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CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) MARÇO • 2ª QUINZENA ANO 81º • 2013 • N º 6 Medidas de apoio ao emprego “Estímulo 2013” No âmbito do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, firmado entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais, em 18 de janeiro de 2012, bem como no quadro do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2012, de 9 de março, é atribuída prioridade à adoção de medidas ativas de em- prego que incentivem a contratação de desempregados e promovam o reforço da sua empregabilidade. (Continua na pág. 231) NESTE NÚMERO: • IVA – atividades de produção agrícola - declaração de início de atividade • Número de identificação fiscal - Novo regime - Decreto-Lei nº 14/2013, de 28.1 Legislação DL nº 14/2013, de 28.1 (Registo fiscal dos contri- buintes - novo regime de atribuição do NIF) .. 223 Port. nº 84/2013, de 27.2 (ISP - taxa aplicável ao gasóleo para aquecimento) ......................... 229 Port. nº 103/2013, de 11.3 (Segurança Social e IRS - novo Anexo SS - declaração de rendimentos) 237 Port. nº 106/2013, de 14.3 (Trabalho - medida de apoio ao emprego “Estímulo 2013”) .......... 209 Port. nº 107/2013, de 15.3 (Autoridade tributária - acompanhamento dos contribuintes pela Unidade dos grandes contribuintes - critérios de seleção) 230 Port. nº 819/2013-2ª série, de 15.1 (Segurança Social - trabalhadores independentes - modelo de requerimento de prestações de desemprego e declaração de situação de desemprego) ........ 238 e 238 Resoluções administrativas IMI: avaliação geral dos prédios urbanos - efeitos, regras a aplicar, cláusula de salvaguarda ......... 217 IVA: alterações ao Código - regime especial de isenção - produtores agrícolas – revogação da alínea 33) do art. 9º do CIVA) .......................................... 219 Obrigações fiscais do mês e informações diversas 210 a 216 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do trabalho ....................... 231 a 242 Sumários do Diário da República............................ 244 SUMÁRIO Portaria n.º 106/2013, de 14 de março Esta prioridade resulta da importância significativa que as medidas ativas de emprego podem assumir no combate ao desemprego, em particular no combate ao desemprego de longa duração, sem prejuízo do papel determinante que a este nível resulta do crescimento económico sustentável. Estas medidas constituem também um elemento relevante no âmbito do modelo de mercado de trabalho associado à flexisegurança, conjuntamente com outras vertentes dessa abordagem, como uma legislação laboral flexível, prestações so- ciais alargadas e ofertas ao nível da aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente no quadro de um serviço público de emprego ativo. Neste contexto, e na sequência da análise conjunta desenvolvida pelo Governo e pelos Parceiros Sociais em relação ao conjunto de apoios públicos ao emprego disponibilizados, foi criada a medida Estímulo 2012, através da Portaria n.º 45/2012 (1) , de 13 de fevereiro.

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Page 1: Portaria n.º 106/2013, de 14 de março Medidas de apoio ao ... · PDF fileSumários do Diário da República ... de registo dos sujeitos passivos abrangidos pela mesma, ... - Entrega

CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

MARÇO • 2ª QUINZENA ANO 81º • 2013 • Nº 6

Medidas de apoio ao emprego “Estímulo 2013”

No âmbito do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, fi rmado entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais, em 18 de janeiro de 2012, bem como no quadro do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2012, de 9 de março, é atribuída prioridade à adoção de medidas ativas de em-prego que incentivem a contratação de desempregados e promovam o reforço da sua empregabilidade.

(Continua na pág. 231)

NESTE NÚMERO:• IVA – atividades de produção agrícola -

declaração de início de atividade• Número de identifi cação fi scal - Novo

regime - Decreto-Lei nº 14/2013, de 28.1

LegislaçãoDL nº 14/2013, de 28.1 (Registo fi scal dos contri- buintes - novo regime de atribuição do NIF) .. 223Port. nº 84/2013, de 27.2 (ISP - taxa aplicável ao gasóleo para aquecimento) ......................... 229Port. nº 103/2013, de 11.3 (Segurança Social e IRS - novo Anexo SS - declaração de rendimentos) 237Port. nº 106/2013, de 14.3 (Trabalho - medida de apoio ao emprego “Estímulo 2013”) .......... 209Port. nº 107/2013, de 15.3 (Autoridade tributária - acompanhamento dos contribuintes pela Unidade dos grandes contribuintes - critérios de seleção) 230Port. nº 819/2013-2ª série, de 15.1 (Segurança Social - trabalhadores independentes - modelo de requerimento de prestações de desemprego e declaração de situação de desemprego) ........ 238 e 238Resoluções administrativasIMI: avaliação geral dos prédios urbanos - efeitos, regras a aplicar, cláusula de salvaguarda ......... 217IVA: alterações ao Código - regime especial de isenção - produtores agrícolas – revogação da alínea 33) do art. 9º do CIVA) .......................................... 219Obrigações fi scais do mês e informações diversas 210 a 216Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas e Regulamentação do trabalho ....................... 231 a 242Sumários do Diário da República ............................ 244

SUMÁRIO

Portaria n.º 106/2013, de 14 de março

Esta prioridade resulta da importância signifi cativa que as medidas ativas de emprego podem assumir no combate ao desemprego, em particular no combate ao desemprego de longa duração, sem prejuízo do papel determinante que a este nível resulta do crescimento económico sustentável. Estas medidas constituem também um elemento relevante no âmbito do modelo de mercado de trabalho associado à fl exisegurança, conjuntamente com outras vertentes dessa abordagem, como uma legislação laboral fl exível, prestações so-ciais alargadas e ofertas ao nível da aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente no quadro de um serviço público de emprego ativo.

Neste contexto, e na sequência da análise conjunta desenvolvida pelo Governo e pelos Parceiros Sociais em relação ao conjunto de apoios públicos ao emprego disponibilizados, foi criada a medida Estímulo 2012, através da Portaria n.º 45/2012(1), de 13 de fevereiro.

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Boletim do Contribuinte210MARÇO 2013 - Nº 6

I R S (Até ao dia 22 de abril)– Entrega do imposto retido no mês de março sobre ren-

dimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

– Entrega do imposto retido no mês de março sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pen-sões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente).

I R C

– Entrega das importâncias retidas no mês de março por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 94º do Código do IRC. (Até ao dia 22 de abril)

I V A - Entrega do imposto liquidado no mês de Fevereiro pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de abril)*

*Obrigatoriedade de envio pela Internet das declarações periódicas do IVA.

O pagamento pode ser efetuado nas estações dos CTT, no Multibanco

ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até

ao último dia do prazo.

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (Até ao dia 30 de abril)

– Pagamento da totalidade do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) referente ao ano anterior, se igual ou inferior a 250 euros ou da 1ª prestação se superior.

(cfr. esclarecimentos constantes da Circular nº 4/2013, de 12.3, da

DSIMI, da AT, publicada na pág. 216)

SEGURANÇA SOCIAL (De 10 a 20 de abril)

- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao mês de março de 2013.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 30 de abril)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de abril.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 22 de abril)– Entrega do Imposto do Selo retido no mês de março

mediante Documento de Cobrança.

PAGAMENTOSEM ABRIL

Segurança SocialEntrega da Declaração Mensal

de Remunerações

Até ao dia 11 de abril, deverá ser entregue a Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

NotáriosDeclaração modelo 11

Até ao dia 15 de abril, deverá ser feita a entrega da Decla-ração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração periódica

Até ao dia 10 os contribuintes deverão proceder ao envio da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em fevereiro.

IVADeclaração Recapitulativa. Regime normal

Entrega, até ao dia 22 de abril, da Declaração Recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

OBRIGAÇÕESEM ABRIL

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Boletim do Contribuinte 211MARÇO 2013 - Nº 6

IVADeclaração Recapitulativa

Sujeitos passivos isentos

Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão ele-trónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA.

IVAComunicação das faturas emitidas

Até ao dia 26 de abril, deverá ser efetuada a comunicação por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento, estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

OBRIGAÇÕESEM ABRIL

INFORMAÇÕESDIVERSAS

IVAAgricultores perdem isenção de IVA

mas podem deduzir imposto

A Lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE 2013), que aprovou o Orçamento do Estado para 2013 (publicada no Bo-letim do Contribuinte em suplemento à 1ª quinzena de janeiro), procedeu à revogação da alínea 33) do artigo 9º, bem como dos anexos A e B do Código do IVA (CIVA) com efeitos a 1 de abril de 2013, originando uma alteração dos elementos de registo dos sujeitos passivos abrangidos pela mesma, cuja atividade passa a ser sujeita a tributação.

Assim, os agricultores que a partir de 2013 perdem a isen-ção de IVA, poderão no entanto deduzir o imposto de máqui-nas ou alfaias agrícolas que tenham sido adquiridas em anos anteriores, mas que ainda não estejam totalmente amortizadas.

A instrução administrativa emitida pela Autoridade Tri-butária – Ofício Circulado nº 30143/2013, de 13.3 – que se transcreve na página 218, esclarece os novos procedimentos a que vão fi car sujeitos os produtores agrícolas. De acordo com o previsto no Orçamento do Estado (OE) para este ano, a transmissão de bens efetuados no âmbito de explorações IMI

Avaliação geral dos prédios urbanos

A autoridade Tributária tem vindo a propceder ã avaliação geral da propriedade urbana ao abrigo das disposições estabe-lecidas pelo Decreto-Lei nº 287/2003.

Caso não concorde com o resultado da avaliação geral, pode apresentar um pedido de 2.ª avaliação.

- Esse pedido de 2.ª avaliação deve ser dirigido ao chefe do serviço de fi nanças da área do prédio, no prazo de 30 dias a contar da notifi cação.

- A 2.ª avaliação tem custos para o requerente, com o limite mínimo de 2 unidades de conta (€ 204,00), sempre que o valor contestado se mantenha ou aumente.

- A 2.ª avaliação é realizada por um perito avaliador independente nomeado pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU)

- O contribuinte é notifi cado do resultado da 2.ª avaliação por transmissão eletrónica de dados ou, não sendo possível, por via postal registada.

- O resultado desta 2.ª avaliação poderá ser impugnado judicialmente nos termos defi nidos no Código de Pro-cedimento e de Processo Tributário (CPPT), com os fundamentos em qualquer ilegalidade, designadamente a errónea quantifi cação do valor patrimonial tributário do prédio, de acordo com o disposto no artigo 77.º do CIMI.

(Ver na pág. 216 deste número os esclarecimentos divul-gados pela Autoridade Triutária relativamente aos efeitos da avaliação geral dos prédios urbanos no âmbito da liquidação e pagamento do IMI berm como alguns esclarecimentos quanto á cláusula de salvaguarda).

IRSEntrega da declaração de rendimentos

Modelo 3

Até ao dia 30 de abril

- Entrega da Declaração de rendimentos Modelo 3, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos com rendimentos da Categoria A (trabalho dependente) e H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias provenientes do estrangeiro, terão de preen-cher o Anexo J; se tiverem Benefícios Fiscais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento apresentarão, com a declaração, o Anexo H.

- Entrega da Declaração de rendimentos Modelo 3, em suporte de papel, com anexos, pelos sujeitos passivos com rendimentos das Categoria A (trabalho dependente), E (capitais), F (prediais), G (mais-valias) ou H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias, no estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J. Se tiverem Benefícios Fiscais, deduções à coleta, acréscimos ou ren-dimentos isentos sujeitos a englobamento apresentarão, com a declaração, o Anexo H.

(Nota: para além dos esclarecimentos publicados na página 177 do último número ver o quadro síntese dos benefícios fi scais aplicáveis ao exercício de 2012 que se transcreve na pág. seguinte)

(Continua na pág. 213)

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Boletim do Contribuinte212MARÇO 2013 - Nº 6

IRSDeclaração Modelo 3

Benefícios fi scais aplicáveis ao exercício de 2012

BENEFÍCIOS FISCAIS LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Conta Poupança reformado Ficam isentos os juros na parte em que o saldo seja inferior ou igual a € 10.500,00(artigo 20º do EBF)

Propriedade intelectualOs direitos de autor auferidos pelo titular originário residente em território português, são englobados em 50% do seu valor, estando o valor excluído de tributação limitado a € 20.000(artigo 58º do EBF)

Certifi cados de depósitoDepósitos a prazo

O rendimento é reduzido em:- 20%, se o vencimento ocorrer após 5 e antes de 8 anos- 60%, se o vencimento ocorrer após 8 anos (artigo 25º do EBF)

Fundos de investimentoEstão isentos os rendimentos de unidades de participação em fundos de investimento mobiliário, imobiliário e fundos de fundos (artigo 22º do EBF)

Fundos de capital de risco As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10% (artigo 23º do EBF)

Fundos de investimento imobiliário em recursos fl orestais

As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10% (artigo 24º do EBF)

Mais-valias de não residentes

Estão isentas as transmissões de- Partes sociais de sociedades portuguesas- Outros valores mobiliários emitidos por sociedades portuguesas- Warrants autónomos emitidos por sociedades portuguesas- Derivados transaccionados em bolsa- Unidades de participação em fundos de capital de riscoExcepções- Pessoas residentes em paraíso fi scal - Transmissão de partes sociais em sociedades cujo ativo seja constituído em mais de 50% por imóveis localizados em território português (artigo 27º do EBF)

Contribuições de entidades patronais para regimes de segurança social

As contribuições de entidades patronais para fundos de pensões (ou outros regimes comple-mentares de segurança social) estão isentas de IRS no momento em que são efectuadas, desde que cumpridas determinadas condições (artigo 18º do EBF)

Desportistas

- Ficam excluídos de tributação os prémios e as bolsas atribuídas aos desportistas com defi -ciência e aos desportistas de alto rendimento- Ficam também excluídos de tributação as bolsas de formação desportiva para agentes des-portivos não profi ssionais (praticantes, juízes e árbitros), até 2.375 €. (artigo 27º do IRS)

Outros

- Pessoal das missões diplomáticas e consulares e das organizações estrangeiras ou internacionais- Pessoal em missões de salvaguarda de paz- Acordos e relações de cooperação- Empreiteiros e arrematantes de obras e trabalhos das infrastruturas comuns da NATO(artigos 37º a 40º do EBF)

Na sequência dos esclarecimentos que publicamos na última edição do Boletim do Contribuinte, págs. 177 e seguintes, apresentamos o quadro-síntese onde são

indicados os benefícios fi scais aplicáveis ao exercício de 2012 cuja entrega das declarações de rendimentos se encontra a decorrer.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 213MARÇO 2013 - Nº 6

agrícolas, que antes benefi ciam de uma isenção de imposto, passaram a ter IVA à taxa reduzida, de 6%.

Na prática, as novas regras vieram abranger pequenas e grandes explorações, mantendo-se apenas o regime especial de isenção, para volumes de negócios anuais abaixo dos dez mil euros.

A contrapartida é que, ao mesmo tempo que são obrigados a liquidar IVA, os produtores passam também a poder deduzir o imposto que, por sua vez, suportam na sua atividade, como acontece com a eletricidade, água, ferramentas agrícolas ou imóveis, por exemplo. E, concretamente em relação é possível a dedução não apenas o IVA das aquisições futuras, mas tam-bém o imposto já suportado em compras anteriores.

A direção dos serviços do IVA através do Ofi cio Circulado nº 30143/2013, estabelece concretamente o seguinte: “podem deduzir o imposto relativo aos bens do ativo imobilizado”, ou seja de alfaias agrícolas ou imóveis adquiridos anteriormente, quando ainda se encontravam isentos, e não apenas daqueles que sejam comprados daqui para a frente.

Todavia com uma limitação temporal, só o poderão fazer na proporção do número de anos do período de regularização de IVA que ainda não tenha decorrido e que, segundo a lei, é de 5 anos para o ativo imobilizado de bens móveis e de 20 anos para os imóveis.

Agricultores e pequenos produtores com inscrição obrigatória até 1 de Abril

Deixando de benefi ciar da isenção, os agricultores passam a estar obrigados à emissão de faturas, obrigação que até agora se encontravam dispensados, bem como passam a ter novas obrigações declarativas, ou seja, passam a ter de entregar as declarações periódicas do IVA.

A inscrição nas Finanças para efeitos de IVA tornou-se obrigatória, para todos, mesmo para os pequenos produtores que, faturando menos de 10 mil euros por ano, se mantêm no regime especial de isenção.

Assim, será preciso apresentar declaração de início de atividade até ao dia1 de Abril de 2013, sob pena de, a partir desse dia, entrar em incumprimento.

Para quem já tinha declarado início de atividade e, estando anteriormente no regime especial de isenção, passa agora para o regime geral – porque em 2012 realizaram um volume de faturação acima dos 10 mil euros – será necessário apresentar uma declaração de alterações, passando a estar enquadrados no regime geral do imposto.

Subsídios não contam para o volume de negócios Quem em 2012 ultrapassou os dez mil euros de volume

de negócios passa automaticamente a estar sujeito ao regime normal do IVA, devendo apresentar a necessária declaração de alterações.

A AT esclarece, no entanto, que para o conceito de volume de negócios não contam “os subsídios ou subvenções, tributa-dos ou não, percebidos no quadro da atividade da exploração agrícola”. Contarão, em contrapartida, todas as transmissões de bens e prestações de serviços, com exceção das locações e trans-missões de imóveis quando não tenha havido renúncia à isenção.Refi ra-se ainda que as novas regras abrangem os produtores agrícolas em geral, o inclui atividades agrícolas como viti-cultura, horticultura e produção de cogumelos, prestações de serviço de poda de árvores, sementeiras e colheitas, engorda de animais ou armazenagem de produtos e em geral a criação de animais como aves, coelhos, abelhas, caracóis, cães ou bichos-da-seda, entre outros.

Crédito ao consumoFixadas as taxas máximas para o 2º trimestre

de 2013 As taxas máximas aplicáveis aos contratos de crédito no 2º

trimestre de 2013 foram recentemente divulgadas. Os valores agora fi xados descem no global face aos aplicados no primeiro trimestre de 2013.

As novas taxas aplicam-se aos contratos a celebrar no trimestre seguinte, ou seja, entre abril e junho de 2013, rela-tivamente aos seguintes contratos:

- Crédito Pessoal - 6,4% (no 1º trimestre foi de 6,5%) - fi nalidade Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos;

- Outros Créditos Pessoais - 26,5% (no 1º trimestre foi de 27,5%) - Sem Finalidade Específi ca, Lar, Consolidado e Outras Finalidades);

- Crédito Revolving - 26,5% (no 1º trimestre foi de 27,5%) - Cartões de Crédito, Cartões de Débito Diferido, Linhas de Crédito, Contas Correntes e Facilidades de Descoberto;

Crédito Automóvel;- Locação Financeira:Locação Financeira ou ALD - 8,9% (no 1º trimestre foi

de 9,2%) - novos;Locação Financeira ou ALD - 10,2% (no 1º trimestre foi

de 10,8%) - usados;Com reserva de propriedade e outros - 12,7% (no 1º tri-

mestre foi de 12,6%) - novos;Com reserva de propriedade e outros - 16,9% (no 1º tri-

mestre foi de 17,1%) - usados.De referir que no Conselho de Ministros do passado dia

13 de Março foi aprovado o diploma que introduz alterações ao Regime do Crédito ao Consumo, transpondo a diretiva comunitária sobre contratos de crédito aos consumidores e estabelecendo os pressupostos adicionais para o cálculo da taxa anual de encargos efetiva global.

Esta alteração pretende que os portugueses paguem menos em taxas de juro quando utilizarem cartão de crédito, contas ordenado ou entrarem no descoberto, num máximo de 27,5%, menos 9,9 pontos percentuais que no fi nal de 2012.

A medida entra em vigor a 01 de julho e aplica-se a todos os contratos, os atuais e os que vierem a ser celebrados.

(Continuação da pág. 211)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte214MARÇO 2013 - Nº 6

(Continuação da pág. anterior)De referir que o Regime do Crédito ao Consumo passará

também a aplicar-se aos contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto com a obrigação de reembolso no prazo de um mês.

São ainda atualizadas as regras para a determinação da usura nos contratos de crédito aos consumidores e defi nidos limites máximos para a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) aplicável aos contratos de crédito sob a forma de fa-cilidade de descoberto com a obrigação de reembolso no prazo de um mês e para a taxa anual nominal das ultrapassagens de crédito. Paralelamente, impede-se que o credor exija comissões em caso de ultrapassagem de crédito.

Cria-se também a obrigatoriedade de envio de um extrato periódico aos clientes com crédito ao consumo, à semelhança do que sucede com o crédito habitação.

As taxas máximas trimestrais aplicam-se aos contratos de crédito aos consumidores, celebrados entre instituições de crédito e pessoas singulares, com algumas exceções, nome-adamente:

- créditos garantidos por hipoteca, ou outro direito sobre coisa imóvel, destinados a habitação ou outros fi ns;

- créditos de montante inferior a 200 euros ou superior a 75 mil euros;

- créditos a pessoas singulares no âmbito da sua atividade profi ssional ou comercial;

- créditos destinados exclusivamente a trabalhadores da instituição de crédito e/ou concedidos sem juros ou outros encargos;

- créditos concedidos sob a forma de facilidade de desco-berto bancário, que prevejam a obrigação de reembolso no prazo de um mês, uma exceção que irá acabar em breve.

Importa esclarecer que a TAEG é uma medida anual do custo total do crédito. Como esta medida inclui, além dos juros, as comissões, despesas, impostos e encargos com se-guros obrigatórios, a sua magnitude depende da proporção entre o valor destes elementos e o montante do empréstimo e da forma como se distribuem no tempo. Ao integrar todos os custos do crédito, esta taxa assume necessariamente valores mais elevados do que a taxa de juro anual nominal (TAN) do empréstimo.

Ainda em matéria de crédito destacamos a aprovação, em Conselho de Ministros de 13.3.2013, do diploma que esta-belece as normas aplicáveis à classifi cação e contagem dos prazos das operações de crédito, aos juros remuneratórios, à capitalização de juros e à mora do devedor.

Este diploma introduz diversas alterações no âmbito dos contratos de crédito em matéria de capitalização de juros, permitindo, mediante convenção das partes, a capitalização de juros remuneratórios, vencidos e não pagos, por períodos iguais ou superiores a um mês. No entanto, os juros remu-

neratórios que integram as prestações vencidas e não pagas só podem, relativamente a cada prestação, ser capitalizados uma única vez.

Proíbe-se agora a capitalização de juros moratórios, exceto no âmbito de processos de reestruturação ou consolidação de créditos, casos em que as partes podem, por acordo, adicionar aos valores em dívida o montante de juros moratórios vencidos e não pagos.

No que se refere à penalização aplicável em caso de mora, consagra-se um regime uniforme, mais claro e transparente, sendo apenas aplicáveis, em caso de mora do cliente bancário, juros moratórios.

Atenta a natureza indemnizatória subjacente aos juros moratórios, e considerando também a atualização dos seus limites máximos, proíbe-se a cobrança pelas instituições de crédito de comissões relativas ao incumprimento do devedor. Admite-se apenas que as instituições de crédito possam exigir, com fundamento no incumprimento, uma comissão única, delimitada quantitativamente, respeitante à recuperação de valores em dívida, a qual é devida apenas uma vez por cada prestação vencida e não paga, com limite mínimo de 12 euros e máximo de 150 euros.

Agências privadas de empregoSimplifi cação das regras de acesso à atividade

O Governo aprovou em Conselho de Ministros uma pro-posta de lei que tem por objetivo a simplifi cação do regime de acesso e exercício da atividade das agências privadas de colocação de candidatos a emprego, constante do Decreto-Lei nº 260/2009, de 25.9.

Esta proposta vem conformar o referido regime com os princípios e regras transpostos de uma diretiva comunitária, re-lativa aos serviços no mercado interno - Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12.12.2006 -, substituindo o licenciamento do exercício da atividade das agências por uma mera comunicação prévia, revogando a comunicação anual de comprovação de requisitos e a obriga-ção de constituição de caução para garantia de repatriamento de trabalhadores colocados no estrangeiro, que passará a ser facultativa.

Visando uma maior responsabilização das agências priva-das de colocação, são reforçadas as contraordenações aplicá-veis por incumprimento da lei e é consagrado um tipo de crime para os casos de colocação de trabalhadores no estrangeiro sem que a agência promova o respetivo repatriamento.

Nos termos daquele decreto-lei, a atividade das agências privadas de colocação pode compreender os seguintes serviços:

- receção de ofertas de emprego;- inscrição de candidatos a emprego;- colocação de candidatos a emprego;- seleção, orientação ou formação profi ssional, desde que

desenvolvida com vista à colocação do candidato a emprego.

A agência pode ainda promover a empregabilidade de candidatos a emprego através do apoio à procura ativa de emprego ou auto-emprego.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 215MARÇO 2013 - Nº 6

Sociedades desportivasAlteração ao regime jurídico

No Conselho de Ministros do passado dia 13 de Março foram aprovadas alterações ao

regime jurídico das sociedades desportivas a que fi cam sujeitos os clubes desportivos que pretendem participar em competições desportivas profi ssionais.

Com as alterações ora introduzidas pretende-se manter a aplicação do novo regime às sociedades desportivas que pretendam participar em competições profi ssionais na época desportiva de 2013/2014, mas opta-se por antecipar a entrada em vigor para 1 de maio, de modo a que as sociedades des-portivas em causa adaptem as suas estruturas atempadamente sem qualquer perturbação à época desportiva de 2013/2014. Combate ao branqueamento

de capitaisActualização da lista dos países terceiros

equivalentes

A lista de países ou jurisdições que integram o conceito de “país terceiro equivalente”, para efeitos de aplicação do regime comunitário em vigor em matéria de prevenção e repressão do branqueamento de capitais e do fi nanciamento do terrorismo e da Lei que estabelece medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de vantagens de proveniência ilícita e ao fi nanciamento do ter-rorismo foi recentemente actualizada pela Port. n.º 150/2013, de 15.3 (II série).

De acordo com o diploma ora aprovado, em vigor desde 16.3.2013, consideram-se como tendo regime equivalente ao nacional no que diz respeito aos requisitos impostos em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do fi nanciamento do terrorismo e à respetiva supervisão, os seguintes países ou jurisdições:

- África do Sul;- Austrália;- Brasil;- Canadá;- República da Coreia (Coreia do Sul);- Estados Unidos da América;- Hong Kong;- Índia;- Japão;- México;- Singapura;- Suíça.De referir que esta lista incliu ainda os seguintes terri-

tórios:- França: Mayotte, Nova Caledónia, Polinésia Francesa,

São Pedro e Miquelão e Wallis e Futuna;- Holanda: Aruba, Bonaire, Curação, Saba, Santo Eustá-

quio e São Martinho.

Apoio às explorações agrícolas afectadas pelas intempéries de janeiro

Foi aprovada, através do Despacho n.º 3318/2013, de 1 de março, a concessão de um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações afectadas pelas fortes intempéries ocorridas em 19 e 20 de janeiro de 2013, no que respeita a animais, plantações plurianuais, estufas e estufi ns, equipamentos e infraestruturas agrícolas situados nas mesmas.

O montante global do apoio disponível é de 15 milhões de euros, o qual poderá ser reforçado em função das candidaturas apresentadas.

Trata-se de um apoio não reembolsável (ou a fundo perdi-do), correspondente a 75% do valor do investimento elegível. O valor mínimo do investimento elegível é de 2.500 euros, sendo consideradas elegíveis as despesas suportadas desde a data da ocorrência das intempéries.

As candidaturas devem ser apresentadas até ao dia 8 de abril de 2013 através de formulário eletrónico disponível na página da Internet do PRODER, em www.proder.pt.

Códigos Penal e de Processo Penal sofrem novas alterações

As Leis n.ºs 19/2013 e 20/2013, de 21.2, aprovaram as mais recentes alterações ao Código Penal e ao Código de Processo Penal, respetivamente. Estas alterações entram em vigor já no próximo dia 23 de Março.

No âmbito do Código Penal foram alteradas disposições re-lativas aos crimes de homicídio qualifi cado; violência domés-tica; discriminação racial, religiosa ou sexual; introduzindo-se, em consequência, alterações à Lei n.º 112/2009, de 16.9, que estabelece o regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica, à proteção e à assistência das suas vítimas.

Com o objetivo de devolver ao cidadão a confi ança no sistema de justiça criminal, as alterações introduzidas ao Código de Processo Penal vêm consagrar a possibilidade de as declarações prestadas pelo arguido, nas fases anteriores ao julgamento, serem utilizadas e valoradas em sede de jul-gamento, para além de poderem ser valoradas declarações já prestadas por testemunhas que não se conseguem encontrar para comparecerem em julgamento.

Em matéria de prescrição, com a notifi cação da decisão condenatória proferida em 1.ª instância, a contagem do prazo prescricional fi ca suspenso.

As notifi cações feitas nos inquéritos contra desconhecidos são agora simplifi cadas.

O regime de recursos para o Supremo Tribunal de Justiça foi clarifi cado para que esta instância só se ocupe dos casos de maior gravidade, e consagra-se a possibilidade de submeter os arguidos a julgamento imediato em caso de fl agrante delito.

De referir ainda que se tipifi ca um novo crime, o de falsas declarações perante entidades públicas.

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Boletim do Contribuinte216MARÇO 2013 - Nº 6

PRÁTICAS DE GESTÃO

Gestão fi nanceira

Infelizmente, uma parte signifi cativa dos gestores trata a questão do planeamento fi nanceiro das empresas como se esta não tivesse qualquer relevância. Talvez esta seja a razão pela qual os prazos médios de pagamento em Portugal são tão alar-gados e os níveis de incumprimento são considerados dos mais elevados da Europa comunitária. Ainda que o Estado seja mau pagador, não é esta a única razão pela qual esta característica se replica em praticamente por todo o mercado português.

Planear a atividade fi nanceira de uma empresa implica conhecer antecipadamente as previsões económicas sobre as quais falámos no artigo anterior. Em função das expectativas de proveitos e custos previsionais defi nidas no tempo, deve-mos prever os momentos em que os custos se transformam em despesas e os proveitos em receitas, dando origem ao que chamamos saldo de tesouraria operacional. Este saldo de tesouraria operacional é o valor disponível que resulta da actividade económica da empresa e cujo valor deverá ser aplicado no pagamento das fontes de fi nanciamento (planos de amortização de empréstimos) e, posteriormente, distribuição de resultados aos sócios e trabalhadores.

É um chavão dizer-se que uma empresa economicamente inviável nunca será fi nanceiramente sustentável. No entanto, uma empresa económica viável também pode ser fi nanceira-mente inviável e, por esta razão, tornar-se em economicamente insustentável.

Vejamos o caso seguinte cuja atividade económica é capaz de gerar resultados positivos, conforme se percebe pela análise do Mapa 1.

No entanto, a actividade da empresa obriga-a a importar mercadorias cujo transporte demora 15 dias e necessita de um stock permanente para outros 15 dias de actividade. Para agravar a situação, os fornecedores exigem que o pagamento seja feito antes de a mercadoria ser embarcada e os clientes pagam a 120 dias.

Ora, a conjugação de todos estes fatores gera uma te-souraria líquida negativa que só ao fi nal de muitos anos será recuperada. O Mapa 2 demonstra com clareza as necessidades de fundo de maneio para fazer face a um desajustamento tão signifi cativo entre condições de pagamento e de recebimento.

Assim, e no caso em apreço, serão necessários pelo menos 1.075.000 € para fi nanciar a actividade da empresa. Se para a obtenção deste capital for necessário recorrer a fi nanciamento bancário, e considerarmos as taxas de juro que atualmente são praticadas pelos bancos nacionais (consideremos academica-mente uma taxa de 8%), o valor dos juros a pagar é de 86.000 € por ano, pelo que os 60.000 € de Resultados Líquidos anuais que constam do mapa 1 se transformam em prejuízos de 26.000 € anuais, convertendo-se uma atividade aparentemente viável do ponto de vista económico em económica e fi nanceiramente insustentável.

Este é apenas um caso simples para facilitar a sua perceção. No entanto, a complexidade da realidade empresarial é muito superior, pelo que é fundamental que alguém nas empresas consiga fazer este exercício de planifi cação e análise.

António Vale ([email protected])Gestor e Consultor de Empresas

Mapa 1 - Orçamento Económico PrevisionalDemonstração de Resultados Previsional 2013 2014 2015 2016 2017 Custos 2.340.000 2.340.000 2.340.000 2.340.000 2.340.000 Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 2.040.000 2.040.000 2.040.000 2.040.000 2.040.000 Fornecimentos e Serviços Externos 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 Custos com Pessoal 240.000 240.000 240.000 240.000 240.000 Outros 0 0 0 0 0Proveitos 2.400.000 2.400.000 2.400.000 2.400.000 2.400.000 Vendas 2.400.000 2.400.000 2.400.000 2.400.000 2.400.000 Prestação de Serviços 0 0 0 0 0 Outros 0 0 0 0 0EBIT 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000

Mapa 2 - Orçamento Financeiro PrevisionalOrçamento tesouraria 2013 2014 2015 2016 2017 Total dos recebimentos 2.000.200 2.952.000 2.952.000 2.952.000 2.952.000Total dos pagamentos 3.073.263 2.905.800 2.892.000 2.892.000 2.892.000Saldo de tesouraria -1.073.063 46.200 60.000 60.000 60.000Saldo anterior 0 -1.073.063 -1.026.863 -966.863 -906.863SALDO ACUMULADO DE TESOURARIA -1.073.063 -1.026.863 -966.863 -906.863 -846.863

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Boletim do Contribuinte 217MARÇO 2013 - Nº 6

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

Tributação do patrimónioLiquidação e cobrança do IMI 2012

Produção de efeitos da avaliação geral da propriedade urbana

Artigo 15º-O, nº 4, alínea a), do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12.11

Razão das InstruçõesTendo presente a entrada em vigor dos valores patrimoniais

tributários resultantes da avaliação geral dos prédios urbanos e as respetivas consequências no procedimento de liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) do ano de 2012, prevendo-se, ainda, o acréscimo de pedidos de informação dirigidos aos serviços da AT, foi, com o fi m de divulgação do enquadramento normativo e operacional da liquidação do IMI do ano 2012, sancionado, por Despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 12 de março, de 2013, o seguinte entendimento:

A. PRODUÇÃO DE EFEITOS DOS VALORES PATRIMONIAIS TRIBUTÁRIOS DETERMINADOS NA AVALIAÇÃO GERAL DE PRÉDIOS URBANOS

Avaliação geral de prédios urbanos1. A operação da avaliação geral de prédios urbanos,

levada a efeito pela publicação da Lei nº 60-A/2011(*), de 30 de novembro, tem por fi nalidade a determinação, para todos os prédios urbanos não avaliados nos termos do Código do IMI, de um valor patrimonial tributário segundo as regras previstas neste diploma, concluindo a reforma da tributação do património iniciada com a publicação do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro;

2. Assim, nos termos do nº 10 do artigo 15º do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, na redação que lhe foi confe-rida pela Lei n° 60-A/2011, de 30 de novembro, integraram o universo da avaliação geral todos os prédios urbanos que, a 1 de dezembro de 2011, não tinham sido avaliados e em relação aos quais não tinha sido iniciado procedimento de avaliação nos termos do Código do IMI.

3. Os referidos prédios urbanos têm sido objeto, desde a entrada em vigor da referida Lei nº 60-A/2011, de 30 de no-vembro, dos necessários procedimentos de avaliação.

Conclusão da avaliação geral 4. Em cumprimento das obrigações assumidas pelo Estado

português no âmbito do programa de assistência económica e fi nanceira, a operação da avaliação geral de prédios urbanos deverá estar globalmente concluída no fi nal do primeiro tri-

mestre de 2013. Este prazo não abrange as segundas avaliações dos prédios urbanos objecto de avaliação geral requeridas no âmbito do artigo 15°-F do citado diploma.

Produção de efeitos no IMI 2012 da avaliação geral 5. Sem prejuízo do exposto, os valores patrimoniais tribu-

tários dos prédios urbanos objeto da avaliação geral entram em vigor, para efeitos do IMI, a 31 de dezembro de 2012, conforme o estabelecido na alínea a) do nº 4 do artigo 15º-O do citado diploma.

6. Em idêntico sentido, as decisões dos requerimentos e dos pedidos de segunda avaliação, reclamações ou impugnações apre-sentados nos termos dos artigos 15º-F e 15°-G daquele diploma reportam-se, para efeitos do IMI, a 31 de dezembro de 2012.

7. Logo, independentemente do momento em que os atos de avaliação se tornarem defi nitivos, os valores patrimoniais tributários dos prédios abrangidos pela avaliação geral produzem efeitos na liquidação do IMI do ano 2012, assegurando-se, por essa via, a plena aplicação das regras de avaliação previstas no Código do IMI, bem como o respeito pelos princípios da equida-de e da igualdade nas relações tributárias com os proprietários, usufrutuários ou superfi ciários desses prédios urbanos.

B. AS CLÁUSULAS DE SALVAGUARDA

Cláusulas de salvaguarda 8. As liquidações do IMI de 2012 que tenham por objeto os

prédios urbanos abrangidos pela operação de avaliação geral benefi ciam da aplicação do regime de salvaguarda previsto no artigo 15°-O do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, na redação dada pela Lei nº 60-A/2011, de 30 de novembro.

9. Nesse sentido, se o acréscimo do imposto, por prédio ou parte de prédio urbano, relativamente ao IMI de 2011, for inferior a € 75, a liquidação refl ete a totalidade do IMI devido no ano de 2012, inexistindo aplicação de qualquer das cláusulas de salvaguarda seguidamente descritas.

10. Nas restantes situações, os proprietários benefi ciam da aplicação da cláusula de salvaguarda geral ou da aplicação da cláusula de salvaguarda especial na liquidação do IMI de 2012.

Aplicação da cláusula de salvaguarda geral 11. No âmbito da cláusula de salvaguarda geral (nº 1 do

mencionado artigo 15º O), o IMI a liquidar em 2013 não pode exceder o IMI devido no ano imediatamente anterior, adicio-nado do maior dos seguintes valores:

a) €75; ou b) 1/3 da diferença entre o IMI resultante do valor patrimo-

nial tributário fi xado na avaliação geral e o IMI devido do ano de 2011.

Cláusula de salvaguarda especial 12. No âmbito da cláusula de salvaguarda especial (nº 2

do identifi cado artigo 15º -O), aplicável a prédios destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo rendimento coletável, para efeitos de IRS, não seja superior a € 4898,00, o IMI a liquidar em 2013 não pode exceder o IMI devido no ano imediatamente anterior adicionado de um valor igual a €75.

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218 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

MARÇO 2013 - Nº 6

Não aplicabilidade das cláusulas de salvaguarda 13. O regime de salvaguarda descrito não é aplicável (nº 4

do artigo 15º-O) à liquidação do IMI de 2012 respeitante aos: a) prédios devolutos ou em ruínas; b) prédios em que o sujeito passivo do IMI seja uma pessoa

coletiva com domicílio fi scal em território ou região sujeitos a regime fi scal claramente mais favorável; ou

c) prédio em que se verifi que a alteração do sujeito pas-sivo do IMI após 31 de dezembro de 2011, salvo nas transmissões por morte de que forem benefi ciários o cônjuge, os descendentes ou os ascendentes, quando não manifestem vontade expressa em contrário.

Cláusula de salvaguarda no arrendamento 14. No âmbito do regime de avaliação geral de prédios

urbanos foi ainda criada uma cláusula de salvaguarda abran-gendo as situações dos prédios arrendados ao abrigo de con-tratos habitacionais celebrados antes da entrada em vigor do Regime do Arrendamento Urbano (artigo 15º-N do Decreto -Lei nº 287/2003, de 12 de novembro, na redação dada pela Lei nº 60-A/2011, de 30 de novembro).

15. Para efeitos desta cláusula de salvaguarda, apenas apli-cável aos sujeitos passivos que tenham validamente apresentado a participação referida no nº 2 do artigo 15º-N até ao dia 31 de outubro de 2012, o valor patrimonial tributário, para efeitos exclusivamente de IMI, não pode exceder o valor que resultar da capitalização da renda anual pela aplicação do fator 15.

C. LIQUIDAÇÃO DO IMI DO ANO 2012 – ENQUADRAMENTO DO PROCEDIMENTO

Liquidação do IMI/2012 16. O procedimento de liquidação do IMI do ano 2012 decorre,

nos termos dos nºs 1 e 2 do artigo 113º do Código do IMI, durante os meses de fevereiro e março do presente ano, tendo por base os valores patrimoniais tributários que constam das matrizes prediais em 31 de dezembro de 2012.

17. Desta forma, a liquidação anual do imposto será realizada, aplicando-se as taxas deliberadas pelas assembleias municipais no exercício dos poderes consagrados no nº 5 do artigo 112º do Código do IMI, aos valores patrimoniais tributários determinados:

Aplicação das taxas do IMI/2012a) Segundo as regras de avaliação do Código do IMI,

neste núcleo incluindo-se os valores que se tornaram defi nitivos no âmbito da avaliação geral e que foram inscritos na matriz até ao momento da liquidação, aos quais se aplica uma taxa entre 0,3 % e 0,5% – alínea b) do nº 1, do artigo 112º do Código do IMI;

b) De acordo com as regras de avaliação do CCPIIA, para os prédios abrangidos pela avaliação geral em que os

valores patrimoniais tributários não se tornaram defi -nitivos até ao momento da liquidação, aplica-se uma taxa entre 0,5% e 0,8% – alínea c) do nº 1 do artigo 112º do Código do IMI.

Revisão das liquidações do IMI 2012 18. Acresce que, à medida que o ato de avaliação geral

se torne defi nitivo e dele decorra a produção de efeitos do valor patrimonial tributário a 31 de dezembro de 2012, será promovida a revisão ofi ciosa da liquidação do IMI de 2012, anteriormente realizada com base nos valores patrimoniais tributários do CCPIIA, conforme o disposto no nº 4 do artigo 113º e no artigo 115º do Código do IMI.

19. Consequentemente, ao valor patrimonial tributário resultante da avaliação geral será aplicada a taxa deliberada pela competente assembleia municipal, defi nida entre 0,3% e 0,5%, em face da previsão da alínea b) do nº 1 do artigo 112º do Código do IMI.

D. COBRANÇA DO IMI DO ANO 2012 - REGRAS APLICÁVEIS

Prazos de pagamento do IMI/2012 20. A cobrança do IMI decorrerá nos termos do disposto

no nº 1 do artigo 120º do Código do IMI, com a redação dada pela Lei nº 66-B /2012, de 31 de dezembro de 2012, pelo que o imposto deve ser pago:

a) Em uma prestação, no mês de abril, quando o seu mon-tante seja igual ou inferior a (euro) 250;

b) Em duas prestações, nos meses de abril e novembro, quando o seu montante seja superior a (euro) 250 e igual ou inferior a (euro) 500;

c) Em três prestações, nos meses de abril, julho e novem-bro, quando o seu montante seja superior a (euro) 500.

Pagamento/ Reembolso das revisões das liquidações do IMI de 2012

21. Quando, por força da defi nitividade dos atos de avaliação geral de prédios urbanos e da produção de efeitos dos valores patrimoniais tributários a 31 de dezembro de 2012, haja lugar à revisão da liquidação do IMI de 2012, são aplicáveis as regras previstas no artigo 120º do CIMI, sendo que:

• Se dessa revisão resultar que o IMI pago foi superior ao devido, o imposto pago em excesso será reembolsado de imediato;

• Se dessa revisão resultar um imposto de valor inferior ao previsto na alínea c) do nº 1 do artigo 120º do CIMI, não haverá lugar à prestação referente ao mês de julho;

• Se dessa revisão resultar um acréscimo do imposto devido, o acerto do imposto devido será efetuado no mês de novembro.

(Circular n° 4/2013, de 12.3.2013, da DSIMSI, da AT)

N.R. * – A Lei nº 60-A/2011, de 30.11, foi transcrita no Boletim do Contribuinte, 2011, pág. 798 e seguintes. Esta lei, aprovou, entre outras medidas, novas regras de avaliação dos prédios urbanos, tendo alterado o Código do IMI e o Decreto-Lei nº 287/2003, de 12.11 (reforma da tributação do património).

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Boletim do Contribuinte 219MARÇO 2013 - Nº 6

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

IVA Transmissões de bens e prestações

de serviços no âmbito das atividades de produção agrícola

Regime especial de isenção

Revogação da alínea 33) do artigo 9º do Código do IVA e dos Anexos A e B

A Lei nº 66-B/2012(1), de 31 de dezembro (OE 2013), que aprova o Orçamento do Estado para 2013, procede à revogação da alínea 33) do artigo 9º, bem como dos anexos A e B do Código do IVA (CIVA), com efeitos a 1 de abril de 2013. Enquanto vigente, esta norma estabelece uma isenção nas operações efetuadas no âmbito da atividade de produção agrícola. A sua revogação origina uma alteração dos elementos de registo dos sujeitos passivos abrangidos pela mesma, cuja atividade passa a ser sujeita a tributação. Note-se que esta alteração permite aos sujeitos passivos a possibilidade de exercício do direito à dedução do imposto suportado nas suas aquisições, nos termos das disposições aplicáveis do Código do IVA.

De harmonia com o nº 1 do artigo 32º do CIVA, sempre que se verifi que alteração de qualquer dos elementos constantes da declaração de início de atividade, os sujeitos passivos devem apresentar a correspondente declaração de alterações.

A disposição transitória prevista no nº 3 do artigo 198º do OE 2013 cria um prazo específi co de apresentação da referida declaração pelos sujeitos passivos que, em 31 de dezembro de 2012, não reúnam as condições para o enquadramento no regime especial de isenção previsto no artigo 53º do CIVA.

Importa, assim, esclarecer quais os prazos em que os sujeitos passivos que realizam este tipo de operações devem apresentar a declaração mencionada, tendo em consideração que a situação referida na disposição transitória não é a única possível de ocorrer.

A elaboração das presentes instruções administrativas contou com a colaboração da Direção de Serviços de Registo de Contribuintes (DSRC).

Assim, para conhecimento dos serviços e outros interessa-dos, comunica-se que, por despacho de 12 de março de 2013, do Senhor Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), foi sancionado o seguinte:

1 - Caraterização da atividade de exploração agrícola em sede de IVA. Incidência subjetiva

As transmissões de bens e as prestações de serviços no âmbito das atividades de produção agrícola, exercidas de um modo independente e com caráter de habitualidade, confi guram

uma atividade económica no campo de incidência subjetiva do imposto, abrangida pela alínea a) do nº 1 do artigo 2º do CIVA, pelo que os agricultores que se encontrem nestas condições não estão dispensados da apresentação da declaração de início de atividade prevista no artigo 31º do CIVA.

2 - Obrigação de apresentação da declaração pelos sujeitos passivos de reduzida dimensão económica, cuja atividade não se encontrava declarada para efeitos de IVA

Tendo em atenção que, nas situações de reduzida dimensão económica desta atividade e perante a inexistência de obri-gações em sede do imposto, decorrente da isenção da alínea 33) do artigo 9º, a AT não vinha exigindo nem controlando a apresentação da declaração de início de atividade, urge corrigir esta realidade, agora que estas operações passam a estar sujeitas a imposto e dele não isentas. Incluem-se nesta realidade os sujeitos passivos cuja dimensão económica da atividade agrícola permitiria benefi ciar do regime especial de isenção do artigo 53º do CIVA.

Neste sentido, determina -se a obrigação, com efeitos a 1 de abril de 2013, de apresentação da declaração de início de atividade ou, sendo o caso, da declaração de alterações, para todos os sujeitos passivos que realizem transmissões de bens ou prestações de serviços no âmbito de atividades de produção ou exploração agrícola e silvícola, independentemente da sua dimensão económica, ainda que se trate de operações com carácter acessório com recurso à sua própria mão-de-obra e equipamentos, que não se encontrem ainda registados para efeitos de IVA ou que não tenham esta atividade declarada nos elementos constantes da sua declaração de início de atividade.

Nas situações aplicáveis e sem prejuízo de uma análise casuística, sempre que se mostre necessário, as declarações devem ser apresentadas até 1 de abril de 2013, no caso da declaração de início e de acordo com o nº 1 do artigo 31º do CIVA, ou no prazo de 15 dias a contar da data da altera-ção, no caso da declaração de alterações, ou seja, até 15 de abril de 2013. Após o termo dos referidos períodos, a entrega das citadas declarações considera-se efetuada fora de prazo.

3 – Efeitos da revogação da alínea 33) do artigo 9º. Prazo para apresentação da declaração de alterações

O nº 2 do artigo 32º do CIVA estabelece o prazo geral de 15 dias a contar da data da alteração de qualquer dos elementos constantes da declaração relativa ao início de atividade, para apresentação da respetiva declaração de alterações.

Não obstante e de harmonia com a disposição transitória prevista no artigo 198º do OE 2013, os sujeitos passivos abrangidos pela isenção prevista na alínea 33) do artigo 9º que, durante o ano civil de 2012, tenham realizado um volume de negócios superior a € 10.000 ou que não reúnam as demais condições para enquadramento no regime especial de isenção do artigo 53º do CIVA (REI), devem apresentar a declaração de alterações a que se refere o artigo 32º deste diploma, durante o 1º trimestre de 2013, fi cando enquadrados no regime normal de tributação a partir de 1 de abril do referido ano.

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220 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

MARÇO 2013 - Nº 6

A revogação da norma de isenção origina, assim, a obri-gação de apresentação da declaração de alterações para todos os sujeitos passivos que, à data da sua revogação, exerçam atividades no âmbito da alínea 33) do artigo 9º do Código do IVA. Esta obrigação confere aos sujeitos passivos a oportu-nidade de clarifi car a sua situação tributária junto da AT com vista ao seu correto enquadramento em sede de IVA.

Sem prejuízo do referido no ponto 6 do presente ofício--circulado, a obrigação declarativa pode ocorrer em dois prazos distintos, conforme da alteração resulte a mudança de enquadramento para o regime normal de tributação ou para o REI. No primeiro caso, a declaração deve ser entregue durante o primeiro trimestre de 2013 (ver quadro exemplifi cativo no Anexo I). No segundo caso, a declaração deve ser entregue no prazo de 15 dias, a contar de 1 de abril de 2013 (ver quadro exemplifi cativo no Anexo II).

Há que ter em conta, também, as consequências da apresen-tação da declaração de alterações nos casos em que os sujeitos passivos exercem outras atividades, para além das enquadradas na alínea 33) do artigo 9º, sejam elas igualmente isentas nos termos do artigo 9º, tributadas ou abrangidas pelo REI (ver quadros elucidativos dos Anexos I e II).

4 - Direito à dedução. Regularizações do ativo imobi-lizado

Com a revogação da alínea 33) do artigo 9º, os sujeitos passivos que, por esse motivo, fi cam enquadrados no regime normal de tributação em 1 de abril de 2013 passam a realizar operações tributadas que conferem o direito à dedução do imposto, previsto nos artigos 19º e seguintes do CIVA.

De harmonia com o disposto no artigo 25º do CIVA, uma vez que os sujeitos passivos passam, por imposição legal, a praticar operações sujeitas que conferem direito à dedução, podem deduzir o imposto relativo aos bens do ativo imobili-zado, no período de imposto em que se verifi ca a alteração, proporcionalmente ao número de anos que faltem para com-pletar o período de cinco ou vinte anos desde o ano do início da utilização, ou da ocupação dos bens, consoante se trate de bens não imóveis ou de bens imóveis.

5 - Conceito de volume de negóciosCom a revogação da norma de isenção e consequente

passagem ao regime de tributação, os sujeitos passivos devem indicar, na declaração de alterações, o volume de negócios atingido no ano de 2012, para efeitos de determinação do respetivo enquadramento. De acordo com o disposto no artigo 42º do CIVA, o volume de negócios é constituído pelo valor de todas as transmissões de bens e prestações de serviços, com exceção das operações fi nanceiras e de seguros previstas

nas alíneas 27) e 28) do artigo 9º, quando constituam opera-ções acessórias, bem como das locações ou transmissões de imóveis, nos termos das alíneas 29) e 30) do mesmo artigo, quando relativamente às mesmas não tenha havido renúncia à isenção e constituam também operações acessórias, ou, ainda, das operações sobre bens de investimento corpóreos. Não são, no entanto, de incluir no volume de negócios os subsídios ou subvenções, tributados ou não, percebidos no quadro da atividade de exploração agrícola.

6 - Sujeitos passivos que iniciam a atividade entre 1 de janeiro e 31 de março de 2013

O nº 2 do artigo 198º do OE 2013 determina que a revogação da alínea 33) do artigo 9º entra em vigor em 1 de abril, o que permite afi rmar, numa interpretação literal, que a norma de isenção vigora até 31 de março. No entanto, não é desejável que, entre 1 de janeiro e 31 de março, um sujeito passivo que inicia uma atividade no âmbito daquela norma, enquadrado no artigo 9º, se veja impedido do exercício do direito à dedução e, logo após, entre 1 e 15 de abril seguintes, tenha de apresentar uma declaração de alterações por imposição legal, podendo, então, regularizar a seu favor o imposto que onera os seus bens do imobilizado e cujo direito à dedução lhe havia sido impedido no período anterior.

Não é possível, nos termos da lei, anular os efeitos da alínea 33) do artigo 9º até à data em que a mesma é revogada. Assim, relativamente aos sujeitos passivos que não reúnam as condições para benefi ciar do REI a partir de 1 de abril, ou que, reunindo essas condições, pretendam optar pelo regime de tributação a partir dessa data, julga-se ser do seu interesse optar, desde logo, por este regime na declaração de início de atividade.

Os sujeitos passivos que iniciem a atividade entre 1 de janeiro e 31 de março de 2013 não estão dispensados da apre-sentação da declaração de alterações no prazo de 15 dias após 1 de abril, uma vez que a revogação da alínea 33) do artigo 9º altera os elementos do respetivo registo.

7 - Quadros elucidativos dos prazos de entrega da de-claração de alterações

Atento o disposto supra, elaboram-se, em anexo, quadros elucidativos dos prazos para a apresentação da declaração de alterações, de acordo com as várias situações possíveis.

(Of. Circulado n.º 30143/2013, de 13.3.2013, da DSIVA, da AT)

N.R. 1 - A Lei nº 66-B/2012, de 31.12, foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, suplemento ao número da 1ª quinzena de janeiro.

2 – Ainda sobre outras alterações introduzidas pela lei do orçamento do Estado para 2013 ao Código do IVA e e legislação complementar ver os esclarecimentos e orientações divulgados através do Ofício Circulado nº 30142/2013, de 21 de Fevereiro, da Direção de Serviços do IVA, publicado na pág. 190 do último número do Boletim do Contribuinte.

3 - Os quadros divulgados pelo presente Ofício Circulado constam dos Anexos I e II transcritos nas páginas seguintes.

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Boletim do Contribuinte 221MARÇO 2013 - Nº 6

Anex

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Page 14: Portaria n.º 106/2013, de 14 de março Medidas de apoio ao ... · PDF fileSumários do Diário da República ... de registo dos sujeitos passivos abrangidos pela mesma, ... - Entrega

222 Boletim do ContribuinteMARÇO 2013 - Nº 6

Anex

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Boletim do Contribuinte 223MARÇO 2013 - Nº 6

LEGISLAÇÃO

Número de Identifi cação FiscalNovo regime de atribuição e gestão do NIF

Decreto-Lei n.º 14/2013 de 28 de janeiro

(in DR nº 19, I série, de 28.1.2013)

O número fi scal de contribuinte, bem como os procedimentos a adotar com vista à respetiva atribuição e gestão foram instituídos e regu-lados originariamente pelo Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro.

A experiência acumulada ao longo da vigência deste diploma determinou a reformulação de alguns daqueles procedimentos, a qual se traduziu nas alterações legislativas introduzidas pelos Decretos--Leis n.os 240/84, de 13 de julho, 266/91, de 6 de agosto, 19/97, de 21 de janeiro, pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, e pelo Decreto-Lei n.º 81/2003, de 23 de abril.

Ademais, a implementação do regime atinente ao cartão do cidadão, por um lado, e do regime do cartão da empresa e do cartão de pessoa coletiva, por outro, veio alterar as regras de emissão do cartão de contri-buinte, impondo-se, por conseguinte, a harmonização da atual legislação.

Paralelamente, e associado à reformulação dos procedimentos adotados, o desenvolvimento das plataformas tecnológicas e a sua aplicação aos procedimentos de atribuição e gestão do atual número de identifi cação fi scal (NIF) tem vindo a tornar possível a prestação de determinados serviços por transmissão eletrónica de dados, desig-nadamente no que concerne à alteração do domicílio fi scal e indicação do IBAN, permitindo assim a prestação de serviços mais rápidos e efi cientes por parte da administração tributária e mais cómodos e efi cazes para os contribuintes.

Doutra face, a realidade fi scal portuguesa tem vindo a justifi car a necessidade premente da criação das fi guras do cancelamento e suspensão do NIF. Tal relevância impõe-se, sobretudo, no âmbito da renúncia à representação fi scal por parte do representante, sempre que este tenha comprovadamente diligenciado junto do representado no sentido da sua substituição, e esta não tenha sido concretizada.

Com o presente diploma, pretende-se, assim, harmonizar a legisla-ção atualmente em vigor, clarifi cando-se o conteúdo e procedimentos da atribuição e gestão do NIF. Sem descurar a necessária segurança jurídica, visa-se promover, deste modo, a máxima simplifi cação das formalidades, facilitando a apreensão e aplicação das normas legais em questão pelos seus destinatários.

Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 171.º da

Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

TÍTULO I Das disposições gerais

Artigo 1.º Objeto e princípios gerais

1 - O presente diploma institui o número de identifi cação fi scal, bem como as condições da sua atribuição, respetivos efeitos e gestão.

2 - Os procedimentos de atribuição e gestão do número de identifi cação fi scal devem observar os princípios gerais do pro-cedimento tributário e, bem assim, os princípios da autenticidade,

veracidade, univocidade e segurança dos dados identifi cadores dos contribuintes.

Artigo 2.º Defi nição

O número de identifi cação fi scal, abreviadamente designado por NIF, é um número sequencial destinado exclusivamente ao tratamento de informação de índole fi scal e aduaneira, devendo ser gerado de forma automática em conformidade com as disposições constantes do presente diploma.

Artigo 3.º Âmbito

O NIF é obrigatório para as pessoas singulares e coletivas ou entidades legalmente equiparadas que, nos termos da lei, se encon-trem sujeitas ao cumprimento de obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Administração Tributária e Aduaneira (AT).

TÍTULO II Da atribuição do número de identifi cação fi scal e cartão de

contribuinte

CAPÍTULO I Da atribuição do número de identifi cação fi scal

SECÇÃO I Das pessoas singulares

Artigo 4.º Número de identifi cação fi scal

1 - O NIF a atribuir às pessoas singulares, sejam cidadãos na-cionais ou estrangeiros, é um número composto por nove dígitos, sendo os oito primeiros sequenciais e o último um dígito de controlo.

2 - O primeiro dígito da esquerda pode variar entre os alga-rismos 1 a 4.

3 - Os algarismos iniciais «45» correspondem aos cidadãos não residentes que apenas obtenham em território português ren-dimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo.

4 - Cada cidadão apenas pode ser detentor da titularidade de um único NIF.

5 - O exercício de qualquer atividade por pessoa singular, bem como a titularidade de estabelecimento individual de res-ponsabilidade limitada, não determina a atribuição de novo NIF.

Artigo 5.º Competência para a atribuição

de número de identifi cação fi scal

É da competência exclusiva da AT a atribuição de NIF de pessoa singular.

Artigo 6.º Legitimidade para requerer a atribuição de número

de identifi cação fi scal

1 -A inscrição de pessoa singular, para efeitos de atribuição de NIF, pode ser requerida, nos termos gerais do direito, pelo interessado, seu representante ou gestor de negócios, salvo o disposto no número seguinte.

2 -A inscrição dos cidadãos referidos no n.º 3 do artigo 4.º deve ser solicitada pelo substituto tributário.

Artigo 7.º Entidades competentes para o processo

1 -Os cidadãos nacionais que, nos termos do artigo 3.º, estejam obrigados a possuir NIF devem solicitar a respetiva atribuição, inscrevendo-se nos seguintes locais:

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Boletim do Contribuinte224MARÇO 2013 - Nº 6

LEGISLAÇÃO

a) Serviços Locais de Finanças; b) Entidades indicadas nos n.os 2 e 3 do artigo 20.º da Lei

n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, no âmbito da emissão e substituição do cartão de cidadão;

c) Outros locais devidamente autorizados para o efeito. 2 -Podem, igualmente, solicitar a atribuição de NIF junto das

entidades elencadas nas alíneas do número anterior, os cidadãos brasileiros que solicitem a obtenção do cartão de cidadão, ao abrigo do n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro.

3 -Nos restantes casos, os cidadãos devem inscrever-se, para efeitos de atribuição de NIF, junto das entidades indicadas nas alíneas a) e c) do n.º 1.

4 -A atribuição de NIF a cidadãos não residentes que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo é solicitada pelo substituto tributário, exclusivamente, por transmissão eletrónica de dados.

Artigo 8.º Procedimentos e formalidades

1 -Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo anterior, a ins-crição para efeitos de atribuição de NIF deve ser efetuada a pedido do cidadão interessado, seu representante ou gestor de negócios, mediante declaração verbal de todos os elementos identifi cativos relevantes ao respetivo registo.

2 -A verifi cação da fi dedignidade dos elementos identifi cativos declarados deve ser feita pelo serviço recetor, por cotejo dos dados constantes no documento identifi cativo do interessado.

3 -Sempre que o pedido de inscrição seja efetuado por represen-tante ou gestor de negócios, a respetiva identidade e legitimidade deve ser confi rmada pelo serviço recetor.

4 -Os elementos identifi cativos são recolhidos de imediato no sistema informático, sendo posteriormente impressos em documento tipifi cado para confi rmação do declarante.

5 -Após conclusão do procedimento previsto no número an-terior, é emitido e autenticado, pelo serviço recetor, o documento comprovativo de inscrição, do qual consta obrigatoriamente o NIF do contribuinte, que é entregue ao declarante.

6 -O documento comprovativo referido no número anterior pode ser provisoriamente utilizado, para os devidos efeitos legais, até à receção do respetivo cartão de cidadão ou cartão de contri-buinte, consoante os casos.

7 -Sempre que a atribuição de NIF decorra ao abrigo de pro-cesso de emissão ou substituição de cartão de cidadão, as entidades referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, solicitam à AT a atribuição do respetivo NIF.

8 -A fi dedignidade dos elementos identifi cativos do interessado, declarados perante as entidades referidas no número precedente, deve ser efetuada de acordo com os n.os 2 e 3.

9 -A comunicação do NIF atribuído, nos termos do n.º 4 do artigo anterior, é efetuada exclusivamente por transmissão eletrónica de dados.

Artigo 9.º Elementos identifi cativos

1 -Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo anterior são considerados e devidamente recolhidos os seguintes elementos identifi cativos do respetivo interessado:

a) Nome completo; b) Domicilio fi scal; c) Estatuto fi scal, de acordo com as regras de conexão de resi-

dência previstas no Código do IRS; d) Naturalidade; e) Nacionalidade; f) Data de Nascimento; g) Sexo; h) Número de documento de identifi cação civil e respetiva

designação; i) Número de Identifi cação Bancária (NIB) ou Número Inter-

nacional de Conta Bancária (IBAN); j) Grau de defi ciência; k) Contactos telefónicos; l) Correio electrónico. 2 -O NIF a atribuir automaticamente é considerado igualmente

um elemento de identifi cação do interessado, nos termos do artigo 2.º 3 -Sempre que a legislação fi scal determine a existência de

representante para pessoa singular não residente, é recolhido igualmente o NIF do representante, bem como o NIF do gestor de bens ou direitos, quando aplicável.

4 -Para efeitos de atribuição de NIF a cidadãos não residentes que apenas obtenham em território nacional rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, são declarados pelo substituto tributário, em conformidade com o n.º 4 do artigo 7.º, os seguintes elementos identifi cativos:

a) Nome completo; b) Residência no estrangeiro; c) NIF do país da residência; d) Naturalidade; e) Nacionalidade; f) Data de nascimento; g) Sexo; h) Número de Identifi cação Bancária (NIB) ou Número Inter-

nacional de Conta Bancária (IBAN); i) NIF do substituto tributário. 5 -Os elementos referidos nas alíneas i), k) e l) do n.º 1, bem

como nas alíneas c) e h) do número anterior são facultativos.

Artigo 10.º Documentos

1 -A inscrição de cidadão nacional, para efeitos de atribuição de NIF, deve realizar-se mediante a apresentação do documento de identifi cação civil do interessado, designadamente bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte válidos, assento de nascimento ou cédula pessoal.

2 -Os cidadãos estrangeiros que pretendam inscrever-se como residentes nos termos da legislação fi scal devem, no momento da respetiva inscrição, apresentar cumulativamente os seguintes documentos:

a) Documento de identifi cação civil ou outro legalmente equivalente;

b) Título de autorização de residência ou documento equi-valente.

3 -Os cidadãos estrangeiros que pretendam inscrever-se como não residentes nos termos da legislação fi scal devem, no momento da respetiva inscrição, apresentar cumulativamente os seguintes documentos:

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Boletim do Contribuinte 225MARÇO 2013 - Nº 6

a) Documento de identifi cação civil ou outro legalmente equivalente;

b) Procuração ou contrato de mandato com representação com o representante fi scal;

c) Documento de identifi cação fi scal e civil do representante fi scal.

4 -As alíneas b) e c) referidas no número anterior não são aplicáveis aos cidadãos não residentes que, de acordo com a legis-lação fi scal, não estejam obrigados a nomear representante fi scal.

5 -Para efeitos dos números anteriores, a AT pode exigir pro-dução de prova complementar ou documento apto a comprovar os elementos identifi cativos previstos no n.º 4 do artigo anterior, bem como, sempre que suscitem dúvidas sobre a exatidão ou titularidade dos elementos de identifi cação, praticar as diligências necessárias à comprovação dos mesmos.

SECÇÃO II Das pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas

Artigo 11.º Número de identifi cação fi scal

1 -O NIF das entidades abrangidas pelo regime jurídico do Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC) corresponde ao Número de Identifi cação de Pessoas Coletiva (NIPC) que for atribuído por esta entidade, após emissão de certifi cado de admis-sibilidade de fi rma ou denominação ou de inscrição no fi cheiro central de pessoas coletivas.

2 -É da competência da AT a atribuição de NIF às seguintes entidades não previstas no número anterior:

a) Não residentes que apenas obtenham em território por-tuguês rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo;

b) Fundos; c) Entidades que se encontrem sujeitas ao cumprimento de

obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Administração Tributária.

3 -O NIF a atribuir ao abrigo do n.º 2 do presente artigo inicia--se pelo algarismo «7», seguindo, com as necessárias adaptações, o regime previsto nos n.os 1 e 4 do artigo 4.º

Artigo 12.º Legitimidade para requerer a atribuição de número de

identifi cação fi scal

1 -Tem legitimidade para requerer a atribuição de NIF às entidades indicadas na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior o substituto tributário.

2 -A atribuição de NIF às entidades indicadas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo anterior pode ser requerida pela entidade interessada, por meio dos respetivos representantes legais, bem como por qualquer representante ou gestor de negócios, nos termos gerais do direito.

Artigo 13.º Entidades competentes para o processo

1 -Para efeitos de inscrição e consequente atribuição de NIF, as entidades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º devem efetuar o pedido exclusivamente por transmissão eletrónica de dados.

2 - As entidades referidas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 11.º, devem efetuar o respetivo pedido nos seguintes locais:

a) Serviços de Finanças; b) Outros locais devidamente autorizados para o efeito.

Artigo 14.º Procedimentos e formalidades

1 -Os procedimentos e formalidades aplicáveis à atribuição de NIF às entidades previstas no n.º 2 do artigo 11.º, designadamente no que concerne aos documentos a apresentar, seguem, com as necessárias adaptações, o regime previsto no artigo 8.º

2 -Aquando da inscrição e atribuição de NIF às entidades referidas na alínea b) do n.º 2 do artigo 11.º, o requerente deve apresentar, se aplicável, o respetivo diploma de criação e a auto-rização da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.

Artigo 15.º Elementos identifi cativos

1 -Para efeitos de atribuição de NIF às entidades previstas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 11.º e, quando aplicável, são declarados e devidamente recolhidos pela AT os seguintes elementos identifi cativos:

a) Denominação social; b) Natureza jurídica; c) Data da constituição da entidade; d) Sede, direção efetiva ou estabelecimento estável; e) NIF do representante legal; f) Contactos telefónicos; g) Correio electrónico. 2 -São declarados pelo substituto tributário, para efeitos da

alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º, os seguintes elementos identifi -cativos, quando aplicável:

a) Denominação social; b) Sede no estrangeiro; c) NIF do país da residência; d) Número de Identifi cação Bancária (NIB) ou Número In-

ternacional de Conta Bancária (IBAN); e) NIF do substituto tributário. 3 -Sempre que o NIF corresponda ao NIPC atribuído pelo

RNPC, os elementos identifi cativos são transmitidos por esta entidade à AT, por meio de transmissão eletrónica de dados.

SECÇÃO III Outras entidades

Artigo 16.º Heranças indivisas

1 -Compete exclusivamente à AT a atribuição de NIF às heranças indivisas.

2 -O NIF a atribuir inicia-se pelo algarismo «7». 3 -Podem solicitar a atribuição de NIF para as heranças indivi-

sas, junto dos Serviços de Finanças ou outros locais devidamente autorizados para o efeito, o cabeça de casal do autor da herança, seu representante ou gestor de negócios, nos termos gerais do direito.

4 -São recolhidos no sistema informático, para efeitos de atribuição de NIF, os seguintes elementos:

a) Designação da herança, a qual deve conter obrigatoriamente o nome do respetivo autor seguido da expressão «cabeça--de-casal da herança de»;

b) NIF do autor da herança; c) Data do óbito; d) NIF do cabeça de casal; e) Identifi cação fi scal dos herdeiros. 5 -Para efeitos de confi rmação dos elementos discriminados

no número precedente, devem ser apresentados pelo requerente os seguintes documentos:

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte226MARÇO 2013 - Nº 6

LEGISLAÇÃO

a) Registo do óbito do autor da herança; b) Documento de identifi cação civil e fi scal dos herdeiros; c) Documento de identifi cação civil e fi scal do requerente,

caso não seja herdeiro. 6 -A atribuição de NIF às heranças indivisas segue, com as

necessárias adaptações, os procedimentos e formalidades estabe-lecidos no artigo 8.º, salvo o disposto nos n.os 7 e 9.

CAPÍTULO II Do cartão de contribuinte

Artigo 17.º Competência para a emissão de cartão de contribuinte

1 -A emissão do cartão de contribuinte é da competência exclusiva da AT.

2 -O modelo do cartão, bem como os procedimentos relativos ao envio ou entrega ao respetivo titular são defi nidos por portaria a aprovar pelo Ministro das Finanças, com faculdade de delegação.

Artigo 18.º Emissão do cartão de contribuinte de pessoa singular

1 -Após a atribuição de NIF, é sempre emitido cartão de contribuinte a todas as pessoas singulares, excepto às que se encontrem abrangidas pelo artigo 3.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro, por força do respetivo artigo 2.º.

2 -Nos casos em que haja lugar à emissão de cartão de con-tribuinte de pessoa singular, do mesmo deve apenas constar o nome completo do seu titular, o NIF atribuído e a data de emissão.

Artigo 19.º Emissão do cartão de contribuinte de pessoa coletiva e enti-

dade legalmente equiparada

1 -Após validação informática da declaração de início de atividade, é emitido cartão de contribuinte às seguintes entidades mencionadas no n.º 2 do artigo 11.º:

a) Fundos; b) Entidades não contempladas no regime jurídico do RNPC e

que se encontrem sujeitas ao cumprimento de obrigações ou pretendam exercer os seus direitos junto da Adminis-tração Tributária, quando aplicável.

2 -Não é emitido cartão de contribuinte aos sujeitos não resi-dentes, que apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo.

3 -Até à emissão do cartão de contribuinte, as pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas são identifi cadas através do comprovativo da entrega da declaração referida no n.º 1.

4 -O cartão emitido, nos termos legais, pelo RNPC para as entidades sujeitas ao seu regime jurídico serve, para os devidos efeitos, como cartão de contribuinte dessas entidades.

Artigo 20.º Emissão de cartão de contribuinte às heranças indivisas

Apenas é emitido cartão de contribuinte às heranças indivisas quando o cabeça-de-casal, seu representante ou gestor de negó-cios, o solicitem.

Artigo 21.º Emissão de segunda via do cartão de contribuinte

Nos casos de mau estado de conservação, perda, destruição ou extravio deve o contribuinte solicitar a emissão de novo cartão.

CAPÍTULO III Do domicílio fi scal e representação fi scal

Artigo 22.º Domicílio fi scal

1 -Considera-se domicílio fi scal o estatuído no artigo 19.º da Lei Geral Tributária.

2 -O domicílio fi scal das heranças indivisas corresponde ao do respetivo cabeça de casal.

3 -O domicílio fi scal dos fundos corresponde ao da sociedade gestora ou, quando aplicável, de outro representante legal.

Artigo 23.º Representação fi scal

1 -Salvo disposição em contrário, os não residentes que, nos termos do artigo 3.º, estejam obrigados a ser detentores de NIF devem nomear representante fi scal.

2 -O representante fi scal, pessoa singular ou coletiva domi-ciliada em Portugal, deve declarar expressamente a aceitação da representação.

3 -O domicílio fi scal do representado corresponde ao do representante.

4 -Não há lugar à nomeação de representante fi scal aos sujeitos não residentes que apenas obtenham em território português ren-dimentos sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, devendo o pedido de inscrição ser efetuado pelo substituto tributário, nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 7.º

CAPÍTULO IV Das vicissitudes do registo

Artigo 24.º Alteração ao registo

1 -Sempre que se verifi que qualquer alteração dos elementos constantes do registo deve o contribuinte, seu representante ou ges-tor de negócios, comunicar as respetivas alterações à AT, no prazo de 15 dias a contar da data da ocorrência do facto determinante da alteração, salvo se outro prazo não decorrer expressamente da lei.

2 -A alteração só produz efeitos a partir da comunicação à Administração Tributária.

3 -A AT procede à alteração ofi ciosa dos elementos identifi -cativos constantes no registo, designadamente:

a) Sempre que tenha tomado conhecimento de tais alterações, no âmbito das suas competências ou através da comuni-cação efetuada nos termos do artigo 28.º;

b) Por meio de decisão judicial; c) Por erro imputável aos serviços. 4 -As alterações ao registo seguem, com as necessárias

adaptações, os procedimentos e formalidades previstos para a inscrição inicial.

5 -As alterações ao registo podem ser ainda efetuadas por transmissão electrónica de dados, designadamente alteração ao domicílio fi scal e indicação do IBAN.

6 -Sem prejuízo do regime jurídico do cartão de cidadão e do RNPC, é emitido, nos termos previstos no capítulo II, novo cartão de contribuinte após quaisquer alterações efetuadas aos elementos identifi cativos constantes da face do cartão.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 227MARÇO 2013 - Nº 6

7 -Quando a AT tenha conhecimento de outros elementos relevantes no âmbito da identifi cação do contribuinte, designada-mente a situação de insolvência e a data de óbito, deve proceder ao averbamento no respetivo registo.

Artigo 25.º Cancelamento do número de identifi cação fi scal e do registo

1 -O diretor-geral da AT procede ao cancelamento do NIF e, sempre que aplicável, do respetivo registo, nas seguintes situações:

a) Multiplicidade de inscrições relativas à mesma pessoa; b) Decisão judicial. 2 -Quando se verifi quem as situações referidas no número

anterior, deve o cartão de contribuinte ser imediatamente devol-vido à AT.

3 -Sempre que o contribuinte ou o respetivo representante não dê cumprimento ao disposto no número precedente, a AT pode diligenciar no sentido de apreender o cartão.

4 -O cancelamento implica sempre a perda defi nitiva do direito ao uso do NIF.

5 -O cancelamento do NIF efetuado de acordo com a alínea a) do n.º 1, é precedido de audiência do interessado, cabendo recurso hierárquico da decisão defi nitiva, a interpor nos termos defi nidos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Artigo 26.º Suspensão do registo

1 -O diretor-geral da AT pode declarar a suspensão do NIF sempre que existam fortes indícios da prática do crime de fraude fi scal e a suspensão seja necessária para evitar o prosseguimento da atividade criminosa.

2 -O procedimento referido no número anterior tem por base uma informação fundamentada dos serviços de inspeção tributária ou de outro serviço da AT.

3 -A suspensão referida no n.º 1 caduca quando cessem as causas que a justifi quem.

4 -O titular do NIF suspenso fi ca impedido, enquanto a suspensão se mantiver, de exercer quaisquer direitos perante a administração fi scal, de que possa resultar a obtenção de uma vantagem económica, relacionada com a atividade exercida, designadamente reembolsos e benefícios fi scais dependentes de reconhecimento.

5 -Nos casos de renúncia à representação fi scal, em que a mesma assume caráter obrigatório, sempre que o representante tenha comprovadamente diligenciado junto do representado no sentido da sua substituição e esta não tenha sido concretizada, pode a AT suspender o NIF do representado até ao cumprimento dessa obrigação.

6 -Da suspensão do NIF efetuada de acordo com o disposto no n.º 1, cabe recurso hierárquico, com efeito suspensivo, a interpor nos termos defi nidos no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Artigo 27.º Inscrição ofi ciosa

1 -Sem prejuízo da infracção que ao caso couber, a AT procede fundamentadamente à inscrição ofi ciosa, para efeitos de atribuição de NIF, designadamente, nas seguintes situações:

a) O contribuinte não proceda à respetiva inscrição, estando para isso obrigado a fazê-lo nos termos do artigo 3.º;

b) O autor da herança não seja detentor de NIF e tal facto seja relevante no âmbito da atribuição de NIF à respetiva herança indivisa;

c) As entidades sujeitas ao regime jurídico do RNPC não cumpram as formalidades previstas nesse regime;

d) As entidades sejam não residentes no território nacional, mas possuam sede em outro Estado membro, abrangidas pelo processo de reembolso de IVA previsto no Decreto--Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.

2 -Nas situações previstas nas alíneas a) e c) do número anterior, a AT comunica ao contribuinte, por escrito, a respetiva inscrição.

3 -Após a inscrição, e se aplicável em conformidade com o disposto no capítulo II, é emitido cartão de contribuinte.

Artigo 28.º Cooperação

Todos os serviços públicos que, no exercício das suas compe-tências, tomem conhecimento de factos suscetíveis de dar lugar à inscrição ou a qualquer atualização cadastral, devem comunicar tais factos à AT no prazo de 30 dias.

CAPÍTULO V Da obrigatoriedade de identifi cação fi scal

Artigo 29.º Menção do número de identifi cação fi scal

1 -É obrigatória a menção do NIF em todas as declarações, participações, guias de entrega de imposto, requerimentos, petições, exposições, reclamações, impugnações, recursos, ou quaisquer outros documentos que sejam ou devam ser apresentados nos serviços de Administração Tributária.

2 -No caso de declarações verbais prestadas nos mesmos serviços e que aí devam ser reduzidas a termo, é igualmente obrigatório fazer-se prova do NIF dos declarantes, devendo o mesmo ser anotado no referido termo.

3 -Nas relações com a Administração Tributária, os contri-buintes devem apresentar o respetivo cartão de contribuinte ou documento legalmente equivalente.

Artigo 30.º Obrigatoriedade de comprovação do número de identifi ca-

ção fi scal

1 -Os serviços públicos ou quaisquer outras entidades públicas ou privadas devem, no cumprimento das obrigações tributárias que lhe estejam cometidas, exigir dos contribuintes a comprova-ção do seu NIF.

2 -Os rendimentos sujeitos a retenção na fonte, ainda que dela isentos, não podem ser pagos ou postos à disposição dos respetivos titulares, pelas entidades competentes, sem que aqueles façam previamente a comprovação do seu NIF.

3 -O substituto tributário deve mencionar sempre o NIF das entidades referidas na alínea a) do n.º 2 do artigo 11.º

Artigo 31.º Falta de menção do número de identifi cação fi scal

1 -Sem prejuízo das sanções estabelecidas na lei, são recu-sados ou considerados como não apresentados nos serviços da administração tributária os documentos que não mencionem o NIF, quando dos mesmos deva constar.

2 -Em caso de omissão da menção do NIF em requerimentos, petições, exposições, reclamações, impugnações ou recursos, não sendo possível o seu suprimento ofi cioso, são os interessados convidados a suprir a defi ciência existente.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte228MARÇO 2013 - Nº 6

LEGISLAÇÃO

3 -São liminarmente indeferidos os documentos previstos no número anterior cuja defi ciência não seja possível suprir por qualquer dos termos aí previstos.

4 -O não cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 29.º constitui fundamento de recusa liminar de prestação de quaisquer informações ou declarações.

CAPÍTULO VI Das disposições gerais sobre documentos

Artigo 32.º Autenticidade e legalidade dos documentos

1 -Os documentos apresentados, para efeitos da aplicação do presente diploma, devem ser originais ou cópias autenticadas, aceitando-se apenas cópias simples mediante o acompanhamento dos respetivos originais.

2 -Os documentos lavrados no estrangeiro, bem como as assinaturas reconhecidas no estrangeiro, devem, aquando da sua apresentação, encontrar-se devidamente validados pelas autori-dades competentes.

3 -Os documentos redigidos em língua estrangeira devem ser apresentados em cópia traduzida devidamente certifi cada, nos termos da lei portuguesa.

4 -Sempre que suscitem dúvidas acerca dos factos alegados pelo contribuinte ou seu representante, pode a AT exigir produ-ção de prova complementar, bem como praticar as diligências necessárias à comprovação dos mesmos.

TÍTULO III Da base de dados do registo de contribuintes

CAPÍTULO I Do Registo

Artigo 33.º Atos praticados perante ou pela Administração Tributária

e Aduaneira

São, nomeadamente, praticados perante ou pela AT os se-guintes atos:

a) Inscrição de pessoa singular; b) Inscrição de pessoa coletiva e entidade legalmente equi-

parada; c) Inscrição de heranças indivisas; d) Alteração dos elementos identifi cativos registados; e) Cancelamento e suspensão da inscrição.

Artigo 34.º Efi cácia da comunicação dos factos sujeitos a registo

Para efeitos do presente diploma, e salvo disposição legal em contrário, os factos sujeitos a registo só produzem efeitos perante a Administração Tributária após comunicação efetuada pelo contribuinte.

CAPÍTULO II Da proteção de dados pessoais

Artigo 35.º Finalidades

O tratamento de fi cheiros com dados pessoais a realizar por força do presente diploma visa estabelecer a integridade, veracidade e funcionamento seguro da atribuição e gestão do NIF.

Artigo 36.º Tratamento de dados

1 -São objeto de recolha e tratamento os elementos de iden-tifi cação do titular do NIF mencionados nos n.os 1 e 4 do artigo 9.º, para as pessoas singulares, nos n.os 1 e 2 do artigo 15.º, para as pessoas coletivas e entidades legalmente equiparadas, e no n.º 4 do artigo 16.º, para as heranças indivisas.

2 -O tratamento dos elementos de identifi cação do titular ocorre associado às seguintes operações relativas à atribuição e gestão do NIF:

a) Receção, instrução e execução dos pedidos de atribuição do NIF;

b) Receção, instrução e execução dos pedidos de atualização dos elementos constantes do registo;

c) Execução do cancelamento (e suspensão) do registo; d) Personalização do cartão de contribuinte; e) Cooperação entre entidades competentes, quando legal-

mente permitido. 3 -A recolha e o tratamento dos dados necessários às operações

referidas no número anterior, com exceção da alínea d), só podem ser efetuados por entidades ou serviços da Administração Pública e respetivos trabalhadores em funções públicas.

Artigo 37.º Comunicação de dados

Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a informação constante da base de dados do registo de contribuintes da AT só pode ser transmitida nas condições previstas no artigo 64.º da Lei Geral Tributária.

Artigo 38.º Informação para fi ns de investigação ou estatística

Para além dos casos previstos no artigo anterior, a informação constante na base de dados de registo de contribuintes da AT pode ser publicamente divulgada, nomeadamente para fi ns de investigação ou estatística, desde que não identifi que nem permita identifi car as pessoas a que respeita.

Artigo 39.º Entidade responsável pelo registo dos contribuintes e siste-

ma informático

1 -É da competência da AT a gestão do registo de contribuin-tes, nos termos e para os efeitos previstos na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

2 -O desenvolvimento, manutenção e segurança do sistema informático adequado à atribuição e gestão do NIF é assegurado pela AT, a qual põe em prática as medidas técnicas e organizativas adequadas à satisfação das exigências estabelecidas na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

Artigo 40.º Direitos de informação, de acesso e retifi cação

1 -O titular do NIF, ou o representante devidamente mandatado para o efeito, tem o direito de, a todo o tempo, verifi car os dados

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 229MARÇO 2013 - Nº 6

pessoais nele inscritos e conhecer o conteúdo da informação relativa aos seus dados pessoais.

2 -Os sujeitos mencionados no número anterior têm o direito de exigir a correção de eventuais inexatidões, a supressão de dados indevidamente recolhidos ou indevidamente comunicados e a integração de omissões, nos termos previstos na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro.

Artigo 41.º Sigilo

Os responsáveis pelo tratamento de dados pessoais, bem como todas as pessoas que, no exercício das suas funções, tomem conhecimento daqueles dados, fi cam estritamente vin-culados ao dever de sigilo fi scal e profi ssional, mesmo após o termo das suas funções.

Artigo 42.º Celebração de protocolos

A articulação entre a AT e os restantes organismos da Ad-ministração Pública, nomeadamente no que respeita à troca de informação relevante para efeitos de integração do registo de contribuintes, é defi nida em protocolos a celebrar entre as entidades envolvidas.

TÍTULO IV Das disposições fi nais e transitórias

Artigo 43.º Regime transitório

1 -Mantém-se em vigor a Portaria n.º 377/2003, de 10 de maio.

2 -Mantêm-se igualmente em vigor os Protocolos celebrados com a AT, ao abrigo da legislação anterior, que tenham por objecto a troca de informação.

Artigo 44.º Norma revogatória

São revogados os seguintes diplomas: a) Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de novembro; b) Portaria n.º 386/98, de 3 de julho; c) Portaria n.º 271/99, de 13 de abril; d) Portaria n.º 862/99, de 8 de outubro; e) Portaria n.º 594/2003, de 21 de julho.

Artigo 45.º Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação.

N.R. 1 – No último número do Boletim do Contribuinte, págs. 192 e 193, foi publicado o Of. Circulado nº 90017/2013, de 26.2., da Direção de Serviços de Registo de Contribuintes da AT, com esclarecimentos relativos á inscrição e alteração ao registo de contribuintes face ás novas regras vigentes (desde 27 de fevereiro de 2013) aprovadas pelo presente Decreto-Lei nº 14/2013, de 28 de janeiro.

2 – A Portaria nº 377/2003, de 10 de março, referida no artigo 43º do presente decreto-lei, encontra-se transcrita no Boletim do Contri-buinte, 2003, pág. 362 (aprovou os modelos de cartão de contribuinte de pessoa singular e de pessoa coletiva).

Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP)

Taxa do ISP aplicável ao gasóleo de aquecimento - Alteração

Portaria n.º 84/2013de 27 de fevereiro

(in DR nº 41, I série, de 27.2.2013)

A necessidade de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa obriga à adoção de medidas que promovam a efi ciência energética e a redução dos consumos dos produtos mais poluentes do ambiente e incentivem a utilização de combustíveis com menor emissão específi ca de dióxido de carbono. Com este objectivo, o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC 2006), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2006, de 23 de agosto, contempla a harmonização progressiva, até ao ano de 2014, do nível de tributação do gasóleo de aquecimento com o nível de tributação do gasóleo rodoviário.

Neste contexto, e dando continuidade a este processo de harmonização, consubstanciado com a publicação das Portarias n.os 211/2007, de 22 de fevereiro, 16-C/2008, de 9 de janeiro, 653/2010, de 11 de agosto, 99/2011, de 11 de março e 320-D/2011, de 30 de dezembro, é alterada a taxa do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aplicável ao gasóleo de aquecimento.

Nestes termos:Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e

da Economia e do Emprego, em cumprimento do estabelecido no n.º 8 do artigo 92.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 73/2010, de 21 de junho e alterado pelas Leis n.os 55-A/2010, de 31 de Dezembro, 64-B/2011, de 30 de Dezembro, 14-A/2012, de 30 de março e 20/2012, de 14 de Maio, o seguinte:

Artigo 1.ºTaxa do ISP aplicável ao gasóleo de aquecimento

A taxa do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) aplicável ao gasóleo de aquecimento, classifi cado pelo código NC 2710 19 45, é igual a (euro) 330 por 1000 l.

Artigo 2.ºNorma revogatória

É revogado o artigo 1.º da Portaria n.º 320-D/2011, de 30 de dezembro.

Artigo 3.ºEntrada em vigor

A presente portaria produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – A Port. nº 320-D/2011, de 30.12, foi oportunamente publicada no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 52.

2 – A presente alteração da taxa do ISP, aplicável ao gasóleo de aquecimento refelete um agravamento signifi cativo do ISP uma vez que a taxa estava anteriormente fi xada em 292,46 euros por 1000 l.

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Boletim do Contribuinte230MARÇO 2013 - Nº 6

LEGISLAÇÃO

Autoridade Tributária e AduaneiraUnidade dos Grandes Contribuintes

da Autoridade Tributária e Aduaneira

Critérios de seleção dos contribuintes

Portaria n.º 107/2013de 15 de março

(in DR nº 53, I série, de 15.3.2013)

Considerando a sua importância em termos económicos, a receita fi scal gerada, e a crescente complexidade das suas operações, a gene-ralidade dos países da OCDE possui serviços que se ocupam exclu-sivamente do acompanhamento tributário dos grandes contribuintes promovendo, entre outros aspetos, a assistência no cumprimento voluntário das respetivas obrigações fi scais e a redução do número de litígios de natureza fi scal.

Tendo em vista a implementação deste modelo em Portugal, e no cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 118/2011, de 15 de dezembro, a Portaria n.º 320-A/2011, de 30 de dezembro, estabeleceu a estrutura nuclear da Autoridade Tributária e Aduaneira fi xando, simultaneamente, as competências da Unidade dos Grandes Contri-buintes. Por outro lado, o Decreto-Lei n.º 6/2013* de 17 de janeiro operacionalizou a Unidade dos Grandes Contribuintes, com efeitos a 1 de janeiro de 2012, procedendo a diversas alterações legislativas relevantes nesta matéria.

Uma vez criada organicamente a estrutura destinada a efetuar o acompanhamento tributário dos grandes contribuintes e defi nidas as respectivas competências importa agora estabelecer os critérios de seleção dos contribuintes cuja situação tributária deva ser acompa-nhada por esta unidade.

Assim:Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao

abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 68.º-B da Lei Geral Tributária, aprovada Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, o seguinte:

Artigo 1.ºCritérios de seleção

Os contribuintes cuja situação tributária deve ser acom-panhada pela Unidade dos Grandes Contribuintes são os que preencham pelo menos um dos seguintes critérios:

a) Entidades com um volume de negócios superior a:(i) 100 milhões de euros, nos casos em que exerçam

atividades sob a supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto Seguros de Portugal;

(ii) 200 milhões de euros, nos restantes casos.b) Sociedades gestoras de participações sociais, constitu-

ídas nos termos do Decreto-Lei n.º 495/88, de 30 de dezembro, com um valor total de rendimentos superior a 200 milhões de euros.

c) Entidades com um valor global de impostos pagos su-perior a 20 milhões de euros;

d) Sociedades não abrangidas por qualquer das alíneas anteriores que sejam consideradas relevantes, aten-dendo, nomeadamente, à sua relação societária com as sociedades abrangidas pelas referidas alíneas;

e) Sociedades integradas em grupos, abrangidos pelo re-gime especial de tributação dos grupos de sociedades, nos termos do artigo 69.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, em que alguma das sociedades integrantes do grupo, dominante ou dominada, seja abrangida pelas condições defi nidas em qualquer das alíneas anteriores.

Artigo 2.ºDefi nições

1. O volume de negócios referido na alínea a) do artigo anterior é calculado nos termos do n.º 4 ou do n.º 5 do artigo 106.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, conforme se trate de entidades não fi nanceiras ou fi nanceiras.

2. O valor total de rendimentos a que se refere a alínea b) do artigo anterior corresponde ao total apresentado na de-monstração de resultados por naturezas da entidade a que se refere, em conformidade com os respetivos planos de contas.

Artigo 3.ºPublicidade

1. As entidades referidas nas alíneas a) a e) do artigo 1.º são defi nidas e identifi cadas em relação alfabética a aprovar por despacho do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira a publicar no Diário da República.

2. Esta relação tem uma vigência de quatro anos podendo, por despacho do diretor-geral da Autoridade Tributária e Adu-aneira, ser anualmente acrescida dos contribuintes que passem a preencher os correspondentes requisitos.

Artigo 4.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – O Decreto-Lei nº 6/2013, de 17.1, foi transcrito no Boletim do Contribuinte, 2013, ág. 90.

Relembramos que o decreto-lei 6/2013 introduziu alterações no CPPT, LGT, GGIT e RCPIT.

2 – O Boletim do Contribuinte / Vida Económica acaba de lan-çar o livro DIREITO TRIBUTÁRIO – Edição 2013, uma coletânea de legislação com todos os Códigos fi scais, revistos e atualizados já com as mais recentes alterações, incluindo as introduzidas pelo presente Decreto-Lei nº 6/2013, de 17 de Janeiro.

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Boletim do Contribuinte 231

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

INCENTIVOS À CONTRATAÇÃO E FORMAÇÃOEMPREGO «ESTÍMULO 2013»

Procede à criação da medida de apoio ao emprego «Estímulo 2013», que promove a contratação e a formação profi ssional de desempregadosRevogação da Portaria n.º 45/2012, de 13.2

Portaria nº 106/2013 de 14 de março

(in DR nº 52, I série, de 14.3.2013)

(Continuação da pág. 209)A medida Estímulo 2012 visou incentivar

a contratação e a formação de desempregados com determinadas características, através da concessão de um apoio fi nanceiro de mon-tante proporcional à remuneração paga pelo empregador aos trabalhadores abrangidos, condicionada à criação líquida de emprego e à oferta de formação articulada com as necessidades empresariais.

No seguimento de estudos recentes efe-tuados sobre os efeitos das medidas ativas de emprego e de formação profi ssional na empregabilidade e atendendo aos resultados decorrentes de avaliação e do acompanha-mento da medida Estímulo 2012, durante o seu primeiro ano de execução, importa agora proceder à reformulação desta medida através da criação de uma nova medida de âmbito mais alargado. Com efeito, a presente reformulação da referida medida tem como objetivo primacial potenciar o combate ao desemprego, designadamente entre os públicos mais desfavorecidos, e reforçar as vertentes associadas à criação de emprego e à promoção de vínculos laborais mais estáveis, reduzindo, ainda, a segmentação no mercado de trabalho na esteira da recente reforma da legislação laboral.

Assim, a nova medida Estímulo 2013 mantem a concessão de um apoio fi nanceiro aos empregadores que celebrem contratos de trabalho com desempregados inscritos em centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional e estabelece a obri-gação de os mesmos lhes proporcionarem formação, prevendo, também, a atribuição de um prémio de conversão no caso de os empregadores procederem à conversão dos contratos de trabalho a termo certo em con-tratos de trabalho sem termo, relativamente a trabalhadores apoiados, quer ao abrigo da nova medida, quer ao abrigo da medida Estímulo 2012.

A nova medida Estímulo 2013 mais procede ao alargamento do conjunto de ca-tegorias de desempregados potencialmente abrangidos pela mesma e, bem assim, no caso de celebração de contrato de trabalho

sem termo, ao aumento da duração máxima do período de concessão do apoio fi nanceiro de seis para 18 meses e do valor mensal máximo do mesmo.

Importa, ainda, salientar a manutenção da previsão de um regime especial relativo a projeto que seja considerado de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região, e que como tal seja re-conhecido, a título excecional, por despacho do membro do Governo responsável pela área da economia. A previsão deste regime especial relativo a projeto de interesse estra-tégico refere-se aos contratos de trabalho a termo certo com uma duração mínima de 12 meses. Tendo em conta a importância atri-buída à contratação sem termo, esta oferece, mesmo face ao regime especial, condições mais benéfi cas do que a contratação a termo.

Por fi m, e atenta a experiência acumu-lada ao longo do primeiro ano de execução da medida Estímulo 2012, são introduzidas alterações ao nível de procedimento admi-nistrativo que visam agilizar e tornar mais efi ciente o mesmo procedimento.

Foram consultados os Parceiros Sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social.

Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º e no n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 132/99, de 21 de abril, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Emprego, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

A presente portaria cria a medida Estímulo 2013, de ora em diante desig-nada Medida, que consiste na concessão, ao empregador, de um apoio fi nanceiro à celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional, com a obrigação de proporcionar formação profi ssional.

ARTIGO 2.ºRequisitos do empregador

1 - Pode candidatar-se à Medida a pessoa singular ou coletiva de direito privado, com ou sem fi ns lucrativos, que reúna os seguintes requisitos:

a) Estar regularmente constituída e registada;

b) Preencher os requisitos legais exi-gidos para o exercício da atividade ou apresentar comprovativo de ter iniciado o processo aplicável;

c) Ter a situação contributiva regula-rizada perante a administração fi scal e a segurança social;

d) Não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita a apoios fi nanceiros concedidos pelo Instituto do Emprego e da Forma-ção Profi ssional, I.P. (IEFP, I.P.);

e) Ter a situação regularizada em matéria de restituições no âmbito do fi nanciamento pelo Fundo Social Europeu;

f) Dispor de contabilidade organizada de acordo com o previsto na lei.

2 - A observância dos requisitos pre-vistos no n.º 1 é exigida no momento da apresentação da candidatura e durante o período de duração do apoio fi nanceiro.

3 - Podem ainda candidatar-se à pre-sente Medida as empresas que tenham iniciado processo especial de revitaliza-ção, previsto no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de março e alterado pelos Decretos--Leis n.os 200/2004, de 18 de agosto, 76-A/2006, de 29 de março, 282/2007, de 7 de agosto, 116/2008, de 4 de julho, e 185/2009(2), de 12 de agosto e pela Lei n.º 16/2012(3), de 20 de abril, devendo entregar ao IEFP, I.P. cópia certifi cada da decisão a que se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 17.º-C do CIRE, mesmo que não preencham o requisito previsto na alínea c) do n.º 1.

ARTIGO 3.ºRequisitos de atribuição

1 - São requisitos de atribuição do apoio fi nanceiro:

a) A celebração de contrato de traba-lho, a tempo completo ou a tempo

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Boletim do Contribuinte232

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

parcial, com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional, de acordo com o previsto no número seguinte;

b) A criação líquida de emprego.2 - Para efeitos da alínea a) do núme-

ro anterior, o contrato de trabalho deve ser celebrado com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de em-prego e formação profi ssional:

a) Há pelo menos 6 meses conse-cutivos;

b) Há pelo menos 3 meses consecuti-vos, desde que não tenha concluído o ensino básico ou que tenha 45 anos ou mais ou que seja respon-sável por família monoparental ou cujo cônjuge se encontre igualmen-te em situação de desemprego;

c) Que não tenha estado inscrito na segurança social como trabalhador de determinada entidade ou como trabalhador independente nos 12 meses que precedem a data da candi-datura à Medida, nem tenha estado a estudar durante esse mesmo período.

3 - Para efeitos do disposto no n.º 2:a) São equiparadas a desempregado

as pessoas inscritas no centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional como traba-lhadores com contrato de trabalho suspenso com fundamento no não pagamento pontual da retribuição;

b) O tempo de inscrição não é preju-dicado pela frequência de estágio profi ssional, formação profi ssional ou outra medida ativa de emprego, com exceção das medidas de apoio direto à contratação ou que visem a criação do próprio emprego.

4 - Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1, o contrato de trabalho pode ser celebrado sem termo ou a termo certo, por prazo igual ou superior a seis meses, designadamente ao abrigo da parte fi nal da alínea b) do n.º 4 do artigo 140.º do Código do Trabalho.

5 - Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1, considera-se que há criação líquida de emprego quando:

a) O empregador atingir por via do apoio um número total de traba-lhadores superior à média mais baixa dos trabalhadores registados nos quatro, seis ou 12 meses que

precedem a data da apresentação da candidatura;

b) O empregador registar, a partir da contratação e com periodicidade trimestral, um número total de trabalhadores igual ou superior ao número de trabalhadores atingido por via do apoio.

6 - A obrigação referida na alínea b) do número anterior deve ser mantida pelo menos durante o período de duração do apoio fi nanceiro.

7 - Os contratos de trabalho celebra-dos pelas empresas referidas no n.º 3 do artigo 2.º podem ser apoiados ao abrigo da Medida, mesmo não se verifi cando o disposto na alínea a) do n.º 5.

8 - Para efeitos de aplicação da alínea b) do n.º 5 e do n.º 6 do presente artigo, não são contabilizados os trabalhadores que tenham cessado os respetivos contra-tos de trabalhos por motivo de invalidez, de falecimento, de reforma por velhice ou de despedimento com justa causa promovido pelo empregador, desde que a empresa comprove esse facto.

9 - Nos casos previstos no n.º 9 do artigo 5.º, durante a suspensão do apoio, suspende-se, também, a obrigação de manutenção do nível de emprego previs-ta na alínea b) do n.º 5 do presente artigo.

10 - O empregador tem direito a um prémio de conversão, estando obrigado a cumprir o disposto na alínea b) do n.º 5 e no n.º 6 do presente artigo, em caso de conversão de contrato de trabalho a termo certo, anteriormente abrangido pela Medida Estímulo 2012 ou pela presente Medida, em contrato de trabalho sem termo, por acordo celebrado entre empregador e trabalhador.

11 - O empregador não pode con-tratar, ao abrigo da Medida, mais de 25 trabalhadores através de contrato de trabalho a termo certo, em cada ano civil, não existindo limite ao número de contratações em caso de celebração de contrato de trabalho sem termo.

ARTIGO 4.ºFormação Profi ssional

1 - O empregador obriga-se a propor-cionar formação profi ssional numa das seguintes modalidades:

a) Formação em contexto de trabalho ajustada às competências do posto

de trabalho, pelo período de duração do apoio, mediante acompanha-mento de um tutor designado pelo empregador;

b) Formação ajustada às compe-tências do posto de trabalho, em entidade formadora certificada, com uma carga horária mínima de 50 horas e realizada, preferencial-mente, durante o período normal de trabalho.

2 - Os empregadores que tenham me-nos de 5 trabalhadores devem proporcio-nar formação profi ssional na modalidade prevista na alínea b) do número anterior.

3 - No caso de a formação referida na alínea b) do n.º 1 ser realizada, total ou parcialmente, fora do período normal de trabalho, o trabalhador tem direito a uma redução equivalente no respetivo período de trabalho.

4 - No termo da formação, o empre-gador deve entregar ao IEFP, I.P. o rela-tório de formação elaborado pelo tutor, em conformidade com o modelo defi nido por regulamento específi co, ou a cópia do certifi cado de formação emitido pela entidade formadora certifi cada.

ARTIGO 5.ºApoio fi nanceiro

1 - O empregador que celebre contra-to de trabalho ao abrigo da Medida tem direito a um apoio fi nanceiro durante o período máximo de seis meses, no caso de celebração de contrato de trabalho a termo certo, ou de dezoito meses, no caso de celebração de contrato de trabalho inicialmente sem termo.

2 - O apoio fi nanceiro concedido ao abrigo da presente Medida corresponde a 50% da retribuição mensal do traba-lhador.

3 - O apoio fi nanceiro corresponde a 60% da retribuição mensal do trabalha-dor no caso de celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional, que se encontre numa das seguintes situações:

a) Inscrito como desempregado no centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional há pelo menos 12 meses consecutivos;

b) Benefi ciário do Rendimento Social de Inserção;

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Boletim do Contribuinte 233

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

c) Pessoa com defi ciência ou inca-pacidade;

d) Idade igual ou inferior a 25 anos;e) Idade igual ou superior a 50 anos;f) Trabalhadora com um nível de

habilitações inferior ao 3.º ciclo do ensino básico;

g) Trabalhador que seja do sexo menos representado em setores de atividade que tradicionalmente empregam uma maioria de pessoas do mesmo sexo.

4 - Para efeitos da presente Medida entende-se por retribuição mensal o valor pago pelo empregador ao trabalhador e relevante para efeitos de incidência da taxa contributiva devida à Segurança Social.

5 - Os apoios previstos nos n.os 2 e 3 deste artigo não podem ultrapassar os montantes de uma vez o valor do inde-xante dos apoios sociais (IAS)(4) por mês, no caso de contratos a termo certo, e de 1,3 vezes o valor do IAS por mês, no caso de contratos celebrados inicialmente sem termo.

6 - No caso de celebração de contrato de trabalho a tempo parcial os apoios re-feridos no número anterior são reduzidos proporcionalmente, tendo por base um período normal de trabalho de 40 horas semanais.

7 - O prémio de conversão referido no n.º 10 do artigo 3.º corresponde a nove meses de apoio idêntico ao previsto no n.º 2 ou n.º 3, ao qual se aplica o limite máximo mensal de uma vez o valor do IAS (4).

8 - O empregador que benefi cie do prémio de conversão está dispensado da obrigação prevista no artigo 4.º.

9 - O apoio previsto neste artigo suspende-se nos casos de suspensão do contrato de trabalho, designadamente por motivo de maternidade ou situação de doença, sendo retomado se o contrato ainda se mantiver em vigor após o perí-odo de suspensão.

ARTIGO 6.ºProcedimento

1 - Para efeitos de obtenção do apoio, o empregador apresenta a candidatura à Medida no portal NetEmprego do IEFP,

I.P., em www.netemprego.gov.pt, através do registo da oferta de emprego, indican-do a modalidade de formação profi ssio-nal a proporcionar aos trabalhadores e podendo identifi car os trabalhadores que pretende contratar.

2 - O IEFP, I.P. efetua a validação da oferta, verifi ca os requisitos de atribui-ção do apoio e apresenta candidatos ao empregador, para efeitos de seleção, ou verifi ca a elegibilidade dos candidatos indicados pela mesma.

3 - Após o empregador informar quais os candidatos selecionados ou o IEFP, I.P. confi rmar a elegibilidade dos candidatos indicados, é proferida decisão pelo IEFP, I.P. e notifi cado o empregador, no prazo de 15 dias seguidos a contar da data da apresentação da candidatura.

4 - No âmbito da Medida, o em-pregador deve celebrar os contratos de trabalho depois da notifi cação da decisão de aprovação, sem prejuízo de o mesmo poder celebrar os contratos de trabalho a partir do momento da apresentação da candidatura, assumindo, nesse caso, os efeitos decorrentes da eventual não elegibilidade da mesma.

5 - No caso previsto no n.º 10 do artigo 3.º, o empregador deve efetuar o pedido de apoio ao IEFP, I.P., no prazo de cinco dias consecutivos após a con-versão do contrato de trabalho, através da apresentação de cópia dos contratos de trabalho sem termo ou do acordo entre as partes do qual conste a data da conversão do contrato.

6 - No caso previsto no n.º 10 do artigo 3.º, o IEFP, I.P. decide e notifi ca o empregador no prazo de 15 dias se-guidos a contar da data de apresentação do pedido.

7 - O empregador deve devolver o termo de aceitação da decisão de apro-vação e, nos casos do n.º 1 do artigo 5.º, apresentar cópia de todos os contratos apoiados ao IEFP, I.P., no prazo de 15 dias seguidos a contar da data da notifi -cação da decisão.

8 - O não cumprimento do previsto no número anterior determina a caducidade da decisão de aprovação.

9 - Os prazos previstos nos n.os 3 e 6 do presente artigo suspendem-se sempre que sejam solicitados pelo IEFP,

I.P. elementos em falta ou informações adicionais, desde que imprescindíveis para a tomada da decisão, ou no âmbito da realização da audiência de interessa-dos, nos casos aplicáveis, terminando a suspensão com a cessação do facto que lhe deu origem.

ARTIGO 7.ºPagamento do apoio

1 - O pagamento do apoio fi nanceiro relativo aos contratos de trabalho a termo certo e ao prémio de conversão é efetua-do da seguinte forma:

a) A primeira prestação, no montante correspondente a 50% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias conse-cutivos após a devolução do termo de aceitação da decisão;

b) A segunda prestação, no montante remanescente, é paga fi ndo o perío-do de duração do apoio, no prazo de 10 dias consecutivos após o pedido de pagamento.

2 - O pagamento do apoio fi nanceiro relativo aos contratos de trabalho sem termo é efetuado da seguinte forma:

a) A primeira prestação, no montante correspondente a 40% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias conse-cutivos após a devolução do termo de aceitação da decisão;

b) A segunda prestação, no montante correspondente a 40% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias con-secutivos após o termo da primeira metade do período de duração do apoio;

c) A terceira prestação, no montante remanescente, é paga fi ndo o perío-do de duração do apoio, no prazo de 10 dias consecutivos após o pedido de pagamento.

3 - O pagamento das prestações fi ca sujeito à verifi cação da manutenção dos requisitos necessários à atribuição do apoio, defi nidos no n.º 1 do artigo 2.º e no n.º 1 do artigo 3.º.

4 - O pagamento da última prestação do apoio fi ca sujeito à entrega, por parte do empregador, do relatório de formação ou da cópia do certifi cado de formação previstos no n.º 4 do artigo 4.º.

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Boletim do Contribuinte234

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

ARTIGO 8.ºIncumprimento e restituição

dos apoios

1 - O incumprimento, por parte do empregador, das obrigações relativas à atribuição dos apoios fi nanceiros con-cedidos no âmbito da presente portaria implica a imediata cessação dos mesmos e a restituição, total ou parcial, dos mon-tantes já recebidos, sem prejuízo do exer-cício do direito de queixa por eventuais indícios da prática do crime de fraude na obtenção de subsídio de natureza pública.

2 - O apoio fi nanceiro cessa, devendo o empregador restituir proporcionalmen-te o apoio fi nanceiro recebido, quando se verifi que alguma das seguintes situações:

a) O trabalhador abrangido pela Medida promova a denúncia do contrato de trabalho;

b) O empregador e o trabalhador abrangido pela Medida façam cessar o contrato de trabalho por acordo;

c) Incumprimento do requisito pre-visto na alínea b) do n.º 5 do artigo 3.º, sem prejuízo do disposto no n.º 9 do mesmo artigo;

3 - O empregador deve restituir a totalidade do apoio fi nanceiro respeitante ao trabalhador em relação ao qual se verifi que uma das seguintes situações:

a) Despedimento coletivo, por extinção de posto de trabalho ou por inadap-tação, bem como despedimento por facto imputável ao trabalhador que seja declarado ilícito ou cessação do contrato de trabalho durante o período experimental por iniciativa do empregador, efetuados durante o período de duração do apoio;

b) Resolução lícita de contrato de trabalho pelo trabalhador;

c) Incumprimento das obrigações previstas no artigo 4.º, sem prejuízo do disposto no n.º 8 do artigo 5.º.

4 - O IEFP, I.P. deve notifi car o em-pregador da decisão que põe termo à atri-buição do apoio fi nanceiro, indicando a data em que deixa de existir fundamento para a respetiva atribuição, assim como o montante que deverá ser restituído.

5 - A restituição deve ser efetuada no prazo de 60 dias consecutivos, contados a partir da notifi cação referida no número anterior, sob pena de pagamento de juros de mora à taxa legal em vigor.

ARTIGO 9.ºRegime especial de projetos de inte-

resse estratégico

O regime jurídico previsto na pre-sente portaria é aplicável ao empregador que apresente investimento considerado de interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região, e que como tal seja reconhecido, a título excecional, por despacho do membro do Governo responsável pela área da eco-nomia, com as seguintes especifi cidades no que respeita a celebração de contrato de trabalho a termo certo:

a) Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, o contrato de trabalho a termo certo deve ter du-ração igual ou superior a 12 meses;

b) Não é aplicável o limite previsto no n.º 11 do artigo 3.º;

c) O apoio fi nanceiro previsto nos n.os 2 e 3 do artigo 5.º não pode ultrapassar o montante de uma vez o valor do IAS por mês, durante o período máximo de nove meses.

ARTIGO 10.ºOutros apoios

1 - O apoio fi nanceiro previsto na presente portaria pode ser cumulado com medidas que prevejam a isenção ou redução de contribuições para o regime da segurança social ou o reembolso da taxa social única.

2 - Sem prejuízo do disposto no nú-mero anterior, o apoio fi nanceiro previsto na presente portaria não é cumulável com outros apoios diretos ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho.

ARTIGO 11.ºFinanciamento comunitário

A Medida Estímulo 2013 inclui fi nanciamento comunitário, sendo-lhe aplicáveis as respetivas disposições do direito comunitário e nacional.

ARTIGO 12.ºAcompanhamento, avaliação

e regulamentação

1 - O IEFP, I.P. é responsável pela execução da Medida, em articulação com o Instituto de Informática, I.P..

2 - O IEFP, I.P. elabora o regula-mento específi co aplicável à Medida e promove a sua avaliação a partir do 6.º mês de vigência da mesma.

ARTIGO 13.ºNormas transitórias

1 - No âmbito desta Medida as can-didaturas apresentadas e não decididas antes da data da entrada em vigor da presente portaria regem-se pela Porta-ria n.º 45/2012(1), de 13 de fevereiro, sem prejuízo do disposto no n.º 2.

2 - Relativamente às candidaturas referidas no número anterior, os empre-gadores podem solicitar a aplicação do novo regime, reformulando a respetiva candidatura, no prazo a conceder pelo IEFP, I.P..

ARTIGO 14.ºNorma revogatória

É revogada a Portaria n.º 45/2012(1), de 13 de fevereiro.

ARTIGO 15.ºEntrada em vigor

A presente portaria entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

N. R. 1 – A Port. nº 45/2012, de 13.2, que procedeu à criação da medida de apoio ao emprego “Estímulo 2012”, destinada a promover a contratação e a formação pro-fi ssional de desempregados, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 134.

2 – O DL nº 185/2009, de 12.8, que alterou, designadamente, o Código da In-solvência e da Recuperação de Empresas foi publicado no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 573.

3 – A Lei nº 16/2012, de 20.4, transcrita no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 334, alterou o Código da Insolvência e da Re-cuperação de Empresas, tendo simplifi cado formalidades e procedimentos e instituído o processo especial de revitalização.

4 – O valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) corresponde a 419,22 euros.

5 – Sobre a medida de apoio à contra-tação de desempregados com mais de 45 anos através do reembolso da taxa social única pode ser consultada a informação pu-blicada pág. 241 deste número do Boletim do Contribuinte.

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Boletim do Contribuinte 235

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

A alteração introduzida ao artigo 152.º do Código dos Regimes Contributivos pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, veio prever que os trabalhadores independentes são obriga-dos a declarar à Segurança Social o valor da atividade desenvolvida, com discriminação dos rendimentos anuais ilíquidos obtidos no âmbito do exercício da respetiva atividade no ano civil anterior, através do preenchimento de um anexo próprio ao modelo 3 da decla-ração do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares.

Por seu turno o artigo 54.º-A do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de janei-ro, aditado pelo Decreto Regulamentar n.º 50/2012 de 25 de setembro, estabelece que a referida declaração de rendimento incluirá igualmente os elementos necessários ao en-quadramento dos trabalhadores independentes.

O conteúdo da informação constante da declaração assim efetuada é, nos termos le-

2 - O impresso aprovado destina-se a declarar os rendimentos respeitantes aos anos de 2012 e seguintes.

ARTIGO 2.ºCumprimento da obrigação

O anexo referido no artigo anterior deve ser entregue conjuntamente com a declaração de rendimentos Modelo 3 do IRS, no prazo legal estabelecido para a entrega desta declaração e por transmis-são eletrónica de dados, através do Portal das Finanças, devendo, para o efeito, o declarante proceder da seguinte forma:

a) Efetuar o registo, caso ainda não disponha de senha de acesso, no Portal das Finanças, no endereço www.portaldasfi nancas.gov.pt;

b) Efetuar o envio de acordo com os procedimentos indicados no refe-rido Portal.

ARTIGO 3.ºEntrada em vigor

A presente Portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. Cfr. as instruções de preenchimento do Anexo SS que são reproduzidas na página seguinte.

Mod

. RC

3048

- DG

SS

01 02 03M

ODEL

O 3

042

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501

502

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401

402

403

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406

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08

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12

SEGURANÇA SOCIALTrabalhadores independentes

Novo Anexo a apresentar juntamente com a declaração de rendimentos modelo 3 do IRS - Anexo SS

Portaria n.º 103/2013de 11 de março

(in DR nº 49, I série, de 11.3.2013)

galmente previstos, posteriormente remetido pela Autoridade Tributária e Aduaneira aos serviços da Segurança Social.

A execução daqueles preceitos torna necessária a aprovação do suporte de in-formação correspondente por Portaria dos Ministros de Estado e das Finanças e da Solidariedade e da Segurança Social.

Assim, manda o Governo, pelos Minis-tros de Estado e das Finanças e da Solidarie-dade e da Segurança Social, o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

1 - É aprovado o Modelo RC 3048-DGSS, designado Anexo SS e respetivas instruções de preenchimento, anexos à presente Portaria e que dela fazem parte integrante.

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Boletim do Contribuinte236

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

ANEXO SS - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

O anexo SS (Segurança Social) destina-se à declaração anual dos rendimentos ilíquidos, auferidos pelo trabalhador independente no ano civil anterior, conforme determina o disposto no n.º 2 do artigo 152.º do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social - CRC e artigo 54.º-A do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011 de 3 de janeiro, para efeitos de apuramento das Entidades Contratantes. O anexo também se destina à determinação do rendimento relevante dos trabalhadores independentes, nos termos do artigo 162.º do CRC e pelo artigo 62.º do referido Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de janeiro. O anexo SS é individual, pelo que apenas podem constar os elementos respeitantes a um trabalhador independente.

QUANDO DEVE SER APRESENTADO O ANEXO SS O anexo SS deve ser preenchido através da INTERNET, conjuntamente com a declaração de rendimentos modelo 3, nos prazos estabelecidos para a sua entrega. Este anexo será posteriormente remetido, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, aos serviços da Segurança Social.

QUADRO 1 RENDIMENTOS DA CATEGORIA B

Os campos 01 e 02 não podem ser assinalados simultaneamente. Campo 01 – Deve ser assinalado por quem exerce uma atividade profi ssional ou empresarial e está abrangido pelo regime simplifi cado. Campo 02 – Deve ser assinalado se o sujeito passivo estiver abrangido pelo regime de contabilidade organizada. Campo 03 – Deve ser assinalado quando forem imputados rendimentos obtidos por sociedade de profi ssionais sujeita ao regime de transparência fi scal, tal como se

encontra previsto na alínea a) do n.º 4 do artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas-CIRC.

QUADRO 2 ANO DOS RENDIMENTOS

Deve ser indicado o ano a que respeitam os rendimentos.

QUADRO 3 IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR DO RENDIMENTO

Campo 05 – Deve preencher o campo 05, indicando o nome completo do titular dos rendimentos. Para efeitos do presente anexo, consideram-se abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes:

• As pessoas que exercem atividade profi ssional por conta própria (geradora de rendimentos a que se reportam os artigos 3.º e 4.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - CIRS);

• Os sócios ou membros das sociedades de profi ssionais (defi nidas na alínea a) do n.º 4 do artigo 6.º do CIRC); • Os sócios de sociedades de agricultura de grupo (ainda que nelas exerçam atividade integrados nos respetivos órgãos estatutários); • Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas (ainda que a atividade nelas exercida se traduza apenas em atos de gestão, desde que sejam

exercidos diretamente, de forma reiterada e com carácter de permanência); • Os produtores agrícolas (que exerçam atividade profi ssional na exploração agrícola ou equiparada); • Membros de cooperativa de produção ou de serviços que estejam abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes; • Os trabalhadores intelectuais (autores de obras protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, qualquer que seja o género, a forma

de expressão e o modo de divulgação e utilização das respectivas obras); • Os empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial ou industrial, nos termos da alínea a) do n.º 1 do

artigo 3.º do CIRS; • Os titulares de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada.

NOTA: As pessoas que exercem atividade no estrangeiro por período determinado e se mantenham abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes em Portugal devem igualmente preencher este anexo. Campo 08 – Deve assinalar o campo 08 no caso de, no ano a que respeita a declaração, não ter exercido atividade nem ter obtido rendimentos da Categoria B.

QUADRO 4 RENDIMENTOS DA CATEGORIA B

Devem ser indicados os valores totais dos rendimentos ilíquidos consoante a sua natureza, com exceção dos respeitantes à microprodução de energia elétrica. Campo 401 – Indicar o valor total das vendas de mercadorias e produtos Campo 402 – Indicar o valor total recebido a título de subsídios à exploração Campo 403 – Indicar o valor total das mais-valias respeitantes a bens afetos à atividade de prestação de serviços Campo 404 – Indicar o valor total das mais-valias respeitantes a bens afetos à atividade de produção e venda de bens Campo 405 – Indicar o valor total das prestações de serviços efetuados a pessoas singulares sem atividade empresarial, abrangendo as prestações de serviços

prestados a outras pessoas singulares mas a título particular Campo 406 – Indicar o valor total das prestações de serviços efetuadas a pessoas coletivas, independentemente da sua natureza ou fi ns que prossigam, bem como

a pessoas singulares com atividade empresarial, desde que estas não sejam prestadas a título particular

QUADRO 5 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Campo 501 – Indicar o valor total do lucro tributável. Caso apresente prejuízo fi scal deve preencher este campo com zeros Campo 502 – Indicar o valor da matéria coletável imputada ao sócio por sociedade(s) de profi ssionais sujeita(s) ao regime de transparência fi scal

QUADRO 6 IDENTIFICAÇÃO DOS ADQUIRENTES (1) E RESPETIVOS VALORES DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS COM ATIVIDADE EMPRESARIAL RELEVANTE PARA O APURAMENTO DAS ENTIDADES CONTRATANTES

Para efeitos de apuramento das entidades contratantes deve identifi car os adquirentes.

Assinale Sim (campo 1), se os serviços prestados são relevantes para efeitos de apuramento das entidades contratantes, devendo preencher o quadro com os seguintes elementos:

• Identifi cação do adquirente: NIF / NIPC em Portugal, código do país, NIF no estrangeiro; • Valor total ilíquido dos serviços prestados a pessoas coletivas ou a pessoas singulares com atividade empresarial no ano civil anterior, preenchendo uma linha

para cada adquirente. Assinale Não (campo 2), caso se encontre numa das seguintes situações no que se refere aos serviços prestados no âmbito das seguintes atividades:

• Advogados e solicitadores (alínea a) do n.º 1 do artigo 139.º do CRC); • Trabalhadores que exerçam em Portugal atividade por conta própria com caráter temporário e provem o seu enquadramento em regime de proteção obrigatório

noutro país (alínea c) do n.º 1 do artigo 139.º do CRC); • Trabalhadores independentes cuja prestação de serviços só possa ser desempenhada como trabalho independente por imposição legal, designadamente no-

tários, amas, agentes imobiliários, agentes de seguros, etc. (n.º 4 do artigo 150.º do CRC); • Os trabalhadores independentes isentos da obrigação de contribuir (n.º 4 do artigo 150.º e artigo 157.º do CRC); • Os cônjuges dos trabalhadores independentes.

(1) Consideram-se adquirentes as pessoas coletivas, independentemente da natureza ou dos fi ns que prossiga, bem como as pessoas singulares com atividade empresarial, desde que estas não sejam prestadas a título particular. São consideradas Entidades Contratantes, as entidades adquirentes que benefi ciaram de, pelo menos, 80% dos serviços prestados pelo trabalhador independente, no ano dos rendimentos a que se refere a declaração. Releva para o efeito o valor dos serviços prestados a entidades suscetíveis de serem enquadradas como Contratantes, excluindo-se, por isso, o valor das vendas e o valor dos serviços prestados a pessoas singulares sem atividade empresarial (n.º 1 do artigo 140.º, artigo 167.º do CRC e artigo 58.º do Decreto Regulamentar 1- A/ 2011, na redação atual).

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Boletim do Contribuinte 237

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

O Decreto-Lei n.º 65/2012 (1), de 15 de março, estabelece o regime jurídico de pro-teção social na eventualidade de desemprego dos trabalhadores independentes, que se encontrem enquadrados no respetivo regime e que sejam economicamente dependentes de uma única entidade contratante.

Os artigos 11.º e 12.º do referido diplo-ma estabelecem que o reconhecimento do direito ao subsídio por cessação de atividade depende da apresentação de requerimento, de modelo próprio, o qual deve ser instruído com informação comprovativa da situação de

cessação involuntária do contrato de presta-ção de serviços.

Por seu turno, o artigo 13.º do mesmo diploma determina que os modelos de re-querimento e de informação comprovativa da situação de cessação involuntária do contrato de prestação de serviços, são apro-vados por despacho do membro do Governo responsável pela área da solidariedade e da segurança social.

Assim, em cumprimento do disposto no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 65/2012(1), de 15 de março, são aprovados os seguintes

modelos de requerimento e de declaração, que constam em anexo ao presente despacho, do qual fazem parte integrante:

a) Modelo RP 5062-DGSS, Reque-rimento de prestações de desem-prego;

b) Modelo RP 5064-DGSS, Decla-ração de situação de desemprego.

O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013.

N.R. 1 - O DL nº 65/2012, de 15.3, foi publicado no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 272.

2 - Refi ra-se que o DL nº 12/2013, de 25.1, transcrito no Bol. do Contrib., 2013, pág. 160, estabeleceu o regime jurídico de proteção so-cial na eventualidade de desemprego dos em-presários em nome individual e dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas.

3 - Sobre as mais recentes alterações ao regime de proteção no desemprego ver ainda informação síntese publicada no Boletim do Contribuinte, 2013, pág. 119.

TRABALHADORES INDEPENDENTESRequerimento de prestações de desemprego

Declaração de situação de desempregoDespacho n.º 819/2013

de 15 de janeiro(in DR nº 10, II série, de 15.1.2013)

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Boletim do Contribuinte238

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

NOVIDADE

Edição revista e atualizada que sistematiza, clarifi ca e harmo-niza princípios, compilando numa só obra todos os normativos essenciais permitindo encontrar num único diploma resposta a dúvidas relativas à relação contributiva para com o Sistema de Segurança Social.

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO

Autor: Cristina Kellem S. C. Fernandes Páginas: 248 P.V.P.: €22

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Boletim do Contribuinte 239

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

Para benefi ciar de subsídio de do-ença, o trabalhador incapacitado para o trabalho terá de preencher os seguintes requisitos, conforme prevê a Portaria nº 337/2004, de 31.3, que regulamenta o Decreto-Lei nº 28/2004, de 4.2, que aprovou o regime jurídico de proteção social na doença:

- ter um certifi cado de incapacidade temporária (CIT) para o trabalho passado por médico do Serviço Nacional de Saúde (baixa médica). O CIT é o documento passado pelo médico que, além de confi rmar a incapacidade do benefi ciário e a natureza da doença, refere também se se trata de uma baixa inicial (início da incapacidade) ou de um prolongamento da baixa;

- ter os descontos para a Segurança Social em dia até ao fi m do 3º ime-diatamente anterior àquele em que teve início a incapacidade, se for trabalhador independente (a recibos verdes ou empresário em nome in-dividual) ou estiver abrangido pelo seguro social voluntário;

- cumprir o prazo de garantia. Para ter direito ao subsídio de doença, o benefi ciário tem de ter trabalha-do e descontado durante 6 meses (seguidos ou interpolados) para a Segurança Social ou outro sistema de proteção social que assegura um subsídio em caso de doença. Para completar este prazo de 6 meses é considerado, se for necessário, o mês em que inicia a baixa desde que tenha trabalhado e descontado pelo menos um dia nesse mesmo mês;

- cumprir o índice de profi ssionali-dade (esta condição não se aplica aos trabalhadores independentes e aos trabalhadores marítimos abran-gidos pelo regime do seguro social voluntário).

Para ter direito ao subsídio de doença tem de ter trabalhado pelo menos 12 dias nos primeiros quatro meses dos últimos seis. Estes seis meses incluem o mês em que deixa de trabalhar por doença.

Os 12 dias de trabalho podem verifi -car-se num só mês ou resultarem da soma dos dias de trabalho ocorridos durante os 4 meses imediatamente anteriores ao mês que antecede o da data de início da baixa.

Para o índice de profi ssionalidade con-tam os dias de trabalho, os dias de baixa (se esta tiver começado nos 60 dias a seguir ao fi nal da baixa anterior), bem como os dias em que o benefi ciário esteve a receber subsídio por proteção na parentalidade (maternidade, paternidade ou adoção).

Nota: Os trabalhadores por conta de outrem para terem direito ao subsídio de doença, para além de terem de apresentar o CIT, têm de ter cumprido em simul-tâneo o prazo de garantia e o índice de profi ssionalidade.

Acumulação de prestaçõesO subsídio de doença pode acumular

com prestação compensatória dos sub-sídios de férias e Natal, bem como com o rendimento social de inserção (RSI).

Certifi cado de Incapacidade Tempo-rária (baixa médica)

O CIT (3 cópias) pode ser passado por:

- centros de saúde do Serviço Nacio-nal de Saúde;

- hospitais públicos (exceto serviços de urgência);

- serviços de atendimento permanente (SAP);

- serviços de prevenção e tratamento da toxicodependência.

Importa referir que, em caso de inter-namento, a certifi cação da incapacidade pode ser efetuada por estabelecimento de saúde privado autorizado a funcionar pelo Ministério da Saúde, devendo ser pedida a declaração de internamento hospitalar e enviada para a Segurança Social, de modo a ser pago o subsídio de doença.

Se, após a alta hospitalar, o benefi ci-ário continuar a necessitar de baixa, deve ser pedido o CIT ao médico de família (com data imediatamente posterior à data da alta constante da declaração de internamento).

Destino do original e cópias do CIT O original em papel, depois de au-

tenticado pelos serviços de saúde, é en-viado pelo benefi ciário para a Segurança Social. No caso de emissão eletrónica, o CIT é enviado pelos serviços de saúde à Segurança Social.

O duplicado em papel fi ca com o beneficiário, como prova da situação de incapacidade e para ser apresentado nos serviços de saúde, se precisar de prolongar a baixa.

Por sua vez, o triplicado em papel é entregue pelo benefi ciário à respetiva enti-dade empregadora, para justifi car a baixa.

Tratando-se de CIT enviados eletro-nicamente pelos centros de saúde para os centros distritais, só é dada uma via ao benefi ciário para este a entregar à entidade empregadora. Assim, caso o benefi ciário pretenda fi car com um com-provativo do CIT deverá fazer uma cópia.

Prazo para pedir o CITO CIT tem de ser enviado à Segu-

rança Social no prazo de 5 dias úteis a contar da data em que é passado pelos serviços médicos.

Caso o benefi ciário entregue o CIT fora de prazo, não perde o direito ao subsídio de doença, no entanto, o sub-sídio só é pago a partir da data em que o mesmo foi enviado para os serviços de Segurança Social e até ao fi nal do período de incapacidade fi xado no CIT, deduzido o período de espera (3 dias para os trabalhadores dependentes e 30 dias para os independentes).

Montantes de subsídioO montante a receber de subsídio de

doença depende diretamente da duração da incapacidade para o trabalho. Assim:

Duração da doença Montantes

Até 30 dias 55% da remuneração de referência

De 31 a 90 dias * 60% da remuneração de referência

De 91 a 365 dias* 70 % da remuneração de referência

Mais de 365 dias * 75% da remuneração de referência

*Nas situações de doença com duração supe-rior a 30 dias, ao montante de subsídio de doença atribuído aplica-se uma taxa de 5% (contribuição extraordinária).

TRABALHADORES POR CONTA DE OUTREM E INDEPENDENTES

Atribuição de subsídio de doença

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Boletim do Contribuinte240

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

De acordo com informação divul-gada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, devido à transição do serviço competente daquele Ministério para o Ministério da Economia e do Emprego, importa ter presente que o acesso ao sistema de en-trega do Relatório Único é feito através do endereço: www.gee.min-economia.pt/ >> Área Empresas >> Relatório Único >> 2012.

Conforme estabelece a Portaria nº 55/2010, de 21.1 (Bol. do Contribuinte, 2010, pág. 140), decorre de 16 de março a 15 de abril o prazo para as entidades empregadoras entregarem o Relatório Único com informação dos trabalhadores respeitante ao ano de 2012.

Refi ra-se que, para facilitar a entrega de informação, a primeira etapa deve ser a gestão e validação da Estrutura

Empresarial, a operar naquele endereço eletrónico.

Informa-se, ainda, que a recolha do Anexo F - Prestadores de Serviço - será efetuada mas terá um caráter opcional de resposta. Assim, caso opte por não preencher este anexo deve selecionar a opção “Não” para resposta à questão inicial do mesmo: “Existiram contratos de prestação de serviços em algum perí-odo do ano de referência do relatório?”

Dados disponíveisEncontram-se disponíveis em www.

gee.min-economia.pt:- o Dossier de Especifi cações Téc-

nicas;- as Instruções de Preenchimento;- as Tabelas Auxiliares de Preenchi-

mento e respetivos Códigos;- o Modelo para acesso aos WebSer-

vices de Produção (nota: este mode-lo não deve ser utilizado para pedir

os dados de acesso ao Sistema de Entrega do Relatório Único. Esta funcionalidade deve apenas ser usada por entidades que tenham a capacidade de gerar fi cheiros com o formato definido no Dossier de Especifi cações Técnicas e de entregar informação via chamada direta ao webservice, responsável por aceitar o envio dos anexos do Relatório Único;

- o Manual do Utilizador – Sistema de Gestão de Unidades Locais;

- o Manual do Utilizador – Aplicação de Preenchimento (download e funcionalidades da aplicação; ins-truções gerais para preenchimento de um anexo).

InformaçõesPara a obtenção de outras infor-

mações poderá utilizar-se os seguintes contactos:

• Tel. 21 792 13 80 ou 29 121 50 70 (para as empresas com sede na Região Autónoma da Madeira)

RELATÓRIO ÚNICOAlteração do endereço eletrónico

A Portaria nº 103/2013, de 11.3, apro-vou um novo anexo ao modelo 3 da decla-ração do IRS - Modelo RC 3048-DGSS -, designado “Anexo SS” e respetivas instruções de preenchimento, destinado à declaração pelos trabalhadores inde-pendentes do valor da atividade exercida, relativamente ao ano de 2012 e seguintes.

O conteúdo da informação constan-te desta declaração é posteriormente remetido pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) aos serviços da Segu-rança Social.

Importa referir que a alteração intro-duzida ao art. 152º do Código Contribu-tivo, pela Lei nº 20/2012, de 14.5 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 377), impôs a obrigatoriedade de os trabalhadores

independentes declararem à Segurança Social o valor da atividade exercida, com discriminação dos rendimentos anuais ilíquidos obtidos no âmbito do exercício da respetiva atividade no ano civil anterior, através do preenchimento de um anexo próprio ao modelo 3 da de-claração do IRS. Conforme determinava a anterior redação do art. 152º daquele Código, esta declaração era entregue até ao dia 15 de fevereiro do ano seguinte a que dizia respeito.

Por seu lado, o Decreto Regulamen-tar nº 50/2012 de 25.9 (Bol. do Contri-buinte, 2012, pág. 689), que alterou o Decreto Regulamentar nº 1-A/2011, de 3.1 (regulamentação do Código Con-tributivo), estabelece que por meio da

TRABALHADORES INDEPENDENTESNovo anexo para declaração de rendimentos

referida declaração de rendimento se procede à atualização dos elementos re-lativos à identifi cação e enquadramento dos trabalhadores independentes.

ProcedimentoO Anexo SS deve ser entregue

conjuntamente com a declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, no prazo legal estabelecido para a entrega desta declaração e por transmissão eletrónica de dados, através do Portal das Finanças, devendo, para o efeito, o trabalhador independente proceder da seguinte forma:

- efetuar o registo, caso ainda não disponha de senha de acesso, no Portal das Finanças, no endereço www.portaldasfi nancas.gov.pt;

- realizar o envio de acordo com os procedimentos indicados no refe-rido endereço eletrónico.

(cfr. Port. 103/2013, de 11.3, na pág. 235)

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Boletim do Contribuinte 241

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALMARÇO 2013 - Nº 6

A Portaria nº 97/2013, de 4.3, in-troduziu alterações à medida de apoio à contratação de desempregados com idade igual ou superior a 45 anos, via reembolso da taxa social única (TSU), constante da Portaria nº 3-A/2013, de 4.1 (versão atualizada transcrita no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 199).

A nova portaria procede a alguns ajustamentos à respetiva regulamenta-ção, designadamente, ao fazer depender o acesso a esta medida da inscrição dos desempregados nos centros de emprego ou centros de emprego e formação profi s-sional, ao clarifi car alguns dos requisitos de atribuição do apoio aos empregadores, bem como ajustando a forma de paga-mento dos apoios à atual capacidade de muitas empresas de assumirem compro-missos de natureza fi nanceira. Segundo o Governo, tais ajustamentos visam garantir uma aplicação mais ajustada e efi caz desta nova medida de apoio à contratação.

Nos termos do novo diploma, a medida de apoio ao emprego consiste no reembolso de uma percentagem da TSU paga pelo empregador que celebre contrato de trabalho com pessoa com idade igual ou superior a 45 anos que se encontre numa das seguintes situações:

- desempregado inscrito no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional há pelo menos 6 meses consecutivos;

- outro desempregado inscrito no centro de emprego ou centro de emprego e formação profi ssional, desde que não tenha estado inscrito na segurança social como traba-lhador de determinada entidade ou como trabalhador independente nos 12 meses anteriores à data da candidatura ao apoio, nem tenha estado a estudar durante esse mes-mo período.

São equiparadas aos desempregados, para efeitos de aplicação do apoio, as pessoas com idade igual ou superior a 45 anos e inscritas nos centros de emprego

ou centros de emprego e formação pro-fi ssional há pelo menos 6 meses conse-cutivos como trabalhadores com contrato de trabalho suspenso com fundamento no não pagamento pontual da retribuição.

O empregador que celebre contrato de trabalho ao abrigo desta medida de emprego tem direito, durante o período máximo de 18 meses ou durante o perío-do de duração inicial do contrato a termo certo, no caso de contratos com duração inicial inferior a 18 meses, ao reembolso, total ou parcial, do valor da TSU paga mensalmente pelo mesmo relativamente a cada trabalhador, nos seguintes termos:

100% do valor da TSU, no caso de contrato sem termo;

75% do valor da TSU, tratando-se de contrato a termo certo.

As regras de pagamento do apoio são agora diferentes. Assim, o pagamento é efetuado consoante a duração do contrato de trabalho, nos termos seguintes:

para contratos de trabalho a termo certo com duração de 6 meses:- a primeira prestação, correspon-

dente a 50% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias consecutivos após a devolução do termo de aceitação da decisão;

- a segunda prestação, no montante remanescente, é paga após o fi m do período de duração do apoio, no prazo de 10 dias consecutivos após o pedido de pagamento.

para contratos de trabalho a termo certo com duração superior a 6 meses e para contratos sem termo:- a primeira prestação, correspon-

dente a 40% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias consecutivos após a devolução do termo de aceitação da decisão;

- a segunda prestação, correspon-dente a 40% do apoio aprovado, é paga nos 15 dias consecutivos após o termo da primeira metade do período de duração do apoio;

- a terceira prestação, no montante remanescente, é paga após o fi m do período de duração do apoio, no prazo de 10 dias consecutivos após o pedido de pagamento.

DESEMPREGADOS COM MAIS DE 45 ANOSAlterado o regime de incentivo à contratação

através do reembolso da TSU

Por meio de uma norma transitória incluída no Decreto-Lei nº 36/2013, de 11.3, diploma que estabeleceu as normas de execução do Orçamento do Estado para 2013 (Lei nº 66-B/2012, de 31.12), foi reduzida a base de incidência dos descontos para a Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE).

Como os descontos para a ADSE incidem sobre os suplementos remune-ratórios com caráter de permanência, nos mesmos termos da incidência dos descontos para a Caixa Geral de Aposen-tações (CGA), cuja base de incidência foi alargada desde 1 de janeiro do corrente ano, foi pelo Decreto-Lei nº 36/2013 fi xado que os descontos para a ADSE se reportam à incidência da quota para a

CGA vigente a 31 de dezembro de 2012, ou seja, a apenas a retribuição base.

Esta alteração permite que o trabalho suplementar, bem como outras remune-rações suplementares deixem novamente de ser contabilizadas para esse efeito de incidência da taxa de desconto para a ADSE.

Conforme se referiu, a Lei do OE para 2013 (art. 79º) alterou o Estatuto de Aposentação tendo alargado a base de incidência contributiva ao estabelecer que as quotizações e contribuições para a CGA incidem sobre a remuneração ilíquida do subscritor tal como sucede no âmbito do regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem.

EXECUÇÃO DO OE PARA 2013Redução dos descontos para a ADSE

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MARÇO 2013 - Nº 6

Boletim do Contribuinte242

(Continuação da pág. 244)

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 8, 9 e 10, de 2013(Também disponível em www.boletimdocontribuinte.pt, menu Regulamentação do Trabalho)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Bombeiros Voluntários - Acordo de empresa entre a Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz e o SNBP - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2013)Escolas de Condução

- Contrato coletivo entre a APEC - Associação Portuguesa de Escolas de Condução e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2013)Pontes

- Acordo de empresa entre a LUSOPONTE - Concessionária para a Travessia do Tejo, SA e o Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços – SETACCOP – Alteração

(Bol. do TE, nº 9, de 8.3.2013)

Produtos Químicos- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -

Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (serviços de desinfestação/aplicação de pesticidas) e a FIEQUIMETAL - Federação In-tersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 8, de 28.2.2013)

Produtos Químicos e Farmacêuticos - Contrato coletivo entre a NORQUIFAR

- Associação Nacional dos Importadores/Arma-zenistas e Retalhistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a FIEQUIMETAL – Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Quími-cas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - Alteração salarial

(Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2013)Transportes Aéreos

- Acordo de empresa entre a Navegação Aérea de Portugal - NAV Portugal, EPE e o SITECSA - Sindicato dos Técnicos de Segurança Aérea e outros (TTA - Técnicos de Telecomu-nicações Aeronáuticas) - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2013)

Orçamento do Estado para 2013DL n.º 36/2013, de 11.3 - Estabelece as

normas de execução do Orçamento do Estado para 2013Pescas

Declaração de Retificação n.º 13/2013, de 7.3 - Retifica a Port. n.º 90/2013, de 28 de fevereiro, do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, que define o modelo de gestão e a repartição das quotas, para a pesca de espadarte com palangre de superfície no Oceano Atlântico e no Mar Me-diterrâneo, e revoga a Port. n.º 1466/2007, de 15 de novembro, publicada no Diário da República n.º 42, 1.ª série, de 28 de fevereiro de 2013Política da juventude – livro Branco

Res. Cons. Min. n.º 11/2013, de 5.3 - Apro-va, na sequência da elaboração do Livro Branco, as orientações estratégicas de intervenção para a política da juventudeProcesso de Inventário

Lei n.º 23/2013, de 5.3 - Aprova o regime jurídico do processo de inventário, altera o Código Civil, o Código do Registo Predial, o Código do Registo Civil e o Código de Processo CivilReservas Estratégicas de Produtos do Pe-tróleo

Port. n.º 101/2013, de 8.3 - Autoriza a empresa Carlos da Veiga Fernandes e Filho, Lda a efetuar a substituição da totalidade das reservas de petróleo a que se encontra legalmente obrigada, mediante o pagamento do montante correspon-dente à Entidade Gestora das Reservas Estratégicas de Produtos do Petróleo, E.P.E.Sapadores florestais

Port. n.º 104/2013, de 12.3 - Determina que no ano de 2013 são assegurados pelo Fundo Florestal Permanente os apoios financeiros ao funcionamento das equipas de sapadores florestais

SaúdePort. n.º 95/2013, de 4.3 - Aprova o Regu-

lamento do Sistema Integrado de Referenciação e de Gestão do Acesso à Primeira Consulta de Especialidade Hospitalar nas instituições do Serviço Nacional de Saúde e revoga a Port. n.º 615/2008, de 11 de julho

Dec. Legisl. Reg. n.º 10/2013/M, de 5.3 - Primeira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 31/2009/M, de 30 de dezembro, que adaptou à Região Autónoma da Madeira o DL n.º 188/2009, de 12 de Agosto, que estabelece as regras a que se encontra sujeita a prática de atos de desfibri-lhação automática externa por não médicos, bem como a instalação e utilização de desfibrilhadores automáticos externosTaxas - IMTT

Port. n.º 97-A/2013, de 4.3 – (Supl.) - Man-têm em vigor as tabelas de taxas devidas pelos serviços prestados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, aprovadas pela Port. nº 1165/2010, de 9 de novembroTrabalho e Segurança Social

Port. n.º 96/2013, de 4.3 - Estabelece as condições de instalação e funcionamento dos es-tabelecimentos de apoio social - Centro de Noite

Port. n.º 97/2013 (2), de 4.3 - Primeira alte-ração à Port. 3-A/2013, de 4 de janeiro que cria a medida de Apoio à contratação de desempregados com idade igual ou superior a 45 anos, via Reem-bolso da Taxa Social Única (TSU), de ora em diante designada por Medida

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 6/2013, de 5.3 - A responsabilidade pela reparação de acidente de trabalho prevista na Base XVII da Lei n.º 2127, de 3 de Agosto de 1965, e no artigo 18.º, n.º 1, da Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro, resultante da violação de normas relativas à segu-rança, higiene e saúde no trabalho, por parte de empresa utilizadora, e de que seja vítima trabalha-

dor contratado em regime de trabalho temporário, recai sobre a empresa de trabalho temporário, na qualidade de entidade empregadora, sem prejuízo do direito de regresso, nos termos gerais

Res. Cons. Min. n.º 13/2013, de 8.3 - Apro-va um conjunto de medidas que visam garantir e promover a igualdade de oportunidades e de resultados entre mulheres e homens no mercado de trabalho

Port. n.º 105/2013, de 13.3 - Fixa a Estrutura nuclear da Direção-Geral da Segurança Social

Port. n.º 106/2013 (1), de 14.3 - Procede à criação da medida de apoio ao emprego «Estímulo 2013», que promove a contratação e a formação profissional de desempregados e revoga a Port. n.º 45/2012, de 13 de fevereiroTrabalho e Segurança Social – Qualificações profissionais

DL n.º 37/2013, de 13.3 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 256/2009, de 24 de setembro, que estabelece o regime das normas técnicas apli-cáveis à proteção integrada, à produção integrada e ao modo de produção biológico, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, e do DL n.º 92/2010, de 26 de julho, que trans-puseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro, e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativas ao reconhecimento das qualificações profissionais e aos serviços no mercado internoTribunais

Res. Assemb. Rep. n.º 29/2013, de 13.3 - Eleição para o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e FiscaisTribunal da Propriedade Intelectual

Port. n.º 100/2013, de 6.3 - Declara instalado o 2.º Juízo do Tribunal da Propriedade Intelectual

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MARÇO/2013

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de março de 2013)

1 - Transcrito neste número.2 - Publicado no número anterior.

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Boletim do Contribuinte 243MARÇO 2013 - Nº 6

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MARÇO 2013 - Nº 6

Boletim do Contribuinte244

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MARÇO/2013

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de março de 2013)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A. (Continua na pág. 242)

Acidentes de Trabalho – Acórdão do STJAcórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º

6/2013, de 5.3 - A responsabilidade pela reparação de acidente de trabalho prevista na Base XVII da Lei n.º 2127, de 3 de Agosto de 1965, e no artigo 18.º, n.º 1, da Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro, resultante da violação de normas relativas à segu-rança, higiene e saúde no trabalho, por parte de empresa utilizadora, e de que seja vítima trabalha-dor contratado em regime de trabalho temporário, recai sobre a empresa de trabalho temporário, na qualidade de entidade empregadora, sem prejuízo do direito de regresso, nos termos geraisAcórdão do STA - Jurisprudência

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 3/2013, de 4.3 - Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: O conceito de «instalação», para efeitos dos benefícios a que se reporta o nº 1 do art. 20º, do DL nº 423/83, de 5 de Dezembro, reporta-se à aquisição de prédios (ou de fracções autónomas) para construção de empreendimentos turísticos, depois de devidamente licenciadas as respectivas ope-rações urbanísticas, visando beneficiar as empresas que se dedicam à actividade de promoção/criação dos mesmos e não os adquirentes de fracções autónomas em empreendimentos construídos/instalados em regime de propriedade plural, uma vez que esta tem a ver com a «exploração» e não com a «instalação»Agricultura

DL n.º 37/2013, de 13.3 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 256/2009, de 24 de setembro, que estabelece o regime das normas técnicas apli-cáveis à proteção integrada, à produção integrada e ao modo de produção biológico, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, e do DL n.º 92/2010, de 26 de julho, que trans-puseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro, e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativas ao reconhecimento das qualificações profissionais e aos serviços no mercado internoAlquerva

Res. Assemb. Rep. n.º 25/2013, de 11.3 - Recomenda ao Governo que promova a rápida finalização da obra do Alqueva e garanta o seu desenvolvimento futuro

Res. Assemb. Rep. n.º 26/2013, de 11.3 - Recomenda ao Governo a elaboração de um plano estratégico para a zona de influência do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva e um conjunto de outras medidas tendentes ao correto aproveitamento do mesmoAmbiente

Port. n.º 108/2013, de 15.3 - Aprova os estatutos da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.Ambiente – Comércio de licenças de emissão de gases

DL n.º 38/2013, de 15.3 - Regula o regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa a partir de 2013, concluindo a transposição da Diretiva n.º 2009/29/CE, do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2009, a fim de melhorar e alargar o regime comunitário de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufaAssociativismo juvenil e do voluntariado

Res. Assemb. Rep. n.º 32/2013, de 15.3 - Re-comenda ao Governo a valorização e o reconheci-mento das competências de educação não formal adquiridas pelos jovens através do associativismo juvenil e do voluntariado

Autarquias - Reorganização Administrativa Territorial Autárquica

Res. Cons. Min. n.º 12/2013, de 6.3 - Pro-cede à primeira alteração à Res. Cons. Min. n.º 3/2013, de 16 de janeiro, que cria a Equipa para os Assuntos da Reorganização Administrativa Territorial AutárquicaCódigo Civil, Código de Processo Civil e Código do Registo Civil - alterações

Lei n.º 23/2013, de 5.3 - Aprova o regime jurídico do processo de inventário, altera o Código Civil, o Código do Registo Predial, o Código do Registo Civil e o Código de Processo CivilContabilidade

Port. n.º 94/2013 (2), de 4.3 - Aprova o novo Modelo 32 - “Mapa de Depreciações e Amortiza-ções”, e as respetivas instruções de preenchimentoContribuições e impostos - Unidade dos Gran-des Contribuintes da Autoridade Tributária e Aduaneira

Port. n.º 107/2013 (1), de 15.3 - Estabelece os critérios de seleção dos contribuintes cuja situação tributária deve ser acompanhada pela Unidade dos Grandes Contribuintes da Autoridade Tributária e AduaneiraEnsino

Port. n.º 102/2013, de 11.3 - Estabelece o valor das taxas de frequência e das taxas pela rea-lização de provas de certificação de aprendizagem do Ensino Português no Estrangeiro

Res. Assemb. Rep. n.º 33/2013, de 15.3 - Recomenda ao Governo que introduza no 3.º ciclo do ensino básico das escolas nacionais uma formação, de frequência obrigatória, em Suporte Básico de Vida

Res. Assemb. Rep. n.º 34/2013, de 15.3 - Recomenda ao Governo a valorização e o reco-nhecimento da educação não formalEstabelecimentos de apoio social

Port. n.º 96/2013, de 4.3 - Estabelece as condições de instalação e funcionamento dos es-tabelecimentos de apoio social - Centro de NoiteFundações

Res. Cons. Min. nº 13-A/2013, de 8.3 – (Supl.) - Aprova as decisões finais relativas ao processo de censo às fundações e estabelece os procedimentos e as diligências necessários à con-cretização das respetivas decisões de extinção, de redução ou cessação de apoios financeiros públicos e de cancelamento do estatuto de utilidade pública Incentivos

Port. n.º 106/2013 (1), de 14.3 - Procede à criação da medida de apoio ao emprego «Estímulo 2013», que promove a contratação e a formação profissional de desempregadosInconstitucionalidade

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 96/2013, de 12.3 - Declara a inconstitucionalidade,

com força obrigatória geral, da norma contida no n.º 2 do artigo 4.º do DL n.º 280/2001, de 23 de outubro, na parte em que reserva aos indivíduos de nacionalidade portuguesa ou de um país membro da União Europeia, sem prejuízo do disposto em convenções ou em outros instrumentos internacio-nais em vigor no ordenamento jurídico nacional, a faculdade de requerer a inscrição marítimaInspeção-Geral Diplomática e Consular

Dec. Regul. n.º 1/2013, de 14.3 - Procede à primeira alteração ao Dec. Regul. n.º 8/2012, de 19 de janeiro, que aprova a orgânica da Inspeção--Geral Diplomática e Consular, e ao Dec. Regul. n.º 16/2012, de 30 de janeiro, que aprova a orgânica da Comissão Nacional da UNESCOIRC - Mapa de Depreciações e Amortizações modelo 32

Port. n.º 94/2013 (2), de 4.3 - Aprova o novo Modelo 32 - “Mapa de Depreciações e Amortiza-ções”, e as respetivas instruções de preenchimentoIRS

Port. n.º 103/2013 (1), de 11.3 - Aprova um anexo próprio ao modelo 3 da declaração do im-posto sobre o rendimento das pessoas singulares, designado “ANEXO SS” e as respetivas instruções de preenchimentoIRS e IRC – Convenção sobre dupla tributação Portugal-Noruega

Aviso n.º 33/2013, de 15.3 - Torna público que foram cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação da Convenção entre a Repú-blica Portuguesa e o Reino da Noruega para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa em 10 de março de 2011Madeira

Dec. Legisl. Reg. n.º 10/2013/M, de 5.3 - Primeira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 31/2009/M, de 30 de dezembro, que adaptou à Região Autónoma da Madeira o DL n.º 188/2009, de 12 de Agosto, que estabelece as regras a que se encontra sujeita a prática de atos de desfibri-lhação automática externa por não médicos, bem como a instalação e utilização de desfibrilhadores automáticos externosMadeira - Comércio

Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2013/M, de 8.3 - Estabelece o regime jurídico de instalação e de modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais.Medicamentos - Preços

Declaração de Retificação n.º 12/2013, de 1.3 - Retifica a Port. n.º 91/2013, de 28 de fevereiro, do Ministério da Saúde, que estabelece para 2013 os países de referência e os prazos de revisão anual de preços dos medicamentos, e revoga a Port. n.º 1041-A/2010, de 7 de outubro, publicada no Diário da República, n.º 42, 1.ª série, de 28 de fevereiro de 2013

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IBoletim do Contribuinte

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Rui Pedro Almeida, Administrador e CEO do grupo Moneris

Conheça os Benefícios Fiscais

Edição atualizada 2013

Contém comentários, exemplos e casos práticos

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Boletim do ContribuinteII

Programa: 1. A Contabilidade como sistema de informação de apoio à gestão

2. O essencial sobre os conceitos base de contabilidade em SNC

3. O essencial sobre as classes 1, 2, 3, 4 e 5 do SNC

4. O essencial sobre as classes 6, 7 e 8 do SNC

5.

6. As demonstrações Financeiras e o SNC

Organização:

Informações e inscrições: Vida Económica – Patricia Flores Tel.: 223 399 466 Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

Objetivos:

formandos estarão habilitados a:

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elaboradas de acordo com o SNC

Participação sem custos para empresas com resultados negativos e desempregados.No âmbito da sua política de responsabilidade social, nas ações de formação a Vida Económica criou uma quota de inscrições gratuitas para os assinantes empresas com resultados negativos ou individuais em situação de desemprego. Para beneficiar desta oferta até ao limite dos lugares disponíveis, deverá enviar uma cópia da última Declaração mod. 22, ou uma cópia do comprovativo da situação de desemprego, emitida pelo IEFP.

Porto 3 maio9h30/13h0014h30/18h00(total 7h)

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IIIBoletim do Contribuinte

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