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EM GUIMARÃES IVO VIEIRA E A RENOVAÇÃO DE CONTRATO: “NÃO RECEBI QUALQUER PROPOSTA” P.18 APENAS ONLINE: As próximas edições do jornal disponíveis GRATUITAMENTE RUA NOSSA SENHORA DA AJUDA (EN105), 101, MOREIRA DE CÓNEGOS 4815-368 GUIMARÃES TLF: 253 521 315 | [email protected] NOVAS INSTALAÇÕES WWW.CASADASBATERIAS.COM www.guimaclinic.pt Onde a sua Saúde sorri. FISIATRIA FISIOTERAPIA GINECOLOGIA MEDICINA DENTÁRIA ORTOPEDIA PEDIATRIA PODOLOGIA PSICOLOGIA PSIQUIATRIA TERAPIA DA FALA UROLOGIA MEDICINA GERAL E FAMILIAR MEDICINA ESTÉTICA NUTRIÇÃO OTORRINOLARINGOLOGIA A NOVA CLÍNICA EM GUIMARÃES 253 035 510 | 935 625 131 RUA TEIXEIRA PASCOAIS, Nº211 JUNTO AOS CTT Já somos 48.362 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO 1,00€ Covid-19: Nova vida, novos hábitos domésticos? P.06 Domingos Bragança apela a que autarquias continuem a ter acesso a dados dos infetados P.24 CULTURA COVID-19 PORTAS FECHADAS COVID-19 Pedro Emanuel Pereira tem novo álbum P.22 Alunos concluem ano letivo em casa ESTUDANTES DO ENSINO BÁSICO JÁ NÃO VOLTAM À ESCOLA. TELESCOLA DE REGRESSO P.04 e 05 MARCHA GUALTERIANA CANCELADA P.08 “A taxa de desemprego vai disparar” P.10 ENTREVISTA: Com a economia parada, município aprova plano de recuperação para apoiar empresas e famílias. PSD considera-o “muito incompleto”. P.08 RUI ARMINDO FREITAS

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EM GUIMARÃESIVO VIEIRA E A RENOVAÇÃO DE CONTRATO:“NÃO RECEBI QUALQUER PROPOSTA” P.18

APENAS ONLINE: As próximas edições do jornal disponíveis GRATUITAMENTE

RUA NOSSA SENHORA DA AJUDA (EN105), 101,MOREIRA DE CÓNEGOS 4815-368 GUIMARÃES

TLF: 253 521 315 | [email protected]

NOVAS INSTALAÇÕES

WWW.CASADASBATERIAS.COM

www.guimaclinic.pt

Onde a sua Saúde sorri.

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MEDICINA GERAL E FAMILIARMEDICINA ESTÉTICANUTRIÇÃOOTORRINOLARINGOLOGIA

A NOVA CLÍNICA EM GUIMARÃES

253 035 510 | 935 625 131 RUA TEIXEIRA PASCOAIS, Nº211 JUNTO AOS CTT

Já somos 48.362 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO1,00€

Covid-19: Nova vida, novos hábitos domésticos? P.06

Domingos Bragança apela a que autarquias continuem a ter acesso a dados dos infetados P.24

CULTURA

COVID-19

PORTASFECHADAS

COVID-19

Pedro Emanuel Pereiratem novo álbum P.22

Alunos concluemano letivo em casaESTUDANTES DO ENSINO BÁSICO JÁ NÃO VOLTAM À ESCOLA. TELESCOLA DE REGRESSO P.04 e 05

MARCHA GUALTERIANA

CANCELADAP.08 “A taxa de

desemprego vai disparar”

P.10

ENTREVISTA:

Com a economia parada, município aprova plano de recuperação para apoiar empresas e famílias. PSD considera-o “muito incompleto”.P.08

RUI ARMINDOFREITAS

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N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

Estatuto editorial de “Mais Guimarães - O Jornal”“Mais Guimarães – O Jornal” é um jornal regional generalista, independente e pluralista, que priviligia as questões ligadas à área em que está inserido, o concelho de Guimarães. “Mais Guimarães – O Jornal” é um órgão de comunicação semanal e ter uma tiragem de 4.000 exemplares, impressos a cores, por edição. “Mais Guimarães – O Jornal” pode ser adquirido pelos leitores nos diversos quiosques do concelho de Guimarães. “Mais Guim-arães – O Jornal” pretende ser um jornal atraente, moderno e de fácil leitura, atualizado com os problemas e acontecimentos regionais, divulgando as atividades das institu-ições, coletividades e associações locais, bem como o património e tecido empresarial da região. “Mais Guimarães – O Jornal” é uma publicação independente, demarcada de qualquer partido ou ideologia política, distanciando-se de qualquer forma de censura ou pressão, tendo como objetivo único o de prestar serviço público, servido a democracia e os leitores. Eliseu Sampaio / Agosto de 2015

Mais Guimarães - O Jornal - Semanário · Tiragem 4.000 ExemplaresProprietário Eliseu Sampaio - Publicidade, Lda. NIPC 509 699 138Sede Rua de S. Pedro, No. 127 - Serzedelo 4765-525 Guimarães Telefone 917 953 912Sede da Redação Av. São Gonçalo 319, 1.º piso, salas C e D, 4810-525 – GuimarãesEmail [email protected] Diretor e Editor Eliseu de Jesus Neto SampaioRegistado na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social, sob o no. 126 735Depóstio Legal No 399321/15 Design Gráfico e Paginação João Bastos / Luís Freitas Impressão e Acabamento Naveprinter - Indústria Gráfica do Norte S.A. / EN 14 (km 7.05) - Lugar da Pinta - Apartado 1221 - 4471-909 Maia T 229 411 085Redação Pedro Castro Esteves | Mafalda Oliveira | Nuno Rafael GomesDepartamento Comercial Eliseu SampaioColunistas Permanentes Ana Amélia Guimarães | Ângela Oliveira | António Rocha e Costa Carlos Guimarães | César Machado | Esser Jorge Silva | José João Torrinha | José Rocha e Costa | Manuela Sofia Ferreira | Marcela Maia | Maria do Céu Martins | Paulo Novais | Rui Armindo Freitas | Tiago Laranjeiro | Torcato Ribeiro | Wladimir BritoFotografia Joaquim Lopes | Marco Jacobeu | João Bastos

Os espaços de opinião são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, incluindo no que concerne à utilização ou não do acordo ortográfico.

Já contamos mais de um mês de quarentena, de isolamento nas nossas habitações, com o objetivo de, juntos, evitarmos um aumento exponencial de casos de infetados pela Co-vid-19. Há coisas de que sentimos já muita falta. Para quem é um ser marcadamente social este reti-ro é um tormento! Faltam-nos os abraços, os olhares, os ca-fés, as conversas prolongadas. Falta-nos o que transformava os nossos dias em espaços de tempo únicos, pelos encontros tantas vezes improváveis e ir-repetíveis. Faltam-nos as pes-soas, a nossa comunidade, os nossos. Talvez esta pandemia nos ve-nha ensinar isso: o quanto vale a vida em comunidade. Já des-cobrimos os vizinhos da fren-te e do lado, até já sabemos o nome dos filhos e que a neta está grávida, e que o bebé há--de nascer lá para meados de agosto. Coisas que não esque-ceremos mais. É verdade que muitos viviam de costas voltadas para isto, e que manterão essa posição. Mas muitos mais, quero eu acreditar, fruto deste quase

desaparecimento do contac-to social, encontrarão na falta o ímpeto para quererem estar mais presentes, para se darem mais, para disponibilizarem mais aos outros e à sociedade vimaranense, oferecendo todas as suas qualidades e vocações. Guimarães vai precisar disso, que todos nos unamos para equilibrar as assimetrias que se vão aclarar, para limitarmos o sofrimento dos mais vulnerá-veis e desprotegidos. As coisas não estão fáceis, e tenhamos consciência que não ficarão melhores em breve. O regresso a uma “normalidade possível” vai demorar a aconte-cer e será gradual, muito lenta. O desemprego vai aumentar com o encerramento de um grande número de empresas na nossa região. Estamos num processo de transformação acelerado. Este é o cenário atual, a que devemos juntar ainda a dor daqueles que vêm e verão partir algum dos seus entes queridos. Só a solidariedade e a entreaju-da poderão minimizar os efeitos desta pandemia e da crise que se lhe segue. Meus caros, que estejamos à altura do desafio.

Estamos todos a precisar de abraços

A síndroma de apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença cró-nica muito comum na nossa popu-lação, associando-se frequente-mente a sono de má qualidade e a sonolência excessiva durante o dia. Estes doentes sofrem também frequentemente de obesidade, de hipertensão arterial e diabetes, e a síndroma de apneia do sono condi-ciona risco acrescido de patologias cardiovasculares e cerebrovascu-lares. Por ser uma doença crónica, pode ser motivo de preocupação acrescida para estes doentes, face à atual pandemia de COVID-19. O fato de a maioria dos doentes se-rem tratados com pressão positiva na via aérea, CPAP ou auto-CPAP, pode condicionar insegurança para os conviventes, pelo facto de du-rante a expiração se produzirem aerossóis de pequeníssimas par-tículas respiráveis, mas em maior número e projetando-se a maior distância. Como é fácil de se perceber, na au-sência de infeção, nomeadamente pelo SARS-CoV-2 (o novo coro-navírus), este tipo de tratamento não constitui qualquer risco para a companheira/o ou conviventes. Também não há qualquer prova de risco acrescido de COVID-19 nos doentes com SAOS, apesar da diabetes, das doenças respirató-rias crónicas graves e das doenças cardiovasculares se associarem a risco de quadros clínicos mais complicados desta nova doença viral. Deve ser salientado que os doentes medicados para a sua hi-pertensão arterial não devem des-continuar o tratamento, seja qual for o grupo terapêutico a que estes medicamentos pertencem. A atividade física regular é muito

relevante para uma boa qualidade de vida de todos nós, mas particu-larmente dos doentes com SAOS, por serem frequentemente obe-sos. Por isso devem ser tomadas estratégias individuais com vista a manter uma significativa atividade física, sempre e onde possível. Os fumadores, convivendo com doen-tes com apneia do sono, e também eles confinados à habitação, de-vem lembrar-se que a inalação de fumo de tabaco agrava habitual-mente a obstrução nasal, dificul-tando a eficácia dos tratamentos prescritos. Como tantas e importantes nor-mas de higiene e de proteção in-dividual que tem sido vinculadas pela comunicação social, convém sempre lembrar a necessidade de rigorosa higiene do ventilador, da tubuladura e dos filtros, mas sobretudo da máscara (nasal ou facial), e do humidificador acopla-do, se for o caso. Pode ser agora a altura de ler as recomendações de limpeza associadas à terapia, con-forme o manual de instruções en-tregue. As empresas que prestam cuidados respiratórios ao domicílio podem remotamente continuar a prestar a informação necessária, ou complementar a informação que acompanha os dispositivos médicos, e que também pode ser consultada na internet. A grande maioria dos doentes com SAOS dispõe de acesso à internet no seu domicílio. O seu acompa-nhamento já tem vindo a ser feito desde há bastante tempo por via remota, através do telefone mais telemonitorização. A necessida-de da presença de um técnico do domicílio resume-se geralmente à revisão ou substituição de algum

Os doentes com apneia do sono em tempos de COVID-19

Artigo de opinião

equipamento, podendo a consulta médica e a renovação da prescri-ção serem feitas sem a presença do doente em qualquer unidade de saúde. Sabemos que após termi-nar a atual pandemia, muitos hábi-tos e procedimentos se vão alterar, nomeadamente na área da saúde. Futuramente, este grupo de doen-tes são exatamente um dos que podem e devem ser orientados, na maior parte das situações, sem ne-cessidade de recorrer pessoalmen-te a qualquer instituição de saúde, com enormes vantagens no que se refere a desconforto ou despesas relacionadas com deslocações ou perda de horas laborais. •

Dr. Duartede AraújoMédico Pneumologista do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães

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DESTAQUEP.04

O plano do Governo para o 3.º período: ensino à distância, exames adiados e pré-escolar sem data de regressoCosta diz que é “importante retomar” aulas presenciais no ensino secundário e possibilidade de regressarem em maio (para os alunos do 11.º e 12.º) ficou em aberto. Os exames nacionais estão adiados e as provas até ao 9.º ano foram canceladas. Os alunos do ensino básico vão ter o apoio da telescola. •

No dia 13 de março chegou o anúncio. À imagem de outros chefes de Governo europeus, António Costa transmitia ao país que as atividades letivas pre-senciais estavam suspensas por tempo indeterminado. O fecho de todos os estabelecimentos de ensino, das creches às univer-sidades, era uma das medidas mais robustas ditadas pelo esforço coletivo de contenção da pandemia de covid-19. Para a decisão contribuiu o crescimento do número de relatos que davam conta dos primeiros infetados na comunidade escolar e um pare-cer favorável do Centro Europeu para a Prevenção e Combate às Doenças, que recomendava “ine-quivocamente” o encerramento das escolas aos estados-mem-bros da União Europeia. A decisão do Governo colocou cerca de dois milhões de estu-dantes em casa e trouxe novas dinâmicas familiares (milhares de famílias estão em isolamento social). Seria assim até, pelo menos, dia 9 de abril, altura em que as medidas seriam reavalia-das pelo Governo. E foi em casa, provavelmente com os pais por perto, que os alunos ficaram a saber, na última quinta-feira, que o cenário vai-se prolongar – pelo menos para 1,2 milhões de estudantes do pré escolar ao 9.º ano. “Este terceiro período iniciar-se-á, como previsto, no próximo dia 14, sem atividades letivas presenciais. No ensino básico, do 1º ao 9º ano, todo o terceiro período prosseguirá com o ensino à distância, que será re-forçado com o apoio de emissão televisiva de conteúdos pedagó-gicos que complementarão, sem substituir, o trabalho que os pro-fessores vêm mantendo com os

seus alunos”, afirmou o primei-ro-ministro, no final da reunião com o Conselho de Ministros. Ou seja, estes alunos vão passar o 3.º período longe das escolas. De resto, o Executivo só deixou a porta do regresso aberta para os alunos que frequentam o 11.º e 12.º, sendo que, quando retomadas, as aulas presenciais só serão lecionadas para as 22 disciplinas com exame específico de acesso ao Ensino Superior.A decisão anunciada já era espe-rada pela comunidade escolar e foi aplaudida por professores – a Federação Nacional de Profes-sores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE) congratularam o Governo – e associações de pais. No entender do ministro da Edu-cação, Tiago Brandão Rodrigues, as escolas “têm vindo a adap-tar-se de forma notável” a este novo contexto. “Ir à escola tem uma importância muito grande. Mais cedo ou mais tarde vamos ter que começar a afrouxar me-didas. Não sabemos é quando”, referiu, numa entrevista à TVI. Esta segunda-feira, o ministro marcou presença no Fórum TSF, onde sublinhou a importância “de dar previsibilidade às famí-lias” em tempos marcados pela instabilidade. O ensino à distân-cia trouxe para cima da mesa a questão das desigualdades no acesso à internet. À mesma fonte, o ministro da Educação admitiu que é difícil dotar todos os alunos de meios para o ensino à distância, e reconheceu que “existem muitos constrangi-mentos em relação  ao número de máquinas no mercado e na literacia relativo à utilização dos meios informativos”. Para ajudar a mitigar esta problemática, a

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Câmara Municipal de Guimarães anunciou que vai disponibilizar 500 tablets aos alunos do 1.º Ciclo (ver página 9). As medidas anunciadas pelo Governo são muitas e tocam afetam todos alunos. Convém, por isso, explanar o que ficou definido para o arranque do 3.º período, desde o funcionamento de creches e pré-escolares ao ensino secundário, até porque, segundo António Costa, “o ano lectivo não acabou”.

Pré-escolar sem data de regressoAs atividades nos jardins-de--infância só vão poder reabrir quando foram revistas as atuais regras de distanciamento social para prevenir a propagação da covid-19. António Costa referiu--se particularmente à situação da educação pré-escolar. Embora não integrando o ensino obriga-

tório, “é fundamental no proces-so de desenvolvimento de todas as crianças e não pode ser asse-gurada à distância”, disse o pri-meiro-ministro. “O que neste momento posso di-zer aos pais e educadores é que só poderemos retomar as ati-vidades nos jardins-de-infância quando forem revistas as atuais regras de distanciamento. No en-tender de António Costa, estas regras “são impossíveis de cum-prir em sala por crianças desta faixa etária”. O chefe do Gover-no considerou que ainda é “pre-maturo definir um prazo seguro, ainda que indicativo,” para uma eventual reabertura do ensino pré-escolar. Na falta de uma diretiva comum, e questionado acerca da cobran-ça de mensalidades, o primeiro--ministro referiu que “essa é uma matéria que tem que ver com os pais e com os proprietários”. No concelho de Guimarães, há vá-rias decisões sobre o pagamento.

Entre reduções para todos ou só para famílias que perderam ren-dimento, há pais que se mostram desagradados com os ajusta-mentos propostos. Certo é que associações como a Confedera-ção Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) ou a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperati-vo (AEEP) apenas emitiram dire-trizes no sentido de haver bom senso entre as as partes.

Ensino Básico e o regresso da telescola“Há uma decisão tomada e defi-nitiva. O ensino básico não terá aulas presenciais até ao final do ano letivo”. António Costa foi perentório e fez saber que estes alunos já não voltam às salas de aula neste ano letivo. O primei-ro-ministro disse que “a avalia-ção no ensino básico será feita em cada escola pelos professo-

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DESTAQUEO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.05

res que melhor conhecem o con-junto do percurso educativo de cada aluno, sem provas de afe-rição (2.º e 5.º ano), nem exames do 9.º ano, acrescentando que “neste quadro, será mantido até ao final do ano letivo o regime de apoio especial às famílias com fi-lhos menores de 12 anos”. Para apoiar o trabalho desen-volvido pelos professores, o pri-meiro-ministro também garantiu que a emissão televisiva com conteúdos pedagógicos vai co-meçar no dia 20 deste mês, na RTP Memória: “Do primeiro ao nono ano, inclusive, todo o ter-ceiro período prosseguirá pelo ensino à distância que será ago-ra com o apoio da emissão tele-visiva de conteúdos pedagógicos que complementarão, mas não substituirão o trabalho que os professores vêm desenvolvendo com os seus alunos” A transmissão de conteúdos através da televisão marca o retorno da telescola que, entre 1965 e 1987, permitiu a milhares de alunos completarem o ensino do quinto e sexto anos de esco-laridade. Agora, por força das circunstâncias, o espaço #Estu-doEmCasa “vai ocupar a grelha das 09h às 17h50, com conteú-dos organizados para diferentes anos letivos, uma ferramenta importante para complementar o trabalho dos professores com os seus alunos”, informa a RTP. “Estes conteúdos pedagógicos temáticos contemplam matérias que fazem parte das aprendiza-gens essenciais do 1.º ao 9.º ano, agrupados por: 1.º e 2.º anos, 3.º e 4.º anos, 5º e 6.º anos, 7.º e 8.º anos e 9.º ano, abrangendo ma-térias de uma ou mais disciplinas do currículo, as quais servirão de complemento ao trabalho dos

professores com os seus alunos”. A RTP 2 vai transmitir conteúdos a pensar nas crianças da Edu-cação Pré-escolar (dos 3 aos 6 anos)

Ensino Secundário“Havendo menos possibilidade de recuperação futura, e sendo anos decisivos para a conclusão de um já longo processo educati-vo, é particularmente importante que ainda possamos retomar as atividades letivas presenciais”. Os alunos que frequentam o 11.º e 12.º ano são os únicos que veem a porta do regresso às au-las entreaberta. Estes alunos, se voltarem à es-cola para aulas presenciais, só vão marcar presença nas disci-plinas sujeitas a exame específi-co para o acesso ao ensino supe-rior (são 22) e vão ter de utilizar máscara. ”Até decisão expressa em contrário das autoridades de saúde, alunos, professores e trabalhadores não docentes utilizarão máscara de proteção no interior da escola, que será disponibilizada pelo Ministério da Educação”, salientou António Costa. O Governo aposta em duas fren-tes, sem descurar que a priori-dade será fazer o possível para que as escolas abram (ainda que parcialmente) as portas: “Iremos assim trabalhar em dois planos. Aquele que preferimos, de poder retomar parcialmente as aulas presencias do 11º e do 12º duran-te o mês de maio, sem excluir, como plano B, termos de pros-seguir exclusivamente o ano le-tivo com ensino à distância. Em qualquer caso, para assegurar o maior distanciamento social, o menor tempo de permanência na

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escola e a melhor higiene, as ati-vidades letivas presenciais serão sempre muito limitadas”. Convém realçar que, no que diz respeito ao 10.º ano, vai vigorar o regime de ensino à distância. O Executivo também decidiu adiar o calendário de exames , já que a atividade letiva pode es-tender-se até ao dia 26 de junho. A 1.ª fase de exames a decorrer de 6 a 23 de julho e a 2.ª fase de 1 a 7 de setembro. Numa entre-vista concedida à TVI, o minis-tro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reiterou que a priori-dade que a prioridade é garantir a realização dos exames. Está, por isso, em cima da mesa, a hi-pótese de serem realizados “em pavilhões gimnodesportivos ou espaços abertos”.

Universidades e acesso ao ensino superior

Os alunos universitários não são alheios à mudança de paradig-ma. A Universidade do Minho foi, inclusive, a primeira instituição de ensino a decidir que as aulas presenciais não vão ser retoma-das este ano lectivo, devido à pandemia de covid-19.

O concurso nacional de acesso ao Ensino Superior foi, esta quin-ta-feira, adiado por duas sema-nas. A decisão surgiu na sequên-cia do alargamento do calendário escolar. Segundo o comunicado enviado às redações pelo Mi-nistério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a primeira fase de candidaturas arranca a 7 de agosto, decorrendo até dia 23 do mês. As colocações serão co-nhecidas a 28 de setembro - an-tes estavam previstas para 7 de setembro. O início do ano letivo no ensino superior será diferen-te de instituição para instituição, uma vez que, recorda o ministé-rio liderado por Manuel Heitor, o Governo não tem competências para o definir.

Recomendações para aulas seguras

A pandemia de covid-19 colocou tudo em suspenso. Por isso, é difícil dizer com elevado grau de certeza quando (e se) regressa-remos à normalidade. Até que esse regresso seja pos-sível, o ecrã do computador vai ser a janela de milhões de estu-dadantes para o conhecimen-to. Nesse sentido, o Ministério

da Educação (ME) endereça a alunos e professores algumas recomendações de segurança. “Pense antes de publicar infor-mação sensível”, “Seja cuidadoso com a ‘webcam’ e o microfone”, “use palavras-chave fortes” são algumas das diretrizes anuncia-das pelo ministério, através da Direção-Geral da Educação em parceria com o Centro Nacional de Cibersegurança e a Comissão Nacional de Proteção de Dados. As recomendações feitas po-dem se encontradas em www.apoioescolas.dge.mec.pt, onde o ME deixa sugestões genéricas sobre uso de Internet no ensino à distância e outras mais especifi-cas para professores e estudan-tes que recorram às plataformas digitais Zoom, Moodle, Microsoft Teams e Google Classroom.Cui-dados a ter em tempos atípicos, na esperança que a normalidade retome quanto antes. Segundo o Governo, no próximo ano letivo “haverá um esforço de recuperação das aprendizagens em todos os anos de escolari-dade” e “será desenvolvido um programa de digitalização das escolas, disponibilizando equipa-mentos e acesso à internet em banda larga para ensino à dis-tância por meios digitais”. •

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A pandemia trouxe novos hábitos para dentro das nossas casas e, agora, faz-se o possível para evitar ao máximo o contágio. E isso inclui não dar "beijinhos e abraços" e desinfetar várias divisões da casa, bem como utensílios.

A rotina de Soraia Moreira é, hoje, muito diferente. A enfermeira de 33 anos, que vive com os pais e a irmã, ponderou “sair de casa” du-rante este período, “como alguns colegas fizeram”. “Depois, eu e a minha família determinamos que ficaria aqui, em casa, e decidimos adotar medidas de prevenção e proteção”, conta. Soraia trabalha no Hospital da Senhora da Oli-veira de Guimarães (HSOG) e, por isso, os cuidados são redobrados: “Antes de sair, do bloco, troco de farda e visto a limpa. Depois, tomo banho e visto a roupa do dia-a--dia. Antes de entrar em casa, tiro os sapatos e dispo a roupa, vou tomar banho novamente e visto outra roupa para andar em casa.” A vimaranense está, neste mo-mento, a lidar com suspeitas de covid-19, pelo que todos os cuida-dos são poucos. O caso de Soraia Moreira (na foto do canto inferior direito) é apenas um entre vários (já vamos aos outros), mas reflete a mudança forçada que o coronavírus trou-xe à organização, às limpezas e à logística dos dias de hoje. É que se viver em pandemia mudou a forma como fazemos as nossas compras — e como as colocamos nos armários, frigoríficos e con-geladores —, também terá muda-do a nossa abordagem às limpe-zas domésticas. A vida na casa de A., que prefe-riu não revelar o seu nome, tam-bém mudou (e muito) com as no-vas rotinas. Divorciada e vivendo a guarda partilhada do filho de 11 anos, a vimaranense diz que este “é um momento muito di-fícil”: “É muito complicado gerir a segurança e o bem-estar do nosso filho. Por vezes não exis-te muita comunicação entre os pais e então temos de continuar na mesma: uma semana com a mãe e uma semana com o pai.” O

ex-marido continua a trabalhar e “a ter as suas rotinas normais, a conviver com pessoas”, já que o trabalho “assim o exige”. Por isso, de cada vez que o filho volta a sua casa, “a primeira coisa que faz é retirar a roupa à porta”. “Desinfeta as mãos e vai diretamente para o banho”, acrescenta. Ainda assim, os carinhos continuam: “É inevi-tável. Temos consciência de que não devemos, mas, estando uma semana separados, é difícil. O fac-to de gerir a separação não é fácil e ainda ter de lhe dizer que não há abraços e carinhos…” Contudo, A. também vive tam-bém com os pais, que fazem parte de um dos grupos de risco devido à idade. Para além disso, o pai “é doente crónico”. “O meu maior receio é que o meu filho seja um meio de transmissão para eles. Tenho de gerir esta triste realidade como mãe, mais o sentimento como filha”, la-menta. Assim, “as refeições são feitas à parte”: come com o filho na sala de estar, ao passo que os pais fazem as refeições na cozi-nha. “Todos os talheres, copos e outros utensílios que o meu filho utiliza são desinfetados”, garante. Os afetos entre avós e neto estão proibidos: “Mantemos o distanciamento, falam a dois metros de distância. E passa-mos a vida a desinfetar a casa, as mãos…” Em casa, também há uma casa de banho que só o filho de A. utiliza. A situação é igual na casa da en-fermeira Soraia: “Tenho uma casa de banho só para mim. Janta-mos todos na mesma mesa, mas sempre com distância. O mesmo acontece em espaços comuns, como a sala de estar, onde tenho um sofá só para mim.” Quando sai de casa para o trabalho, o telemó-vel é desinfetado e segue em pelí-cula aderente, sendo desinfetado

"Passamos a vida a desinfetar a casa e as mãos": os novos hábitos de uma nova vida

EM GUIMARÃESP.06 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

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também no hospital. No que diz respeito às marmitas, os recipien-tes são, agora, “todos descartá-veis”. “O que entra no hospital, destas coisas, não sai. Vai direta-mente para o lixo”, explica. Para manter a família em segurança (o pai também tem de sair de casa para trabalhar), as maçanetas e outras superfícies são desinfeta-das diversas vezes. E também não há “beijinhos nem abraços” nesta altura. O mes-mo acontece em casa de Sara Marques: a mãe, enfermeira no HSOG a trabalhar “na consulta externa de Otorrinolaringologia”. Chegando a casa, e “mesmo não trabalhando com a roupa com que chega a casa”, a mãe de Sara “vai logo tomar banho e mudar de roupa”. As toalhas de mão são diferentes para cada um e, agora, os pais de Sara dormem em ca-mas separadas. Tanto Sara como

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o pai estão em regime de teletra-balho: “Eu e o meu pai não temos contacto com ninguém.” Mesmo assim, quando é necessário sair, fazem para não frequentar es-paços fechados. As compras, por exemplo, são encomendadas e levantadas no espaço destinado do supermercado escolhido. Junte-se a toda esta logística a pressão de “não errar” no hos-pital. “Estou mais familiarizada, agora, com toda aquela artilharia do equipamento de proteção indi-vidual”, conta a enfermeira Soraia, que confessa: “Não é confortável, faz calor e ficamos com aquelas marcas todas na cara.” Mais do que isso, preocupa-lhe “o medo de comprometer a segurança” do doente e dos próprios colegas,

bem como dos familiares. Por isso, a enfermeira vimaranen-se apela: “Se todos ajudarmos, as coisas vão passar mais rápido. As coisas vão correr melhor se tiver-mos cuidado.” Soraia é da opinião que “os vimaranenses estão a cumprir o confinamento” e pre-fere ser otimista: “Parece sem-pre muito tempo, mas cada dia é menos um dia que falta.” Con-tudo, é realista: “Vai marcar ne-gativamente as pessoas. Porque há gente a morrer mesmo sem ser de covid-19 e que não pode estar com os familiares no último momento. É muito triste.” Assim, reforça que é necessário adotar “todas as precauções para que, em breve, consigamos ultrapas-sar isto”. • NRG e MO

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Uso de máscaras sociais recomendado em locais fechados, mas só após confinamento

EM GUIMARÃESO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.07

Informação foi avançada, primeiro, pela ministra da Saúde, na conferência de imprensa desta segunda-feira. A DGS também publicou um comunicado que explica quem deve continuar a usar as máscaras cirúrgicas. HSOG segue indicações da DGS.

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s De acordo com um comunicado publicado no site da Direção--Geral da Saúde (DGS), “o uso de máscaras faciais pelas pessoas em geral passa a ser considera-do quando houver um número elevado de pessoas num espaço interior fechado”. A informação foi avançada na segunda-feira. No mesmo dia, durante conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, frisou que as más-caras “sociais” (que podem ser feitas de algodão, por exemplo) não devem ser usadas “por pro-fissionais de saúde ou pessoas doentes”. A estes, juntam-se “as pessoas mais vulneráveis, como os idosos e os doentes com o sistema imu-nitário comprometido, bem como elementos de alguns grupos profissionais [bombeiros, agentes funerários, entre outros], que po-dem, igualmente, utilizar máscara cirúrgica, durante o exercício de determinadas funções, quando não é possível manter uma distância de segurança entre

pessoas”, lê-se no comunicado da DGS. A ministra da Saúde explicou que, “como não há contra indicações”, as máscaras sociais poderão ser usadas, seguindo as reco-mendações do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) — que, para além de não encon-trar “efeitos adversos na sua utilização”, passou a recomendar o seu uso nas situações em que se encontre um número elevado de pessoas em locais fechados, como transportes públicos ou supermercados. Contudo, é bom lembrar que Marta Temido sublinhou que a utilização destas máscaras é programada para um contexto que não o de hoje, “de restrição de atividades essenciais”, mas sim num em que seja permitida a concentração de várias pessoas em espaços fechados. Assim, e uma vez que o país se encontra em situação de confinamento, a recomendação não é já apli-cável. A produção das mesmas,

asseguradas pela indústria têxtil, seguirá normas preparadas por algumas entidades como a ASAE e o Infarmed. E o comunicado da DGS refere que as máscaras sociais devem ser encaradas “como medida de proteção adicional ao distancia-mento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória”, que não devem ser descurados. “É, acima de tudo, ‘um ato de altruísmo’, já que quem a utiliza não fica mais protegido, contribuindo apenas para a proteção das outras pes-soas, quando utilizada como me-dida de proteção adicional”, apon-ta ainda o mesmo documento. O “uso da máscara pela população não pode diminuir a sustentabili-dade de acesso a máscaras pelos doentes e profissionais de saúde”. Por cá, o Hospital da Senhora da Oliveira (HSOG), “segue todas as recomendações da DGS e a popu-lação deve, também, cumprir com as orientações desta Autoridade de Saúde Nacional”, aponta o Gabinete de Comunicação. • NRG

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Plano para recuperação económica aprovado, mas considerado “muito incompleto” pela oposição Conjunto de medidas prevê suspensão de pagamentos e apoios a famílias e empresas, mas Bruno Fernandes (PSD)considerou que as medidas deveriam ter “impacto no imediato”.

N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

Uma série de “medidas excecio-nais e temporárias” — os dois ad-jetivos colam-se à nova realidade que colocou boa parte do mundo em casa — foi aprovada na reu-nião da vereação municipal da passada quinta-feira. São vários os pontos integrantes do plano da câmara para que famílias e empresas possam dar resposta às consequências da pandemia e para que o emprego possa ser assegurado ao máximo. A sus-pensão de pagamentos de certas taxas e da liquidação de algumas receitas municipais estão as-seguradas, como a referente à gestão dos resíduos urbanos ou à tarifa social da Vimágua para famílias que tenham visto os seus rendimentos cortados. Para o PSD, o caminho que se configura com este plano de ação é de “médio prazo e não de curto prazo”. Algo que, para o vereador Bruno Fernandes, não terá “impacto no imediato”. “É um plano muito incompleto”, disse o social-democrata. “Estamos num momento de salvar vidas, sem dúvida, mas também de salvar empresas. Temos uma crise económica que não vem daqui a uns meses, já está a acontecer, seria mais lógico um plano de intervenção rápida, um plano de emergência” reforçou. Para Bruno Fernandes, o “comércio tradi-

cional tem de ter uma resposta imediata” e “os setores produti-vos não esperam por medidas de médio prazo”; ou seja, querem-se “respostas para amanhã”. “Não tem uma linha sobre propostas concretas como os impostos municipais ou linhas de apoio municipais que financiem as mi-croempresas no curto prazo.” Domingos Bragança, na respos-ta, lembrou que a monitorização permanente das medidas está prevista, como de acordo se lê no ponto referente ao tema na agenda, onde se lê que as me-sas serão revistas e adaptadas consoante a evolução da crise pandémica, se necessário. Aos jornalistas, o Edil frisou que “o que faz com que a estrutura eco-nómica se mantenha são as me-didas governamentais, não as da autarquia”. “Aqueles que entram em situação de encerramento e lojas e as famílias em situações de carência terão todos os apoios sociais”, disse, garantindo que o executivo estará “atento” ao desenrolar da pandemia. O pre-sidente do município adiantou ainda que o apoio na habitação não é exclusivo aos residentes das habitações sociais, ainda que essa seja garantida median-te uma avaliação da CASFIG. O conjunto de medidas aprovado também inclui a criação de uma

Plataforma Digital para o Comér-cio Tradicional e Restauração de Guimarães. Sem adiantar valores, o presidente do município referiu que este investimento represen-ta uma “despesa avultada”, mas que pode ajudar as empresas a manter atividade. E isto através do comércio on-line, sem custos para os comerciantes que se qui-serem inscrever (tanto no acesso como na utilização).

“Gabinete de Crise deveria ter outra configuração”

A composição do Gabinete de Crise e da Transição económica, presidido por António Cunha, ex-reitor da Universidade do Minho, também suscitou críticas por parte de Bruno Fernandes: “Estamos a viver um tempo excecional. Por isso, este Gabi-nete de Crise deveria ter outra configuração, que tivesse uma estratégia e cadeia de comando, que tivesse capacidade de deci-são, que conheça os serviços do município e os meios que estão ao dispor”, apontou. “Respeitan-do quem escolheu para liderar este gabinete, mas perante a exigência, devia ser liderado pelo presidente da Câmara, aquele que tem a maior capacidade de

Este ano, vamos celebrar as Gualterianas de “maneira diferente”

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decisão. Ou então pelo vereador que tem este setor, dando um sinal claro às empresas que este gabinete tem que ter eficácia e produzir resultados”, acrescen-tou o vereador da oposição. Domingos Bragança disse dis-cordar “muito” das declarações do social-democrata e explicou o porquê: “Quando temos grandes desafios pela frente, que sejam transversais a toda a sociedade vimaranense, escolhemos perso-nalidades que tenham facilidade

de aceitação e alguém que esteja totalmente liberto. Foi assim na Capital Europeia da Cultura, por exemplo, em que o escolhido não foi o vereador da cultura. O presidente executivo tem de ser alguém que possa fazer toda a coordenação e esteja liberto.” “Este gabinete de crise e tran-sição económica foi criado de forma estruturada, com ligação permanente ao poder político, ao presidente da Câmara”, acres-centou. • Nuno Rafael Gomes

A edição deste ano das Festas Gualterianas não ocorrerá “no modelo normal”. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Guima-rães, Domingos Bragança, na videoconferência que sucedeu a reunião do executivo munici-pal da passada quinta-feira. A veração também votou o cance-lamento da Feira Afonsina e das celebrações do 25 de abril e do 24 de junho.A evolução da pandemia in-fluenciará a tomada de decisão definitiva, mas é dado como garantido que, na altura das festas da cidade, ainda se mantenham algumas regras de distanciamento: “Mesmo que corra tudo bem, não poderá haver a aproximação social de muita gente e é completamente desaconselhável”, acrescentou o autarca.

Por isso, é quase certo que “não haverá” Marcha Gualteriana nem espaço para as diversões habi-tuais, “mas poderá haver outras coisas” e estão assegurados “alguns espetáculos”. As ilumi-nações mantêm-se: “Asseamos a cidade, mantemo-la bonita.”

“Vamos celebrar de maneira diferente”, concluiu o presiden-te do Município de Guimarães. Contudo, o modelo final das Festas Gualterianas, que arran-cam sempre no primeiro fim de semana de agosto, está ainda “em análise”. • NRG

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Testes em lares de idosos são “prioritários”, garante Bragança PSD considera “inadmissível e inaceitável” que Governo e autarquia não tenham estabelecido os lares de idosos como prioridade. Edil garante que só não se fazem mais testes porque “não há resposta”.

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Um dos temas mais discutidos na reunião da vereação vima-ranense foi a falta de testes à Covid-19 no concelho. E o vereador Bruno Fernandes (PSD) disse considerar “inadmissível e inaceitável” que “nem o governo nem esta autarquia” tenham entrado logo no caminho da testagem intensiva em lares de idosos, “que são barris de pólvora”. “Não testar utentes de lares de idosos e os seus profissionais é estar a adiar um problema a que, infelizmente, vamos assistir”, perspetivou o social-democrata. Contudo, a vice-presidente do município, Adelina Paula Pinto, fez saber

que já se procedeu à testagem de todos os 200 “utentes e fun-cionários” de um lar vimaranen-se. “Há uma funcionária de um lar a fazer um teste agora [no momento da reunião] porque só conseguimos vaga ontem à noi-te”, contou a vereadora. Ainda que não seja possível dar uma “resposta universal” ao proble-ma, tanto Adelina Paula Pinto como o presidente da Câmara Municipal frisam que este é um problema transversal ao país. Domingos Bragança esclareceu depois, em videoconferência com os jornalistas, que “os testes prioritários são os testes nos la-res de idosos, aos utentes e aos

A vereadora da Educação, Adelina Paula Pinto, tinha já adiantado na reunião municipal de 23 de março que a autarquia tinha 500 tablets disponíveis para dar resposta aos alunos do 1.º ciclo sem equipamento tecnológico. Na reunião muni-cipal da passada quinta-feira, ficou-se a saber que outros 500 estariam a ser adquiridos — e estes terão acesso à internet.Durante a intervenção relativa a este tema, a vereadora e vice-presidente do município divulgou alguns dados acerca do acesso às novas tecnologias nos diferentes níveis de ensino escolar. O levantamento feito pela divisão da Educação con-cluiu que “20% dos alunos do 1.º ciclo não têm equipamento tecnológico”, ao passo que “10% não têm acesso à internet” — em números, isto traduz-se para 850 alunos na primeira situação e “mais de 400” na segunda. Os números vão decrescendo à medida que avançamos nos níveis escolares. No secundário, por exemplo, 10% dos alunos não têm equipamento tecnológicos; 5% não têm acesso à internet. Não estando sob a alçada municipal, o problema, no 2.º e 3.º ciclos e Ensino Secundário resolver-se-á através de “con-tactos para ajudar na resolução dos problemas que afetam os alunos deste nível de ensino a fim de terem acesso aos meios necessários para corres-ponder ao ensino à distância”.Recore-se que, do 1.º ao 10.º ano, todos os níveis de ensino vão finalizar o ano letivo com ensino à distância. Os alunos do 11.º e 12.º ano, quando possível e sem data definida, retomarão aulas presenciais nas disciplinas submetidas a exame nacional. •

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Verador Hugo Ribeiro alerta para o “que se passa” na Taipas TermalHugo Ribeiro, vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, dirigiu-se a Domingos Bragança acerca da Taipas Termal e alertou “para se prestar a maior atenção ao que se passa” na cooperativa. “Chamo à atenção que, uma vez mais, esta cooperativa foi notícia pelas piores razões num órgão de comunicação social. Não me quero alongar e especificar as razões, mas quero alertar para que se preste um pouco mais de atenção ao que se passa nesta cooperativa em concreto”, frisou. Na reunião de câmara desta quinta-feira, o vereador referiu que o saldo positivo da Taipas Termal pode induzir em erro, já que houve um aumento “de 140 mil euros ao contrato-programa que [a cooperativa] já tinha com a Câmara Municipal”. “Se não tivéssemos este aumento, teríamos um resultado negativo pelo terceiro ano consecuti-vo”, afirmou Hugo Ribeiro, à

margem de um dos pontos das Informações da ordem de trabalhos, referente ao Relatório e Contas do Exercício de 2019. Domingos Bragança referiu que o investimento da câmara reflete a aposta na “requalificação e apresentação de outras valências para outros serviços comple-mentares de saúde” na coopera-tiva. “Hoje, tem um conjunto de serviços de qualidade e de saúde complementares”, acrescentou o presidente do município, apon-tando ainda que aquela é uma instância termal de “referência”. Ainda assim, o contrato-pro-grama da cooperativa será revisto devido aos efeitos da pandemia causada pela Co-vid-19, já que a Taipas Termal recorreu ao sistema de lay-off simplificado. Algo que também se estende à Tempo Livre, anunciou Domingos Bragança. “Do ponto de vista financeiro, a que tem mais necessidade é

a Tempo Livre, pois teve uma queda abrupta”, explicou, infor-mando ainda que a “subvenção que a Câmara passa para a Tempo Livre é muito inferior” a uma outra cooperativa, A Ofici-na, já que a primeira tem uma receita “superior a 50%” — daí que, agora, o apoio tenha de ser

maior. “A Oficina deixa de ter atividades culturais e não terá os mesmos problemas finan-ceiros. Não depende tanto de receita própria”, disse. A Câmara propõe aos trabalhadores das cooperativas o voluntariado social, de forma a colmatar o rendimento cortado. • NRG

Câmara tem 500 tablets para alunos do 1.º ciclo (e outros tantos a caminho)

funcionários” e que essa conti-nua a ser a preferência. Não há “limitação financeira para a reali-zação” das análises e o problema é mesmo “a falta de material” e a “capacidade de resposta dos laboratórios”, que nos últimos dias não têm conseguido fazer todos os testes requisitados. O presidente da Câmara Muni-cipal de Guimarães lembrou que o seu papel passa por “dispo-nibilizar todos os meios e fazer ouvir a sua voz perante o Go-verno”, algo que “tem sido feito”. Recorde-se que Domingos Bragança reforçou a posição da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave relativamente aos distritos integrantes da “lista prioritária” do plano preventivo de combate à covid-19 do Gover-no. Por isso, e em alinhamento com a CIM do Ave, Domingos Bragança garantiu ao Mais Guimarães: “Vamos trabalhar para reverter esta posição do Governo bem como trabalhar-mos na procura de soluções.”

Hospital de Retaguarda à espera do Ministério da Saúde

A capacidade da unidade de rastreio em Guimarães, situada nas imediações do Multiusos,

é de 140 testes diários, asse-gurados pela Unilabs. E será o próprio edifício vimaranense que acolherá o Hospital de Re-taguarda, cujo funcionamento depende da disponibilização de profissionais de saúde por parte do Ministério da Saúde. O hospital servirá para in-ternamento “daqueles que precisam de cuidados médicos que não podem ser feitos em casa”, mas que também não precisem de “internamento intensivo”, libertando assim espaço no Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães. A instituição hospitalar estará, de acordo com o que disse o presidente do município, “no limite” da sua capacidade. Ainda em fase de análise, o Hospital de Retaguarda tem previstas 100 camas, mas o número pode aumentar de acordo com as necessidades. O município ainda considerou a hipótese de o instalar num hotel, mas, revelou Domingos Bragança, “poupa-se metade dos recursos” com a escolha do Multiusos. O presidente assegurou já o apoio do Exér-cito e da Proteção Civil para que a resposta hospitalar, em tempos de pandemia, seja uma realidade — falta, claro, o Ministério da Saúde garantir os profissionais de saúde. • NRG

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Rui Armindo Freitas:“O impacto económico vai ser dramático”Rui Armindo Freitas, economista e gestor de empresas, em entrevista ao “Em casa, à conversa com...”. A entrevista está disponível na íntegra no Facebook e no canal do YouTube do Mais Guimarães. •

Mais Guimarães (MG): Nas em-presas às quais estas ligado, há uma grande transformação neste período? Como estão a ser geridas as coisas?

Rui Armindo Freitas (RAF): Há uma grande transformação. Des-de logo, porque, se calhar, esta-mos a falar do evento mais dra-mático em termos económicos, desde que temos memória. Já ti-vemos várias crises, algumas re-centes, mas nunca tivemos uma crise desta proporção. Nem a ti-vemos com um mundo tão glo-balizado, nem desta magnitude. Para além de tudo isso, ligado a uma coisa que nos é muito cara: uma crise sanitária, que tem que ver com a segurança e saúde de todos nós, que é aquilo que nos faz muitas vezes tomar deci-sões mais ou menos irracionais, porque mexe naquilo que nos é mais instintivo: a nossa própria vida. É uma mudança em tudo que tem a ver com as empresas. Tudo aquilo que faço está maio-ritariamente ligado à indústria têxtil, como a maioria das pes-soas da região, e, naturalmente, estão a acontecer muitas trans-formações. As transformações dão-se, desde logo, porque nos mercados tradicionais onde nos movemos estamos a ter um abrandamento profundo, por-que não existe procura. Sendo que as pessoas estão em casa, naturalmente há um choque na procura muito violento. Não há relação social e, por isso, seja no têxtil, na restauração, seja… é transversal a toda a economia.

Para consumirmos temos que ser agentes sociais. Mais do que agentes económicos, agentes sociais. Se estamos privados de uma dimensão tao importante, como a dimensão social, natu-ralmente que a economia, com o decorrente da interação social entre as pessoas, surge altamen-te prejudicada. Nesta fase aquilo que temos de fazer é olhar para o presente com o medo e o drama-tismo que é decorrente de tudo isto, mas olhar para o futuro e olhar para as oportunidades que começam a surgir todos os dias. Mais do que qualquer outra coi-sa todos os agentes económicos são capazes da transformação e da adaptação. Isto vem-nos dar grandes lições e vem-nos mos-trar que se calhar também po-demos seguir outros caminhos. Veio mexer com tudo que tínha-mos de adquirido e com todas as seguranças que tínhamos e planos. Contudo, mostra-nos um admirável mundo novo, desde a forma como se faz comércio nos dias de hoje, a forma como se es-tão a reorganizar as empresas… tudo isso. Com alguns desafios e preocupações, não podemos olhar só para aquilo que é nega-tivo nesta fase, mas olhar tam-bém para as oportunidades.

MG: Houve, desde logo, uma transformação na produção de algumas empresas têxteis que, de imediato, passaram a pro-duzir equipamento de proteção hospitalar.

RAF: O nosso tecido industrial

regional esteve e está há muito tempo ligado um fenómeno de pronto moda, ou seja, não há empresas mais rápidas a produ-zir do que as empresas da nos-sa região. Assim, quando surgiu logo uma série de desafios rela-cionados, como o Rotary, que fez um apelo aos seus quadros para verem se conheciam alguém que pudesse produzir... Foi fácil falar com fornecedores e com clientes, porque as pessoas aqui estão prontas para ajudar, em primeira análise, e depois para se convertem muito mais rápido noutro sítio qualquer. Tendo em conta o valor acrescentado da moda que as nossas empresas são capazes de produzir todas as semanas, de repente pedir para fazerem uma farda hospitalar é uma coisa básica. Em três dias conseguem começar a entre-gar um produto pronto, porque são rápidos, versáteis e porque, mais do que outra coisa, nesta região as pessoas têm uma fibra de muitos anos nesta indústria, que conseguiram pôr imediata-mente ao serviço de toda a co-munidade. Guimarães acaba por ser um exemplo de, quando uma sociedade e uma comunidade se mobilizam, todas as dificuldades passam a ser muito menores para todos.

MG: Acreditas que essas empre-sas vão manter-se a produzir esse material hospitalar duran-te algum período?

RAF: Acredito que, no meio des-ta tristeza que todos os dias

nos assola, com os números de casos a aumentar, o número de mortos a aumentar, a perda de entes queridos, à medida que pomos nomes às pessoas, co-meçamos a conhece-las tam-bém, surgem oportunidades. E muita desta nossa indústria da moda pode também encon-trar novos nichos de mercado. No futuro pode estar a produ-zir moda, mas também equipa-mento hospitalar…. Numa quan-tidade maior em relação ao seu portefólio de produtos que não tinha no início disto. E a capa-cidade de se adaptar. Tenho a certeza que isso vai acontecer, mas também tenho outra con-vicção, que tem a ver comas alterações na forma como todo o mundo está organizado. Se olharmos do ponto de vista glo-bal para grandes companhias, como a Apple, que, de repen-te, quando surge uma doença nova na China, parou e perce-beu que tendo a sua produção toda focada ali iria ter um pro-blema grave porque não ia ter produto para poder vender no seu mercado… Assim, se olhar-mos também para as grandes companhias, algumas delas até estavam a reduzir a sua expo-sição em Portugal. Isto veio mostrar que da mesma forma que, como os nossos avós nos ensinavam, não devemos por os ovos todos no mesmo sítio. Na parte operativa e operacio-nal nunca as empresas tiveram esse cuidado, o de dispersar geograficamente a sua produ-ção. Iam a essencialmente atrás de margem. Isto vem mostrar que talvez o futuro passe por dispersar as produções mes-mo que signifique ter a margem mais baixa, ou seja, um custo medo mais alto.

MG: Relativamente ao desem-prego, tem uma estimativa de uma taxa a que podemos che-gar?

RAF: É impossível dar um núme-ro, mas a verdade é que é inevi-tável que dispare. Nunca teremos um cenário igual ao americano porque é um cenário diferente, sem qualquer tipo de proteção laboral. Aqui, na Europa, é tudo mais lento. Contudo, é natu-ral que a taxa de desemprego vá disparar, porque não vamos sair desta crise como entramos. Com o abrandamento total da economia em dois, três, quatro meses, é uma coisa nunca vis-ta. O impacto económico vai ser

dramático porque a desacelera-ção é dramática. No período da troika tivemos abrandamentos na casa dos 20 a 30% ao longo de três, quatro anos. Agora pen-sem no que é isto condensado em meses…. Todo aquele sofri-mento condensado em meses não só num país, mas em todos os outros com quem temos re-lações. Em termos de empre-go vai-se sentir, logicamente, e depois vai sempre depender da forma como vamos reagir a isto. Há economistas que dizem que vai ser em “V” uma aceleração, outros dizem que é em “U”, eu também acredito que seja em “U”. Obviamente que as curvas nunca são lineares, mas acho muito sinceramente que nós va-mos perder poder de compra e, ao perdermos poder de compra, no regresso que vai acontecer, mesmo que queiramos todos consumir o mesmo, não vamos consumir, porque, desde logo, não temos o mesmo poder de compra que tínhamos antes de isto começar.

MG: Que conselhos deixa para os empresários lidarem com este período mais conturbado e difícil?

RAF: Não dá para construir um modelo em cima disto, por ser tão novo. As consequências são tão novas que a minha opinião não é melhor do que a tua, ou, por exemplo, a tua não é melhor do que a minha. Temos que ter esta abertura de espírito e soli-dariedade, porque só com troca de ideias é que vamos conse-guir ultrapassar isto. Depois, te-mos de estar sempre com olhos postos no futuro, por mais que o presente nos pareça negro. Olharmos e vermos que as opor-tunidades vão estar a surgir. Vão ser oportunidades de consoli-dação de empresas. Empresas vão ficar maiores porque vão adquirir outras que vão estar em dificuldade. Temos que es-tar com olhos postos no futuro e ver que oportunidades de ne-gócio vão surgir. A forma como podemos dar as melhores con-dições àqueles que fazem parte das nossas equipas. Para mim, hoje é mais importante ligar às pessoas para ver se estão bem, do que propriamente o que es-tão a fazer. Todos juntos vamos sair disto. A nossa preocupação, a criação de relação pessoal, vai fazer com que todos juntos seja-mos capazes de ser mais fortes no dia de amanhã. •

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Rua da Índia nº 462, 4835-061 Guimarães (No edifício verde junto à Rodovia de Covas) | Alameda Professor Abel Salazar nº 29, 4805-375 RonfeDe segunda a sábado, das 08h00 às 20h00

Em Creixomile Ronfe

Ciência em casa para miúdos e graúdos

EM GUIMARÃESO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.11

Iniciativa do Centro de Ciência Viva conta com desafios diários, lançados através das plataformas digitais, que “tocam diferentes áreas científicas”.

Com as portas do Centro de Ciência Viva fechadas há cerca de um mês, uma iniciativa por parte da instituição quer mostrar que também dentro de quatro paredes é possível aprender e explorar a natureza e a biodiver-sidade — basta, por exemplo, es-preitarmos para a nossa varanda ou fazer experiências na cozinha. A partir de segunda-feira, o Cen-tro Ciência Viva de Guimarães começou a promover atividades à distância. Em tempos de con-finamento, jogos, experiências

científicas, desafios e concursos são algumas das sugestões do programa elaborado pela orga-nização. “É uma forma de colocarmos os nossos recursos, técnicos e humanos, ao serviço da comuni-dade neste momento extrema-mente complexo que estamos a viver”, explica o diretor do Centro Ciência Viva de Guimarães, Sér-gio Silva. Numa primeira fase após o encerramento ao público, es-clarece o responsável, “a equipa

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s do Curtir Ciência esteve envol-vida na preparação de novas atividades para desenvolver no pós-pandemia”. “Agora, numa segunda fase, e em articulação com o Município de Guimarães, optou-se por delinear um pro-grama de atividades a pensar nas pessoas que se encontram em recolhimento preventivo, em casa”, explica Sérgio Silva. Os desafios diários vão ser lan-çados através das plataformas digitais e, segundo um comuni-cado, “tocam diferentes áreas científicas”: desde a exploração de elementos geológicos à gas-tronomia, passando pela docu-mentação da biodiversidade que temos à nossa porta. Além deste programa de atividades à distância, o Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guimarães adianta que “está en-volvido na produção de viseiras de proteção, com uso das suas impressoras 3D”. O material de proteção será oferecido a insti-tuições de Guimarães. • PCE

Câmara distribui equipamentos por bombeiros da região

O Serviço Municipal da Proteção Civil do município vimaranense entregou equipamentos de desinfeção para ambulâncias e áreas fechadas aos Bombeiros de Guimarães, aos Bombeiros das Taipas e a forças de seguran-ça vimaranenses. Mas a Câmara Municipal também vai entregar equipamentos a outras corpora-ções que atuam no concelho de Guimarães — os Bombeiros de Vizela, de Vila das Aves e de Riba d’Ave. “Considerando as vantagens deste tipo de desinfeção aliada à rapidez deste processo, em minutos, o Canhão de Ozono

será para intervencionar áreas de espaços fechados nomea-damente, salas de isolamento, locais de maior circulação de pessoas (salas de espera) e ambulâncias que merecem uma limpeza regular com a máxima desinfeção e rapidez possível e a situação atual relacionada com o novo coronavírus”, informa o co-municado enviado pela Câmara Municipal. Assim, é possível proceder à desinfeção de espaços como a Central de Camionagem, o Mercado Municipal e outras ins-talações, bem como os veículos das forças de segurança. •

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Um workshop para ajudar na reconversão industrialAtravés de uma vídeoconferência, a Câmara irá organizar um workshop que representa uma "oportunidade" para as empresas “que queiram dar início a uma reconversão industrial.

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Na próxima quinta-feira, 16 de abril, entre as 15h00 e as 17h00, terá lugar, por videoconferência, o workshop “Dispositivos mé-dicos e de proteção individual: Oportunidades para a indústria”. O evento é destinado aos setores da indústria com potencial de re-conversão para o fabrico de equi-pamento médico. A ação faz parte do plano de ini-ciativas que o Gabinete de Crise e da Transição Económica do Muni-cípio de Guimarães levará à prá-tica, e cujo objetivo é a mitigação do impacto económico negativo provocado pela Covid-19. Segundo a autarquia, trata-se de uma oportunidade para as em-presas “que queiram iniciar uma reconversão industrial, de forma a adaptarem as suas unidades

de produção para o fabrico de dispositivos médicos e de equi-pamento de proteção individual”. No workshop participarão, como parceiros, o Health Cluster Portu-gal, um agente na investigação, conceção, desenvolvimento, fa-brico e comercialização de pro-dutos e serviços associados à saúde, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho e a Fibre-namics, plataforma internacional da Universidade do Minho para o desenvolvimento de produtos com base em fibras e compó-sitos. O workshop contará, na abertura, com as intervenções de Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guima-rães, e de António M. Cunha, Pre-sidente Executivo do Gabinete de Crise e da Transição Económica.

Seguem-se as seguintes comu-nicações: “Tendências e perspe-tivas de mercado do dispositivo médico”, por Joaquim Cunha da Health Cluster Portugal, “I&D em dispositivos médicos e de prote-ção individual”, por Pedro Souto e Maria José Abreu, do Departa-mento de Engenharia Têxtil da Escola de Engenharia da UMinho e a conferência “Têxteis técni-cos em dispositivos médicos e de proteção individual”, por Raul Fangueiro, da Fibrenamics. Do programa consta ainda um debate final, cujo objetivo é “permitir a interação entres os responsáveis das empresas par-ticipantes e os oradores, uma oportunidade para esclarecimen-to de dúvidas e promoção de fu-turas colaborações”. •

SOCIEDADEP.12 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

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Associação Guimarães Fado promove recolha e entrega de bens essenciais

A Associação Guimarães Fado está a promover a recolha de bens essenciais, que posterior-mente entrega aos seus sócios seniores e seus familiares dire-tos, maiores de 65 anos. Em comunicado, a Associação informa que a acção foi também estendida aos sócios da Asso-ciação de Reformados e Pensio-nistas de Guimarães. “Esta nos-sa acção poderá ser alargada a qualquer outra entidade, desde que a mesma exerça uma acção relevante junto da nossa comu-nidade sénior”, escreve a asso-ciação. Os interessados poderão con-tactar a Associação Guimarães Fado via 937 497 090, ou a coor-

denadora do projecto, Vera Lima via 917 183 196. A associação garante uma atuação em sintonia “com as mais restritas regras de higie-ne e etiqueta respiratória, re-comendadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Direção Geral de Saúde”. “Não haverá contacto directo entre quem transporta os ví-veres / medicamentos e quem os recebe – respeitando o iso-lamento social deste grupo de risco – e os “transportadores” serão dotados dos EPI (equipa-mento de protecção individual) recomendados para riscos bio-lógicos”, escreve a Associação no mesmo comunicado. •

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Castelo de Guimarães distinguido com o “Prémio Cinco Estrelas Regiões”O “Prémio Cinco Estrelas Re-giões”, que “pretende valorizar e dar a conhecer a enorme rique-za que caracteriza o nosso país”, distinguiu o Castelo de Guima-rães. Numa nota publicada no Fa-cebook, a Direção Regional de Cultura do Norte congratulou a distinção. Esta foi a 3.ª edição do Prémio. O Castelo venceu na catego-ria Monumentos Nacionais, um prémio atribuído através de vo-tação nacional por mais de 300 mil pessoas. Este Prémio Cinco Estrelas Regiões visa galardoar o que de melhor existe em cada uma das vinte regiões do país, dezoito distritos e duas regiões autónomas, em áreas distintas

como recursos naturais, gastro-nomia, arte e cultura, patrimó-nio e outros ícones regionais de referência nacional; bem como premeia empresas portuguesas que se diferenciam a nível regio-nal. A votação deste ano contou com a participação de 313 450 consumidores portugueses. Monumento Nacional, o Castelo de Guimarães está na origem da Nação Portuguesa, tendo sido edificado no século X. A partir do século XIX passou a ser reconhe-cido como estrutura emblemáti-ca da Idade Média portuguesa e é um dos mais emblemáticos e reconhecidos castelos medie-vais portugueses. Foi a primeira estrutura militar construída em Guimarães. •

Desde a passada segunda-fei-ra que o registo de nascimento passou a ser possível via inter-net. O Ministério da Justiça anun-ciou que esta medida visa evitar que os pais tenham de se des-locar a uma conservatória para registar o bebé. Este serviço era atualmente assegurado apenas em casos urgentes, “mediante agendamento prévio, de acor-do com as medidas de combate ao surto de covid-19, definidas pelo Governo para a área gover-nativa da Justiça”, fosse numa conservatória ou num Balcão Nascer Cidadão — como tem, por exemplo, o Hospital da Senhora de Oliveira.Em comunicado, a tutela explica

Registo de nascimento pode ser feito online

que o pedido do registo de nas-cimento se faz agora no ‘site’ Nascimento Online, através de autenticação com Chave Móvel Digital ou com Cartão de Cida-dão, neste caso, recorrendo a um leitor de cartões e dos códi-gos PIN da morada e de auten-ticação. •

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Juntas oferecem máscaras aos fregueses,com especial atenção aos grupos de risco

Várias Freguesias

Ainda antes de a Direção Geral de Saúde (DGS) comunicar que "o uso de máscaras faciais pelas pessoas em geral passa a ser considerado quando houver um número elevado de pessoas num espaço interior fechado", já algumas juntas de Guimarães, como a de Moreira de Cónegos e a de São Torcato, distribuíam o equipamento pelos seus habitantes.

CONCELHOO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.13

São várias as autarquias locais que estão a disponibilizar equi-pamentos de proteção aos seus moradores. Por Guimarães, a Junta de Fregue-sia de Moreira de Cónegos distri-buiu, durante a manhã do passa-do sábado, através de voluntários e escuteiros da vila, máscaras de proteção oferecidas àquela autar-quia. Em cada habitação, na caixa de correio, foi deixado um saco com duas máscaras. “Esta será a primeira fase da distribuição”, informava a freguesia, sendo que está planeada nova oferenda na próxima semana. As máscaras são reutilizáveis – “podem ser la-vadas e usadas até dez vezes – e laváveis. Já na passada quinta-feira, 09 de abril, a Junta de Freguesia de São Torcato informou que iria dispo-nibilizar máscaras à população. Desta forma, esperava “mitigar a disseminação” do novo coronaví-rus. “Este material estará, nesta primeira fase, disponível exclusi-vamente para os grupos de risco, que tenham obrigatoriamente de sair de casa, por questões profis-sionais ou de saúde, nomeada-

mente doentes crónicos e idosos com mais de 70 anos”, adianta aquela Junta de Freguesia, presi-dida por Alberto Martins. As máscaras estão disponíveis na sede da Junta de Freguesia ou serão entregues em local a com-binar, devendo os interessados ligar para o 253 551857 ou para o email. Numa nota informativa enviada às redações, o edil rei-tera que, apesar desta iniciativa, “todos devem ficar em casa” — “a máscara não substitui todos os cuidados de proteção individual”.A Junta de Freguesia fez saber que cedeu máscaras faciais ao Centro Social da Irmandade de São Torcato. De acordo com um comunica-do publicado no site da Direção--Geral da Saúde (DGS), “o uso de máscaras faciais pelas pessoas em geral passa a ser considera-do quando houver um número elevado de pessoas num espaço interior fechado”. A informação foi avançada na passada segun-da-feira. No mesmo dia, durante conferência de imprensa, a mi-nistra da Saúde, Marta Temido, frisou que as máscaras “sociais”

Em articulação com o Agrupa-mento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso, a Junta de Fre-guesia de Ponte está a promover uma campanha de recolha de computadores, tablets, e impres-soras, equipamentos destinados preferencialmente aos alunos

daquele estabelecimento de en-sino, ou de outro, com maiores dificuldades financeiras. De acordo com a Junta, a Esco-la Básica e Secundária da Vila de Ponte, a Junta de Freguesia de Ponte, através da sua Loja Social, tem recebido inúmeros pedidos

Junta lança campanha derecolha de material tecnológico

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Os Bombeiros Voluntários de Guimarães combateram um in-cêndio que deflagrou num eco-ponto em Pevidém, na passada quinta-feira. O alerta foi dado às 07h24 e os bombeiros enviaram para o local uma viatura e dois elementos. A GNR também esteve no local para tomar conta da ocorrência. Recorde-se que este é um acon-tecimento já recorrente em Gui-marães, em especial na fregue-

sia de Urgezes. No passado dia 04 de abril, depois de um fogo num ecoponto precisamente em Urgezes, foi possível apurar, jun-to da população local, que já se saberá quem terá sido o autor desse fogo. A Junta de Freguesia de Urge-zes já chegou a reunir com a PSP para apurar responsabilida-des. Recentemente já arderam ecopontos em Creixomil, Vermil, Azurém ou Vila Nova de Sande. •

Bombeiros combatem mais um incêndio num ecoponto

Pevidém

(que podem ser feitas de algodão, por exemplo) não devem ser usa-das “por profissionais de saúde ou pessoas doentes”. A estes, juntam-se “as pessoas mais vulneráveis, como os idosos e os doentes com o sistema imu-nitário comprometido, bem como elementos de alguns grupos pro-fissionais [bombeiros, agentes funerários, entre outros], que po-

dem, igualmente, utilizar máscara cirúrgica, durante o exercício de determinadas funções, quando não é possível manter uma dis-tância de segurança entre pes-soas”, lê-se no comunicado da DGS. A ministra da Saúde explicou ainda que, “como não há contra indicações”, as máscaras sociais poderão ser usadas, seguindo as

recomendações do Centro Eu-ropeu de Controlo de Doenças (ECDC) — que, para além de não encontrar “efeitos adversos na sua utilização”, passou a reco-mendar o seu uso nas situações em que se encontre um número elevado de pessoas em locais fechados, como transportes pú-blicos ou supermercados, por exemplo. •

de apoio por parte de famílias desfavorecidas para a aquisição de computadores e outro tipo de material informático, mediante doação. “A cedência definitiva destes computadores, destina--se aos alunos do agrupamento de escolas de Ponte que, por não possuírem estes equipamentos informáticos, estão impossibili-tados de frequentarem as aulas online”, escreve a autarquia local. A recolha do material é asse-gurada pela Junta de Freguesia de Ponte, devendo as pessoas interessadas em colaborar esta-belecer um contacto com a Junta de Freguesia através do e-mail: [email protected], ou dos seguin-tes números: 253 473 080 ou 932 218 785. Todos os equipamentos doados e rececionados na Junta de Fre-guesia de Ponte serão remetidos ao Agrupamento de Escolas Ar-queólogo Mário Cardoso, entida-de que procederá à seleção e en-trega do material informático aos alunos que assim o careçam. •

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Lar promoveu "beijar da cruz" entre idosos, apesar da suspensão decretada pela Igreja

Vila Verde

Pelo menos dois lares de idosos no norte de Portugal organiza-ram, contra as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Igreja Católica, celebrações do “beijar da cruz”, tradicional do domingo de Páscoa, entre os utentes. Um dos casos ocorreu num lar de idosos em Freiriz, concelho de Vila Verde, que promoveu a celebra-ção do compasso pascal, dando o mesmo crucifixo a beijar a um grande número dos idosos que ali residem. Isto apesar de a própria Igreja Católica ter recomendado a suspensão desta tradição do tempo da Páscoa do beijar da cruz devido às medidas de prevenção do contágio do coronavírus — e de os idosos constituírem o principal grupo de risco para esta doença. A celebração foi transmitida em direto através da página de Face-book do Centro Social de Freiriz e o vídeo foi posteriormente divul-gado pelo Semanário V, meio de comunicação local do concelho de Vila Verde. No vídeo, é possí-vel ver vários utentes do centro social beijarem um mesmo cruci-fixo. Inicialmente, um padre entra no lar acompanhado por algumas funcionárias, todos munidos de máscara cirúrgica, e diz as ora-ções tradicionais da Visita Pas-

ZONA NORTE | OPINIÃOP.14 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

O tempo corre em Guimarães, tal como em todo o território por-tuguês, lentamente, sem que se veja a luzinha ao fundo do túnel de que falaram o senhor Presi-dente da República e o Primeiro Ministro. Porque ver a luzinha no fim do túnel será, voltar ao nosso dia--a-dia, com mudanças compor-tamentais até que se perceba mais deste vírus e que possamos acompanhar os nossos sem que a consciência nos diga que pode-mos estar a errar. No entanto, quando a luzinha aparecer clara e luminosa será ainda tempo de reforçar a luta, de usar as forças nestas medi-das de isolamento e prevenção. Sabendo que o que se adivinha é a falta de futuro para milhares de trabalhadores que viram os seus direitos ser atropelados sem que, em grande parte das vezes, fos-se necessário. Os grandes grupos correram para o lay-off guardando os vistosos lucros que vão sendo anunciados aos 4 ventos, so-brecarregando a Segurança So-cial e limitando os apoios para pequenas e microempresas que necessitam tanto dele, porque quase sempre funcionam com os dinheiros do dia-a-dia. Pede-se a solidariedade de to-dos, apela-se aos números que se cantam nos programas de televisão vezes sem conta, para que todos participem, para que todos apoiem, para que todos ofereçam aquele euro que nin-guém sabe se faz falta no fecho das contas mensais. E quem apelou às grandes em-presas para pagarem os salários aos seus funcionários com os lucros distribuídos pelos acio-nistas? E quem obriga os hospi-tais privados a prestar cuidados de saúde ao mesmo valor que é gasto no Serviço Nacional de Saúde? Vários são os desafios com que nos confrontamos no presente e

nos confrontaremos no futuro. E este fim-de-semana de Pás-coa foi o exemplo disso, entre as cerimónias tão marcantes des-te festejo religioso, ouvíamos o anúncio das soluções para se dar continuidade ao 3º período do ano lectivo 2019/2020. Acompanhados da certeza de que foi pelo fecho das escolas que se fizeram as grandes al-terações de rotinas, é também através dessa certeza que sa-bemos que, quando as escolas abrirem, todo um conjunto de outras actividades terão de abrir também as suas portas. Neste cenário o Governo decidiu que o 3º período será de estu-do em casa para os alunos até ao 10º ano deixando em aberto a possibilidade das escolas em Maio poderem abrir para os alu-nos do 11º e do 12º ano para que possam preparar os exames. Ora, a posição dos Verdes é mui-to clara, neste estudo em casa que será feito através da televi-são, internet e o esforço inigua-lável dos professores e encarre-gados de educação, não podem ser leccionados conteúdos novos para não aprofundar as desigual-dades já bem vincadas. É também certo para os Verdes que, em caso de aulas presen-ciais para os alunos do 11º e 12º anos, é essencial que seja ga-rantida a segurança e higiene aos alunos, professores e auxi-liares de educação. Impõem-se inúmeras regras de higienização frequente de todas as superfí-cies, mesas, cadeiras, corrimões, puxadores, entre outras, como o afastamento social que com a dinâmica juvenil nos parece ser mais difícil de cumprir. Por isso, torna-se essencial pen-sar em todas as alterações que terão que ser feitas para reabrir as escolas só por causa dos exa-mes. A saúde pública poderá ser posta em causa apenas por cau-sa dos exames? É esse o objecti-vo principal da Escola? •

TEMPOSDA COVID

Opinião deMariana Silva

Theatro Circo celebra 105 anos com atuações onlineBraga

O aniversário do Theatro Cir-co, a 21 de abril, vai-se celebrar através de diretos nas páginas de Instagram dos artistas en-

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s volvidos, devido à impossibili-dade de a comemoração se fa-zer no palco, em consequência das medidas de prevenção da doença covid-19, revelou a sala de espetáculos bracarense. Em declarações à Lusa, o dire-tor artístico do Theatro, Paulo Brandão, afirmou que, uma vez que o programa "normal", já definido com múltiplas ativida-des, não foi possível, quiseram "adaptar e marcar o aniver-sário virtualmente com vários convidados". A partir das 13h00, o Theatro Circo dá início à festa do 105.º

aniversário, com a 'performan-ce' de dança de Duarte Valada-res, seguindo-se Mara Andrade e o concerto da cantora Tainá. Pela tarde e noite dentro, no Instagram, vai poder assis-tir-se a atuações de Mr. Galli-ni, Jorge Coelho, Carne Doce, Valter Hugo Mãe, Joana Gama, Adolfo Luxúria Canibal, Luís Fi-gueiredo, António Durães, La Baq, Cachupa Psicadélica, An-dré Henriques, Angélica Salvi, Márcia, Cristina Branco, Ana Moura, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Pedro Abrunhosa, Conan Osiris e Doll Maron. •

cal. Depois, refere: “Com a cruz devidamente desinfetada, vamos então beijar Cristo ressuscitado enquanto cantamos.” Uma funcionária passa depois com o crucifixo por grande parte dos idosos, que a beijam. Entre cada beijo, a funcionária limpa a cruz com um pano, embora não seja percetível se é utiliza-do algum produto de desinfe-ção. Durante a breve cerimónia, é possível ver alguns dos idosos recusarem-se a beijar o crucifixo. Teresa Barbosa, em declarações

ao Jornal de Notícias, garante que "foram cumpridas todas as normas de segurança genéricas e as específicas desta fase, com toda a segurança sanitária", sen-do que desde esta última quar-ta-feira, já se sabia "que resulta-ram negativos todos os exames realizados aos utentes e fun-cionárias, onde nunca nenhum apresentou sequer qualquer sin-toma por Covid-19". "Por isso foi de forma consciente e esclareci-da que quem quis beijou a cruz", assegura. •

© Direitos Reservados

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OPINIÃOO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.15

AMOR E POESIA EM TEMPO DE

PANDEMIA

A VIDA NO PLANETA COVID

Os meus amigos e conhecidos estão desaparecidos em comba-te, no combate contra o Corona vírus.Entrincheirados nos seus domicí-lios fiscais, assomam de quando em vez às janelas ou sacadas e gritam canções para acordar a

cidade muda e quieta ou quiçá, para espantar o inimigo viral que paira no ar. O mesmo faz o grilo, que sai da toca, mal surgem os primeiros dias de calor. Impedidos de contactar com o exterior e com a realidade, esta é-nos “servida” pelas rádios,

Esmaga-nos. Oprime-nos. Esgo-ta-nos. Por todo o lado, a toda a hora. A cada minuto. A cada segundo. Pamndemia. Covid. Testes. Máscaras. Ventiladores. Curvas. Picos. Gráficos. Lares. Mortos. Tosse. Temperatura. Eco-nomia. Desemprego. Falências.

Lombardia. Wuhan. Nova Iorque. Vivemos no planeta Covid, mas não podemos deixar que ele nos derrote. A perspetiva tem que começar por ser esta: cumprir com todas as prescrições ema-nadas das nossas autoridades, nas quais devemos confiar. Não

Opinião deAntónio Rocha e Costa

Opinião deJosé João Torrinha

televisões, e redes sociais como quem serve comida ao domicílio, ou não se tratasse do alimento do espírito. Tal como na alegoria da caverna de Platão, em que os perso-nagens recebem a realidade exterior através das imagens projetadas no fundo da caverna e dos sons que ecoam nas suas paredes, também nós, seres cavernícolas em confinamento, somos obrigados a tomar as imagens pela realidade, com a diferença de que os habitantes da caverna de Platão jamais haviam conhecido a realidade exterior, pelo que, para eles, a realidade confundia-se com as imagens. Neste contexto, a minha aten-ção tem-se voltado por estes dias para as notícias ou factos relacionados com a nossa cidade e, de olhos e ouvidos alerta, lá consegui captar duas situações, que, por curiosidade, passo a partilhar com os leitores do “Mais Guimarães”. Ambas as situações têm a ver, directa ou indirectamente com a cultura, marca distinta da urbe afonsina, que teve o seu ponto culminante em 2012, ano em que Guimarães foi Capital Europeia da Cultura. Que saudades tenho desses tempos, mas também dos eventos culturais que o Vila

Flor ou a Plataforma das Artes, nos “serviam” semana a semana e que agora estão suspensos, não podendo ser entregues ao domicílio, via “Ubereats” ou outra plataforma similar. Bem sei que têm sido passadas reposições de espectáculos via on-line mas não é exactamente a mesma coisa. Vamos então aos factos:No último sábado, no programa “5 minutos de Jazz”, na Antena 2, Zé Duarte, uma das figuras maiores da divulgação deste género musical em Portugal, confessava a existência de um romance antigo com a cantora de Jazz americana Betty Carter, que tendo começado há uns anos em Nova Iorque, terá tido o seu ponto mais alto num hotel em Guimarães, durante o Gui-marães-Jazz, referência maior do panorama cultural vimaranense. Há dias, no “Governo Sombra”, que vai para o ar nas noites de sexta-feira, numa conhecida estação televisiva, o coorde-nador do programa, Carlos Vaz Marques citava, a propósito dos tempos que vivemos, um excerto de um poema de Carlos Poças Falcão, poeta vimaranense, cuja obra está longe de ter a divulga-ção que merece.Com a devida vénia, como manda a etiqueta social, concluo transcrevendo o poema citado:

ceder a pânicos injustificados, confiar somente na informação que nos chega de fonte segura, não propagar boatos, supostas notícias que não o são. Não ce-der ao medo e a quem nos quer cada vez mais medrosos. Depois, fazer, cada um de nós, uma adaptação aos novos tempos que nos permita ultrapassar este período da melhor forma. A grande luta para aqueles que continuam a trabalhar é conti-nuar produtivo. Manter o foco. Não cair na apatia. São tempos bons para os amantes da rotina. Os dias tendem a ser uma longa e repetitiva sequência de atos mecanizados, entrecortados por sucessivos lavares de mãos. Há até que resistir a algum conforto que possa haver nisto. São também dias de aprendiza-gem. Sim, eles têm-nos ensinado que podemos usar os meios de comunicação à distância em muito mais situações do que na era AC (antes de covid). A enor-midade de horas que perdíamos e de recursos que esbanjávamos não deixam de impressionar. Conferências, reuniões, encon-tros de todo o tipo que podiam ter acontecido sem as evitáveis e incómodas deslocações. Todos já sabíamos disto, claro, mas agora sentimos a coisa na pele. Em poucos dias, passamos a usar as mais diversas plataformas onde cada um habita a sua pequena janela em conversas tipo banda

desenhada, mas em que os ba-lões do diálogo são sonoros. Sim, mas estes dias mostram também o seu contrário. A pre-sença é importante. Há coisas que não se resolvem se não for cara a cara, olhos nos olhos, ali, na pessoa física um do outro. A linguagem corporal conta muito e só pode ser bem interpretada se a pudermos agarrar com todos os nossos sentidos em alerta. E isso ainda nenhum zoom desta vida nos consegue dar. E ainda bem, digo eu. Em casa, há também muito a fazer para combater a rotina e nos mantermos ativos. Estes tempos de reclusão são bons para arrumações. Arrumar os armários, deitar fora o que não precisamos, descobrir coisas que andavam perdidas por casa, organizar gavetas, pôr coisas a uso que antes não o estavam. Fazer pequenas reparações. São tempos que exigem grande disciplina. Levantar às horas habituais. Fazer exercício, não deixando que o nosso corpo amoleça à sombra da inativida-de. Ver bons filmes e séries. Ler. Manter o contacto com os nossos amigos, ainda que à distância. Há quem diga que a vida não mais será igual a partir desta pandemia. Não sei se assim será. Sei que uma das lições desta crise é que a ilusão de que vive-mos preparados para tudo, é isso mesmo: uma ilusão. Há muitas

coisas que não conhecemos, que não dominamos. Por isso, deve-mos ser cautelosos com as pre-visões para os próximos meses, que fará para os próximos anos. Temos de ser humildes ao admi-tir o nosso desconhecimento e ao mesmo tempo estar atentos e fazermos todos, cada um de nós, a nossa parte. No final, vai correr tudo bem. •

“O quarto agora é o mundo todonem maior nem menorque o mundo inteiro

dantes ia euaos múltiplos lugaresvenham agoraesses lugares a mim.”

P.S : Em tempo de pandemia aconselha-se a substituição do aforismo “tempestade no mar, gaivotas em terra” por este outro mais condizente: “COVIDE no ar, aviões em terra”. •

Impedidos de contactar com o exterior e com a realidade, esta é-nos “servida” pelas rádios, televisões, e redes sociais como quem serve comida ao domicílio, ou não se tratasse do alimento do espírito.

Há quem diga que a vida não mais será igual a partir desta pandemia. Não sei se assim será. Sei que uma das lições desta crise é que a ilusão de que vivemos preparados para tudo, é isso mesmo: uma ilusão.

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VITÓRIA SCP.18 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

Em casa, à espera da boa nova:“Só tenho saudades do futebol”A partir de casa, Agu e Florent descrevem como tem sido estar longe dos relvados. Para ambos os atletas,o foco é só um: regressar aos relvados. De férias, o plantel espera que a “normalidade” regresse o mais cedo possível.

O plantel do Vitória está de férias até ao final deste mês, para evitar o desgaste mental e a saturação provocada pelos dias de confina-mento social (ver texto ao lado). Mas, para Mikel Agu, férias não representam “um período para pa-rar”. “Em tempos de férias, vamos continuar em casa. Continuo a fa-zer o trabalho [físico] com o grupo. Não são férias, não posso sair de

casa”, disse, esta segunda-feira, em mais uma das videoconferên-cias agilizadas pelo Vitória. O médio defensivo admite que este “não é um período fácil”, mas que o mais importante é “a saúde e a família”. Pelo meio, vai-se trei-nando e mantendo-se a esperan-ça do regresso do campeonato. “Todos queremos jogar e temos objetivos para cumprir”, disse, fri-

O plantel do Vitória começou, esta segunda-feira, um período de repouso que se vai prolongar até ao dia final deste mês. A in-formação é avançada na edição do último sábado pelo jornal desportivo O Jogo. Segundo o diário, a medida da SAD visa evi-tar o desgaste mental e a satura-ção provocada pelos dias de con-finamento social — a forma como os jogadores se estão a adaptar a este período atípico tem sido uma das questões prementes das videoconferências organiza-das pelo clube Como é sabido, os jogadores es-tão a treinar a partir de casa, via videoconferência, e com esta de-cisão a SAD quer aplacar o ritmo rotineiro e a fadiga mental que pode estar a acumular-se. Esta medida tem sido replicado em vários clubes da Primeira Liga, com objetivos semelhantes aos cogitados pela SAD. A expetativa é que, depois do período de férias terminar, o plantel esteja apto para começar um período de preparação para o que resta da temporada, visto que há ainda 10 jogos para dis-putar para o campeonato. •

O contrato de Ivo Vieira com o Vitória termina esta época e ain-da não há proposta para que o treinador madeirense continue no clube — o próprio confirmou--o numa entrevista à Sport TV. “Quem manda no Vitória pode não ver em mim a pessoa que interessa para os destinos do clube”, disse, acrescentando que “houve uma conversa em dezem-bro em relação a uma possível re-novação ou não, e depois nunca surgiu uma proposta”.

Da parte da assessoria da SAD vi-toriana surgiu um comentário de resposta: “O Vitória nada tem a informar sobre esse tema. Neste momento, toda a indústria do fu-tebol, e nós em particular, temos diariamente de lidar com pro-blemas mais prementes do que esse”, cita o desportivo diário O JOGO. Ainda assim, a mesma fon-te revelou que “o tema da equipa técnica está a ser tratado e logo que haja algo definitivo será co-municado”. “O ‘timing’ será defini-

do pelos responsáveis do Vitória que lideram este dossier, o presi-dente e o diretor-geral”. A mesma fonte avanou com com a possibilidade de Rui Faria assu-mir o comando da equipa a partir da próxima época. No entanto, o Vitória emitiu um comunica-do onde “desmente categorica-mente o teor da notícia. “O pro-cedimento decisório sobre este ou qualquer assunto é definido internamente, pelos respetivos responsáveis”, lê-se.•

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Esta é a tua oportunidade!Admitimos comerciais

Ivo Vieira revelou que não temproposta para renovar contrato

sando que assegurar um lugar nas competições europeias é a maior das lutas. “Mas temos de esperar para que tudo esteja bem para podermos voltar”, ressalvou. Pes-soalmente, o objetivo maior de Mikel Agu é recuperar a titularida-de. Mas perdê-la não fez com que “deixasse de trabalhar”. “Ninguém fica satisfeito sem jogar. Continuo a fazer o meu trabalho e estou a fazer de tudo para tentar conquis-tar [de volta a titularidade]. Sou um jogador que quer sempre trabalhar e esta fase não pode atrapalhar. Estou a fazer o melhor para voltar a entrar no onze da equipa”, ga-rantiu. Ainda assim, admite que o facto de treinar “fora do campo” é “sempre difícil”, já que os jogadores “ganham mais condição física com os jogos”.

“Todos os dias penso no futebol”Para o nigeriano, as mudanças trazidas pela pandemia não pro-vocaram grandes alterações ao seu dia-a-dia: “Quase não saio de casa. Para mim, não afetou muito.” Com um quotidiano se-melhante ao de quando “as coi-sas estavam a correr bem” — à exceção de idas a superfícies co-merciais, por exemplo — Mikel re-vela, ainda assim: “A única coisa que eu tenho saudades é do fu-tebol.” Quem também só espera pelo sinal que indique o regresso da competição é Florent. O late-ral francês está “fome de bola” é Florent. “Todos os dias penso no

futebol”, confessa. A bitola mudou, mas os objeti-vos mantêm-se intactos. Florent é perentório no que toca à reto-ma da competição e nem coloca em cima da mesa não disputar os últimos dez jogos da I Liga: “Quando começamos uma coi-sa, temos de a acabar. Temos um objetivo e ainda não está cum-prido”. O francês conquistou a faixa es-querda da defesa vitoriana – já leva mais de 2700 minutos esta época – e acredita que esta pau-sa, depois de uma temporada em que a equipa já leva mais de 40 jogos disputados, até pode ser benéfica. “Vai-nos fazer bem recarregar baterias”, indicou. De-pois das “baterias recarregadas”, Florent aponta para a necessida-de de uma pré-época “de três ou quatro semanas”. Até lá, o tempo vai sendo passado em casa. “O mais importante é ultrapassar e voltar à vida normal”, considera o ex-Belenenses. E que vida normal será essa? Com gente nos estádios? Mikel Agu sabe que os adeptos vito-rianos também sentirão sauda-des de ir ao D. Afonso Henriques assistir aos jogos da sua equipa. “Os adeptos estão com sauda-des de ver a equipa a jogar. Eu sei que toda a gente agora está a trabalhar para isso, a fazer o melhor que pode”, diz. Contudo, Mikel não acredita que a normali-dade voltará rapidamente. E, por isso mesmo, atira: “Futebol sem adeptos é como um treino. Não vai ser muito interessante.” •

Plantel inicia férias para evitar saturação

© Marco Jacobeu/MaisGuimarães

Vitória é o 4.º maior “exportador”O Vitória serviu de trampolim para cinco jogadores darem o sal-to para uma das cinco principais ligas do futebol europeu. Segun-do o relatório mensal do Observa-tório de Futebol do Centro Inter-nacional de Estudos Desportivos (CIES), os vimaranenses ocupam a 4.ª posição no ranking de clubes portugueses que mais “expor-taram” talento para as “Big Five” — Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França. Portugal é o único país com três clubes no top-10. •

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FUTEBOLO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.19©

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MOREIRENSE F. C.

O plantel do Moreirense iniciou um período de férias, que se vai prolongar até dia 30 de abril. Os Cónegos seguem, assim, uma medida que já foi adotada por alguns clubes da Primeira Liga. A expetativa da SAD é que, no final deste período, os jogadores estejam aptos para retomarem a competição. Ao que tudo indica, o plantel comandado por Ricardo Soares vai iniciar os treinos no início do mês vindouro. Os atletas do Moreirense estão a treinar a partir de casa, a cumprir um plano especifico elaborado pela equipa técnica do clube de Moreira de Cónegos, em conjunto com o Departamento de Performance. Aquando do anúncio da suspensão das competições, os jogadores receberam indicação para o confinamento no domicílio e para saírem de casa unicamente em duas situações: adquirir bens essenciais e no caso de algum problema de saúde grave. O departamento médico do Moreirense fez saber que os jogadores têm de responder a

Não está assegurada a conti-nuidade dos três homens que o Moreirense dispõe para liderar o setor mais adiantado do terreno. O clube de Moreira de Cónegos avançou para esta temporada com Fábio Abreu, Nenê e David Texeira para a posição de ponta de lança, mas é possível que ou-tros nomes cheguem ao clube na próxima temporada. É que, por razões distintas, a continui-dade do ‘trio’ não está assegu-rada. Fábio Abreu tem rubricado exibições bastante positivas e é um dos ativos que mais tem va-lorizados do plantel. O ‘pé quen-te’ do angolano - leva 12 golos na Primeira Liga - tem granjeado o interesse de vários clubes. O que pode condicionar a conti-nuidade de Nenê e David Texeira é a questão contratual. Os dois avançados estão em situação de final de contrato e ainda não receberam proposta de reno-vação. O veterano avançado brasileiro e o uruguaio estão na segunda temporada ao serviço dos Cónegos •

Plantel inicia período de férias

Cónegos vão reformular ataque

“Neste momento, o mais importante de tudo não é a nossa profissão nem a nossa carreira”O treinador do Moreirense, Ricardo Soares, deixa uma mensagem de apreço a todos os que batalham a pandemia na linha da frente: “Estão numa causa comum, com o objetivo mais nobre da existência humana: tentar salvar vidas.“

Moreirense Moreirense

“Procuro estar em contacto per-manente, individual e coletiva-mente, com todo o grupo, sendo que tenho privilegiado o envio de vídeos para alguns jogadores, como forma de sugestão e tro-cas de ideias, de maneira a que os jogadores possam crescer e evoluir em algumas componen-tes do jogo”. Para o treinador do Moreirense, Ricardo Soares, estes têm sido tempos atípicos, mas, numa entrevista concedi-da à Liga Portugal, diz estar a fazer o possível para combater o marasmo dos dias: “A vida está constantemente a pôr-nos a pro-va, pelo que temos de nos saber ajustar e readaptar às circuns-tâncias que nos são colocadas. Nesse sentido, tenho passado al-gum do meu tempo a fazer algo de que gosto muito: ler”. O mês de janeiro marcou o re-gresso de Ricardo Soares à Liga NOS, depois de uma primeira metade de época ao serviço do SC Covilhã, da LigaPro. Um re-gresso pela porta do Moreirense FC, numa altura em que todo o

Futebol Profissional atravessa um período de interregno, deri-vado à propagação da pandemia de covid-19 à escala mundial.

Família, exercícioe leituraNa entrevista, Ricardo Soares deixou uma mensagem de apre-ço a todos os que batalham a pandemia na linha da frente – “estão numa causa comum, com o objetivo mais nobre da exis-tência humana: tentar salvar vi-das, sem estarem preocupados consigo próprios” – e aproveitou para destacar o comportamen-to dos atletas do clube vima-ranense: “É certo que esta não é uma situação fácil para eles, nem para qualquer português ou cidadão do mundo. Mas te-nho notado, por parte dos meus jogadores, um grande sentido de responsabilidade, uma vez que todos eles têm conseguido perceber que, neste momento, o mais importante de tudo não é a nossa profissão nem a nossa

carreira”. Longe das quatro linhas e do banco, o felgueirense, que trei-na um clube da Primeira Liga pela terceira vez na carreira, tem aproveitado os dias para se manter a par da atualidade, “até porque estamos perante uma realidade efetivamente preo-cupante, que exige que todos tenhamos uma grande dose de consciência individual e coleti-va”. Para além do tempo passado com a família e os cuidados que tem tido para manter a condição física, as semanas têm possibili-tado pôr a leitura em dia. “Neste momento estou a ler um livro chamado “Resiliência”, e pen-so que se ajusta claramente ao momento que estamos a viver. No fundo, dá-nos uma visão de comportamentos empreendidos em períodos de adversidades extremas, em que foi possível, através de muita resiliência, dar grandes respostas e alterar o rumo das coisas”, explicou o ‘ti-moneiro’ dos Cónegos. •

um inquérito diariamente com questões de saúde relacionadas com o novo coronavírus. Faltam disputar dez jornadas do campeonato. Ainda não há, no entanto, uma data para o regresso das competições e em que moldes se daria esse regresso. •

© Moreirense F.C © Direitos Reservados

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O ciclismo quer voltar a “levar um abraço às localidades mais longínquas”, diz a ACM

Projeto Petizes Felizes: município atribui subsídios “Não iremos enjeitar a oportunidade”No início do corrente ano letivo, em concertação com a Divisão de Educação, o município abra-çou o projeto Petizes Felizes. Esta iniciativa viu um conjunto de associações desportivas do concelho vimaranense assegu-rar respostas na área desportiva e abrangeram um total de 2.100 alunos. No entanto, “a situação de emergência financeira em que se encontram algumas daquelas associações desportivas”, devi-do à cessação integral das suas atividades ditada pela resposta nacional ao surto pandémico de Covid-19, “é agravada pelas con-tratações efetuadas para asse-gurar esta resposta aos alunos do 1º ciclo, entretanto suspensa na sequência do encerramento das escolas”. Posto isto, a verea-ção aprovou na última reunião de câmara “a atribuição de sub-sídios como forma de compensar as respetivas entidades pelas despesas entretanto efetuadas no âmbito do projeto Petizes Fe-lizes” Os subsídios foram atribuídos ao Clube Desportivo Xico Ande-bol; ao Guimagym – Clube de Gi-nástica de Guimarães; à ARCAP – Associação Recreativa e Cultural dos Amigos de Ponte; ao Vitória

A decisão anunciada pela FPF na semana passada permite ao Candoso a manutenção entre os principais emblemas do fut-sal nacional. “Com a decisão que foi tomada, não iremos enjeitar a oportunidade de continuar na Liga Placard. Mas teremos ain-da de nos reunir para ponderar”, disse o presidente da equipa de São Martinho de Candoso, Sérgio Abreu, ao jornal Record. “O obje-

tivo era a permanência, mas não era assim que queríamos que acontecesse. Vamos reunir-nos, analisar o que se está a passar, não fugindo à questão sobre o que o futuro nos pode trazer em termos de patrocínios e susten-tabilidade do clube”, afirmou o responsável à mesma fonte.O Candoso estava em último lu-gar da liga antes da interrupção da competição. •

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MODALIDADESP.20 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

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A Associação de Ciclismo do Mi-nho (ACM) promete um regresso às atividades “mais forte e de-terminado”. O ciclismo vai ser, segundo o organismo, “um fator positivo e de esperança na tarefa de renascer Portugal”. Sediada em Guimarães, a ACM afirma, através de comunicado, que “tem insistido na sensibili-zação para o cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde”. “O ciclismo é a modalidade que leva o abraço às localidades mais longínquas e que vai ter com o povo. Abraçando-o. Vamos vol-tar a fazê-lo pois, juntos, sere-mos capazes de transformar o ciclismo num fator positivo e de esperança na tarefa de renascer Portugal”, promete a associação presidida por José Luís Ribeiro. Aquela que é a maior associa-ção regional de ciclismo do país reconhece que “a época despor-tiva está inevitavelmente com-prometida”, contudo, perante a incerteza, garante que vai con-tinuar “em contactos perma-nentes no sentido de avaliar a situação para que, cumprindo as

determinações das autoridades nacionais, seja possível ir equa-cionando o regresso à atividade”.

A bicicleta para ‘furar’ a epidemiaNa mesma nota informativa, a associação minhota recorda que “a bicicleta é uma alternativa de transporte para aqueles que precisam de se deslocar para o trabalho”, e acrescenta que “as apólices de seguros de acidentes pessoais e de responsabilidade civil, associadas à licença des-portiva da Federação Portuguesa de Ciclismo, mantêm-se ativas, desde que a prática seja efetuada dentro do enquadramento legal em vigor”. A Federação Portuguesa de Ci-clismo criou um gabinete de apoio e que disponibiliza regularmente informações e recomendações. O organismo federativo reitera que “os cidadãos comuns po-dem fazer pequenas saídas para exercício físico”. “Também aqui a bicicleta pode ser usada de forma responsável, por curtos períodos e sempre de forma individual”.

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Sport Clube; à AJKP – Associação Juvenil Karaté Portugal; ao Clube Rope Skipping das Taipas; ao-Guimarães Rugby Union Football Club; e ao CART – Centro de Ati-vidades Recreativas Taipense Na agenda da reunião de câ-mara é lembrado que: “A Câma-ra Municipal abraçou a propos-ta, em estreita articulação com os agrupamentos de escolas, dada o interesse em propor-

cionar aos alunos atividades que concorram para o seu de-senvolvimento físico. Ademais, esta proposta pressupunha, para aqueles 2.100 alunos, a ini-ciação à prática de um conjun-to de modalidades desportivas menos divulgadas, designa-damente judo, karaté, jiu-jitsu, atletismo, ginástica, andebol, rope skipping, rugby e patina-gem.” •

Calendário em stand-byRecorde-se que, no início do ano, a ACM anunciava que Guimarães continuaria a ser um dos princi-pais palcos do ciclismo minhoto. Provas como o Passeio de Bici-cleta Dia Um de Portugal – “a grande festa do ciclismo de lazer do Minho” – e a “forte possibili-dade” da cidade-berço acolher ainda o Campeonato Nacional de BTT DHI, em julho, permitiam fazer essa asserção. No entanto, a pandemia de covid-19 colocou todos os calendários em suspen-so. A nível nacional, a Federação Portuguesa de Ciclismo acredita que é possível realizar a Volta a Portugal. “O cenário otimista era começar a ter corridas já em ju-nho. E o pessimista era ter de al-terar a data da Volta a Portugal. Mas acreditamos que a Volta, à partida, poderá manter-se nas datas previstas. Assim espera-mos”, projetou o presidente da FPC, Delmino Pereira, à Rádio Renascença. •

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+ DESPORTOO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.21

“Seria um prémio merecido”. Capitães pedem um play-off a 16 equipas

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Campeonato de Portugal

Os capitães de sete equipas que militam o Campeonato de Por-tugal enviaram uma carta à Fe-deração Portuguesa de Futebol (FPF) onde pedem que seja dis-putado um play-off com 16 equi-pas para determinar quem sobe à II Liga. Entre os signatários da carta está o capitão da equipa B do Vitória, Jorge Sampaio. Esta missiva surge no segui-mento da decisão da FPF de dar por terminadas todas as com-petições não-profissionais em Portugal, devido à pandemia de covid-19. Está em cima da mesa

a possibilidade de se realizar na mesma um play-off para apurar os promovidos à II Liga. O documento sugere um play-off com 16 equipas (as quatro pri-meiras de cada série até à data da interrupção do campeonato). Os jogadores ressalvam que esta nunca será a “solução ideal” nem a mais justa,mas aquela que re-duz “ao máximo o número de jogadores e clubes prejudicados”. “Assumimos e reconhecemos que quem vai na frente mere-ce ser recompensado, logo, um play-off em que os primeiros

classificados entrassem numa fase mais avançada seria um prémio merecido para as equi-pas que se encontravam no topo da tabela”, pode ler-se na carta enviada. A mensagem termina com um repto: “O nosso desejo é simples: se vão haver subidas de divisão, deixem ser os jogadores a dispu-tá-las dentro do campo!”. Para além do capitão do Vitória, assinaram esta carta os líderes do Anadia, Alverca, Leça, Loule-tano, Sertanense e Sporting de Espinho. •

“Havia sempre uma alternativa”, diz o Brito“Esta é uma decisão que nos pa-rece precipitada.” É desta forma que o Brito Sport Clube, através de uma publicação partilhada nas redes sociais, encara as de-cisões da FPF relativamente ao cancelamento dos campeonatos seniores não-profissionais de futebol, devido à pandemia de covid-19. “Na nossa ótica, esta é uma decisão que nos parece precipitada, pois haveria sempre uma alternativa para terminar a época. Não faz sentido pensar noutra época sem terminar esta”, lê-se na publicação, onde o Bri-to refere ainda que “terminar as competições seria o mais justo para todos, nomeadamente o campeonato e a taça da Asso-ciação de Futebol de Braga”. O clube diz que a decisão beneficia “quem muito pouco fez”: premeia “equipas da dita despromoção”. O Brito encontra-se no 2.º lu-gar da Pró-Nacional, sendo que o líder é o Pevidém Sport Clube. Quatro pontos separam os clu-bes. O clube destaca a “excelen-

A.F Braga

te prestação da equipa”. “Neste momento, a única certeza que temos é que desde o início do campeonato estivemos 20 jor-

nadas alternando o primeiro e o segundo lugar com o Pevidém, no qual se encontra em primeiro lugar com mérito”, acrescenta. •

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ARTES E ESPETÁCULOSP.22 N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020

O novo álbum de Pedro Emanuel Pereira chama-se "Sons da Minha Terra" e é uma "novidade" na carreira do pianista vimaranense, que apostou nas suas próprias criações.

Mais Guimarães (MG): O seu novo álbum chama-se “Sons da Minha Terra”. O título já deixa adivinhar sobre o que se trata, mas o que podemos esperar deste disco?

Pedro Emanuel Pereira (PEP): Este álbum é uma novidade no meu percurso, na medida em que apresento obras que são cem por cento da minha autoria. Apresento-me não só na condi-ção de intérprete, mas também de compositor e criador. E estas obras são, de certa forma, ins-piradas nas minhas raízes. Para além de incluírem melodias de autores portugueses, no caso do José Afonso ou com o Hino a Guimarães, também o ciclo do álbum, que é inspirado na músi-ca tradicional portuguesa, torna este disco muito peculiar. Porque fui beber muito das nossas raí-zes, da minha infância, do lugar onde nasci.

MG: Qual a reação que tem re-cebido a estes sons da sua e nossa terra?

PEP: Tive um concerto no ano passado, em Marselha, em que, na primeira parte, interpretei obras de compositores russos, alusivos ao meu primeiro disco, e na segunda parte interpretei temas da minha autoria. No bis, fiz um pequeno improviso so-

bre temas do Zeca Afonso, algo ali à volta dos cinco, seis minu-tos. O que aconteceu é que, no final do concerto, a maioria das pessoas estava-me a pedir dis-cos alusivos à segunda parte do concerto. E isto fez com que eu pensasse: por que não fazer um projeto apenas de obras da mi-nha autoria? E isto deixou-me, de certa forma, com alguma in-quietação. Dediquei muita ener-gia ao primeiro disco, que acho que foi muito bem conseguido, com obras extremamente desa-fiantes, mas este projeto, de cer-ta forma, ganhou um outro calo, uma outra força, a partir do mo-mento em que entendi qual era a reação do lado de lá. E sempre foi muito calorosa. Há sempre muita curiosidade com autores portu-gueses. E, neste aspeto, entendo que este projeto tem uma mar-gem muito boa de ser aceite não só pelos portugueses, mas tam-bém lá fora, em diversos pontos do globo, sem dúvida.

MG: Que memórias sonoras tem da cidade de Guimarães?

PEP: Posso dizer que, a nível de som, o que mais me dá saudade da minha terra é precisamente o toque dos sinos. Recordo-me de estar a estudar na Francisco de Holanda, e até mesmo no Con-servatório, e de hora em hora poder escutar os sinos. E isso é

algo de que sinto nostalgia. Ca-minhando na cidade, escutamos sempre os sinos da igreja. O que acontece na Basílica de São Pe-dro é que temos uma melodia pagã, que não é cristã, e soa nos sinos de uma igreja. Não se vê em muitos lugares e, nesse as-peto, torna-o especial.

MG: Este álbum chega em ple-na pandemia. Como se gere o lançamento de um disco nesta altura? PEP: Esta é uma situação com-pletamente nova. Como muitos colegas de profissão, a única so-lução que tive foi reinventar-me. Porque todos os meus concer-tos até ao final de julho, por ra-zões lógicas, estão cancelados, e esta pandemia surgiu na altu-ra em que tinha mais concertos. Estou a conseguir reprogramar alguns para 2021, mas, no caso de outros, não estou a conse-guir reagendar porque as salas de concerto já têm a sua agenda programada para 2021. E a so-lução óbvia foi focar-me no uni-verso digital. É, sem dúvida, algo extremamente desafiante para mim. Entendo que o contacto com as pessoas no mundo digi-tal seja imprescindível para um artista nos dias de hoje, mas é algo com o qual nunca lidei com todo o meu espírito e entrega. E, neste momento, estou a fazê-lo de uma forma mais devota, mais dedicada, porque é a única forma que tenho de poder comunicar com as pessoas.

MG: Estamos perante uma fase difícil para todos, e o mundo ar-tístico acaba por sofrer com es-tas restrições. Há trabalhadores que, do nada, ficaram sem qual-quer fonte de rendimento…

PEP: Vai ser muito difícil. A reali-dade é que os músicos, os técni-cos de som, de luz, os editores, os managers, enfrentam o mes-mo: tudo está parado. E estamos a falar de um setor em que muita gente trabalha a recibos verdes ou com contratos precários. Nes-ta situação estão muitos músi-cos de diversas áreas, mas tam-bém bailarinos, atores, pintores, escultores e também quem está por detrás do palco. Quanto a perspetivas, por um lado, te-nho uma sensação que me diz que quando tudo isto passar, as pessoas vão ter uma sensação enorme de poder consumir arte, cultura, entretenimento, de estar

juntas, de jantar fora, de ir aos cinemas, aos cafés, aos está-dios. E isso vai ser muito positivo porque vamos ter muita procu-ra. Por outro lado, sinto que vai haver uma certa dificuldade em encontrar um encaixe para toda esta situação. As salas de con-certos têm a sua programação já adiantada com muita antece-dência e fica muito difícil quando paramos quatro, cinco ou seis meses e queremos colocar essa atividade nos anos seguintes. Vamos ter de ser flexíveis e to-lerantes e compreender que va-mos passar por algo de novo que nunca vivemos nas nossas vidas. O importante é estarmos receti-vos ao que está por vir e pensar que será algo melhor.

MG: Mas acha que, no pós-pan-demia, assistiremos a mudan-ças profundas neste setor?

PEP: Sinceramente, sinto que isto vai afetar todos os setores. E a maneira como nós vivemos o mundo, de certa forma, vai ter repercussões filosóficas, éticas e na forma como encaramos a vida. Nesse sentido, a arte e a cultura vão ter mudança de pa-radigma, como tudo. A primeira grande mudança é na maneira como olhamos para nós pró-prios, o propósito de estarmos aqui, e a maneira como enca-ramos o outro e toda esta nos-sa caminhada. E isso levou um abanão neste período, que é de certa forma triste, mas que nos permite pensar e meditar sobre o nosso propósito.

MG: E isso influencia a criação artística…

PEP: Sem dúvida. Os artistas nada mais são que o reflexo de uma sociedade e de um período da história. Se quero perceber como é que as pessoas viviam no século XVII, posso escutar a mú-sica de Bach e visualizar obras de arte desse período, assim como ler obras literárias. O artista é um reflexo da vivência num determi-nado período. Reconheço que, não só esta situação, mas como outras, vão ter repercussões na minha arte, mas também nos pintores, nos poetas, nos drama-turgos. Obviamente que vai ter impacto naquilo que é a criação artística. E daqui a 100 ou 200 anos, quiçá um ou dois artistas que ficarão na história serão re-cordados por aquilo que estamos a atravessar. • NRG

"O artista é um reflexo da vivência num determinado período"

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33.ª edição dos Festivais Gil Vicente cancelada

A edição deste ano dos Festivais Gil Vicente, que se iria realizar entre 4 e 14 de junho, será can-celada. O anúncio foi feito pel’A Oficina e decorre da situação de pandemia declarada pela Orga-nização Mundial de Saúde e no seguimento das medidas adota-das pelo Governo de Portugal, no sentido de combater os efeitos do Covid-19. Organizados pel’A Oficina, em colaboração com a Câmara Mu-nicipal de Guimarães e o Círculo de Arte e Recreio, os Festivais Gil Vicente cumpririam, em 2020, a sua 33ª edição. A edição da Mos-tra de Amadores de Teatro, que este ano iria ocorrer integrada nos Festivais Gil Vicente, será, neste contexto, também cance-lada. Em comunicado, A Oficina escre-ve que, perante a situação “de exceção” e a “incerteza da evo-lução epidemiológica”, entendeu que a segurança do público se-ria “a principal prioridade”. “Além das questões de segurança, as recentes medidas de combate ao Covid-19 levantaram igualmente outros constrangimentos, como o encerramento de equipamen-tos onde os artistas e as com-panhias estariam em ensaios e em processo de criação de novas peças a estrear no evento”, jus-tifica. Adicionalmente, A Oficina ga-rante que, oportunamente, em articulação com artistas e com-panhias, os espetáculos que es-tavam previstos serão reagen-dados para datas futuras. Os Festivais Gil Vicente e a Mostra de Amadores de Teatro regres-sarão em 2021 “para mais uma celebração do teatro em Gui-marães, com espetáculos, for-mações e encontros, numa ver-dadeira festa para todos, sejam profissionais, amadores ou estu-dantes”, finaliza. •

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ireitos Reservados

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PASSATEMPOS E INFORMAÇÕES ÚTEISO JORNAL N237 QUARTA-FEIRA 15 ABRIL 2020 P.23

Quarta-feira 15 de abril

Farmácia da PraçaRua Paio Galvão - Tlf: 253 523 167

Quinta-feira 16 de abril

Farmácia NobelRua de Santo António - Tlf: 253 516 599

Sexta-feira 17 de abril

Farmácia BarbosaLargo do Toural - Tlf: 253 516 184

*Farmácia FariaR. do Calvário, 201, Serzedelo - Tlf: 253 532 34

Sábado 18 de abril

Farmácia Avenida Avenida D. João IV - Tlf: 253 521 122

Domingo 19 de abril

Farmácia Paula MartinsRua Teixeira Pascoais - Tlf: 253 415 833

Segunda-feira 20 de abril

Farmácia Lobo Avenida Londres - Tlf: 253 412 124

Terça-feira 21 de abril

Farmácia Vitória (Creixomil)Guimarães Shopping- Tlf: 253 517 180

*Em regime de disponibilidade

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Portugal à mesa com

“Ai Minho verde, ai minha água, ai alto Minho,Minho da minha mágoa no cami-nhoAi Minho sede, que és meu pão e és meu vinho,Ai flor de Portugal com pés de li-nho.Minho bordado com linha puraO ponto aberto de ansiedade.Minho lavado pela amargura que já deixou de ter saudadeAi minho festa do rosmaninho e da giestaAí onde Portugal teve o seu ni-nho.Vira a tristeza em riso abertoVira a saudade em poesiaE vira o nome dessa linda romariaQuando o regresso estiver certoMinha senhora da Agoniahás-de virar Nossa Senhora da Alegria.Minho dobrado, como um sal-gueiro.

Minho magoado, ai minha voz de Bernardim Primeiro,ai Minho Lima, que és vindima, dum povo inteira,ai Minho dos meus olhos, meu ri-beiro.Minho emigrado, Minho distante, mas sempre pai de cada filho arroz molhado nunca bastante, caldinho verde broa e milhoMinho grilhão, Minho arrecada bendito pãode quem pode voltar à terra ama-da.Vira a tristeza em riso aberto, vira a saudade em poesiae vira o nome dessa linda romariaquando o regresso estiver certominha Senhora da Agoniahás-de virar Nossas Senhora da Agonia”

José Carlos Ary dos Santos – “As palavras das Cantigas”

Envie as suas sujestões para: [email protected]

Mário Moreira

Bom apetite, Votos de saúde!

“À Mesa de quarentena”

“Caldo Verde”© Direitos Reservados

Farmáciasde serviço

Dê sangue!

Todas as Terças-feirasdas 14h30 às 19h00

Primeiro e terceiro Sábadode cada mês das 09h00 às 12h30

Local Casa do dador (Azurém)

COLHEITA PERMANENTE

O que acontece na sua rua,

no seu bairro, na sua freguesia...

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RIGOR, INDEPENDÊNCIA E PLURALIDADE

Numa panela ao lume com 1,5 de água a ferver, adicionar, descas-cados e bem lavados; 2 cebolas, 3 dentes de alho, 5 batatas médias. Aproveitar a fervura para juntar uma chouciça de carne de boa qualidade. Depois de bem cozido, retirar o enchido e passar a puré. Temperar de sal e verificar a con-sistência ao gosto. Tenha uma mão cheia de couve portuguesa, lavada e cortada finamente a pre-ceito, junte ao puré. Deixar ferver, uns 5 minutos. Retificar temperos,

Telefones ÚteisPolícia Municipal 253 421 222P.S.P. 253 540 660G.N.R. 253 422 575Hospital 253 540 330

BV Guimarães 253 515 444BV Taipas 253 576 114SOS 112CM Guimarães 253 421 200

adicionar um fio de azeite. Servir o caldo verda numa tigela, adicione 2 rodelas do enchido e com nacos generosos de broa.

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ASSINATURAS 253 537 250

Teleférico

Mortescausadas

por covid-19

Tabletspara alunosdo 1.º ciclo

Até ao fecho desta edição eram 17.448 o número de

casos confirmados com Covid-19. Havia ainda

2474 pessoas a aguardar resultados laboratoriais.

O novo coronavírus já provocou 567 mortes em

território nacional.

Para muitas famílias, um dos principais problemas

neste paradigma de ensino à distância é o acesso à

internet. Na reunião municipal da passada quinta-feira,

ficou-se a saber que o município adquiriu mais 500

tablets. Juntam-se aos 500 que já estavam disponíveis.

Domingos Bragança quer reversão da medida que impede partilha de dados por parte das autarquias

Última

“É um disparate que ninguém en-tende”. É desta forma que Domin-gos Bragança vê a orientação das autoridades de saúde que impe-de os delegados de Saúde de dis-ponibilizarem informação diária sobre a evolução da pandemia covid-19 em cada um dos conce-lhos aos respetivos autarcas. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães reiterou que espera uma reversão da medida “o mais rápido possível”. “O presidente da Câmara Muni-cipal é o representante dos ci-dadãos e munícipes. Tem de ser a pessoa mais informada para

decidir bem”, afirmou Domingos Bragança na última sessão do primeiro dia do Fórum Internacio-nal das Comunidades Inteligentes e Sustentáveis, uma plataforma de partilha dos principais avanços para o desenvolvimento inteli-gente, sustentável e inclusivo dos municípios. Por videoconferência, numa ses-são que juntou três dos quatro autarcas do Quadrilátero – ape-nas o presidente da Câmara Mu-nicipal de Braga, Ricardo Rio, não marcou presença -, Domingos Bragança frisou que a orientação dada pelo Ministério da Saúde

“foi um autêntico disparate, que é preciso reverter”. “Os presiden-tes querem e devem saber o que e necessário. Temos que dar res-postas às pessoas e assim não o estamos a fazer”, realçou. A polémica começou no último fim-de-semana, altura em que alguns autarcas acusaram o Go-verno de estar a tentar impor uma “lei da rolha” no que toca à divul-gação do número de infetados por concelho. A ministra da Saú-de negou, posteriormente, que as autoridades locais estivessem proibidas de divulgar a estatística local compilada. •

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