prestaÇÃo de contas do prefeito exercÍcio de...
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 1
PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO
EXERCCIO DE 2014
Municpio de Porto Unio
Data de Fundao 05/09/1917
Populao: 34.717 habitantes (IBGE - 2013)
PIB: 344,99 (em milhes)
(IBGE - 2012)
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 2
S U M R I O
INTRODUO ...................................................................................................... 4
1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5
1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N
2954/2015) ............................................................................................................ 6
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 19
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 21
3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 21
3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 22
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 23
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 30
4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 30
4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 31
4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 32
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 34
4.4 Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia ........................................... 36
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 38
5.1. Sade ....................................................................................................................... 38
5.2. Ensino ...................................................................................................................... 39
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 39
5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 41
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 44
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 44
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 45
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 46
6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 47
6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS
FUNDEB) ..................................................................................................................... 48
6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 49
6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 53
6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA ............... 53
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6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 55
6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 55
6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa
Idosa) .......................................................................................................................... 57
7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO
DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 57
8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 61
9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2014 ............................................................... 64
CONCLUSO ..................................................................................................... 65
ANEXO ............................................................................................................... 67
APNDICE .......................................................................................................... 68
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PROCESSO PCP 15/00256886
UNIDADE Municpio de Porto Unio
RESPONSVEL Sr. Anizio de Souza - Prefeito Municipal
ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2014 - Reinstruo
RELATRIO N 3754/2015
INTRODUO
O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas
competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo
31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes
nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n
202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de Porto
Unio, relativas ao exerccio de 2014.
O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio
financeiro de 2014 e as informaes dos registros contbeis e de execuo
oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados
alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos
artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-
77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo
3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.
A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,
Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame
de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais
auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar
processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de
Contas.
No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram
abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado
financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos
resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.
Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio
corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Porto Unio,
sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 06/11/2015
conforme base de dados constituda a partir das informaes bimestrais
encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos
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exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por
este Tribunal.
Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base
os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de
forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,
atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais
estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.
1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL
Procedido o exame das contas do exerccio de 2014 do Municpio, foi
emitido o Relatrio n 2.954/2015, integrante do Processo PCP 15/00256886.
Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Auditor Relator, que decidiu
devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca, Sr.
Anizio de Souza - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se sobre as
restries contidas no Relatrio n 2.954/2015, em observncia ao disposto no
art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o
que foi efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n 17.117/2015 de 18/09/2015.
Atravs do Ofcio n 569/2015 GP, datado de 05/10/2015, o Prefeito
Municipal solicitou prorrogao de prazo para apresentar manifestao acerca
da Audincia realizada por esta Corte de Contas, solicitao esta deferida pelo
Exmo. Auditor Relator, atravs do Despacho n COE/GSS 669/2015, de
19/10/2015 (fl. 348)
Conforme solicitao do Exmo. Auditor Relator, o Prefeito Municipal,
pelo Ofcio n 579/2015 de 13/10/2015, apresentou alegaes de defesa (assim
como remeteu documentos) sobre as restries contidas no aludido Relatrio,
estando anexadas s folhas 353 a 366 dos autos.
Registra-se que por meio do Ofcio n. 522/2015 - GP, datado de
15/09/2015 (protocolo n. 16757/2015) foi solicitado retorno de competncia
referente s informaes encaminhadas pelo Sistema e-Sfinge dos dados do
exerccio de 2014. Sendo que, o pedido foi deferido conforme despacho de fl.
336 dos autos.
Em razo deste fato, a reanlise da execuo oramentrio, financeira
e dos limites legais ocorreu com base nos novos Anexos do Balano Geral, os
quais foram juntados ao Processo (fls. 370/543).
Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.
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1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR
(RELATRIO N 2954/2015)
1.2.1 RESTRIO DE ORDEM CONSTITUCIONAL
1.2.1.1 Despesas com manuteno e desenvolvimento do ensino no
valor de R$ 7.859.678,75, representando 21,82% da receita
com impostos includas as transferncias de impostos (R$
36.017.179,29), quando o percentual constitucional de 25,00%
representaria gastos da ordem de R$ 9.004.294,82,
configurando, portanto, aplicao a menor de R$ 1.144.616,07
ou 3,18%, em descumprimento ao artigo 212 da Constituio
Federal (itens 5.2.1 e 8.1.1, deste Relatrio).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel solicita que seja considerado como despesas
com manuteno e desenvolvimento do ensino, o montante
de R$ 1.322.628,15, referente s despesas com a Educao
de Jovens e Adultos, em razo dos alunos deste nvel de
ensino estarem matriculados no regime presencial e cursando
o ensino fundamental, conforme demonstrado na consulta
efetuada ao Censo Escolar registrado no INEP (fl. 355).
Em consulta ao site do INEP
(HTTP://portal.inep.gov.br/gasica-censo-escolar-matricula),
constatou-se que o Municpio de Porto Unio, no exerccio de
2014, registrou 245 alunos matriculados no EJA presencial
Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino. Embora
conste do referido Censo Escolar o registro de 236 alunos
matriculado no EJA presencial Ensino Mdio, tal fato
ocorreu na Rede Estadual de Ensino.
Portanto, considerando que as despesas com educao de
jovens e adultos no Municpio de Porto Unio, no exerccio de
2014, foram realizadas para atendimento ao ensino
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fundamental presencial, sendo despesas pertinentes
educao, nesta oportunidade, considerar-se- o montante de
R$ 1.322.628,15 classificado na Funo 12, Subfuno 366
como despesas efetivamente aplicadas na manuteno e
desenvolvimento do ensino, conforme demonstrado no item
5.2.1 do presente Relatrio.
Desta forma, verifica-se que o Municpio de Porto Unio
cumpriu o disposto no artigo 212 da Constituio Federal, haja
vista as despesas com a Manuteno e o Desenvolvimento do
Ensino no exerccio de 2014, totalizarem R$ 9.182.306,90,
representando 25,49% da Receita com Impostos includas as
Transferncias de Impostos, o que enseja o saneamento da
presente restrio.
1.2.2 RESTRIES DE ORDEM LEGAL
1.2.2.1 Despesas de competncia do exerccio em exame, no valor
de R$ 3.694.965,25, empenhadas no elemento de despesa 92
- Despesas de Exerccios Anteriores, em desacordo com o
artigo 85 da Lei n 4.320/64 c/c Portaria
Interministerial STN/SOF n 163/2001, alterada pela Portaria
Conjunta n 01, de 13/07/2012 (item 8.2.1 e fls. 238/243 e
245).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel informa que houve erro tcnico na elaborao
dos empenhos e escolha do complemento do elemento, e que
o Municpio no possui despesas remanescentes de exerccio
anterior processadas no exerccio de 2014.
Os esclarecimentos apresentados nesta oportunidade apenas
confirmam a irregularidade evidenciada. As despesas
demonstradas s fls. 245/248 so pertinentes ao exerccio de
2014, embora empenhadas no elemento de despesa 92,
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como se fossem despesas do exerccio anterior.
Por oportuno, cabe ressaltar, ainda, que a presente
irregularidade j foi objeto de restrio no exerccio de 2013.
Portanto, mantm-se a presente restrio, pelo
descumprimento ao disposto no artigo 85 da lei n 4.320/64
c/c Portaria Interministerial STN/SOF n 163/2001, alterada
pela Portaria Conjunta n 01, de 13/07/2012, haja vista a
confirmao do Responsvel, de que as despesas referem-se
ao exerccio em exame.
1.2.2.2 Despesas com Manuteno e Desenvolvimento da educao
bsica no valor de R$ 8.968.299,37, equivalendo a 87,73%
(menos que 95%) dos recursos do FUNDEB, gerando
aplicao a menor no valor de R$ 742.979,28, em
descumprimento ao artigo 21 da Lei n 11.494/2007 (itens
5.2.2, limite 2, e 8.2.2).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
Em razo dos esclarecimentos apresentados no item 1.2.1.1
deste Relatrio, o Responsvel solicita que seja considerado
como despesas com manuteno e desenvolvimento da
educao bsica, o valor de R$ 1.269.026,93, por tratarem de
despesas realizadas com recursos do FUNDEB, para o
atendimento da Educao de Jovens e Adultos do Municpio
de Porto Unio.
Considerando a procedncia da solicitao do Responsvel,
em consulta ao Sistema e-Sfinge, constatou-se que o valor de
R$ 1.269.026,93 refere-se s despesas realizadas com a
Educao de Jovens e Adultos, atravs da Fonte de Recursos
18.
Assim, nesta oportunidade, reformula-se a apurao das
despesas com Manuteno e Desenvolvimento da Educao
Bsica, para incluso destas despesas no clculo de
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verificao de cumprimento do disposto no artigo 21 da Lei n
11.494/2007, que aps reanalisada evidencia o saneamento
da presente restrio.
Entretanto, se considerado as despesas empenhadas com a
Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica
aplicadas com recursos do FUNDEB o valor ultrapassaria o
total de recursos recebidos no exerccio (R$ 10.222.398,58).
Desta forma, considerar-se- o valor de R$ 10.208.214,95,
com base na execuo financeira, conforme apurao
demonstrada no Anexo deste Relatrio, evidenciando, assim,
a aplicao de 99,86% dos recursos do FUNDEB em
despesas com a Manuteno e o Desenvolvimento da
Educao Bsica.
Pelo exposto, verifica-se que o Municpio de Porto Unio,
empenhou despesas com a especificao da Fonte de
Recursos do FUNDEB em montante superior aos recursos
auferidos no exerccio, evidenciado, assim, a irregularidade
constante do item 8.1.11 do presente Relatrio.
Destaca-se, ainda, que em razo das consideraes acima
expostas reformulou-se o clculo de verificao de aplicao
de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na remunerao
dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, conforme
demonstrado no item 5.2.2 Limite 1 do presente Relatrio.
1.2.2.3 Ausncia de realizao de despesas, no primeiro trimestre de
2014, com os recursos do FUNDEB remanescentes do
exerccio anterior no valor de R$ 22.968,94, mediante a
abertura de crdito adicional, em descumprimento ao
estabelecido no 2 do artigo 21 da Lei n 11.494/2007 (itens
5.2.2, limite 3, e 8.2.3).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
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Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel alega que embora no tenha ocorrido a
abertura de crdito adicional, como determina a legislao, os
recursos foram gastos no exerccio de 2014, conforme
demonstrado no Quadro 16A.
O Municpio no efetuou a abertura de crdito adicional com
recursos do FUNDEB remanescentes do exerccio anterior,
tampouco empenhou despesas no grupo de destinao de
recursos 3 Recursos do Tesouro Exerccios Anteriores ou
6 Recursos de Outras Fontes Exerccios Anteriores.
A ausncia de abertura de crdito adicional para utilizao do
supervit financeiro do FUNDEB do exerccio anterior, e a no
utilizao adequada do grupo de destinao de recursos
estabelecida no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Pblico, comprometeu a verificao efetiva do cumprimento
do disposto no art. 21, 2 da Lei n 11.494/2007.
Nesta oportunidade o Responsvel declara que mesmo no
tendo observado as regras contbeis adequadas para
utilizao dos recursos remanescentes do FUNDEB do
exerccio anterior, estes foram utilizados no exerccio de 2014.
Analisando o Balancete do Razo das contas do FUNDEB no
exerccio em exame, verificou-se o ingresso de recursos do
FUNDEB no primeiro trimestre de 2014 no montante de R$
2.621.668,68, e o pagamento de despesas do exerccio em
anlise no mesmo perodo no valor de R$ 2.121.785,27, onde,
considerando o saldo inicial no valor de R$ 272.967,75 restou
em 31/03/2014 um saldo de R$ 772.851,16 (fls. 545/559).
Portanto, assim que ingressaram recursos do FUNDEB do
exerccio de 2014 nas respectivas contas, misturando-se com
aqueles remanescentes do exerccio anterior, tornou-se
impossvel de analisar em que momento do exerccio de 2014
estes recursos remanescentes de 2013 foram utilizados, haja
vista o saldo final apurado em 31/03/2014.
Desta forma, no se pode afirmar que houve o cumprimento
do disposto no art. 21, 2 da Lei n 11.494/2007.
Ante o exposto, mantm-se a restrio.
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1.2.2.4 Divergncia, no valor de R$ 273.776,15, entre as
Transferncias Financeiras Recebidas (R$ 15.817.337,75) e
as Transferncias Financeiras Concedidas (R$
15.543.561,60), evidenciadas no Balano Financeiro Anexo
13 da Lei n 4.320/64, caracterizando afronta ao artigo 85 da
referida Lei. Registra-se que a presente divergncia decorre
da restrio evidenciada no item 8.2.8 deste Relatrio, no
montante de R$ 150.000,00, bem como da diferena no valor
de R$ 123.776,15, resultante da divergncia entre o
Resultado Patrimonial do Anexo 15 e o Saldo Patrimonial do
Anexo 14, ambos do exerccio de 2013(itens 4.2 e 8.2.4, e fl.
143).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel esclarece que a presente divergncia foi
sanada aps o retorno de competncia.
Constatou-se a veracidade dos esclarecimentos apresentados
o que enseja o saneamento da presente restrio.
1.2.2.5 Divergncia, no valor de R$ 150.000,00, entre o Resultado
Patrimonial apurado na Demonstrao das Variaes
Patrimoniais Anexo 15 (R$ 105.766.736,13) e o Saldo
Patrimonial do exerccio corrente, apurado no Balano
Patrimonial Anexo 14, (R$ 166.780.213,86), deduzido o
Saldo Patrimonial do exerccio anterior (R$ 60.863.477,73),
em afronta aos artigos 104 e 105 da Lei n 4.320/64. Registra-
se que a presente diferena resulta do apontado no item 8.2.8
deste Relatrio (item 8.2.5, Quadro 10 e fls. 144 e 258/262).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
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Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel esclarece que a presente divergncia foi
sanada aps o retorno de competncia.
Constatou-se que mesmo aps o retorno de competncia a
presente divergncia persiste. Cabe ressaltar que este valor
decorre da diferena no Ativo Circulante, entre o saldo final do
exerccio de 2013 (R$ 44.794.845,35) e o saldo inicial de
2014 (R$ 44.944.845,35), conforme apurado no Sistema e-
Sfinge.
Desta forma, mantm-se a restrio, pelo descumprimento ao
disposto nos artigos 104 e 105 da Lei n 4.320/64.
1.2.2.6 Divergncia, no valor de R$ 432.410,62, apurada entre a
variao do saldo patrimonial financeiro (R$ 1.056.990,02) e o
resultado da execuo oramentria Supervit (R$
491.193,94), considerando o cancelamento de restos a pagar
de R$ 133.385,46, em afronta ao artigo 102 da Lei n
4.320/64. Registra-se que parte da diferena refere-se ao
apontado no item 8.2.4 deste Relatrio (itens 3.1, 4.2 e 8.2.6).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel esclarece que a presente divergncia foi
sanada aps o retorno de competncia.
Verificou-se que, aps o retorno de competncia, permanece
divergncia entre a Variao do Saldo Patrimonial Financeiro
e o Resultado da Execuo Oramentria, porm no valor de
R$ 158.634,47. Ressalta-se que, parte desta divergncia (R$
150.000,00) decorre de diferena no Ativo Circulante, entre o
saldo final do exerccio de 2013 (R$ 44.794.845,35) e o saldo
inicial de 2014 (R$ 44.944.845,35), conforme apurado no
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Sistema e-Sfinge.
Assim, mantm-se a restrio com o valor mencionado acima,
pelo descumprimento ao que estabelece o artigo 102 da Lei n
4.320/64.
1.2.2.7 Divergncia, no valor de R$ 751.383,73, entre o saldo
apresentado na Demonstrao da Dvida Flutuante Anexo
17 (R$ 1.513.230,14) e o saldo do Passivo Financeiro
constante do Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n
4.320/64 (R$ 2.264.613,87), caracterizando afronta aos
artigos 85 e 105 da referida Lei. Registra-se que a diferena
se refere ao saldo inicial do Anexo 17 (item 8.2.7, Quadro 10 e
fls. 144 e 151).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel informa que a divergncia originou-se no
mtodo de implantao dos saldos de incio do exerccio, pois
o Sistema e-Sfinge utiliza Tipo de Movimento 1 Abertura do
Exerccio e Tipo de Movimento 2 Movimento Mensal, e o
Sistema Contbil do Municpio utilizou outro mtodo. Foi
encaminhado o Anexo 17 gerado pelo Sistema Contbil do
Municpio, bem como tabela demonstrativa dos saldos em
31/12/2014 extrados do Balancete de Verificao
Consolidado do Sistema e-Sfinge (fl. 361).
Ao final, solicita a substituio dos dados do Anexo 17 do
Sistema e-Sfinge, por aqueles extrados do Balancete de
Verificao tambm do Sistema e-Sfinge, bem como ressalta
que, segundo informaes da empresa fornecedora do
Sistema utilizado pelo Municpio, para o exerccio de 2015 no
haver mais estas discrepncias, devido implantao do
PCASP.
Conforme consta s fls. 336/342 dos autos o Municpio de
573
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Porto Unio solicitou retorno de competncia, no que foi
prontamente atendido e, em consequncia, foram gerados
novos Anexos constantes s fls. 370/543.
O Anexo 17 - Demonstrao da Dvida Flutuante, gerado com
base na movimentao constante do Balancete de Verificao
Consolidado, aps o retorno de competncia, consta fl. 521
dos autos. Ao confrontarmos referido Anexo com o
encaminhado pela Unidade nesta oportunidade (fl. 361),
gerado pelo Sistema Contbil do Municpio, verifica-se que
persiste a divergncia inicialmente evidenciada.
Desta forma, mantm-se a restrio, haja vista o saldo da
Dvida Flutuante registrado no Anexo 17 (fl. 521) diferir do
saldo do Passivo Financeiro registrado no Anexo 14 (fl. 511).
1.2.2.8 Divergncia, no valor de R$ 150.000,00, entre o saldo do
grupo Disponvel do Balano Patrimonial do exerccio anterior
Anexo 14 (R$ 44.793.279,16) e o saldo inicial do Balano
Financeiro do exerccio atual Anexo 13 (R$ 44.943.279,16),
em desacordo com o artigo 103 da Lei n 4.320/64 (item 8.2.8,
Quadro 10 e fl. 143).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel esclarece que a presente divergncia foi
sanada aps o retorno de competncia.
Constatou-se que mesmo aps o retorno de competncia a
presente divergncia persiste. Cabe ressaltar que este valor
decorre da diferena no Ativo Circulante, entre o saldo final do
exerccio de 2013 (R$ 44.794.845,35) e o saldo inicial de
2014 (R$ 44.944.845,35), conforme apurado no Sistema e-
Sfinge.
Desta forma, mantm-se a restrio, pelo descumprimento ao
574
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disposto no artigo 103 da Lei n 4.320/64.
1.2.2.9 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso
pblico, no prazo estabelecido, de informaes
pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira,
de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os
requisitos mnimos necessrios, em descumprimento ao
estabelecido no artigo 48-A, II, da Lei Complementar n
101/2000 alterada pela Lei Complementar n 131/2009 c/c o
artigo 7, II, do Decreto Federal n 7.185/2010 (item 8.2.9,
Quadro 20 e fl. 236).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel esclarece que para o exerccio de 2014 s foi
possvel demonstrar a fase de lanamento da receita do IPTU,
conforme demonstrativo extrado do site da Prefeitura no
Portal da Transparncia (fl. 362), mas que para o exerccio de
2015 este item est sendo demonstrado em outras receitas.
Considerando que no exerccio em anlise no havia a
disponibilizao, em meios eletrnicos de acesso pblico, de
informaes relacionadas ao lanamento de todas as receitas
passveis de execuo desse ato administrativo, mantm-se a
restrio, pelo descumprimento ao disposto no artigo 48-A, II,
da Lei Complementar n 101/2000 alterada pela Lei
Complementar n 131/2009 c/c o artigo 7, II, do Decreto
Federal n 7.185/2010.
1.2.2.10 Contabilizao indevida de Receitas de Capital como
Receitas Correntes, no valor de R$ 2.525.813,62, resultando
num aumento aparente da Receita Corrente Lquida e
consequentemente reduo no percentual dos gastos de
pessoal do perodo, evidenciando inconsistncia dos registros
575
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 16
contbeis e ausncia de transparncia na gesto pblica, em
desacordo aos artigos 1, 1 e 2, IV da Lei Complementar
n 101/2000 LRF e artigos 11 e 85 da Lei Federal n
4.320/64 (item 8.2.10, Quadro 04 e fls. 208/232).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel informa tratar-se de erro tcnico no registro
da Receita, tendo sido adotadas as medidas cabveis para
que erros dessa natureza no se repitam.
Considerando que o Responsvel apenas esclarece que a
irregularidade evidenciada provm de erro tcnico no registro
da Receita, mantm-se a restrio, por evidenciar o
descumprimento ao disposto nos artigos 1, 1 e 2, IV da
Lei Complementar n 101/2000 LRF e artigos 11 e 85 da Lei
Federal n 4.320/64.
1.2.2.11 Registro indevido no Grupo Restos a Pagar do Passivo
Financeiro na Fonte de Recurso 23 - Transferncias de
Convnios - Sade, com saldo devedor de R$ 32.699,39, em
afronta ao previsto no artigo 85 c/c 105 da Lei n 4.320/64
(item 8.2.11 e Apndice - Clculo detalhado do Resultado
Financeiro por Especificaes de Fonte de Recursos).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel declara tratar-se de cancelamento de Restos
a Pagar no valor de R$ 26.961,16, por serem indevidos,
conforme demonstrado fl. 363 dos autos, e de pagamento
de restos no valor de R$ 5.023,63.
A presente irregularidade originou-se da baixa de Restos a
576
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Pagar em valor superior ao que estava inscrito, conforme
demonstrado s fl. 71 do presente Relatrio, onde se constata
que houve a inscrio de Restos a Pagar no Fundo Municipal
de Sade na FR 23 no montante de R$ 4.841.783,65, porm
a baixa efetuada foi de R$ 4.874.483,04, resultando no saldo
devedor de R$ 32.699,39, quando a conta Restos a Pagar,
que compe o Passivo Financeiro possui natureza credora.
Desta forma, mantm-se a restrio.
1.2.2.12 Balano Consolidado no demonstrando adequadamente a
situao financeira, oramentria e patrimonial do Municpio
em 31 de dezembro de 2014, em virtude das inconsistncias
contbeis apuradas, contrariando os princpios fundamentais
de contabilidade aplicados administrao pblica, bem como
os artigos 101 a 105 da Lei n 4.320/64 (item 8.2.12 e
Restries 8.2.4, 8.2.5, 8.2.6, 8.2.7 e 8.2.8 deste Relatrio).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel alega que, aps o retorno de competncia, as
divergncias deixaram de existir, e destaca a adoo de
medidas hbeis para atingir a conformidade entre o Balano
Oficial do Municpio e o gerado por meio do Sistema e-Sfinge.
Na verdade, aps o retorno de competncia, somente a
divergncia relacionada s Transferncias Financeiras
Recebidas e Concedidas foi sanada. As demais divergncias
persistiram, conforme demonstrado na Concluso deste
Relatrio.
Portanto, mantm-se a restrio, visto que o Balano
Consolidado prossegue no demonstrando adequadamente a
situao financeira, oramentria e patrimonial do Municpio
em 31/12/2014.
577
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1.2.3 RESTRIES DE ORDEM REGULAMENTAR
1.2.3.1 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho
Municipal de Assistncia Social em desatendimento ao que
dispe o art. 1, 2, "c", da Resoluo TC n 77/2013 (itens
6.4 e 8.3.1).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
O Responsvel encaminha, nesta oportunidade, o Parecer do
Conselho Municipal de Assistncia Social (fl. 366).
Considerando a remessa do Parecer do Conselho Municipal
de Assistncia Social, o qual registra a aprovao da
prestao de contas referente ao exerccio em exame,
conclui-se pelo saneamento da presente restrio.
1.2.3.2 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho
Municipal de Alimentao Escolar em desatendimento ao que
dispe o art. 1, 2, "d", da Resoluo TC n 77/2013 (itens
6.5 e 8.3.2).
(Relatrio n 2954/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
Manifestao e documentos s fls. 353/366 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel encaminha, nesta oportunidade, o Parecer do
Conselho Municipal de Alimentao Escolar (fl. 365).
Em razo da remessa do Parecer do Conselho Municipal de
Alimentao Escolar, o qual registra a aprovao da
prestao de contas referente ao exerccio em exame, resta
sanada a presente restrio.
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luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas
apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies
contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do
Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio
de 2014 passam a apresentar os seguintes dados:
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1
Porto Unio nasceu em 1917, como conseqncia do acordo de
limites entre Paran e Santa Catarina. Entretanto, sua Histria comea em 1842,
com a descoberta do vau do Rio Iguau lugar onde a gua pouco profunda,
facilitando a passagem das tropas que vinham dos campos de Palmas. Esse era
tambm o ponto de embarque e desembarque para quem usava o Rio Iguau
como via de transporte, da o primeiro nome: Porto da Unio. Em 1855, tem a
denominao alterada para Porto Unio da Vitria. Em 1881 tem incio a
navegao a vapor no Rio Iguau, com o transporte de carga e de passageiros.
A partir de 1886 chegam os primeiros colonos de origem europia, na maioria
alemes, e mais tarde aportam outras etnias: poloneses, ucranianos, austracos
e russos. No incio do Sculo XX chegam os libaneses. A cidade desenvolve-se
e, em 1901, criado o municpio de Unio da Vitria. Em 1912 estoura a Guerra
do Contestado, que se prolonga at 1916. Em 05 de setembro de 1917 criado,
do lado catarinense, o municpio de Porto Unio que, a partir da, se integra com
a parte da cidade que ficou do lado paranaense.
O Municpio de Porto Unio tem uma populao estimada em 34.7172
habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,793. O Produto Interno
Bruto alcanava o valor de R$ 344.992.775,004, revelando um PIB per capita
poca de R$ 10.225,04, considerando uma populao estimada em 2012 de
33.740 habitantes.
1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo
2 IBGE - 2013
3 PNUD - 2010
4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2012
579
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Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB
Fonte: IBGE 2011
No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo
IDH/PNUD/2010, o Municpio de Porto Unio encontra-se na seguinte situao:
Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH
Fonte: PNUD 2010
300.000.000,00
320.000.000,00
340.000.000,00
360.000.000,00
380.000.000,00
400.000.000,00
420.000.000,00
Mdia AMPLANORTE MUNICPIO
401.693.424,90
344.992.775,00
PIB EM REAIS
0,68
0,70
0,72
0,74
0,76
0,78
0,80
BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMPLANORTE
MUNICPIO
0,727
0,744
0,720
0,790
580
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3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA
A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:
demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,
com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder
Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do
resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo
das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a
evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida
ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as
transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.
Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao
exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da
receita e despesa inicialmente oradas:
Quadro 01 Leis Oramentrias
LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA
77.186.000,00 PPA 4165/13 No informado
LDO 4155/13 No informado DESPESA FIXADA
77.186.000,00 LOA 4200/13 No informado
3.1. Apurao do resultado oramentrio
O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou
no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 8.245.856,26,
correspondendo a 11,77% da receita arrecadada.
Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$
8.245.856,26, composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura
Municipal, Supervit de R$ 468.909,59 e do conjunto do Oramento das demais
Unidades Municipais Supervit de R$ 7.776.946,67.
Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de
Previdncia e da Autarquia de Assistncia Sade do Servidor, o
Municpio apresentou Supervit de R$ 491.193,94.
Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,
sinteticamente, da seguinte forma:
581
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Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2014
Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado
RECEITA 77.192.000,00 70.086.140,85 90,79
DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)
91.105.691,82 61.840.284,59 67,88
Supervit de Execuo Oramentria 8.245.856,26
Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
Supervit Consolidado Ajustado
Supervit do RPPS e Autarquia de
Assistncia Sade do Servidor
Supervit excludo RPPS e Autarquia de
Assistncia Sade do Servidor
RECEITA 70.086.140,85 11.759.723,46 58.326.417,39
DESPESA 61.840.284,59 4.005.061,14 57.835.223,45
Resultado de Execuo Oramentria
8.245.856,26 7.754.662,32 491.193,94
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo
oramentria, sem RPPS e Autarquia de Assistncia Sade do Servidor, considerando o
cancelamento de Restos a Pagar no valor de R$ 133.385,46 est anotada no item 8.1.4 -
Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
Obs.: Consideradas as Transferncias Concedidas e Recebidas, no tocante receita no
montante de R$ 11.759.723,46, o valor de R$ 2.641.590,27 se refere receita, sem ajuste,
Autarquia de Assistncia Sade do Servidor. No que tange despesa no montante de R$
4.005.061,14, o valor de R$ 1.462.166,95 se refere a despesa, sem ajuste, da Autarquia de
Assistncia Sade do Servidor (consideradas as Transferncias Financeiras Concedidas e
Recebidas).
3.2. Anlise do resultado oramentrio
A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o
uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes
contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios
e Municpios distintos.
A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de
Resultado Oramentrio do Municpio de Porto Unio nos ltimos 5 anos:
Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS 2010-2014
ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014 1 Receita realizada 38.002.458,31 39.405.773,06 46.589.292,02 52.484.244,33 58.326.417,39
2 Despesa executada 37.436.623,41 37.509.889,71 48.996.080,71 51.006.304,12 57.835.223,45
582
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QUOCIENTE 2010 2011 2012 2013 2014 Resultado Oramentrio (12) 1,02 1,05 0,95 1,03 1,01
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente
entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador
for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio
(receitas superiores s despesas).
Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias
Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no
exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo
Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder
Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.
No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida
como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.
A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$
70.086.140,85, equivalendo a 90,79% da receita orada.
As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os
arrecadados so assim demonstrados:
1,02 1,05
0,95 1,03 1,01
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
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Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2014
RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %
ARRECADADO
Receita Tributria 8.780.000,00 10.027.434,34 114,21
Receita de Contribuies 3.700.000,00 4.276.288,21 115,58
Receita Patrimonial 8.204.982,94 5.002.696,83 60,97
Transferncias Correntes 40.794.996,37 41.245.345,88 101,10
Outras Receitas Correntes 2.300.000,00 2.737.710,35 119,03
Receitas Correntes Intra-Oramentrias 2.400.000,00 2.739.801,08 114,16
RECEITA CORRENTE 66.179.979,31 66.029.276,69 99,77
Operaes de Crdito 1.000.000,00 - -
Alienao de Bens 248.009,61 182.157,42 73,45
Transferncias de Capital 9.764.011,08 3.874.706,74 39,68
RECEITA DE CAPITAL 11.012.020,69 4.056.864,16 36,84
TOTAL DA RECEITA 77.192.000,00 70.086.140,85 90,79 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral
consolidado.
Obs.: Houve alterao de R$ 2.525.813,62 da Receita Corrente para a de Capital, conforme fls. 208/232. Vide restrio anotada no item 8.1.8 - Restries de Ordem Legal deste Relatrio Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2014
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Tributria 14,31%
Contribuies 6,10%
Patrimonial 7,14%
Transferncia Corrente 58,85%
Outras Correntes 3,91%
Correntes Intra-Oramentrias 3,91%
Alienao de Bens 0,26%
Transferncias de Capital 5,53%
584
mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]
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O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com
o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,
58,85%, est concentrada nas transferncias correntes.
Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita
oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue
mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes
do Municpio.
Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s
receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria
estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU
arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.
Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.
15,56 14,15 13,76 13,94
15,84
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
67,36
76,20 82,09
87,12 91,97
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
585
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 26
A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em
anlise:
Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2014
Saldo
Anterior Inscrio
Atualizao,
juros e multa
Proviso
(lquida) Recebimento
Outras
Baixas
Saldo
Final
9.233.512,83 0,00 541.199,24 0,00 516.312,87 0,00 9.258.399,20
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.
Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa
ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de
dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:
Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas
(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-
se a demonstrao do prximo quadro:
Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2014
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
01-Legislativa 2.400.000,00 1.701.483,83 70,90
04-Administrao 4.809.000,00 4.050.304,82 84,22
05-Defesa Nacional 2.000,00 1.924,33 96,22
06-Segurana Pblica 1.270.878,69 992.553,36 78,10
9,75 9,87 9,37
5,86 5,59
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
586
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 27
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
08-Assistncia Social 2.851.220,24 2.166.573,81 75,99
09-Previdncia Social 10.218.000,00 2.542.894,19 24,89
10-Sade 19.451.587,11 15.728.984,89 80,86
12-Educao 17.463.050,89 16.222.057,41 92,89
13-Cultura 904.000,00 671.581,42 74,29
15-Urbanismo 10.541.000,00 7.528.935,63 71,43
16-Habitao 5.858.000,00 238.782,33 4,08
17-Saneamento 1.200.000,00 195.873,65 16,32
18-Gesto Ambiental 572.000,00 336.153,59 58,77
20-Agricultura 1.287.000,00 931.134,64 72,35
22-Indstria 324.000,00 80.433,72 24,83
23-Comrcio e Servios 528.000,00 58.617,96 11,10
24-Comunicaes 1.000,00 - -
25-Energia 300.000,00 74.863,00 24,95
26-Transporte 6.320.000,00 4.761.238,93 75,34
27-Desporto e Lazer 1.292.000,00 765.167,23 59,22
28-Encargos Especiais 3.512.954,89 2.790.725,85 79,44
TOTAL DA DESPESA 91.105.691,82 61.840.284,59 67,88
Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano
Geral consolidado.
A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se
importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo
identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao
deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.
O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas
autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma
representao grfica do Quadro anterior.
587
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Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2014
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
A evoluo das despesas executadas por funo de governo est
demonstrada no quadro a seguir:
Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2010 2014
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2010 2011 2012 2013 2014
01-Legislativa 1.237.316,90 1.168.064,72 1.420.481,58 1.667.859,44 1.701.483,83
04-Administrao 3.774.199,33 2.708.997,46 3.660.271,76 3.331.811,15 4.050.304,82
05-Defesa Nacional 1.511,15 1.276,80 1.361,25 4.792,07 1.924,33
06-Segurana Pblica 391.891,81 273.014,37 598.506,30 507.587,74 992.553,36
08-Assistncia Social 1.207.529,96 1.452.276,38 2.208.760,73 1.922.834,11 2.166.573,81
09-Previdncia Social 913.898,51 995.237,64 1.422.718,03 2.229.233,57 2.542.894,19
10-Sade 8.944.839,40 9.955.439,53 12.698.144,46 14.114.145,89 15.728.984,89
12-Educao 9.627.425,37 10.786.225,99 12.502.803,92 14.992.256,59 16.222.057,41
13-Cultura 88.191,17 100.235,31 99.252,71 86.246,93 671.581,42
15-Urbanismo 3.472.328,01 3.258.896,52 6.189.881,58 4.982.432,27 7.528.935,63
16-Habitao 53.139,44 - 86.895,91 - 238.782,33
17-Saneamento 123.701,69 245.054,19 520.285,18 438.526,53 195.873,65
18-Gesto Ambiental - - 29.387,46 12.902,53 336.153,59
20-Agricultura 1.187.488,26 842.638,56 1.111.607,80 1.025.937,92 931.134,64
22-Indstria 483.023,98 339.526,22 560.556,22 92.789,63 80.433,72
23-Comrcio e Servios 216.142,00 284.015,60 - 342.977,06 58.617,96
70,90 84,22 96,22 78,10 75,99 24,89 80,86 92,89 74,29 71,43 4,08 16,32 58,77 72,35 24,83 11,10 0,00 24,95 75,34 59,22 79,44
0,00 10.000.000,00 20.000.000,00 30.000.000,00
01-Legislativa 04-Administrao
05-Defesa Nacional 06-Segurana Pblica 08-Assistncia Social
09-Previdncia Social 10-Sade
12-Educao 13-Cultura
15-Urbanismo 16-Habitao
17-Saneamento 18-Gesto Ambiental
20-Agricultura 22-Indstria
23-Comrcio e Servios 24-Comunicaes
25-Energia 26-Transporte
27-Desporto e Lazer 28-Encargos Especiais
AUTORIZAO
EXECUO
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DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2010 2011 2012 2013 2014
24-Comunicaes 1.800,00 - - 409,91 -
25-Energia 86.512,55 46.849,39 108.680,77 14.060,00 74.863,00
26-Transporte 4.073.995,69 3.161.664,45 4.213.420,77 4.447.203,31 4.761.238,93
27-Desporto e Lazer 727.784,83 824.292,55 945.016,79 711.159,58 765.167,23
28-Encargos Especiais 2.526.555,43 2.959.085,63 3.211.959,44 3.738.448,58 2.790.725,85
TOTAL DA DESPESA REALIZADA 39.139.275,48 39.402.791,31 51.589.992,66 54.663.614,81 61.840.284,59
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente
de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.
Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2014
RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Imposto Predial e Territorial Urbano 3.192.765,75 8,86
Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 2.412.061,75 6,70
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 1.285.270,73 3,57
Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis
732.069,62 2,03
Cota do ICMS 9.182.692,11 25,50
Cota-Parte do IPVA 2.426.067,55 6,74
Cota-Parte do IPI sobre Exportao 141.020,94 0,39
Cota-Parte do FPM 15.745.363,52 43,72
Cota do ITR 31.405,06 0,09
Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 38.466,60 0,11
Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 440.200,83 1,22
Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos
389.794,83 1,08
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 36.017.179,29 100,00
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na
gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos
percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.
Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),
demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos
589
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percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2014
DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)
Receitas Correntes Arrecadadas 68.668.250,32
(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 5.378.774,71
(-) Compensao entre Regimes de Previdncia 693.889,23
(-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia
1.536.054,00
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 61.059.532,38
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA
A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a
situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao
existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao
da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto
prazo.
4.1. Situao Patrimonial
A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:
Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Porto Unio (em Reais): 2013 2014
ATIVO 2013 2014
PASSIVO 2013 2014
Financeiro 44.794.845,35 52.563.557,60
Disponvel 44.793.279,16 52.563.557,60
Bancos Conta Movimento 41.639.724,68 50.602.145,49
Bancos Conta Vinculada 3.153.554,48 1.961.412,11
Realizvel 1.566,19 -
Crditos a Receber 1.566,19 -
Financeiro 2.666.713,85 2.264.363,87
Depsitos 593.873,49 311.585,19
Consignaes 593.873,49 311.585,19
Restos a Pagar 2.066.000,36 1.952.778,68
Obrigaes a Pagar 2.066.000,36 1.952.778,68
Outras Obrigaes a Curto Prazo
6.840,00 -
Permanente 46.149.804,12 150.479.571,30
Crditos - 622.926,15
Crditos a Receber - 622.926,15
Dvida Ativa 9.233.512,83 9.258.399,20
Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo
9.233.512,83 9.258.399,20
Realizvel a Longo Prazo 4.016,67 4.016,67
Investimentos do RPPS - LP 4.016,67 4.016,67
Permanente 27.414.457,89 34.272.327,32
Dvida Fundada 649.235,14 216.718,11
Diversos 26.765.222,75 34.055.609,21
Provises Matemticas Previdencirias
26.765.222,75 34.055.609,21
DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00
Valores Pendentes a 0,00 0,00
590
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 31
ATIVO 2013 2014
PASSIVO 2013 2014
Imobilizado 36.912.274,62 140.594.229,28
Bens Mveis e Imveis 36.911.584,62 140.594.229,28
Bens Imveis 21.117.345,67 118.620.877,11
Bens Mveis 15.794.238,95 21.973.352,17
Bens Intangveis 690,00 -
Longo Prazo
ATIVO REAL 90.944.649,47 203.043.128,90
SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00
PASSIVO REAL 30.081.171,74 36.536.691,19
SALDO PATRIMONIAL 60.863.477,73 166.506.437,71
Ativo Real Lquido 60.863.477,73 166.506.437,71
TOTAL 90.944.649,47 203.043.128,90
TOTAL 90.944.649,47 203.043.128,90
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.
Obs.: Com relao divergncia entre o resultado patrimonial apurada atravs do Anexo 15 e
aquele obtido atravs do Anexo 14, vide restrio anotada no item 8.1.3 - Restries de Ordem
Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
Obs.: A divergncia entre o saldo demonstrado no Anexo 17 e o saldo do Passivo Financeiro
constante do Anexo 14 consta como restrio anotada no item 8.1.5 - Restries de Ordem Legal
do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
4.2. Anlise do resultado financeiro
Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de
anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a
verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da
situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos
financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de
pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.
O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do
exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 2.735.164,90 e a sua
correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros
existentes, o Municpio possui R$ 0,45 de dvida de curto prazo.
Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$
783.213,87 passando de um Supervit de R$ 1.951.951,03 para um Supervit de
R$ 2.735.164,90.
Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$
1.612.238,75.
Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante
o exerccio demonstrada no quadro seguinte:
Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2013 - 2014
Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao
Ativo Financeiro 44.794.845,35 52.563.557,60 7.768.712,25
Passivo Financeiro 2.666.713,85 2.264.363,87 -402.349,98
591
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 32
Saldo Patrimonial Financeiro 42.128.131,50 50.299.193,73 8.171.062,23
Ativo Financeiro do RPPS e da Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
40.269.769,88 47.627.500,09 7.357.730,21
Passivo Financeiro do RPPS e da Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
93.589,41 63.471,26 -30.118,15
Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS e Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
1.951.951,03 2.735.164,90 783.213,87
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: No tocante ao Ativo Financeiro no montante de R$ 47.627.500,09, o valor de R$
6.253.576,58 se refere ao Ativo, sem ajuste, da Autarquia de Assistncia Sade do Servidor.
No que tange ao Passivo Financeiro no montante de R$ 63.471,26, o valor de R$ 61.592,72 se
refere ao Passivo, sem ajuste, da Autarquia de Assistncia Sade do Servidor.
Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo
Oramentria consta como restrio anotada no item 8.1.4 - Restries de Ordem Legal do
captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de
fontes de recursos
A situao financeira analisada neste item tem como objetivo
demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes
financeiras, segregadas por vnculo de recurso.
Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de
Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua
disponibilidade especfica.
Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:
a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das
especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita
deste Tribunal de Contas;
b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos
financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades
financeiras) em 31/12/2014, segregados por especificaes de fontes de
recursos;
c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por
disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de
consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a
592
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 33
pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou
no, e que esto pendentes de pagamento.
Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de
auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,
entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na
disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.
d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o
resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o
confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em
considerao os possveis ajustes.
No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e
Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero
consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente
com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo
procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.
A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de
Porto Unio, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de
forma detalhada.
Quadro 11- A Demonstrativo do Resultado Financeiro por especificaes de Fonte de Recurso.
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA
/ INSUFICINCIA FINANCEIRA
Supervit / Dficit
RECURSOS VINCULADOS
00 - Recursos Ordinrios * 0,00 Supervit
01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao* 0,00 Supervit
03 -Contribuio para o Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira)
0,00 Supervit
17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP
288.831,50 Supervit
18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao Bsica) - R$ 14.183,63 14.183,63 Supervit
19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 0,00
22 - Transferncias de Convnios - Educao 546.311,80 Supervit
23 - Transferncias de Convnios - Sade 497.179,75 Supervit
24 - Transferncias de Convnios - Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social)
-536.533,72 Dficit
60 - Programa Nacional de Alimentao Escolar - PNAE 3.809,78 Supervit
61 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE 71,65 Supervit
62 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE
41.932,18 Supervit
89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 6.220,34 Supervit
SOMATRIO DAS FONTES DE RECURSOS COM INSUFICINCIA FINANCEIRA
-536.533,72
RECURSOS ORDINRIOS
00 - Recursos Ordinrios 1.876.597,37
593
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DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 34
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA
/ INSUFICINCIA FINANCEIRA
Supervit / Dficit
01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao -3.439,38
02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade 0,00
TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS 1.873.157,99 Supervit
Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge.
* As disponibilidades de caixa da Autarquia Municipal de Assistncia Sade dos Funcionrios
Pblicos de Porto Unio e da Cmara Municipal de Porto Unio, foram consideradas como
recursos vinculados.
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira
A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou
ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a
partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes
patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes
contbeis.
Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo
patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no
quadro a seguir, com a devida memria de clculo:
Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2010 2014
ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014
1 Despesa Executada 39.139.275,48 39.402.791,31 51.589.992,66 54.663.614,81 61.840.284,59
2 Restos a Pagar 1.208.738,44 1.752.409,49 1.794.619,58 2.066.000,36 1.952.778,68
3 Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
2.548.224,59 4.976.793,72 2.788.338,76 4.525.075,47 4.936.057,51
4 Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e Autarquia de Assistncia Sade do Servidor
1.564.484,44 2.082.404,62 2.312.096,83 2.573.124,44 2.200.892,61
5 Ativo Real 53.749.724,34 62.990.220,74 78.035.515,13 90.944.649,47 203.043.128,90
6 Passivo Real 4.233.740,24 21.724.444,91 24.550.980,22 30.081.171,74 36.536.691,19
QUOCIENTES 2010 2011 2012 2013 2014
Resultado Patrimonial (56) 12,70 2,90 3,18 3,02 5,56
Situao Financeira (34) 1,63 2,39 1,21 1,76 2,24
Restos a Pagar (21)*100 3,09 4,45 3,48 3,78 3,16
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o
Ativo Real e o Passivo Real.
No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste
quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas
(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.
594
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 35
Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2014 o
Ativo Real apresenta-se 5,56 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).
O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o
Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de
pagamento de curto prazo do Municpio.
O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois
assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas
pelos ativos financeiros do Municpio.
Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
12,70
2,90 3,18 3,02
5,56
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
1,63 2,39
1,21 1,76
2,24
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
595
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 36
Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio
apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2014 o Ativo
Financeiro representa 2,24 vezes o valor do Passivo Financeiro.
O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)
expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar
e o total da Despesa Oramentria.
Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto
oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste
quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no
exerccio as despesas que nele empenhou.
A situao apresentada pelo Municpio de Porto Unio demonstrada
no grfico a seguir:
Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar
corresponde a 3,16% da despesa oramentria do exerccio.
4.4 Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia
O Regime Prprio de Previdncia de Porto Unio, gerido pelo Instituto
de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Porto Unio
IMPASS, constitudo sob a forma de AUTARQUIA, sofreu processo de
3,09
4,45
3,48 3,78
3,16
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios
596
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 37
segregao de massas (Lei n 3.079/2005), apresentou o Estudo Atuarial para o
exerccio de 2014, com data-base em 31/12/2013, com os seguintes resultados:
FUNDO PREVIDENCIRIO 2014
N Servidores ativos 332
N Beneficirios (Inativos e pensionistas) 2
TOTAL 334
Resultados Consolidado
Patrimnio Atual 7.865.505,40
(+) Receitas Futuras Projetadas5 17.318.380,99
(-) Benefcios Futuros Projetados6 23.246.809,16
(-) Ajuste do Resultado Superavitrio 1.482.107,04
Resultado Atuarial 454.970,18
FUNDO FINANCEIRO 2014
N Servidores ativos 274
N Beneficirios (Inativos e pensionistas) 89
TOTAL 363
Resultados Consolidado
Patrimnio Atual 28.521.032,47
(+) Receitas Futuras Projetadas 45.756.153,22
(-) Benefcios Futuros Projetados 254.309.017,22
Resultado Atuarial (180.031.831,53)7
O estudo atuarial no apresenta um quadro comparativo da evoluo
das situaes atuariais considerando os trs ltimos exerccios.
Segundo dados apresentados pelo Relatrio do Aturio Sr. Adlson
Costa (MIBA n 1.0132) constata-se que a situao do Fundo Previdencirio do
Regime Prprio de Previdncia dos Servidores de Porto Unio de Equilbrio no
ltimo exerccio, tendo sido apontado Supervit Atuarial no Relatrio de
Avaliao Atuarial de 2014, com data base 31/12/2013, no valor de R$
5O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das receitas de contribuio
dos servidores, receitas de contribuio da quota patronal e, dependendo da Unidade, das receitas oriundas de compensao previdenciria COMPREV, amortizao de dvidas das contribuies passadas e das alquotas suplementares e/ou aportes de caixa. 6O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das despesas de benefcio
concedido, despesas de benefcio a conceder e, dependendo da Unidade, das despesas oriundas de compensao previdenciria COMPREV. 7 O dficit atuarial do Fundo Financeiro, por fora de lei, ser integralmente pago medida em
que forem exigveis os benefcios previdencirios dos filiados deste Fundo.
597
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 38
454.970,18, o que indica que em 2014 as obrigaes futuras do Fundo
Previdencirio do RPPS estavam cobertas pelo rol de direitos financeiros no
montante indicado.
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES
O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de
recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas
com pessoal.
5.1. Sade
Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive
transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o
exerccio de 2014 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias - ADCT.
Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 9.350.693,72
em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que corresponde a
25,96% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de
R$ 3.948.116,83, representando 10,96% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o
disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias - ADCT.
A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,
pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 36.017.179,29 100,00
Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 15.728.984,89 43,67
Ateno Bsica 12.724.930,19 35,33
Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 2.804.193,28 7,79
Vigilncia Sanitria 199.861,42 0,55
(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 6.378.291,17 17,71
Total das Despesas para Efeito do Clculo 9.350.693,72 25,96
598
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 39
COMPONENTE VALOR (R$) %
Valor Mnimo a ser Aplicado 5.402.576,89 15,00
Valor Acima do Limite 3.948.116,83 10,96
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:
Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Porto Unio em 2014
reduziu seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos
percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2. Ensino
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias
Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a
proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento
do Ensino (exerccio de 2014) art. 212 da Constituio Federal.
Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 9.182.306,90 em
gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a
22,91 23,96
31,23
26,25 25,96
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios Limite
599
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DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 40
25,49% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de
R$ 178.012,08, representando 0,49% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o
disposto no artigo 212 da Constituio Federal.
A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do
Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 36.017.179,29 100,00
Valor Aplicado Educao Infantil 4.838.357,23 13,43
Educao Infantil 4.838.357,23 13,43
Valor Aplicado Ensino Fundamental 11.383.700,18 31,61
Ensino Fundamental (12.361 e 12.366) 11.383.700,18 31,61
Valor Aplicado Ensino Bsico 32.268,73 -
Valor Aplicado Administrao Ligada ao Ensino 32.268,73 -
(-) Total das Dedues com Educao Bsica* 2.228.395,37 6,19
(-) Ganho com FUNDEB 4.790.880,39 13,30
(-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 52.743,48 0,15
Total das Despesas para efeito de Clculo 9.182.306,90 25,49
Valor Mnimo a ser Aplicado 9.004.294,82 25,00
Valor Acima do Limite (25%) 178.012,08 0,49
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:
Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
26,42 25,07
26,49 25,43 25,49
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios Limite
600
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 41
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Porto Unio em 2014
aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em
termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2.2. FUNDEB
Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,
do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n
11.494/07.
Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 7.895.993,41,
equivalendo a 77,24% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO
o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo
exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio
FUNDEB: 2014
COMPONENTE VALOR (R$)
Transferncias do FUNDEB 10.169.655,10
(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 52.743,48
Total dos recursos oriundos do FUNDEB 10.222.398,58
60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 6.133.439,15
Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB
7.895.993,41
Valor Acima do Limite 1.762.554,26
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:
601
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 42
Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no
exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e
Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.
Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 10.208.214,95,
equivalendo a 99,86% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com
Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da
seguinte forma:
Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2014
COMPONENTE VALOR (R$)
Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 10.222.398,58
95% dos Recursos do FUNDEB 9.711.278,65
Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *
10.208.214,95
Valor Acima do Limite 496.936,30
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos
oriundos do FUNDEB:
64,58 70,01
79,39 77,63 77,24
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMPLANORTE Mdia dos Municpios Limite
602
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Porto Unio exerccio de 2014 - Reinstruo 43
Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,
o Municpio de Porto Unio ampliou sua aplicao, quando comparado ao
exerccio anterior.
Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte
ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da
Lei n 11.494/2007.
O Municpio no realizou despesas com o saldo do exerccio anterior
do FUNDEB no valor de R$ 22.968,94, DESCUMPRINDO o estabelecido no
artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no item 8.1.2 - Restries de Ordem Legal).
Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2014: No tocante ao
controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte
apresenta-se o Quadro abaixo:
Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da
Lei n 11.494/2007
COMPONENTE VALOR (R$)
Sal