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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 17.fev.2015 N.645 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Programas para a formação no compromisso Por que é a desigualdade um problema? AGENDA “Ego. Las trampas del juego capitalista” Marijuana: nada terapêutica e “normalização” anormal Quem se lembra da classe média? A reputação das organizações Fundação Bissaya Barreto, 10 de março de 2015 Formação de Líderes em 2020: o futuro começa agora O caso “Fisipe” contado na primeira pessoa Índia: uma experiência única para o 14.º Executive MBA Confiança: a palavra chave para uma boa reputação nos negócios Aumentar a Eficácia para obter Mais Valor Lisboa, 24 e 25 de março de 2015 Lançamento de uma Startup tecnológica Lisboa, 26 de fevereiro de 2015 Shaping Statistical Intuition Lisboa, 9 de março de 2015 Média “Goto-san”, entre outros… Curso "A Alegria do Evangelho" | A Crise do Compromisso Comunitário Lisboa, 27 de fevereiro de 2015 Boletim da Capelania 2 x 14-2 (1930/1944) Passaporte Exportações Lisboa, 18 de fevereiro de 2015 AESE nomeada para os Prémios Human Resources 2014 Concurso de casos AESE/FAE/Fundação EDP

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NOTÍCIAS

17.fev.2015 N.645

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Programas para a formação no compromisso

Por que é a desigualdade um problema?

AGENDA

“Ego. Las trampas del juego capitalista”

Marijuana: nada terapêutica e “normalização” anormal

Quem se lembra da classe média?

A reputação das organizações Fundação Bissaya Barreto, 10 de março de 2015

Formação de Líderes em 2020: o futuro começa agora

O caso “Fisipe” contado na primeira pessoa

Índia: uma experiência única para o 14.º Executive MBA

Confiança: a palavra chave para uma boa reputação nos negócios

Aumentar a Eficácia para obter Mais Valor Lisboa, 24 e 25 de março de 2015

Lançamento de uma Startup tecnológica Lisboa, 26 de fevereiro de 2015

Shaping Statistical Intuition Lisboa, 9 de março de 2015

Média

“Goto-san”, entre outros…

Curso "A Alegria do Evangelho" | A Crise do Compromisso Comunitário Lisboa, 27 de fevereiro de 2015

Boletim da

Capelania

2 x 14-2 (1930/1944)

Passaporte

Exportações Lisboa, 18 de fevereiro de 2015

AESE nomeada para os Prémios Human Resources 2014

Concurso de casos AESE/FAE/Fundação EDP

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2 CAESE fevereiro 2015

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Formação de Líderes em 2020: o futuro começa agora

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Barcelona recebeu de 29 a 30 de janeiro, o encontro internacional de Deans das Business Shools internacionais, membros da EFMD - European Foundation for Management Development. Maria de Fátima Carioca participou neste encontro pela primeira vez, na qualidade de Dean da AESE, integrando o conjunto de 400 participantes de 60 nacionalidades diversas. Depois de uma reflexão preliminar sobre a Responsabilidade Global das escolas de negócios e os objetivos que a EFMD visa atingir com as acreditações que atribui, seguiu-se um conjunto de painéis que incidiram sobre “Business Education 2020: Where Deans and Diretors General See the Future?”, as tendências do ensino superior e da Formação de Executivos. Sobre esta matéria desenhou-se um

mapa sobre as ações empreendidas em diferentes partes do globo, de acordo com a presente situação mundial. Qual o papel que as business schools podem desempenhar no contexto de mudança, quais as expectativas das autoridades relativamente a essa missão das entidades forma-tivas foram algumas das questões colocadas a debate. Seguiu-se uma abordagem sobre “Reverse Globalization – a business perspective”, em que se desenharam possíveis rumos de colaboração entre as empresas e a formação internacional, visando a evolução da forma de pensar, da gestão da marca e da abordagem a novos mercados. A parceria entre as Escolas de Negócios para trabalhos de investigação internacional foi um

29 e 30 de janeiro de 2015 AESE no encontro internacional de Deans do EFMD

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tópico de discussão lançado aos presentes, com o fito de gerar um espírito colaborante de promoção da inovação e do desenvolvimento das capacidades. Também a gestão de talento dos Deans foi motivo de atenção por parte da organização, que procurou ajudar os responsáveis a pensar no seu próprio futuro e na construção da sua carreira. Houve ainda tempo para se dialogar sobre o que se espera dos Professores, na relação entre o conhecimento e o mundo da gestão, assim como deve ser entendida a gestão do risco nas Business Schools. Para mais informações

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Índia: uma experiência única para o 14.º Executive MBA

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Índia, 17 a 26 de janeiro de 2015

O 14.º Executive MBA partiu à descoberta da Índia, para conhecer a forma de fazer negócios num mercado tão paradigmático no cenário global. A Semana intensiva realizou-se de 17 a 26 de janeiro de 2015. Das sessões no IIMA - Indian Institute of Management de Ahme-dabad e das visitas às empresas de referência internacional, os parti-cipantes contam o que mais os marcou nesta semana intensiva. “A semana internacional na Índia foi na minha opinião extremamente enriquecedora a vários níveis”, diz André Coutinho, Administrador da LCG. “Do ponto de vista aca-démico, pelos conteúdos e contacto com os excelentes professores locais, na dimensão cultural, pela riqueza duma cultura e forma de estar na vida e nos negócios única

e inspiradora e, não menos relevante, por permitir ao Grupo do 14º Executive MBA um aprofundamento das relações de amizade intra e extra dos grupos de trabalho pré-definidos.” Ana Luísa de Sousa Silva explica: “após uma viagem de, aproxima-damente, 10 horas de voo, com paragem pelo Dubai, aterrámos no aeroporto de Vallabhbhai, em Ahmedabad. Eram evidentes o entusiasmo e a expectativa elevada, por parte de todos nós. A experiência foi excecional, a todos os níveis. Academicamente, destaco a qualidade e utilidade dos conteúdos das aulas, o profis-sionalismo e qualidade dos profes-sores e a interação com a realidade empresarial indiana, destacando a visita à empresa MOTIF. A rece- ção e o apoio ao longo da nossa

Semana internacional intensiva

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Prof. José Miguel Pinto dos Santos (AESE), Prof. Eugénio Viassa Monteiro (AESE), Prof. Meenakshi Sharma (IIMA) e Prof. B H Jajoo (IIMA)

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estadia, por parte de todos os ele- mentos do IIMA, foi excecional, evidenciando o esforço para nos proporcionarem uma experiência única. Mesmo com a intensidade do programa académico, a nossa cu-riosidade e interesse por conhecer e sentir um pouco a cultura indiana, levou-nos a incursões pela cidade, em viagens alucinantes de tuc-tuc (uma moto coberta que transporta até três passageiros, mas... estra-tegicamente arrumados, é possível transportar até 5), em hora de ponta. Visitámos templos, a Old City e não faltou o mercado tradi-cional, numa incursão pelos aro-mas, cores, música, únicos daquela cultura. Os olhares curiosos dos transeuntes eram constantes, mas a simpatia também, sempre dispo-níveis para posar para mais uma fotografia. Esta viagem permitiu, num contexto descontraído e de proximidade, uma interação e partilha entre to- dos os elementos do grupo, intensi-

ficando-se laços e criando-se ou-tros ainda. O resultado final desta experiência foi muito superior às nossas expectativas, tanto pessoal-

mente, como para o grupo.” O programa retomou as sessões em Lisboa, no dia 30 de janeiro.

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A sessão no Porto com o Prof. Luis Manuel Calleja, sob o título “Negócio, delegação e reputação”, esteve ao nível a que nos tem habituado. Olhando para a empresa do Sr. Warren Buffet, com uma perspetiva de topo e integradora, o orador conseguiu retirar uma série de lições úteis para as pequenas, médias e grandes empresas que realizam as suas operações num mercado global. Fê-lo seguindo o método do caso, já conhecido do grupo significativo de Alumni presentes na sessão. Durante o encontro, o professor referiu que as empresas comerciais só crescem se houver pessoas em quem se possa delegar. E algumas atividades só são negócios, se os clientes e os fornecedores tiverem uma grande confiança nos gestores. É a boa reputação da

empresa que viabiliza o negócio, especialmente nos mercados inter-nacionais, na medida em que assim como existe uma economia global, não existe um "direito global", pelo que cai sobre a reputação muito do peso da sustentabilidade. O segredo está em alinhar o negócio, a delegação organizacio-nal e a reputação.

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Confiança: a palavra chave para uma boa reputação nos negócios

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Porto, 14 de janeiro de 2015

Sessão de Continuidade com o Prof. Luis Manuel Calleja

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O caso “Fisipe” contado na primeira pessoa

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Barreiro, 22 de janeiro de 2015

A AESE e a Baía do Tejo orga-nizaram um evento conjunto, no dia 22 de janeiro, com o objetivo de promover a aprendizagem de boas práticas de gestão, através da discussão do caso “Fisipe”, um exemplo nacional e geograficamen-te próximo das empresas e indús-trias do Barreiro. Hoje, pertencente ao grupo austría-co, SGL, a FISIPE conseguiu, num período de 5 anos, transformar-se de uma empresa à beira da falên-cia, numa fábrica de alta tecnolo-gia, desenvolvida no nosso País, por técnicos portugueses, e que as empresas do grupo adquirente ain-da não tinham conseguido conce-ber. Gustavo Gaia, do Departamento de Qualidade, Ambiente e Segurança da Baía do Tejo, que participou nesta sessão, comentou que, “co-

mo Engenheiro de profissão e pelo facto de ter uma pós-graduação em gestão de empresas, tenho um gosto especial pela componente de Gestão Empresarial. Por este facto, achei extremamente importante e gratificante ouvir o caso Fisipe contado pelos próprios Administra-dores (Engenheiros) envolvidos. Este caso Fisipe serviu para perceber a história da empresa, em que segmento de mercado opera, que produtos produz, quais as estratégias desenvolvidas ao longo da sua história, os respetivos pontos negativos e positivos que foram tidos em consideração nas sucessivas tomadas de decisão, a análise económica e financeira da empresa, e a sua situação atual.” “Achei muito interessante”, refere Dora Rego, Diretora de Recursos Humanos e Assessora Jurídica da

Um evento fora de portas

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mesma instituição. “Não só o caso de estudo escolhido, principalmen-te, porque não conhecia a história e a evolução da Fisipe, como o método de estudo desenvolvido pela AESE a partir de um caso real. Esta “aula” foi tão mais interessante quanto pôde contar com os teste-munhos, vivos e ao vivo, dos au-tores deste caso (os responsáveis da Fisipe durante o período retratado). Outro aspeto interessante foi o conhecimento que travei com o conceito de MBO – Management by Out. Não sendo a gestão a minha área académico-profissional, existe sem-pre uma componente muito forte da gestão dos recursos humanos na gestão de qualquer organização, pelo que, também nesta perspetiva, tive acesso a um conhecimento muito interessante.” Maria do Rosário Sentieiro, Asses-sora da Administração, acrescentou ainda: “a sessão da AESE minis-

trada pelo Prof. Lynce de Faria sobre o caso “Fisipe”, revelou-se de grande interesse e utilidade para os quadros da nossa empresa (Baía do Tejo) e para os clientes que se encontram sedeados no nosso Parque Empresarial. A escolha do Caso Fisipe foi pertinente, não só pela atualidade do tema (gestão de sucesso a partir de um MBO de alto Risco), como pelo facto de a AESE ter podido deslocar-se ao concelho que foi o

berço de um universo empresarial de referência no Barreiro, caso da CUF. A sessão decorreu em ambiente informal, o que se revelou estimu-lante para a participação dos pre-sentes na sessão, tendo a mesma sido acompanhada de suporte do-cumental e multimédia, o que tam-bém veio auxiliar a transmissão de conteúdos e o envolvimento dos participantes.”

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João Dotti (à direita), protagonista central do caso Fisipe

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9 CAESE fevereiro 2015

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AESE nomeada para os Prémios Human Resources 2014

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A AESE foi nomeada pela Human Resources Portugal para o prémio HUMAN RESOURCES 2014, na categoria de Estabelecimento de Ensino - Qual o estabelecimento de ensino que apresenta melhores ações de formação sobre Gestão de Pessoas? Para votar na sua escola de eleição, poderá fazê-lo, até ao dia 20 de março, clicando aqui. Os Prémios serão entregues em maio, em data e local ainda a anunciar.

Até ao dia 20 de março de 2015

Participe votando na AESE e nos seus colegas Alumni candidatos à distinção

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10 CAESE fevereiro 2015

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Concurso de casos AESE/FAE/Fundação EDP

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Mais uma vez, o Fórum de Administradores de Empresa (FAE) promove um Concurso de casos, com o apoio da Fundação EDP. A AESE desafia os Alumni do Executive MBA a concorrerem. Esta será uma oportunidade dos antigos alunos regressarem à AESE e escreverem, sob a orien-tação de um professor da escola, um caso de uma empresa ou instituição que reflita uma situação paradigmática de tomada de deci-sões do ponto de vista da Direção de empresas. Este Prémio distingue, anualmente, os melhores casos de gestão, nas áreas de Marketing, Finanças, Estratégia, Operações e Fator Hu-mano. Os relatos incidem sobre empresas portuguesas e estrangei-ras presentes em Portugal que possam ser um modelo de cres-

cimento e/ou inovação. Os Casos a concurso deverão evidenciar um desafio de gestão de uma socie-dade ou grupo de sociedades, tendo como foco a criação de valor e sustentabilidade para a organi-zação. Prémios • O Júri da AESE (Prof. Adrián Caldart, Prof. Manuel Dias Ferreira e Prof. Ramiro Martins) selecionarão os melhores casos a concurso. A submissão de casos na AESE é até ao dia 10 de abril. • O Júri FAE selecionará os casos, cujos autores receberão um prémio no valor de 3.000,00 €. • O terceiro Júri entregará o PRÉMIO FAE/Fundação EDP aos redatores do caso vencedor, no valor de 10.000,00 €, não acu-mulável com o prémio referido no ponto anterior.

Para mais informações, contacte: Ramiro Martins [email protected] Para mais informações, contacte: Ramiro Martins

Participe até 10 de abril de 2015

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AGENDA

11 CAESE fevereiro 2015

Sessão de continuidade

Sessão de continuidade A reputação das organizações Coimbra, 10 de março de 2015 Saiba mais >

Sessões de continuidade

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Eventos Curso "A Alegria do Evangelho" | A Crise do Compromisso Comunitário Lisboa, 27 de fevereiro de 2015 Saiba mais >

Sessão de Continuidade Exportações Lisboa, 18 de fevereiro de 2015 Saiba mais >

Sessão de Continuidade Lançamento de uma Startup tecnológica Lisboa, 26 de fevereiro de 2015 Saiba mais >

Eventos

Seminários

Seminário Shaping Statistical Intuition Lisboa, 9 de março de 2015 Saiba mais >

Seminário Aumentar a Eficácia para obter Mais Valor Lisboa, 24 e 25 de março de 2015 Saiba mais >

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni. Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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12 CAESE fevereiro 2015

Carlos Lacerda (30.º PADE) é o atual Diretor geral da SAP Portugal. . Luís Roberto (31.º PADE) é o novo Presidente da Fundação BP. .

Ana Tapia (19.º PDE) é agora Manager na Thomas Portugal. Daniel Carmo (11.º Executive MBA) é o Application Support Specialist na Camelot (Dublin, Irlanda). .

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Desculpe-se este arrevesado título, que não é o que parece. Que é então? Apenas a fórmula algébrica dos dois dias 14 de fevereiro de 1930 e de 1944. No dia 2 de outubro de 1928, São Josemaria Escrivá de Balaguer recebeu de Deus a luz fundacional sobre uma nova instituição eclesial que, recordando os primeiros cristãos e antecipando o Concílio Vaticano II, a todos veio recordar que o trabalho é um meio de santificação pessoal e de evange-lização. Contudo, ao princípio, o fundador pensou que o Opus Dei era só para homens leigos, talvez porque na altura eram os principais protagonistas do mundo laboral, cuja transcendência espiritual e apostólica esta obra de Deus vinha, precisamente, recordar. Mas duas

novas luzes fundacionais, ambas a 14 de fevereiro, viriam a esclarecer essa primeira graça. Em 1930, tinha o Opus Dei pouco mais de dois anos de existência, o seu santo fundador viu, ao celebrar a Missa, que a instituição que, por vontade de Deus, fundara, também se destinava às mulheres, igual-mente chamadas à santificação do seu trabalho profissional e das suas ocupações familiares. Nascia assim o apostolado feminino do Opus Dei. Mais de uma década depois, em 1944, também a 14 de fevereiro, completa-se, com a Sociedade Sa-cerdotal da Santa Cruz, o edifício institucional. Desde então, esta obra de Deus não só conta com um clero próprio, que constitui o pres-bitério da prelatura, mas também com outros padres seculares, que

13 CAESE fevereiro 2015

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2 x 14-2 (1930/1944)

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Boletim da Capelania

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procuram a santidade através do seu ministério pastoral, em estrita união com o seu Bispo e o respetivo presbitério diocesano. Em ano mariano da família, peçamos ao Sagrado Coração de Jesus pela santidade dos sacerdotes de todo o mundo e ao Imaculado Coração de Maria pelo apostolado de todas as mulheres cristãs. Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada, Capelão da AESE

14 CAESE fevereiro 2015

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Goto Kenji (1967-2015) era um jornalista japonês que procurava retratar o lado humano dos eventos que cobria, que transmitia as alegrias e sofrimentos das pessoas que encontrava nas situações difí-ceis de guerra e de exploração que se especializara em reportar. Era compassivo e amante da justiça. Tinha-se convertido ao Cristianismo aos 30 anos. No ano passado tinha ido, pela segunda vez, para a Síria, ajudar um amigo. Foi morto no passado sábado. Deixa para trás a mulher Rinko, e dois filhos, um de dois anos e outro de quatro meses. Que a sua alma descanse em paz. Nos dias que precederam a sua morte, Goto-san dominou por completo a atenção dos média e das redes sociais no Japão. Mais do que as últimas notícias do que estaria a acontecer nas chan-celarias diplomáticas ou nos

desertos selvagens da Síria, o que chamava a atenção era a dis-cussão por políticos e comenta-dores políticos, jornalistas e soció-logos, celebridades do show-biz e cidadãos comuns, da respon-sabilidade do estado japonês em resgatá-lo e de trazê-lo de volta são e salvo. Subjacente, e frequente-mente tornada explícita, estava uma questão filosófica funda-mental: qual é a responsabilidade que o estado tem em proteger um seu cidadão? Até onde deve ir e o que deve cobrir? Só desastres naturais e acidentes sociais? Convulsões e reconver-sões económicas? Ou também ris-cos tomados pessoal e livremente? E os comportamentos irresponsá-veis? Como compaginar a liberdade pessoal com a solidariedade social?

15 CAESE fevereiro 2015

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Goto-san

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In Público, 4 de fevereiro de 2015

AESE nos Media

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Tradicionalmente, a sociedade japonesa é extremamente protetora dos seus membros. No entanto, na discussão mediática sobre a situação de Goto-san, notava-se uma quase unanimidade: à solida-riedade e proteção coletiva, deve estar associada a responsabilidade individual. Goto-san foi para onde foi porque quis e sabendo os riscos que corria; assim devia arcar sozinho com as consequências dos seus atos sem esperar outro apoio do seu país que a simpatia dos seus concidadãos. Maioritária era também a opinião dizendo ser uma vergonha o governo gastar tanto tempo e recursos a ajudar uma pessoa que tinha, por sua própria conta e contra os avisos desse governo, ido para uma terra de doidos varridos. Mas quem expres-sou com maior crueza a visão sociologicamente mais tradicional, foi a mediática Dewi-fujin, uma avozinha de 75 anos, conhecida por não ter papas na língua. Disse ela: “se pudesse falar com Goto- -san dir-lhe-ia jiketsu.”

Nota: significados de jiketsu: 1. autodeterminação; 2. autoimolação. Prof. José Miguel Pinto dos Santos In Público, 4 de fevereiro de 2015

16 CAESE fevereiro 2015

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Grécia tenta acordo e rejeita extensão do resgate da 'troika' in ETV – Conselho Consultivo, 11.2.2015 Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado 00:10:34 – 00:14:17 00:18:50 – 00:20:37 Carlos Lacerda à frente da SAP Portugal Jornal Negócios /Semana Informática de 11.2.2015 Eles vendem Portugal em África Sábado, 7.2.2015 Mobilidade Social Expresso /Economia de 7.2.2015 Agenda i, 07.02.2015 Mercado da Energia em Portugal - Pt.1 in ETV – Comissão Executiva, 6.2.2015 Intervenções do Prof. Pedro Leão 00:07:18 – 00:10:05 00:15:37 – 00:20:16 Pt.2 00:04:21 – 00:06:39 00:14:08 – 00:16:24

AESE nos Media

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De 31 de janeiro a 13 de fevereiro de 2015

17 CAESE fevereiro 2015

Comentário Nuno Campilho: "O preço justo da água" AmbienteOnline de 5.2.2015 Opinião Paulo Preto dos Santos: "As renováveis dependentes de São Pedro" AmbienteOnline, 5.2.2015 Goto-san Público de 4.2.2015 Crise em Angola e políticos alemães opinam sobre a Grécia in ETV – Conselho Consultivo, 4.2.2015 Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado 00:06:21 – 00:08:08 00:14:55 – 00:17:08 00:21:06 – 00:21:42 00:22:40 – 00:24:12 "A entrega de um serviço tem de estar treinada e robusta" Jornal Negócios, 3.2.2015

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PANORAMA

Programas para a formação no compromisso O relatório “Facilitating forever” (Facilitar o “para sempre”) do National Marriage Project propõe “um plano realista para ajudar os casais a formar e sustentar relações positivas e casamentos duradouros”. Para isso, avalia algumas iniciativas relacionadas com a formação de namoro e casamento que foram levadas a cabo nos Estados Unidos, nos últimos anos. A instabilidade familiar tem-se estendido muito nos Estados Unidos. Segundo estatísticas ofi-ciais, nas três últimas décadas, os nascimentos extramatrimoniais subiram de 18% (1980), para 40,7% (2011). A percentagem de crianças que vivem com os seus

dois pais casados baixou de 70%, para 59%. A tendência é mais marcada na população negra, na qual 55% dos menores de idade se encontram em lares mono-parentais, quase sempre com a mãe. Para as crianças negras, viver com os seus dois pais casados é um privilégio só alcan-çado por 29%. Há muita literatura científica que vincula este tipo de situações com maiores riscos para as crianças: maus resultados académicos, po-breza, consumo de drogas. Daí que tenham surgido iniciativas para fortalecer o compromisso e a estabilidade dos casais. Nem toda a gente as louva. Uma crítica à

formação dada por estes progra-mas é que frequentemente apre-sentam o casamento como uma panaceia, quando, em muitos casos, os candidatos arrastam problemas pessoais que desacon-selham formar uma família, pois o risco de rutura seria grande. Esta é uma das conclusões de “The Greyhound Archipelago”, uma re-portagem publicada em “National Review” (1.10.2012). O autor, Michael Potemra, conclui que os cursos matrimoniais não podem corrigir toda uma história de “cora-ções partidos e decisões infeli-zes”, referindo-se à bagagem (abusos, consumo de drogas) que muitas pessoas entre as classes mais desfavorecidas acumulam antes de se casarem.

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Igualmente o relatório “The Long- -Term Effects of Building Strong Families: A Relationship Skills Education Program for Unmarried Parents” (novembro 2012) sobre o pouco sucesso de um programa chamado “Building Strong Fami-lies” entre pais não casados, sali-enta: “As mudanças de comporta-mento exigidas para melhorar a relação de um casal implicam um grande esforço pessoal. Os pais pouco comprometidos na sua relação, ou que não confiam no compromisso do seu parceiro, são mais relutantes a enfrentar este esforço”.

Alguns especialistas defendem que, mais do que uma questão de feridas pessoais, existe no fundo uma certa aversão cultural ao casamento, especialmente nal-guns grupos sociais. Amy Wax, professora de Direito na Univer-sidade da Pensilvânia, defendeu num livro (“Race, Wrongs and Remedies”, Hoover Studies in Politics, Economics, and Society, 2008) e em vários artigos, a tese de que a minoria negra desen-volveu uma cultura hostil à família que está no fundo de muitos dos seus problemas económicos e sociais. Além disso, salienta, foi construído um argumento politica-

mente correto – a pretexto da “compaixão” para com esta minoria racial – segundo o qual, a instabilidade familiar entre os negros é “culpa do sistema”. No entanto, afirma, o sucesso de um casamento tem a ver, em grande parte, com as opções pessoais dos envolvidos. Os cursos de formação para o compromisso (para jovens, casais que estão a pensar em casar, ou casais já estabelecidos) surgem precisamente para enfrentar este problema.

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Os autores do relatório “Fa-cilitating forever” avaliaram di-versos programas. Em geral, os resultados foram positivos, espe-cialmente nos cursos dirigidos a jovens estudantes e a casamentos estabelecidos, e menos nos destinados a mães ou pais solteiros. Um problema gene-ralizado nestes últimos foi a pouca participação até ao final do curso; o que parece estar ligado ao

problema de raiz: a falta de compromisso. Pelo contrário, alguns projetos obtiveram bons resultados. O relatório destaca o caso de Oklahoma. Desde há alguns anos, o estado financiou um grande número de cursos, nos quais, no total, já participou 10% da população. Baixou a percentagem de crianças nascidas de mãe

solteira, a das que vivem num lar monoparental ou abaixo do limiar de pobreza. As chaves do su-cesso, segundo os autores, foram o compromisso com este tipo de projetos dos dois grandes partidos e o desenho de cursos especifi-camente pensados para grupos de risco.

F. R.-B.

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PANORAMA

Marijuana: nada terapêutica e “normalização” anormal Depois de ter sido permitido usar marijuana com fins terapêuticos nalguns estados norte-americanos (23, mais o distrito de Colúmbia), outros deram mais um passo. Colorado (desde o princípio de 2014) e Washington (a partir de 1 de julho do ano passado) auto-rizaram a venda para consumo por prazer, com regulamentações similares às das bebidas alcoó-licas. À medida que aumenta a tole-rância e se consome mais aber-tamente, a cannabis ganha boa fama. Um inquérito mandado fazer pelo Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA), depen-

dente do governo federal norte- -americano, constatou, em 2013, que 60% dos alunos do último ano do secundário (17-18 anos) pen-sam que a marijuana não é prejudicial. Isso é um erro, confor-me voltou a advertir o trabalho “Adverse Health Effects of Mari-juana Use” (em “The New England Journal of Medicine”, 5.6.2014) publicado por investigadores do NIDA. Os autores reveem os estudos existentes sobre os efeitos da cannabis, e concluem que estão bem documentados alguns clara-mente prejudiciais. Dificulta a coordenação motriz, o que é parti-

cularmente perigoso quando se conduz um veículo. Diminui a memória imediata, de forma que torna difícil conseguir adquirir e reter informações novas: este efei-to dura vários dias depois do consumo. Os prejuízos são mais graves para os adolescentes, provavel-mente porque nessa idade o cérebro ainda está em desenvol-vimento. Assim, a marijuana cria dependência em 9% dos consumi-dores; mas a percentagem sobe para 17% se se começou jovem (e para 50% se se tomar diaria-mente). Os que a consomem fre-quentemente na sua juventude,

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experimentam uma descida do coeficiente intelectual, que se mantém na idade adulta mesmo quando já deixaram a droga (ver “Aceprensa” de 29.8.2012, sobre um estudo – “Persistent cannabis users show neuropsychological decline from childhood to midlife” - para o qual remetem os investiga-dores do NIDA). Além disso, entre os consumi-dores de marijuana há mais frequência de insucesso escolar, pobreza, delinquência e outros males de tipo social. Mas neste caso é difícil determinar o grau de influência. Os autores advertem que os es-tudos revistos se referem, em geral, a formas de consumir mari-juana (por exemplo, fumada) que oferecem uma concentração rela-

tivamente baixa de THC, o princi-pal componente psicoativo da cannabis. Mas hoje estão a difun-dir-se preparados mais potentes, e isso é o que sucede claramente no Colorado. Passados cinco meses desde a legalização no Colorado, come-çou-se a notar o aparecimento de maus sintomas, conta o “The New York Times” (“After 5 Months of Sales, Colorado Sees the Down-side of a Legal High”, 31.5.2014). Houve duas mortes causadas sob os efeitos da marijuana. Um homem começou a delirar e matou a sua mulher; um estu-dante de 19 anos sofreu uma reação semelhante e lançou-se a partir de uma janela. Ambos tinham tomado caramelos com cannabis, que são mais

potentes e, pelos vistos, mais perigosos. Além disso, chegaram às mãos de crianças, mesmo que só pudessem ser comprados pelos maiores de idade. O Hospital Infantil do Colorado comunicou que, em 2014, chega-ram às urgências nove crianças por terem consumido marijuana, seis delas em situação grave. Por outro lado, a polícia de alguns lugares diz que aumentaram as detenções de condutores intoxi-cados com cannabis e as apre-ensões de marijuana obtida de contrabando em outros estados. E que, pelo contrário, não se reduziu o mercado ilegal da droga. Mas não passou ainda tempo sufi-ciente para comprovar esses dados, e os defensores da lega-lização alegam que são factos isolados.

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No entanto, mesmo entre os desse campo, pede-se uma regu-lamentação mais estrita da cannabis comestível. Nomeada-mente, perspetiva-se baixar o conteúdo máximo permitido de THC e endurecer as normas de etiquetagem. Segundo alguns inquéritos, um pouco mais de metade da popu-lação apoia legalizar inclusiva-mente o consumo por prazer. No entanto, entre a comunidade mé-dica prevalece a posição con-trária. Num artigo (“Problems With the Medicalization of Marijuana” publi-cado em maio de 2014 no “Journal of the American Medical Association” (“JAMA”), dois médi-cos (Samuel T. Wilkinson e Deepak Cyril D’Souza) indicam

algumas das objeções à norma-lização da marijuana que foram surgindo no meio científico. Entre outras, referem a frouxa aplicação à marijuana terapêutica dos requisitos de eficácia exigidos para os medicamentos; a difi-culdade para fixar a dose ade-quada a cada quadro clínico, devido à enorme variedade na composição dos produtos pres-critos e à escassez de ensaios clínicos. Muito menos pareceu importar que, enquanto a maioria dos medicamentos inclui um só princípio ativo, na marijuana exis-tem mais de cem cannabinoides, cujos efeitos a médio e longo prazo não estão bem estudados. Além disso, é conhecido que a marijuana está associada a maior risco de transtornos psíquicos.

Por tudo isso, os autores – que consideram a “moda” da mari-juana se dever mais à ânsia de verbas dos estados, que a uma necessidade médica – explicam que, em todo o caso, poder-se- -iam dispensar alguns componen-tes da marijuana uma vez com-provados os seus efeitos. Mas sempre que “aprovados pela FDA [a agência federal dos medica-mentos], foram produzidos de acordo com os mesmos critérios exigentes dos restantes medi-camentos, distribuídos em farmá-cias e administrados através de vias seguras e controláveis como pastilhas ou vaporizadores”. Noutro artigo, “Marijuana: science, not hype, will clear the haze”, em “Mercatornet” (20.8.2014), Mi-chelle Cretella, vice-presidente da Ordem dos Pediatras Americanos,

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sublinha a necessidade de que antes de ser aprovada a mari-juana terapêutica, se deve fazer um minucioso estudo dos riscos. Além dos assinalados no artigo do “JAMA”, menciona o poder de dependência da cannabis, que incitaria a continuar a consumir depois da necessidade médica ter desaparecido. No Colorado, um dos estados que patrocinaram a normalização da marijuana, o próprio Chefe do Departamento de Saúde Pública, Larry Wolk, reconhece numa entrevista “Colorado Tackles Medi-cal Implications of Marijuana” ao “JAMA” (14.5.2014), que, em mui-tos casos, não há justificação médica para recomendar a cannabis em quadros clínicos para os quais já existem anal-gésicos de eficácia comprovada:

“Tem a ver com as preferências do paciente”. Além disso, normalmente não é o médico quem prescreve a dose de marijuana, sendo sim o paciente a pedi-la e o médico autoriza-a ou não. Na prática – como também reconhece Wolk –, foi dada uma grande permissividade por parte dos médicos. Por outro lado, como a marijuana terapêutica está muito menos tributada do que a destinada ao consumo por prazer, e para solicitá-la só é preciso um cartão de paciente concedido com gran-de facilidade, criou-se o que é denominado de “mercado para-lelo”. Para o combater, foi propos-to permitir aos médicos a pres-crição se a julgarem necessária, e não a pedido do paciente. O

problema é que, por falta de indicações bem determinadas via ensaios clínicos, não é fácil precisar em que casos a mari-juana seria necessária. Dois relatórios da Brookings Insti-tution, analisam como se implan-tou a legalização do consumo por prazer no Colorado e no estado de Washington. Ambos coincidem em que não aconteceu o descontrolo receado pelos opositores à despenali-zação. Tanto no Colorado, como no estado de Washington, as autoridades desenharam uma regulamentação destinada a evitar na medida do possível o mercado negro. O autor (Philip A. Wallach) do relatório que se debruça sobre

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Washington (“Washington’s Mari-juana Legalization Grows Know-ledge, Not Just Pot”, 25.8.2014) destaca o esforço das autoridades para avaliar a medida “de forma desapaixonada”. Além disso, a cautela com que se concederam as licenças para vender o produto – muitas menos das que se tinham pedido – evita o des-controlo. Por outro lado, foi atri-buído a um organismo oficial, o exame periódico – até 2032 – de como decorre a implantação. No entanto, a contenção que o autor atribui às autoridades es-taduais, não as levou a ter em conta as recomendações de vá-rias associações de médicos e pediatras, nem os estudos sobre os efeitos da cannabis.

Por seu turno, o relatório sobre o Colorado (“Colorado’s Rollout of Legal Marijuana Is Succeeding”, de John Hudak, 31.7.2014), embora qualifique o processo de implantação como “um êxito”, aborda o risco dos produtores caseiros. Para a marijuana que se vende nos estabelecimentos auto-rizados existem certos controlos: identificação e acompanhamento do produto desde o cultivo até à loja; limite da quantidade que se pode comprar, para não fomentar a revenda; câmaras de vigilância em todas as lojas, etc. Todas estas cautelas não afetam a produção caseira. Daí o autor recear que surja um grande mer-cado negro, que poderia alimen-tar-se também de marijuana para uso terapêutico, fácil de obter.

Outra dificuldade para fazer cum-prir as regras tem a ver com o facto das pessoas, sobretudo os jovens e os que já consomem, estarem cada vez menos cons-cientes dos riscos da droga. Isto contrasta com as advertências de organismos oficiais. Por exemplo, segundo um relatório da Drug Abuse Warning Network (“Drug Abuse Warning Network, 2011: National Estimates of Drug- -Related Emergency Department Visits”, maio 2013), entre 2004 e 2011, subiu 69% o número de ingressos nos serviços de urgên-cias hospitalares por consumo de marijuana.

F.R.-B.

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PANORAMA

“Ego. Las trampas del juego capitalista” “Ego. Das Spiel des Lebens” Autor: Frank Schirrmacher Ariel. Barcelona (2014) 320 págs. Tradução (castelhano): Sergio Pawlowsky O último livro de Frank Schirrmacher, falecido há meses aos 54 anos, é uma denúncia con-tra os fundamentos do capitalis-mo atual. O curioso é que Schirrmacher escreve as críticas sendo codiretor do jornal “Frank-furter Allgemeine Zeitung”, meio de comunicação social tradicional-mente defensor do liberalismo económico. Fá-lo com a fluidez de jornalista e a capacidade de refle-xão de ensaísta reconhecido.

Na realidade, o livro ocupa-se de um único tema central: o libe-ralismo propõe um modelo de ser humano deficiente, arriscado e expansivo, que denominamos ho-mo oeconomicus. É um ser hu-mano que atua sempre em seu próprio proveito egoísta de ma-neira friamente racional (rational choice). “Esta visão em que cada um depende do seu próprio en-genho, manipula cinicamente ou-tras pessoas e carece ao mesmo tempo da mais pequena porção de inteligência social… é com bastante exatidão a imagem do agente do neoliberalismo” (p. 57). Schirrmacher alerta para uma certa situação de hipnose, em que todos (particularmente no Ociden-

te) estão apanhados. O perigo de pensar que as atuais regras so-ciais do capitalismo são as me-lhores possíveis ou, o que é pior, são as únicas possíveis. Inquieta- -o ver como essas decisões hu-manas se foram arrastando para a investigação física, para a biolo-gia, para a arquitetura computa-cional, para a genética, até levar- -nos a considerar que poucas regras, há não muitos anos con-sideradas por nós facilmente rejei-táveis, começam a aparecer aos olhos de sociedades inteiras como leis “naturais”. Começa a parecer “natural” e “racional” atuar uni-camente na busca do benefício próprio egoísta. Outra coisa não é racional. Ou de modo coloquial: “é de parvos”.

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26 CAESE fevereiro 2015

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O problema, tal como o vê Schirrmacher, é que a lógica do neoliberalismo se expande para todos os âmbitos e de maneiras diversas. Sobretudo para os há-bitos do pensamento. E fá-lo pela calada, mas vai-se incrustando nos processos e nas instituições de modo inexorável e cruel. Certamente que a teoria do ser humano egoísta em busca do seu benefício próprio sempre e em tudo, foi uma simplificação para criar modelos explicativos de determinados comportamentos. E, pode ser uma perspetiva útil para certas análises. Mas quando todo o ser humano e em todos os seus aspetos só pode ser considerado ou um egoísta racional ou um parvo, estamos perante uma mu-dança antropológica de uma en-vergadura imprevisível e perigosa.

Na sua denúncia, mergulha em territórios complexos, como quan-do afirma que “só quando se lê retrospetivamente, se descobre que o influente sucesso de vendas de Richard Dawkins, “O Gene Egoísta” (1976), foi nada menos do que fundamentação biológica dos mercados financeiros condu-zidos por robots e algoritmos e das sociedades correspondentes” (p. 123). E assim, noutros tantos campos… Schirrmacher adverte, perante es-tas tendências, que “temos de nos proteger dos que não só pro-clamam a desconfiança e o culto do egoísmo, como também dese-jam instalar no interior das nossas cabeças um estranho retalhista de etiquetas de preços” (p. 261).

J. A. R. S. R.

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DOCUMENTAÇÃO

Por que é a desigualdade um problema? Nunca nos últimos trinta anos a desigualdade de rendimentos foi tão grande nos países da OCDE. Não é estranho que este assunto se tenha convertido num tema central no debate político. A crescente desigualdade começa a ser encarada não só como um problema de justiça, mas também como um travão ao crescimento económico. Mas seja qual for o diagnóstico sobre a desigualdade, também existem vários remédios que são propostos. Em grandes linhas, o debate está dividido entre os que pensam ser a desigualdade um sintoma de uma série de problemas econó-micos e sociais – desde a pobreza à falta de emprego e de institui-

ções democráticas estáveis –, e os que a veem como um problema em si mesmo. Logicamente, as terapias que uns e outros propõem são diferentes. Os que afirmam ser o problema de fundo a pobreza, centram-se em medidas destinadas a criar riqueza. Mas os que consideram ser a desigualdade não menos problemática do que a escassez, advogam a redistribuição do ren-dimento, através de impostos, subsídios, prestações sociais e medidas contra a evasão fiscal. Instituições contra a escassez Para a primeira posição aponta John H. Cochrane, professor de

finanças na Escola de Negócios Booth, da Universidade de Chica-go e investigador da Hoover Insti-tution. “Que interessa haver pes-soas mais ricas do que outras, se estas também se enriquecem? O problema não seria pior se todos nós empobrecêssemos igualmen-te? Não seria mais lógico alterar as políticas e resolver os proble-mas que impedem que se ganhe mais?”, pergunta num artigo no “The Wall Street Journal” (“What the Inequality Warriors Really Want”, 20.11.2014). Tal como outros liberais clássicos, Cochrane defende que o verda-deiro problema é a escassez dos que não têm, e não a distribuição desigual da abundância. Nesta

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perspetiva, entende-se porque confia tanto no crescimento eco-nómico: se o conjunto da socie-dade progride e aumenta a riqueza média, cada vez menos gente será pobre. Como costuma dizer-se, uma maré alta levanta todos os barcos. “O objetivo deveria ser a pros-peridade”, diz Cochrane. “E os se-gredos da prosperidade são sim-ples e clássicos: direitos de pro-priedade, Estado de direito, liber-dade económica e política. Um governo limitado que propicie ins-tituições competentes. Nem a fis-calidade confiscatória, nem o am-plo controlo governamental dos rendimentos estão na lista”. Também Samuel Gregg, diretor de investigação do Acton Institute, vincula o nível de progresso de

um país à estabilidade política. “Aumentar o acesso aos benefí-cios do crescimento económico e manter a prosperidade tem menos a ver com a redistribuição da riqueza, que com o quadro institucional de um país”, escreve em “Public Discourse” (“Poverty, the Rule of Law, and Human Flourishing”, 1.12.2014). E exemplifica com as diferentes trajetórias da Austrália e da Argentina ao longo do século XX. No princípio desse século, ambos “figuravam entre os dez países mais ricos em termos de rendi-mento per capita. Hoje, um deles continua a ser próspero, política e juridicamente estável, e tem, segundo o Índice 2014 de Liber-dade Económica, a terceira eco-nomia mais livre do mundo. O ou-

tro é sinónimo de deterioração económica, corporativismo, popu-lismo e corrupção”. Para estes autores, é exagerado dizer que a desigualdade é a grande barreira na luta contra a pobreza. E insistem em que, para reduzir o fosso entre ricos e pobres, não basta centrar-se nas diferenças de rendimentos. Aquilo que na verdade pode ajudar os mais pobres a melhorarem a sua situação, é incentivar a que aca-bem os seus estudos, cresçam num ambiente familiar estável e encontrem emprego. Uma crise desigual Mas outros objetam que a desi-gualdade se converteu num em-pecilho ao crescimento económi-co. É uma das conclusões a que

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chegou um documento da OCDE, “Trends in Income Inequality and its Impact on Economic Growth”, (Cingano, F., 2014, “OECD Social, Employment and Migration Wor-king Papers”, n.º 163, OECD Publishing). Na maioria dos países da OCDE, o fosso entre ricos e pobres aumentou para o nível mais alto dos últimos 30 anos. Atualmente, os rendimentos dos 10% da população mais rica no conjunto da OCDE são 9,5 vezes supe-riores aos dos 10% mais pobres, enquanto que, nos anos 80, eram 7 vezes maiores. Também, por exemplo, em Espa-nha, a desigualdade cresceu mui-to durante a crise económica: em 2011, os 10% mais abastados ti-nham um rendimento 13,8 vezes superior ao dos 10% mais pobres,

quando, em 2007, a diferença era de 8,4 vezes. Mas a Espanha não é o único país da OCDE que se destaca pela sua inequidade em termos de rendi-mentos entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres. Pior do que a Espanha estão Chile, México, Turquia, Estados Unidos, Israel e Grã-Bretanha. Também se situam abaixo da média da OCDE – com um nível de desigualdade muito parecido com o da Espanha – Portugal, Japão, Grécia, Austrália, Itália ou França, entre outros. A distribuição e o tamanho do bolo Os efeitos deste fosso crescente entre ricos e pobres afeta não apenas a distribuição do bolo, como também o seu tamanho. Para analisar o impacto que tem a

desigualdade no crescimento eco-nómico a longo prazo, o relatório da OCDE fixa-se nos dados cor-respondentes a duas décadas (1985-2005). Diversamente do ocorrido durante a crise económica, nesse período, a Espanha conseguiu reduzir o fosso entre ricos e pobres, o que coincidiu com um aumento do seu PIB. O mesmo se passou em França e na Irlanda. Pelo contrário, este relatório esti-ma que as desigualdades no México e na Nova Zelândia se traduziram numa perda acumu-lada de 10 pontos de crescimento durante essas duas décadas; quase 9 pontos na Grã-Bretanha, Finlândia e Noruega; e de 6 a 7 pontos nos EUA, Itália e Suécia. Mas não é claro no relatório quan-to há de causalidade, quanto de

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correlação e quanto de coinci-dência no tempo. Estas estimativas levam a OCDE a concluir que “a desigualdade de rendimentos tem um impacto ne-gativo e estatisticamente signi-ficativo sobre o crescimento pos-terior”. Ora, o relatório esclarece que “não há indícios de que prejudique o crescimento o facto dos de maior rendimento [isto é, os 10% mais ricos] se separarem dos restantes”, pois “o mais im-portante é o fosso entre lares de baixos rendimentos e o resto da população”. Daí que o relatório recomende prestar atenção aos 40% da popu-lação com menos rendimentos, e não apenas aos 10% mais pobres. As políticas redistributivas são im-portantes para garantir que os

benefícios do crescimento econó-mico chegam a uma “classe mé-dia mais vulnerável”. Segundo esta análise, as políticas de redistribuição que tornam as sociedades mais justas, podem torná-las também mais ricas. Mas o importante é saber acertar para que estas medidas sejam bem centradas e sejam eficazes, e não desperdicem os recursos. A edu-cação aparece aqui como um fator decisivo, pois as desigualdades de rendimento comprometem as possibilidades de instrução das populações mais desfavorecidas. Ricos à custa dos pobres? Outros insistem em que a maior desigualdade, corresponde uma menor coesão social, o que seria avalizado pelas desordens e pela

violência que, de vez em quando, irrompem nos bairros deprimidos das sociedades ricas. Mais arraigada é a crença de que a desigualdade é um problema ligado à fiscalidade injusta. Aqui, o problema é que os ricos o são “imerecidamente”, porque “não há uma adequada perseguição aos milhões que se evadem” ou por-que “se legisla a seu favor”, com isenções fiscais e outras “figuras legais a permitir aos ricos pagar menos proporcionalmente do que o comum dos cidadãos”, assegura em “eldiario.es” (“¿Cuántos suel-dos se podrían pagar con la fortuna de las 20 personas más ricas de España?”, 4.4.2014) Ricardo Magán, responsável pela Área de Campanhas e Ativismo da Oxfam Intermón.

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Por detrás desta suspeita, está a ideia que seguramente marcou mais o debate sobre a desigual-dade: que os ricos aumentam a sua vantagem à custa dos pobres. A ideia vem de Marx e foi atualizada pelo economista fran-cês Thomas Picketty no seu livro “El capital en el siglo XXI” (Fondo de Cultura Económica de España, 2014). Segundo explica o filósofo Roger Scruton num artigo publicado em “Forbes” (“Inequality Matters”, 30.10.2014), Piketty baseia as suas teses em duas premissas: uma a priori e outra empírica. “A primeira”, sintetiza Scruton, “é a

conhecida lei segundo a qual a taxa de rendimento [r] do capital tende a superar a taxa de cres-cimento [g] da economia, porque se não fosse assim, não haveria motivos para investir”. A segunda, baseada na análise em pormenor de declarações de impostos e outros dados, é que “o crescimento dos rendimentos en-tre os assalariados nos tempos recentes foi muito menor do que o crescimento dos rendimentos dos investidores”. Daí que a famosa lei r>g seria para Picketty uma ver-dade empírica, que pinta um futu-ro com desigualdades cada vez maiores.

O capital do Estado Mas a Picketty poder-se-ia objetar que a taxa efetiva de impostos não se observa somente no que vem na declaração do rendimento. Nos EUA, por exemplo, os divi-dendos pelos quais são tributados os acionistas, provêm de lucros empresariais que já foram tributa-dos a 35%. Se se contarem todos os impostos federais e a redistri-buição às pessoas de menor ren-dimento, verifica-se que os mais ricos suportam taxas médias mais altas. Outra ideia polémica que está por detrás deste debate, é que a

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desigualdade económica acaba por se converter em desigualdade de poder. Como dizia Picketty numa entrevista a “el diario.es” (“Estamos al borde del abismo de una crisis política, económica y financiera”, 19.11.2014), “uma de-sigualdade muito forte pode levar à captura das instituições demo-cráticas por parte de uma peque-na elite que não vai necessaria-mente investir na sociedade a pensar no conjunto da população”. O remédio proposto por Picketty para mitigar essas diferenças é cobrar mais aos ricos, através de

um imposto progressivo que po-deria ir até aos 80% para os rendimentos mais elevados. Aqui, a presunção é que se o Estado tomar conta da riqueza, poderá redistribuí-la em termos mais equi-tativos. Mas, como diz Scruton, não exis-tem garantias de que a riqueza confiscada aos ricos não venha a ser usada com fins políticos. “Em vez de a converter em bens e serviços de acordo com os dese-jos dos cidadãos livremente asso-ciados, poderia reter-se na forma de poder político: o poder dos po-

líticos socialistas e dos seus as-sessores sobre o das pessoas a quem cobram impostos. Nesta sociedade de confisco em massa, haveria tanta acumulação [de riqueza] como na velha economia de mercado”.

J. M.

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Quem se lembra da classe média? O debate sobre a desigualdade tende a centrar-se no que se passa nos extremos da socie-dade, sublinhando as diferenças que existem entre o decil mais rico e o mais pobre da população. Mas este enfoque pode passar por alto um fenómeno ainda mais tóxico: a mistura entre uma elevada desi-gualdade e uma débil classe mé-dia. O relatório da OCDE “Trends in Income Inequality and its Impact on Economic Growth” (ver artigo relacionado) fixa-se na relação entre o rendimento dos 10% mais pobres e o dos 10% mais ricos numa vintena de países. Isso permite-lhe chamar a atenção sobre o aumento da desigualdade

na Suécia, Finlândia e Noruega, entre outros países ricos. O que não diz o relatório é que estes três países, tal como o Canadá e a Holanda, se encon-tram no grupo dos que nos últimos anos conseguiram criar uma sóli-da classe média, com rendimen-tos médios mais elevados e uma maior mobilidade social para cima. Algo que não acontece nos EUA, onde o aumento da desigualdade coincide, além disso, com a ero-são da classe média. Nesse país, a percentagem de adultos de classe média reduziu- -se de 61% em 1970, para 54% em 2001 e para 51% em 2011. Esta redução da classe média não

significa que todos tenham per-dido terreno; manifesta-se sim numa maior percentagem de pes-soas com menores rendimentos e também num aumento das que têm maiores rendimentos. A polarização do emprego O “The Washington Post” ocupou--se há pouco tempo disto numa série de seis artigos dedicados à classe média. Analisa os motivos porque a classe média dos EUA se reduziu e perdeu riqueza nas últimas décadas, propondo medi-das “que levem a economia a funcionar de novo para todos”. Ao jornalista do “The Washington Post”, Jim Tankersley, preocupa

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sobretudo o facto de cada vez mais pessoas estarem a ficar sujeitas a empregos pouco qualifi-cados. E sublinha – com um estu-do publicado por investigadores da Universidade de Harvard e da Universidade da Califórnia em Berkeley – que as regiões do país com classe média mais ampla, são também aquelas onde é mais fácil progredir na escala social. Na crescente desigualdade, tem influência o impacto da tecnologia sobre os diversos empregos. Sara de la Rica, catedrática de Econo-mia da Universidade do País Basco, chama a atenção sobre o processo de “polarização do em-prego” que se observa nos países desenvolvidos: desaparecem os trabalhos que exigem atividades rotineiras e emergem, pelo contrá-

rio, os de maior qualificação, onde são necessárias capacidades cognitivas e interativas. Também subsistem os empregos que, em-bora exijam baixos níveis de qualificação, necessitam de capa-cidades como a adaptabilidade ou a interatividade (por exemplo, os relacionados com serviços e cui-dados pessoais). Uma consequência deste fenóme-no é o aumento da desigualdade no mercado de trabalho: “Se os trabalhos rotineiros, que precisam de qualificações médias desapa-recem, enquanto que emergem aqueles que estão tanto na parte inferior, como na parte superior da distribuição de qualificações, esta-mos perante uma situação que favorece claramente o crescimen-to da desigualdade”, escreve no

“El País” (“Empleo para una socie-dade menos desigual”, 2.1.2015). Para de la Rica, lutar contra esta forma de polarização exige es-tender pontes entre a educação e o emprego: “A curto prazo, é pos-sível que esta tendência para uma maior desigualdade seja inevitá-vel. No entanto, a médio e longo prazo, as sociedades deveriam comprometer-se com o ensino de capacidades cognitivas desde o ensino primário e secundário para todos os cidadãos”. Para mais classe média, mais oportunidades O think tank norte-americano, Center for American Progress, de orientação de esquerda, tem vindo a advertir há diversos anos que o

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debate sobre a desigualdade é inseparável da preocupação pela classe média. Num dos docu-mentos que melhor resume a sua posição, sublinha que uma classe média sólida é o medicamento mais potente do crescimento eco-nómico, ao mesmo tempo que favorece a igualdade. O relatório, intitulado “The Ame-rican Middle Class, Income Ine-quality, and the Strength of Our Economy”, New Evidence in Eco-nomics” (Heather Boushey e Adam S. Hersh, Center for Ameri-can Progress, maio de 2012) sin-tetiza as quatro razões principais que os economistas costumam citar sobre os benefícios propor-cionados por uma classe média robusta a um país.

1. Favorece o desenvolvimento do capital humano (conheci-mentos, capacidades…) e um maior nível de educação. Que as famílias tenham uma certa segurança económica é funda-mental para que possam in-vestir no progresso dos seus filhos.

2. Contribui para aumentar a pro-cura, enquanto que um consu-mo menor e a dependência dos empréstimos acabam por ser um obstáculo ao cresci-mento.

3. Estimula o investimento. Neste ponto, a presunção é que com maior segurança económica, haverá mais empreendedores dispostos a assumir riscos. Também é mais provável aos

que crescem em lares de classe média, virem a aceder ao tipo de educação exigido para implementar um negócio.

4. Apoia e exige instituições polí-ticas e económicas inclusivas: de um governo eficaz e dos direitos de propriedade, até à transparência e ao investimen-to em serviços públicos.

J. M.

(com autorização de www.aceprensa.pt)

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