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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA, BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO MODELOS DE AJUSTE DA DURAÇÃO DA LACTAÇÃO EM AVALIAÇÕES GENÉTICAS DE BÚFALAS DA RAÇA MURRAH ANDRÉA CAROLINA SANTOS DE SOUZA Jequié-BA 2014 PPGGBC

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM GENTICA,

    BIODIVERSIDADE E CONSERVAO

    MODELOS DE AJUSTE DA DURAO DA LACTAO EM AVALIAES

    GENTICAS DE BFALAS DA RAA MURRAH

    ANDRA CAROLINA SANTOS DE SOUZA

    Jequi-BA

    2014

    PPGG

    BC

  • ANDRA CAROLINA SANTOS DE SOUZA

    Dissertao de Mestrado apresentada ao

    Programa de Ps-Graduao em Gentica,

    Biodiversidade e Conservao da

    Universidade Estadual do Sudoeste da

    Bahia, Campus de Jequi para obteno do

    Ttulo de Mestre em Gentica,

    Biodiversidade e Conservao.

    Orientador: Prof Dr. Carlos Henrique

    Mendes Malhado.

    Co-orientador: Prof Dr. Paulo Luiz Souza

    Carneiro.

    Jequi-BA

    2014

    PPGG

    BC

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA UESB

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM GENTICA, BIODIVERSIDADE E

    CONSERVAO PPGGBC

    rea de Concentrao: Melhoramento Animal e Vegetal

    DECLARAO DE APROVAO

    Ttulo: MODELOS DE AJUSTE DA DURAO DA LACTAO EM AVALIAES

    GENTICAS DE BFALAS DA RAA MURRAH.

    Autor (a): Andra Carolina Santos de Souza

    Orientador (a): Prof. DSc. Carlos Henrique Mendes Malhado

    Co-orientador (a): Prof. DSc. Paulo Luiz Souza Carneiro

    Aprovada como parte das exigncias para obteno do Ttulo de MESTRE EM GENTICA,

    BIODIVERSIDADE E CONSERVAO, REA DE CONCENTRAO:

    MELHORAMENTO ANIMAL E VEGETAL, pela Banca Examinadora:

    _____________________________________________________

    Prof. Dr. Carlos Henrique Mendes Malhado

    _____________________________________________________

    Prof. Dr. Paulo Luiz Souza Carneiro

    _____________________________________________________

    Prof. Dr. Antonio Alcyone Oliveira de S. Jnior

    Data de realizao: 10 de maro de 2014.

    PPGG

    BC

  • Aos meus pais, Arquias de Souza Filho e Roslia da Conceio Santos de Souza, que sempre

    estiveram ao meu lado, incentivando e apoiando.

    Aos meus irmos pela confiana que sempre tiveram em mim.

    A minha av e tia pelo tempo em que morei em Jequi pelo apoio e incentivo aos estudos

    durante o curso do mestrado.

    AMO VOCS!!!

    DEDICO

    Ao meu noivo, Arilson, pela cumplicidade, compreenso e apoio em todos os momentos,

    fazendo com que esta minha jornada em Jequi se tornasse mais fcil, no me deixando

    desanimar nunca diante dos obstculos. Enfrentamos a distncia e conseguimos juntos

    superar todas as dificuldades. Esta Vitria, hoje, alcanada nossa!!! TE AMO!!!

    OFEREO

    PPGG

    BC

  • AGRADECIMENTOS

    Deus, por eu ter conseguido concretizar mais uma etapa;

    Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e ao Programa de Ps-Graduao em

    Gentica, Biodiversidade e Conservao, pela oportunidade de realizao deste curso;

    Ao orientador, professor Dr. Carlos Henrique Mendes Malhado e co-orientador professor

    Dr. Paulo Luiz Souza Carneiro, pelos grandes e preciosos ensinamentos, pacincia,

    dedicao e acima de tudo, pela grande amizade. A minha sincera gratido!;

    Ao professor Alcides de Amorim Ramos pela disponibilidade e concesso dos dados;

    Ao professor, Dr. Dimas Oliveira, pelos ensinamentos, apoio e amizade, durante minha vida

    acadmica e o perodo do curso de mestrado;

    Aos coordenadores e professores do Programa de Ps-Graduao em Gentica,

    Biodiversidade e Conservao, pela contribuio ao meu aprendizado, que serviu para

    elevar o meu grau de conhecimento. E secretria, Josi, por toda pacincia e auxilio em nos

    atender sempre;

    Aos professores, Dr. Paulo Luiz Souza Carneiro e Dr. Antonio Alcyone Oliveira de S. Jnior

    por aceitarem o convite para minha banca de defesa;

    todos os meus colegas do mestrado do Programa de Ps-Graduao em Gentica,

    Biodiversidade e Conservao.

    Aos colegas do grupo GEMA, Paulo, Carlos, Jarbas, Mrio, Fernando, Jos Lauro, Brbara

    (pela orientao nas anlises), Eva, Nathanna, Aracele, Lainna, Isabella, Marcela e Cssio

    pela convivncia harmoniosa, pelos momentos de descontrao e aprendizado. Obrigada a

    todos pela fora, pelo carinho e pela AMIZADE!!!;

    CAPES, pela concesso da bolsa, permitindo minha permanncia no programa de Ps-

    Graduao.

    todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realizao desta

    dissertao, pois sozinha impossvel concluir um trabalho como este.

    Muito obrigada, de todo corao!

    PPGG

    BC

  • BIOGRAFIA

    Andra Carolina Santos de Souza, filha de Arquias de Souza Filho e Roslia da

    Conceio Santos de Souza, nasceu em 07 de novembro de 1986, em Jaguaquara, Bahia.

    Em agosto de 2006, iniciou o curso de Zootecnia na Universidade Estadual do Sudoeste

    da Bahia - UESB, finalizando o mesmo em 2011.

    Em fevereiro de 2012, iniciou o curso de Ps-Graduao em Gentica, Biodiversidade

    e Conservao Mestrado, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB,

    Concentrao em Melhoramento Animal e Vegetal.

    Em 10 de maro de 2014, defendeu a presente Dissertao.

    PPGG

    BC

  • RESUMO

    SOUZA, ACS. Modelos de ajuste da durao da lactao em avaliaes genticas de

    bfalas da raa Murrah. Jequi, BA: UESB, 2014. 60p. (Dissertao Mestrado em

    Gentica, Biodiversidade e Conservao, rea de concentrao em Melhoramento Animal e

    Vegetal).*

    Objetivou-se estimar parmetros e valores genticos para a produo de leite atravs de

    diferentes modelos de ajuste para a durao da lactao. Utilizaram-se 2.952 lactaes de

    bubalinos da raa Murrah, oriundos de dez rebanhos dos estados: Bahia, So Paulo, Cear,

    Par, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paran. A edio dos dados e as anlises

    descritivas foram realizadas por meio do SAS (2002). Um histograma de distribuio de

    frequncia da durao da lactao foi utilizado para propor os seguintes modelos: modelo

    PL305 e PL270 (lactao ajustada para 305 e 270 dias), modelo PL_5% e PL_10% (excluso

    de lactaes curtas a 5 e 10%), modelo PL_CO (durao da lactao como co-varivel) e

    PL_EF (durao da lactao como efeito fixo). Os componentes de varincia foram estimados

    utilizando inferncia Bayesiana e o diagnstico de convergncia foi realizado pelo mtodo

    Geweke. Os modelos foram comparados em trs formas: a) tcnica de validao cruzada

    (Cross Validation), b) critrio de informao de Akaike (AIC) e c) critrio de informao

    Bayesiano (BIC). Alm disso, estimaram-se correlaes de Spearman entre os modelos. Os

    modelos PL305, PL270, PL_5%, PL_10%, PL_CO e PL_EF, obtiveram estimativas de

    herdabilidade (0,23; 0,22; 0,19; 0,20; 0,23 e 0,26) e a repetibilidade variaram de 0,35 e 0,36.

    Os critrios e a validao cruzada mostraram resultados bem prximos dificultando a escolha

    do melhor modelo. As correlaes dos valores genticos de todos os touros foram

    significativas (P

  • ABSTRACT

    SOUZA, ACS. Adjustment patterns and duration of lactation in genetic evaluations of

    Murrah buffaloes. Jequi, BA: UESB, 2014. (60 p) (Master - Master in Genetics,

    Biodiversity and Conservation, Area of Concentration in Animal Breeding and Plant)*

    The goal of our study was to estimate genetic parameters for milk production through

    different models adjusting for the duration of lactation . We used 2.952 lactations of Murrah

    buffaloes, coming ten herds in the states of Bahia, So Paulo, Cear, Par, Minas Gerais, Rio

    Grande do Norte and Paran. The editing of data and descriptive analyzes were performed

    using SAS (2002). A histogram of the frequency distribution of the duration of lactation was

    used to propose the following models: model PL305 and PL270 (lactation adjusted to 305 and

    270 days), and model PL_5 % PL_10 % (excluding short 5 10% lactation), model PL_CO

    (lactation length as a covariate) and PL_EF (lactation length as a fixed effect). Variance

    components were estimated using Bayesian inference and convergence diagnostics was

    performed by Geweke method. The models were compared in three ways: a) cross-validation

    technique (Cross Validation), b)Akaike Information Criterion (AIC) and c)Bayesian

    Information Criterion (BIC).Furthermore we estimated Spearman correlations between the

    models. The PL305, PL270, PL_5 % PL_10 % PL_CO and PL_EF models, obtained

    heritability estimates (0.23, 0.22, 0.19, 0.20, 0.23 and 0.26) and repeatability ranged from 0

    35 and 0.36. The criteria and cross-validation results showed very close making it difficult to

    choose the best model. Correlations of breeding values for all bulls were significant (P <

    0.001) ranging from 0.87 to 0.99. The rank of the top 12 bulls (Top 10 %) were significant (P

    < 0.05), ranged from 0.73 to 0.96. The worst fit was considered PL_EF according to rank

    correlation , comparison of breeding values of bulls and duration of lactation daughters of

    bulls. The models PL_5 % and PL_10 % may overestimate the breeding values of bulls with

    exclusions lactations. The PL305 and PL270 models have rank next, being nominated for

    regional assessments when the average duration of lactation is next to one of the adjustment

    periods. The PL_CO model is indicated in the genetic evaluation of buffalo milk, when there

    is great variability in the duration of lactation.

    Keywords: dairy buffaloes, GIBBS3F90, heritability, rank

    __________________________________

    *Adviser: Carlos Henrique Malhado D.Sc.,UESB and Co-advisor: Paulo Luiz Souza Carneiro, D.Sc., UESB.

    PPGG

    BC

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Herdabilidades para a produo de leite em vrias duraes mdia de lactaes em

    rebanhos bubalinos.

    Tabela 2. Parmetros genticos para a caracterstica produo de leite de bubalinos da raa

    Murrah.

    Tabela 3. Estimativas de Critrio de informao de Akaike (AIC) e Critrio de informao

    bayesiano (BIC).

    Tabela 4. Estimativa da Mdia da Correlao entre os modelos (Validao Cruzada).

    Tabela 5. Correlao de Spearman entre os valores genticos de todos os touros com pelo

    menos 5 filhas com produo e lactao para os seis modelos de ajuste (P

  • LISTA DE SMBOLOS

    2

    a Componente da varincia gentica aditiva

    2

    pe Componente da varincia de ambiente permanente

    2

    r Componente varincia residual

    2

    p Componente varincia fenotpica

    h2

    Herdabilidade direta

    r Repetibilidade

    AIC Critrio de Informao de Akaike

    BIC Critrio de Informao Bayesiano

    PPGG

    BC

  • SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................. 12

    2. REVISO DE LITERATURA ......................................................................................... 14

    2.1. Bfalos ....................................................................................................................................... 14

    2.2. Ajuste das lactaes .................................................................................................................. 15

    2.3. Excluses das Lactaes Curtas ................................................................................................. 17

    2.4. Durao da Lactao como co-varivel ..................................................................................... 18

    2.5. Durao da Lactao como Efeito Fixo ..................................................................................... 20

    3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 22

    3.1. Objetivo Geral ........................................................................................................................... 22

    3.2. Objetivo Especfico .................................................................................................................... 22

    4. MATERIAL E MTODOS .............................................................................................. 23

    4.1. Edio dos dados ....................................................................................................................... 23

    4.2. Modelos ..................................................................................................................................... 23

    4.3. Estimativas dos Parmetros Genticos ..................................................................................... 25

    4.4. Comparao dos Modelos ......................................................................................................... 26

    4.4.1. Validao Cruzada .................................................................................................................. 26

    4.4.3. AIC e BIC ................................................................................................................................ 27

    5. RESULTADOS E DISCUSSO ...................................................................................... 28

    6. CONCLUSES.................................................................................................................. 43

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................ 44

    8. ANEXOS ............................................................................................................................ 52

    PP

    GGBC

  • 12

    1. INTRODUO

    Os bfalos foram introduzidos no Brasil h aproximadamente cem anos, importados do

    continente asitico e europeu. O rebanho nacional possui cerca de trs milhes de cabeas

    com uma tendncia de elevado crescimento anual, distribudos em vrios estados como, Par,

    Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia, Cear, So Paulo e Paran.

    A raa Murrah caracterizada por chifres em forma de espirais, menor porte em

    comparao com as outras raas e possui dupla aptido. No Brasil, a raa utilizada,

    principalmente, para produo de leite.

    Os bfalos so animais rsticos, longevos, com grande capacidade adaptativa e

    resistncia s doenas infectocontagiosas e aos endo e ectoparasitos, facilitando a ocupao de

    reas pouco ou mesmo nunca utilizadas pelos bovinos.

    As primeiras importaes de bubalinos ocorreram no inicio do sculo XX e durante

    muitos anos o Bfalo permaneceu como um desconhecido em nosso pas. Contudo, nas

    ltimas dcadas, os esforos de alguns produtores, conjuntamente, com rgos de pesquisa e

    Universidades esto gradativamente mudando este cenrio, com estudo nas diversas reas de

    conhecimento. No melhoramento gentico animal, pode-se citar as iniciativas do Programa de

    Melhoramento Genticos dos Bubalinos (PROMEBUL) UNESP- Botucatu e o Programa de

    Melhoramento Gentico de Bfalos Leiteiros da UNESP-Jaboticabal.

    Apesar dos recentes estudos com bubalinos, por muitos anos, adaptaram-se para os

    bubalinos diversos estudos realizando com bovinos. Os bfalos por pertencerem outra

    espcie so diferentes dos bovinos em inmeras caractersticas sejam anatmicas, fisiolgicas

    e genticas, reforando a importncia de pesquisas nos Bfalos.

    Inicialmente o melhoramento da produo de leite dos bfalos foi realizado

    empiricamente pelos produtores, posteriormente iniciaram-se as selees com base na

    capacidade mais provvel de produo das bfalas, que evoluram para o uso de modelos

    mistos com estimativas de BLUP e o uso de modelo touro e modelo animal.

    PPGG

    BC

  • 13

    Os perodos de lactao das bfalas apresentam altas oscilaes. Contudo, a grande

    maioria dos estudos realizados no Brasil, a lactao das bfalas so ajustadas, semelhante aos

    bovinos, para 270 ou 305 dias. Desta forma, estudos que avaliem modelos de ajustes da

    durao da lactao para estimativa de parmetros e valores genticos para produo de leite

    das bfalas so essenciais no melhoramento desta espcie.

    PPGG

    BC

  • 14

    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. Bfalos

    Os bfalos (Bubalus bubalis) so animais domsticos da famlia Bovidae, ruminantes

    com chifres ocos, de origem asitica, que podem ser divididos em dois tipos bsicos, de

    acordo com suas caractersticas anatmicas e geogrfica: 1) O tipo de rio: encontrado na

    ndia, Paquisto, Egito e regio Mediterrnea, com 2n=50 cromossomos; 2) O tipo de

    pntano: sudeste Asitico, com 2n=48 cromossomos.1

    A Associao Brasileira de Criadores de Bfalos reconhecem as raas Carabao,

    Jafarabadi, Mediterrnea e Murrah. A primeira introduo de bfalos reconhecida no Brasil

    foi em 1906, com importao de animais da raa Carabao para Ilha de Maraj (Rodrigues

    2007).

    Ao longo das dcadas houve um crescimento populacional dos bfalos no Brasil.

    Atualmente, o rebanho aproximadamente 3 milhes de cabeas (FAO, 2013) relatando um

    crescimento expressivo na ltima dcada. Esta populao distribuda no territrio brasileiro,

    concentrando-se na regio do Par, mais sendo encontrados animais em outros estados como

    Maranho, Bahia, So Paulo, Cear, Paran e Rio Grade do Norte (IBGE, 2010).

    A raa Murrah, originria do sul do Punjab, ndia, destaca-se por sua rusticidade,

    prolificidade e adaptao, com boa capacidade leiteira (Moreira et al.,1994; Marques 2000).

    Os bfalos eram considerados animais de tripla aptido (leite, carne e trabalho)

    (Marques 2000). Contudo, recentemente existe um maior investimento na produo leiteira, j

    que o leite apresenta alto teor de slidos totais e gordura o que confere bom rendimento

    produtivo dos seus derivados (Ramos et al., 2006).

    1 Associao Brasileira dos Criadores de Bfalos

    PPGG

    BC

  • 15

    2.2. Ajuste das lactaes

    A produo de leite em bovinos baseada na produo acumulada durante uma lactao

    e , usualmente, ajustada para 305 dias, independente da sua durao real, evitando considerar

    animais com produo superiores (Massire, 2009) e as produes inferiores a 120 dias,

    geralmente, so excludos (Madalena et al., 1992). O gado leiteiro nos Trpicos e os

    bubalinos apresentam lactaes inferiores a 305 dias (Mello et al.,1994; Tonhati et al., 2000).

    Sampaio Neto et al.(2001), avaliando desempenhos produtivo e reprodutivo de um

    rebanho bubalino criados em sistema intensivo, com duas ordenhas dirias, no litoral Oeste de

    So Paulo, calcularam mdia para a durao da lactao de 301,41 49,30 dias. Jorge et al.

    (2005) investigando a produo total de leite de 38 bfalas da raa Murrah no estado de So

    Paulo, obtiveram durao da lactao de 226,14 28,53 dias. Baldi et al.(2011) relataram

    lactaes inferiores a 150 dias em bufalas.

    Marques (1991) avaliou rebanhos Murrah x Mediterrneo e seus mestios, observou

    perodos de lactaes, de 232,7; 238,6; 274,2; 266,6 e 256,6 dias para animais Murrah,

    Mediterrneo, sangue, e 7/8 respectivamente.

    Baldi et al.(2011) estudando animais Murrah criados em pastagens, que as varincias

    ambientais, residual e fenotpica diminuram quando a produo de leite foi ajustada em dias

    (305 e 270 dias) independentemente do mtodo utilizado, ou seja, esse ajuste diminuiu a

    variao, conforme o esperado. A varincia gentica decresceu com a incluso de lactaes

    menores que 150 dias, diferindo dos resultados obtidos por Madalena et al. (1992).

    As herdabilidades estimadas por Baldi et al.(2011) avaliaram modelos ajustados e no

    ajustados para a produo de leite, em que revelaram que os modelos com ajustes da lactao

    possuem herdabilidades inferiores (150-270(0,20), 90-270(0,18), 150-305(0,20) e 90-

    305(0,17)), comparado ao modelo com fator de correo (150-270(0,25), 90-270(0,28), 150-

    305(0,25) e 90-305(0,27). Ambos os ajustes tiveram as lactaes iniciadas em 150 ou 90 dias

    at os 270 ou 305 dias, seguindo faixas.

    PPGG

    BC

  • 16

    A literatura mostra que a herdabilidade para bfalos Murrah varia de 0,14 a 0,27 para a

    produo de leite (Tabela 1).

    Tabela 1. Herdabilidades para a produo de leite em diferentes ajustes de lactaes em

    rebanhos bubalinos.

    Raa DL em dias h2 PL h

    2 DL Autor

    Murrah 90,240,270 e

    305 dias

    0,17; 015; 0,14 e

    0,14

    Tonhati et al.,

    (2004)

    Murrah 305 dias 0,20

    Seno et al.,

    (2007)

    Murrah 90, 150, 270 e

    305 dias

    150-270 (0,24)

    90-270 (0,27)

    150-305 (0,24)

    90-305 (0,26)

    *Tonhati et al.,

    (2007)

    Murrah e

    mestios

    305 dias 0,25 0,08 Rodrigues

    (2007)

    Murrah 305 e 270 dias 0,22 Campos et al.,

    (2007)

    Murrah 305 e 270 dias 0,22 e 0,27

    Campos

    (2008)

    Murrah 305 dias 0,25

    Aspilcueta-

    Borquis et al.,

    (2010)

    Murrah 90, 150, 270 e

    305 dias

    150-270 (0,25)

    90-270 (0,28)

    150-305 (0,25)

    90-305 (0,27)

    *Baldi et al.,

    (2011)

    PPGG

    BC

  • 17

    *Tonhati et al.(2007) e Baldi et al.(2011) estimaram as herdabilidades em faixas do

    perodo das lactaes, assim: a incluso das lactaes foram a partir de 150 at 270 (150 -270)

    e assim por diante, em todos os modelos com o ajuste da lactao, com fatores multiplicativos

    e co-varivel durao da lactao. Sempre ajustados para 270 dias e 305 dias.

    2.3. Excluses das Lactaes Curtas

    Eliminar ou no os registros com durao curta na preparao dos dados para anlise em

    avaliaes genticas uma difcil deciso (Mello et al., 1994). Alguns autores como

    Madalena et al.(1992) e Baldi et al.(2011) demonstram desvantagens e vantagens em ambas

    s situaes de acordo com a origem das duraes curtas das lactaes.

    Alguns fatores podem levar a lactaes curtas: doenas, morte, condio de manejo e

    potencial gentico limitado. Em casos de doena, morte, coleta de dados incorreta, geralmente

    os registros so excludos, pois podem prejudicar as anlises (Madalena et al., 1992).

    Segundo Madalena et al.(1989) outra condio relevante so as lactaes curtas de

    origem gentica, ocasionadas pelo baixo potencial gentico do touro e que so transmitidos a

    sua prognie ao logo das geraes, no sendo indicadas suas excluses, para que no ocorra a

    reduo da variao gentica e para que no haja superestimao do valor gentico dos touros.

    Fac et al.(2009) avaliando lactaes animais da Associao Brasileira dos Criadores de

    Girolando onde foram distribudas em , , 5/8 e 7/8 Gir e Holandesa, em que foram

    excludas lactaes inferiores a 120 dias de durao. Nos resultados apontam uma maior

    influncia ambiental do que da prpria variao gentica, assim a eliminao das lactaes

    curtas mostrou-se satisfatrio para as avaliaes genticas.

    Madalena et al.(1992) concluram que a excluso das lactaes curtas inferiores a 100

    dias de durao, promove estimativas viesadas e essa magnitude do vis depender da

    proporo de registros excludos.

    PPGG

    BC

  • 18

    Faro & Alburquerque (2003) demonstra uma estimativa tendenciosa quando se exclui

    lactaes curtas ou incompletas, como sendo uma das consequncias em que gera vcios e

    superestimava nos valores genticos de alguns touros.

    Tonhati et al.(2004) avaliando ajuste e incluso de lactaes curtas estimou as estimou

    herdabilidades mais altas para as menores duraes da lactao (90 e 240 dias) isso pode ser

    explicado pelo menor efeito do ambiente, que menor no inicio da lactao.

    Tonhati et al. (2007) avaliaram bfalos Murrah em lactaes completas de 90 ou 150

    dias e de 270 ou 350 dias de lactao, onde limitou as excluses em registros muito anormais

    e em registros de vacas com mais de 144 meses ao parto. Em seus resultados as estimativas de

    herdabilidade (0,16 e 0,18) para produo de leite ajustada para dias em lactao foram

    maiores do que para a produo de leite no ajustada.

    Resultados semelhantes descritos por Bajwa et al.(2002) na ordenha de bfalos e

    quando as lactaes curtas foram includas observou diferenas maiores entre as estimativas

    de herdabilidade para modelos ajustado (0,20 0,041) entre os no ajustados.

    Baldi et al.(2011) relataram que a incluso de lactaes curtas mesmo diminuindo a

    estimativa de herdabilidade promovem um estimativa de maior preciso, devido ao maior

    nmero de animais e lactaes, um relato contrrio observado por Mello et al.(1994), em que

    a excluso das lactaes curtas promoveram uma diminuio da estimativa da herdabilidade

    para bovinos.

    Baldi et al.(2011), Tonhati et al.(2007) e Bajwa et al.(2002) concluram que a produo

    de leite deve ser ajustada para 270 dias no mnimo, com a incluso de lactaes curtas,

    proporcionando diminuio nas variaes ambientais e consequentemente aumento na

    herdabilidade, melhorando as avaliaes genticas de bfalas leiteiras brasileiras.

    2.4. Durao da Lactao como co-varivel

    PPGG

    BC

  • 19

    Algumas influncias ambientais sistemticas no podem ser ajustadas em classes

    distintas sendo definidas como efeitos contnuos ou co-variveis (Kinghorn et al.2006).

    O ajuste da produo de leite pela durao da lactao, atravs da co-varivel tem a

    finalidade de reduzir a variao na produo, o que implica considerar de origem ambiental a

    variao existente na durao da lactao (Mello et al.,1994).

    Fac et al.(2009) estudando grupos genticos de bovinos mestios Gir x Holands,

    utilizando a metodologia de ajustes para a durao da lactao (com a incluso da durao da

    lactao como co-varivel), obteve resultados em que no houve diferenas significativas

    entre os grupos 5/8; 3/4; 7/8 e Holands, apenas encontrando diferenas entre os grupos ,

    e Gir.

    Em bfalos Murrah, estudados por Campos (2008), as herdabilidades foram afetadas

    quando a durao da lactao foi inclusa como co-varivel em produes acumuladas aos 270

    e 305 dias. As herdabilidades encontradas foram 0,27 e 0,22, respectivamente.

    Tonhati et al.(2007) analisando rebanho Murrah atravs de modelos ajustados e no

    ajustados incluindo a durao da lactao como co-varivel, seus resultados para a estimativa

    da herdabilidade foram (150-270(0,18), 90-270(0,16), 150-305(0,18) e 90-305(0,16) para os

    ajustes de 305 e 270 dias de lactao. A incluso da co-varivel no modelo mostrou menores

    herdabilidades em comparao ao modelo por fatores de correo multiplicativos.

    Rodrigues et al. (2010) encontraram resultados para a herdabilidade e repetibilidade de

    0,25; 0,08; 0,33 e 0,10 para a produo de leite e durao da lactao para bfalos Murrah

    quando a durao da lactao foi inclusa como co-varivel.

    Baldi et al.(2011) estimaram herdabilidades variando de 0,23 e 0,24 para os modelos

    com incluso da co-varivel no rebanho de bubalinos Murrah. Seus resultados indicaram que

    a utilizao dos fatores de correo multiplicativos (frmula utilizando a durao da lactao

    em intervalos associados a variveis de acordo com Tonhati et al. 2004) para ajustar a

    PPGG

    BC

  • 20

    produo de leite, resultou em estimativas mais confiveis do que os obtidos para a produo

    de leite atravs da incluso de dias em lactao como co-varivel no modelo.

    As herdabilidades citadas por Baldi et al.(2011) foram estimadas em faixas com

    perodos mnimos de 150 e 90 dias, (150-270(0,23), 90-270(0,23), 150-305(0,24) e 90-

    305(0,23)), essas herdabilidades foram superiores ao modelo apenas com o ajuste. Acredita-se

    que o fator de correo por levar em considerao a durao da lactao no calculo provocou

    em estimativa mais confivel, ocasionando maiores varincias genticas aditivas.

    2.5. Durao da Lactao como Efeito Fixo

    Segundo Kingkorn et al.(2006), efeitos fixos so grupos de efeitos ambientais

    identificveis e que podem ser explicados em classe com a finalidade de estimar valores

    genticos e estimativas mais acuradas. Com isso, Vasconcellos et al.(2003) relataram grande

    diversidade nos valores da durao da lactao e que podem ser classificadas em faixas para

    serem utilizadas nas anlises.

    Silva et al.(2001) relataram a incluso da durao da lactao como efeito fixo na

    caracterstica de produo de leite de vacas do ectipo Mantiqueira em que as herdabilidade

    obtida para a produo foi de 0,22, correspondendo a dados da literatura Almeida et al.(1997)

    com vacas da raa Holandesa.

    Renn et al.(2002) avaliando vacas de diferentes grupos genticos utilizaram a durao

    da lactao agrupada em classes para estimar a herdabilidade e repetibilidade para a produo

    de leite de 0,37 e 0,40 para bovinos da raa Pardo-Sua.

    Pelicioni & Queiroz (2001) avaliado a produo de leite com seis modelos com incluso

    da durao da lactao como efeito fixo em que as diferenas dos modelos eram: incluindo ou

    no componente de efeito materno, de linhagens citoplasmticas e de ambiente permanente

    para bovinos da raa Caracu. As herdabilidade para os seis modelos foram 0,19; 0,20; 0,19;

    0,20; 0,57 e 0,57 as herdabilidades foram mais altas para os modelos 5 e 6 devido a ausncia

    PPGG

    BC

  • 21

    do efeito permanente na anlise, demonstrando a grande importncia do ambiente permanente

    para a estimativa.

    PPGG

    BC

  • 22

    3. OBJETIVOS

    3.1. Objetivo Geral

    Propor um modelo de ajuste para a durao da durao da lactao nas avaliaes

    genticas para a produo de leite de bubalinos da raa Murrah.

    3.2. Objetivo Especfico

    Avaliar seis modelos de ajuste da produo de leite: ajuste a 305 e 270 dias, excluso de lactaes curtas a 5 e 10%, lactao como co-varivel e durao da lactao como efeito

    fixo.

    Calcular estimativas de herdabilidade, repetibilidade para a caracterstica de produo de leite de bfalas da raa Murrah utilizando Inferncia Bayesiana;

    Usar a validao cruzada, critrio de informao de Akaike (AIC), critrio de informao Bayesiano (BIC) para a escolha do melhor modelo de ajuste.

    Comparar os valores genticos, dos principais touros, estimado pelos seis modelos, por meio de correlaes lineares de Spearman.

    PPGG

    BC

  • 23

    4. MATERIAL E MTODOS

    4.1. Edio dos dados

    Utilizaram-se 2.952 lactaes de bubalinos da raa Murrah, pertencentes ao Programa

    de Melhoramento Gentico de Bubalinos (PROMEBUL). Os 10 rebanhos analisados fazem

    parte de dez fazendas dos estados: Bahia, So Paulo, Cear, Par, Minas Gerais, Rio Grande

    do Norte e Paran.

    A edio dos dados e as anlises descritivas foram realizadas por meio do SAS (2002).

    O grupo de contemporneas foi constitudo pelo ano do parto (1972- 2003), a poca do

    parto (1- maio a julho, 2- agosto a outubro, 3- novembro a janeiro, 4- fevereiro a abril) e o

    nmero de rebanhos (10).

    4.2. Modelos

    Ns utilizamos o histograma de distribuio de frequncia (Figura 1) para propor alguns

    dos modelos analisados.

    Figura 1. Histograma da distribuio da durao da lactao.

    PPGG

    BC

  • 24

    Os seis modelos estatsticos foram:

    Modelo PL305 e PL270 - Ajuste de lactaes

    Modelos PL305- Ajuste de lactaes para 305 dias.

    Modelos PL270 - Ajuste de lactaes para 270 dias.

    Os modelos na forma matricial:

    em que,

    o vetor de observao para a i-sima produo de leite para 305 e 270 aos dias ; X ,

    matrizes de incidncia relacionadas aos efeitos fixos de grupo contemporneo, ordem de parto

    e nmero de ordenhas; a incidncia matriz de aditivos de efeitos genticos aleatrios,

    um vetor de efeitos aleatrios genticos aditivos a matriz de incidncia de efeito aleatrio

    de ambiente permanente, um vetor de efeitos aleatrios de ambiente permanente;

    vetor de efeitos de erros aleatrio.

    PPGG

    BC

  • 25

    Modelo B1 (PL_5%) e B2 (PL_10%) - Excluso de lactaes curtas

    As excluses realizadas nos modelos B1 (PL_5%) e B2 (PL_10%) seguiram o

    histograma (Figura1), com cortes em lactaes de duraes inferiores a 199 e 217 dias nos

    modelos com excluso a 5% e 10%, respectivamente. O modelo utilizado foi similar ao

    descrito acima

    Modelo C (PL_CO) A durao da lactao foi inclusa como co-varivel. O modelo

    utilizado foi similar ao descrito anteriormente.

    Modelo D (PL_EF) Durao das Lactaes como efeito fixo.

    A durao da lactao foi classificada de acordo com os quartis apresentados no

    histograma (Figura 1) em que, 132 a 246 dias (1), 246 a 266 dias (2), 266 a 297 dias (3), 297 a

    492 dias (4). O modelo foi similar ao PL305.

    4.3. Estimativas dos Parmetros Genticos

    As densidades marginais dos componentes de (co) varincia genticas foram estimadas

    pelas amostras geradas pelos mtodos de Monte Carlo via Cadeias de Markov (MCMC)

    usando o Amostrador de Gibbs.

    As densidade a posteiori dos componentes de varincia foram estimadas pelas

    amostras geradas pelo mtodo de Monte Carlo via cadeias de Markov (MCMC) usando o

    amostrado de Gibbs implementadas no programa GIBBS3F90 (Mistal, 2012). Ns utilizamos

    cadeias de 220.000 ou 500.000 iteraes, com um descarte de (burn-in) de 20.000 ou 50.000

    amostras e um intervalo de coleta (thin) de 50 amostras. O diagnstico de convergnciafoi

    PPGG

    BC

  • 26

    realizado seguindo o mtodo Geweke (1992) atravs do pacote BOA (Bayesiam Output

    Analysis) do programa R (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2008).

    4.4. Comparao dos Modelos

    Os modelos foram comparados em trs formas: a) tcnica de validao cruzada (Cross

    Validation). b) critrio de informao de Akaike (AIC) e c)critrio de informao bayesiano

    (BIC).

    4.4.1. Validao Cruzada

    A validao cruzada um mtodo de seleo de acordo com a capacidade preditiva de

    uma classe de modelos (Urioste et al., 2007). Ns realizamos a anlise primeiramente para o

    banco de dados completo. Em seguida, dividimos o banco de dados em duas partes de forma

    aleatria, testando os modelos de ajuste para ambas as partes. De acordo com McCarthy

    (1976) dessa forma obtm-se uma estimativa de qualidade. Com a diviso de forma aleatria,

    um dos conjuntos imita uma parcela maior das amostras (Picard e Cook, 1984).

    Na validao cruzada as estimativas so menos tendenciosas, uma vez que no usa a

    observao por completo apenas uma parte dos dados, como uma simulao do banco original

    (Urioste et al., 2007 ; Pala 2012).

    A correlao foi estimada no SAS (2002) entre os bancos classificados em Completo,

    Um e Zero que seguiram o particionamento aleatrio da validao cruzada definidos em 2

    sub-metades. Foi gerado um valor gentico para cada parte analisada e os coeficientes de

    correlao foram sempre comparados entre duas amostras para fornecer uma avaliao do

    modelo.

    Uma maior estimativa de correlao entre os subconjuntos complementares implica uma

    maior estabilidade do modelo de ajuste (Urioste et al., 2007).

    PPGG

    BC

  • 27

    4.4.3. AIC e BIC

    Os modelos foram comparados e classificados com base nos Critrio de informao de

    Akaike (AIC) e Critrio de informao bayesiano (BIC).

    Critrio de informao de Akaike (AIC)

    Permite utilizar o princpio da parcimnia na escolha do melhor modelo, ou seja, de

    acordo com este critrio, nem sempre o modelo mais parametrizado melhor (Burnham &

    Anderson, 2004). Menores valores de AIC refletem um melhor ajuste (Akaike, 1974). Sua

    expresso dada por:

    em que: p o nmero de parmetros e loglike o valor do logaritmo da funo de

    verossimilhana, considerando as estimativas dos parmetros.

    Critrio de informao bayesiano (BIC)

    Assim, como o AIC tambm leva em conta o grau de parametrizao do modelo e, da

    mesma forma, quanto menor for o valor de BIC (Schwarz, 1978), melhor ser o ajuste do

    modelo. Sua expresso dada por:

    ( )

    em que: n o nmero de observaes utilizadas.

    PPGG

    BC

  • 28

    5. RESULTADOS E DISCUSSO

    Os valores das estimativas de varincias (Tabela 2) foram prximos aos relatados por

    Aspicueta-Borquis et al. (2010) estudando a raa Murrah e Tonhati et al.(2000), raa Murrah,

    Jafarabadi, Mediterrneo e seus mestios.

    Os coeficientes herdabilidades estimados para todos os modelos variaram de 0,19 a 0,26

    indicando possibilidade de ganho gentico por meio da seleo. Assim ao usar a produo de

    leite como critrio/objetivo de seleo, esperam-se ganhos diretos na caracterstica. Esses

    valores corroboram com os trabalhos de Ramos et al.(2006) e Malhado et al.(2007) que

    estimaram herdabilidades para a produo de leite na raa Murrah de 0,21 e 0,20,

    respectivamente.

    Tabela 2. Parmetros genticos para a caracterstica produo de leite de bubalinos da raa

    Murrah.

    Modelos Parmetros

    2a

    2pe

    2r

    2p h

    2 r

    PL305 57733,72 32286,86 164090,75 254111,33 0,23 0,35

    IC (95%) 36450-81760 15220-49780 153200-74300 204870-05840 0,18-,27 0,25-,43

    Erro Padro 364,96 307,69 92,90 765,55 0,48 0,87

    PL270 44846,73 27053,32 127952,15 199852,2 0,22 0,36

    IC (95%) 27990-64540 11930-40800 120000-36100 159920-41440 0,18-0,27 0,25-0,44

    Erro Padro 296,04 234,15 67,37 597,56 0,49 0,88

    PL_5% 49541,07 42371,50 169239,00 261151,57 0,19 0,35

    IC (95%) 24360-74800 20190-62520 158800-181400 202250-318720 0,12-0,23 0,22-0,43

    Erro Padro 523,10 444,73 99,10 1066,93 0,49 0,90

    PL_10% 52969,21 41219,78 169064,68 263253,67 0,20 0,36

    IC (95%) 25770-79960 19860-63080 156900-180800 202530-265370 0,13-0,30 0,23-0,46

    Erro Padro 540,12 451,24 99,51 1090,87 0,49 0,90

    PL_CO 48533,78 27930,28 133914,70 210378,76 0,23 0,36

    IC (95%) 28670-68050 12530-43010 125500-142400 166700-253460 0,17-0,27 0,25-0,44

    PPGG

    BC

  • 29

    Erro Padro 385,90 316,94 70,31 773,16 0,50 0,90

    PL_EF 40090,37 17120,20 95800,64 153010,2 0,26 0,36

    IC (95%) 25140-56230 10594-26560 90450-103800 126184-193590 0,20-0,29 0,28-0,43

    Erro Padro 204,56 199,31 56,02 459,89 0,46 0,87

    (2)Modelos: PL305: ajuste da durao da lactao para 305 dias; PL270: ajuste da durao da lactao para 270

    dias; PL_5%: excluso de lactaes curtas a 5%; PL_10%: excluso de lactaes curtas a 10%; PL_CO: lactao

    como co-varivel; PL_EF: lactao como efeito fixo. (2)

    2a a varincia gentica aditiva;

    2pe a varincia de

    ambiente permanente; 2

    r a varincia residual; 2p a varincia fenotpica; h

    2 a herdabilidade; r a

    repetibilidade. IC: Intervalo de Credibilidade a 95% para os componentes de varincia.

    O modelo PL305 apresentou herdabilidade de 0,23. Estimativa semelhante foi

    encontrada por Campos (2008) para o mesmo ajuste em um rebanho Murrah em So Paulo

    (0,22). No entanto, Tonhati et al.(2004) ajustando a lactao para 305 dias, estimaram

    herdabilidade de 0,14.

    Os valores das varincias foram superiores para o modelo PL305 comparados ao

    modelo PL270, contudo, as estimativas das herdabilidades foram prximas (PL305=0,23 e

    PL270=0,22). O mesmo foi relatado por Campos et al.(2005) em que, seus resultados foram

    semelhantes em relao as varincias e o valor superior da herdabilidade para o modelo com

    ajuste para 305 dias, em bfalos da raa Murrah.

    O modelo PL305 apresentou variabilidade gentica com aumento da variao gentica

    aditiva e mantendo valores da varincia ambiental. Baldi et al.(2011) encontraram diferenas

    entre as estimativas de herdabilidade para uma produo de leite ajustadas e no ajustadas, as

    lactaes iniciadas em 150 e 90 dias at 305dias (150-305 e 90-305 0,20 e 0,17)

    respectivamente, em que o ajuste para 305 dias diminuiu a varincia ambiental aumentando a

    estimativa de herdabilidade.

    Breda et al.(2010) relataram diminuio da varincia ambiental quando estimaram

    parmetros genticos para produo de leite para 305 dias de bfalas Murrah,em intervalos,

    atravs da anlise de regresso, com estimativa de herdabilidade de 0,31. Essa diminuio da

    PPGG

    BC

  • 30

    variao ambiental pode ser devido ao fato da incluso de lactaes curtas desde o incio do

    perodo e que tem maior influncia gentica e pouca de origem ambiental (Tonhati et

    al.,2004, Aspilcueta-Borquis et al., 2010 e Baldi et al.,2011).

    Por outra perspectiva os estudos com bovinos identificaram uma diminuio na

    variabilidade gentica, Madalena et al.(1992) avaliando bovinos mestios Holands Vermelho

    e Branco e Guzer e por Mello et al.(1994) em um rebanho Gir em Minas Gerais.

    Os resultados obtidos por Fac et al.(2009) avaliando grupos genticos Holands x Gir

    com a produo de leite ajustada para a durao da lactao, estimou herdabilidade de 0,24,

    onde observou diferenas entre os grupos genticos (Gir, , ), mas no foram significativos

    para os 5/8, 3/4, 7/8 e Holands. Entretanto, houve diminuio da variabilidade gentica, o

    que corrobora com Madalena et al.(1992) e Mello et al.(1994).

    As varincias de ambiente permanente foram altas em todos os modelos,

    principalmente, para os dois modelos com excluso, contrariando o estudo de Cobuci et

    al.(2004) com vacas holands, que utilizando regresso aleatria, observaram que os valores

    da varincia de efeito ambiente permanente foram baixos e no influenciaram na produo de

    leite e nem na persistncia da lactao.

    Por outro lado, Dionello et al. (2006) estimaram herdabilidade para PL305 de 0,20, em

    vacas da raa Jersey, e obtiveram valores altos para a varincia de ambiente

    permanente,promovendo aumento da varincia fenotpica e reduo da varincia gentica

    aditiva. Este resultado corrobora com Ledic et al.(2002) com a raa Gir, Teixeira et al.(2000)

    e Andrade et al.(2007) com a raa Holandesa.

    O coeficiente da herdabilidade do modelo PL270 foi de 0,22. Campos et al. (2007)

    avaliando bfalos estimaram herdabilidade de 0,22 para a produo de leite aos 270 dias de

    lactao. Rosati & Van Vleck (2002) avaliando rebanho italiano de bfalos Mediterrneo

    estimaram herdabilidade de 0,14 para o ajuste de 270 dias.

    PPGG

    BC

  • 31

    O modelo PL270 apresentou variabilidade gentica. Tonhati et al.(2000) avaliando os

    parmetros genticos de rebanhos das raas Murrah, Jafarabadi, Mediterrneo e seus mestios

    estimaram herdabilidade para o ajuste de 270 dias de (0,24), indicando que h uma

    considervel variao gentica aditiva e assim podendo gerar ganhos na produo de leite. No

    entanto, Tonhati et al.(2004) ajustando a lactao para 270 dias em lactao da raa Murrah,

    estimaram herdabilidade de 0,14 e constataram uma diminuio da variabilidade gentica

    quando a produo foi ajustada.

    Em condies de ambiente diversas e sabendo que este influncia nas respostas da

    expresso gentica, bfalos mestios da raa Murrah foram estudados na costa Atlntica

    Colombiana e do Brasil foram estimada a herdabilidade da produo de leite para 240 e 270

    dias (0,21 e 0,20) dos respectivos pases, (Hurtago-Lugo 2009). Outros autores relatam

    herdabilidades semelhantes e que a produo de leite sofre grande influncia ambiental

    Campos et al.(2007) 0,22 em bfalos; Berry et al.(2003) 0,26 e Miglior et al.(2009) 0,22 em

    bovinos).

    Ghaffar et al.(2007), avaliando bubalinos com durao de lactao mdia de 218,97

    122 dias, estimara, herdabilidades para a produo de leite e durao da lactao de bfalas no

    Paquisto de 0,20 e 0,024, respectivamente. Esse valor da herdabilidade sugere que apenas a

    seleo direta para a produo de leite traria resultados favorveis.

    A produo de leite das bfalas em mdia no Brasil encontram-se valores abaixo de 305

    dias de produo, j Tonhati et al.(2000) relata valores de 250 dias em mdia. Devido ao

    ajuste ser uma cpia das metodologias aplicadas em bovinos, sabemos que os bfalos so

    animais diferentes em inmeras caractersticas. Assim o modelo mais prximo da realidade de

    produo dos bubalinos seria o modelo PL270 dias.

    As estimativas dos modelos PL_5% e PL_10%, excluses a 5% e 10% respectivamente,

    obtiveram os menores valores de herdabilidade (0,19 e 0,20). Tonhati et al.(2004) estimou

    herdabilidades para bfalas Murrah de 0,14 para o ajuste de 270 e 305 dias e excluram

    lactaes menores que 100 dias. Fac et al. (2009) excluram lactaes menores que 120 dias,

    estimando herdabilidade entre os grupos genticos Gir x Holands de 0,31.

    PPGG

    BC

  • 32

    As estimaes das varincias do modelo PL_10% tiveram valores ligeiramente

    superiores ao modelo PL_5%, com diminuio da varincia gentica quando aumentou a

    porcentagem de lactaes curtas excludas. Baldi et al.(2011) relataram resultados semelhante

    em seu estudo com bubalinos. Estes resultados so diferentes dos relatados por Madalena et

    al.(1992), em que maior variabilidade foi obtida com a incluso dos registros de curta durao

    (

  • 33

    Entretanto, Madalena et al.(1988), Madalena et al.(1992) recomendaram no excluir

    lactaes curtas de origem gentica, evitando a reduo da variabilidade, eles indicam

    excluses em produes anormais, erros na coleta de dados e doenas. Madalena et al.(1992)

    concluram que a excluso das lactaes curtas inferiores a 100 dias de durao, promove

    estimativas viesadas e essa magnitude do vis depender da proporo de registros excludos

    e essa diminuio da variabilidade relatada em bovinos mestios Holands Vermelho e

    Branco e Guzer.

    Assim, Baldi et al.(2011), relataram que a incluso de lactaes curtas a partir de 90

    dias, aumentou a estimativa de herdabilidade, por proporcionar uma diminuio das variaes

    ambientais, melhorando as avaliaes genticas de bfalas leiteiras. Alm da preciso da

    estimativa para registros de 90 ou 150 dias em que eram semelhantes.

    Tonhati et al.(2004) avaliando ajustes a 90, 240, 270 e 305 dias para Murrah excluindo

    lactaes menores que 50 dias (ajuste 90 dias) e excluso de 100 dias para o restante dos

    modelos. Assim, para se obter ganho gentico em produes at 305 dias deve-se observar a

    produes a partir das lactaes inicias e por isso de suma importncia a incluso de

    lactaes menores que 90 dias.

    Nos modelos PL_5% e PL_10% as varincias de efeito permanente foram superiores

    aos demais modelos, sendo ligeiramente superior no modelo PL_10%, sugerindo que algumas

    lactaes curtas, que foram excludas, podem ter sido devido a algum acidente/doena que a

    vaca sofreu durante sua vida produtiva.

    Por outro lado, Baldi et al.(2011) no modelo com o ajuste (270 e 305 dias) e com

    excluso (menores que 90 e 150 dias de lactao), apresentaram varincia de efeito

    permanente mais alta, comparado com o modelo de fator de correo. Esse aumento da

    varincia de ambiente permanente resultou em herdabilidades mais baixa.

    A estimativa de herdabilidade do modelo Pl_CO foi (0,23), semelhante aos modelos

    PL_305 e PL_270 (0,23 e 0,22, respectivamente). Resultados semelhantes foram encontrados

    por Baldi et al.(2011), comparando trs metodologias: lactaes ajustadas pela produo, com

    a utilizao de fatores multiplicativos e com a incluso de co-varivel no modelo, estimaram

    PPGG

    BC

  • 34

    herdabilidade de para os ajustes a 150-270, 90-270, 150-305 e 90-305 (0,23; 0,23;0,24 e 0,23

    respectivamente).

    A incluso da durao da lactao como co-varivel (PL_CO) apresentou valores

    inferiores de varincia ambiental aos modelos PL305, PL_5% e PL_10% e estimativa similar

    de herdabilidade aos modelos PL305 e PL270. Fac et al.(2009) obtiveram menores

    estimativas de varincias e herdabilidade para o modelo que foi ajustado para a durao da

    lactao (com a incluso da co-varivel durao da lactao). Esse resultado corrobora com

    Baldi et al.(2011) que relataram varincias genticas inferiores com a incluso da durao da

    lactao como co-varivel em comparao ao uso de fatores multiplicativos e com o modelo

    sem ajuste.

    Baldi et al. (2011) afirmaram ainda que independente do mtodo utilizado, a incluso

    das lactaes curtas so importantes na seleo e que o ajuste com a utilizao da co-varivel

    apresentaram menores valores de herdabilidade comparados com o modelo de fatores

    multiplicativos. Resultado semelhante foi encontrado Tonhati et al.(2007) avaliando bfalos

    nas mesmas metodologias de ajuste da lactao, fator de correo multiplicativo e durao da

    lactao como co-varivel.

    Fac et al. (2009) utilizando trs metodologias em que: a (ajustada para a durao da

    lactao como co-varivel), b excluso de lactaes curtas

  • 35

    e PL_10%, com relao ao modelo que foi mais prximo o PL_CO teve uma varincia

    gentica superior ao PL270, assim herdabilidade no sofreu influncia. Por outro lado, Baldi

    et al.(2011) e Tonhati et al.(2007) nos modelos de ajuste da lactao e durao da lactao

    como co-varivel obtiveram as varincias de efeito permanente superiores em comparao ao

    modelo com fator de correo multiplicativo, resultando em herdabilidades mais baixas.

    O modelo PL_EF teve os menores valores para as estimativas dos componentes de

    varincia e o maior valor da herdabilidade (0,26). Assim como Silva et al.(2001), observaram

    reduo na estimativa da varincia residual com a incluso do efeito fixo durao da lactao

    em trs nveis, para bovinos ectipo Mantiqueira avaliando a produo de leite e estimaram a

    herdabilidade de 0,22, inferior a estimativa dos nossos resultados.

    Tonhati et al.(2008) analisando a produo de leite total (lactao como efeito fixo) e a

    produo com ajuste de 305 dias, para bfalos Murrah no estado de So Paulo, encontraram

    herdabilidades de 0,22 e 0,19 para produo de leite nas duas condies. A estimativa de

    herdabilidade para a produo de leite total indica maiores ganhos genticos em caso de

    seleo das lactaes superiores do rebanho.

    Renn et al.(2002) avaliando bovinos da raa Pardo-Sua, utilizando fatores de

    correo multiplicativos da produo de leite, para um perodo de lactao de 305 dias como a

    durao da lactao agrupada em classes, estimaram herdabilidade da produo de leite igual

    a 0,37. Esse resultado foi semelhante ao relatado por Andrade et al.(2007) avaliando a mesma

    raa e metodologia semelhante.

    Em bovinos da raa Holandesa, Kadarmideen et al.(2000) estimando a herdabilidade e

    repetibilidade para a produo de leite 0,39 e 0,55 respectivamente, atravs da durao da

    lactao como efeito fixo. Obtiveram valores inferiores aos modelos de limiar que utilizam a

    estimativa em diferentes escalas, mas demonstrando que a estimativa foi satisfatria para a

    produo de leite.

    Por outra perspectiva, Sndergaard et al.(2002) utilizaram a durao da lactao em 3

    nveis avaliado a produo de leite e caractersticas reprodutivas. A herdabilidade estimada

    para a produo de leite foi de 0,22 para os animais da raa Holstein-Friesian, Dinamarqus

    PPGG

    BC

  • 36

    Red e Jersey. Os nveis quando considerados os iniciais tendem a uma produo menor em

    relao a menor idade produtiva do animal e que as raas quanto mais produtoras de leite,

    mais necessitam de um manejo intensivo.

    Os modelos que apresentaram menores AIC e menores BIC, ou seja, de melhores

    ajustes, em ordem decrescente, foram: PL_10%, PL_EF, PL_5%, PL270, PL_CO, PL305

    (Tabela 3). O modelo PL_10% apresentou os menores valores AIC e BIC, contudo,

    herdabilidade inferior (0,20) aos modelos: PL_EF (0,26), PL_CO (0,23), por exemplo.

    Em comparao aos dois modelos PL_10% e PL_EF tinham mesmo nmero de

    parmetros, mas o modelo B2 apresentou um valor de loglike (valor do logaritmo da funo

    de verossimilhana) inferior, provavelmente, ocasionado pelas excluses das lactaes curtas.

    A correlao (validao cruzada) realizada entre os modelos para a produo de leite teve a

    seguinte ordem: modelos PL_10% e PL_CO (0,76); PL305 e PL_5% (0,75); PL_EF e PL270

    (0,74) (Tabela 4). Os valores das correlaes da validao cruzada foram muito prximos,

    fato tambm ocorrido no calculo do AIC e BIC, dificultando a escolha de um modelo de

    melhor ajuste.

    Tabela 3. Estimativas de Critrio de informao de Akaike (AIC) e Critrio de informao

    bayesiano (BIC).

    Mdias

    MODELOS AIC BIC

    PL305 44006,6954 44048,6223

    PL270 43047,0802 43088,9690

    PL_5% 41935,6161 41977,1877

    PL_10% 39756,0399 39797,2398

    PL_CO 43448,1369 43496,0507

    PL_EF 40631,7271 40679,6409

    (3) Modelos: PL305: ajuste da durao da lactao para 305 dias; PL270: ajuste da durao da lactao para 270

    dias; PL_5%: excluso de lactaes curtas a 5%; PL_10%: excluso de lactaes curtas a 10%; PL_CO: lactao

    como co-varivel; PL_EF: lactao como efeito fixo.

    PPGG

    BC

  • 37

    Tabela 4. Estimativa da Mdia da Correlao entre os modelos (Validao Cruzada).

    Modelo Mdia da Correlao

    PL305 0,75

    PL270 0,74

    PL_5% 0,75

    PL_10% 0,76

    PL_CO 0,76

    PL_EF 0,74

    (4)Modelos: PL305: ajuste da durao da lactao para 305 dias; PL270: ajuste da durao da lactao para 270

    dias; PL_5%: excluso de lactaes curtas a 5%; PL_10%: excluso de lactaes curtas a 10%; PL_CO: lactao

    como co-varivel; PL_EF: lactao como efeito fixo.

    As correlaes entre os valores genticos de todos os touros (Tabela 5) foram

    significativas (P

  • 38

    Tabela 5. Correlao de Spearman entre os valores genticos de todos os touros com pelo

    menos 5 filhas com produo e lactao para os seis modelos de ajuste (P

  • 39

    Tabela 6. Correlao de Spearman entre os valores genticos dos touros TOP 10% com pelo

    menos 5 filhas com produo e lactao para os seis modelos de ajuste.

    Modelo PL305 PL270 PL_5% PL_10% PL_CO

    PL270 0,96***

    N 10

    PL_5% 0,90 *** 0,90 ***

    N 9 9

    PL_10% 0,83** 0,76 * 0,90***

    N 9 8 11

    PL_CO 0,95*** 0,96*** 0,93*** 0,81**

    N 10 9 10 10

    PL_EF 0,90*** 0,91*** 0,83** 0,73* 0,85**

    N 8 9 10 10 8

    *** P

  • 40

    Os modelos PL_5% e PL_10% tiveram resultados prximos. Pode-se notar, que nos

    touros com menores durao da lactao tiveram o rankeamento abaixo dos modelos PL305 e

    PL270. Isso possivelmente pode ter acontecido devido a superestimao dos valores genticos

    ocorridos nos modelo PL305, a exemplo, o touro 876 no modelo PL305 teve a 4 posio no

    rank e para o modelo PL_10% ele teve a 8 posio o que resultou em uma queda acentuada

    no valor gentico entre os modelos. E o nmero maior de excluses acabou provocando uma

    mudana maior no rank dos touros, ressaltando uma estimao inferior aos modelos PL_5% e

    PL_CO.

    As estimativas dos valores genticos pelo modelo PL_CO, em alguns touros, teve

    valores intermedirios aos modelos PL305 e PL270 e vrios ranking foram similares a estes

    dois modelos, corroborando as altas correlaes entre eles (0,95 e 0,96) nos TOP 10%. Em

    comparao aos modelos PL_5% e PL10%, os dois melhores touros foram iguais, contudo, o

    touro (5187) de menor mdia de durao da lactao (220 dias), teve grande diferena dos

    rankings para os modelos ajustados. Isso provavelmente ocorreu pela grande diferena dos

    ajustes (270 e 305 dias) e o real perodo de lactao.

    O modelo PL_EF apresentou as maiores discrepncias em relao a todos os outros

    modelos, resultado confirmado pelas menores correlaes deste modelo com os demais.

    Deve-se ressaltar os animais 651 e 611 que tiveram uma brusca queda no ranking comparado

    com todos os outros modelos, ocupando a 54 e 57 posio, respectivamente. Estes dois

    touros possuem durao da lactao superiores a 280 dias, contudo apresentaram grande

    variabilidade na produo de leite de suas filhas (20087501 e 22231046 kg,

    respectivamente), indicando que a utilizao da durao da lactao em classe como efeito

    fixo pode no ser adequada quando existe uma grande variabilidade na caracterstica.

    PPGG

    BC

  • 41

    Tabela 7. Valores genticos e ranking dos touros (entre parnteses) com pelo menos cinco

    filhas com lactao para os seis modelos.

    Pai PL305 PL270 PL_5% PL_10% PL_CO PL_EF DL

    Mdia

    VG PL

    3227 579 519 532 545 532 367 281 512 2334

    (1) (1) (1) (1) (1) (1) 41 68 595

    958 386 332 360 369 354 221 293 337 2118

    (2) (2) (2) (2) (2) (4) 36 54 1005

    2188 330 315 232 265 314 326 260 66 1571

    (3) (3) (4) (7) (3) (2) 50 51 612

    876 321 286 208 218 270 292 244 94 1416

    (4) (4) (5) (8) (5) (3) 39 45 304

    3648 282 248 250 266 274 209 290 103 2130

    (5) (5) (3) (5) (4) (5) 43 44 722

    3649 246 216 217 279 234 159 248 266 1884

    (6) (6) (6) (4) (6) (7) 40 40 869

    954 188 166 117 101 189 181 236 77 1490

    (7) (7) (8) (15) (7) (6) 42 39 285

    5187 181 121 * * 119 * 220 225 1260

    (8) (10) (20) (24) (9) (14) 26 37 248

    3886 176 * * * * * 275 297 1636

    (9) (15) (18) (19) (14) (30) 47 36 507

    2327 152 141 150 172 117 * 286 157 2039

    (10) (8) (7) (10) (10) (13) 48 35 663

    601 146 * 86 96 133 105 304 101 2165

    (11) (13) (11) (18) (8) (11) 23 26 716

    651 142 122 * * * * 288 225 2008

    (12) (9) (23) (32) (24) (54) 49 24 750

    960 * * * 99 * 106 276 139 2008

    (21) (20) (15) (16) (13) (10) 34 23 673

    4733 * * 84 143 107 * 264 107 1437

    (19) (17) (12) (11) (12) (31) 46 23 263

    950 * * 115 133 * 126 244 114 1725

    (15) (14) (9) (12) (17) (8) 36 21 249

    1645 * 118 * * * 126 242 105 1347

    (13) (12) (14) (21) (15) (9) 38 16 431

    539 * 120 103 * * 103 251 119 1703

    (14) (11) (10) (20) (18) (12) 30 12 356

    611 * * * * 112 * 286 96 2223

    (20) (19) (17) (23) (11) (57) 32 10 1046

    (7)

    Modelos: PL305: ajuste da durao da lactao para 305 dias; PL270: ajuste da durao da lactao para 270

    dias; PL_5%: excluso de lactaes curtas a 5%; PL_10%: excluso de lactaes curtas a 10%; PL_CO: lactao

    como co-varivel; PL_EF: lactao como efeito fixo. DL:Durao da lactao e o desvio da durao da lactao.

    Mdia VG: Mdia do Valor Gentico e o desvio. PL: Produo de leite e o desvio.

    PPGG

    BC

  • 42

    A escolha do melhor modelo no uma deciso fcil, possuindo diferentes critrios e

    interpretaes em cada pesquisa. Primeiramente, um modelo com maior herdabilidade

    desejvel. No nosso estudo apesar da variao da herdabilidade (0,19 a 0,26), os intervalos de

    credibilidade (Tabela 2) entre os modelos, indicam que as estimativas de herdabilidades,

    independentemente do modelo, no estatisticamente diferente das outras.

    Outro critrio importante a qualidade de ajuste do modelo (critrios Bayesianos e

    validao cruzada). Apesar de existir uma pequena diferena nos valores de AIC e BIC, os

    resultados da validao cruzada mostram que a qualidade de ajuste dos modelos bastante

    prxima, no podendo indicar um modelo com ajuste muito superior aos outros.

    Por sua vez, a correlao de ranking, a comparao dos valores genticos dos touros e a

    mdia da durao da lactao das filhas dos touros sugerem que o modelo de pior ajuste a

    durao da lactao como efeito fixo. J os modelos PL270 e PL305 possuem resultados de

    ranking prximos, contudo, devido a grande variabilidade da caracterstica durao da

    lactao em bubalinos, em uma avaliao nacional, o ajuste para um perodo fixo pode

    superestimar ou subestimar alguns valores genticos. Os dois modelos com excluses podem

    superestimar os valores genticos de touros que tiveram algumas filhas com curta durao da

    lactao e, possivelmente, menores produo de leite. Finalmente, o modelo PL_CO

    apresentou resultados intermedirios na maioria dos touros dos modelos PL270 e P305 e,

    deve ser usado quando existir grande variao da durao da lactao.

    PPGG

    BC

  • 43

    6. CONCLUSES

    A utilizao da durao da lactao como co-varivel, em avaliaes genticas de

    bubalinos de leite, uma estratgia adequada quando existir grande variabilidade na durao

    da lactao, como numa avaliao nacional.

    Os modelos PL305 e PL270 so alternativas para avaliaes de rebanhos/regionais

    quando a mdia da durao da lactao for prxima a um destes dois perodos.

    PPGG

    BC

  • 44

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    PPGG

    BC

  • 52

    8. ANEXOS

    Figura 2. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo de ajuste da durao da lactao aos 305 dias (PL305 Completo).

    Figura 3. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo de ajuste da durao da lactao aos 270 dias (PL270 Completo).

    PPGG

    BC

  • 53

    Figura 4. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo de excluso de lactaes curtas a 5% (PL_5% Completo).

    Figura 5. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo de excluso de lactaes curtas a 10% (PL_10% Completo).

    PPGG

    BC

  • 54

    Figura 6. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo da lactao como co- varivel (PL_CO Completo).

    Figura 7. Histograma da distribuio da herdabilidade do banco de dados com todas as informaes

    do modelo da lactao como efeito fixo (PL_EF Completo).

    PPGG

    BC

  • 55

    Figura 8. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados aleatoriamente

    em (1), contendo metade das informaes, do modelo de ajuste da durao da lactao aos 305 dias

    (PL305 Um).

    Figura 9. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados aleatoriamente

    em (1), contendo metade das informaes, do modelo de ajuste da durao da lactao aos 270 dias

    (PL270 Um).

    PPGG

    BC

  • 56

    Figura 10. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (1), contendo metade das informaes, do modelo de excluso de lactaes curtas a

    5% (PL_5% Um).

    Figura 11. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (1), contendo metade das informaes, do modelo de excluso de lactaes curtas a

    10% (PL_10% Um).

    PPGG

    BC

  • 57

    Figura 12. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (1), contendo metade das informaes, do modelo da lactao como (co) varivel

    (PL_CO Um).

    Figura 13. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (1), contendo metade das informaes, do modelo da lactao como efeito fixo

    (PL_EF Um).

    PPGG

    BC

  • 58

    Figura 14. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo de ajuste da durao da lactao

    aos 305 dias (PL305 Zero).

    Figura 15. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo de ajuste da durao da lactao

    aos 270 dias (PL270 Zero).

    PPGG

    BC

  • 59

    Figura 16. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo de excluso de lactaes curtas a

    5% (PL_5% Zero).

    Figura 17. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo de excluso de lactaes curtas a

    10% (PL_10% Zero).

    PPGG

    BC

  • 60

    Figura 18. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo da lactao como (co) varivel

    (PL_CO Zero).

    Figura 19. Histograma da distribuio da herdabilidade do Banco de dados classificados

    aleatoriamente em (0), contendo metade das informaes, do modelo da lactao como efeito fixo

    (PL_EF Zero).

    PPGG

    BC