalhado do Resultado Financeiro por Especificaes de Fonte de Recursos e item 8.1.1). (Relatrio n 1931/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

Manifestao da Unidade:

Resposta da Unidade constante s fls. 321/460.

Consideraes da Anlise Tcnica:

O Responsvel no apresentou justificativas acerca da presente irregularidade, razo pela qual mantm-se a restrio.

1.2.1.2 Dficit de execuo oramentria do Municpio (Consolidado)

da ordem de R$ 3.694.356,47, representando 8,07% da

receita arrecadada do Municpio no exerccio em exame,

aumentado em 118,24% pela excluso do supervit

oramentrio do Instituto/Fundo de Previdncia e/ou

Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor, em

desacordo ao artigo 48, b da Lei n 4.320/64 e artigo 1, 1,

da Lei Complementar n 101/2000 (LRF), parcialmente

absorvido pelo supervit financeiro do exerccio anterior - R$

33.624,95 (itens 3.1 e 8.1.2).

(Relatrio n 1931/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)



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Em sntese, o Responsvel afirma que do dficit oramentrio apurado de R$ 3.694.356,47, o montante de R$ 1.041.117,89 refere-se a despesas que o municpio empenhou no exerccio de 2014, mas que os recursos dos convnios ainda no tinham sido repassados at 31/12 daquele ano.

Assim, ele reconhece um dficit oramentrio de R$ 2.653.238,58 no exerccio sob anlise.

Destaca-se que o Responsvel deixou de encaminhar ou relacionar quais foram os convnios que tiveram pendncia nos repasses de recursos ao final de 2014, informao esta, imprescindvel para verificao da veracidade das justificativas ora apresentadas.

Ademais, ainda que fosse possvel rastrear e cruzar as informaes encaminhadas, diga-se, que no o caso, a Unidade permaneceria com um dficit oramentrio de R$ 2.653.238,58, montante este reconhecido pelo prprio Responsvel.

Ante o exposto, mantm-se a restrio.

1.2.1.3 Dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de R$

3.587.946,81, resultante do dficit oramentrio ocorrido no

exerccio em exame, correspondendo a 7,84% da Receita

Arrecadada do Municpio no exerccio em exame (R$

45.790.827,52), em desacordo ao artigo 48, b da Lei n

4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000 LRF

(itens 4.2 e 8.1.3).





O Responsvel limitou-se em afirmar que foram empreendidos esforos para evitar a ocorrncia do dficit apurado, e que o mesmo aconteceu por ter reflexo direto do dficit de execuo oramentria, mas que, segundo ele, no compromete de forma significativa a execuo do exerccio subsequente.

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Quanto aos esforos supostamente empreendidos pela Unidade, assim como a afirmao de que a irregularidade em questo no compromete a execuo do prximo exerccio, no cabe a esta instruo comentar. O dever funcional deste Corpo Tcnico analisar o Balano Anual do exerccio financeiro e as informaes dos registros contbeis e de execuo oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados alcanados pela Administrao Municipal.

J no tocante a justificativa de que o dficit financeiro resultante do dficit de execuo oramentria do Municpio, esta procedente. No entanto, considerando a manuteno da irregularidade constante no item 1.2.2.1 deste relatrio (dficit de execuo oramentria), pelas mesmas razes l apresentadas, mantm-se a restrio inicialmente apontada.

1.2.1.4 Despesas com pessoal do Poder Executivo no valor de R$

24.074.487,52, representando 54,91% da Receita Corrente

Lquida (R$ 43.845.006,41), quando o percentual legal

mximo de 54,00% representaria gastos da ordem de R$

23.676.303,46, configurando, portanto, gasto a maior de R$

398.184,06 ou 0,91%, em descumprimento ao artigo 20, III, 'b'

da Lei Complementar n 101/2000, ressalvado o disposto no

artigo 23 da citada Lei (itens 5.3.2 e 8.1.4).





Em sua manifestao, o Responsvel aborda dois pontos principais, que segundo ele, se referem a despesas com reflexos diretos na apurao do limite de gastos com pessoal, conforme segue:

Ocorre que o Tribunal de Contas, expurga o valor de R$ 227.000,00 de verbas reconhecidas por este municpio como indenizatrias, e no despesas de folha de pagamento corrente, conforme se faz prova o anexo, que demonstram serem estas verbas indenizatrias, e que foram

registradas de forma equivocada na elaborao dos empenhos.

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Destaca-se inicialmente que o montante lanado pela Unidade como verbas indenizatrias, mas que foram consideradas despesas com pessoal por esta instruo foi de R$ 227.999,55, conforme discriminado no Quadro 17, item 5.3.1, do relatrio n 1.931/2015 (fls. 279/280).

Quanto aos argumentos transcritos anteriormente, percebe-se uma falta de lgica. O Responsvel afirma que o valor de R$ 227.000,00, expurgado por este Tribunal, se referem a verbas reconhecidas pelo Municpio como indenizatrias e no despesas de folha de pagamento, mas que foram registradas de forma equivocada na elaborao dos empenhos.

Ora, se o Municpio considerou as referidas despesas como indenizatrias e foram empenhadas como tal, no h que se falar em equvoco.

No entanto, considerando especificamente a natureza das despesas constantes a seguir, as quais foram extradas da documentao ora encaminhada, constata-se que assiste razo ao Responsvel:

Empenho n 4810/2014, no valor de R$ 107.018,62, referente ao pagamento de frias proporcionais e vencidas pela resciso de contrato de trabalho (fls. 392 e 394/399);

Empenho n 4814/2014, no valor de R$ 117.906,39, referente ao pagamento de frias proporcionais pela resciso de contrato de trabalho (fls. 393 e 394/399);

Empenho n 3042/2014, no valor de R$ 738,43, referente ao pagamento de frias proporcionais pela resciso de contrato de trabalho (fls. 400/401);

Empenho n 3070/2014, no valor de R$ 257,06, referente ao pagamento de frias e dcimo terceiro proporcionais e vencidas pela resciso de contrato de trabalho (fls. 402/403);

Empenho n 1217/2014, no valor de R$ 192,72, referente ao pagamento de frias proporcionais pela resciso de contrato de trabalho (fls. 404/405); e

Empenho n 1135/2014, no valor de R$ 1.886,33, referente ao pagamento de frias proporcionais e vencidas pela resciso de contrato de trabalho (fls. 406/407).

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A Secretaria do Tesouro Nacional_STN editou a Portaria de n 437/2012, aprovando o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico, 5 edio, o qual estava vlido para o exerccio em anlise. O referido manual, Parte I, que versa sobre os procedimentos contbeis oramentrios assim dispe acerca de despesas que devem ser classificadas como Indenizaes e Restituies Trabalhistas: 94 Indenizaes e Restituies Trabalhistas Despesas oramentrias resultantes do pagamento efetuado a servidores pblicos civis e empregados de entidades integrantes da administrao pblica, inclusive frias e aviso prvio indenizados, multas e contribuies incidentes sobre os depsitos do Fundo de Garantia por Tempo de Servio etc., em funo da perda da condio de servidor ou empregado, podendo ser em decorrncia da participao em programa de desligamento voluntrio, bem como a restituio de valores descontados indevidamente, quando no for possvel efetuar essa restituio mediante compensao com a receita correspondente. Ante o exposto, de se concluir que frias no gozadas, frias proporcionais, ambas com acrscimos do tero constitucional (1/3), em funo da perda da condio de servidor ou empregado, devem ser consideradas espcies indenizatrias e, dessa forma, ser registradas no elemento de despesa 94 (Indenizaes e Restituies Trabalhistas). Assim, esta instruo passa a considerar como correta a contabilizao realizada no mbito do Municpio do valor de R$ 227.999,55.

O segundo ponto abordado pelo Responsvel se refere ao montante de R$ 425.000,00, que havia sido contabilizada pela Unidade como receita corrente, mas que foi considerado por esta instruo como receita de capital.

Segundo ele, o referido valor originrio de convnios firmados com o estado de Santa Catarina, destinado a manuteno estradas vicinais, e sendo assim deve ser classificada como receita corrente.

Em anlise a documentao constante nos autos, constata-se que as informaes do Responsvel so procedentes.

Conforme consta no Portal da Transparncia do Governo Estadual (http://www.sef.sc.gov.br/transparencia/gasto-

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p%C3%BAblico/consultas/436), verificou a existncia de dois convnios no exerccio de 2014, que tiveram como objeto a recuperao de estradas vicinais do interior do municpio, conforme segue:

Convnio n 2014TR002332: Convnio firmado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Lages - SDR e o Municpio de Otaclio Costa, visando a recuperao de estradas vicinais do interior do municpio, no valor de R$ 500.000,00 (fls. 232/233).

Registra-se que na data de 03/12/2014, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Lages SDR estornou o valor de R$ 225.000,00 referente ao convnio supra (fl. 232), restando assim, o montante de R$ 275.000,00.

Convnio n 2014TR002348: Convnio firmado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Lages - SDR e o Municpio de Otaclio Costa, visando a recuperao de estradas vicinais do interior do municpio, no valor de R$ 150.000,00 (fls. 235/236).

Cabe destacar que os valores totais dos convnios aqui listados foram repassados ao Municpio de Otaclio Costa no exerccio de 2014.

Assim, considerando a natureza e a destinao dos recursos de acordo com o objeto dos convnios, assiste razo ao Responsvel no tocante a classificao do montante de R$ 425.000,00 como receita corrente. Por fim, o Responsvel argumenta no sentido que deve ser expurgado do clculo das despesas com pessoal o valor referente a 5,56% dos vencimentos dos servidores, concedido em janeiro de 2014, relativo a reviso geral anual prevista no artigo 37, inciso X, da Constituio Federal. Quanto ao argumento anteriormente apresentado, este no merece prosperar, haja vista que conforme estabelecido no artigo 18 da LRF, a despesa total com pessoal o somatrio dos gastos com pessoal ativos, inativos e pensionistas, conforme segue: Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatrio dos gastos do ente da Federao com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espcies remuneratrias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria,

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reformas e penses, inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuies recolhidas pelo ente s entidades de previdncia. A reviso geral concedida em janeiro de 2014 est inserida nos referidos gastos, devendo, portanto, ser considerado para fins de apurao do limite mximo para gastos com pessoal no exerccio em anlise.

Desta forma, ante a incluso do referido montante (R$ 425.000,00) como receita corrente, assim como a correta contabilizao no mbito do Municpio, do valor de R$ 227.999,55 como Indenizaes e Restituies Trabalhistas, constata-se que, no exerccio em exame, o Poder Executivo gastou 53,87% do total da receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000, conforme demonstrado no item 5.3.2 deste relatrio.

1.2.1.5 Ausncia de realizao de despesas, no primeiro trimestre de

2014, com os recursos do FUNDEB remanescentes do

exerccio anterior no valor de R$ 257.380,95, mediante a

abertura de crdito adicional, em descumprimento ao

estabelecido no 2 do artigo 21 da Lei n 11.494/2007 (itens

5.2.2, limite 3 e 8.1.5).





Em suma, o Responsvel afirma que os recursos relacionados ao FUNDEB foram devidamente aplicados com os educadores do magistrio no ms de janeiro de 2014, e que o Municpio "apenas" no efetuou contabilmente a despesa por meio de uma dotao especfica.

Inicialmente destaca-se que o Responsvel no encaminhou nenhum documento e/ou extrato bancrio da conta do FUNDEB que pudesse ratificar suas afirmaes.

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Desta forma, considerando que o prprio reconhece que no efetuou a despesa mediante uma dotao especfica, assim como no identificou em qual dotao foi realizada a despesa, resta prejudicado qualquer anlise a respeito do pleito.

Ante o exposto, mantm-se a irregularidade apontada.

1.2.1.6 Valores imprprios lanados no Ativo Realizvel, a ttulo de

Valores em Trnsito no Realizvel, no montante de R$ 7.564,54, em decorrncia de pagamento de resciso de contrato em duplicidade, superestimando o Ativo Financeiro do Municpio, em afronta ao disposto nos artigos 35, 85 e 105, I, 1 da Lei n 4.320/64 (Quadro 10, fl. 143 e item 8.1.6).





O Responsvel afirma que os valores considerados no classificveis no Ativo Realizvel por esta instruo, referem-se ao pagamento em duplicidade de resciso do contrato do servidor Nilson Galdino Simiano, e que o Municpio aps tentativas administrativas de devoluo, recorreu ao Judicirio, por meio de uma ao judicial, buscando reaver os recursos.

Registra-se inicialmente que a restrio aqui apontada no questiona a irregularidade dos valores lanados, mas sim a conta contbil em que foi classificado o crdito que o Municpio tem direito.

Ao lanar o referido crdito no Ativo Realizvel, ttulo de "Valores em Trnsito no Realizvel", o Responsvel est superestimando o Ativo Financeiro do Municpio.

Considerando que no existe nenhuma previso para o trnsito em julgado da ao judicial proposta pelo Municpio, a classificao contbil do referido crdito deve ser em conta do Permanente.

474




O procedimento inicial a ser adotado pelo Municpio no exerccio de 2015 a baixa do crdito a receber do Financeiro, com o posterior lanamento do mesmo na conta 1.1.3.4.1.04.00 do Permanente, conforme evento publicado no endereo http://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/Eventos_Contabeis_2015-2016_0.pdf, disposto a seguir:

Transferncia de ativo F para P

2.73 TRANSFERNCIA DE CRDITOS A RECEBER COM ATRIBUTO F - FINANCEIRO PARA P - PERMANENTE

D/C CONTA NOME C/C F/P

D 3.6.5.0.1.01.00 BAIXAS DE CRDITOS A RECEBER (FINANCEIRO)

- -

C 1.1.3.X.X.XX.XX DEMAIS CRDITOS E VALORES A CURTO PRAZO

2 F

D 1.1.3.4.1.04.00

CRDITOS A RECEBER DECORRENTES DE PAGAMENTOS SEM RESPALDO ORAMENTRIO

18 P

C 4.6.3.9.1.00.00

OUTROS GANHOS COM INCORPORAO DE ATIVOS - CONSOLIDAO

- -

D 8.2.1.1.1.02.00

DISPONIBILIDADE POR DESTINAO DE RECURSOS CRDITOS

2 -

C 7.2.1.1.0.00.00 CONTROLE DA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS

2 -

REGISTRAR A TRANSFERNCIA DE CRDITOS A RECEBER INDEVIDAMENTE REGISTRADOS COM ATRIBUTO F- FINANCEIRO, PARA ATRIBUTO P PERMANENTE. Obs.: os registros nas contas de VPD e VPA so necessrios para a correta elaborao das demonstraes contbeis.

Ante o exposto, mantm-se a restrio apontada.

1.2.1.7 Divergncia, no valor de R$ 803.212,95, entre o saldo

apresentado na Demonstrao da Dvida Flutuante Anexo

17 (R$ 6.548.459,24) e o saldo do Passivo Financeiro

constante do Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n

4.320/64 (R$ 7.351.672,19), caracterizando afronta aos

artigos 85 e 105 da referida Lei (fls. 143 e 150, itens 4.1 e

8.1.7).




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Em sntese, o Responsvel reconhece o valor da divergncia de R$ 803.212,95 da Dvida Flutuante - Anexo 17, e afirma que esta resulta de saldos divergentes entre os registrados nos Demonstrativos Contbeis da Unidade e aqueles gerados por este Tribunal de Contas.

Requisita a este Tribunal de Contas orientaes para resolver a divergncia em questo, de modo a evitar a inconsistncia de informaes nos exerccios futuros.

As justificativas iniciais apresentadas no so suficientes para o afastamento da divergncia encontrada, haja vista que a presente anlise se baseou no Balano Anual do exerccio de 2014 e as informaes dos registros contbeis e de execuo oramentria enviadas pela Unidade por meio eletrnico. Registra-se ainda que as informaes encaminhadas a este Tribunal de Contas e que serviram de subsdios para a presente anlise, foram assinadas eletronicamente pelo prprio Responsvel.

Quanto ao pedido de orientao, necessrio destacar que esta uma das formas de atuao desta Casa, e se reveste de fundamental importncia medida que se busca, com ela, evitar que a irregularidade ou ilegalidade ocorra.

No caso em tela, consta na pgina deste Tribunal, (http://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/Manual_Orientacao_EncerramentoExercicio_e_ElaboracaoDemostracoesContabeis.pdf), o manual de orientao para encerramento do exerccio e elaborao das demonstraes contbeis, a serem consultadas pelos jurisdicionados. No sendo suficiente, ou persistindo dvidas, poderia o Responsvel ter entrado em contato com esta Diretoria Tcnica ou mesmo vir pessoalmente a esta Casa, buscando solucionar a divergncia encontrada, o que parece no ter ocorrido. Assim, mantm-se a irregularidade apontada.

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http://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/Manual_Orientacao_EncerramentoExercicio_e_ElaboracaoDemostracoesContabeis.pdfhttp://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/Manual_Orientacao_EncerramentoExercicio_e_ElaboracaoDemostracoesContabeis.pdfhttp://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/Manual_Orientacao_EncerramentoExercicio_e_ElaboracaoDemostracoesContabeis.pdf




1.2.1.8 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso pblico, no prazo estabelecido, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os requisitos mnimos necessrios, em descumprimento ao estabelecido no artigo 48-A, II, da Lei Complementar n 101/2000 alterada pela Lei Complementar n 131/2009 c/c o artigo 7, II, do Decreto Federal n 7.185/2010 (Quadro 20 e item 8.1.8). (Relatrio n 1931/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)




O Responsvel afirma que o contrato firmado entre o Municpio e a empresa responsvel pela prestao de servios foi rescindido, e que, atualmente, uma nova empresa foi contratada e est adequando as informaes conforme a previso em Lei.

Considerando que o Responsvel reconhece a deficincia na disponibilizao das informaes aqui levantadas, tendo inclusive rescindido o contrato com a empresa contratada poca, mantm-se a restrio.

1.2.1.9 Contabilizao indevida de Receitas de Capital como Receitas

Correntes, no valor de R$ 425.000,00, resultando num aumento aparente da Receita Corrente Lquida e consequentemente reduo no percentual dos gastos de pessoal do perodo, evidenciando inconsistncia dos registros contbeis e ausncia de transparncia na gesto pblica, em desacordo aos artigos 1, 1 e 2, IV da Lei Complementar n 101/2000 LRF e artigos 11 e 85 da Lei Federal n 4.320/64 (fls. 195/238 dos autos e item 8.1.9).




477





O Responsvel reporta-se aos argumentos por ele apresentados quando de sua manifestao acerca do item 1.2.1.4, onde afirma que o valor de R$ 425.000,00, foi equivocadamente considerado como receita de capital por esta instruo.

Segundo ele, o referido valor originrio de convnios firmados com o estado de Santa Catarina, destinado a manuteno estradas vicinais, e sendo assim deve ser classificada como receita corrente. Considerando que no foram aduzidos novos fatos, reportamo-nos as consideraes expostas no item supracitado quando restou comprovado a procedncia das informaes trazidas pelo Responsvel e considerado o montante de R$ 425.000,00 como receita corrente. Assim, afasta-se a restrio inicialmente apontada.

1.2.2 RESTRIES DE ORDEM REGULAMENTAR

1.2.2.1 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho

Municipal de Sade, em desatendimento ao que dispe o art.

1, 2, "a", da Resoluo TC n 77/2013 (itens 6.2 e 8.2.1).





Considerando que a Unidade encaminhou nesta oportunidade o Parecer do Conselho Municipal de Sade (fl. 441), afasta-se a irregularidade em questo.


Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, em

desatendimento ao que dispe o art. 1, 2, "b", da

Resoluo TC n 77/2013 (itens 6.3 e 8.2.2).


478







Considerando que a Unidade encaminhou nesta oportunidade o Parecer do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (fl. 443), afasta-se a irregularidade em questo.


Municipal de Assistncia Social em desatendimento ao que

dispe o art. 1, 2, "c", da Resoluo TC n 77/2013 (itens

6.4 e 8.2.3).





Considerando que a Unidade encaminhou nesta oportunidade o Parecer do Conselho Municipal de Assistncia Social (fls. 449 e 454), afasta-se a irregularidade em questo.


Municipal de Alimentao Escolar em desatendimento ao que

dispe o art. 1, 2, "d", da Resoluo TC n 77/2013 (itens

6.5 e 8.2.4).





Considerando que a Unidade encaminhou nesta oportunidade o Parecer do Conselho Municipal de Alimentao Escolar (fls. 457/458), afasta-se a irregularidade em questo.

479





Municipal do Idoso em desatendimento ao que dispe o art.

1, 2, "e", da Resoluo TC n 77/2013 (itens 6.6 e 8.2.5).





No tocante ao Conselho Municipal do Idoso, o responsvel reconhece que este ainda no estava legalmente constitudo ao final do exerccio de 2014, e que se encontra atualmente em fase de Decreto.

Desta forma, mantm-se a irregularidade.

luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio

de 2014 passam a apresentar os seguintes dados:

480




2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

O municpio de Otaclio Costa nasceu das terras de um poltico que

atuou desde os 16 anos na vida pblica. Otaclio Vieira da Costa ergueu um

galpo para pernoite e descanso dos tropeiros na estrada que ligava Lages a

Curitibanos, num local que ficou conhecido como Encruzilhada. Mais tarde, a

construo de um botequim, sempre pintado de branco, mudou o nome do local

para Casa Branca. Com a chegada de fazendeiros e a aquisio de grandes

reas de terra, a regio desenvolveu-se com rapidez. Em 1959, a localidade

passou categoria de distrito e, por proposta do vereador Dorvalino Furtado,

passou a chamar-se Otaclio Costa. Foi desmembrado de Lages em 10 de maio

de 1982.

O Municpio de Otaclio Costa tem uma populao estimada em

17.5932 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,743. O Produto

Interno Bruto alcanava o valor de R$ 465.586.725,004, revelando um PIB per

capita poca de R$ 27.894,48, considerando uma populao estimada em

2012 de 16.691 habitantes.

Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

Fonte: IBGE 2011

1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo 2 IBGE - 2013 3 PNUD - 2010 4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2012

0,00

100.000.000,00

200.000.000,00

300.000.000,00

400.000.000,00

500.000.000,00

Mdia AMURES MUNICPIO

301.803.620,61

465.586.725,00

PIB EM REAIS

481




No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

IDH/PNUD/2010, o Municpio de Otaclio Costa encontra-se na seguinte

situao:

Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

Fonte: PNUD 2010

3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

receita e despesa inicialmente oradas:

Quadro 01 Leis Oramentrias

LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

49.863.350,00 PPA 2116/2013 17/06/2013

LDO 2133/2013 18/06/2013 DESPESA FIXADA

49.863.350,00 LOA 2158/2013 18/06/2013

0,64

0,65

0,66

0,67

0,68

0,69

0,70

0,71

0,72

0,73

0,74

0,75

BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMURES MUNICPIO

0,727

0,744

0,680

0,740

482




3.1. Apurao do resultado oramentrio

O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

no Dficit de execuo oramentria da ordem de R$ 3.124.484,29,

correspondendo a 6,38% da receita arrecadada.

Salienta-se que o resultado consolidado, Dficit de R$ 3.124.484,29,

composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura Municipal,

Dficit de R$ 3.191.242,75 e do conjunto do Oramento das demais Unidades

Municipais Supervit de R$ 66.758,46.

Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

Previdncia, o Municpio apresentou Dficit de R$ 3.694.356,47.

Ressalta-se que o Dficit em questo foi parcialmente absorvido

pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 33.624,95), conforme

demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste

Relatrio).

Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

sinteticamente, da seguinte forma:

Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2014

Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

RECEITA 49.863.350,00 49.005.083,00 98,28

DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

60.115.698,72 52.129.567,29 86,72

Dficit de Execuo Oramentria 3.124.484,29

Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS

Dficit Consolidado Ajustado

Supervit do RPPS Dficit excludo RPPS

RECEITA 49.005.083,00 3.214.255,48 45.790.827,52

DESPESA 52.129.567,29 2.644.383,30 49.485.183,99

Resultado de Execuo Oramentria

3.124.484,29 569.872,18 3.694.356,47

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

Obs.: Constatou-se divergncia no valor de R$ 7.564,54, entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo oramentria sem RPPS, considerando o cancelamento de Restos a Pagar no valor de R$ 80.349,25 proveniente do ajuste feito no Ativo financeiro. Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.2 - Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio. Obs.: A receita no montante de R$ 3.214.255,48, assim como a despesa no montante de R$

2.644.383,30, consideradas as Transferncias Financeiras, se referem exclusivamente ao RPPS.

483




3.2. Anlise do resultado oramentrio

A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

e Municpios distintos.

A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

Resultado Oramentrio do Municpio de Otaclio Costa nos ltimos 5 anos:

Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS 2010-2014

ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014 1 Receita realizada 32.807.780,34 34.004.968,17 35.159.494,36 42.964.640,71 45.790.827,52

2 Despesa executada 32.388.001,82 33.805.987,83 36.664.885,87 42.257.003,16 49.485.183,99

QUOCIENTE 2010 2011 2012 2013 2014 Resultado Oramentrio (12) 1,01 1,01 0,96 1,02 0,93

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

(receitas superiores s despesas).

Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2010 2014

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

1,01 1,010,96

1,020,93

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

2010 2011 2012 2013 2014

Municpio Mdia AMURES Mdia dos Municpios

484




3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

49.005.083,00, equivalendo a 98,28% da receita orada.

As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

arrecadados so assim demonstrados:

Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2014

RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

ARRECADADO

Receita Tributria 6.739.020,00 6.666.860,49 98,93

Receita de Contribuies 2.330.000,00 2.166.577,74 92,99

Receita Patrimonial 306.600,00 630.464,90 205,63

Receita Agropecuria 2.120,00 5.608,84 264,57

Receita Industrial 2.000,00 - -

Receita de Servios 131.300,00 153.476,74 116,89

Transferncias Correntes 32.745.600,00 34.777.173,17 106,20

Outras Receitas Correntes 661.110,00 1.100.493,23 166,46

Receitas Correntes Intra-Oramentrias 1.000.000,00 1.637.242,13 163,72

RECEITA CORRENTE 43.917.750,00 47.137.897,24 107,33

Operaes de Crdito 2.897.000,00 32.493,13 1,12

Alienao de Bens 120.000,00 - -

Transferncias de Capital 2.928.600,00 1.834.692,63 62,65

RECEITA DE CAPITAL 5.945.600,00 1.867.185,76 31,40

TOTAL DA RECEITA 49.863.350,00 49.005.083,00 98,28 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

consolidado.

485

mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11574]mailto:c@[11575]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]




Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2014


O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

70,97%, est concentrada nas transferncias correntes.

Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

do Municpio. Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2010 2014


Tributria 13,60%

Contribuies 4,42%

Patrimonial 1,29%

Agropecuria 0,01%

Servios 0,31%

Transferncia Corrente70,97%

Outras Correntes 2,25%

Correntes Intra-Oramentrias 3,34%

Operaes de Crdito 0,07%

Transferncias de Capital 3,74%

18,1117,33 16,97 16,78

14,65

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

2010 2011 2012 2013 2014


486




Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2010 2014

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

anlise:

Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2014

Saldo

Anterior Inscrio

Atualizao,

juros e multa

Proviso

(lquida) Recebimento

Outras

Baixas

Saldo

Final

6.699.233,60 1.210.005,63 618.919,70 3.131.561,64 313.174,38 0,00 5.083.422,91

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

29,4433,39 33,79

37,67

50,71

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

2010 2011 2012 2013 2014


487




Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2010 2014


No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

se a demonstrao do prximo quadro:

Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2014

DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

01-Legislativa 2.410.000,00 2.091.315,23 86,78

04-Administrao 10.001.500,00 9.379.569,07 93,78

06-Segurana Pblica 355.500,00 343.894,61 96,74

08-Assistncia Social 2.621.594,90 2.233.436,64 85,19

10-Sade 11.067.419,60 10.448.262,23 94,41

12-Educao 17.797.784,42 15.669.007,44 88,04

13-Cultura 655.900,00 331.848,33 50,59

14-Direitos da Cidadania 90.000,00 137.538,11 152,82

15-Urbanismo 6.548.719,80 4.876.953,03 74,47

16-Habitao 365.400,00 231.954,72 63,48

17-Saneamento 300.000,00 166.432,61 55,48

18-Gesto Ambiental 1.996.000,00 1.960.289,43 98,21

20-Agricultura 2.158.880,00 1.497.973,71 69,39

22-Indstria 614.500,00 171.759,97 27,95

26-Transporte 530.000,00 127.401,00 24,04

10,50

9,09

6,72

5,364,67

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

2010 2011 2012 2013 2014


488





AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

27-Desporto e Lazer 1.182.500,00 1.126.750,53 95,29

28-Encargos Especiais 1.370.000,00 1.335.180,63 97,46

99-Reserva de Contingncia 50.000,00 - -

TOTAL DA DESPESA 60.115.698,72 52.129.567,29 86,72

Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

Geral consolidado.

A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

representao grfica do Quadro anterior.

Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2014


86,78

93,78

96,74

85,19

94,41

88,04

50,59

152,82

74,47

63,48

55,48

98,21

69,39

27,95

24,04

95,29

97,46

0,00 5.000.000,0010.000.000,0015.000.000,0020.000.000,00

01-Legislativa

04-Administrao

06-Segurana Pblica

08-Assistncia Social

10-Sade

12-Educao

13-Cultura

14-Direitos da Cidadania

15-Urbanismo

16-Habitao

17-Saneamento

18-Gesto Ambiental

20-Agricultura

22-Indstria

26-Transporte

27-Desporto e Lazer

28-Encargos Especiais

99-Reserva de Contingncia

AUTORIZAO

EXECUO

489




A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

demonstrada no quadro a seguir:

Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2010 2014


2010 2011 2012 2013 2014

01-Legislativa 1.562.670,64 1.787.193,48 1.836.297,44 2.135.594,11 2.091.315,23

04-Administrao 5.390.039,83 6.319.563,25 6.732.436,44 5.399.344,43 9.379.569,07

06-Segurana Pblica 206.274,00 212.049,93 200.390,66 222.207,74 343.894,61

08-Assistncia Social 1.039.213,49 1.391.379,55 1.616.504,20 1.667.191,89 2.233.436,64

09-Previdncia Social - - - 2.417.787,93 -

10-Sade 5.693.320,17 6.630.047,88 7.622.526,56 9.075.651,44 10.448.262,23

12-Educao 7.885.165,80 10.643.815,56 13.081.236,18 13.442.550,33 15.669.007,44

13-Cultura 163.361,86 174.597,90 105.107,44 193.202,83 331.848,33

14-Direitos da Cidadania - 18.360,57 14.064,94 26.864,49 137.538,11

15-Urbanismo 4.741.984,37 2.399.981,26 2.649.054,95 3.466.965,84 4.876.953,03

16-Habitao 92.492,37 258.226,93 64.409,98 106.386,52 231.954,72

17-Saneamento 134.277,04 126.227,25 5.253,81 54.722,20 166.432,61

18-Gesto Ambiental 1.333.865,68 1.523.718,97 2.104.113,54 2.063.347,20 1.960.289,43

20-Agricultura 1.539.463,19 1.302.466,69 1.159.862,97 1.983.996,05 1.497.973,71

22-Indstria 117.560,65 198.751,94 48.564,59 132.136,69 171.759,97

26-Transporte 724.347,49 960.013,28 695.475,92 708.102,25 127.401,00

27-Desporto e Lazer 837.796,45 733.474,47 803.721,82 767.732,97 1.126.750,53

28-Encargos Especiais 2.412.521,60 873.003,40 244.036,04 1.124.767,33 1.335.180,63

TOTAL DA DESPESA REALIZADA 33.874.354,63 35.552.872,31 38.983.057,48 44.988.552,24 52.129.567,29


No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2014

RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

Valor (R$) %

Imposto Predial e Territorial Urbano 892.131,44 2,71

Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 4.278.214,83 13,01

Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 675.071,14 2,05

Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

308.501,48 0,94

Cota do ICMS 11.721.660,90 35,65

Cota-Parte do IPVA 1.543.018,07 4,69

Cota-Parte do IPI sobre Exportao 185.441,14 0,56

490




RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

Valor (R$) %

Cota-Parte do FPM 12.374.524,81 37,63

Cota do ITR 632.127,55 1,92

Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 45.412,95 0,14

Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 204.989,15 0,62

Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

20.412,65 0,06

TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 32.881.506,11 100,00


O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

Responsabilidade Fiscal.

Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2014

DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

Receitas Correntes Arrecadadas 50.722.762,74

(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 5.222.107,63

(-) Compensao entre Regimes de Previdncia 22.756,32

(-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

1.207.892,38

TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 44.270.006,41


4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

prazo.

491




4.1. Situao Patrimonial

A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Otaclio Costa (em Reais): 2013 2014

ATIVO 2013 2014

PASSIVO 2013 2014

Financeiro 5.982.981,16 5.608.470,16

Disponvel 5.982.981,16 5.573.761,74

Bancos Conta Movimento 2.520.750,71 3.084.308,05

Bancos Conta Vinculada 3.462.230,45 2.489.453,69

Realizvel - 34.708,42

Crditos a Receber - 17.169,42

Depsitos Realizveis a Curto Prazo

- 9.974,46

Valores em Trnsito Realizvel

7.564,54 7.564,54

Financeiro 4.682.048,15 7.351.672,19

Depsitos 589.835,69 901.502,39

Consignaes 306.371,92 333.034,48

Depsitos de Diversas Origens

283.463,77 568.467,91

Restos a Pagar 4.091.966,25 6.446.949,06

Obrigaes a Pagar 4.091.966,25 6.446.949,06

Servios da Dvida a Pagar 246,21 20,07

Operaes de Crdito em Liquidao

246,21 20,07

Outras Obrigaes a Curto Prazo

- 3.200,67

Permanente 23.105.480,08 23.435.120,19

Dvida Ativa 6.699.233,60 5.083.422,91

Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo

182.000,00 -

Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo

6.517.233,60 8.214.984,55

(-) Proviso para Perdas da Dvida Ativa a Longo Prazo

- 3.131.561,64

Realizvel a Longo Prazo 2.223.554,26 2.223.554,26

Crditos Realizveis a Longo Prazo

2.223.554,26 2.223.554,26

Imobilizado 14.182.692,22 16.128.143,02

Bens Mveis e Imveis 14.182.692,22 16.128.143,02

Bens Imveis 5.533.799,14 5.714.229,89

Bens Mveis 8.648.893,08 10.413.913,13

Permanente 52.952.907,45 53.352.462,61

Dvida Fundada 1.332.392,42 778.206,06

Dbitos Consolidados 11.398.757,00 10.899.733,01

Precatrios a Pagar -167.007,45 250.000,00

Dvidas Renegociadas 568.812,81 645.913,25

Obrigaes a Pagar 10.996.951,64 10.003.819,76

Diversos 40.221.758,03 41.674.523,54

Provises Matemticas Previdencirias

40.221.758,03 41.674.523,54

DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00

Valores Pendentes a Longo Prazo

0,00 0,00

ATIVO REAL 29.088.461,24 29.043.590,35

SALDO PATRIMONIAL 28.546.494,36 31.660.544,45

Passivo Real a Descoberto 28.546.494,36 31.660.544,45

PASSIVO REAL 57.634.955,60 60.704.134,80

SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00

TOTAL 57.634.955,60 60.704.134,80

TOTAL 57.634.955,60 60.704.134,80

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

Obs.: A divergncia entre o saldo demonstrado no Anexo 17 e o saldo do Passivo Financeiro constante do Anexo 14 consta como restrio anotada no item 8.1.7 - Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio. Obs.: Com relao aos valores imprprios lanados no Ativo Realizvel no exerccio em anlise

da Unidade Prefeitura Municipal, vide restrio anotada no item 8.1.6 - Restries de Ordem

Legal deste Relatrio.

492




4.2. Anlise do resultado financeiro

Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

exerccio encerrado resulta em Dficit Financeiro de R$ 3.587.946,81 e a sua

correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

existentes, o Municpio possui R$ 2,02 de dvida de curto prazo.

Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$

3.621.571,76 passando de um Supervit de R$ 33.624,95 para um Dficit de R$

3.587.946,81.

Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$

2.942.315,55.

Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2013 - 2014

Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

Ativo Financeiro 5.982.981,16 5.600.905,62 -382.075,54

Passivo Financeiro 4.682.048,15 7.351.672,19 2.669.624,04

Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 1.300.933,01 -1.750.766,57 -3.051.699,58

Ativo Financeiro do RPPS 1.450.765,46 2.093.900,10 643.134,64

Passivo Financeiro do RPPS 183.457,40 256.719,86 73.262,46

Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS 33.624,95 -3.587.946,81 -3.621.571,76 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

Obs.: Os Ativos Financeiros no montante de R$ 2.093.900,10, assim como o Passivo Financeiro

no montante de R$ 256.719,86, se referem exclusivamente ao RPPS.

O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:

Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)

Descrio Valor

Receitas Antecipadas da Prefeitura Ajuste exerccio atual 7.564,54

Total excludo no Saldo Final do Ativo Financeiro 7.564,54

Obs.: Constatou-se divergncia no valor de R$ 7.564,54, entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo oramentria sem RPPS, considerando o cancelamento de Restos a Pagar no valor de R$ 80.349,25 proveniente do ajuste feito no Ativo Financeiro. Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo Restries

Apuradas, deste Relatrio.

493




4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

fontes de recursos

A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

disponibilidade especfica.

Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

deste Tribunal de Contas;

b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

financeiras) em 31/12/2014, segregados por especificaes de fontes de

recursos;

c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

no, e que esto pendentes de pagamento.

Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

considerao os possveis ajustes.

No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

494




A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

Otaclio Costa, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de

forma detalhada.

Quadro 11 B - Apurao do Resultado Financeiro (em Reais)

FONTE DE RECURSOS

DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

/ INSUFICINCIA FINANCEIRA

Supervit / Dficit

RECURSOS VINCULADOS

00 - Recursos Ordinrios * 0,00 Supervit

03 -Contribuio para o Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira)

0,00 Supervit

16 - Contribuio de Interveno do Domnio Econmico - CIDE 5.126,19 Supervit

17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP

-50.197,54 Dficit

18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao Bsica) - R$ 127.615,58 136.469,58 Supervit

19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 8.854,00

22 - Transferncias de Convnios - Educao -507.327,08 Dficit

23 - Transferncias de Convnios - Sade -177.089,11 Dficit

24 - Transferncias de Convnios - Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social)

-477.374,95 Dficit

45 - Outras Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais

0,00 Supervit

47 - Apoio a Pessoa Idosa - API 106,70 Supervit

50 - Programa de Erradicao do Trabalho Infantil - PETI -256,77 Dficit

52 - Outras Transferncias de Recursos para o Fundo de Assistncia Social

-18.200,06 Dficit

53 - Transferncias de Convnios Assistncia Social 77.356,01 Supervit

58 - Salrio Educao 77.464,46 Supervit

59 - Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE 85,55 Supervit

60 - Programa Nacional de Alimentao Escolar - PNAE -123.123,31 Dficit

61 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE -31.291,41 Dficit

62 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE

62.642,65 Supervit

63 - Bolsa Famlia 19.471,69 Supervit

64 - Ateno Bsica 275.537,12 Supervit

65 - Ateno de Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar 92.524,92 Supervit

66 - Vigilncia em Sade 45.036,92 Supervit

67 - Assistncia Farmacutica Bsica -23.390,56 Dficit

71 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Sade 95,44 Supervit

77 - FIA Imposto de Renda 0,00 Supervit

78 - FIA Demais Recursos 63.513,19 Supervit

83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas -146.231,82 Dficit

89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 1.152,89 Supervit

93 - Outras Receitas No-Primrias 0,00 Supervit

SOMATRIO DAS FONTES DE RECURSOS COM INSUFICINCIA FINANCEIRA

-1.554.482,61

RECURSOS ORDINRIOS

00 - Recursos Ordinrios -2.013.065,82

01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao -293.438,48

02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade -583.543,21

TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS -2.890.047,51 Dficit

Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge.

495




* As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal de Otaclio Costa e do Instituto de

Previdncia Assistncia Municipal de Otaclio Costa, foram consideradas como recursos

vinculados.

4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

contbeis.

Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2010 2014

ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014

1 Despesa Executada 33.874.354,63 35.552.872,31 38.983.057,48 44.988.552,24 52.129.567,29

2 Restos a Pagar 4.500.106,93 4.095.525,44 4.102.021,19 4.091.966,25 6.446.949,06

3 Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

3.049.302,76 2.751.958,92 2.373.901,69 4.532.215,70 3.507.005,52

4 Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

5.005.261,92 4.371.182,23 4.526.352,45 4.498.590,75 7.094.952,33

5 Ativo Real 18.677.397,95 20.504.379,25 23.289.380,03 29.088.461,24 29.043.590,35

6 Passivo Real 58.473.324,26 36.810.273,75 40.028.123,04 57.634.955,60 60.704.134,80

QUOCIENTES 2010 2011 2012 2013 2014

Resultado Patrimonial (56) 0,32 0,56 0,58 0,50 0,48

Situao Financeira (34) 0,61 0,63 0,52 1,01 0,49

Restos a Pagar (21)*100 13,28 11,52 10,52 9,10 12,37


O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

Ativo Real e o Passivo Real.

No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

496




Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2010 2014


Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2014 o

Ativo Real representa 0,48 do Passivo Real (dvidas).

O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

pagamento de curto prazo do Municpio.

O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

pelos ativos financeiros do Municpio.

Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2010 2014


0,32 0,56 0,58 0,50 0,480,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

2010 2011 2012 2013 2014


0,61 0,63 0,521,01

0,490,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

2010 2011 2012 2013 2014


497




Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

apresenta-se deficitria, sendo que no final do exerccio de 2014 o Ativo

Financeiro representa 0,49 vezes o valor do Passivo Financeiro.

O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

e o total da Despesa Oramentria.

Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

exerccio as despesas que nele empenhou.

A situao apresentada pelo Municpio de Otaclio Costa

demonstrada no grfico a seguir:

Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2010 2014


Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

corresponde a 12,37% da despesa oramentria do exerccio.

13,28

11,52

10,52

9,10

12,37

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

2010 2011 2012 2013 2014


498




4.4. Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia

O Regime Prprio de Previdncia de Otaclio Costa, gerido pelo

Instituto de Previdncia do Municpio de Otaclio Costa IPAM, constitudo sob a

forma de AUTARQUIA, sofreu processo de segregao de massas (Lei n

2.110/2013), apresentou o Estudo Atuarial para o exerccio de 2014, com data-

base em 31/12/2013, com os seguintes resultados:

FUNDO PREVIDENCIRIO 2014

N Servidores ativos 129

N Beneficirios (Inativos e pensionistas) 0

TOTAL 129

Resultados Consolidado

Patrimnio Atual 1.452.765,51

(+) Receitas Futuras Projetadas5 20.021.931,83

(-) Benefcios Futuros Projetados6 21.388.791,25

Resultado Atuarial 85.906,09

FUNDO FINANCEIRO 2014

N Servidores ativos 464

N Beneficirios (Inativos e pensionistas) 142

TOTAL 606

Resultados Consolidado

Patrimnio Atual 0,00

(+) Receitas Futuras Projetadas 47.976.292,19

(-) Benefcios Futuros Projetados 294.327.538,87

Resultado Atuarial (246.351.246,68)7

5 O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das receitas de contribuio

dos servidores, receitas de contribuio da quota patronal e, dependendo da Unidade, das

receitas oriundas de compensao previdenciria COMPREV, amortizao de dvidas das

contribuies passadas e das alquotas suplementares e/ou aportes de caixa.

6 O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das despesas de benefcio

concedido, despesas de benefcio a conceder e, dependendo da Unidade, das despesas

oriundas de compensao previdenciria COMPREV.

7 O dficit atuarial do Fundo Financeiro, por fora de lei, ser integralmente pago medida em

que forem exigveis os benefcios previdencirios dos filiados deste Fundo.

499




O quadro comparativo da evoluo das situaes atuariais

considerando os trs ltimos exerccios no se apresenta necessrio neste

momento porquanto o exerccio supra disposto foi o primeiro onde houve a

segregao de massas, razo pela qual a base de dados se restringe para tal

comparativo e resta prejudicada.

Segundo dados apresentados pelo Relatrio do Aturio Sr. Luiz

Cludio Kogut (MIBA n 1.308) constata-se que a situao do Fundo

Previdencirio do Regime Prprio de Previdncia dos Servidores de Otaclio

Costa de Equilbrio no ltimo exerccio, tendo sido apontado Supervit Atuarial

no Relatrio de Avaliao Atuarial de 2014, com data base 31/12/2013, no valor

de R$ 85.906,09, o que indica que em 2014 as obrigaes futuras do Fundo

Previdencirio do RPPS estavam cobertas pelo rol de direitos financeiros no

montante indicado.

5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

com pessoal.

5.1. Sade

Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

exerccio de 2014 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias - ADCT.

Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 5.691.015,50

em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que corresponde a

17,31% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

R$ 758.789,58, representando 2,31% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias - ADCT.

500




A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

pode ser demonstrada da seguinte forma: Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2014

COMPONENTE VALOR (R$) %

Total da Receita com Impostos 32.881.506,11 100,00

Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 10.448.262,23 31,78

Ateno Bsica 10.112.895,49 30,76

Vigilncia Sanitria 96.578,24 0,29

Vigilncia Epidemiolgica 238.788,50 0,73

(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 4.757.246,73 14,47

Total das Despesas para Efeito do Clculo 5.691.015,50 17,31

Valor Mnimo a ser Aplicado 4.932.225,92 15,00

Valor Acima do Limite 758.789,58 2,31

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2010 2014


O grfico anterior demonstra que o Municpio de Otaclio Costa em

2014 reduziu seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos

percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

18,0219,00

20,79 20,93

17,31

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

2010 2011 2012 2013 2014

Municpio Mdia AMURES Mdia dos Municpios Limite

501




5.2. Ensino

5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

do Ensino (exerccio de 2014) art. 212 da Constituio Federal.

Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 9.020.933,99 em

gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

27,43% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

R$ 800.557,46, representando 2,43% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2014

COMPONENTE VALOR (R$) %

Total da Receita com Impostos 32.881.506,11 100,00

Valor Aplicado Educao Infantil 4.859.723,09 14,78

Educao Infantil 4.859.723,09 14,78

Valor Aplicado Ensino Fundamental 10.713.823,60 32,58

Ensino Fundamental 10.713.823,60 32,58

(-) Total das Dedues com Educao Bsica* 3.141.357,92 9,55

(-) Ganho com FUNDEB 3.383.720,04 10,29

(-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 27.534,74 0,08

Total das Despesas para efeito de Clculo 9.020.933,99 27,43

Valor Mnimo a ser Aplicado 8.220.376,53 25,00

Valor Acima do Limite (25%) 800.557,46 2,43 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.


aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2010 2014

502





O grfico anterior demonstra que o Municpio de Otaclio Costa em

2014 aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

5.2.2. FUNDEB

Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

11.494/07.

Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 8.364.334,82,

equivalendo a 96,88% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

23,28

28,39

34,72

26,73 27,43

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

2010 2011 2012 2013 2014


503




Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

FUNDEB: 2014

COMPONENTE VALOR (R$)

Transferncias do FUNDEB 8.605.827,67

(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 27.534,74

Total dos recursos oriundos do FUNDEB 8.633.362,41

60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 5.180.017,45

Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

8.364.334,82

Valor Acima do Limite 3.184.317,37

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.


aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2010 2014


Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 8.505.124,83,

equivalendo a 98,51% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

70,75

98,38 100,00

79,54

96,88

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

2010 2011 2012 2013 2014


504




A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

seguinte forma:

Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2014

COMPONENTE VALOR (R$)

Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 8.633.362,41

95% dos Recursos do FUNDEB 8.201.694,29

Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

8.505.124,83

Valor Acima do Limite 303.430,54


Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.


aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

oriundos do FUNDEB:

Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2010 2014


Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

o Municpio de Otaclio Costa ampliou sua aplicao, quando comparado ao

exerccio anterior.

93,25

100,00 100,00

88,84

98,51

82,00

84,00

86,00

88,00

90,00

92,00

94,00

96,00

98,00

prestaÇÃo de contas do prefeito exercÍcio de...

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