ppc formaÇÃo de docentes - imbmarciliodias.seed.pr.gov.br · conhecimento em arte, percorrendo um...
TRANSCRIPT
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PPC
FORMAÇÃO
DE
DOCENTES
Itambaracá – Paraná
2012
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ARTE
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O curso de Formação de Docentes tem o compromisso de melhorar a formação de
professores para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, de
forma integrada sem prescindir dos conhecimentos das disciplinas da Base
Nacional Comum e das especificidades dos conhecimentos necessários para a
formação dos professores.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário desenvolver no processo pedagógico uma práxis no
ensino de Arte, entendida nestas Diretrizes como a articulação entre os aspectos
teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Pretende-se que os alunos
possam criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir suas
potencialidades criativas.
Utilizam-se os seguintes campos conceituais relativos ao objeto de estudo desta
disciplina:
– o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus
aspectos sensíveis e cognitivos;
– o conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo.
Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até
o contato com o público;
– o conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político, econômico
e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus
conteúdos explícitos e implícitos, além de possibilitar um aprofundamento na
investigação desse objeto.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento
em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experienciação
estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da
contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses campos
conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangem todos os
aspectos do objeto de estudo.
Nessa perspectiva o tratamento dos conteúdos específicos da área se dá por meio
da experienciação estética, que mobilizará no sujeito uma percepção da arte em
suas múltiplas dimensões cognitivas. No sentido amplo da cognição, isto implica
não apenas seu aspecto intelectual, mas uma totalidade que envolve de igual modo
os fatores racionais, emocionais e valorativos, de maneira a permitir a apreensão
plena da realidade (FARACO apud KUENZER, 2000).
Tratar das concepções da arte como imitação/representação e da arte como
expressão/ formalismo, nestas Diretrizes, é importante para que o professor analise
em que medida tais concepções fazem diferença no modo como ensina Arte na
escola. À parte das concepções abordadas, é fundamental que o ponto de vista
adotado seja suficientemente amplo para considerar os aspectos relevantes da arte
e do seu ensino, e, também, direcionado para oferecer conduções coerentes para o
pensamento e a ação pedagógica.
A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aliados à
práxis no ensino de Arte, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das
possíveis relações entre seus elementos constitutivos. Os conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade
que busca superar desigualdades e injustiças, vindo a constituir uma abordagem
fundamental para a compreensão desta disciplina.
Em Arte, a prática pedagógica contemplará as artes visuais, a dança, a música e o
teatro; cuja organização é semelhante entre os níveis e modalidades da educação
básica, sob a referência das relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.
Para o Ensino Fundamental, as formas de relação da arte com a sociedade serão
tratadas numa dimensão ampliada, com ênfase na associação da arte com a cultura
e da arte com a linguagem. Para o Ensino Médio, a partir de um aprofundamento
dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte e conhecimento, da arte
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
e trabalho criador e da arte e ideologia.
As Diretrizes Curriculares de Arte (2008) concebem que o currículo para a disciplina
de Arte, no Ensino Médio, deve ser organizado de forma a preservar o direito do
aluno de ter acesso ao conhecimento sistematizado, aprofundado, com objetivo de
validá-los cientificamente, ampliando-os e generalizando-os.
De acordo com as Diretrizes curriculares de Arte (2008), o objeto de estudo é o
conhecimento estético e o conhecimento da produção artística. O conhecimento
estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho
sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético
constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da
sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e
formações sociais em que se manifestam. Podem-se buscar contribuições nos
campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja mais
bem compreendido em relação às representações artísticas.
O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da
criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde
suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção,
o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem
como o modo de disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse
público e as formas de contato com ele, próprias da época da criação e divulgação
das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro.
Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, espera-se que o
professor trabalhe com os conhecimentos de sua formação – Artes Visuais, Teatro,
Música ou Dança –; que faça relações com os saberes das outras linguagens/áreas
de arte, e que proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência do
conhecimento em arte produzido historicamente pela humanidade.
OBJETIVOS GERAIS
Situar o aluno frente a uma sociedade construída historicamente e em constante
transformação.
Compreender o papel da teoria estética e concebê-la como uma definição, uma
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
referência para pensar a arte, gerando conhecimentos articulados a saberes
cognitivos, sensíveis e sócio históricos.
Conceber a Arte como possuidora de conhecimentos específicos, propiciando ao
aluno situações de aprendizagem que visam ao entendimento da diversidade
cultural e à importância dos bens culturais como um conjunto de saberes.
Colaborando ainda para que o mesmo além de fruir arte, se entenda como parte de
um sistema formador/transformador da cultura e da sociedade.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Arte no Ensino Básico contempla as linguagens das Artes Visuais,
da Dança, da Música e do Teatro, cujos conteúdos estruturantes estão articulados
entre si, compreendem aspectos significativos do objeto de estudo e possibilitam a
organização dos conteúdos específicos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o Ensino Fundamental e
Médio envolvem os Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos, ou
seja, os elementos básicos das linguagens artísticas; produções/manifestações
artísticas e elementos contextualizadores.
Tais conteúdos estruturantes apresentam uma unidade interdependente e permitem
uma correspondência entre as linguagens. De cada um dos conteúdos
estruturantes, podem-se destacar aspectos de abordagem, conforme a linguagem
trabalhada.
O conhecimento dos elementos básicos das linguagens, tomados pelo professor
como conteúdos de Arte, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das
produções/ manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento
de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia.
• ÁREA MÚSICA
• CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• ELEMENTOS FORMAIS • COMPOSIÇÃO• CONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIE• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Escalas
• Modal, Tonal e fusão
• de ambos.
• Gêneros: erudito,
• clássico, popular,
• étnico, folclórico,
• Pop ...
• Técnicas: vocal,
• instrumental,
• eletrônica,
• informática e mista
• Improvisação
ÁREA ARTES VISUAIS
• CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES• ELEMENTOS FORMAIS • COMPOSIÇÃO• Ponto
• Linha
• Forma
• Textura
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
• Bidimensional
• Tridimensional
• Figura e fundo
• Figurativo
• Abstrato
• Perspectiva
• Semelhanças
• Contrastes
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Ritmo Visual
• Simetria
• Deformação
• Estilização
• Técnica: Pintura,
• desenho,
• modelagem,
• instalação
• performance,
• fotografia, gravura
• e esculturas,
• arquitetura, história
• em quadrinhos...
• Gêneros: paisagem,
• natureza-morta,
• Cenas do Cotidiano,
• Histórica, Religiosa,
• da Mitologia...
•
ÁREA TEATRO
• CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES• ELEMENTOS FORMAIS • COMPOSIÇÃO
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Personagem:
• expressões
• corporais,
• vocais,
• gestuais e
• faciais
• Ação
• Espaço
• Técnicas: jogos
• teatrais, teatro direto
• e indireto, mímica,
• ensaio, Teatro-Fórum
• Roteiro
• Encenação e leitura
• dramática
• Gêneros: Tragédia,
• Comédia, Drama e
• Épico
• Dramaturgia
• Representação nas
• mídias
• Caracterização
• Cenografia,
• sonoplastia, figurino
• e iluminação
• Direção
• Produção
•
ÁREA DANÇA
• CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES• ELEMENTOS FORMAIS • COMPOSIÇÃO
• Movimento
• Corporal
• Tempo
• Espaço
• Kinesfera
• Fluxo
• Peso
• Eixo
• Salto e Queda
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Giro
• Rolamento
• Movimentos
• articulares
• Lento, rápido e moderado
• Aceleração e desaceleração
• Níveis
• Deslocamento
• Direções
• Planos
• Improvisação
• Coreografia
• Gêneros: Espetáculo,
• industria cultural,
• étnica, folclórica,
• populares e salão
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Sob os enfoques estabelecidos para o Ensino Médio, nas Diretrizes Curriculares,
quais sejam: arte, cultura e linguagem, o tratamento dos conteúdos deverá
considerar:
– as produções/manifestações artísticas presentes na comunidade, na região e nas
várias dimensões de cultura, entendendo-as como bens culturais materiais e
imateriais;
– as peculiaridades culturais de cada aluno e escola como ponto de partida para a
ampliação dos saberes em arte;
– as situações de aprendizagem que permitam ao aluno compreender os processos
de criação e execução nas linguagens artísticas;
– a experienciação estética como meio fundamental para ressignificar esse
componente curricular, levando em conta que essa prática favorece o
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da
Arte, três momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o
aluno tenha vivenciado cada um deles.
No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de
prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos e na
leitura de obras de arte.
Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do
conhecimento em Arte, percorrendo um arco que se inicia nos elementos formais,
com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com
exercícios cognitivos, abstratos (Ensino Médio).
Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra postura
metodológica, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade
da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos
formais, composição e movimentos e períodos, relacionados entre si e
demonstrando que são interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da
arte como forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador,
proposto na Diretriz Curricular.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e
virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na
cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço,
sendo importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o
cotidiano do aluno, para a percepção dos modos de estruturar e compor as artes
visuais na cultura destes povos.
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no
tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar
e compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões
acerca das relações entre o movimento e dos conceitos a respeito do corpo e da
dança, uma vez que refletem esteticamente recortes da realidade. Assim, o trabalho
é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros
períodos históricos. E para o estudo de teorias da dança, do movimento corporal,
tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e
períodos da dança.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no
cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se priorizar no
tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem
como a identificação de suas prioridades, variações e maneiras intencionais de
como esses sons são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta
propiciará o conhecimento da organização desses elementos nos repertórios
pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de
improvisação e composição no trabalho com os personagens, com o espaço da
cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos, clássicos
ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do Teatro na
escola também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos
elementos formadores dessa linguagem, de forma a proporcionar ao aluno
conhecimentos por meio do ato de dramatizar.
Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua
articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se
originaram. E também das teorias do teatro, como uma forma de percepção dos
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis, como produção
de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto, e este trabalho poderá enfocar
o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando
a mídia e os recursos tecnológicos na arte, tendo em vista o caráter criativo da arte,
a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social.
Os temas sobre os desafios Sócios Educacionais serão trabalhados, em todas as
séries, de forma articulada com os conteúdos da disciplina na medida em que os
mesmos assim exigirem. Será utilizada a problematização, contextualização,
interdisciplinaridade, pesquisa, atividade em grupo, entre outros, como estratégias
de ensino e aprendizagem, garantindo a interatividade nesse processo e a
construção de conceitos de forma significativa para o aluno.
Durante o desenvolvimento do conteúdo da disciplina será também contemplada a
Lei 11.645 de 10 de março de 2008 que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e indígena”.
Essas leis alteram a Lei de Diretrizes e Bases e têm o objetivo de promover uma
educação que reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com a construção
da identidade, de valores e afetos a partir das heranças culturais com as origens do
povo brasileiro, abordando a história e cultura afro-brasileira, africana e cultura
indígena.
A discussão das temáticas em sala tem como objetivo esclarecer que o negro faz
parte da categoria de descendente na formação cultural e social do povo brasileiro,
envolvendo questões relacionadas à África e a africanidades, para que o aluno
reconheça a importância da África para o mundo e principalmente para o Brasil na
formação do povo brasileiro. Serão utilizados textos, formas artísticas populares da
cultura afro, indígenas, assim como de pessoas que lutaram pelas igualdades
raciais como Mandela, Che Guevara, Madre Teresa de Calcutá, para instigar o
aluno a entender o respeito, não como mera tolerância, mas como diálogo em que
os seres humanos diferentes espelham-se uns nos outros, sem sentimentos de
superioridade ou inferioridade.
A educação do campo nas escolas públicas vem resgatar uma dívida histórica
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
social e será abordada nos conteúdos sob ótica da ordem política e econômico-
financeira, decorrente no local de vivência do alunado, e ainda contemplará os
conflitos resultantes da má distribuição ecológica e econômica do patrimônio natural
e material, produzindo riqueza e pobreza como efeito da degradação ambiental, e
possibilitará a identificação e o conhecimento dos laços de identidade do campo
com o cidadão, as manifestações populares e o trabalho, assim como as riquezas
naturais e as produções agrícolas com vistas è preservação do meio ambiente
cultivada na região. Serão utilizadas formas artísticas populares locais e do
cotidiano dos alunos artes e culturas dos povos da comunidade local, produção de
trabalhos visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social (gêneros,
paisagens e cenas do cotidiano rural) e de teatro de fantoches.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nestas Diretrizes Curriculares é
diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para
planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre
o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão
de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o
aluno.
Para se tratar da avaliação em Arte, é preciso referir-se ao conhecimento específico
das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos práticos quanto conceituais e
teóricos, pois uma avaliação consistente permite ao aluno posicionar-se em relação
aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Ainda, é preciso que o professor
conheça a linguagem artística em questão.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento
da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos
artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Por meio desses instrumentos, o professor terá uma compreensão ampla e
necessária para planejar e acompanhar a aprendizagem durante o ano letivo, com o
propósito das seguintes viabilidades para aprender:
- Compreender, estruturar e organizar a arte e sua relação com a sociedade
contemporânea;
- Produção artística a partir da atuação do sujeito em sua realidade singular e
social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Recuperação Paralela de Conteúdos
Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada ao longo do
período letivo a recuperação de estudos de forma paralela/concomitante com
acompanhamento sistemático. O professor considerará a aprendizagem do aluno
no decorrer do processo e para aferição do período letivo, entre a nota da avaliação
e a da recuperação de estudos prevalecerá sempre a maior.
As defasagens detectadas na aprendizagem dos conteúdos serão recuperadas por
meio da retomada dos conteúdos trabalhados, utilizando instrumentos de avaliação
e metodologias diversificadas como: revisão dos conteúdos não assimilados,
discussão, explicitação e correção dos erros nas provas e testes realizados,
trabalho extraclasse, resolução de atividades individualmente ou em grupo com
acompanhamento durante as aulas e uma nova oportunidade de avaliação.
REFERÊNCIAS:
Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.
Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.
Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo – Governo do Paraná, 1998.
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para
crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
as Séries Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretoria de políticas e Problemas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Série Cadernos Temáticos dos Desafios
Educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED – PR., 2008.
FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
BIOLOGIA
Série Número de aulas semanais
1º Ano 2
2º Ano 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O fenômeno “vida”, bem como a sua diversidade de manifestações é objeto de
estudo da Biologia. Segundo Bertoni (2007) pensar sobre o fenômeno vida enquanto
objeto de estudo da biologia implica pensar sobre o ensino desse conhecimento
enquanto disciplina de biologia (conhecimento científico escolar) nos diferentes
níveis e especialidades educacionais, com o propósito de compreender tal
fenômeno. A biologia, disciplina escolar, tem como ciência de referência a biologia
no campo pesquisa científica.
Difícil pensar que todo o conhecimento biológico produzido no âmbito da pesquisa
possa ser mediado e ensinado nas disciplinas escolares na forma de conhecimentos
científicos escolares. Isso remete ao entendimento de que é necessário selecionar
conhecimentos específicos para o currículo dessa disciplina, estabelecendo critérios
coerentes para essa seleção e definir estratégias para se ensinar tais
conhecimentos.
O ensino da Biologia permite a compreensão da natureza e dos limites dos
diferentes sistemas explicativos, e ainda, a compreensão de que a Ciência não tem
resposta para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser
questionada e de se transformar. Nesta perspectiva os conceitos científicos devem
ser apresentados como resultado de uma construção socializada, que conta com a
imaginação, a intuição e a emoção e é
influenciada pelo contexto histórico e econômico. Ao trabalhar tais conceitos, é
importante considerar o conhecimento prévio do aluno e enfatizar a aprender a
pensar e o pensar para aprender.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica deve-se
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
buscar superar a fragmentação do conhecimento por meio da seleção de fatos,
conceitos e teorias que promovam aprendizagens significativas e funcionais e pela
superação das fronteiras entre disciplinas.
Nesse processo, é imprescindível o compromisso com a flexibilidade, a diversidade
e com a contextualização dos conteúdos, de acordo com o desenvolvimento das
estruturas cognitivas do aluno. Tais exigências vinculam- se ao princípio segundo o
qual o ensino da Biologia não deve priorizar a transmissão de informações, mas sim
a formação de atitudes e valores que promovam um aprofundamento no
conhecimento científico sobre a vida, bem como a admiração e o respeito por ela.
É importante reconhecer e utilizar os conceitos intrínsecos da Biologia e apresentar
suposições, hipóteses, expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos
fenômenos biológicos, relacionando os diversos conteúdos conceituais de Biologia
na/pela compreensão de fenômenos.
É necessário formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas
apresentados, utilizando-se de elementos da Biologia e reconhecendo a Biologia
como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais,
políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos. É preciso identificar a
interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum
relacionados a aspectos biológicos reconhecendo o ser humano como agente e
paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente e julgar
ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente e identificar as
relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico,
considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de
desenvolvimento sustentável.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
Considerando que o curso de formação de docentes contempla a disciplina de
Biologia apenas nas 1as e 2as séries os conteúdos estruturantes e específicos
foram organizados, distribuídos e adequados a essas séries focando os seguintes
aspectos:
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
a formação da cidadania;
preparo para o trabalho;
saúde;
educação ambiental;
a bioética;
os avanços biológicos no contexto da vida.
1º ANO
Histórico, importância e abrangência da Biologia.
Organização Celular e Molecular:
Histórico e métodos de estudo;
Aspectos físico-químicos da célula;
Membrana;
Citoplasma;
Núcleo;
Divisão celular;
Histologia;
Reprodução, Embriologia, Sexualidade e Saúde
Bioética;
Biotecnologia;
Biodiversidade;
Biomas terrestres e aquáticos;
Relações ecológicas;
Ecossistemas;
Ciclos biogeoquímicos;
Desequilíbrio ambiental urbano e rural;
Educação ambiental;
Pesquisas científicas e biológicas.
2º ANO
Organização e distribuição dos Seres Vivos;
Os seres vivos e o ambiente;
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Classificação geral nos reinos;
Origem das espécies;
Fisiologia comparada;
Pesquisas científicas e biológicas;
Ciência e saúde;
Bioética;
Biotecnologia;
Processo de Modificação dos Seres Vivos;
Origem e evolução da vida;
Genética;
Biotecnologia.
Implicações dos Avanços Biológicos no Contexto da Vida
Bioética;
Ciência e saúde;
Pesquisas científicas biológicas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
De acordo com o exposto nas DCEs, a ciência sempre esteve sujeita às
interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos
valores e ideologias e às necessidades materiais do homem. Ao mesmo tempo em
que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002).
Em meio a estas necessidades humanas, a ciência visa encontrar explicações sobre
os fatos. As indagações acerca da própria ciência demarcam saltos qualitativos do
conhecimento científico, fortalecendo a concepção de uma ciência que nasce da luta
contra o obscurantismo e a superação do senso comum, em que a história da
ciência deve ser tão crítica quanto à própria ciência (ASTOLFI & DEVELAY, 1991;
LOVO, 2000).
A ciência reflete, o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais,
políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos. Em outros
termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção promoveu
intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a ciência
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista,
mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em resposta
às necessidades da sociedade.
Os paradigmas do pensamento biológico identificados compõem os conteúdos
estruturantes para a disciplina de Biologia a partir dos quais, abordam-se os
conteúdos básicos e específicos.
A Ciência é intrinsecamente histórica e a disciplina de Biologia contribui para formar
sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento
acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações,
ou seja:
- na organização dos seres vivos;
- no funcionamento dos mecanismos biológicos;
- no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,
hereditariedade e relações ecológicas;
- na análise da manipulação genética.
No ensino de Biologia, o ato de observar extrapola o olhar descomprometido ou o
simples registro, pois inclui a identificação de variáveis relevantes e de medidas
adequadas para o uso de instrumentais. Entretanto, considera-se a intencionalidade
do observador, uma vez que ele é o sujeito do processo de observação, o que
implica reconhecer a sua subjetividade.
Nesta perspectiva deve ser adotado o método experimental como recurso de ensino
para uma visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem a preocupação de busca
de resultados únicos. A observação e experimentação são tomadas como
procedimento de investigação, dada sua importância como responsável pelos
avanços da pesquisa no campo da Biologia. Entretanto, os experimentos devem
estar sempre amparados pelos dispositivos legais vigentes, tais como:
• Lei Estadual do Paraná n. 14.037, de 20 de março de 2003, que institui o
Código Estadual de Proteção aos animais;
• Lei de Biossegurança;
• Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);
• Política Nacional da Biodiversidade.
Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino com
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ênfase exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção do
conhecimento científico, e apontar soluções que permitam a construção racional do
conhecimento científico em sala de aula, sem dissociar as implicações deste
conhecimento para o ser humano.
Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de reflexão
teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação como
possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas das
teóricas.
As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino pensado e
estruturado pelo professor, repensando-se inclusive, o local onde possam acontecer,
não ficando restritas ao espaço de laboratório.
As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas teóricas, mas
pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno pela
participação ativa no processo pedagógico.
Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos
históricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para
revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação
dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO, 1983).
O professor e o aluno comportam-se como sujeitos sócio-históricos situados numa
classe social. Ao professor compete direcionar o processo pedagógico, interferir e
criar condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno como
especificidade de seu papel social na relação pedagógica. Se por um lado os
conhecimentos biológicos proporcionam ao aluno a aproximação com a experiência
concreta dele, por outro, constituem elementos de análise crítica para superar
concepções anteriores, estereótipos e pressões difusas da ideologia dominante
(SNYDERS, 1974; LIBÂNEO, 1983).
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre das
relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a
compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade (SAVIANI, 1997;
LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber
elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como
atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o aluno seja agente
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
desta apropriação do conhecimento.
O processo ensino e aprendizagem deve valorizar a construção histórica dos
conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada. A
formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico consolida-se por meio de um trabalho
em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas
anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a
produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno VIDA.
É fundamental, que se estabeleça uma relação entre o aluno, o professor e o
conhecimento científico, na perspectiva da aprendizagem significativa do
conhecimento historicamente acumulado, da formação de uma concepção de
Biologia e sua relação com a Tecnologia e com a Sociedade.
Desta maneira, a metodologia a ser utilizada dentro desta perspectiva, inclui além do
aproveitamento dos conhecimentos prévios dos alunos através da problematização,
e as práticas sociais, as aulas experimentais, debates, palestras, estudo de textos,
excursões, visitas (estudo do meio) aulas expositivas, trabalhos e técnicas em
grupo, seminários, oficinas e desenvolvimento de projetos mais pontuais. O livro
didático utilizado é do Plano Nacional do Livro Didático.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação inclui práticas diversas e integra os vários momentos do
desenvolvimento curricular implicando na realização de várias operações
interligadas. Os instrumentos a serem utilizados deverão ser diversificados,
atendendo as diferenças individuais, como por exemplo: pesquisas, provas orais e
escritas, objetivas e subjetivas, testes, observação direta, entre outros.
É fundamental que esta avaliação se processe de forma contínua. A Recuperação
de Estudos é aplicada durante todo o ano letivo logo após a correção das atividades
de avaliação, através da aula do erro, avaliações substitutivas, exercícios de revisão
entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS, J.M., MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna . 2.ed.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
São Paulo: Moderna, 1997.
AMABIS, J.M. ,MARTHO, G.R. Conceitos de Biologia. 3v. São Paulo: Moderna,
2003.
BERTONI, DANISLEI. Um estudo dos estilos de pensamento biológico sobre o
fenômeno vida. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba,
2007.
BIZZO,N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática: 2002.
CARVALHO, W. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.
CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Integrada. São Paulo: FTD, 2003. (Coleção Delta).
FAVARETTO,J.A., MERCADANTE, C. Biologia. São Paulo: Moderna,1999.
KRASILCHIK, Myrian. Prática do ensino de biologia. 2a ed. São Paulo:
Harbra,1986.
LINHARES, S. GEWANDSZNAJDER,F. Biologia hoje. 3v. São Paulo: Ática: 2006.
LOPES, Sonia Bio. 1a.ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
LOPES, S. e ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2004.
MACHADO, Sídio. Biologia. São Paulo: Scipione, 2003.
NARDI, Roberto(org) Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo:
Escrituras, 1998.
PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.
_______. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba,
2006.
_______.Vários Autores. Livro Didático Público – Biologia – Ensino Médio. Curitiba,
2006.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PAULINO, W.R. Biologia. São Paulo: Ática, 2000.
SILVA, CESAR JR. SASSON, Sezar. Biología. 2a.ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
SOARES, J.L. Biologia. São Paulo: Scipione, 1997.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
EDUCAÇÃO FÍSICA
Série Número de aulas semanais
1º Ano 2
2º Ano 2
3º Ano 2
4º Ano 2
APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
Historicamente a disciplina de Educação Física chegou ao Brasil vinda da Europa, e
sendo adotada seguindo conhecimentos médicos e servindo para as instruções
militares sob a denominação de ginástica, que visava o mais o desenvolvimento da
saúde e o despertar da formação moral dos cidadãos, pois evidenciava as práticas
voltadas principalmente para a auto-disciplina e formação do caráter, além das
habilidades físicas.
A concepção militarista desse período histórico serviu para o desenvolvimento
industrial brasileiro, pois os alunos eram levados a desenvolver corpos saudáveis e
aptos para trabalhar e produzir muito nas indústrias, mediante uma mentalidade
mecanicista da produção em alta escala, na qual o corpo é mais importante que o
intelecto.
Com a perspectiva do final do regime militar, em meados de 80, o pensamento
pedagógico começa a se renovar e a Educação Física deixa de ser encarada como
conhecimento escolar, ou seja, se questionou se a Educação Física e seu
paradigma de aptidão física e práticas esportivas somente, e houve a proposta da
idéia de movimentos corporais, habilidades motoras e as dimensões afetivas,
psicológicas e cognitivas do ser humanos como elementos a serem considerados
pela disciplina de Educação Física na escola.
Desde então vem ocorrendo críticas e análises das concepções tradicionais da
Educação Física, que serviram para mudar ideologias e pressupostos teóricos de
seu conteúdo social e escolar, apontando assim para práticas voltadas para
chamada Cultura do Corpo, baseada em conteúdos como o esporte, os jogos e
brincadeiras, a ginástica, as lutas e a dança. Ou seja, o conceito de Educação
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Física mudou sua ideologia militar disciplinadora para a Cultura corporal histórica,
na qual o educando é levado a conhecer seu próprio corpo, seus movimentos
humanos por meio de um saber organizado e sistematizado como conhecimento
escolar. Desse modo, é importante a presença da disciplina de Educação Física
nos currículos escolares, pois dentro desse atual paradigma histórico os
educandos são levados a tomar consciência sobre seus corpos, não mais apenas
no sentido biológico, mas, sobretudo, sob a perspectiva das relações sociais. A
Educação Física deixa, assim, seu papel de instrumento coadjuvante dentro do
processo educacional para ocupar o lugar de participante, e como tal, passa a
contribuir o educando cada vez mais um sujeito nesse processo. Com isso é
preciso que o próprio professor da disciplina entenda as mudanças teóricas
ocorridas ao longo do tempo, ou seja, a concepção teórica de treinamento e
aprimoramento da força física do homem, deu historicamente lugar á concepção
sociológica de que o conhecimento de seu corpo, o despertar de suas habilidades
e competências corporais são elementos humanos que devem fazer parte do
crescimento social do educando.
Portanto é preciso que fique claro que a justificativa para o conhecimento da
disciplina de Educação Física é de que seu objeto de estudo é o conhecimento e o
desenvolver da Cultura Corporal do educando, sendo ele o sujeito de si mesmo e
não mais ele sendo uma mera máquina produtiva dos sistemas político e
econômico. O Colégio Estadual Marcílio Dias oferta as seguintes modalidades de
ensino : anos finais do ensino fundamental, médio regular e profissional e Eja
(educação de jovens e adultos) fase II e ensino médio. Nesse sentido nossa
proposta abrange todos esses níveis de ensino pois os conteúdos estruturantes são
os mesmo para todos os níveis atendendo as especificidades de cada modalidade
numa complexidade crescente , ou seja partindo das experiências e conhecimento
trazidas pelos educandos em relação a sua cultura corporal a partir do o do seu
ingresso no 6º ano no ensino fundamental ,passando por um processo pedagógico
até a finalização do ensino médio regular ou profissional. A educação de jovens e
adultos EJA por sua vez por atender pessoas fora da idade escolar normal que
reingressam no processo de escolarização formal tem em suas diretrizes
curriculares orientações especificas e peculiares ao curso. Em suas concepções
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
pedagógicas apresentam 03 eixos que norteiam toda sua ação pedagógica que são
: cultura, trabalho e tempo.
OBJETIVOS
- Estimular a participação de todos os alunos , especificando os objetivos de cada
atividade, para que tenham consciência do seu benefício da atividade física como
instrumento de comunicação, expressão de sentimentos emoções, de lazer e de
manutenção e melhoria da saúde.
- Melhorar o desenvolvimento corporal nos aspectos afetivos, cognitivos e motores
através das manifestações esportivas, ginástica,brincadeiras. brinquedos, jogos ,
lutas e manifestações estético corporais.
- Produzir o conhecimento de forma crítico reflexiva , estabelecendo um diálogo
permanente com o cotidiano de professores e alunos na ação pedagógica
estimulando assim o verdadeiro exercício da cidadania.
CONTEÚDOS
De acordo com as Diretrizes Curriculares, os chamados Conteúdos
Estruturantes devem contemplar uma gama ampla de conhecimentos e precisam
receber uma abordagem sempre complexa e crescente, pois a Cultura Corporal,, o
grande objeto da Educação Física, ultrapassa o campo biológico e motriz. Os
aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos contemplam, atualmente o
universo teórico da Educação Física, portanto sua abordagem faz parte importante
dos fundamentos da disciplina.
ESPORTE. O profissional da disciplina deve ter consciência dos elementos
históricos e sociais que são os responsáveis pela prática histórica e cultural do
esporte em nossa cultura e, assim, procurar tornar o seu conhecimento como um
saber escolar e a sua prática como uma atividade que sirva de aprimoramento do
lazer, da saúde e das relações socais.
É importante que o esporte não seja confundido com competição, sem o ideal
ou a conotação econômica da profissionalização, conforme ressalta (BRACHT,
2005, passim). O esporte na escola e como conteúdo da disciplina de Educação
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Física deve sim servir de espaço para a produção da cultura esportiva, para o
aprendizado de suas técnicas e regras em suas várias modalidades e também par
ao desenvolvimento no educando, de seu senso crítico das próprias
manifestações esportivas e da expressão social e histórica que o esporte possui
dentro de nossa cultural.
JOGOS E BRINCADEIRAS. Esses funcionam como complementações,
conforme suas especificações. As regras dos vários jogos e brincadeiras ensinam
aos educandos noções claras do significado e importância dos limites e de
liberdade dentro de um grupo. Ao mesmo tempo, eles permitem que a proposta da
flexibilidade, da organização e da convivência coletiva, sem que haja a
subordinação de um a outro. Ainda é possível atingir um alto grau de reflexão
crítica que elimina desigualdades já que sua adoção predispõe o educando a
buscar alternativas para a participação de todos, além de despertar a capacidade
criativa e imaginária dos educandos.
GINÁSTICA. Teoricamente a ginástica é a prática que permite ao educando
identificar e conhecer as possibilidades reais de seu corpo. Durante sua prática o
objetivo é também de fornecer ao educando conhecimentos e argumentos para
questionar os atuais padrões da estética e identificar os exageros cometidos com os
exercícios físicos em nome do culto pelo corpo. Sua adoção visa o desenvolvimento
padrão de alguns movimentos, aquisição de força física, posto que os exercícios
físicos influenciam na melhora das funções orgânicas, do desempenho muscular e
da melhoria da condição atléticas. A ginástica pode ainda servir de ponte para o
diálogo interdisciplinar, pois possibilita a interação das práticas especificas com as
práticas imitativas dos animais, a relação com as práticas circenses, com as formas
geométricas, com objetos entre outras possibilidades.
LUTAS. Como os demais conteúdos, as lutas possibilitam várias formas de
conhecer a sociedade na qual o educando vive. Historicamente, as lutas possuem
simbologias e significados diversificados e muito fortes entre suas várias práticas
culturais, especialmente entre culturais ocidentais e orientais, conforme salienta
(CORDEIRO Jr, 1999, passim). Ressaltando que muito embora as lutas estejam
associadas ao contato corporal direto elas embutem em sua simbologia elementos
que remetem os educandos a conhecimentos históricos de outras épocas e sobre
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
outros povos. E ainda, sua prática colabora para a melhoria do trabalho corporal,
além da aquisição de outros valores importantes para a formação do caráter do
educando como o autocontrole, a cooperação e a solidariedade. Atreves do
conhecimento das regras, técnicas e práticas das lutas, os educandos são levados a
perceber e a viver suas manifestações corporais de maneira crítica e consciente.
DANÇA. A dança deve ser trabalhada de modo especial porque seu conteúdo
permite ao professor mostrar as diferenças corporais e os limites que podem ser
vencidos. Como existem diferentes práticas para a dança, ela serve para levar os
educandos a ter noções de história, aspectos culturais diversificados e enfatizar
várias expressões artísticas. Através da dança os educando é levado a conhecer
melhor o contexto no qual ele está inserido, pois cada dança típica de uma região
evidencia costumes diferentes, e ainda a se descobrir dentro desse contexto e, a
partir disso, ampliar sua sensibilidade sob sua realidade histórica. (SARAIVA, 2005,
passim).
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE.
Coletivos
Individuais
•
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares.
Brincadeiras e cantigas de roda.
Jogos de tabuleiro.
Jogos cooperativos.
•
DANÇA
Danças folclóricas
Danças de rua.
Danças criativas.
•
GINÁSTICA Ginástica rítmica.
Ginástica circense.
Ginástica geral.
•
LUTAS Lutas que mantenham distância
Lutas como instrumento
mediador
•
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA.
A disciplina de Educação Física passou por algumas mudanças teóricas, nos
últimos anos, em conseqüência, da metodologia que também precisou sofrer
transformações. Com as mudanças surgiram problemas de aplicabilidade, inclusive
as tentativas de desclassificar o conhecimento da disciplina, questionando-se sua
relevância. Para (SHARDAKOV, 1978, passim) é preciso que a atualidade da
disciplina supere práticas teóricas antigas como o dualismo corpo e mente como
tendo uma base cientifica e teórica, a banalização mecânica do conhecimento da
cultura corporal, o conhecimento muito restrito que se leva ao aluno, a utilização de
medidas e de testes padronizados, a adoção da pirâmide esportiva e uma falta de
reflexão mais profunda. Com isso, pretende-se que a fundamentação teórica
metodologica busque superar antigos conceitos e a adoção de novas práticas que
sejam frutos de uma dessa nova abordagem, que se traduz por uma nova maneira
de pensar o próprio modo de aplicar a teoria e a metodologia empregadas nas
aulas. Sendo assim, a Educação Física propõe questões e reflexões sobre as reais
necessidades dos alunos, uma inter-relação com outras disciplinas que permitam o
desenvolvimento da Cultura Corporal considerando as várias dimensões regionais.
A disciplina visa atestar que ela não pode ser considerada como um mero
complemento de outras disciplinas, haja vista possuir um projeto de escolarização
que trabalha em favor da formação humana. (BRACHT, 1992, p.66). Os conteúdos
estruturantes serão trabalhados no ensino médio com um aprofundamento teórico
maior, buscando aperfeiçoar de forma gradativa o que foi trabalhado nos anos finais
do ensino fundamental .
Conforme os elementos dos Conteúdos Estruturantes, o professor da área tem a
responsabilidade tanto de organizar quanto de esquematizar os conhecimentos
teóricos e práticos, de modo que o educando descubra a função social da disciplina,
as capacidades de seu próprio corpo e ao mesmo tempo, despertar sua consciência
crítica a respeito das práticas corporais. Assim, as aulas de Educação Física devem
conter, necessariamente, a base teórica, apresentada por meio de textos
preparados pelo professor, por meio de pesquisas feitas pelos alunos, pela
exposição escrita e oral dos resultados dessas pesquisas. A partir da E, claro,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
durante as aulas, pela exposição prática e teórica das regras dos jogos,
brincadeiras, lutas e danças, seguidos do emprego de material corresponde como:
tabuleiros, brinquedos, roupas típicas, apropriadas, luvas, sapatilhas, bolas, redes,
cones , bambolês, apitos TV pendive, cd ,dvc , etc.
A metodologia do ensino da educação física na escola deve pautar-se no
desenvolvimento da autonomia , a participação de todos , a cooperação e a
reafirmação dos valores morais e éticos. Espera–se enfatizar as mais diversas
possibilidades de ensino e aprendizagem d e todos os educando em todos os
sentidos: motores, afetivos , cognitivos e sociais do dia a dia do educando ,
buscando sempre a interação entre as várias áreas do conhecimento humano. Para
que a aprendizagem realmente aconteça é necessário uma construção constante
de forma coletiva com atividades individuais e em grupos, co-educação reinvenção
e modificação de regras formais , num constante processo de investigação e
estudos. Faz-se necessário também a diversificação das atividades propostas
respeitando as questões de gênero e diversidade cultural.
A EJA por sua própria natureza de ensino também tem como ponto de partida o
conhecimento e a cultura do educando já existente, respeitando suas experiências
de vida acumuladas. Seu foco está centrado na diversidade cultural, construída
pelas manifestações sociais vividas ao longo da vida do educando, estabelecendo
uma intensa relação com o saber mais elaborado , produzindo assim uma
reconstrução do novo saber .Considerando também um outro elemento articulador
de grande importância nessa modalidade de ensino: o tempo; tanto o escolar como
o pedagógico. Outro aspecto importante a ser considerado é a relação humana com
o mundo trabalho. Relação esta das mais profundas e marcantes , pois neste
processo se busca melhores condições de vida e acesso aos bens materiais e
benefícios oferecidos pelas evolução tecnológica produzida pela humanidade. Não
deixando também de valorizar a construção dos saberes e experiências adquiridos
e cumulados e tão significativos para os educando como trabalhador.
Os conteúdos da disciplina de educação física nessa modalidade de ensino serão
abordados com embasamento dos conteúdos estruturantes propostos pela
diretrizes curriculares orientadores para os níveis de ensino da , só que organizados
segundo sua relevância cultural , articulada com a realidade do aluno integrando
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
seus dois saberes : o adquirido e o sistematizado.
AVALIAÇÃO.
A avaliação obedecerá a um processo contínuo , diagnóstico e dialético,
estabelecendo sempre um confronto entre o educando e o conhecimento. Levando
sempre à reflexão alunos e professores.
Tendo como ponto de partida o conhecimento já existente e as experiências
culturais acumuladas ao longo de sua vida social do educando e as mudanças
ocorridas em sua vida escolar anterior, visando sempre a busca da autonomia como
pessoa humana e atuação como cidadão responsável na sociedade
Para disciplina de Educação Física, a avaliação requer a utilização constante de
novas ferramentas e metodologias, pois as transformações ocorridas na concepção
da disciplina sugerem que os critérios de avaliação tradicionais não oferecem mais
resultados. Sendo assim, dentro dessa nova concepção, a avaliação precisa ocorrer
de modo a demonstrar o desenvolvimento social, humano e físico do educando. De
acordo com a proposta pedagógica da escola que contempla o saber teórico e
prático, nas atividades propostas os educandos são levados a demonstrar seus
conhecimentos participando de exposições orais e escritas, elaborando trabalhos de
pesquisas em grupos, que enfatizem o surgimento histórico dos Conteúdos
Estruturantes, suas regras e suas várias práticas conforme as regiões nas quais são
praticadas.
Considerados dentro da totalidade humana , isto é da concepção de que o aluno é
um ser uno e único e de que ambos professor e aluno assumirão responsabilidades
na perspectiva de uma avaliação participativa envolvendo instrumentos de
comprometimento e envolvimento mútuo.
Os educandos serão observados quanto a participação efetiva e assiduidade ,
interação nas atividades em grupos e mudança de atitudes nas atividades
individuais utilizando técnicas e instrumentos diversificados do alunos oportunizando
mais chances para os alunos demonstrarem seu aprendizado tais como: provas
escritas, atividades práticas, seminários, debates , experiências e pesquisas,
participação em trabalhos em grupos e individuais,relatórios e elaboração de novas
regras das experiências corporais e de convivência diária.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
DESAFIOS SÓCIO-EDUCACIONAIS
Nossa sociedade tem passado por grandes modificações que nos podem ser
ignoradas no ambiente escolar. A escola aparece como principal meio de formação
e informação torna-se necessário promover ações peara enfrentar situações de
discriminação e preconceito. A escola tem então um papel fundamental construção
de uma consciência pautada pelo respeito as questões que envolvam gênero e
diversidade como; população indígena orientação sexual racismo entre outros O
corpo docente da escola juntamente com a direção e equipe pedagógica devem
promover ações e estratégias que favoreçam a convivência pacífica dos educandos
buscando conscientizar dialogar, esclarecer através de palestras, trabalhos em
grupo,, atividades socializantes, oficinas e gincanas para desenvolver uma cultura
de respeito às questões de gênero e diversidade. As aulas de educação física
aparecem com um aspecto importante para tratar situações referentes a questões
de gênero, em razão das diferenças entres os sexos ( força e habilidade ) que
acabam gerando exclusões. Esse aspecto pode ser utilizado positivamente através
de atividades socializantes buscando a participação de todos independente de
gênero e diversidade, percebendo assim que as diferenças podem ser um fator de
integração e não de desigualdade. Cada aluno traz consigo uma bagagem cultural,,
pautada no convívio social experiências do cotidiano e mostradas pelas mídias.
Porém a escola pode transformar esta realidade enfatizando que os educandos tem
as mesmas possibilidades e ocupam o mesmo espaço no ambiente escolar e na
sociedade , tendo os mesmos direitos independente de cor, classe social ou sexo.
Desta forma compreender e respeitar o diferente e a diversidade são aspectos
fundamentais no processo de aprendizagem para consolidar uma cultura de respeito
:mútuo.Torna-se importante que esses temas passem a fazer parte da |rotina da
escola e do processo educativo adotando estratégias de prevenção e que
favoreçam o convívio escolar. Trataremos dentro das aulas de educação física
temas como: cultura indígena lei 11.645-08 , meio ambiente lei 9.795-095-99 e
história e cultura afro-brasileira e africana lei 10.639-03. de acordo com as
possibilidades e oportunidades ocorridas no cotidiano da vida escolar dentro e fora
da sala de aula. Abordando tais temas de forma que haja uma valorização dos
sujeitos envolvidos e a transformação positiva das situações desfavoráveis das
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
minorias que sofrem com manifestações de preconceito e violência. O meio
ambiente também será preocupação e tema constante nas aulas uma vez que todos
temos nossa parcela de comprometimento na busca do equilíbrio perfeito entre meio
ambiente e gênero humano. Tarefas simples podem ser aplicada nesse processo
como; cuidados com a limpeza , gasto e consumo exagerado de alimentos, água,
bebidas em geral. O respeito as diferenças individuais sejam elas : física, mental ,
cor, raça ,credo e opção ou orientação sexual serão tratados de forma contínua que
proponham discussões positivas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT. V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.
CORDEIRO, JR.O. Proposta teórico-metodológica do ensino do Judô escolar a
partir dos princípios da pedagogia crítico superadora: uma construção possível.
Goiás: UFG. Memórias de Licenciatura, 1999.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA/EDUCAÇÃO FÍSICA.
Governo do Ca
LEANDRO, M.R. Educação física no Brasil: uma história política. Monografia
(Licenciatura em Educação Física) - Curso de Educação Física, Centro Universitário
UniFMu, São Paulo, 2002.
SARAIVA. M. do. C. et al. Dança e seus elementos constituintes: uma experiência
contemporânea. In: SILVA, M.: DAMIANI. I.R. (Org(. Práticas Corporais: Gênese de
um Movimento Investigativo em Educação Fisica. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu
Ciência & Artes, 2005.
COLETIVO DE AUTORES .Metodologia do ensno da Educação Física. São
Paulo:Cortez 1992.
LUCKESI.Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez,1995.
GHIRALDELLI JUNIORPaulo. Educação Física Progressista: a pedagogia crítica
social dos conteúdos.São Paulo:Loyola, 1991.
VALADARES.S. ARAUJO.R: Educação Física no cotidiano escolar: jogos e
brincadeiras com bola. Belo Horizonte.FAPI 1999.
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro:
Sprint 2001
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FILOSOFIA
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
2º ano 2
APRESENTAÇÃO
A filosofia, enquanto conjunto de conhecimentos construídos historicamente reúne
grande parte dos temas que influenciam a vida de nossos estudantes. Seja no
campo de política, da ética, da ciência, seja no campo da arte, os conhecimentos
filosóficos estão presentes, no modo e no sentido segundo no qual as pessoas
interagem com o mundo. O grande problema se encontra, contudo, no fato de que
as teses, as doutrinas, os argumentos filosóficos se caracterizam por uma validade
tácita, isto é, eles influenciam as perspectivas dos estudantes sem que estes
estejam conscientes disso. Para citar um exemplo, o conceito de liberdade vigente
em nossa circunstância histórica é profundamente marcado pelas teorias liberais
dos séculos XVII e XVIII. Quando a mídia, os políticos e as pessoas em geral falam
sobre a liberdade, suas posições são orientadas pelas discussões realizadas por
Locke, Hobbes, Rousseau, etc.; muito embora, na maior parte das vezes, não
tenham conhecimento e leitura das obras desses autores. Este paradoxo funda-se
no fato de que nossas instituições e nossos comportamentos foram construídos ao
longo da história em sintonia com as teorias e os pensamentos dos filósofos. As
pessoas educadas num contexto já determinado incorporam perspectivas
específicas e, ingenuamente, acreditam que elas são únicas e nunca foram ou serão
diferentes do que são. Eis a validade tácita que caracteriza as teses, as doutrinas e
os argumentos filosóficos.
A Filosofia tem como objeto de estudo desenvolver a reflexão filosófica e mobilizar
o educando para que o mesmo desenvolva uma intervenção critica e responsável na
sociedade a que pertence.
Contudo, existem concepções filosóficas diversas, cabe a cada professor o desafio
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
constante de definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala. Identifica-se o local
onde se pensa e fala a partir do resgate histórico da disciplina e da militância por sua
inclusão e permanência na escola. Ensinar Filosofia exige do professor claro
posicionamento em relação aos sujeitos desse ensino e das questões históricas
atuais que lhes são colocadas como cidadãos de um país. Nesse sentido, é preciso
levar em conta as contradições próprias da nossa sociedade que é, ao mesmo
tempo, capitalista e dependente, rica e explorada, consciente e alienada.
Ao pensar o ensino de Filosofia, as Diretrizes Curriculares de Filosofia para a
Formação de Docentes, fazem ver, a partir da compreensão expressa por Appel
(1999), que não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há
como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar a democracia quando
se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento e o uso autônomo da
razão.
Um dos objetivos é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer
aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdo Estruturantes Conteúdos básicos
Mito e Filosofia Saber Mítico; Saber Filosófico; Relação mito e filosofia; A
atualidade do mito; O que é Filosofia?
Teoria do conhecimento Possibilidades do conhecimento; As formas de
conhecimento; O problema da verdade; A questão do
método;
Conhecimento e lógica
Ética Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e
violência;Razão desejo e vontade; Liberdade:
Autonomia do sujeito e necessidades das normas
Filosofia Politica Relações entre comunidade e poder ; Liberdade e
igualdade politica; Politica e Ideologia; Esfera publica e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
privada; Cidadania formal e ou participativa
Filosofia da Ciência Concepção de Ciência; A questão do método
cientifico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e
tecnologia; Ciência e Ética
Estética
Natureza da Arte ; Filosofia e Arte; Categoria estéticas-
Feio, Belo, Sublime, Trágico, Cômico, grotesco, gosto
etc...Estética e sociedade
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A fundamentação teórico-metodológica desta Proposta Pedagógica Curricular está
pautada nas Diretrizes Curriculares de Filosofia da Formação de Docentes do
Estado do Paraná. As Diretrizes Curriculares de Filosofia concebem a Filosofia
enquanto espaço de análise e criação de conceitos.
Nesse sentido, a Filosofia na Formação de Docentes visa fornecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações. Segundo as Diretrizes Curriculares de
Filosofia o estudante precisa de um saber que opere por questionamentos, conceitos
e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se
dá o pensamento e a experiência humana.
Como disciplina na matriz curricular, considera-se que a Filosofia pode viabilizar
interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem,
da literatura, da história, das ciências e da arte.
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a
contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos
criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua vez geram discussões
promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.
Por isso, permanecem atuais.
Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos, espera-
se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse processo, crie e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito simples.
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio
da investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.
Do ponto de vista metodológico é necessário se planejar de forma a explorar o
tempo que se tem com os educandos no ensino médio com o objetivo de
aprofundar os textos estudados, podendo aplicar atividades e avaliações sem uma
lacuna de tempo que poderia dificultar a fixação dos conceitos trabalhados.
São múltiplas as possibilidades de desenvolvimento das relações interdisciplinares,
cabe ao professor dentro de sua especialização, de suas leituras e principalmente de
acordo com o conteúdo e com o texto que está trabalhando perceber em que medida
pode explorar conhecimentos de outras disciplinas. Será utilizado os diversos
recursos didáticos e tecnológicos: Textos Filosóficos, Leitura Análitica; Análise
Temático,Interpretativo; Problematização;Análise de Documentos
,Dissertação;Seminários;Recortes de Filmes;TV pendrive;Laboratório de
informática;Trabalho em grupo. Etc....
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem o objetivo de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria
a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da
Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar
deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que
deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como
discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na
experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse
acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Dessa forma, ao avaliar, no Ensino médio o professor terá a possibilidade de aplicar
um instrumento avaliativo na sequencia da investigação, e a criação de conceitos .
È importante salientar que o docente deve ter respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio por
blocos de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio
da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o
estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo. Será
utilizado como critérios e instrumentos avaliativos: Trabalho em grupo; Participação
em sala de aula; Participação em seminários; Pesquisa, Oralidade, Interpretação;
Avaliação escrita e Oral, Analise de textos, Relatórios etc...
REFERÊNCIAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia 2,
Curitiba, 1999.
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como
experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.
BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, A. Ética. São Paulo: Companhia
das Letras, 1997.
BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações
curriculares do ensino médio. [S.n.t.].
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio.
Brasília: MEC/SEB, 2004.
BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília.
MEC/SEB, 2006.
CHAUI,Marilena Iniciação a Filosofia Volume único Editora Atica 2012 São Paulo
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira,1986, v.1.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.
(Coleção Trans).
FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all
(Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático
Público)
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes,
2000.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In:
FÁVERO, A; KOHAN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí:
Ed. da UNUJUÍ, 2002.
LANGON, M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.;
DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.
LEOPOLDO E SILVA, F. Por que a Filosofia no segundo grau. Revista Estudos
Avançados, v.6, n. 14, 1992.
MARX, K. A questão judaica. In: __________. Manuscritos econômico-filosóficos.
Tradução Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1993.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)
PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba, V.
2, n.3, 1981.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de
filosofia no 2.o grau. Curitiba, 1994.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:
Paulus, 2003.
RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. São
Paulo: Cortez & Moraes,1978.
RIBEIRO, R.J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo, 06 mar.
2005.
RUSSELL, B. Os problemas da filosofia. Tradução António Sérgio. Coimbra:
Almedina, 2001.
SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S.,
DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed.
Unijuí, 2004.
TEXTOS SEAF (Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas - Regional do
Paraná). Curitiba, ano 2, número 3, 1981.
UNESCO. Philosophie et Dèmocratic dans le Monde – Une enquête de l Unesco.́
Librarie Générale Française, 1995.
VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São
Paulo: Libertad, 2000.
WOLFF, F. A invenção da política, In: NOVAES, A. (Org.) A crise do estado-nação.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
DOCUMENTOS CONSULTADOS ON LINE
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova - 1932. In: História da Educação no
Brasil. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm.> Acessado em
03-05-2006.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FÍSICA
Série Número de aulas semanais
3º ano 3
4º ano 2
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de física está vinculada à uma ciência de referencia – a Física -,
ciência cujo corpo teórico se apresente na forma de princípios, leis, conceitos,
definições e ideias, os quais não só sustentam a teoria, mas são fundamentais para
compreendê-las.
As diretrizes buscam construir um ensino de Física centrado em conteúdos
metodológicos capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das
ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade
cientifica. É preciso ver o ensino da Física “com mais gente, com menos álgebras, a
emoção dos debates, a força dos princípios e as belezas dos conteúdos científicos”
(Menezes, 2005 – DCE. Física, p. 49)
Entende-se então que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar
para cidadania e isso se faz considerando a dimensão critica do conhecimento
cientifico sobre o Universo de fenômenos e a não – neutralidade da produção desse
conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais.
2. OBJETIVOS
• Contribuir para formação de uma cultura cientifica efetiva, permitindo a
interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais.
• Classificar diferentes formas de energia presente no uso cotidiano,
observando suas transformações e suas regularidades.
• Compreender as leis e princípios da física.
• Desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
tecnologias.
• Consolidar e aprofundas os conhecimentos já adquiridos, visando a reflexão,
as interações culturais, os fundamentos científicos e tecnológicos.
3. CONTEÚDOS
Movimento
3º Ano
- Gravitação
- Momentum e inércia, 1º lei de Newton
- Conservação da quantidade de movimento e a 3º lei de Newton
- Variação da quantidade de movimento – impulso
- 2º lei de Newton
- Condições de equilíbrio
Termodinâmica Movimento
- Energia e o princípio da conservação da energia 1º e 2º lei da termodinâmica
- Calorimetria
Termodinâmica
- Lei Zero da termodinâmica
- Estudo dos gases
- Equação geral dos gases
4º Ano
Eletromagnetismo
- Carga elétrica
- Força eletromagnética
- Campo elétrico
- Equações de Maxwell
- Energia e o Princípio da Conservação da energia
- A natureza da luz e suas propriedades
Movimentos Termodinâmica Eletromagnetismo
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
- Interações
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A partir do entendimento de que a ciência se constitui de um real construído por
homens, os quais estão inseridos em uma realidade histórica, e que não é alheia às
outras atividades humanas, pretende-se discutir o conhecimento cientifico como
produto da cultura cientifica, sujeito ao contexto socioeconômico, político e cultural
de uma época.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade
e o contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as
ideias de um cientista à luz do seu tempo e não lamentar-se a contar histórias ou
lendas.
O processo de ensino aprendizagem em física, deve considerar o conhecimento
trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida e suas relações sociais.
Interessam em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes
e que influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista cientifico.
Ao levar em conta o conhecimento prévio dos estudantes deve-se considerar que a
ciência atual rompe com o imediato, o perceptível, o que pode ser tocado e que,
para adentrar ao mundo da ciência, é preciso um processo de enculturação no qual
o estudante apropria-se das teorias cientificas.
No ensino da física é preciso considerar que a educação cientifica é indispensável à
participação política e capacita os estudantes para uma atuação social e crítica com
vista à as transformações de sua vida e do meio que o cerca.
AVALIAÇÃO
Tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo ensino-
aprendizagem, devendo ser formativa, continua e processual, a partir da observação
continua de sala de aula, de produção de trabalho individuais ou em grupos, em
atividades experimentais, em provas e testes que utilizem um determinado assunto.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
DIRETRIZ CURRICULAR DE FÍSICA DO ESTADO DO PARANÁ, 2006.
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. Física. São Paulo: Ática, volume único, 2003.
BONJORNO, Regina Azenha; J. R. Bonjorno; V. Bonjorno; C. M. Ramos. Física
completa. São Paulo: FTD, volume único, 2003.
ANJOS, Ivan Gonçalves dos. Física. São Paulo: Coleção Horizontes, volume único.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física. São Paulo: Edusp.
TV PAULO FREIRE
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
GEOGRAFIA
Série Número de aulas semanais
1º ano 3
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e construtiva do
seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa em compreender o
espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus aspectos físicos e culturais,
contribuindo para que o aluno perceba que é um ser ativo, crítico e participativo, ou
seja, um agente transformador.
A Geografia a partir de questões epistemológicas, teóricas e metodológicas estimula
a reflexão, através da problematização dos conteúdos e reconhece os impasses e
contradições para compreender o espaço geográfico na atualidade, contribuindo
para que o aluno se posicione criticamente.
O objeto de estudo da disciplina é o espaço geográfico, entendido como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-
relação entre sistemas de objetos – naturais culturais e técnicos – e sistemas de
ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996). (DCE
de Geografia p.51)
A função da Geografia é desenvolver o raciocínio geográfico, através de uma
consciência espacial, formando um aluno capaz de compreender o espaço
geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de maneira crítica na produção
socioespacial da sua paisagem, lugar, território, região e espaço, ou seja,
reconhecer o modo como é organizado em razão das dinâmicas naturais e sociais.
Pretende-se, assim, possibilitar aos educandos aprender de forma crítica e
experiencial a realidade socioespacial que o cerca, identificando-se como agentes
construtores do espaço geográfico, ou seja, reconhecendo que, direta ou
indiretamente, participam das ações sociais e interferem nas dinâmicas naturais, em
nível local, regional ou global, o que confere ao ensino de Geografia um papel
decisivo na formação do educando cidadão.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimentos de grande amplitude
que organizam os campos de estudo da Geografia, são considerados fundamentais
para a compreensão da dimensão geográfica da realidade dos conteúdos
específicos. O conteúdo estruturante numa concepção crítica de educação deve
considerar em sua abordagem teórica metodológica as relações sócio-espaciais em
todas as escalas geográficas, analisando-as em função das transformações
políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o atual período histórico.
DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Discute-se nestes conteúdos estruturantes os espaços de produção como o
industrial e o agropecuário, as aproximações e especificidades de cada um, a
hierarquia dos lugares, as relações econômicas entre as diferentes porções
territoriais como as cidades, os Estados/Províncias, os países e regiões. Relações
de produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob
a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a
manutenção da dinâmica da sociedade (Capitalista). Ênfase nas desigualdades
econômicas da produção/transformação e circulação no espaço geográfico
articulando-se com os demais conteúdos estruturantes. Todos os conceitos
geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante, especialmente o de
Rede.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Nesse conteúdo estruturante aborda-se desde as relações de poder sobre territórios
na escala micro (Rua, Bairro) até as escala macro (País, Instituições internacionais).
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais são as instâncias e
instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. O papel do Estado e das
forças políticas não estatais (ONGs, narcotráfico, crime organizado, associações)
bem como, as redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos,
culturais, sociais e políticos é fundamental. Os conceitos geográficos mais
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
enfatizados nesse conteúdo são Território e Lugar.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As relações sociedade/capital/natureza e sua lógica balizam as discussões deste
conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades
e a mobilização de “recursos” naturais para satisfazê-las, no modelo econômico do
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Como essas
relações se concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os
conceitos de Sociedade e Natureza são entendidos como categoria de análise nesse
conteúdo estruturante.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As questões demográficas para a constituição do espaço geográfico são centrais
nesse conteúdo estruturante, bem como a constituição, distribuição e mobilidade
demográfica em funções das especificidades culturais. Os conteúdos geográficos
mais enfatizados nesse conteúdo estruturante são os de região (singularidades e
generalidades) e paisagem.
BÁSICOS
Os conteúdos básicos do curso Formação de Docentes devem considerar
imprescindíveis para a formação da consciência histórica dos estudantes nas
diversas disciplinas da educação básica.
Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que
recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em
conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado
para as séries e etapa de ensino. Ou seja, onde os conteúdos receberão
abordagens contextualizadas historicamente, socialmente e politicamente, de modo
que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e
econômicas, contribuindo com a sua formação cidadã.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS
1ª. SÉRIE
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão econômica
do espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espa-
ço geográfico
Dimensão socioambi-
ental do espaço geo-
gráfico
• A formação e transformação das paisagens.
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)
organização do espaço geográfico.
• A formação, localização, exploração e utilização dos re-
cursos naturais.
• A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos
arranjos no espaço da produção.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunica-
ções na atual configuração territorial.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercado-
rias e das informações.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração
dos territórios.
• As relações entre campo e a cidade na sociedade capi-
talista.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização recente.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e
os indicadores estatísticos da população.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio em suas implicações socioespaciais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• As implicações socioespaciais do processo de mundiali-
zação.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o
papel do Estado.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA GEOGRAFIA E
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos estruturantes
articulados com a fundamentação teórica e conceitual da Geografia para a
compreensão do processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para
contextualizar o ensino da Geografia é extremamente importante a compreensão do
objeto de estudo, tendo sempre como foco o espaço geográfico como análise.
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a
realidade próxima e distante dos alunos, em integração com os fundamentos
teóricos propostos, utilizando a Cartografia como ferramenta essencial para a leitura
e análise do espaço geográfico local/global.
Esses conhecimentos serão aprofundados, de modo a ampliar as relações
estabelecidas entre os conteúdos, respeitando a maior capacidade de abstração do
aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas. Nesse sentido, no
curso Formação de Docentes os conteúdos serão organizados numa sequencia que
problematize as relações Sociedade-Natureza e as relações Espaço-Temporais, a
partir do espaço geográfico mundial.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-social,
política e cultural, tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento. Por isso,
deve-se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica,
utilizando a leitura e interpretação das informações contidas nas diferentes fontes:
charges, histórias em quadrinhos, imagens, textos, poemas, musicas, trechos de
filmes, tabelas, recursos iconográficos (gravuras, pinturas, obras de arte, etc.),
slides, entre outras.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Pesquisas em jornais, revistas, sítios e aula de campo serão utilizadas para que o
aluno reflita as diversas informações socializando com as trocas de idéias e debates
em sala de aula, despertando assim o senso crítico no educando e a compreensão
do espaço geográfico nas diferentes escalas geográficas. O laboratório de
informática, os vídeos (TV pendrive) educativos acompanharão os conteúdos,
relacionando-os de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão do ensino
aprendizagem.
As demandas Educação Ambiental, do Campo, Fiscal, em Direitos Humanos,
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de
drogas, Sexualidade e Geografia do Paraná, serão abordados de forma
contextualizada aos conteúdos da disciplina, quando possível.
AVALIAÇÃO
A avaliação será formativa, diagnóstica e continuada, contemplando diferentes
práticas pedagógicas, um processo não linear de construção assentado na interação
e no diálogo entre professor e aluno.
Destacam-se como os principais critérios de avaliação a formação dos conceitos
geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais para a
compreensão e intervenção na realidade, e a assimilação das relações - Espaço -
Tempo - Natureza e Sociedade para compreender o espaço nas diversas escalas
geográficas.
A avaliação inserida no ensino aprendizagem é inserida como uma das formas que o
professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos
conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo, possibilitando ao aluno a
apropriação dos conteúdos e o posicionamento crítico frente aos diferentes
contextos sociais.
A recuperação de estudos será paralela ao período letivo, através da retomada de
conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e a
reavaliação do conteúdo ministrado em sala de aula. Sendo voltada aos conteúdos
curriculares e não à (re)aplicação de instrumentos, oportunizando a
revisão/retomada dos conteúdos e optando por instrumentos diferenciados para o
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
momento da reavaliação.
Na prática pedagógica serão utilizados:
• Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.
• Tempestade de idéias (brainstorming) expressão oral do conhecimento.
• Leitura e interpretação de fotos, imagens, charges, mapas, tabelas e gráficos.
• Pesquisas bibliográficas.
• Aula de campo.
• Feiras e exposições.
• Relatórios de aulas práticas.
• Apresentação de seminários.
• Compreensão, questionamento e participação.
• Maquetes.
• Avaliações escritas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica do Estado do Paraná:
Seed. 2008.
- Lei nº 13.381/01 – História do Paraná.
- CAMARGO, João Borba. Geografia Física, humano e econômica do Paraná.4ª Edi-
ção.Ideal Indústria Gráfica.
- Lei nº 10.639/2003 e nº 11.645/08. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena.
- Educação Ambiental (Agenda 21 Escolar)
- PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos
conteúdos de Geografia e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos
escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.
- OLIVEIRA, Denílson de.Urbanização e industrialização no Paraná.Curitiba: SEED,
2001.
- BRASIL, Secretaria de Educação de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Nacionais. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF,
1998.
- CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos:
uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v. 24, n. 66,
Campinas, mai/ago, 2005.
- SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
- VIDAL DE LA BLACHE, Paul. Princípios da Geografia Humana. Lisboa: Cosmos,
1957.
- SIMIELI, Maria Elena. Geoatlas. Editora Ática.
- Jornais, revistas, CDROOM, fitas de vídeos, canal de TV Paulo Freire e outros.
- Internet: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br – www.youtube.com/tvescola -
http://geografia.seed.pr.gov.br/ - http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/educadores -
http://www.socioambiental.org/ - http://www.agricultura.gov.br -
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoindigena.pdf -
http://www.nead.org.br/ - http://www.curriculosemfronteiras.org
www.wikipedia.com.br – www.uol.com.br - www.ibge.gov.br – www.google.com.br –
www.googleearth.com.br - outros.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
HISTÓRIA
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
2º ano 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História enquanto disciplina busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos
políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e
a produção do conhecimento histórico. O ensino de História deve ser analisado sob
mudanças e rupturas ocorridas no tempo histórico e suas contradições visto que,
possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos e repercutiram na organização da sociedade.
A História contribui para que o aluno torne-se sujeito e fruto de seu tempo histórico,
das relações sociais em que está inserido, mas também, um ser singular, que atua
no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível
participar. Desse modo, é possível desenvolver as relações presentes/passado
analisando as permanências, mudanças, simultaneidades, tendo em vista que a
narrativa histórica torna presente o passado, no quadro de orientação da vida
prática humana, mediante a qual se constitui a consciência histórica.
Os conteúdos estruturantes de História no Ensino Médio dão sequência aos
conteúdos estruturantes trabalhados no Ensino Fundamental. Assumindo um recorte
mais específico apontando para o estudo das relações de poder e relações culturais.
Sendo estes interligados entre si e permitem a busca do entendimento da totalidade
das ações humanas. As articulações desses conteúdos são possíveis a partir das
categorias de análise espaço e tempo as quais permitem a conexão para se
compreender essas relações.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação
atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações
humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,
instituir e de se relacionar social, cultural, economicamente e politicamente. Tendo
em vista uma expectativa de inclusão social ponderam a diversidade cultural e a
memória paranaenses, de modo que buscam contemplar os movimentos sociais
organizados e destacam os seguintes aspectos:
• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
Conteúdos
1º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Relação de trabalho Tema 1
Trabalho Escravo, Servil,
Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2
Urbanização e Industrialização
Tema 3
O Estado e as relações de
-Definição de História
-Pré-história
-Civilizações:
Mesopotâmia, Índia, China,
Hebreus, Fenícios, Persas,
Grécia e Roma.
- Os modos de Produção
- Transição do Feudalismo
para o Capitalismo
- O sistema Colonial
- Relações de Trabalho
(com ênfase na educação
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Relação de Poder
Relação Cultural
poder
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as
guerras
Tema 5
Movimentos sociais políticos e
culturais e as guerras e as
revoluções
Tema 6
Cultura e religiosidade
do campo)
- Promulgação da lei de
terras e do fim do Tráfico
Negreiro.
-Civilização árabe e os
reinos africanos.
- Expansão Mercantil
Européia
- O renascimento
- Reforma e Contra
Reforma
-O absolutismo e a
formação do Estado
moderno.
- O Paraná Tradicional
- Cultura Afro-brasileira
2º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Relação de trabalho Tema 1
Trabalho Escravo, Servil,
Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2
Urbanização e Industrialização
- Conquista e Colonização:
América Inglesa,
Espanhola e Portuguesa.
-Mineração na América
portuguesa.
-A formação dos Estados
Unidos.
-Iluminismo.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Relação de Poder
Relação Cultural
Tema 3
O Estado e as relações de
poder
Tema 4
Os sujeitos,as revoltas e as
guerras
Tema 5
Movimentos sociais políticos e
culturais e as guerras e as
revoluções
Tema 6
Cultura e religiosidade
- Revolução Industrial
-Revolução Francesa
- Transição do Trabalho
escravo para o trabalho
livre na América, no Brasil
e no Paraná
- A Divisão Internacional do
Trabalho
- A classe operária no
Paraná
- Independência das
colônias Americanas
- Socialismo e anarquismo.
- A cultura Indígena no
Paraná.
METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada na construção do ensino de História tem como
finalidade a formação do pensamento histórico dos alunos sendo utilizados em sala
de aula e nas pesquisas escolares os métodos de investigação histórica articulados
pelas narrativas históricas dos mesmos. Para contextualizar o ensino de História é
extremamente importante que o aluno compreenda como se dá a construção deste
conhecimento histórico. Cabe ao professor organizar seu trabalho pedagógico por
meio de diversas práticas como: fontes históricas, vestígios, vídeos, filmes, imagens,
documentários, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, músicas, mapas, narração, descrição e problematizando os conteúdos a
serem desenvolvidos, permitindo que o aluno se aproprie dos conceitos
fundamentais da História e compreendam o processo histórico de forma crítica e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
dinâmica interligados com a realidade global e local. O laboratório de informática, os
vídeos (TV pendrive) educativos acompanharão os conteúdos, relacionando-os de
forma a esclarecer e auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.
As demandas Educação Ambiental, do Campo, Fiscal, em Direitos Humanos,
História e cultura afro-brasileira, africana e indígena, prevenção ao uso indevido de
drogas, sexualidade e História do Paraná, serão abordados de forma
contextualizada aos conteúdos da disciplina.
Cabe ao professor organizar o processo de ensino utilizando os mais diversos
recursos didáticos e tecnológicos. Pesquisas em jornais, documentos históricos,
seminários, atividades em grupo, debates, síntese, interpretação de textos históricos,
mobilizando os alunos a refletirem sobre as diversas informações levando-a a troca
de ideias e debates em sala de aula, despertando o senso crítico no educando.
AVALIAÇÃO
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, continuada e diagnóstica
contemplando diferentes práticas pedagógicas, um processo não linear de
construção assentando na interação e diálogo entre professor e aluno.
A avaliação deve enfocar o aluno e o processo de aprendizagem em sua
globalidade, envolvendo a reflexão permanente do educador sobre sua própria
prática e o acompanhamento contínuo e sistemático do educando. Sua finalidade é o
aperfeiçoamento contínuo da ação educativa. Para tanto, deve-se utilizar diferentes
instrumentos avaliativos tais como: raciocínio lógico, capacidade de expressão,
leitura, interpretação e produção de textos históricos, pesquisas bibliográficas,
apresentação de seminários, avaliação escrita e oral, leitura de imagens, gráficos,
mapas.
A recuperação de estudos será paralela e dar-se-a através da produção de
narrativas históricas sendo realizada com o auxílio de pesquisas bibliográficas e
exposição dialogada dos conteúdos sendo realizada de forma individual para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando ou coletiva para que o
mesmo seja compreendido como um fato a ser compartilhado, contínuo e
diversificado.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REFERÊNCIAS
ARRUDA, José Jobson. Toda História. Editora Ática.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Brasil. Volume 1. Editora Saraiva.
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. Editora Saraiva.
COTRIM, Gilberto. História Global (Brasil e Geral). Volume único. Editora Saraiva.
Diretrizes Curriculares de História. Lei 10.639/03. Lei 13.381/01
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. Volume 1. Editora Ática.
HOBSBAWN, Eric j. A era dos extremos: o breve século XX. 1914 – 1991.
Companhia das Letras, 2001.
HUBERMAM, Leo. História da riqueza do homem, tradução de Walternsir Dutra. 21ª
Ed. Rio de Janeiro: Guanabara.
NADAI, Elza/Joana Neves. História do Brasil: colônia a República. 14ª Ed. São
Paulo: Saraiva.
ORDONÊS, Marlene; QUEVEDO, Júlio. História Tibet.
PEDRO, Antônio. História e Civilização. História Geral e Brasil.
PETTA, Nicolina Luiza. História. Uma abordagem Integrada. Editora Moderna.
PILLETI, Nelson e Claudino. Coleção História e Vida Integrada. Editora Ática.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento. Imagem e texto. Editora FTD. 2ª
edição, 2002.
SILVA, Sérgio Aguilar; VASCO, Edméri Satdler; ARANTES, Cuomoré Índio do Brasil;
KLUPPEL, Cristina. Paraná de todas as cores: História do Estado do Paraná para o
Ensino Fundamental. Curitiba
TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver é descobrir – História – Geografia: Paraná.
São Paulo.
TRINDADE, Etelvina Maria Castro; ANDREAZZA, Maria Luiza: Cultura e educação
no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.
VAINFAS, Ronaldo. História das mentalidades e história cultural. In: CARDOSO,
Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da História: ensaios de teoria e
metodologia. 14ª tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
VICENTINO, Cláudio. História Geral. (Coleção Novos Tempos) – Editora Scipicione-
volume único.
Tv Paulo Freire
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
(DCE – História_) – SEED
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR- Lei nº 13.381/01 – História do Paraná
- Lei nº 10.639/2003 e nº 11.645/08. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena
- Educação Ambiental (Agenda 21 Escolar)
- PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos
de Geografia e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos escolares/Paraná.
Curitiba: SEED – PR, 2005.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
2º ano 3
3º ano 2
4º ano 3
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Aprender a língua não significa apenas aprender as palavras e suas combinações,
mas apreender seus significados que são construídos no processo de interação
verbal, determinados pelo contexto. Portanto, a língua é mais do que um código e
está em contínua mudança. É a prática da linguagem, enquanto discurso, enquanto
produção social que dá vida à língua posta a serviço da intenção comunicativa.
Prática, portanto, não neutra, visto que os processos que a constituem são histórico-
sociais e trazem consigo a visão de mundo de seus produtores.
Dessa forma, pensar o ensino de Língua Portuguesa na Formação de Docentes
implica pensar sobre o sujeito que a utiliza, que não é um ser passivo, mas alguém
que interfere na constituição do significado do ato comunicativo. Portanto, há uma
relação intrínseca entre o linguístico e o social que precisa ser considerada no
estudo da língua. E o lugar privilegiado para a análise desse fenômeno é o discurso
que se materializa na forma de um texto.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o conteúdo estruturante da disciplina de Língua
Portuguesa que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social
(DCE, 2008, p.63), e o processo de ensino-aprendizagem na disciplina, busca:
Criar condições para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa,
discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao
contexto, às diferentes situações e práticas sociais;
Discriminar, sem preconceito, as variantes linguísticas, os diferentes níveis de
formalidade e informalidade de um texto escrito, de uma comunicação oral e,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
consequentemente, transferir para a sua prática de produção os conhecimentos
adquiridos;
Distinguir os diversos gêneros de texto e compreender as diferentes
intencionalidades, os diversos estilos, as características da linguagem
empregada em cada um deles, analisando, portanto, o conteúdo dessas
produções e as múltiplas formas de organização desses discursos;
Expressar seus sentimentos, expor suas ideias, argumentar e contra-argumentar,
contar suas experiências como também ouvir, interpretar e refletir sobre as ideias
de seus colegas, respeitando os variados pontos de vista;
Construir conceitos, distinguir diferentes recursos expressivos responsáveis pela
coerência e coesão textual, diferentes categorias gramaticais e pôr em prática as
normas da língua “padrão” quando a situação discursiva assim exigir;
Usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significados e
integradora da organização do mundo e da própria identidade;
Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e
em outros contextos relevantes para sua vida;
Despertar no aluno o interesse pelas manifestações estéticas, bem como o gosto
pela leitura, para um maior conhecimento da trajetória do homem em sua
universalidade;
Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens por meio
da organização cognitiva da realidade para a construção de significados.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Discurso como Prática Social
Entende-se por conteúdo estruturante o conjunto de saberes e conhecimentos de
grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir
dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.
A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento histórico-
social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem
como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o
Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
como prática social.
Os conteúdos seguem a determinação das Diretrizes Curriculares para o ensino de
Formação de Docentes, modalidade normal médio.
Oralidade
Será dado um enfoque especial à oralidade com atividades como:
1. Escuta e produção de textos orais;
2. Debates;
3. Depoimentos;
4. Entrevistas;
5. Dramatização de textos ou trechos lidos;
6. Exposição de textos lidos em sala de aula e/ou extraclasse;
7. Discussões dirigidas;
8. Análise da linguagem em uso nos meios de comunicação de massa e nos
discursos públicos e privados;
9. Júri simulado;
10.Apresentação de pesquisas e trabalhos;
11.Concurso de leitura.
Leitura
1 Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema em linguagens
diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes);
2 Leitura de textos literários e não literários;
3 Prática de análise de textos lidos;
4 Prática de leitura individual e em grupo;
5 Textos informativos: liberdade de imprensa – notícia e reportagem;
6 Leitura, comentários e análise de textos publicitários e notícias de
jornal;
7 Narrativas longas;
8 Textos opinativos.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Escrita
Produção de textos:
- Crônicas;
- Narrações;
- Descrições;
- Produção de textos criativos para cartões e mensagens publicitárias;
- Produção de poemas;
- Redação de cartas aos autores dos textos, com comentários sobre as obras
lidas;
- Criação de histórias em quadrinhos;
- Criação de jornal-mural;
- Criação de cartazes;
- Frases criativas;
- Textos dissertativo-argumentativos;
- Organização de uma antologia dos melhores textos produzidos em classe;
- Resenha;
- Resumos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
1ª. Série
• Contos
• Crônicas
• Narrativas
• Poemas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Cartas
• Cartazes
• Debates
• Texto argumentativo
• Pesquisas
• Músicas
• Relatos de experiências vividas
2ª. Série
• Entrevista (oral e escrita)
• Relatório
• Carta ao leitor
• Exposição oral
• Mesa Redonda
• Comunicado
• Resumo
• Fábulas
• Textos Dramáticos
3ª. Série
- Artigo de Opinião
- Charge
- Crônica Jornalística
- Editorial
- Carta de Reclamação
- Carta de Solicitação
- Notícia
4ª. Série
• Narrativas de Aventura
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Narrativas de Ficção Científica
• Romances
• Sinopses de Filmes
• Texto Político
• Folder
• Slogan
• Regras de Jogo
• Telejornal
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os procedimentos metodológicos do ensino da disciplina seguem as recomendações
das diretrizes curriculares para o Ensino Médio, modalidade normal. São
procedimentos:
Na Oralidade: reconhecimento das variantes linguísticas como legítimas, e
apontando para diferentes caminhos através de atividades como: debates,
discussões, transmissão de informações, exposição de ideias, troca de opiniões,
defesa de ponto de vista (argumentação), contação de histórias, declamação de
poemas, representação teatral, a linguagem dos telejornais, novelas, e propagandas,
fazendo uso dos recursos expressivos da Língua para a prática e o aprendizado da
convivência democrática, tanto pelo livre direito à expressão quanto pelo
reconhecimento do mesmo direito do outro em adequar a sua linguagem às
circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções).
Na Leitura e Escrita, os alunos entrarão em contato efetivo com uma grande
variedade de textos, aproveitando os recursos das tecnologias de informação e
comunicação como o rádio, a TV, os programas de multimídia, as páginas da
internet, o retroprojetor e os filmes, levando em conta o nível de formalidade, o
interlocutor, as condições de enunciação e as especificidades de cada gênero
textual. Serão oferecidas oportunidades ao aluno para que este amplie o domínio de
uso das linguagens verbais e não verbais através da leitura, interpretação e
produção de textos, para formarem leitores críticos a partir de atividades como
projetos, tendas e dinâmicas de leitura, resenhas literárias, incentivo ao teatro,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
visitas à biblioteca e exposições, leitura de jornais e revistas, exposição de livros em
sala de aula, participação em concursos de poesia, crônicas e contos, saraus etc,
auxiliando-os na melhoria de sua expressão escrita, dando um tratamento
diferenciado ao erro, espaço de construção do aprendizado, como meio de
valorização e superação, dando-lhes desenvoltura enquanto sujeitos ativos nas
relações estabelecidas na escola e fora dela.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos
em relação aos conceitos estudados, às habilidades desenvolvidas. Ação que
necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimentos dará
muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos
educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações se for preciso.
Portanto, numa visão mais progressista a avaliação deve ser “diagnóstica”.
A Oralidade será avaliada progressivamente, considerando a participação do aluno
nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias,
fluência de sua fala, seu desembaraço, sua posição como avaliador de textos orais
com os quais convive e argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos
de vista e a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações.
Quanto à Leitura, serão avaliadas a compreensão, a reflexão e inferências que o
aluno faz a partir do texto lido e o seu posicionamento diante do tema.
Em relação a Escrita, os textos dos alunos serão avaliados como um processo de
produção, nunca como um produto final. Serão observados os seus aspectos
textuais e gramaticais sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes
possibilite compreender esses elementos no interior do texto.
REFERÊNCIAS:
AGUIAR, V. T., BORDINI, M. G. Literatura e formação do leitor: alternativas
metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
ABAURRE, M.L.; PONTARA, M.N.; FADEL, T. Português: Língua e Literatura. São
Paulo: Moderna, 2000. Volume único.
BAGNO, M. A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira. São Paulo:
Parábola, 2006.
BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1980.
BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília- DF, 2004.
________.Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da
Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-
raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília:
MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Português linguagens: literatura - produção de
textos – gramática. São Paulo: Atual, 2005.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
FERREIRA, G. [et al.]. Trabalhando com a linguagem. São Paulo: Quinteto Editorial,
2009.
FIORIN, J.L. (org.) Introdução à linguística II: princípios de análise. 4 ed. – São
Paulo: Contexto, 2005.
GERALDI, J.W. (org). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.
_______. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 2006.
KOCH, I.G.V. BENTES, A.C. e CAVALCANTE, M.M. Intertextualidade: diálogos
possíveis. São Paulo: Cortez, 2007.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
MARQUES, M.O. Escrever é preciso: o início da pesquisa. Rio Grande do Sul: Inijuí,
2003.
NICOLA, J. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione,
1998.
NUNES, B. O tempo na narrativa. São Paulo: Ática, 1998.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino
fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________.Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto – Leitura e Redação. São Paulo: Ática,
1991.
Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Marcílio Dias.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Marcílio Dias.
VILARES GANCHO, C. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2002. Série
Princípios.
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
MATEMÁTICA
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
2º ano 2
3º ano 4
4º ano 2
APRESENTAÇÃO/JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Em um cenário global de grandes mudanças econômicas, científicas e tecnológicas
o conhecimento e a habilidade em aprender continuamente se erguem como
qualidades fundamentais para profissionais e cidadãos comuns. E neste cenário a
matemática é cada vez mais solicitada para descrever, modelar, contextualizar e
resolver problemas nas diversas áreas da atividade humana.
O ensino da Matemática tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento não só
do conhecimento como ciência fundamentada na axiomática, mas também a
capacidade de comunicação, resolução de problemas, tomadas de decisões, que
contribuam para a formação de cidadãos críticos capazes de serem agentes de
mudanças na sociedade em que vivem.
Nesses conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos serão
aprofundados e sistematizados no ensino médio, com objetivo de validá-los
cientificamente, ampliando-os e generalizando-os.
O conhecimento dessa disciplina como saber escolar tem grande importância em
nossa vida, seja no aspecto cultural, visto que está sempre ligado a contextos
sociais e históricos, seja no aspecto social, considerando que a Matemática permite
comunicar, interpretar, prever e conjeturar, proporcionando a linguagem essencial e
universal do desenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, a Matemática
também contribui no aspecto formativo, no que diz respeito à capacidade de
raciocinar, resolver problemas, interpretar ideias e discutir aplicações dessa ciência
e também no aspecto político, uma vez que pode cooperar ou não com a
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
democratização e promoção de valores sociais.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática (2008) o
objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem, conhecimento matemático e envolve o estudo de processos que
investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos
etc.”. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
OBJETIVOS:
a) Desenvolver capacidade de comunicação, resolver problemas, de tomadas de
decisões, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e trabalhar cooperativamente.
b) Construir por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente,
do cidadão, isto é, do homem público.
c) Fazer com que o aluno compreenda e se aproprie da própria matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos
e etc. procurando garantir a harmonia entre o desenvolvimento das capacidades
intelectuais e a aplicação do conhecimento matemático na realidade e em outras
áreas do conhecimento.
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA:
O homem, desde os primórdios do seu aparecimento, encontrou-se envolvido com a
Matemática e procurando atender as necessidades de suas condições de vida
iniciais, ele contava, media e calculava mesmo sem possuir ainda uma formalização
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
de conceitos matemáticos. Tais atividades ainda estavam longe de quaisquer
reflexões científicas ou operações abstratas. No entanto, agindo e operando sobre o
meio em que vivia, o homem obteve os seus primeiros conhecimentos sobre forma e
grandezas e, a partir deles, passou a estabelecer diversas relações dentro da
realidade que o cercava. À medida que isso acontecia, fazia sua própria matemática
buscando solução para seus problemas, sofisticando e lapidando os conceitos
matemáticos.
Assim ao longo da história da humanidade, pode-se dizer que muitas matemáticas
foram criadas em função das diferentes necessidades sócio-culturais e políticas de
distintas épocas e sociedades. Entretanto, ao acompanhar os avanços da
humanidade, a Matemática adquire forma e desenvolve uma estrutura interna
própria, passando a possuir um caráter científico de que não dispunha inicialmente.
Se, em uma etapa anterior, a Matemática se desenvolvia exclusivamente em função
de necessidades externas, passa também a avançar a partir dos problemas que
surgem em sua própria estrutura interna.
Várias tendências influenciaram o ensino de Matemática em nosso país. Atualmente
a concepção adotada na proposta curricular de matemática são as teorias críticas.
Essa tendência surgiu no Brasil em meados de 1984 e, através de sua metodologia
fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a
partir da prática social, superando a crença na autonomia e na “dependência
absoluta da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI, 1997,
p.76). Na Matemática, essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico,
construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um
determinado período histórico. O auge das discussões da tendência histórico-crítica
aconteceu no momento de abertura política no país, na década de 1980.
CONTEÚDOS:
Conteúdos Estruturantes
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os
conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudo de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos
Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da
Rede Pública Estadual, são:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento de Informação
Números e Álgebra
Nesse nível de ensino, é necessário ainda que haja articulação entre a álgebra e os
números, de modo que o aluno:
- compreenda o conceito de incógnita ;
- realize a escrita de uma situação problema na linguagem matemática;
- reconheça e resolva equações numéricas e algébricas, inequações, sistemas de
equações;
- diferencie e realize operações com monômios, binômios, trinômios e polinômios;
equações quadradas, biquadradas, e irracionais.
Grandezas e Medidas
Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram linguagens fundamentais à
realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um
dos principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações
estabelecidas por meios das compras e vendas, pela criação dos padrões que
mensuram a produção e pelo suporte dimensional para as ciências e a tecnologia
(SILVA, 2004). A Matemática é a linguagem das grandezas, e esta, por sua vez,
implica na noção de medida (HOGBEN, 1950).
O conhecimento sobre o sistema monetário é necessário para que o aluno da
Educação Básica tenha condições de estabelecer relações entre o conjunto de
moedas legais em circulação em diferentes países. Entretanto, prima-se que o aluno
conheça primeiro, o sistema monetário do país onde vive. Manejar o sistema
monetário e inteirar-se das situações que mensuram o valor das mercadorias,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de
ordem econômica no país.
Quanto à informática, não se pode negar a sua presença educacional, materializada
pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes, megabytes, gigabytes, ou
terabytes, medidas que representam a capacidade de armazenamento temporário
ou permanente de um computador, passam a fazer parte da linguagem do aluno. É
necessário, então, abordá-los nas aulas de Matemática, pois contribui para a
compreensão de significados matemáticos e o conhecimento sobre a tecnologia.
Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante de Grandezas e Medidas,
pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos ângulos de
um triângulo, relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do homem de
determinar, por exemplo, distâncias inacessíveis (a alturas das pirâmides, distâncias
entre os astros, largura de rios, etc.).
Geometrias
Na Formação de Docentes, deve-se garantir ao aluno o aprofundamento dos
conceitos da geometria plana e espacial em um nível de abstração mais complexo.
Nesse nível de ensino, os alunos realizam análises dos elementos que estruturam a
geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria
analítica plana. Nesse caso, é imprescindível o estudo das distâncias entre pontos,
retas e circunferências; equação da reta, do plano e da circunferência; cálculos de
área de figuras geométricas no plano e estudo de posições.
Funções
As abordagens do Conteúdo Funções na Formação de Docentes devem ser
ampliadas e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades,
estabelecer generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para descrever
e interpretar fenômenos ligados a Matemática e a outras áreas do conhecimento. O
estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica
que favorece a compreensão do significado das valorizações das grandezas
envolvidas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Tratamento da Informação
O Tratamento da Informação é um conjunto estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e
para a interpretação de tabelas e gráficos que, são usados para aprender ou
descrever informações.
Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos,
com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar,
analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporados às
experiências do cotidiano.
Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer fundamentos
básicos de Matemática que permitam interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados
estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos em um universo de possibilidade,
cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é necessário que o aluno colete
dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência e avance para as
contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada,
mediana e moda. Da mesma forma, é necessário o aluno compreender o conceito
de eventos, universo de possibilidades e os cálculos dos eventos sobre as
possibilidades. A partir dos cálculos, deve ler e interpretá-los, explorando, assim, os
significados criados a partir dos mesmos.
No Ensino Médio o conhecimento denominado Tratamento da Informação é um meio
para resolver problemas que exigem análise e interpretação. Trata de problemas de
contagem que exigem cálculos elaborados e engloba uma grande variedade de
técnicas de resolução, tal como a análise combinatória, que abrange arranjos,
permutações e combinações.
É importante que o aluno do Ensino Médio compreenda a matemática financeira
aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas decisões de
ordem pessoal e social. Tal importância relaciona-se o trato com dívidas, com
crediários à interpretação de descontos, à compreensão dos reajustes salariais, à
escolha de aplicações financeiras entre outras.
Para o trabalho com o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação, o aluno do
Ensino Médio deve dominar os conceitos do conteúdo binômio de Newton, pré-
requisito também para a compreensão do conjunto de articulações que se
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
estabelecem entre análise combinatória, estatística e probabilidade.
A interpretação da probabilidade e a estatística possibilitam “um ensino com
características interdisciplinares”, de modo a oferecer ao estudante conhecimentos
menos fragmentadas por meio de experiências que propiciem observações e
conclusões, contribuindo para a formação do pensamento matemático.
Conteúdos Básicos
Entende-se por Conteúdos Básicos os conhecimentos fundamentais para cada série
da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas
da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de
escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é
responsabilidade do professor. Os Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental
deverão ser abordados de maneira articulada, que possibilitem uma
intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de
Matemática.
Os Conteúdos Básicos de Matemática na Formação de Docentes deverão ser
abordados articuladamente, contemplando os conceitos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.
Os Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Formação de Docentes são:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRAS - Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas De Áreas;
- Medidas De Volume;
- Medidas De Grandezas
Vetoriais;
- Medidas De Informática;
- Medidas De Energia;
- Trigonometria.
FUNÇÕES
• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica;
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudos das probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Segundo as Diretrizes Curriculares (2008), a metodologia do ensino dessa disciplina
permite a apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração
curricular que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se
expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes aos
conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam reforçadas,
refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de
novas relações.
O universo pedagógico deve garantir não só o conhecimento evolutivo da
matemática como também instrumentalizar o aluno no convívio das situações do
mundo moderno. Isto inclui o trabalho com cálculos mentais, estimativas,
combinações estatísticas, probabilidade e proporcionalidade desde as séries iniciais.
A manipulação, a análise, a produção e a interpretação de textos, gráficos, tabelas e
planilhas, habilitam os alunos para melhor quantificar, calcular, medir fazer
operações e resolver problemas da vida real.
Concomitantemente, propor atividades para que o aluno possa aprender a utilizar e
a incorporar os mais diversos instrumentos científicos, como réguas, balanças,
termômetros, relógios, calculadoras e tantos outros.
No Ensino Fundamental, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana, vinculado
ao Conteúdo Estruturante Geometrias, o professor pode buscar em Números e
Álgebra, mais precisamente no conteúdo específico equações, elementos para
abordá-los.
De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo específico
proporcionalidade pode-se articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria plana e
introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e redução
de figuras geométricas.
Para o conteúdo específico de estatística, os conceitos da álgebra também são
básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presentes nas
informações das pesquisas estatísticas.
O estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética, ambos vinculados ao
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conteúdo estruturante Funções, o professor pode buscar na matemática financeira,
mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Os
conteúdos função exponencial e progressão geométrica podem ser trabalhados
articulados aos juros compostos. Assim, os conteúdos específicos articulam-se entre
si e os conteúdos estruturantes transitam em outros conteúdos estruturantes, de
modo que nenhum deles deve ser abordado isoladamente.
O ensino da Matemática não pode estar desvinculado da sociedade em que a escola
se encontra inserida, portanto, é necessário que o professor de matemática focalize
sua atenção nos inter-relacionamentos de sua prática pedagógica com o contexto
histórico social mais amplo. Assim, o professor na sua prática poderá fazer uso de
recursos metodológicos como: modelagem matemática, etnomatemática, resolução
de problemas, mídias tecnológicas, história da matemática e investigações
matemáticas.
Resolução de problemas
Uma das razões de ensinar matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir
da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de
um problema, o estudante deve ter condições de buscar várias alternativas que
almejam a solução. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual
os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia,
apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos
que utilizaram para chegarem ao resultado.
Um dos principais objetivos da Matemática é desenvolver a capacidade de pensar,
raciocinar e de resolver problemas. É um dos desafios do ensino da Matemática
trabalhar por meio de situações-problema partindo do cotidiano do aluno e que o
faça pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução. Portanto, é importante o
professor utilizar os diversos tipos de problemas tais como: exercícios de
reconhecimento, exercícios algorítmicos, problemas de aplicação, problemas em
aberto e situações problema, proporcionando assim múltiplas possibilidades de
desenvolvimento do raciocínio e formação do pensamento matemático.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
História da Matemática
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração
de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na
compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o
levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios
e procedimentos por parte do estudante. A história deve ser o fio condutor que
direciona as explicações dadas aos questionamentos da Matemática, bem como,
para a promoção de ensino e da aprendizagem de Matemática escolar baseado na
compreensão e na significação. É pela História da Matemática que se tem
possibilidade do estudante entender como o conhecimento matemático é construído
historicamente.
Etnomatemática
A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o exercício da
crítica e a análise da realidade. Nesse sentido, é um importante campo de
investigação que, por meio da Educação Matemática, prioriza o ensino que valoriza
a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes
culturais.
Modelagem Matemática
A Modelagem Matemática pode ser trabalhada problematizando situações do
cotidiano, levantando problemas que sugerem questionamentos sobre situações de
vida, em que os alunos são convidados a indagar e ou investigar, situações oriundas
de outras áreas da realidade.
Mídias Tecnológicas
Os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos informáticos são importantes
recursos que o professor pode utilizar, pois dinamizam os conteúdos curriculares e
potencializam o processo de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem
suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação
Matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias
matemáticas.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O trabalho realizado com as mídias tecnológicas insere formas diferenciadas de
ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da Internet, entre outros, favorecem as experimentações matemáticas e
potencializam formas de resolução de problemas.
Investigações Matemáticas
A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por
diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da
matemática.
Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa necessariamente lidar com
problemas muito sofisticados na fronteira do conhecimento. Significa, tão só, que
formulamos questões que nos interessam, para as quais não temos resposta pronta, e
procuramos essa resposta de modo tanto quanto possível fundamentado e rigoroso
(PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p. 9).
Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de
forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação
deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o
aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação
apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de
alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com
certeza obterão resultados também diferentes.
Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático, não
apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula
conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações
matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-
teste-demonstração” (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006, p. 10).
Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar qual é a
mais adequada à questão investigada e, para isso, devem realizar provas e
refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é
exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o espírito da atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim,
investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de
toda ação pedagógica.
Nenhuma das tendências apresentadas nestas diretrizes esgota todas as
possibilidades para realizar com eficácia o complexo processo de ensinar e aprender
Matemática, por isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre
elas.
Desafios Sócios Educacionais
Os temas como: Educação Ambiental, Educação do Campo, Enfrentamento à
Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Cultura Afro Brasileira,
Africana e Indígena e outros, serão trabalhados dentro da Resolução de Problemas
e Investigação Matemática de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos da
disciplina. A compreensão dos fenômenos que ocorrem no meio ambiente como:
poluição, desmatamento, limites para o uso de recursos naturais, desperdício terão
ferramentas essenciais em conceitos (médias, áreas, volumes, proporcionalidade, e
etc.) e procedimentos matemáticos (formulação de hipóteses, realização de cálculo,
coleta, organização e interpretação de dados estatísticos, prática de argumentação,
e etc.).
A educação dos povos do campo necessita de novas práticas e ideias educativas
que respeitem as várias diferenças culturais e locais, dos grupos sociais existentes
no campo. Portanto, os conteúdos como: medidas, razão, proporção, regra de três,
porcentagem, área, volume, geometria plana e espacial, tabelas e gráficos e outros
serão trabalhados partindo dos conhecimentos e experiências vivenciadas pelos
alunos do campo, os quais serão sistematizados, aprofundados de acordo com os
conhecimentos historicamente construídos.
Também será trabalhada a cultura africana e indígena, com vistas à divulgação e
estudo sobre as contribuições desse povo em geometria, números, grandezas e
medidas valorizando assim as diferentes culturas.
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação conforme a Proposta Pedagógica da escola é diagnóstica,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
formativa e somativa (processo contínuo) com finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus
resultados e atribuir-lhes valor. O professor deverá utilizar diferentes métodos
avaliativos e instrumentos de avaliação como: provas, testes de múltipla escolha,
observações do interesse e participação nas atividades propostas, pesquisas,
registros no livro de classe, trabalhos e cadernos dos alunos, provas orais ou
escritas, relatórios, atividades e trabalhos individuais e em grupos e auto avaliação.
Na avaliação serão observados se o aluno é capaz de ler, interpretar, escrever,
comunicar, resolver corretamente as atividades propostas e também será levado em
conta o desempenho na sala de aula, autonomia na realização das atividades e os
avanços detectados.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática (2008), alguns critérios são
fundamentais para que o professor elabore uma proposta de práticas avaliativas que
indiquem se o aluno:
• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004).
• Participa coletivamente e colaborativamente nos trabalhos realizados em grupos.
• Compreende, por meio da leitura, o problema matemático.
• Elabora um plano que possibilite a solução do problema.
• Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático.
• Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma certas atitudes devem ser cultivadas pelo aluno sob a orientação do
professor e se caracterizam por:
• Partir de situações-problema interna ou externa à matemática;
• Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• Argumentar a favor ou contra os resultados (NOGUEIRA; PAVANELLO, 2006, p.
29).
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua
vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas
aulas de Matemática. Assim, será então possível que as práticas avaliativas
finalmente superem a pedagogia do exame para basearem-se numa pedagogia do
ensino e da aprendizagem.
Recuperação Paralela de Conteúdos
Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada ao longo do período
letivo a recuperação de estudos de forma paralela/concomitante com
acompanhamento sistemático. O professor considerará a aprendizagem do aluno no
decorrer do processo e para aferição do período letivo, entre a nota da avaliação e a
da recuperação de estudos prevalecerá sempre a maior.
As defasagens detectadas na aprendizagem dos conteúdos serão recuperadas por
meio da retomada dos conteúdos trabalhados, utilizando instrumentos de avaliação
e metodologias diversificadas como: revisão dos conteúdos não assimilados,
discussão, explicitação e correção dos erros nas provas e testes realizados, trabalho
extraclasse, resolução de atividades individualmente ou em grupo com
acompanhamento durante as aulas e uma nova oportunidade de avaliação.
5. REFERÊNCIAS
BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento
escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.; JUNQUEIRA, S. R. A.
(orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências
naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004.
HOGBEN, L. Maravilhas da matemática: influência e função da matemática nos
conhecimentos humanos. Porto Alegre: Editora Globo, 1950.
LORENZATO, S.; VILA, M. C. Século XXI: qual matemática é recomendável?
Revista Zetetiké. Campinas, ano1, n.1, p. 41-49. 1993
NOGUEIRA, C. M. I.; PAVANELLO, R. M. Avaliação em Matemática: algumas
considerações. Disponível em
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1275/arquivoAnexado.pdf.
Acesso em: 21 jan 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática
para as Séries Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretoria de políticas e Problemas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Série Cadernos Temáticos dos Desafios
Educacionais Contemporâneos. Curitiba: SEED – PR., 2008.
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de
aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores associados, 1997.
SILVA, I. História dos pesos e medidas. São Carlos: Edufscar, 2004.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
QUÍMICA
Série Número de aulas semanais
3º ano 2
4º ano 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Como em todas as disciplinas, o ensino de Química tem grande importância, pois
seus saberes, sua prática e o saber advindo de seu conhecimento fazem parte do
cotidiano atual, bem como historicamente esteve presente em todo o processo de
desenvolvimento das civilizações, desde as primeiras necessidades humanas como
a comunicação, o uso e a conservação do fogo, o conhecimento do processo de
cozimento necessário à sobrevivência, a fermentação, a tintura e a vitrificação,
entre outros.
As descobertas científicas ao longo da História tiveram sempre uma ligação com a
busca da riqueza, com a cura de doenças e com a busca pela vida eterna, ou pela
eterna juventude. Do século II, até o declínio da Idade Média, a alquimia, que era
uma mistura de ciência, magia e religião, foi desenvolvida entre os povos árabes,
chineses, egípcios e gregos. O objetivo desses primeiros pesquisadores era
encontrar o tão esperado elixir da vida eterna e a capacidade de transformar metais
inferiores em metais raros principalmente o ouro, a chamada pedra filosofal. Na
Idade Média, aqueles que se dedicavam às experimentações, agiam em absoluto
segredo, pois suas práticas eram consideradas pela Igreja como bruxarias. Ainda
assim, muitas das experiências dos alquimistas como a extração, produção e
tratamento de metais como o cobre, ferro, ouro e vidro, foram aperfeiçoadas e são
práticas atuais. Os avanços das descobertas químicas ocorreram no contexto
histórico do fim do período feudal, quando houve na Europa, um aumento das
aglomerações urbanas e, em razão da quase ausência de condições sanitárias
adequadas, irromperam epidemias de doenças como a peste negra de 1347. Em
vista disso foram surgindo os estudos mais ousados e suas descobertas
revolucionarias. Na transição entre os séculos XV- XVI, ocorreu o nascimento da
latroquimica que foi a antecessora da Química moderna, desenvolvida pelo suíço
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Phillipus Auredus Theophrstus Brombastus Von Hohenhein, de pseudônimo
Paracelso. Os estudiosos dessa época eram comumente condenados pela Igreja,
acusados de praticar artes satânicas. Ainda assim a Química moderna como
ciência tem sua origem na Europa, muito em função do surgimento e
desenvolvimento do modo de produção capitalista. E também da expansão da
indústria, do comércio, das navegações e das técnicas militares, especialmente em
Paris, Berlim, Londres, Bolonha e Florença, onde existiam as grandes
universidades. No século XVIII, aconteceu a chamada revolução química, por
causa da incorporação de certos elementos empíricos da alquimia. Lembrando que
esses avanços estavam ligados às investigações e descobertas referentes à
composição e estrutura da matéria e eram compartilhados com a Física. No século
seguinte o desenvolvimento das experiências químicas conseguiu o isolamento dos
elementos químicos gasosos. E, com o desenvolvimento das máquinas, na
Revolução Industrial, a ciência Química se expandiu ainda mais na direção da
indústria química. Entre os químicos que mais colaboraram para esse processo de
avanço destacou-se o francês Antoine Laurent Lavoisier, que propôs a
nomenclatura para os compostos químicos, que acabou se tornando universal. No
século XIX a Química avançou ainda mais quando John Dalton demonstrou sua
teoria atômica. Em 1828, a uréia foi sintetizada e superou a Teoria da Força Vital, e
os cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório. No final
desse século a Química se consolidou mais e surgiram as relações da produção de
seus conhecimentos com as instituições de pesquisa e com a indústria. Do século
XX em diante a Química acompanhou o desenvolvimento das outras ciências, em
especial, na Inglaterra e nos Estados Unidos, com ênfase no período após o final
da Segunda Guerra Mundial.
Na Inglaterra a produção de material didático para o ensino da Química aconteceu
na década de 1850, enquanto que no Brasil, o seu ensino foi implantado em 1862 e
o primeiro livro didático teria aparecido em 1875 e destinado ao ensino secundário.
O ensino de química no Brasil passou por varias transformações desde a
implantação do curso de química industrial em 1919, a realização do primeiro
Congresso Brasileiro de Química em 1922 e a criação da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras em 1938 no Paraná. No período compreendido entre as décadas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
de 1950 e 1970 o ensino de Química foi marcado pelo positivismo utilizando o
método científico.
No final da década de 70, consolidaram se as idéias construtivistas na educação,
visando a construção pelo aluno através de estímulos atividades dirigidas de modo
a conduzi-los a relacionar suas concepções ao conceito científico.
Nos anos 80, a secretaria de estado da Educação do Paraná, a partir de uma nova
política educacional elaborou o currículo básico baseado na pedagogia histórico-
crítica (Demerval Saviani) para o ensino do primeiro grau e elaboração de
documentos para reestruturação do ensino do segundo grau com cadernos
separados para disciplinas e para os cursos técnicos profissionalizantes.
O documento de Química apresentava uma proposta de conteúdo essencial para
as disciplinas que tinha como objetivos principais à aprendizagem dos
conhecimentos químicos historicamente constituídos.
Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram
a educação em pauta novamente efetuando as discussões a respeito de currículo.
A disciplina de Química era tratada de modo simplista no PCN onde era vista como
área do conhecimento.
Atualmente com base nas DCE o ensino de química proposto intenciona
estabelecer uma integração do aluno com a química e se contrapõe a idéia de que
esta ciência se reduz a um conjunto de inúmeras fórmulas e nomes complexos
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química, que é
o estudo das substâncias e materiais.
Mortimer e Machado (2003) apresentam um esquema no qual se pode localizar ao
centro o objeto de estudo da Química (substâncias e materiais) sustentadas por
três pilares: composição, propriedades e transformações. O objeto de estudo da
química apresenta-se explicado através dos conteúdos estruturantes: matéria e sua
natureza; biogeoquímica; e química sintética, que serão trabalhados nas duas
séries do curso Formação de Docentes através dos conteúdos básicos e
específicos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
MATÉRIA E SUA NATUREZA. Esse conteúdo é o que identifica a disciplina, ele
aborda a essência da matéria que é a história da Química, o que se faz necessário
para a compreensão das teorias químicas e também dos modelos atômicos. A
concepção de átomo está presente em nossa vida diária e sua compreensão é
indispensável para que ocorra o entendimento dos aspectos microscópicos dos
materiais. Do conceito de átomo indivisível (Leucipo e Demócrito) até o atual
conceito de átomo (partícula-onda) foram se estabelecendo ao longo do tempo e a
compreensão contextual da história pode demonstrar como os modelos foram
surgindo e sendo substituídos. Outro conteúdo que pode ser considerado, ou
agregado como indispensável é o diagrama de Linus Pauling, como um instrumento
para o entendimento da tabela periódica que é considerada como um mapa para as
descobertas mais importantes sobre a matéria e sobre a natureza. Assim, será
possível ensinar aos alunos a explorar, por exemplo, o elemento químico sódio. Do
mesmo modo é possível usar as tabelas de cátion e ânions, pois sem seu manuseio
não é possível obter os compostos e as suas formações proporcionais. Para o
conteúdo ácido-base, geralmente é usada a teoria de Arrenhius, embora existam
mais duas teorias a Brönsted-Lowry e a Lewis, que possuem mais abrangência,
mas são bem mais complexas. Quando o aluno consegue entender a primeira
teoria, suas possibilidades de aprendizagem dos conteúdos são maiores.
BIOGEOQUÍMICA. Esse conteúdo se caracteriza por suas interações com a
hidrosfera, litosfera e a atmosfera, e se constitui partindo da sobreposição da
Biologia, Geologia e a Química. Basicamente esse conteúdo estruturante se vincula
a trajetória agrícola do homem desde o momento em que ele descobriu a imensa
riqueza da terra e a presença dos elementos químicos presentes nela como o
sódio, cloro, enxofre e outros, ele descobriu também a necessidade de cuidar e de
tratar esse solo. Com o crescimento das práticas agrícolas, o homem também teve
que impulsionar os estudos tanto para aumentar sua produtividade, como para
cuidar da terra, desenvolvendo métodos para conseguir devolver a terra, os
nutrientes, e os fertilizantes que as várias plantações retiram do solo. Ao mesmo
tempo, o homem precisou desenvolver técnicas para controlar as ervas daninhas,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
fungos, insetos, etc., e sua grande conquista foi a produção disso tudo em
laboratório, que é o tema central desse conteúdo estruturante.
QUÍMICA SINTÉTICA. O assunto abordado nesse conteúdo estruturante é a
apropriação cientifica da Química na síntese de novos produtos e materiais
resultantes dos estudos dos produtos farmacêuticos e da indústria de alimentos
como: conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes e ainda os
fertilizantes e agrotóxicos. O conhecimento da Química é usado para preparar
medicamentos o (AAS) ácido acetilsalicílico, o primeiro fármaco que foi sintetizado
e o antibiótico, anti-histamínico e ainda os anestésicos que são da área da Química
Orgânica. Lembrando que na medicina são usados medicamentos que em suas
fórmulas são encontrados metais, ou elementos da Química inorgânica. Em geral
os livros didáticos tradicionais preferem o estudo de nomenclatura e classificação
dos compostos de Química Orgânica. Porém, é importante lembrar que a Química
Orgânica e a inorgânica não podem ser abordadas separadamente, pois ambas
fazem parte da mesma disciplina e muitos conteúdos específicos se inter-
relacionam e devem ter o mesmo encaminhamento.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria e sua Natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
Matéria
Ligação Química
Solução
Reações Químicas
Velocidade das Reações
Equilíbrio químico
Radioatividade
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Gases
Funções químicas
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS / ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
A química precisa ser trabalhada de forma clara e objetiva, expondo, sobretudo os
aspectos sociais que a abrangem. Considerando que os fenômenos químicos estão
presentes o tempo todo ao nosso redor, e não podem ser deixados de lado, mas
necessitam ser entendidos.
Por isso torna-se primordial aulas dinâmicas capazes de instigar o interesse dos
alunos, procurando relacionar conteúdos trabalhados com situações concretas
vivenciadas por eles,buscando o conhecimento já adquirido, visando o seu
aprimoramento através da experimentação, da leitura científica, de textos e
pesquisas.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente construído, sendo necessário que o processo de ensino
aprendizagem inicie no conhecimento específico anterior dos alunos, respeitando
as pré-concepções dos mesmos, onde se inclui as
alternativas (idéias pré-concebidas sobre o conhecimento da química) ou
concepção espontânea, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
Na metodologia utilizada para o ensino de Química será indispensável
o respeito às pré-concepções dos alunos; a não valorização das fórmulas
matemáticas, pois não são os objetos centrais da aprendizagem; a utilização de
modelos para explicar comportamento microscópio de forma contextualizada, pelo
professor para que o processo ensino aprendizagem seja significativo; a
experimentação para compreensão dos fenômenos químicos; a leitura de textos
científicos pré selecionados que acompanhe o nível cognitivo dos alunos a quem se
destina e que tenha um objetivo proposto.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O processo ensino-aprendizagem será articulado com o uso de recursos
pedagógicos e tecnológicos: livro didático, texto de jornal e de revista científica,
resenhas críticas e informativas, imagens, gráficos, gravuras, tabelas, quadro de
giz, materiais de laboratório, TV multimídia, computador, entre outros.
Serão realizadas atividades individuais e coletivas que possibilitem o confronto
de informações e de interpretações diversas, resolução de exercícios, aulas
práticas de laboratório seguidas de relatório e/ou de atividade dirigida, aulas
expositivas e demonstrativas com o objetivo de proporcionar o diálogo e de
esclarecer dúvidas que surgirem.
A problematização, contextualização, interdisciplinaridade, pesquisa, atividade em
grupo, entre outros, serão utilizadas como estratégias de ação, visando garantir a
interatividade e a construção de conceitos para que o processo ensino
aprendizagem aconteça de forma significativa para aluno e professor.
Os desafios Sócio–Educacionais serão trabalhados, em todas as séries, articulados
aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado.
AVALIAÇÃO
Dentro desta Proposta Pedagógica Curricular, a avaliação é utilizada com a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem dos
alunos, será concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Ela deve ocorrer no dia a dia, no transcorrer da
própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita a alteração no seu
desenvolvimento.
Na disciplina de Química o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Para que essa formação de conceitos
científicos aconteça é preciso aplicar uma ação pedagógica que analise e utilize os
conhecimentos anteriores dos alunos permitindo aos mesmos o entendimento e a
interpretação dos conceitos químicos por meio da metodologia desenvolvida. e
também esclarecer os critérios e instrumentos avaliativos utilizados.
A avaliação terá instrumentos avaliativos diversificados, previamente selecionados
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
• Alguns instrumentos que serão utilizados:
• Provas e testes;
• Trabalho individual ou em grupo;
• Pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
• Montagem de painel e/ou cartazes;
• Relatórios e atividades dirigidas referentes às atividades experimentais;
• Levantamento e coleta de dados a partir de um problema sugerido;
• Leitura e interpretação de tabelas, gráficos, gravuras;
• Outros instrumentos convenientes.
Os instrumentos e critérios avaliativos utilizados serão esclarecidos aos alunos
para eles possam analisar, acompanhar e avaliar seu desempenho no decorrer do
processo.
As defasagens detectadas na aprendizagem serão recuperadas por meio da
retomada dos conteúdos trabalhados, utilizando instrumentos de avaliação e
metodologias diversificadas como: revisão dos conteúdos não assimilados,
discussão, explicitação e correção de erros das provas e testes, resolução de
atividades individuais, em grupo ou no sistema de monitoramento com
acompanhamento durante as aulas e uma nova oportunidade de avaliação de
forma paralela/concomitante com acompanhamento sistemático. Considerando
sempre os avanços e a aprendizagem do aluno durante todo processo avaliativo.
REFERÊNCIAS:
AFONSO GOLDFARB, Ana Maria. Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
CHAGAS, Aécio Pereira. A história e a Química do fogo. São Paulo: Átomo, 2006.
BRASIL/MEC. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In:BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino
Fundamental, Médio e Normal.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental,
Médio e Normal.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de
políticas e Problemas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais
Contemporâneos. - Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais
Contemporâneos. Curitiba: SEED – PR., 2008.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Química,
2008.
http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/
http://www.química.seed.pr.gov.br/
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
SOCIOLOGIA
Série Número de aulas semanais
1º ano 2
2º ano 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Sociologia é a ciência que estuda o comportamento do ser humano em função do
meio em que vive, por isso constitui-se em uma forma de saber científico.
Compreender o meio e as determinantes que operam nos mecanismos da
organização social é fator fundamental para se entender as especificidades de seu
ensino e aprendizagem.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a
Sociologia desenvolveu um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O
pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe importantes contribuições ao
pensamento sociológico ao desnudar as relações de exploração que se
estabeleceram desde o momento em que determinada classe social se apropriou
dos meios de produção e passou a conduzir as ações da sociedade.
O caráter científico se liga à lógica das ciências ditas “experimentais”, ou seja, para
ascender ao estatuto de ciência, deveria atender a determinados pré-requisitos e
seguir métodos “científicos” que pretendiam a neutralidade e o estabelecimento de
regras. São representantes deste pensamento Augusto Comte (1798-1857) e Émile
Durkheim (1858-1917).
No Brasil, tanto as ideias conformistas quanto as revolucionárias exerceram forte
influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. Autores como Silvio
Romero, Euclides da Cunha e Oliveira Vianna, considerados conservadores,
configuraram uma tradição ensaísta preocupada em delinear a identidade cultural
nacional. Temas como raça e cultura era o foco dos estudos históricos, literários e
das análises sociológicas das três primeiras décadas do século XX. Forjadas nas
universidades e centros de estudos, as discussões no campo da Sociologia se
consolidaram como importante perspectiva de compreensão da sociedade brasileira.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS
1º ANO
1º Semestre
Conteúdo Estruturante: Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conhecimento em ciências sociais
Introdução ao estudo da sociedade
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social
História, origem e precursores da Sociologia
Principais teóricos, suas teorias e métodos (Augusto Comte, Émile Durkheim,
Marx, Max Weber, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes)
Pensamento Social Brasileiro
2º Semestre
Conteúdo estruturante: Indivíduo, identidade e socialização
Processo de socialização
Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas
A questão do indivíduo/ individualidade e socialização
A questão da família e da escola na formação do indivíduo
Conteúdo estruturante: Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno
Democracia, autoritarismo e totalitarismo
Estado no Brasil
Conceitos de poder, de ideologia, de dominação e legitimidade
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos sociais
Direitos civis, políticos e sociais
Direitos humanos
Conceitos de cidadania
Movimentos sociais e movimentos no Brasil
Questão ambiental e os movimentos ambientalistas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A questão das ONG's
2ºANO
1º Semestre
Conteúdo Estruturante: Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conhecimento em ciências sociais
Introdução ao estudo da sociedade
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social
História, origem e precursores da Sociologia
Principais teóricos, suas teorias e métodos (Augusto Comte, Émile Durkheim, Marx,
Max Weber, Antonio Gramsci, Pierre Bourdie e Florestan Fernandes)
Pensamento Social Brasileiro
2º Semestre
Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise
das diferentes sociedades
Diversidade cultural, identidade
Indústria cultural
Meios de comunicação de massa
Sociedade de consumo
Indústria cultural no Brasil
Conteúdo Estruturante: Trabalho, Produção e Classes sociais.
Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
Desigualdades sociais
Estamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
Globalização e Neoliberalismo
Relações de trabalho
Trabalho no Brasil
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, propõe-se que sejam
redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise crítica dos
problemas sociais, visto que a dinâmica da sociedade e do conhecimento científico
que os acompanha é provisória e, portanto, não constitutiva de uma dimensão de
totalidade.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos não devem ser pensados e
trabalhados de maneira autônoma, no entanto, é possível o estudo e a apreensão de
cada um dos conteúdos sem a necessidade de uma amarração com os demais. O
ensino da Sociologia permite o uso de múltiplos instrumentos metodológicos seja
exposição, leitura, análise, discussão, pesquisa de campo e bibliográfica, entre
outros.
Os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-
aprendizagem devem estar relacionados com a construção histórica da Sociologia
crítica, favorecedora do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante. O
conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e
estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social.
O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloque o aluno como sujeito
de sua aprendizagem provocando-o a relacionar a teoria com o vivido, a rever
conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino da Sociologia deve assumir caráter dialógico potencializando
a (re) conceituação dos fenômenos sociais. As atividades relacionadas à disciplina
serão elaboradas de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios serão
debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo
pedagógico. Tais critérios de avaliação deverão estar em consonância com as
práticas dialéticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, baseadas na reflexão
crítica nos debates, na participação efetiva nas pesquisas realizadas, na produção
de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática. Clareza
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
de objetivos que se pretendem atingir é fundamental para a apreensão,
compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Outro aspecto a ser priorizado é a auto-avaliação dos envolvidos no processo, não
só os alunos, mas também os professores e a própria instituição escolar que
deverão refletir sobre as dimensões práticas e discursivas e, principalmente, se os
seus princípios políticos são coerentes com a qualidade da vida social e
consolidação da democracia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. São
Paulo: Moderna, 2005.
DEMO, Pedro. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 2002.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Curitiba,
2006.
_______. Vários Autores. Livro Didático Público: Sociologia. Curitiba, 2006.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
Série Número de aulas semanais
3º ano 2
4º ano 2
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e
histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às
comunidades indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família
real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer
o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio
Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o
francês, o inglês e o alemão.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da
gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco
Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função
de mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava
exclusivamente em língua estrangeira durante as aulas.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência
econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve
garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os estados ficaram desobrigados a
manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez, ficou ainda mais
desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Em 1976, o
ensino de LE voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º
grau. Porém, uma condição gerou insatisfação ao quadro de professores: o número
de aulas ficou reduzido a uma aula semanal. No Paraná houve movimentos de
professores insatisfeitos com o modelo de currículo para LE e dessa insatisfação
surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio Estadual do Paraná. Com a
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
mobilização de professores organizados em associações, a Secretaria de Estado da
Educação oficializou a criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no
princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas
essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e
oralidade. No entanto, é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes,
“a visão de ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos que restringem
sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural” (DCE, 2009,
p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a
diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da língua e,
consequentemente construa significados em relação ao mundo em que vive.
OBJETO DE ESTUDO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA- INGLÊS
Para Bakhtin, não existe discurso individual no sentido de que todo discurso se
constrói no processo de interação em função do outro. E é no espaço discursivo
criado na relação eu e outro que os sujeitos se constituem socialmente.
Portanto, o objeto de estudo da língua estrangeira é o discurso como prática social.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o
linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o
trabalho
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à
“apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA ESCRITA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos semânticos;
• Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
• Variedade linguística;
• Marcas linguísticas: particulariedades da
língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão,negrito), figuras de
linguagem);
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam
ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Concordância verbal / nominal.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
QUADRO DE GÊNEROS TEXTUAIS:
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências
Vividas
Trava-Línguas
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
Autobiografia
Biografias
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas
Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção
Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão
Argumentativa
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de
Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PRODUÇÃO
E
CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
videoconferência
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o
discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as
práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais,
verbais e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que
priorizem o entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois
trabalhar os aspectos gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de
priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.”
(DCE, 2009, p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a
texto orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua
Inglesa, mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e
pronúncias desta língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar debates
orais, seminários, dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto
que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor
precisará esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as
situações reais de uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção
deve ter sempre um objetivo claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno
um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva,
linear, para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2009, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão
abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise linguística, que
não considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de
livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas,
internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a
interação com a língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento
crítico do aluno.
AVALIAÇÃO
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o
seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-
sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de
conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos
avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do
professor, que poderá, a partir dele, identificar “identificar as dificuldades, planejar e
propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71)
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua
interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem
como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da
organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc.
Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao avaliar
o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos
no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os
seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos),
produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre
teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se
dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse
processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste
estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
REFERÊNCIAS
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIN, Ernersto. New our way. 4ª.
Edição. Volumes: 1, 2, 3 e 4. Richmond Publishing, 2002.
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília- DF, 2004.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da
Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-
raciais e para o ensino de história ecultura afro-brasileira e africana. Brasília:
MEC/Secretaria Especial de Políticas de
Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino
fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009.
Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Marcílio Dias - EF, Médio e Normal,
2008
Regimento Escolar do Colégio Estadual Marcílio Dias - EF, Médio e Normal 2007
SITES:
Portal Dia-a-dia Educação:
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.ingles.seed.pr.gov.br/
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Série Número de aulas semanais2ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O debate acerca da inclusão dos alunos com necessidades especiais não é recente.
No final do século XIX, esses alunos eram tidos como indignos de educação
especial. No século XX ocorreu o atendimento a esses alunos em instituições
apropriadas. A partir da década de 60, surgiram as políticas públicas e, mais tarde
as classes especiais dentro das escolas comuns. Na década de 70 ocorreu a fase da
integração, permitindo nas escolas comuns a aceitação de alunos com necessidades
educacionais especiais. Porém a partir da década de 80 é que intensificou – se a
atenção a necessidade de educar esses alunos no ensino regular.
Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade da raça
humana, atendendo às necessidades das maiorias e minorias é concretizar a
realização da Sociedade Inclusiva, na qual cabe à educação, a mediação deste
processo.
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis,
etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado e
disponibiliza os serviços e recursos próprios para esse atendimento, a fim de cumprir
os dispositivos legais e políticos - filosóficos que amparam a educação inclusiva.
Desta forma a educação especial é um processo que visa promover o
desenvolvimento das potencialidades dos alunos com necessidades especiais. Tem
como objetivo assegurar que os mesmos possam ter acesso a todas as gamas de
oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. O incentivo a
autonomia, a cooperação, espírito critico e criativo bem como a preparação dos
alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural, dos desportos, das
artes e do trabalho, também são as metas da educação especial.
Nesse contexto ,pressupõe-se que os conhecimentos desta disciplina são de
fundamental importância e devem ser concebidos como parte da cultura a ser
vivenciada por todos os alunos do curso de Formação de Docentes, considerando o
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
foco da educação inclusiva que é incluir a todos no sistema escolar, que precisa se
adaptar as particularidades dos alunos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:
1º Semestre
- Histórico da Educação Especial
- Percurso histórico da Educação especial.
- Estudos da LDB 9.394/96 – quanto a Educação Especial.
- Processo de inclusão no Brasil – Mantoan e outros autores.
– Área de Estudo da Educação Especial:
- Intelectual.
- Física neuro-motora.
- Visual.
- Surdez.
- Condutas Típicas.
- Superdotação e Altas Habilidades.
– Legislação Vigente
- Constituição Federal.
- Constituição Estadual.
- Deliberação nº02/03 CEE.
- LDB 9394/96
- Declaração de Salamanca (1994) e outras.
- ECA
2º Semestre
– Flexibilização Curricular
- No Projeto Político Pedagógico da Escola.
- Planejamento do professor.
- Rede de apoio a inclusão de alunos com necessidades educacionais
especiais.
- Serviços de apoio pedagógico especializado para complementar a
escolarização formal.
- Serviços especializados: classe Especial, Classes de Educação Bilingue,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
escolas Especiais, Escolas de Educação para Surdos.
- Avaliação
– Ação do Educador na Sociedade e Políticas Públicas
- Possíveis prevenções das deficiências.
- Inclusão.
– Lei de acessibilidade.
METODOLOGIA
Pretende-se que os estudos desta área do conhecimento aconteçam com uso de
diversos recursos, para que o aluno tenha oportunidade de experimentar várias
situações de aprendizagem, tais como: estudos de textos, vídeos, pesquisas,
reportagens, legislações, debates, seminários, análise de situações problemas,
entrevistas, observações nas escolas e nos centros de educação infantil na Prática
de Formação sobre questões de inclusão e acessibilidade, entre outros.
Será utilizado como recursos didáticos pedagógicos/tecnológicos, apostilas
reportagem, filmes, vídeos, TV multimídia, pendrive, computador entre outros.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será concomitante, e está em consonância com os
instrumentos e critérios estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da escola. Tem
como objetivo primordial fornecer informações sobre o processo ensino e
aprendizagem, portanto será realizada de forma diagnostica, formativa e somativa a
partir da observação continua na sala de aula. Será utilizado como verificação da
aprendizagem os seguintes instrumentos: provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de texto, produção de matérias didáticos, miniaulas,
exposições e seminários. Nos trabalhos propostos espera-se que o aluno
demonstre seu progresso no domínio do conteúdo trabalhado, portanto será avaliado
progressivamente através da participação individual, exposição de ideias coerentes,
fluência da fala, participação organizada, desembaraço e consistência
argumentativa.
Ao constatar dificuldades de aprendizagem, será realizado a recuperação paralela
que consiste na retomada do conteúdo que ainda não foi apropriado pelo aluno.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Meire Aparecida. A inclusão do surdo no Ensino Regular: A legislação.
2007. Disponível em: <www.diadiaeducacao.com.br>. Acesso em: 28 agost. 2012.
BRASIL. Lei de Diretrizes E Bases da Educação nacional. LDB 9.394/96. 1996.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva.
Porto Alegre: Mediação, 2000.
DVD, TV Escola. Vol 3
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades
educativas especiais. In: Conferência mundial sobre NEE: acesso e qualidade –
UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO,1994.
MARCHESI, A. (Org). Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades
educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
MAZZOTA, J. O. Fundamentos de educação especial. São Paulo: Enio Matheus
Guazzelli, 1997.
MANTOAN, Maria Teresa Egler. Caminhos Pedagógicos da Inclusão. 2002.
Disponível em: http://www.educacaoonline.pro.br/. Acesso em: 20 agost 2012.
________PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 02/03. Curitiba:
2003.
_______PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. SUPERINTÊNCIA
DE EDUCAÇÃO. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO. Fundamentos
teóricos-metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular, do curso
de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal, em nível
médio. Curitiba: SEED – PR., 2008.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Série Número de aulas semanais
3ª 2
APRESENTAÇÃO/ JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
“Quem não compreende um olhar tampouco
compreenderá uma longa explicação”
Mário Quintana
Educação só é de qualidade quando tem como ponto de partida e ponto de chegada
a prática social, sobre a qual deve estar fundada uma relação dinâmica entre esta e
a escolha de conteúdos. Por isso, é preciso ter consciência de que nenhum
professor pode e deva trabalhar os conteúdos que quer, deve trabalhar aquilo que
está definido na proposta da escola, e esta, a escola, deve estar comprometida com
aqueles conteúdos que acrescentam algo de significativo na compreensão da
realidade e no posicionamento crítico-criterioso diante da mesma. Ensinar e
aprender aquilo que é significativo para o aluno, não é trabalhar com aquilo que lhe
agrada, mas com aquilo que se faz necessário, e por isso é significativo, à prática
social e pedagógica. Por isso, o enfoque aos conteúdos deve estar voltado para a
compreensão da base histórico-social da existência humana.
A função da Filosofia não é prescritiva. Ela não é um consultório de receitas para
cura. Ela é uma ferramenta para que descubramos as soluções necessárias. E estas
soluções não se dão por acaso, mas a partir da postura filosófica que se adota, e do
engajamento que se desenvolve a partir dela. Trabalha com o fundamento
(princípios, causas e condições) das realidades, e aqui especificamente da
educação, mas trabalha também com a significação e a finalidade. Enquanto a
filosofia de modo geral se pergunta pela relação entre o ser o pensamento, na
educação ela se perguntará pelo que é a educação e pelo que tem fundamentado o
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
pensamento educacional: o que é o ser da educação? Como esse ser se expressa
no pensamento educacional nos mais diferentes momentos históricos? Qual é a
realidade da educação?
O mundo (as realidades) são sempre idéia e matéria. A forma de responder à
relação entre as duas definem matrizes (concepções norteadoras) que vão priorizar
ora a idéia, ora a matéria. Estamos então diante do idealismo e do materialismo,
duas das matrizes decisivas do pensamento filosófico.A filosofia ensinada nas
escolas em os cursos de formação de professores tem seguido mais tendência a
seguir uma direção idealista, mesmo que às vezes sob verniz materialista., até por
conta de um processo de naturalização que é própria deste tipo de idéia. No
materialismo o pensamento é obrigado a dar lugar para o social e o biológico. O
materialismo que interessa à nossa proposta é o materialismo científico. Nele se
adota uma perspectiva histórico-dialética no modo de produção da existência como
elemento fundante da realidade histórica. A aí apresenta-se o trabalho como
elemento fundamental no processo de desenvolvimento da história. O materialismo
científico se apresenta enquanto dialético e também como histórico.
O MATERIALISMO HISTÓRICO parte da produção material como explicativa o ser
do homem. O modo de via material condiciona o social, o político, o intelectual. Os
fenômenos econômicos explicam a história. É uma teoria da história a partir da
definição dos modos de produção. Os conceitos e as idéias do materialismo histórico
não devem ser entendidos como uma ideologia, mas como uma ferramenta para
entender como surgem, evoluem e entram em decadência os mais variados modos
de produção que a história produziu e que produzirá, servindo como instrumental
para definir posicionamentos frente ao processo de exploração a que o homem é
submetido. É uma Filosofia que tem como princípio básico a dialética fundamentada
na matéria e no pensamento que desta nasce como realidades portadoras de uma
dinâmica de mudança que se dá a partir dos contrários. Materialismo é explicar os
fenômenos a partir de suas contradições e de sua realidade material.
O ponto de partida e de chegada em Fundamentos Filosóficos da Educação será o
Marxismo ou Materialismo Dialético (Karl Marx (1818-1883). Para Marx, a matéria
evolui dialeticamente, isto é, pela superação de sucessivas contradições ou tensões,
passando de uma tese para uma antítese e desta para uma síntese. A síntese que
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
reassume em si os elementos positivos da tese e da antítese. Esse processo
evolutivo seria uma lei imanente, que presidiria as suas transformações, desde a
matéria primitiva, origem de tudo que existe, até uma sociedade justa e democrática,
que seria o vértice para o qual caminharia toda a história e que daria sentido a toda
evolução. O materialismo dialético é a teoria do conhecimento que produz as
ferramentas terminológicas e os conceitos necessários à ciência materialismo
histórico. A dialética tem sua origem na explicação do movimento de transformação
das coisas. Assim, ela se fundamenta na contradição que gera o constante devir da
realidade (luta dos opostos). A consciência é determinada pelo social, e na
convicção de que não existe fato em si, mas fato contextualizado. Senso o homem é
produtor de si mesmo e de sua realidade: a humanização depende d e seu trabalho
que define a construção da sua história. A causa do desenvolvimento dos
fenômenos é interna (em suas contradições). O movimento é a essência da
realidade. Teoria e prática se interferem e se influenciam mutuamente. A consciência
é determinada pelo social. Ciência do movimento no pensamento, na matéria e na
história. Não existe fato em si, mas fato contextualizado. O homem é produtor de si
mesmo e de sua realidade: a humanização depende do trabalho (construção da sua
história). O movimento de contradição se dá nas coisas, na história. A causa do
desenvolvimento dos fenômenos é interna (em suas contradições). O movimento é a
essência da realidade. Teoria e prática se interferem e se influenciam mutuamente.
É uma concepção dinâmica de homem, sociedade e de relação entre as coisas e
realidades que possibilitará à educação exercer a sua função social, porque matéria
e pensamento são cúmplices.(Marx e Engels). Esta opção é que permitirá superar o
pensamento positivista que se instalou nas relações pedagógicas e que transformou
a educação em algo estático / congelado; exata, submissa; com incapacidade
técnica e política de reação, de oposição ao que é relativo, de manutenção do status
quo, de verdades absolutas, da supremacia da prova, de eliminação o contraditório.
É a possibilidade real da flexibilidade e da descoberta, de avanços através das
contradições, de mudanças, de evolução.... [da projeção do que se sonha. Libertar
da alienação.(Ludwig Feuerbach).
Ancorados nesta filosofia adotamos a abordagem Histórico-Cultural, fundamentada
no pensamento de Lev S. Vygotsky (1986-1934). Vygotsky viu nos métodos e
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
princípios do materialismo dialético a solução dos paradoxos científicos
fundamentais com que se defrontassem seus contemporâneos. Um ponto central
desse método é que todos os fenômenos sejam estudados como processos em
movimento e em mudança. Em termos do objeto da psicologia, a tarefa do cientista
seria a de reconstruir a origem e o curso do desenvolvimento do comportamento e
da consciência. Não só todo fenômeno tem sua história, como essa história é
caracterizada por mudanças qualitativas e quantitativas. Essas opções direcionam
para uma Pedagogia Histórico-Crítica. Nesta Pedagogia, a criança é vista como um
ser concreto, concebida em função da classe social a que pertence e da análise de
sua condição de vida: econômica, social e cultural. O professor é aquele que
direciona e conduz o processo ensino-aprendizagem, comprometendo-se com a
criança e sua realidade social e interagindo com ela na construção do conhecimento.
Os conteúdos culturais e universais, acumulados historicamente e produzidos
socialmente, que servem de instrumento para a criança conhecer, criticar e refletir
sobre a realidade (apropriação para superação).
Na formação do educador se privilegiará questões que impactam na sua formação
como:
• a reflexão científica que deverá trabalhar conhecimentos que levem à
compreensão dos processos da natureza e da sociedade, visando superar o
senso comum, conceitos dogmáticos, idéias obscurantistas através da conquista
de informações mais adequadas da ciência e do método científico.
Desenvolvendo o comportamento responsável na busca de qualidade da vida
coletiva e o entendimento de que a consciência e o conhecimento são produções
históricos-sociais;
• a reflexão ético-política dos valores morais e espirituais (pensamento,
entendimento, concepções) como produção social, desmistificando e
desmascarando idéias que seguem a lógica da reprodução capitalista e promove
o individualismo-consumismo-corrupção-desagregação social; estendendo-se à
função da mídia na formação da consciência, difusão e formação de valores
idéias e comportamento desmistificando idéias transmitidas pela lógica da
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
reprodução capitalista;
• direcionamento consciente da educação para que não se esvaziem seus
sentidos, a função da escola e do professor, entendendo a prática pedagógica
como produtora de novos conhecimentos;
• a reflexão ambiental que coloque o humano como parte integrante da natureza
enquanto relação que afeta a sociedade humana, a vida humana, num contexto
de exploração capitalista e de sobrevivência do humano comprometida,
identificação dos elementos culturais necessários ao processo de humanização
promoção da interlocução entre padrões culturais distintos e o acesso a bens de
qualidade, promovendo uma prática pedagógica coerente com os elementos
culturais necessários ao processo de humanização e reconhecendo o caráter
social da cultura erudita e popular por constituírem-se de elementos singulares e
universais;
• a reflexão ético-cultural que resgate as especificidades históricas da memória e
tradição dos diversos grupos sociais através de uma prática pedagógica
produtora de novos conhecimentos a partir de culturas distintas e do acesso aos
bens culturais de qualidade produzidos pela sociedade humana, revitalizando e
pŕomovendo a discussão e da prática a respeito da função social da escola na
forma ético-política para a construção de uma sociedade verdadeiramente
humana.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
1º SEMESTRE
- Conceito, importância e metodologia da Filosofia.
- A atitude filosófica (a reflexão crítica).
- Mito e Filosofia.
- Clássicos da Filosofia: Os pré-socráticos e os sofistas.
- Os principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles; e suas concepções
de educação, sociedade, mundo, homem.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
- Os principais períodos da História da Filosofia.
- As fontes do conhecimento: O Empírico e o Racionalismo.
- As bases do pensamento moderno: Descartes (a ciência positiva), Locke (a
experiência) e Kant (síntese do empirismo e do racionalismo).
- As bases do pensamento contemporâneo: Comte e Durkhein (o positivismo),
Hegel (o conhecimento universal), Sartre (o existencialismo) e Hussel (a
fenomenologia).
- A concepção dialética da filosofia: Marx e Engels (materialismo histórico e
dialético).
- As relações de trabalho e poder (trabalho e alienação).
2º SEMESTRE
- A Filosofia da Educação enquanto reflexão.
- O homem como ser histórico.
- Educação como redenção, reprodução e transformação da sociedade.
- As teorias socialistas, crítico-reprodutivistas, progressistas e construtivistas.
- A abordagem histórico-cultural de Vigotsky.
- Tendências pedagógicas na prática escolar: pedagogia liberal, tradicional,
renovada progressista, renovada não-diretiva e tecnicista.
- Pedagogia progressista libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos.
- Os novos pensadores da Educação e suas teorias: Morin, Perrenoud, Coll,
Nóvoa, Hernández e Toro.
METODOLOGIA
Em coerência com os princípios metodológicos propostos, os procedimentos
metodológicos deverão estar orientados pelos princípios da dialética: Tudo se
relaciona: nada é isolado. Tudo se transforma por contradição – negação –
superação. Nada é eterno. A mudança quantitativa provoca uma mudança
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
qualitativa. Unidade e luta dos contrários (dialética da natureza, da história e do
conhecimento). É uma teoria engajada. Não pode ser confundida com teoria do
reformismo ou ideológica.
Os conteúdos deverão ser trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando
teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência aos fundamentos teóricos
propostos, onde estes não podem ser vistos isoladamente.
A prática pedagógica será feita com a utilização de recursos tecnológicos, utilizando
o portal dia-a dia educação, como vídeos, e recursos da TV Paulo Freire.
AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1997.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LBDEN. Brasília:
MEC, 1996.
BUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar. Petrópolis: Vozes, 1989.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
15. ed. P. 36-37São Paulo: Paz e Terra, 2000.
GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. São Paulo: Ática. 1994.
GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnicas de redação: o que é preciso saber
para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GASPARIN, João Luiz . Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas,
SP: Autores Associados, 2005.
GHIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.
LIBÂNEO, José C. Democratização da escola pública. São Paulo, Edições. Loyola,
1985.
LOMBARDI, Claudinei & GEORGEN, Pedro. Ética e educação: reflexões filosóficas
e históricas. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo:
Cortez, 1995.
MATOS, Olgária. Filosofia: a polifonia da razão. São Paulo: Scipione, 1997.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos,
resenhas. São Paulo: Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Luiz Antonio. Apostila de Metodologia, 2006.
PAIM, Antonio. Curso de Humanidades: filosofia; guias para estudo individual e de
grupo. Londrina - PR: Edições Humanidades, 2005.
___________. Tratado de ética. Londrina -PR: Ed. Humanidades, 2003.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Reflexão filosófica sobre
o ser social, a produção do conhecimento e a educação fundada no princípio
histórico-social, Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PLATÃO, F.S. & FIORIN, J. L. Para entender o texto – leitura e redação. 2. Ed. São
Paulo: Ática, 1991.
RIOS, Terezinha. Dimensões da competência do educador.
SÁNCHEZ, Vásquez, Adolfo. Ética. 23ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2002.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-crítica, primeiras aproximações. São
Paulo: Cortez, 1992, p. 19-30.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21ªed. São Paulo: Cortez, 2000.
__________. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d`´agua, 2001.
SOUZA, Sonia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção dialético-libertadora do
processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1994.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. SP, Martins Fontes, 1987.
WACHOWICZ, Lílian Anna. Por uma teoria democrática da avaliação.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Série Número de aulas semanais1ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Fundamentos Históricos da Educação está localizada na 1ª série do
Curso, com 80 horas/aula (67 horas/relógio). O primeiro conteúdo, certamente, deve
propor reflexões acerca da pertinência e objetivos da própria disciplina neste curso
específico. Por que ela se faz presente no curso de formação de docentes? Quais as
contribuições que pode trazer para a melhoria da qualidade formativa e,
consequentemente da futura prática do aluno?
Uma das principais características que distinguem o ser humano das outras
espécies animais é a sua capacidade de pensar, de refletir, de criar coisas novas a
partir de experiências passadas. E é esta uma das propostas da disciplina de
Fundamentos Históricos da Educação. Oferecer ao aluno uma oportunidade de
reflexão sobre a educação no passado – sua finalidade, seus conteúdos, sua
organização – para que possa melhor compreender a educação atual e contribuir de
forma eficaz para o desenvolvimento de um sistema educacional mais voltado para a
promoção humana.
Nesse sentido, a disciplina ressalta os aspectos essenciais de cada período, sem
dar muita ênfase a nomes e datas, e, na medida do possível, situar a educação de
cada época em seu contexto sócio, político, econômico e cultural.
Tal processo, não se resume a uma simples exposição de fatos e idéias a partir de
uma cronologia. Mais que isto, consiste na seleção de elementos significativos, entre
os quais se estabelecem conexões, a fim de que se torne possível melhor
compreender o fenômeno da educação.
Dada a relevância da disciplina dentro do Curso e, considerando sua carga horária
na matriz curricular, é imprescindível a articulação com as disciplinas de História,
Geografia, Artes, Língua Portuguesa, Organização do Trabalho Pedagógico,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil.
A abordagem da disciplina de Fundamentos Históricos da Educação privilegiará o
processo educacional dos alunos, em termos de função social, percebendo a
inserção social da escola ao longo da dinâmica da História, despertando o interesse
sobre problemas educacionais brasileiros, em busca de melhores formas de
integração professor/aluno, na construção do saber social historicamente elaborado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1º SEMESTRE
Conceitos de História e historiografia
Conceito de historiografia e as grandes correntes historiográficas
A história da história
Educação e ideologia
• História da Educação: finalidade e metodologia
Conceito de História da Educação
Educação formal e informal
Educação autoritária e educação crítica
• Educação clássica: Grécia e Roma
A educação grega: contexto histórico
As práticas e o modelo educativo
Períodos educacionais na Grécia
Educação espartana: heroísmo cívico e o ideal do soldado-cidadão
Educação ateniense: o ideal do homem excelente
A educação romana: contexto histórico
Roma e a Educação Clássica: a antiga Educação Romana
Educação medieval: Renascimento e Educação Humanística
Contexto histórico da educação medieval
A Idade Média e a Educação: a formação do Homem de Fé
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A educação entre os povos primitivos
A escolástica
- Renascimento e educação humanista
O renascimento na educação
Tendências gerais do renascimento
O Mercantilismo e os Aspectos Educacionais da Reforma e a Contra-reforma
religiosa.
2º SEMESTRE
9 Educação Brasileira do Período Colonial e Imperial pedagogia
tradicional
A fase jesuítica da escolarização colonial
O Iluminismo e a fase pombalina da escolarização
Os Liceus e os Colégios
As Escolas Normais
A formação de professores
• Primeira república e a educação e a educação no Brasil ( 1889 a 1930)
Constituição de 1891. O entusiasmo pela educação e o otimismo pedagógico.
Princípios e competências educacionais
As reformas federal da educação eletista e estaduais da educação popular
Manifesto dos pioneiros da educação Nova
- O Estado Novo e a Educação
- A Era vargas e a Educação nos governos populistas
Segunda República – Getulio Vargas e as propostas educacionais.
Constituições de 1932 e 1937.
Governos Populistas – Constituição de 1946 e o projeto de tramitação da LDB
4024/61.
Regime Militar – Constituição de 1967 - e as consequências para a educação
brasileira.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
LDB 5692/71
A educação brasileira durante o regime militar ( 12964 a 1984)
A reforma tecnicista
• A educação brasileira a partir de 1985
República pós-ditadura - Constituição de 1988 e a construção da nova LDBEN –
9394/96.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia adotada está fundamentada na teoria histórico-crítica dos conteúdos,
que se empenha em recuperar a consciência do futuro educador do seu papel
político na educação levando em consideração o contexto do aluno. Para que isso
aconteça, o trabalho deverá ir além dos métodos e técnicas procurando associar
teoria e prática ( utilizando princípios da práxis) tais como:
• Aula expositiva onde o professor instigará o aluno a relatar acontecimentos,
despertando a sua curiosidade para o conhecimento;
• Atividades dirigidas e orientadas: seminários, pesquisas, debates;
• Leitura, síntese, resenhas, painéis de textos, contribuindo para uma melhor
compreensão dos conteúdos;
• Uso das novas tecnologias ( TV Pendrive, retroprojetor-multimídia,...)
• Aulas dialogadas possibilitando uma troca de conhecimentos e experiências,
exercitando a oratória.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação será outra
oportunidade ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lucia de A. História da Educação. 2ª edição. São Paulo: Moderna,
1996.
GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. 2ª edição. São Paulo: Ática,
1994.
GHIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
______________PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:
Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
______________. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006
RIBEIRO, Maria Luiza S. História da Educação Brasileira: a organização escolar.
São Paulo: Cortez & Morais, 1986.
____________. LDBEN 4024/61, 5692/71 e 9394/96
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos
conteúdos. São Paulo: Edições Loyola, 1992.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Série Número de aulas semanais
2ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando a importância do conhecimento acerca da educação infantil no curso
de formação docente, se faz necessário a reflexão sobre Fundamentos Históricos e
Políticos da Educação Infantil, tendo como base teórica a legislação vigente, numa
perspectiva histórica do profissional e as concepções de infância presentes nas
diversas ciências.
É importante conhecer os determinantes históricos e políticos da Educação Infantil e
sua situação no Brasil e compreender que a creche e a pré-escola se diferenciam
essencialmente da escola quanto às funções que assumem no contexto social.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
1º SEMESTRE
Fundamentos da disciplina.
Concepção de infância nas sociedades passadas e época contemporânea.
Relacionamento entre pais e filhos na História do Brasil.
Principais causas da necessidade de Educação Infantil no passado.
Origem das instituições infantis.
Principais educadores do passado que influenciaram a Educação Infantil.
As primeiras instituições infantis no Brasil.
Importância da Educação Infantil:
Finalidades e objetivos.
Funções: brincar, educar e cuidar.
2º SEMESTRE
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A política da Educação Infantil:
Legislação.
Constituição de 1988.
Parecer 22/98.
Deliberação 03/99.
Deliberação 02/05.
Diretrizes Curriculares Nacionais.
LDB 9394/96.
ECA.
Profissional de Educação Infantil no Brasil:
Relação adulto/criança.
A família e sua influência.
A escola: ambiente físico e social.
Perfil profissional do atendente infantil.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando a valorização da Educação Infantil no Brasil nas últimas décadas,
percebemos a necessidade de identificar seus determinantes históricos e políticos,
bem como o papel do professor como sujeito da produção histórica.
Para tanto, propomos a aprendizagem através de práticas interdisciplinares, tendo
como ponto de partida o conhecimento prévio dos alunos, atendendo às
necessidades e possibilidades individuais.
Torna-se necessário considerar alguns princípios:
Refletir criticamente sobre os pressupostos legais que balizam as teorias em
diferentes momentos históricos.
Partir do conhecimento de que os alunos dispõem e estimulá-los a avançar, a
ampliar seus conhecimentos, a crescer.
Realizar seminários para aprofundar certos autores, compreender melhor as
diferentes tendências e pensar criticamente certas experiências realizadas no Brasil.
Comparar situações, não só de aspectos formais e metodológicos, mas as relações
que se estabelecem nas escolas públicas e particulares e as contradições aí
existentes.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Critérios de Avaliação
Partindo do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor é Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
É importante evidenciar que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais
utilizado no processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um
instrumento não é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso
o professor deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse
seu conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas
objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da
auto-avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido
do resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é
outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa
Oficial do Estado, 1988.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8069, de 13 de julho de 1990.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
São Paulo: Cortez. 1990.
BRASIL. Política Nacional de Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF/DPE/ COEDI,
1993.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394/96, de
20 de dezembro de 1996.
BRASIL/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.
CASTRO, Jorge A. de. Financiamento da educação no Brasil. Brasília: INEP, 2001.
FREITAS, Marcos C. (org.). História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez,
1997.
KRAMER, Sônia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de
Janeiro: Achiamé, 1984.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:
Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
Série Número de aulas semanais
1ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
É função da psicologia iluminar e harmonizar as dinâmicas pessoais e orientá-las ao
crescimento pleno e harmônico; e nenhuma corrente psicológica esgota em si
mesma toda a dimensão de homem. Existe uma quantidade numerosa de
“psicologias”, e uma outra infinidade de teorias e experiências que se dispõem a
compreender, iluminar e harmonizar o ser humano consigo mesmo, com os outros e
com a dimensão transcendente inerente ao seu próprio existir.
Na busca de princípios gerais e de regularidades, a psicologia leva em consideração
a relação ao homem no seu processo educativo. É na Psicologia Educacional que
são encontrados os elementos conceituais e técnicas de ensino, das relações
escola-família-sociedade. Portanto, o conhecimento do desenvolvimento bio-psico-
social-afetivo da criança é primordial para compreender o homem de amanhã
que está formando.
A psicologia tem a possibilidade de levar os alunos a uma compreensão global
do processo de desenvolvimento humano e de identificar corretamente as teorias
psicológicas necessárias para sua formação de educador. É importante estabelecer
relações entre o conhecimento teórico e práticas sociais, fundamentadas nas teorias
da educação e abordagens de ensino e reconhecer a importância do estudo do
comportamento humano, identificando os agentes e as interações existentes entre
eles.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
1º SEMESTRE
Introdução ao estudo da psicologia.
Histórico – evolução da psicologia.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Principais teorias psicológicas e da aprendizagem.
Reflexológico – I. Paula.
Behaviorismo. B. F. Skinner.
Gestalt, Kohler, Wertheiner, Kofka.
Psicanálise de S. Freud.
2º SEMESTRE
Introdução à psicologia da educação e as abordagens de ensino
Desenvolvimento e aprendizagem.
Epistemologia genética de Jean Piaget.
Psicologia sócio-hitórica. L. S. Vygotsky.
Psicogênese de H. Wallon.
Pensamento e linguagem.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos de Fundamentos Psicológicos da Educação trazem em sua essência
um olhar plural do mundo, contribuindo para que o aluno do Curso de Formação de
Docentes construa sua própria imagem, tendo uma melhor compreensão do seu
comportamento individual ou em grupo.
Oportuniza o conhecimento dos processos de ensino-aprendizagem,
analisando as principais teorias psicológicas e suas correlações com a
aprendizagem.
As abordagens de ensino que embasam a psicologia do desenvolvimento da criança
e do adolescente, deverão enfatizar os aspectos sociais, culturais e afetivos da
criança e sua cognição.
Desta forma as aulas deverão ser organizadas diante das seguintes atividades:
aulas expositivas; dinâmicas de grupos; debates; seminários; elaboração de sínteses
e painéis.
Critérios de Avaliação
Partindo do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor é importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizará os resultados da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular e rever seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos
diversificados, visando superar as lacunas diagnosticadas.
É importante evidenciar que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais
utilizado no processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um
instrumento não é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso
o professor deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse
seu conhecimento.
A avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos os
momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é mais uma
oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, C. S. G. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ática,
1991.
BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Warbra, 1977.
BOCK, A. M; FURTADO, O e TEIXEIRA, M. L. Psicologias - Uma Introdução ao
Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999.
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia da Educação. São Paulo: Cortez,
1991.
OLIVEIRA, Marta Kohl. VYGOTSKY. São Paulo: Scipione, 1995.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:
Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. São Paulo: Forense, 1990.
PILETTI, Nelson. Psicologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: Ática, 1989.
SEBER, M. Glória. Psicologia do Pré-Escolar. São Paulo: Moderna, 1995.
TELES, Maria Luiza S. O que é Psicologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes. 1984.
________ Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do Paraná.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
Série Número de aulas semanais
2ª 2
APRESENTAÇÃO/ JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Em primeiro lugar, é preciso compreender o papel dessa disciplina na proposta geral
do curso. Lembrando, então, que o currículo tem o trabalho como princípio
educativo, a práxis como principio curricular e o direito da criança ao atendimento
escolar.
A sociologia da educação deverá ajudar os alunos a perceberem as determinações
sociais da sua prática profissional, da configuração do sistema educacional no país,
da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do significado da educação
no capitalismo, entre outros.
Nesse sentido, a disciplina possui uma existência histórica que coincide com a
historicidade da educação nas sociedades modernas e que deve ser compreendida
dessa forma, como um instrumento cientifico que altera os olhares e,
consequentemente, a prática pela práxis educativa. Práxis, porque não nega, não
escamoteia seu sentido político, de transformação. A disciplina, como todo currículo,
intenta transformar os alunos no sentido de um educador comprometido com o
direito sagrado das crianças ao atendimento escolar de qualidade.
Ser comprometido com esse direito pressupõe a compreensão da sociedade
capitalista, dividida em classes sociais. Pressupões a compreensão da gênese das
relações sociais no país, as formações e os modos e vida no Brasil em suas
manifestações culturais, a escola, em relação às religiões, aos sem terra, aos
latifundiários, aos negros, aos portadores de necessidades especiais, às mulheres,
aos índios, aos filhos de trabalhadores, aos filhos da pequena burguesia e da
burguesia. O aluno deverá ser capaz se situar e apresentara as características do
surgimento da Sociologia enquanto disciplina e ciência; conseguir analisar as
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
correntes sociológicas relacionando-as com as concepções de educação e Estar
apto para conseguir debater as ideias que perpassam teorias e práticas
pedagógicas.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
• 1º SEMESTRE
O que é Educação e o que é Sociologia? - A Educação como um fenômeno que
é estudado pelas ciências sociais, especialmente pela sociologia
Os diferentes olhares sobre a educação:
- Augusto Comte – Positivismo.
- A Educação e o Funcionalismo de Emile Durkeheim.
- A Educação Republicana – laica de acordo com o desenvolvimento da divisão do
trabalho social (os sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos a partir
dessa teoria, tais como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho).
- A Educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade.
- A Educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da
democracia Criticas a essa visão.
As teorias Criticas sociológicas da educação escolar :
10 O trabalho e a educação no pensamento de Karl Marx e F. Engels.
11 A racionalização da sociedade e a educação no pensamento de Max Weber.
12 A Educação como esfera de constituição de hegemonia e de contra-
hegemonia
13 A Educação, produção e reprodução social.
14 A escola como aparelho ideológico do estado.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
15 A escola pública enquanto mecanismo de integração da força de trabalho.
• 2º SEMESTRE
Estudos socioantropológicos sobre a educação e escola no Brasil (urbano e
rural):
- A educação no campo.
- Movimento dos trabalhadores Sem-Terra e das ONGs.
- Educação dos Jovens e Adultos.
Concepções de Criança/infância como construção histórica e social; A infância
no Brasil (urbano e rural)
METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Fundamentos Sociológicos da
Educação deverá observar os seguintes itens:
• Compor um arsenal teórico que ajude os professores a se orientarem, juntamente
com as outras disciplinas, mas que deva oferecer aos futuros professores
instrumentos para olhar a sociedade e a escola, as crianças, as famílias, a sua
prática docente e o contexto macro social e político;
• Transição do senso comum para a consciência cientifica, por meio do
desprendimento das imagens já construídas sobre a escola, os professores, os
pobres, os ricos, as igrejas, as religiões, a cidade, os bairros, as favelas, a
violência, os políticos, a política, os movimentos sociais, os conflitos e as
desigualdades;
• Buscar a coerência com a proposta geral, portanto, na definição das atividades
lembrar que a disciplina está na segunda série e, que o eixo temático da prática
de formação é “Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a
educação” – esse eixo está proposto para aglutinar as diferentes disciplinas nas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
atividades de estágio – Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil,
Concepções Norteadoras da Educação Especial, Trabalho Pedagógico da
Educação Infantil, Organização do trabalho Pedagógico e Estágio
Supervisionado;
• desenvolvimento inadequado de um conteúdo sociológico crítico pode ter como
conseqüência a reprodução de valores pré-científicos – para que isso não ocorra,
ressalta-se a necessidade do desdobramento do conteúdo a partir de um
movimento contínuo de problematização e teorização – pedagogia histórico-
critica.
As aulas deverão compor as seguintes atividades:
- Aulas expositivas;
- dinâmicas de grupos;
- pesquisas;
- debates;
- seminários;
- elaboração de material (sínteses, resenhas, painéis, etc.).
AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. História das Idéias Pedagógicas. 2ª edição. São Paulo: Ática,
1994.
KRUPPA, Sonia M. P. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
LOWY, Michael. Ideologias e Ciência Social. 16ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.
MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia. 7ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1984.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª edição. 1994
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. 23ª edição. São Paulo: Ática,
2000.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
LITERATURA INFANTIL
Série Número de aulas semanais3ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A literatura infantil é um dos suportes básicos para o desenvolvimento do processo
criativo, pois ela oferece ao leitor uma bagagem de conhecimento e informações
capaz de provocar uma ação criadora. É destinada especialmente às crianças entre
dois a dez anos de idade com o objetivo de incentivar a formação do hábito de
leitura na idade em que todos os hábitos se formam, isto é, na infância. Nesta
perspectiva, a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a
imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa, portanto é
necessário compreender a importância da literatura infantil no desenvolvimento
social, emocional e cognitivo da criança que está inserida em uma sociedade onde
as trocas sociais acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da
linguagem oral ou visual.
Isto equivale dizer que tornar o livro parte integrante do cotidiano das crianças é o
primeiro passo para iniciarmos o processo de sua formação como leitores. Para
tanto a sala de aula é um espaço privilegiado e poderá ser o berço de futuros
autores, escritores, artistas se os educadores fizeram da literatura infantil um
momento de lazer, onde o aluno sinta prazer em ler uma história e não como uma
tarefa a mais a cumprir.
Dessa forma, a literatura infantil não pode ser utilizada apenas como um “pretexto”
para o ensino da leitura e para o incentivo à formação do hábito de ler. Para que a
obra literária seja utilizada como um objeto mediador de conhecimento, ela necessita
estabelecer relações entre teoria e prática, possibilitando ao professor atingir
determinadas finalidades educativas.
Nesse sentido, a literatura infantil tem como objeto de estudo o texto literário e “tem
um dever fundamental a cumprir nesta sociedade em constante transformação: a de
servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no
diálogo leitor/texto estimulado pela escola” (Nelly Novaes Coelho, 2000).
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1º Semestre
1 - A história da literatura infantil no mundo.
- A literatura no Brasil com Monteiro Lobato e pós Lobato.
- Literatura infantil contemporânea (realidade e imaginário).
- Literatura através da narrativa oral – o mundo simbólico dos contos de fadas.
2 - A importância do contador de histórias; universo da poesia para crianças: Cecília
Meireles, Sidónio Muralha e outros.
- Tendências temáticas e estilísticas da atual literatura contemporânea.
- Método recepcional – alternativa metodológica.
- O texto literário e as metodologias de abordagem textual.
2º Semestre
3 – A linguagem e a estruturação do pensamento da criança
- A formação do conceito de infância no educador: Lygia Bojunga Nunes, Ana Maria
Machado e outros.
- Gêneros literários: poesia infantil, a narrativa, contos de fadas, o teatro, ditos
poéticos e história em quadrinhos.
- Análise crítica do livro literário: o que perceber e o que discutir
METODOLOGIA
A disciplina propõe um trabalho de forma dialética, através da interação com obras
infantis em diversos gêneros literários. O envolvimento entre os sujeitos da
educação (professor e aluno) se dará por meio de aulas expositivas e dialogadas,
trabalhos em equipe e individual, produção e reelaborarão de textos, pesquisas,
debates e exposições de mini-aulas. Outra proposta de trabalho é a dramatização e
a confecção de materiais alternativos para a exploração da literatura, a seleção e
análise de livros infantis de acordo com o desenvolvimento cognitivo da criança.,
textos de literatura infantil: narrativa, textos poéticos, músicas folclóricas e oficinas
de produção de textos.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Pretende ainda ressaltar o importante papel da Literatura Infanto-Juvenil na
formação do ser e na conquista do leitor.
Será proposto aos alunos a observação e análise do trabalho realizado com a
literatura infantil nos centros e nas escolas de educação infantil.
A fundamentação teórica será atrelada a prática com atividades concretas ligadas ao
interesse da criança, trabalho, este que possibilitará aos futuros docentes as
condições básicas para trabalhar a literatura infantil de forma que os objetivos da
disciplina sejam atingidos.
Será utilizado como recursos didáticos pedagógicos/tecnológicos, apostilas
reportagem, filmes, vídeos, TV multimídia, pendrive, computador entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação está em consonância com os instrumentos e critérios estabelecidos no
Projeto Político Pedagógico da escola e tem como objetivo primordial fornecer
informações sobre o processo ensino e aprendizagem, portanto será realizada de
forma diagnostica, formativa e somativa a partir da observação continua na sala de
aula. Será utilizado como verificação da aprendizagem os seguintes instrumentos:
provas objetivas com questões dissertativas ou em forma de texto, produção de
matérias didáticos, mini aulas, exposições e seminários. Nos trabalhos propostos
espera-se que o aluno demonstre seu progresso no domínio do conteúdo
trabalhado, portanto será avaliado progressivamente através da participação
individual, exposição de ideias coerentes, fluência da fala, participação organizada,
desembaraço e consistência argumentativa.
A recuperação de estudos será realizada de forma concomitante buscando a
retomada de conteúdos que não foram apropriados devidamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione,
1991.
COELHO, N. N. Literatura infantil, teoria análise didática. São Paulo: Ática, 1991.
MEIRELES, Cecília. Problemas da literatura infantil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1984.
OLIVEIRA, Maria Alexandre. Dinâmicas em literatura infantil. São Paulo: Paulinas,
1988.
PHILIPE, A. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara,
1978.
_______Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2008.
ZILBERMAN, R. A. Literatura infantil na escola. 11. Ed. São Paulo: Global, 2003.
Disponível em: http://www.ufsm.br/lec/02_01/CintiaLC6.htm Acesso em: 15 fev 2012.
Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-importancia-literatura-
infantil-para-desenvolvimento.htm Acesso em: 15 fev 2012.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Série Número de aulas semanais
4ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina Metodologia do Ensino de Ciências no Curso de Formação de Docentes
tem como objetivo preparar os futuros profissionais da educação para
desenvolverem o ensino de Ciências na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino
Fundamental. Portanto, é importante a compreensão da proposta do ensino de
Ciências, que tem por finalidade possibilitar a compreensão do mundo natural nas
relações sociais de produção, com vistas a garantir ao aluno a análise concreta da
realidade por meio da apropriação do conhecimento científico. É preciso considerar
o processo histórico no qual se dá a produção do conhecimento científico, pois
assim entenderemos o como e o porquê de sua produção. A análise crítica do
momento histórico e de seus condicionantes sociais, políticos, econômicos e
religiosos contribuirá para a explicitação dos fatores que interferiram e interferem nos
rumos do desenvolvimento científico.
O homem, de alguma forma, desde o princípio de sua existência, preocupou-se em
decifrar e conhecer o mundo que o cerca. Na verdade, mais do que uma
curiosidade, a necessidade o obrigava a um maior relacionamento com o mundo
natural por uma questão de sobrevivência. No entanto, ele mantinha uma relação
mística com os fenômenos naturais, pois desconhecia os fatores que provocavam as
transformações e interações de matéria e energia.
Para melhor entender a ciência de forma contextualizada é imprescindível uma
análise direcionada para uma diferenciada visão de mundo, cujo sistema de valores
– que fundamenta a base da cultura ocidental – foi formulado nos séculos XVI e
XVII, quando ocorreu a chamada idade da revolução científica, devido a grande
influência da ciência.
A natureza da ciência medieval era diferente da ciência contemporânea. Aquela, de
uma forma geral, baseava-se na fé, e sua principal finalidade era compreender o
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
significado das coisas sem exercer controle sobre as mesmas. Isto caracterizava
uma ação ideológica, controladora do saber, na qual apenas a igreja e reduzido
círculo dos senhores do poder poderiam ter acesso ao conhecimento. Esta postura
não se restringiu apenas à Idade Média, mas pode ser percebida em vários
momentos históricos. Portanto, o domínio do conhecimento científico representou
historicamente um dos instrumentos de dominação do povo, que tende a ver os
cientistas ou ”sacerdotes” como magos, cabendo a eles a determinação do que é
correto e justo. Nessa época, a base de subsistência era o cultivo da terra e a
criação de animais. As pessoas vivenciavam a natureza numa forma mais orgânica,
pois havia uma grande independência dos fenômenos espirituais e materiais.
Havia também uma subordinação das necessidades individuais à da comunidade.
Ao analisar a visão do mundo medieval, verifica-se que ela assentou-se,
basicamente, em duas autoridades: Aristóteles e a Igreja. Tomás de Aquino, um dos
maiores expoentes da Igreja, naquele período, combinou abrangente sistema da
natureza, de Aristóteles com a teologia e a ética cristã, valores estes que vigoraram
durante toda a Idade Média, e que representou para a Igreja o meio de consolidar,
ainda mais, as suas estruturas de poder. Os valores sociais, morais e científicos do
período medieval, mudaram radicalmente nos séculos XVI e XVII, devido à grande
necessidade de ampliação do conhecimento, tanto por amor ao saber quanto por
necessidades sociais e técnicas que emergiam no momento. E esta noção de um
mundo vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como se fosse uma
máquina.
Ao analisarmos as condições históricas que determinaram o surgimento do
capitalismo, veremos como a ideologia capitalista influenciou e também sofreu as
influências do processo de desenvolvimento científico, dando-se ênfase aos
processos de experimentações, visando a exploração da natureza. Assim, a
ciência passou a ter a função de dominar e controlar a natureza.
Ao se analisar alguns dos cientistas europeus, do século XV e XVI, que
influenciaram o processo de revolução científica – o que determinou a estrutura
política, econômica e social da realidade ocidental – veremos que Galileu foi um dos
primeiros as combinar a experimentação científica e o uso da linguagem matemática
para sistematizar as leis que regem a natureza,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
sendo considerado o pai da ciência moderna. A ciência, dizia ele, “Está escrita nesse
grande livro que permanece sempre aberto diante de nossos olhos, mas não
poderemos entendê-la senão aprendermos primeiro a linguagem e os caracteres em
que ela foi escrita. Essa linguagem é a matemática, e os caracteres são triângulos,
círculos e outras figuras geométricas”. Esta caracterização matemática da natureza
se tornou um dos fortes critérios que influenciaram as teorias científicas até a
atualidade.
O mundo ocidental se caracteriza por contradições. No século XX visualizamos o
avanço tecnológico das chamadas grandes potências, as inovações se estendem
em todas as áreas: agricultura, metalurgia, saúde, informática, astronáutica, enfim,
todos os setores que de alguma forma implicam na soberania do país. Todavia,
paralelamente ao desenvolvimento vertiginoso de uma minoria, há um contingente
grande das populações mundiais que passam fome e sofrem devido às precárias
condições de saúde, vivendo em estado perpétuo de pobreza.
Na América Latina e, especificamente no Brasil, sofremos as consequências da
política desenvolvimentista, que tem grande parcela da população como mão de
obra. Somos considerados a oitava potência em desenvolvimento e o quarto em
produção alimentar. No entanto, a população vive em estado de miséria e
subnutrição. O desenvolvimento tecnológico cresce diariamente, mas pouco tem
contribuído para o bem estar do seu povo. Para podermos entender o processo
científico, qual a sua finalidade, é preciso entender o seu desenvolvimento
historicamente, que deveria consistir em construir artefatos e organizar o trabalho
para satisfazer as necessidades humanas.
CONTEÚDOS
1º SEMESTRE
O ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite ao
cidadão comparar as diferentes explicitações sobre o mundo.
O histórico do ensino de Ciências.
O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências.
A relação ciência-sociedade-tecnologia.
A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Noções de espaço/tempo e casualidade no que diz respeito à matéria, energia e
suas transformações.
2º SEMESTRE
O acompanhamento do processo de aprendizagem e os conteúdos específicos por
série – 1a a 5a séries do ensino fundamental:
Currículo Básico para a escola pública do Paraná (eixos: Noções de Astronomia,
Transformação e Interação de Matéria e Energia, Saúde- Melhoria da Qualidade de
Vida).
Diretrizes Curriculares Estaduais – Ciências.
Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil e Parâmetros Curriculares
Nacionais – Ensino Fundamental (análise crítica).
Livros Didáticos (análise crítica).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O desenvolvimento da disciplina dá-se de forma a considerar que o ensino de
Ciências, numa perspectiva histórica, deve convergir para o domínio do saber
científico historicamente acumulado, por meio de uma abordagem crítica e
problematizadora de questões oriundas da prática social vivenciada pelos
educandos.
Há, portanto, a necessidade de estabelecer uma prática pedagógica consistente,
permeada por métodos de ensino eficazes. Nesse sentido, os argumentos
defendidos por Saviani (1986) nos ajudam a organizar os princípios dessa ação
É importante citar que a ciência se caracteriza por ser uma atividade metódica
regulada por ações passíveis de serem reproduzidas. Assim, é importante
estabelecer condições adequadas para que os alunos
possam expandir suas idéias, pesquisar, trabalhar com situações-problema, enfim,
criar condições que objetivam a contextualização do conhecimento produzido frente
às necessidades. Desta forma, diante da concretude dos fatos, o professor deve
contextualizar o experimento, ou seja, a aula prática no ensino de Ciências deve
relacionar a teoria com a prática.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Desenvolvendo procedimentos e estratégias diferenciadas a ação pedagógica deve
ter como ponto de partida a prática social vivenciada pelo aluno e professor
(experiência concreta). Em seguida, o professor deve se preocupar com a
problematização e as situações-problema oriundas dessa prática, já que estes são
os elementos necessários para fundamentar uma análise consistente. Já a
instrumentalização (pesquisa, aula prática, observação, experimentação, leitura de
textos, coleta de dados) é a ferramenta pedagógica que qualifica a ação reflexiva do
professor. O que se espera é chegar, novamente, na prática social, não aquela do
ponto de partida, mas sim alterada qualitativamente pela mediação da ação
pedagógica. Consideramos, então, que o aluno constrói, com a ajuda do professor e
dos conteúdos, sua própria visão de mundo, de maneira concreta a partir de sua
experiência.Desenvolvimento do Projeto “Discutindo a Sexualidade”.
A Metodologia do Ensino de Ciências, portanto, deve ser um meio para que o futuro
professor compreenda criticamente as relações ser humano-universo, os fenômenos
e objetos da ciência. Assim, a ação pedagógica deve estar subsidiada na relação
homem-homem e homem-natureza, tendo como ponto de partida e de chegada as
reflexões acerca da sociedade em sua dinâmica, acentuando o conhecimento e o
desenvolvimento tecnológico historicamente construído, bem como o acesso do
homem a essa produção.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de
verificar consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa
é mais subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados,
acrescida de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo
contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o
professor utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas
para reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos
diversificados, visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas
objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da
auto-avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido
do resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é
outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANIATO, Rodolpho. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1989.
DELIBERADOR, Ana Maria. Metodologia para desenvolvimento extra-classe de
programas ambientais. Curitiba: SEED, 1991.
DELIZOICOV, Demétrio. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo, 1990.
GERALDO, Sampaio de Souza. Didática das Ciências Naturais. Rio de Janeiro.
Comissão de Livro-técnico e do Livro didático, 1970.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU 1987.
ASTOLFI, Jean Pierre. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1990.
BRASIL/MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental - 1o
segmento – Ciências. Brasília, 1996.
BRASIL/MEC. Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil. Vol.3 –
Ciências. Brasília, 1998.
CAMPOS, Maria Cristina da Cunha e NIGRO, Rogério Gonçalves. O ensino-
aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD,
PARANÁ/SEED. Currículo Básico para a escola pública do Paraná. Curitiba, 1989.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais – Ensino Fundamental/ Ciências.
Curitiba, 2005.
PARANÁ/SEED. Proposta Curricular da Disciplina de Metodologia do Ensino de
Ciências. Curitiba, 2005.
VIANA, Neusa Lima. Ensinando ciências de forma concreta. Curitiba. Imprensa
Oficial, 1976.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE
Série Número de aulas semanais
4ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando a necessidade de repensar o ensino da arte, faz-se necessário refletir
sobre este ensino em sua totalidade, as relações entre a escola, a sociedade e a
própria arte.
Torna-se fundamental explicitar a concepção de arte que leve em conta o seu
processo de construção como manifestação da capacidade criadora do homem.
Nesta perspectiva, a representação artística (expressão), enquanto forma específica
de conhecimento da realidade, é fruto de um fazer (trabalho), que impõe o domínio
de determinados procedimentos e que partindo de uma realidade objetiva, constrói
uma nova realidade (transfiguração).
Assim, ficam evidentes os aspectos essenciais da atividade artística: Conhecimento,
Trabalho e Expressão, que não devem ser trabalhados distintamente, fragmentados,
ou dogmatizados. O conhecimento se constitui em uma forma peculiar de trabalho
criador. Portanto, não é mera cópia do real, pois o objetivo do conhecimento da arte
é o homem, a vida humana e seu cotidiano, partindo deste para elevar-se ao
universal e surgir uma nova realidade ou, obra de arte.
Como construção histórica, o conhecer é gerado no fazer, que se constitui em
trabalho criador à medida em que responde a uma necessidade humana
fundamental: tornar o mundo mais humano e fazer-se a si mesmo.
É importante compreender que a prática desenvolvida na escola, detém de forma
implícita ou explícita, um compromisso com uma determinada visão de mundo,
reveladora de uma dada concepção de homem, de educação e da própria arte. É
necessário refletir criticamente sobre o processo histórico da educação na sociedade
brasileira, sem perder de vista suas condições sociais, econômicas, culturais e
políticas. É preciso desvelar as tendências presentes no interior das práticas de
ensino da arte, estabelecendo as relações entre estas tendências e os valores
estéticos que fundamentam este ensino.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
1º SEMESTRE
Estudo das tendências pedagógicas com ênfase nos marcos históricos e
culturais do ensino de arte no Brasil.
O papel da arte na formação humana.
História da arte:
Pré-História.
Antiguidade.
Arte Cristã.
Arte Bizantina.
Europa Ocidental e Idade Média.
Renascimento.
Barroco.
Neoclassicismo e Romantismo.
Realismo.
Principais Movimentos Artísticos do Século XX.
A arte no Brasil: arte indígena e estilo barroco.
Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das
Artes Visuais, da Música, da Dança e do Teatro (artes cênicas) e sua
contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e
séries iniciais.
2º SEMESTRE
Abordagens metodológicas para o ensino de artes na Educação Infantil e Ensino
Fundamental:
Currículo Básico X PCN.
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental.
A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística.
“Artistas” brasileiros e estrangeiros.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A arte encontra nas dimensões: Conhecimento, Trabalho e Expressão a totalidade
que a fundamenta e esta visão de totalidade é coerente com a concepção de
educação voltada para a apropriação crítica do conhecimento sistematizado e sua
reelaboração.
Na medida em que a arte é uma manifestação da necessidade humana de dizer,
interpretar e criar a realidade humana, lança mão de diferentes linguagens: plástica,
musical, teatral, entre outras e se constitui enquanto instrumento de afirmação
ou transformação do real. Contudo, esta transformação se cumpre em nível do
imaginário, ou seja, a partir do conhecimento, da atividade criadora e da expressão,
a representação concretiza a passagem do imaginário para o real, no objeto
artístico.
Devemos tomar como ponto de partida os modos de ver e compor utilizados pelo
aluno para se expressar. Assim, a função específica do ensino da arte consiste em
contribuir para que o aluno, a partir de uma leitura empírica, construa uma leitura
sistemática e objetiva da realidade humana.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Partindo do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor é importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas
objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da
auto-avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido
do resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é
outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, A. Betâmio de. A Educação Estético-Visual no Ensino Escolar. Livros
Horizonte, 1980.
BARBOSA, A. M. T. Arte-Educação no Brasil: das origens ao modernismo. São
Paulo: Perspectiva, 1978.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997.
BRASIL/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.
COLEÇÂO Mestres das Artes no Brasil. São Paulo: Moderna, 1999; 2000; 2002;
2003; 2004.
FUSARI, Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Arte na Educação Escolar. São
Paulo: Cortez, 1992.
FUSARI, Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Metodologia do Ensino da
Arte. São Paulo: Cortez, 1993.
PARANÀ/SEED. Currículo Básico para Escola Pública do Estado do Paraná.
Curitiba, 1990.
_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos Políticos e
Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_____ Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Série Número de aulas semanais
4ª 2
APRESENTAÇÃO/JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Metodologia de Educação Física estão
relacionados ao entendimento de que: a Educação Física escolar possui objetivo e
conteúdos próprios e necessários ao desenvolvimento do potencial motor de cada
criança. Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário superar o senso
comum de que o tempo pedagógico das aulas de Educação Física se resume a
quadra ou ao pátio e ao tempo para a recreação, para as vivências corporais e para
o brincar descompromissado.
A superação do conceito de movimento humano para o de cultura corporal de
movimento humano para o de cultura corporal de movimentos, sem o qual não
haverá integração com as orientações da pedagogia histórica-crítica.
Compreender a importância da Educação Física para o desenvolvimento infantil
como meio de promover a mudança de atitude, estabelecendo uma relação de
respeito mútuo de cooperação e sua importância social, cuja aprendizagem
favorece a ampliação das capacidades de interação sociocultural, possibilidades de
lazer, promoção e manutenção da saúde pessoal e coletiva.
A Metodologia de Educação Física têm pressupostos desenvolvimentos
caracterizados, através de situações práticas, as fases e os estágios motores da
primeira e segunda infância, bem como a prática de tarefas abertas e fechadas
envolvendo as brincadeiras, o jogo, as atividades rítmicas e a auto-testagem. Os
alunos do curso de Formação de Docentes serão orientados a avaliar as mudanças
qualitativas, na própria performance motora. Num segundo momento os alunos
passarão a estudar as suas ações motoras não apenas do ponto de vista do
desempenho em si, mas dos processos afetivos, psicomotores e cognitivos
empregados para solucionar um desafio proposto e da passagem de um
conhecimento sincrético da realidade que cerca o problema proposto para um
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conhecimento elaborado, integra as demais dimensões da vida cotidiana.
CONTEÚDOS
1º SEMESTRE
- O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,
cognitivo e afetivo – social do ser humano.
- Desenvolvimento motor e aprendizagem motora
- A Educação Física como componente curricular.
2º SEMESTRE
• A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão.
• A criança e a cultura corporal de movimentos; o resgate do lúdico e a expressão
da criatividade.
Observação:
Os desafios sócios – educadores serão trabalhados de forma integrada aos
conteúdos da disciplina.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Metodologia de Educação Física deverá apresentar atividades que
proporcionem ao aluno o conhecimento de seu corpo, para usá-lo como instrumento
de expressão consciente na busca de sua liberdade e satisfação de suas
necessidades. Devem permitir a exploração motora e propiciar momentos que,
através da vivência dos alunos, permitam criar novas formas de movimento.
A metodologia deve estar fundamentada na produção de conhecimentos, ter
conteúdos concretos, indissociáveis da realidade social, ter consciência de seus
condicionantes histórico-sociais e principalmente ser um instrumento de apropriação
do saber. Deve ter a síntese “teoria e prática”, entendida como um processo unitário,
buscando abrir novas perspectivas para o educando.
Esta prática será centrada numa concepção histórico-crítica de educação, ter uma
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
base científica e ser voltada para o aluno, respeitando seus interesses, sua
maturação e experiências anteriormente adquiridas. Atividade intelectual e a corporal
serão harmônicas de forma a melhor integrarem o ser humano no seu
relacionamento consigo mesmo e com o mundo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Por ser um processo contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos quando
houver necessidade. Desta forma, o professor utilizar-se-á do resultado da avaliação
não apenas para aferir notas, mas para reformular seu planejamento, adotando
estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas
diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
serão observados os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra
oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
As atividades serão desenvolvidas através da construção dialética do conhecimento,
com atividades de pesquisa de campo e bibliográfica, aulas práticas, e entrevistas.
Durante o curso pretende-se que o aluno aplique todos os temas estudados, com
apresentação de trabalhos coletivos, independentes, permeando as ações docentes.
O aluno deverá fazer leituras complementares dos documentos propostos,
desenvolvendo o gosto pela pesquisa.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo N. de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo:
Loyola, 1987.
BORGES, Célio J. Educação Física para pré-escola. Rio de Janeiro: Srpint, 1987.
COSTA, Vera Lúcia M. Prática da Educação Física no primeiro grau: modelo de
reprodução ou perspectiva de transformação? São Paulo: IBRASA, 1987.
DARIDO, Suraya C.; RANGEL, Irene C. A. Educação Física na escola: Implicações
para a prática pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005.
DIEM, Liselott. Brincadeiras e esportes no jardim de infância. Rio de Janeiro: Ao
Livro Técnico, 1981.
FREIRE, João B. ; SCAGLIA, Alcides J. Educação como prática corporal. São Paulo:
Scipione, 2003. – (série Pensamento e Ação no Magistério).
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.
GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra 1982.
GUISELINI, Mauro A. Educação Física na pré-escola. SEED/ MEC, 1982.
MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora: Conceitos de Aplicações. São Paulo:
Edgard Blucher, 1984.
MAISTRO, M A. As relações creche – famílias: um estudo de caso. Florianópolis:
CED/UFSC, 1997.
MEDINA, João Paulo S. Educação Física cuida do corpo e “mente” – bases para a
renovação e transformação da Educação Física. Campinas: Papirus, 1989.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
Série Número de aulas semanais
4º 2
APRESENTAÇÃO/ JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
1- A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso pais desde longa
data. Contudo, é nas primeiras décadas do seculo XX que um debate renovador a
respeito de suas finalidades é desencadeada no contexto escolar.
2- Na atualidade é recente a ideia de que a Geografia cabem dos objetivos e
finalidade que se completam. De um lado, proporcionam o desenvolvimento do
raciocínio geográfico e, do outro, assegura a formação de uma consciência espacial.
Assim a Geografia pode contribuir para um verdadeiro pensar do espaço.
3- A disciplina de Metodologia de Geografia deve criar nos alunos a capacidade de
identificar e analisar, as diferentes escalas, as alterações que as diversas
sociedades humanas estabelecem com os seus territórios, quer na utilização do
espaço, quer no aproveitamento dos recursos naturais, quer na valorização dos
resultados de tipo econômico, social, politico e ambiental destas mesmas mudanças.
CONTEÚDOS
1º Semestre:
Concepções de Geografia.
– A Geografia como Ciência. Diferentes Tendências da Geografia.
– O que é geografia? O que estudar? Qual a sua importância teórica e politica
deste saber?
Diretrizes curriculares de geografia para a educação básica – breve
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
histórico
– Orientações pedagógicas para os anos iniciais do Ensino Fundamental de
nove anos – SEED/PR
Objetivo e finalidades do ensino da Geografia
– Por que ensinar Geografia hoje?
– O que e como ensinar em Geografia no Paraná
– Algumas considerações sobre a linguagens da Geografia
– Oficina:
– Alfabetização cartográfica: uso dos mapas
– Aspectos teóricos- metodológicos de ensino da geografia.
Condições de aprendizagem e níveis de ensino.
– Proposta programática: conteúdos e conceitos.
– Cadernos pedagógico do ensino fundamental – séries iniciais
– Estudo da natureza e sociedade no Ensino Fundamental
– Procedimento da natureza e sociedade
– Conteúdos por ano e ciclo
Formas de utilização do mapa como instrumental básico para o estudo
da geografia
– Como trabalhar com o mapa na escola
– Construção de um mapa com significado
2º Semestre
– Orientação do mapa pelos pontos cardeais e colaterais
– Bússolas e meios de orientação
– Orientação em um mapa por linhas coordenadas
– Aplicação das noções de escala, legenda e orientação por pontos cardeais e
por linhas coordenadas
Proposta curricular do curso de Formação de Docente
– O Plano de trabalho docente e seus recursos.
– Explicação dos termos cartográficos mais usuais, em linguagem adequadas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
aos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Sugestões de atividades práticas
– A cartografia: elementos para produzir um mapa
– O papel da alfabetização cartográfica na percepção na interpretação do
espaço geográfico
– Cartografia na educação básica
– Do plano tridimensional: A maquete como recuso didático
– Estudo do meio
– O bairro e a cidade
– Entrevista
– Leitura da paisagem
– Fichas, relatórios, e demais instrumentos.
– O registro dos estudos através da construção do livro virtual
– Maquetes das salas de aulas, frequências pelos alunos deficientes visuais
– Jogos, Brincadeiras e resolução de problemas
– O uso de diferentes linguagens na sala de aula
– Refletindo sobre o planejamento, os encaminhamentos metodológicos e
material didático
– Recursos pedagógicos:
– Álbuns, diários...
– Árvore genealógica e o brasão da família, mural didático.
– Imagens, fotografias, desenhos, TV, vídeo, DVD, rádio. (observar as
mudanças ocorridas ao longo do tempo).
– Planejamento e organização do estudo do meio: excursão.
– Recursos naturais
– Bibliografia e Análise Critica dos livros didáticos dos anos inicias.
– Softwares, sites e recursos on-line no ensino de Geografia.
– Oficina – Ensino da Geografia, atendendo as especialidades do estado do
Paraná (quilombolas, indígenas, campo e ilhas).
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
– Analise dos livros didáticos.
METODOLOGIA
As atividades serão desenvolvidas através da construção dialética do conhecimento,
com atividades de pesquisa de campo e bibliográfica, aulas práticas, oficinas e
construção de materiais didáticos.
Durante o curso pretende-se que o aluno aplique todos os métodos estudados, com
apresentação de trabalho coletivos, independentes e ações docentes.
O aluno deverá fazer leituras complementares dos conteúdos propostos,
desenvolvendo o gosto pela pesquisa científica.
Desenvolver projetos pedagógicos relacionados com a diversidade cultural e temas
contemporâneos.
Serão utilizados os seguintes recursos:
A aula de campo como prática de ensino de Geografia
A cartografia como linguagem para o ensino da Geografia
Álbuns, diários...
Árvore genealógica e o brasão da família, mural didático.
Brincadeiras
Bússolas e meios de orientação
Confecção de encartes de Educação Ambiental.
Estudo do meio. Leitura da Paisagem
Fichas, relatórios, e demais instrumentos.
Imagens, fotografias, desenhos, TV, vídeo, dvd, rádio. (observar as mudanças
ocorridas ao longo do tempo).
Jogos pedagógicos
Leitura de livros e textos de autores locais e estaduais
Linha do tempo, calendário
Maquetes
Observação, descrição e excursão.
Plantas, Mapas, Globos.
Recursos naturais
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Slides, transparências, cartazes...
Softwares, sites e recursos on-line no ensino da Geografia.
AVALIAÇÃO
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, será considerado
aprovado o aluno que obtiver média final, igual ao superior a 6,0 ( seis ) na disciplina
e frequência mínima de 75%.
A avaliação é concebida a serviços de aprendizagem dos alunos, de modo que
permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através das atividades solicitadas
e da participação em todas as propostas de trabalho. A avaliação será
diagnosticada, formativa e continua, acontecerá durante todo o processo de ensino –
aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas e/ou objetivas.
Sendo avaliado no decorrer do processo as produções dos estudantes, as atividades
realizadas e a participação dos alunos durante as aulas, Sempre considerando os
aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores dos alunos. A avaliação não terá
caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em aprendizagem significativas
e aplicadas em diversos contexto da prática de formação. Todos os alunos que não
se apropriem do mínimo necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos
trabalhados e fazer novas atividades avaliativas em prazo estipulado.
BIBLIOGRAFIA
1. _____. Diretrizes Curriculares de Geografia par a Educação Básica. Curitiba, apostila, 2006.
2. _____. Orientações curriculares para o Curso de Formação de Docentes da educação infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na moralidade Normal. Curitiba: apostila, 2006
3. MATINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2009
4. _____. Parâmetros Curriculares: História e Geografia. Ensino fundamental.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Brasília: MEC/SEF, 1997.p.99-169 5. SIMELLI, Maria Elena. Primeiros mapas: como entender e construir. São Paulo: Ática, 2004.04 cadernos de atividades.
6. ADAS, M. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 2000.
7. ALMEIDA, R; PASSINI, E. O espaço geográfico, ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1991
8. ANDRADE, M.C. De Uma geografia para o século XXI. Campinas: Papirus, 1994
9. CARLOS, A.A.F.A. (org.) O lugar no/ do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996
10. CAVALCANTI, L.S. Geografia, escola e construção do conhecimento. Capinas Papirus, 1998.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA
Série Número de aulas semanais4ª 2
APRESENTAÇÃO/JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A disciplina Metodologia do Ensino de História do curso de formação de docentes
visa preparar os alunos para atuarem no ensino de História na Educação Infantil e
nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, se faz necessário
explicitarmos a trajetória do ensino de História no sistema educacional brasileiro,
bem como os pressupostos teóricos que norteiam a presente proposta.
No Brasil, o conteúdo de história foi inserido no currículo do colégio Pedro II, no Rio
de Janeiro, em 1838. Relegado aos anos finais dos ginásios, com número ínfimo de
aulas, sem uma estrutura própria, consistia em um repositório de biografias de
homens ilustres, de datas e batalhas.
A História Tradicional, influenciada pelo pensamento positivista da historiografia
européia, enfatizava a história da nação e tinha como objetivo criar uma identidade
nacional homogênea em torno de um Estado politicamente organizado. O
positivismo trouxe conseqüências a disciplina, que pretendia basear-se em suas leis.
Os historiadores positivistas acumularam fatos políticos que podiam ser verificados e
comprovados por meio de documentos oficiais produzidos pelo Estado.
Desta forma, produziu-se uma história voltada aos estudos dos acontecimentos
políticos, da genealogia das nações, evidenciando as “datas importantes”, “os
grandes personagens”, os “heróis” da nação.
Apesar da hegemonia acadêmica existente no século XIX, havia vozes discordantes.
Entre essas vozes, destacamos Marx e Engels que desenvolveram um paradigma
histórico onde as causas das mudanças históricas ocorrem no interior das estruturas
socioeconômicas.
Surge então, uma outra possibilidade para o ensino de História, fundamentado na
concepção materialista da história, cerne do pensamento marxista. Este ensino
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
pauta-se no trabalho como conceito fundamental e princípio organizador do
currículo, e toma as relações sociais e de produção como objeto de ensino.
Na concepção da escola unitária defendida por Gramsci, com base em Marx, o
trabalho constitui a principal categoria e torna-se elemento fundamental da formação
profissionalizante, que não deve buscar atender estritamente as necessidades do
mercado de trabalho, mas, ao contrário, deve ser formativa, de uma cultura geral
humanista. Trata-se de garantir, ao educando, uma visão geral, capaz de dar conta
da complexidade das relações sociais de produção da sociedade contemporânea.
Nesse sentido, a proposta curricular de História deve ter como função principal a
superação do saber meramente acumulativo, enciclopédico e fragmentado.
O trabalho como princípio pedagógico do ensino de História, parte do pressuposto
teórico marxista, de que o trabalho humano, ao longo da história, impulsionou o
desenvolvimento e transformações da existência humana. Para Marx, o trabalho não
é apenas a força produtiva, mas é a essência da atividade humana. O homem ao
produzir as condições de sua existência, produz a si mesmo, faz a história e é
determinado pelas relações sociais e de produção.
Vale ressaltar que o trabalho é tomado como categoria essencial que explica não só
o mundo e a sociedade do passado e do presente, mas permite ao homem uma
prática transformadora e o desafio de construir uma sociedade fundada em novos
princípios e valores.
Tendo estabelecido o trabalho como princípio pedagógico para a compreensão da
sociedade, torna-se fundamental, ao lado disso, entender a noção de que a história
se movimenta devido às contradições, aos antagonismos e conflitos que estão na
base da sociedade porque são fruto da ação dos próprios homens.
Nas últimas décadas a contribuição mais significativa da produção historiográfica
marxista vem de historiadores ingleses que lançaram-se ao estudo de uma “história
vinda de baixo”, preocupada com a história operária e a cultura popular. Revelaram
e fizeram falar a história de homens e mulheres trabalhadores, sujeitos que por
muito tempo estiveram excluídos da produção historiográfica.
Uma nova perspectiva para o ensino de História não pode ficar limitada a uma
concepção que destaque apenas as classes dominantes, mas sim, objetivar uma
noção mais ampla, onde as classes populares sejam também inseridas em suas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
análises. Há necessidade da escola reencontrar as memórias perdidas da história,
resgatar o cotidiano, a memória de homens comuns que foram deixados à margem
da história.
Analisar o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná observando
os Pressupostos Teóricos, Encaminhamento Metodológico, Conteúdos e Avaliação
do ensino de História nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
O professor, ao tomar as experiências vividas pelas pessoas comuns como objeto
de ensino da história, romperá com conteúdos tradicionalmente selecionados que
pouco sentido fazem ao educando, bem como precisará de metodologias de ensino
adequadas para o trabalho em sala de aula.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
1º SEMESTRE
- História e memória social: as finalidades do ensino de História na sociedade
brasileira contemporânea:
- Concepção de História;
- histórico do ensino no Brasil;
- os Estudos Sociais: fundamentos, implantação e experiências no Brasil;
- o ensino de História no quadro das tendências históricas da educação brasileira;
- novas tendências.
- A transposição didática da história e a construção da compreensão e explicação
histórica
Teorias críticas da aprendizagem: construtivismo e sociointeracionismo
• Ensinar História: o que, como, quando.
• O papel do professor no ensino de História.
- Relação entre a construção da noção de tempo e espaço e leitura do mundo pela
criança:
• Temporalidade: tempo vivido, percebido e concebido;
• desenvolvimento da noção de tempo e espaço na criança;
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• duração, permanência, continuidade e mudança;
• relação passado/presente no pensamento histórico: aqui / hoje, hoje / em outro
lugar e aqui / ontem.
2º SEMESTRE
• Trabalho com as fontes históricas:
• Textos de épocas;
• mapas históricos;
• Constituição do Brasil;
• meios de comunicação;
• poemas e letras de música;
• pesquisa, entrevista e outras fontes;
• possibilidades históricas do meio.
• Objetivos e conteúdos programáticos de História nos anos iniciais do Ensino
Fundamental:
• Objetivos do ensino de História no Ensino Fundamental;
• propostas curriculares para o ensino de História
• conteúdos básicos para o ensino de História nas séries iniciais do Ensino
Fundamental no Estado do Paraná;
• eixos temáticos: Trabalho, Sociedade, Cotidiano e Imaginário planejamento,
seleção e avaliação em história;
• o que ensinar: objetivos essenciais (assuntos significativos);
• planejamento nas séries iniciais do Ensino Fundamental;
• avaliação em história.
• Análise crítica do material didático:
• Ideologia do livro didático;
• superando o livro didático;
• análise de livros e materiais didáticos de História para as séries iniciais do
Ensino Fundamental;
• Bibliografias comentadas de livros didáticos de História.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Tendo como base uma nova perspectiva para o ensino, que estabelece o trabalho
como princípio pedagógico, o professor deve procurar passar da reprodução, da
exposição sistemática do conhecimento à compreensão histórica e lógica das
experiências da humanidade. Isto significa realizar mudança de mentalidade,
correção de hipóteses científicas, modificação de esquemas intelectuais e estimular
a tensão contínua entre a aprendizagem e espírito crítico.
Se o objetivo do ensino é fazer o aluno compreender, apreender as formas de
produção do conhecimento através dos conteúdos críticos da história, a adequação
metodológica far-se-á tomando a realidade do aluno como ponto de partida e através
desse saber, a ela retornar no sentido de conquistar a elevação do grau de
compreensão da realidade por parte do aluno.
Apenas a seleção de conteúdos críticos não irão garantir a mudança pretendida no
ensino se o professor mantiver uma postura autoritária ou paternalista. É necessário
que o professor explicite as regras que governam a produção do conhecimento
histórico e crie espaços para que esse conhecimento possa ser trabalhado, e talvez,
reelaborado em sala de aula, valorizando-se assim a atividade do pensamento
crítico por parte dos alunos e rejeitando-se o enciclopedismo e a passividade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra
oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURKE, P. A escola dos annales 1929-1989: a revolução francesa da historiografia.
São Paulo: UNESP, 1997.
CARDOSO, C F S. Uma introdução à história. São Paulo: Brasiliense, 1988.
CITRON, S. Ensinar a história hoje: a memória perdida e encontrada. Lisboa: Livros
Horizonte, 1990.
HUNT, Lynn. Apresentação: História, cultura e texto. In: HUNT, L. A nova história
cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
LIMA, Elvira Souza. Avaliação, educação e formação humana. Capítulo 2 – Sala de
Aula.
LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? Idéias. V.8.
São Paulo: FDE, 1991.
NEMI, Ana Lúcia Lana & MARTINS, João Carlos. Didática da História: O tempo
vivido. Uma outra história? São Paulo: FTD, 1996.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
NIDECOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo: Brasiliense,
1982.
PARANÁ/SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990.
PARANÁ/SEED. Proposta Curricular da Disciplina Metodologia do Ensino de
História. Curitiba, 1989.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______. Proposta Curricular da Disciplina Metodologia do Ensino de História.
Faxinal do Céu, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PENTEADO, Heloísa D. Metodologia do Ensino de História e Geografia. São Paulo:
Cortez, 1991.
SCHMIDT, M. A. O uso escolar do documento histórico. Caderno de História: Ensino
e Metodologia, Curitiba, n. 2. 1997.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA
Série Número de aulas semanais3ª 2
APRESENTAÇÃO/ JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A disciplina de Metodologia do Ensino de Matemática deverá contribuir para o
aprimoramento do pensamento reflexivo, ou ainda, devemos concebê-lo como
elemento constitutivo de nossa consciência, para que possamos de maneira cada
vez mais elaborada, pensar e interferir na realidade humana. Entendendendo a
matemática como necessidade primordial do indivíduo que envolve relações sociais
e histórico-culturais.Identificando o tipo de relação que o indivíduo vai traçar entre o
conhecimento que já possui e aquele que está para aprendendo. O reconhecimento
da matemática como forma de produção do conhecimento proporcionando múltiplas
possibilidades de se expressar no dia-a-dia. O interesse, nessa disciplina, não se
restringirá apenas em fornecer os conteúdos matemáticos e método que devem
estar contidos nos currículos das escolas públicas, mas principalmente discutir a
articulação no ensino e aprendizagem em Matemática, entre os pólos: lógica formal
e lógica dialética; parte e todo; teoria e prática; sujeito e objeto; abstrato e concreto;
unidade e totalidade; conhecimento científico-tecnológico e conhecimento sócio-
histórico; individual e coletivo; como categorias que nos remetem ao plano do
método do conhecimento.
A Metodologia do Ensino de Matemática deverá: explicitar a concepção de ciência e
tecnologia determinadas pelas relações sociais e produtivas; recuperar o conteúdo
matemático, a linguagem matemática, o raciocínio lógico-matemático e as formas
metodológicas adequadas a cada conteúdo; avançar no método de ensino e
aprendizagem de matemática, que tem como último elemento o processo de
abstração – conceitos – que se caracterizam por um processo descritivo; reconhecer
a importância pedagógica da transposição didática, ou seja, da elaboração do
pensamento reflexivo – concreto pensado -, e, indentificar que o processo de
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conhecer vai além da relação do homem com o conhecimento, ele é o produto das
múltiplas relações sociais e históricas do trabalho dos seres humanos. Reconhecer a
matemática como forma de produção do conhecimento proporcionando múltiplas
possibilidades de se expressar no dia-a-dia. Possibilitando condições para aquisição
e sistematização de novos conhecimentos. Compreendendo a concepção de ciência
e tecnologia determinadas pelas relações sociais e produtivas. Recuperaando o
conteúdo matemático, a linguagem matemática, o raciocínio lógico-matemático e as
formas metodológicas adequadas em cada conteúdo.
A Articulação no ensino e aprendizagem de matemática, entre os pólos: lógica
formal e lógica dialética, parte e todo; teoria e prática; sujeito e objeto; abstrato e
concreto; unidade e totalidade ; conhecimento científico – tecnológico e
conhecimento sócio histórico; individual e coletivo; como categorias que nos
remetem ao plano do método do conhecimento.
CONTEÚDOS POR SEMESTRE
• 1º SEMESTRE
• Concepções de ciência e de conhecimento matemático das escolas
tradicional, nova, tecnicista, construtivismo e pedagogia histórica-crítica.
• Pressupostos teóricos e metodológicos do ensino e aprendizagem de
Matemática e/ou tendências em Educação Matemática:
- Conceitos matemáticos.
- Linguagem matemática e suas representações.
- Cálculos e/ou algoritmos.
- Resolução de problemas.
- Etnomatemática.
- Modelagem matemática.
- Alfabetização tecnológica.
- História da matemática.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
- Jogos e desafios.
• 2º SEMESTRE
• Especificidades inter-relações entre eixos de matemática, números e medidas
geométricas.
• Conteúdos específicos por séries.
METODOLOGIA
De acordo com os novos encaminhamentos, a disciplina de Metodologia do Ensino
da Matemática se utilizará dos conceitos matemáticos e sociais, da linguagem
matemática e de suas representações, dos cálculos e/ou algoritmos, da resolução de
problemas, da modelagem matemática, da história da matemática e dos jogos e
desafios, voltando assim, a ser elemento constitutivo do desenvolvimento do
pensamento humano.
Sendo assim, os instrumentos para o desenvolvimento dessa disciplina serão: aulas
expositivas e práticas com análise de materiais didáticos, confecção de materiais
didáticos, elaboração de painéis e murais, visitas, dinâmica de leitura de textos,
debates, seminários, mini-aulas além de trabalhos de pesquisa. Também deverão
ser trabalhados projetos interdisciplinares valorizando a pluralidade cultural.
Esta é uma forma eficaz de enfrentar os desafios, num mundo complexo e, ao
mesmo tempo, de iniciar, na prática, o DESAFIO DIDÁTICO: APRENDER,
DESAPRENDER, REAPRENDER, pois a ´´finalidade de nossa escola é ensinar a
repensar o pensamento, a ´des-saber´ o sabido e a duvidar de sua própria dúvida;
esta é a única maneira de começar a acreditar em alguma coisa.´´
Os conteúdos deverão ser trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando
teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência aos fundamentos teóricos
propostos, onde estes não podem ser vistos isoladamente.
A prática pedagógica será feita com a utilização de recursos tecnológicos, utilizando
o portal dia-a dia educação, como vídeos, e recursos da TV Paulo Freire.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
AVALIAÇÃO
Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar
consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais
subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida
de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,
deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor
utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para
reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,
visando superar as lacunas diagnosticadas.
Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no
processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não
é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor
deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu
conhecimento.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos
os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de
trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais
será observado os aspectos sócio-afetivos), provas objetivas com questões
dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto-avaliação. A
recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de
conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra
oportunidade que é ofertada no término do período letivo.
No processo da avaliação de disciplina de metodologia do ensino da matemática
deverá ser levado em conta a maneira como o aluno conseguen se relacinar com os
materiais didático-pedagógico que deverão ser utlizados em suas mini-aulas par que
consigam ter o domínio e o criem o hãbito de ensinar matemática partindo do
concreto e sabendo usar os materiais disponíveis.esta forma os aspectos
qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Contudo, devido a exigência de
nosso sistema educacional, haverá aferição de notas ao final de cada semestre.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REFERÊNCIAS
MERCEDES, Carvalho. Problemas? Mas que problemas? Petrópolis: Vozes, 2005.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PETRONZELLI, Vera Lúcia. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes
da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba –PR: DEP/SEED.
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. Didática da Matemática – A Construção da
Matemática. São Paulo: FTD, 1999.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E
ALFABETIZAÇÃO
Série Número de aulas semanais
3ª 2
4ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Pensar o ensino de português significa pensar numa realidade que permeia todos
os atos cotidianos: a realidade da linguagem. É via linguagem que nos constituímos
enquanto sujeitos no mundo, o que nos diferencia dos animais e nos possibilita
interagir, trocar experiências e compreender a realidade em que estamos inseridos
e o nosso papel como participantes da sociedade.
Se considerarmos a Língua na perspectiva do que a leitura e a escrita representam,
de seus valores e usos sociais, bem como a compreensão da estrutura desse
sistema de representação, o trabalho estará direcionado para um ensino que
permite ao aluno compreender, desde o início, a função social da leitura e da
escrita, e delas faça uso efetivo, constituindo – se como leitor e escritor.
Partindo do princípio de que a participação numa sociedade letrada depende,
fundamentalmente, do acesso aos instrumentos que expressam, identificam ou
registram o conhecimento acumulado. É necessário o desenvolvimento e alterações
do mundo contemporâneo requer, portanto, como condição básica, que o domínio
das formas pelas quais as pessoas se comunicam, codificam e expressam suas
aquisições e conquistas.
Dessa forma a leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e ferramentas
necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento
acumulado,registrado no código escrito.
Ao trabalhar com a alfabetização e o ensino da Língua Portuguesa, o professor tem
a tarefa de dar ênfase às diferentes variedades linguísticas e mostrar aos alunos
que a Língua é viva e faz parte de nossas vidas desde o momento em que
nascemos, e é por meio dela que nos comunicamos e expressamos nossas ideias.
Faz se necessário o entendimento de como as crianças elaboram hipóteses acerca
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
da leitura e da escrita, para que o aspecto cognitivo de cada aluno seja respeitado e
conduzido à busca de novos desafios.
É necessário portanto, que os futuros docentes compreendam a existência de uma
relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, ideias
pedagógicas e a concepção do objeto de conhecimento, ou seja, a Língua
Portuguesa.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
3º ANO
1º Semestre
1 - A leitura e a escrita como atividades sociais significativas
- Linguagem e sociedade
- Concepção de linguagem, e de linguagem escrita
- A escrita e sua história.
2 - As contribuições das diferentes Ciências (História, Filosofia, Psicologia,
Pedagogia, Linguística, Psicolinguística, Sociolinguística) na formação do professor
de Língua Portuguesa e Alfabetização.
- O professor e sua formação
- O professor leitor
2º Semestre
3 – Estudo e análise crítica dos diferentes processos de Ensino da Língua
Portuguesa, da Alfabetização e do Letramento.
- Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e da escrita
- Os métodos de alfabetização
- Fatores psico-sociolinguísticos que interferem na aprendizagem da leitura e da e
da escrita
- Evolução dos processos de alfabetização no Brasil
- Paulo Freire e Alfabetização: Muito além de um método
Alfabetização e letramento – Magda Soares
4 – Análise crítica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua
Portuguesa
- Análise crítica dos PCNs e dos RCNEI
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
- Confecção de materiais didáticos e jogos para alfabetização
- Análise crítica dos diferentes programas de alfabetização desenvolvidos no Brasil
4º ANO
1º Semestre
5 - Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná
- Educação Infantil: trabalho com texto, alfabetização, oralidade, leitura, escrita, e
avaliação.
- Ensino fundamental – Anos Iniciais: Pressupostos teóricos, encaminhamentos
metodológicos, oralidade, leitura, escrita e avaliação.
- Conceito de texto e de escrita
2º Semestre
6 – Ensino Fundamental de Nove anos – Orientações Pedagógicas para Anos
iniciais
- Concepção de Linguagem
- Tipologia textual: os diferentes tipos de textos
- Encaminhamento metodológico: a leitura, produção de textos, reescrita de textos e
análise linguística.
- Proposta pedagógica para alfabetização.
- Noções básicas de fonética.
- Análise crítica dos diferentes programas de alfabetização desenvolvido no Brasil.
- Programa de alfabetização para jovens e adultos.
- Encaminhamentos metodológicos: a leitura, produção de textos. Reescrita de
textos e análise linguística.
- Processo de avaliação.
- Análise crítica de materiais didáticos utilizados no ensino da Língua Portuguesa.
- Análise das diretrizes curriculares para o ensino fundamental.
METODOLOGIA
É imprescindível que a metodologia utilizada tenha como princípio a dialética, ou
seja, ação – reflexão – ação, e que a metodologia empregada em Língua
Portuguesa na sala de aula seja a partir da linguagem em uso, levando – se em
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conta as variações linguísticas e também o conhecimento das funções de
linguagem, considerando seu conteúdo ideológico e objetivando a aquisição pelo
aluno da linguagem padrão, especialmente a escrita.
- É necessário desenvolver estratégias no ensino de alfabetização da língua
portuguesa a partir da prática social do aluno, ampliando seus conhecimentos de
forma reflexiva e transformadora.
Desta forma, o trabalho metodológico deverá garantir quatro práticas fundamentais:
leitura e interpretação, produção de textos orais e escritos, análise linguística e
atividades de sistematização para o domino do código.
Para o desenvolvimento do trabalho serão utilizadas diferentes estratégias como:
pesquisas, debates, grupos de estudo, aula expositiva e dialogada. Para garantir a
consolidação desse processo faz – se necessário à contextualização dos diferentes
tipos de saberes.
Será utilizado como recursos didáticos pedagógicos/tecnológicos, apostilas
reportagem, filmes, vídeos, TV multimídia, pendrive, computador entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina tem como parâmetro os princípios norteadores expresso
no Projeto Político Pedagógico da Escola, que se pauta na avaliação diagnóstica,
formativa e somativa. Desta forma a avaliação permeará todos os momentos do
processo de ensino e aprendizagem, que se dará por meio de apresentação de
trabalhos e mini – aulas, produção de materiais, exposições e seminários, provas
objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste e auto - avaliação.
A recuperação de estudos acompanhará o processo no sentido de retomar os
conteúdos, cujo objetivos não foram devidamente atingidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione,
1995.Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1992.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre a Alfabetização. São Paulo: Cortez, 1992.
KAUFMAN, Ana Mariae Rodrigues, Maria Helena. Escola, Leitura e Produção de
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
MACEDO, Donaldo E. Alfabetização: Leitura do Mundo e Leitura da Palavra. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1990.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade
Normal. Curitiba, 2008.
ROJO, R. Alfabetização e Letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1998.
Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Secretária
de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e
Programas Educacionais. Curitiba: SEED – Pr 2008.
SOARES, Magda. Linguagem e Escola uma Perspectiva Social. São Paulo: Ática,
1989.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Série Número de aulas semanais1ª 22ª 2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Disciplina Organização do Trabalho Pedagógico ganhou espaço na matriz
curricular do curso (1ª e 2ª séries) para que seus conteúdos não sejam vistos e
comunicados como uma imposição, mas sim tratados como uma necessidade
pessoal e social, a fim de que apreendidos e incorporados possam alargar a visão
dos problemas educacionais para expressar e responder aos desafios da educação
na complexidade do mundo atual. Desenvolvendo o compromisso com a educação
através da cidadania, reconhecendo que a escola pública é um espaço da
educação de qualidade,conhecendo a estrutura administrativa e pedagógica do
cotidiano escolar.
Analisando os textos legais educacionais incentivando a observação e reflexão
sobre a realidade do Sistema Educacional.
O processo pedagógico para que os conteúdos escolares passem a fazer parte
integrante da vida dos educandos requer uma aprendizagem significativa, pois eles
somente se interessam por aquilo que, de alguma forma, afeta diretamente suas
vidas. É necessário, portanto, envolver intelectual e afetivamente os alunos na
elaboração e reelaboração ativa do conhecimento sistematizado. Este processo de
trabalho implica que os conteúdos escolares sejam apreendidos dentro de uma
totalidade, através de um método que os torne significativos para os educandos.
Considerando a educação em sentido lato, podemos afirmar que ela envolve todas
as instâncias sociais. Uma destas é a escola que possui, entre suas funções
principais, a de transpor para a sala de aulas os conhecimentos científicos e
culturais, a fim de que, pela ação docente-discente, os educandos se apropriem
deles com sentido para suas vidas. Essa tarefa é um desafio tanto pra professores
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
quanto para alunos.
A sociedade, em todos os sentidos, é cada vez mais complexa, por isso, a educação
e o processo ensino-aprendizagem escolar também devem ser considerados sob a
complexidade dos múltiplos ângulos que os envolve.
Em tempos passados, o mundo era mais simples, por isso, os desafios para os
cidadãos eram poucos; o mundo atual é complexo, e conseqüentemente, os
problemas a serem superados são múltiplos. Da mesma forma, em sociedades
fechadas, a educação era simples porque o mundo também era simples. Naquelas
sociedades, a reprodução era suficiente; nas abertas, não mais. Na sociedade atual,
exige-se cada vez mais criatividade, diversidade, iniciativa, responsabilidade
individual e coletiva. Essa é a novo forma de sobrevivência social, por isso, a
educação deve a ela corresponder e o processo ensino-aprendizagem deverá
passar da monocultura escolar para o multiculturalismo a fim de prepara, senão
tecnicamente, ao menos em seu espírito, os profissionais do futuro, para que
possam fazer aos desafios que lhe são propostos.
Por isso, a instituição escolar é sempre uma expressão da estrutura social como
todo. A escola não existe em si e para si. Existe para cumprir uma função dentro
dessa sociedade, respondendo a seus desafios. Utilizando conhecimentos do
conteúdo da Constituição Federal e Estadual, Lei de Diretrizes e Bases de Educação
Nacional e outras para diagnosticar e analisar as questões educacionais.
Possibilitando a compreensão dos conhecimentos políticos, sociais e culturais da
realidade educacional.
Redescobrindo, hoje, a função da escola é o primeiro passo fundamental para definir
seu novo papel, bem como a importância da ação docente.
Um breve olhar sobre os problemas que a sociedade precisa enfrentar, no mento
presente, de imediato nos mostra os desafios que a escola e o professor são
solicitados a enfrentar para responder às exigências dos novos tempos.Conhecer os
princípios e os mecanismos de Gestão democrática para participar da gestão
escolar. Conhecendo e analisando a organização das propostas pedagógicas
vigentes. Reconhecendo o trabalho docente como atividade consciente e
sistematizada tendo como referência as situações didáticas concretas. Refletindo
sobre a identidade e o fazer profissional frente a gestão escolar.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS POR SÉRIE
• 1ª SÉRIE
1. Organização do Sistema Escolar Brasileiro
1.1. O que é Educação: (Histórico; Constituição, Lei nº 4024/61, Lei nº 5692/71,
Lei nº 9394/96)
1.2. Sistema Escolar
1.3. Sociedade e Sistema Escolar
1.4. Estrutura e Funcionamento do Sistema Escolar Brasileiro
2. A Escola Pública como espaço da educação de qualidade
2.1. Princípios da Educação:
2.2. Estrutura Administrativa do Ensino: (Nacional, Estadual, Municipal)
2.3. Recursos Financeiros da Educação
3. Estrutura Administrativa e Pedagógica do Cotidiano Escolar (Instituição)
3.1. Histórico da Escola
3.2. Organização Curricular (Currículo, matriz, calendário, terminalidade...)
3.3. Gestão Escolar / Conselho Escolar
3.4. Organização disciplinar: (Regime Escolar, Estatuto da Criança e do
Adolescente, Regimento Escolar)
3.5. Organização Didática: (Filosofia da Escola, Objetivo do Curso, Avaliação,
Aprovação, Conselho de Classe)
4. Estrutura Administrativa e Didática da Educação Básica
4.1. Finalidade da Educação Básica
4.2. Níveis – Etapas – Modalidades
4.3. A Lei de Diretrizes e Bases e a Educação Básica (Ed. Infantil, matrícula,
jornada diária, ano letivo, freqüência, estudos de Recuperação,
competências do Ensino Fundamental...)
• 2ª SÉRIE
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A Escola Pública como espaço da Educação de Qualidade
1.1. Garantia do direito à educação
1.2. Políticas para a Educação Pública
1.3. A Construção da Gestão democrática (amparo legal)
1.4. Plano de Educação (PNE – PEE – PME)
Gestão da Escola Pública
1.5. Autonomia: (conceitos, dimensões, formas)
1.6. Gestão democrática na escola e os mecanismos de participação
1.7. Política Educacional para a Educação Básica
1.8. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Projeto Político Pedagógico
1.9. Princípios, pressupostos, construção do P.P.P.
1.10. Diversidade Cultural / Inclusão
1.11. Trabalho como princípio educativo
1.12. Interdisciplinaridade
1.13. Propostas curriculares (disciplinas)
O trabalho docente na Educação Básica
2.1. O trabalho pedagógico na Educação Infantil e séries iniciais
2.2. Planos e programas oficiais
2.3. Parâmetros Curriculares Nacionais e Temas transversais
2.4. Proposta Curricular do Estado do Paraná
2.5. Paradigmas Curriculares
2.6. Planejamento da Ação Educativa
O papel dos profissionais da educação frente a gestão escolar
3.1. Identidade Profissional
3.2. Formação de recursos humanos
3.3. Gestão democrática e os trabalhadores em educação.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
METODOLOGIA
Para uma compreensão mais adequada da educação e do ensino atuais, é urgente
desenvolvermos a capacidade de situar cada objeto do conhecimento, a ser
estudado em sala de aula, em seu contexto e no complexo planetário, pois, como
afirma Morin (2003, p. 15), ´´uma inteligência incapaz de perceber o contexto e no
complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável´´. Não basta conhecer
os dados e as informações de maneira isolada. Para que adquiram sentido, é
necessário situa-los no contexto mais amplo, pois, conforme ainda Morin (2004,
p.37) ´´o global é mais que o contexto, é o conjunto das diversas partes ligadas a ele
de modo inter-retroativo ou organizacional´´.
As disciplinas escolares, tais como as conhecemos hoje, apresentam a
superespecialização, o despedaçamento do saber, o que, por um lado, produz
conhecimento, mas, por outro, gera ignorância e cegueira. Assim, ´´na escola
primária nos ensinam a isolar os objetos (de seu meio ambiente), a separar as
disciplinas (em vez de reconhecer suas correções), a dissociar os problemas, em
vez de reunir e integrar. Obrigam-nos a reduzir o complexo as simples, isto é, a
separar o que está ligado; a decompor, e não a compor; a eliminar tudo o que causa
desordens ou contradições em nosso entendimento. Em tais condições, as mentes
jovem perdem suas aptidões naturais para contextualizar os saberes em integrá-los
em seus conjuntos´´ (MORIN,2003, P.15).
O que deve ocorrer é exatamente o contrário. Todos os educandos devem ser
desafiados e orientados a fazer com que o conhecimento científico que vão
adquirindo na escola, para que de fato se torne pertinente e significativo para suas
vidas é necessário que seja contextualizado próxima e remotamente. É urgente,
pois, passar da compartimentação dos saberes e de sua desarticulação para a
aptidão de integrar e contextualizar.
Esta tarefa torna-se mais premente à medida que, junto com os desafios da
globalidade e da complexidade, há outro fator muito forte e grande: a expansão
descontrolada do saber, o que nos impede de a apreendermos de forma sistemática
e integrada. Vivemos no mundo das informações, mas nem todas se transformam
em conhecimento. No dizer de Morin (2003, p.16-17), ´´o conhecimento só é
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
conhecimento enquanto organização, relacionado com as informações e inserido no
contexto destas. As informações constituem parcelas dispersas de saber. Em toda
parte, nas ciências como nas mídias, estamos afogados em informações. O
especialista da disciplina mais restrita não chega a sequer tomar conhecimento das
informações concernentes à sua área. Cada vez mais, a gigantesca proliferação de
conhecimentos escapa ao controle humano.
Como organizar de maneira coerente na cabeça dos professores e dos alunos a
quantidade de informações de toda ordem que recebemos cotidianamente? O
próprio Morin (2003, p.20) responde ´´A reforma do pensamento é que permitiria o
pleno emprego da inteligência para responder a esses desafios e permitiria a ligação
de duas culturas dissociadas. Trata-se de uma reforma não programática, mas
paradigmática, concernente a nossa aptidão para organizar o conhecimento´´ (grifos
do autor).
Reformar o pensamento pressupõe, necessariamente, que antes tenha sido
formado. Portanto, para reformá-lo devemos des-formá-lo, para reconstituí-lo em
seguida em novas bases, em novas dimensões. Este processo é árduo pois implica
em despir-nos de algo que construímos ao longo do tempo e que nos dá segurança.
O novo, ao contrário, nos inquieta, ao mesmo tempo que nos desafia a assumir
riscos. O processo é sempre dialético.
Morin (2003, p.21) nos aponta a seguinte direção: ´´A primeira finalidade do ensino
foi formulada por Montaigne: mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia. O
significado de ´uma cabeça bem cheia´ é óbvio: é uma cabeça onde o saber é
acumulado, empilhado, e não dispõe de um princípio de seleção e organização que
lhe dê sentido. ´Uma cabeça bem-feita´ significa que, em vez de acumular o saber, é
mais importante dispor ao mesmo tempo de:
- uma aptidão geral para colocar e tratar os problemas;
- princípios organizadores que permitam ligar os saberes e lhes dar sentido´
Em primeiro lugar, quanto mais desenvolvida a inteligência geral, mais possibilidade
e capacidade possui o indivíduo para tratar e resolver problemas particulares. Uma
das formas de incentivar o desenvolvimento da inteligência geral é incentivar a
curiosidade, a interrogação, a dúvida, a atividade crítica, a problematização, a
resolução de problemas sócias, mas também a solução de questões propostas pelas
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
disciplinas escolares, cujo conhecimento científico, envolvendo a indução, a
dedução, a argumentação, a discussão, deve estar ligado à vivência do educando.
Num segundo momento, uma cabeça bem-feita é aquela capaz de organizar os
conhecimentos científico-culturais recebidos, evitando acumulação desordenada e
inútil. Sendo o conhecimento constituído de tradução e reconstrução, sua
organização ´´comporta operações de ligação (conjunção, inclusão, implicação) e de
separação (diferenciação, oposição, seleção, exclusão). O processo é circular,
passando da separação à ligação, da ligação à separação, e, além disso, da análise
à síntese, da síntese à analise. Ou seja: o conhecimento comporta, ao mesmo
tempo, separação e ligação, análise e síntese´´ (MORIN, 2003, p.24). No ensino
escolar, a partir de nossa civilização, privilegia-se a acumulação, a separação e a
análise, em detrimento da ligação, da síntese e da organização que ligam os
conhecimentos. É necessário, pois, descobrir o que une os objetos de conhecimento
entre si a fim de que tomem sentido no todo de que fazem parte (o todo sempre
envolve dimensões como: ambiente cultural, social, econômico, político, científico,
religioso etc.). ´´A partir daí, o desenvolvimento da aptidão para contextualizar e
globalizar os saberes torna-se um imperativo da educação´´ (MORIN, 2003, P.24)
(Grifos do autor).
Para realizar este desiderato, torna-se necessário descobrir quais os princípios que
elucidam as relações entre o todo e as partes, quais os elos que unem as coisas
mais distantes e as mais diferentes, as mediatas e a imediatas. Para isso, segundo
Morin (2003, p.89) ´´é preciso substituir um pensamento que isola e separa por um
pensamento que distingue e une. É preciso substituir um pensamento disjuntivo e
redutor por um pensamento do complexo, no sentido originário do termo complexus:
o que é tecido junto´´.
O processo didático-pedagógico – aprender, desaprender, reaprender – cujo
fundamento e o materialismo histórico, trata da apreensão do conhecimento
científico-cultural, na escola, através das três fases do método dialético de
elaboração do conhecimento que se expressam no processo: prática-teoria-prática.
Esses três momentos do método fundamentam a teria histórico-cultural de Vygotsky
que se concretiza nos seguintes momentos: a) o nível de desenvolvimento atual do
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
educando, isto é, o que o aluno realiza sozinho, independentemente do professor; b)
a zona de desenvolvimento imediato, que consiste no trabalho de aprendizagem que
o educando somente consegue desenvolver com o auxílio do professor ou de
alguém mais experiente; c) e o retorno ao nível de desenvolvimento atual, em
estágio mais elevado e concreto, que passa a ser a nova forma de ação do aluno,
sem a presença do mestre.
Essas três fases da ação docente-discente expressam-se na proposta da pedagogia
histórico-crítica de Saviani que se traduz em cinco passos fundamentais: Prática
Social Inicial, Problematização, Instrumentalização, Catarse e Prática Social Final.
A proposta de ação docente-discente traduz, pois, para a didática os pressupostos
do método dialético de elaboração do conhecimento, a teoria histórico-cultural e a
pedagogia histórico-critica. Essa forma de trabalho constitui-se uma nova didática na
qual o professor, não trabalha pelo aluno, nem contra o aluno. Nessa perspectiva,
Vygotsky (2001, p.341), referindo-se à aprendizagem dos conceitos científicos,
afirma que o educando os havia aprendido porque ´´ao trabalhar o tema com o
aluno, o professor explicou, comunicou conhecimentos, fez perguntas, corrigiu, levou
a própria criança a explicar´´.
Esta metodologia dialética de ação docente-discente parte da prática social, vai à
teoria e retorna à prática social. Estes três momentos do processo representam as
fazes de aprendizagem, desaprendizagem, reaprendizagem. Assim, a prática social
que o educando leva para a sala de aula é a aprendizagem que ele realizou fora da
escola, anteriormente sem a ajuda do professor, ou em anos anteriores de
escolaridade. É tudo o que já sabe. O segundo momento, a teoria, é um salto para
frente, realizado com a ajuda do professor. Numa linguagem figurada, o aluno, neste
passo, desaprende o que já sabia, isto é, passa do empírico, do cotidiano para a
dimensão científica do conteúdo, o que possibilita uma nova visão mais elevada
teoricamente do saber. Neste processo de passar do que sabia para o que ainda
não conhecia, dá-se, intelectualmente, um novo salto que é a reaprendizagem, onde
se unem o cotidiano e o científico em uma nova dimensão.
Em sala de aula, contudo, cabe ao professor implementar, na prática, esse desafia.
Isso ele conseguirá à medida que, segundo a teoria vigotskiana, trabalhar com os
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
alunos explicando, comunicando conhecimentos, fazendo perguntas, corrigindo e
possibilitando que os alunos dêem sua explicação, partindo da prática, indo à teoria
e retornando à prática.
Esta é uma forma eficaz de enfrentar os desafios, num mundo complexo e, ao
mesmo tempo, de iniciar, na prática, o DESAFIO DIDÁTICO: APRENDER,
DESAPRENDER, REAPRENDER, pois a ´´finalidade de nossa escola é ensinar a
repensar o pensamento, a ´des-saber´ o sabido e a duvidar de sua própria dúvida;
esta é a única maneira de começar a acreditar em alguma coisa.´´
Os conteúdos deverão ser trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando
teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência aos fundamentos teóricos
propostos, onde estes não podem ser vistos isoladamente.
A prática pedagógica será feita com a utilização de recursos tecnológicos, utilizando
o portal dia-a dia educação, como vídeos, e recursos da TV Paulo Freire.
AVALIAÇÃO
O que torna a educação possível e necessária é o foto da ´´modificabilidade humana
´´. O homem é um ser que se transforma. Não a transformação meramente exterior,
crescimento ou decadência, que é própria do vivo em geral, mas a transformação
´´interior´´, que faz dele um ser histórico. O modo de vida animal é hoje o mesmo
que há milhares de anos, o do homem se transmuda permanentemente. Há nele,
portanto, um ´´desenvolvimento interior´´, individual ou coletivamente, a vida humana
é um enriquecimento´´ em que cada momento do tempo contém mais do que havia
nos momentos anteriores.
A atividade humana é finalística, ela objetiva sempre realizar algo, agimos como
pessoas conscientes, em função da representação de alvos ou idéias que se apóiam
em valores ou, se preferir em avaliações e esses valores determinam fins, a serem
alcançados ou, pelo menos perseguidos, na tarefa educativa.
Por em prática a nova didática para a pedagogia histórico-crítica, requer uma nova
forma de planejar os conteúdos, as atividades escolares e a avaliação da disciplina.
O resultado do processo deve manifestar-se nos educandos pelas novas atitudes,
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
novas disposições que se expressarão nas intenções de como eles levarão à pratica
fora da sala de aula, pelo compromisso e pelas ações que se dispõem a executar
em seu cotidiano pondo em efetivo exercício social o novo conteúdo científico
adquirido.
A avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, priorizará a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo estudado através de
comparações com a realidade, estabelecendo relações e criando, a partir da teoria,
alternativas de soluções para a sua prática cotidiana.
Instrumentos: pesquisa, leitura, produção de texto, relatório, provas (análise, síntese,
questões objetivas e subjetivas, comentário crítico) observação e participação.
Notas semestrais na escola de 0 a 10,0 (zero a dez) sendo a nota mínima 6,0 (seis)
conforme resolução nº 3794/04 e estudos de recuperação / Reavaliação, se
necessário.
REFERÊNCIAS
BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos.
Campinas: Papirus, 1998.
CORAZZA, Sandra Mara. Manifesto por uma dida-lé-tica: Contexto e educação. Ijuí,
v.6.n.22, p.83-99, Abr./jun, 1991.
_____. Tema gerador – concepção e práticas. Ijuí: Ed. INIJUÍ, 1992.
CORTELLA, Mario Sérgio. A escola e o conhecimento – fundamentos
epistemológicos e políticos. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2001.
DANIELS, Harry. Vygotsky e a pedadogia. São Paulo: Loyola, 2003.
DUARTE, Newton. Educação Escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vigotski.
Campinas: Autores Associados, 1996.
EYNG, Ana Maria (Org.). Planejamento e gestão educacional numa perspectiva
sistêmica. Curitiba: Champagnat, 2002.
FERREIRA, Naura Syria Carapeto e AGUIAR, Márcia Ângela da S (Orgs). Gestão da
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
educação - impasses, perspectivas e compromissos. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FLESHNER, E. A. Psicologia da aprendizagem e da aplicação de alguns conceitos
de física. IN.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.ed.
Campinas: Autores Associados, 2005.
LEONTIEV, Aléxis et al. Psicologia e pedagogia – bases psicológicas da
aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Centauri, 2003.
LURIA, LEONTIEV, VIGOTSKI e outros Psicologia e pedagogia II – investigações
experimentais sobre problemas didáticos específicos. Lisboa, Ed. Estampa, 1977.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita – repensar a reforma, reformar o pensamento. 8
ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
______. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9.ed. São Paulo:
Cortez; Brasília, DF: Unesco, 2004.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 32.ed. Campinas: atores associados,
1999.
VIGOTSKI, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
TRABALHO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Série Número de aulas semanais2ª 23ª 2
APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA
A educação Infantil (EI) vem sendo consolidando em nosso país no cotidiano das
instituições, como prática social a partir do final dos anos 70 e início dos anos 80,
frente ao enfrentamento de muitas adversidades. Todo avanço nesta área de estudo
é resultado de inúmeras pesquisas e produções ligadas, às universidades que
possibilitaram a reversão de algumas concepções sobre a infância, sobre o papel da
criança na sociedade e de como torná-la, através da educação um sujeito produtivo
e ajustado às exigências desse conjunto social.
Para atender a necessidade do atual contexto histórico e as características
específicas da educação infantil, a disciplina de Fundamentos Históricos e Políticos
da Educação Infantil e Trabalho Pedagógico da Educação Infantil vem dar suporte
por meio de conhecimentos consistentes nos cursos de formação inicial com o
objetivo de formar professores conhecedores de um direito social das crianças
pequenas, já estabelecido como campo profissional.
É importante ressaltar que o papel da Educação Infantil é complementar a educação
da família e propiciar a democratização do acesso aos bens culturais, os
conhecimentos socialmente construídos, portanto as IEIs devem
constituir lugares de oportunidades não oferecidas às crianças nos outros contextos
em que ela vive.
Dessa forma a Pedagogia da Educação Infantil ou Pedagógica da Infância tem como
objeto de estudo a própria criança, seus processos de constituição como seres
humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas capacidades
intelectuais, criativas, estéticas, expressivas e emocionais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2ª ANO
1º SEMESTRE
1 - Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral da
criança de 0 a 6 anos - afetividade, corporeidade, sexualidade
Fundamentos e objetivos da disciplina.
Processo de desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos nos aspectos bio-
psico-social e afetivo. (afetividade)
2 - Interação social na Educação Infantil (adulto/criança e criança/criança).
Sentimentos marcantes na relação do aluno que afetam a sua auto-imagem: a
autonomia, a confiança em suas capacidades e decisões.
Condições afetivas que contribuem para o estabelecimento de vínculos
positivos entre o aluno e o conteúdo escolar.
Atuação do professor em sala de aula: interligação com os momentos de
afeto, educar e cuidar
3- Concepções de tempo e espaço nas instituições de Educação Infantil.
O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil (destacando a
concepção de Vigotski)
A experiência com os objetos
A experiência com as situações
Os prêmios e os castigos
A imitação
A aprendizagem por meio da criação de andaimes e a aprendizagem
compartilhada
A brincadeira: espaço de aprendizagem, de imaginação e
reinvenção da realidade
2º SEMESTRE
- 4. Relação entre família e Instituição de Educação Infantil
O trabalho da Educação nos Centros Educacionais.
A realidade dos Centros Educacionais no Brasil.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
5 . Os Métodos Pedagógicos na Educação Infantil
Tendência romântica: Froebel, Decroly e Montessori
Tendência Cognitiva: J. Piaget e Wallon.
Tendência Critica: C. Freinet.
3º Ano
1º SEMESTRE
1. As Especificidades em relação a organização e gestão do processo educativo
O trabalho pedagógico na Educação Infantil
As Políticas públicas da Educação Infantil
2. A Educação Infantil, as Novas Definições e a Legislação
Ampliação do Ensino Fundamental para o ensino para nove anos no Estado
do Paraná.
O financiamento da Educação Infantil e suas implicações para organização do
trabalho pedagógico.
Situação da Educação Infantil no Paraná.
Relações entre o Público e o Privado.
2º SEMESTRE
3. Concepção de educação, planejamento, organização curricular, gestão e
avaliação.
Currículo Básico
Proposta pedagógica
Planejamento
Avaliação
4. A educação infantil e a diversidade
Gestão democrática
A autonomia da criança
Declaração de Salamanca
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Educação Inclusiva (objetivos)
O profissional de Educação Infantil
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia utilizada nessa disciplina tem como ponto de partida a
problematização dos temas através de filmes, imagens, músicas e charges,
elementos importantes para a relação teoria com a prática social, possibilitando a
construção coletiva de novos saberes. Será proposto leitura de textos didáticos,
jornalísticos e obras literárias.
Para maior compreensão da teoria, os alunos realizarão atividades práticas de
observação e análise dos conteúdos, objetivos e matérias didáticos utilizados nas
instituições de EI. Este trabalho será realizado de forma integrada com a disciplina
de Prática de Formação: Estágio Supervisionado.
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de forma diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo
em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de
apresentação de trabalhos e mini-aulas, produção de materiais, exposições e
seminários, provas objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula
do erro, além da auto-avaliação. A recuperação de estudos também permeará o
processo, no sentido de retomar os conteúdos que não foram devidamente
apropriados.
No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.
Contudo, devido a exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de
notas ao final de cada semestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUFALO, J. M.P Creche: Lugar de criança, lugar de infância. Um estudo sobre as
práticas educativas em um CEMEI de Campinas. Campinas: FE/UNICAMP, 1997.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Dissertação (Mestrado).
CRAIDY, Carmem Maria e Kaercher, Gládis Elise P da Silva. Educação Infantil: Pra
que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
Diretrizes Curriculares da Educação Infantil
GEIS, R. M. Criar ou educar crianças? São Paulo: IPUSP, 1994.
JOBIM E SOUZA, S. Resignificando o desenvolvimento da criança a partir de uma
teoria crítica da cultura. Encontro “Criança dos 0 a 6 anos. Que perspectivas?”, Cabo
Verde, UNICEF, 1994.
MAISTRO, M A. As relações creche – famílias: um estudo de caso. Florianópolis:
CED/UFSC, 1997.
OLIVEIRA, Z de M. R. Jogos de papéis: uma perspectiva para a análise do
desenvolvimento humano. São Paulo: IPUSP, 1988.
Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade
Normal. Curitiba, 2008.
SEKKEL, M. C. Reflexões sobre a experiência com a educação infantil. São Paulo:
IPUSP, 1998.
______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução
CEB no 1, de 7 de abril de 1999. Brasília, 1999.
_____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação Básica. Resolução
CEB no 2, de 19 de abril de 1999. Brasília, 1999.
_____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação Básica. Parecer CEB
no 4, de 16 de fevereiro de 2000. Brasília, 2000.
_____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n . 9394/96, de 20 de
dezembro. Brasília, 1996.
______. Ministério da Educação e do Desporto. Educação infantil no Brasil: situação
atual. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995.
BENJAMIN, W. A criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PRÁTICA DE FORMAÇÃO
Série Número de aulas semanais1ª 52ª 53ª 54ª 5
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As práticas pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes
fragmentados nas disciplinas. É o mecanismo que garantirá um espaço e um tempo
para a realização da relação e contextualização entre saberes e os fenômenos
comuns, objetos de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específica. O
objeto de estudo e de intervenção comum é a educação. Contudo, esse fenômeno
geral será traduzido em problemas de ensino aprendizagem contemporâneos, a
partir dos pressupostos que orientam o curso e dos objetivos da formação.
A Prática de Formação nesta proposta de currículo possui a carga horária de 800
horas, atendendo a legislação vigente (Del. 010/99 do CEE). A carga horária da
Prática de Formação integra a do curso como um todo, considerando que o mesmo
configura-se como componente indispensável para a integralização do currículo. A
Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição, fruto de seu
Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores responsáveis pela
formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, da formação teórico-
prática do seu aluno. A seguir apresentamos alguns pontos de partida como
proposta inicial, os quais poderão ser redefinidos ao longo do curso.As práticas
pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes entre as disciplinas. É o
mecanismo que garantirá espaço e tempo para a realização e contextualização
entre saberes, onde o planejar, o executar e o avaliar situações de ensino e de
aprendizagem das disciplinas pedagógicas culmina com as atividades em sala de
aula nas instituições educacionais (Educação Infantil e Ensino Fundamental), de
acordo com as temáticas.
As práticas pedagógicas na 1ª série se concentram nos “Sentidos e significados do
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
trabalho do professor educador” em diferentes modalidades e dimensões. O eixo
articulador será possibilitar a observação do trabalho docente pelos alunos
estagiários na Educação Infantil.
Na verdade, todo o curso irá se desenvolver em torno dessa problemática, uma vez
que a formação dos professores irá ganhando sentido e significados ao longo do
tempo de amadurecimento dos alunos. Entretanto, como uma primeira aproximação
da realidade educativa, considera-se pertinente uma ênfase maior, já no primeiro
ano de curso, sobre o “ ofício de professor “. É preciso uma preparação teórico-
metodológica de pesquisa ao promover o contato com os Centros de Educação
Infantil e pré-escolas para que o aprendiz se aproprie das práticas educativas, pois
superar o espontaneísmo é uma das metas de uma formação de docentes
baseadas em princípios curriculares propostos pelas concepções atuais.
O conceito de trabalho e de práxis obtém maior significado quando se encaminha o
aluno para um olhar científico, tendo as diferentes ciências como instrumental.
Nessa fase se buscará o desenvolvimento de uma postura profissional diante da
educação e do trabalho do professor.
Na 2ª série, os professores irão se organizar e encaminhar as atividades junto com
os alunos em torno de: “A Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e
a educação”. Assim, é preciso aprender como operam essas desigualdades sociais
na esfera da educação.
As observações em instituições ocorrerão em creches, escolas regulares que
tenham um número significativo de alunos portadores de necessidades educacionais
especiais e em instituições especializadas tais como: APAE, instituto de deficientes
visuais, auditivos, projetos alternativos de educação popular, voltado para crianças,
adolescentes, jovens e adultos, educação indígena e educação do campo.
Na 3ª série, o problema central terá as temáticas ¨Condicionantes da infância e da
família no Brasil e os fundamentos da educação infantil¨, e ¨Artes, brinquedos,
crianças e a educação nas diferentes instituições” fundamentados pela temática da
SEED. E considerando o contexto de nossa comunidade propusemos também como
temática desta série: "O processo de aprendizagem da criança numa perspectiva
histórico-social", cabendo aos professores desenvolver atividades como produção
de pesquisas, observações em instituições, estudo das concepções de infância, de
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
família, de educação na sociedade.
A reflexão deve construir objetos de estudos relacionados a essas problemáticas,
passando pela História da criança e da família em relação à escola. É necessário
analisar e recuperar a história das brincadeiras, das artes, das músicas infantis,das
danças,do teatro,e pensar sobre suas funções para o desenvolvimento infantil, pois
brincar é coisa séria. Foco: Pré-Escola, 1ª e 2ª etapas do 1º segmento do Ensino
Fundamental.
Finalmente, na 4ª série, é oportuno enfatizar experiências concretas através das
temáticas “A ação docente e as práticas pedagógicas”, garantindo a possibilidade do
aluno vivenciar e desenvolver de fato a práxis profissional, articulando teoria e
prática. Dessa forma, o estágio supervisionado deverá possibilitar ao aluno a
elaboração de materiais didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o
desenvolvimento de técnicas de ensino adequadas. Os aprendizes deverão nessa
fase ter mais autonomia intelectual e didática na condução das tarefas educativas,
bem como dominar os conhecimentos gerais e específicos nas atividades com as
crianças de 0 a 10 anos de idade, nos espaços institucionais, nas creches e nas
escolas. É importante ainda encontrar espaços para pensar a prática na Educação
de Jovens e Adultos, nos processos de inclusão dos portadores de necessidades
especiais, na educação indígena e na educação do campo. A importância da
seleção e a elaboração de materiais didáticos , bem como a pesquisa exaustiva em
torno dos livros didáticos, das propostas pedagógicas das escolas e dos professores
em cada fase são imprescindíveis. Foco: 3ª e 4ª séries do 1º segmento do Ensino
Fundamental.
O estágio supervisionado é parte integrante do processo formativo, contribuindo para
que os estudantes possam atuar nas instituições de Educação Infantil e Ensino
Fundamental – 1º segmento e possibilitando a transição da vida estudantil à prática
profissional, transformando as atividades do cotidiano em fazeres educativos,
formativos e intencionais. Visa também, integrar elementos teóricos e práticos da
ação docente, considerando o significado pessoal e social dessa experiência,
agregando valores, conhecimentos e outros saberes à sua formação.
TEMÁTICAS DO ESTÁGIO
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1º - Sentidos e significados do trabalho do professor educador.
2º - A pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação.
3º - Condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos da Educação
Infantil; Artes, brinquedos, crianças e a educação nas diferentes instituições. O
processo de conhecimento e aprendizagem da criança numa perspectiva histórico-
cultural.
4º - Ação docente e práticas pedagógicas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Por meio do conteúdo das diferentes áreas de ensino é que se procura oferecer
condições para que os alunos desenvolvam suas capacidades, o pensamento
autônomo, a construção da própria identidade e a consciência crítica para que
possam compreender e participar ativamente da vida social.
Opta-se por uma ação pedagógica que possibilita ao aluno entrar em contato com
suas idéias e hipóteses acerca dos fenômenos estudados para que estabeleça
relações entre os saberes que já possuía e os novos conhecimentos que virá a
construir, criando assim uma rede de significados consistentes. Acredita-se em um
processo de trabalho que enfatiza a curiosidade, o questionamento e a reflexão.
Em todas as disciplinas busca-se:
- desenvolver no aluno a capacidade de adquirir os conhecimentos já elaborados
pela cultura e pela ciência (ter condições para acessar, selecionar e organizar
conhecimentos);
- estimular a capacidade de produzir aprendizagens a partir de aproximações de
diferentes áreas do conhecimento;
• desenvolver a autonomia em relação à produção e aquisição de
conhecimentos a partir do exercício sistemático de meta-cognição, levando o
aluno “ aprender a aprender.“
Alguns procedimentos:
• Estudo sobre a prática educativa / reflexiva.
• Observação.
• Relato de experiências.
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
- Levantamento de questões.
• Debates e discussões em grupo.
Relatórios.
Entrevistas.
Palestras.
• Resenhas.
Mini-aulas.
Registro das atividades realizadas, para sistematização em “Memorial”.
A carga horária do Estágio Curricular Supervisionado é de 200 horas/ano, nas
quais as citadas temáticas são trabalhadas. Das referidas horas, 50% são
trabalhadas de forma presencial e 50% em atividades de “campo”: Pesquisas,
seminários, relatórios, entrevistas, preparação de oficinas, entre outras.
AVALIAÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado é considerado uma disciplina integradora,
fazendo a articulação entre as disciplinas específicas da Parte Diversificada entre si
e com as disciplinas da Base Nacional Comum.
Dentro das suas características especiais, o Estágio Supervisionado irá efetivar a
inserção de alunos e professores na realidade educacional de Educação Infantil e
séries iniciais do Ensino Fundamental, dando preferência a Escola Pública e fazendo
com que as experiências retomem o núcleo de reflexão teórica das outras
disciplinas, abrangendo a observação e análise de diferentes tipos e formas de
educação escolar, até o assumir de projetos específicos, encargos docentes e outras
formas de atuação pedagógica na instituição escolar.
O Estágio Supervisionado funciona como ponto de contato entre a Escola Normal de
Ensino Médio e a Escola de Ensino Fundamental de modo a permitir que a
observação e análise do trabalho pedagógico dessas instituições possa reverter em
aprimoramento dessa prática e aprofundamento das questões ligadas aos conteúdos
do Curso Normal. A reflexão sobre o trabalho pedagógico, sua análise e
interpretação constroem a teoria, que retorna à prática para esclarecê-la e
aperfeiçoá-la.
Portanto, a avaliação do Estágio Supervisionado é concebida como um processo
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse sentido a avaliação
está presente em todas as fases do planejamento e da execução do currículo, como
elemento essencial para análise do desempenho tanto do aluno quanto da escola.
A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o grupo
envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis, como também
busca, criticamente, alternativas para a modificação de sua prática, na tentativa de
superar os problemas encontrados.
A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se considera que
as decisões serão tomadas pelos participantes envolvidos em todos os níveis, ou
seja, desde o nível da aprendizagem do aluno, em relação as diversas disciplinas,
até a avaliação do currículo como um todo.
As decisões tomadas pelos participantes quanto ao processo de acompanhamento e
avaliação estarão registradas nos projetos específicos de cada série conforme
temáticas propostas, anulando a caracterização de atividade terminal do curso para
constituir-se num projeto coletivo onde a participação dos professores do curso
torna-se imprescindível, já que a prática pedagógica deve ser entendida numa visão
de totalidade.
O Estágio Curricular Supervisionado será avaliado de forma descritiva, acumulando-
se dados sobre a aprendizagem do aluno ao longo do processo educativo, com nota
que expresse o processo de crescimento do aluno em direção a sua
profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por parte do professor
que deverá remeter-se sempre aos objetivos eleitos no planejamento, tendo uma
função diagnóstica do processo de ensino e de aprendizagem. 20% da nota do
Estágio Curricular Supervisionado será atribuída por desempenho curricular (média
das disciplinas).
Desta forma, a avaliação deve:
• funcionar como um processo, pois cada instrumento de medida utilizado está
referenciado a um sistema mais amplo;
• possibilitar uma nova tomada de decisão, que não deve ser estática e
classificatória;
• julgar quanto o aluno assimilou do conteúdo trabalhado e quanto incorporou
das habilidades previstas para serem desenvolvidas e/ou vivenciadas;
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• refletir não apenas um lado do processo, mas suas limitações, o progresso,
verificando a aprendizagem a partir dos mínimos necessários que devem ser
apreendidos pelo aluno (mínimo necessário de aprendizagem em todas as condutas
que são indispensáveis para se viver e se exercer a cidadania), bem como a
capacidade de deter informações, estudar, pensar, refletir e dirigir as ações com
adequação e saber;
- avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz
do processo constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da
comunidade escolar, das diretrizes curriculares nacionais de educação básica e das
regras da convivência democrática;
• programar o estágio como processo coletivo;
- organizar os relatórios em grupo e individual;
- refletir sobre o trabalho realizado e o desempenho do estagiário;
Também será avaliado:
• assiduidade;
• pontualidade;
• responsabilidade;
- iniciativa;
- participação e envolvimento;
- ética profissional;
- relacionamento;
- organização;
• adequação teórica-prática.
A avaliação final será por meio do “Memorial” no qual se apresenta, de forma
sistemática, as atividades desenvolvidas no decorrer do Estágio. O Memorial é
trabalhado pelos professores desde o início do ano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Colégio Estadual Marcílio Dias – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CUNHA, Luis Antonio. Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1988.
FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa
educacional. In: FAZENDA, I. Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo:
Cortez, 2001.
_______. Educação e crise no trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis:
Vozes, 1998.
PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos
Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.
_______. Proposta para o Estágio Supervisionado - Projeto de avaliação da
proposta curricular da habilitação magistério. Curitiba, 1989.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. Curitiba, 2006
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e
prática? São Paulo: Cortez, 1994.
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.
Campinas-SP: Autores Associados, 1980
_______. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 2ª ed.São Paulo:
Cortez, 1991.
_______. Escola e Democracia. Campinas – SP: Autores Associados, 1992.