por que nan a.r. é a opção mais eficaz e segura para o … · 2012-10-16 · wha 34:22, maio de...

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Nº 61 | JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2012 I M P R E S S O www.sobape.com.br INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA O trabalho de pesquisa da médica baiana especiali- zada em infectologia pediátrica, Cristiana Nascimento Carvalho, foi selecionado e ela está entre as três fina- listas para o Prêmio CLAUDIA na categoria Ciências. O estudo da professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e de sua equipe versa sobre a eficácia da penicilina cristalina em crianças com pneumonia bacteriana. A iniciativa da revista representa a maior premiação feminina da América Latina e é concedida anualmente há 16 anos. Página 3. A SOBAPE, através do Departamen- to de Aleitamento Materno, participou de eventos da XX Semana Mundial de Aleita- mento Materno 2012, entre 1º e 7 de agos- to. O seminário promovido pelo Ministério Público da Bahia contou com a presença da coordenadora do departamento, dra. Do- lores Fernandez, que ministrou a palestra “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: Uma experiência que dá certo?”. A outra atividade, realizada no Shopping Iguatemi, também contou com palestra de dra. Dolo- res e de dra. Ana Paz. Página 5 Leia sobre “Dificuldades alimentares na infância”, com dra. Junaura Barretto. Página 7 Uma turma formada por residentes de pediatria do Hospital Santo Antô- nio participou de mais uma edição do Curso de Reanimação Neonatal. Além da coordenadora da atividade, a neo- natologista Tatiana Maciel, os alunos contaram com aulas das neonatologis- tas Patrícia Oliveira e Renata Pitan- gueira. O treinamento teórico-prático é realizado pela SOBAPE em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A capacitação pode ser solicita- da por instituições, hospitais e cursos de especialização. Página 2 Pediatras, neonatologista e demais pro- fissionais que cuidam da saúde da criança e do adolescente participaram do Curso de Ortopedia Infantil para Pediatras, promovi- do pelos serviços de Ortopedia e Neonato- logia do Hospital Espanhol, com apoio da SOBAPE. Na programação, temas como Avaliação do Recém Nascido, Patologias Ortopédicas Comuns no Adolescente e Ar- trites na Infância, entre outros. Página 4.

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Por que NAN A.r. é A oPção mAis eficAz e segurA* PArA o trAtAmeNto

NutricioNAl dA regurgitAção?

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eficácia: 70% menos refluxojá na primeira semana1.

segurança: Apresenta viscosidade adequada na mamadeira4.

A fórmula infantil que reduz os episódios de regurgitação1-3 com espessamento no lugar certo.

referências Bibliográficas: 1. Valverde A et al. Clinical trial with Nidina AR. In Nidina AR ensayos clínicos Pulso Ediciones, SA, Nestlé España SA 1998;14-28. 2. Chevallier B, Grunberg J, Rives JJ, Van Egroo LD, Fichot MC. Évaluation de la tolérance et de l’efficacité dún lait épaissi à l’amidon de maïs chez les nourrissons présentant des régurgitations simples. Annales de Pédiatrie. 1998;45:509-15. 3. Infante D, Tormo R, Clinical Study of the dietary treatment of regurgitation with a thickened infant formula. Clinical trial with Nidina AR. In Nidina AR ensayos clínicos Pulso Ediciones, SA, Nestlé España SA 1998; 4-11. 4. Vandenplas Y, Rudolph CD, Di Lorenzo C, et al. North American Society for Pediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition, European Society for Pediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition. Pediatric gastroesophageal reflux clinical practice guidelines: joint recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (NASPGHAN) and the European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN). J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2009 Oct;49(4):498-547. 5. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2008. 2ª edição. 120p.

*quando comparado com Alimento para situação metabólica especial espessado com goma.

NotA imPortANte: AS GESTANTES E NuTRIzES PRECISAM SER INFORMADAS quE O LEITE MATERNO É O IDEAL PARA O LACTENTE, CONSTITuINDO-SE A MELHOR NuTRIçãO E PROTEçãO PARA ESTAS CRIANçAS. A MãE DEVE SER ORIENTADA quANTO à IMPORTâNCIA DE uMA DIETA EquILIBRADA NESTE PERíODO E quANTO à MANEIRA DE SE PREPARAR PARA O ALEITAMENTO AO SEIO ATÉ OS DOIS ANOS DE IDADE DA CRIANçA Ou MAIS. O uSO DE MAMADEIRAS, BICOS E CHuPETAS DEVE SER DESENCORAJADO, POIS PODE TRAzER EFEITOS NEGATIVOS SOBRE O ALEITAMENTO NATuRAL. A MãE DEVE SER PREVENIDA quANTO à DIFICuLDADE DE VOLTAR A AMAMENTAR SEu FILHO uMA VEz ABANDONADO O ALEITAMENTO AO SEIO. ANTES DE SER RECOMENDADO O uSO DE uM SuBSTITuTO DO LEITE MATERNO, DEVEM SER CONSIDERADAS AS CIRCuNSTâNCIAS FAMILIARES E O CuSTO ENVOLVIDO. A MãE DEVE ESTAR CIENTE DAS IMPLICAçõES ECONôMICAS E SOCIAIS DO NãO ALEITAMENTO AO SEIO – PARA uM RECÉM-NASCIDO ALIMENTADO ExCLuSIVAMENTE COM MAMADEIRA SERá NECESSáRIA MAIS DE uMA LATA POR SEMANA. DEVE-SE LEMBRAR à MãE quE O LEITE MATERNO NãO É SOMENTE O MELHOR, MAS TAMBÉM O MAIS ECONôMICO ALIMENTO PARA O LACTENTE. CASO VENHA A SER TOMADA A DECISãO DE INTRODuzIR A ALIMENTAçãO POR MAMADEIRA É IMPORTANTE quE SEJAM FORNECIDAS INSTRuçõES SOBRE OS MÉTODOS CORRETOS DE PREPARO COM HIGIENE RESSALTANDO-SE quE O uSO DE MAMADEIRA E áGuA NãO FERVIDAS E DILuIçãO INCORRETA PODEM CAuSAR DOENçAS. OMS – CóDIGO INTERNACIONAL DE COMERCIALIzAçãO DE SuBSTITuTOS DO LEITE MATERNO. WHA 34:22, MAIO DE 1981. PORTARIA Nº 2.051 – MS DE 08 DE NOVEMBRO DE 2001, RESOLuçãO Nº 222 – ANVISA – MS DE 05 DE AGOSTO DE 2002 E LEI 11.265/06 DE 04.01.2006 – PRESIDêNCIA DA REPúBLICA – REGuLAMENTAM A COMERCIALIzAçãO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANçAS DE PRIMEIRA INFâNCIA E TAMBÉM A DE PRODuTOS DE PuERICuLTuRA CORRELATOS.

NAN A.R.: NJA128A – NÃO CONTÉM GLÚTEN.

espessamento no

estômago

lugArcerto:

O leite materno deve ser sempre a primeira opção para a alimentação do lactente. Quando não for possível a manutenção do aleitamento materno, as fórmulas infantis são os substitutos mais adequados para o primeiro ano de vida, conforme

orientação do médico ou nutricionista5.

nestlenutrition 0800-7701599www. .com.br

Nº 61 | JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2012

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

O trabalho de pesquisa da médica baiana especiali-zada em infectologia pediátrica, Cristiana Nascimento Carvalho, foi selecionado e ela está entre as três fina-listas para o Prêmio CLAUDIA na categoria Ciências. O estudo da professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e de sua equipe versa sobre a eficácia da penicilina cristalina em crianças com pneumonia bacteriana. A iniciativa da revista representa a maior premiação feminina da América Latina e é concedida anualmente há 16 anos.

Página 3.

A SOBAPE, através do Departamen-to de Aleitamento Materno, participou de eventos da XX Semana Mundial de Aleita-mento Materno 2012, entre 1º e 7 de agos-to. O seminário promovido pelo Ministério Público da Bahia contou com a presença da coordenadora do departamento, dra. Do-lores Fernandez, que ministrou a palestra “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: Uma experiência que dá certo?”. A outra atividade, realizada no Shopping Iguatemi, também contou com palestra de dra. Dolo-res e de dra. Ana Paz.

Página 5

Leia sobre “Dificuldades alimentares na infância”, com dra. Junaura Barretto. Página 7

Uma turma formada por residentes de pediatria do Hospital Santo Antô-nio participou de mais uma edição do Curso de Reanimação Neonatal. Além da coordenadora da atividade, a neo-natologista Tatiana Maciel, os alunos contaram com aulas das neonatologis-tas Patrícia Oliveira e Renata Pitan-gueira. O treinamento teórico-prático é realizado pela SOBAPE em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A capacitação pode ser solicita-da por instituições, hospitais e cursos de especialização.

Página 2

Pediatras, neonatologista e demais pro-fissionais que cuidam da saúde da criança e do adolescente participaram do Curso de Ortopedia Infantil para Pediatras, promovi-do pelos serviços de Ortopedia e Neonato-logia do Hospital Espanhol, com apoio da SOBAPE. Na programação, temas como Avaliação do Recém Nascido, Patologias Ortopédicas Comuns no Adolescente e Ar-trites na Infância, entre outros.

Página 4.

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Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

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Délia Cerviño Peleteiro

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Junaura Barretto*

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*Presidente interina da SOBAPE

Junaura Barretto é

gastroenterologista pediátrica,

especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela

SBNE, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

Após assumir interinamente a presidência da SOBAPE por seis meses, cumprindo as funções estatutárias, restituo o cargo ao nosso presidente dr. Hans Greve.

Durante este período, juntamente com os presidentes dos diversos departamentos, iniciamos a organização do VII Congresso Baiano de Pediatria, que será presidido por Hans Greve de 1º a 4 de maio de 2013, no Hotel Pestana (sendo o dia 1º reservado para cursos pré-congresso). Sua importância pode ser avaliada pelo sucesso das edições anteriores. O últi-mo, em 2010, conseguiu reunir mais de 600 pediatras, tanto baianos como de várias partes do Brasil. Os temas que serão debatidos estão sendo criteriosamente escolhidos a fim de mantermos a tradição de qualidade dos eventos científicos da SOBAPE.

Demos partida ao processo para eleição da nova Diretoria da SOBAPE para o triênio 2013/2015, divulgando o Edital de Convocação. Conforme os estatutos, o prazo para inscrição das chapas vai de 1º a 31 de outubro e a data de eleição e apuração dos votos é 30 de novembro de 2012.

Compareça! A SOBAPE conta com você.

AGENDAMENTOOs interessados no curso devem

fazer contato com a SOBAPE pelo telefone (71) 3341-6013 ou pelo e-mail [email protected]. O certificado é emitido pela SBP e tem validade de 2 anos.

Sob a coordenação da neonato-logista Tatiana Maciel, 12 residen-tes de pediatria do Hospital Santo Antônio participaram de mais um Curso de Reanimação Neonatal promovido pela SOBAPE, em parceria com a Sociedade Brasilei-ra de Pediatria (SBP).

O treinamento teórico-prático, realizado na sede da sociedade no dia 22 de agosto, contou com a participação das neonatologistas Patrícia Oliveira e Renata Pitan-gueira, que atuaram como ins-trutoras junto com dra. Tatiana Maciel, coordenadora estadual do programa.

O curso é uma iniciativa da SBP, realizado nos moldes da capacitação oferecida pela Aca-demia Americana de Pediatria, em associação com a Academia Americana de Cardiologia.

O programa de suporte vital avançado ao recém-nascido assegura resultados muito po-sitivos na redução da asfixia perinatal, como destaca dra. Tatiana.

Os treinamentos, com duração de oito horas, são ministrados sempre que solici-tados por instituições, hospitais e cursos de especialização. É dirigido a profissionais de saúde como médicos, pediatras, neonatolo-gistas, obstetras, anestesistas, enfermeiros

e auxiliares de enfermagem que assistem o recém-nascido na sala de parto.

O material didático inclui manequins neonatais de reanimação, material para ventilação, material para intubação traqueal, estetoscópios e medicações de uso em sala de parto.

É bastante comum nos con-sultórios pediátricos ouvirmos a queixa dos pais de que seu fi-lho não come. Muitas vezes, esse “diagnóstico familiar” é equivo-cado e, na verdade, as crianças não conseguem atender às expec-tativas dos pais em relação à ali-mentação, principalmente no que tange à quantidade de alimentos ingeridos. Entretanto, em outros casos, estamos diante de uma criança seletiva e com alguma dis-função sensorial, que precisa ser investigada e conduzida de forma cuidadosa, com vigilância do seu estado nutricional e, sobretudo, afastando-se patologias orgânicas.

As diferentes definições e metodologias de trabalho envol-vendo crianças com dificuldades alimentares dificultam a realiza-ção de estudos de prevalência. Di-ferentes levantamentos mostram que o problema acomete entre 8 e 50% das crianças, dependendo dos critérios diagnósticos utiliza-dos, independentemente de idade, sexo, etnia e condição econômica.

Para a família, a criança que tem dificuldade alimentar repre-senta uma das preocupações mais importantes, sendo o foco diário de atenção, gerando estresse e, frequentemente, grandes confli-tos nas relações familiares.

Apesar da baixa ingesta alimen-tar de crianças seletivas, a maioria dos estudos não revela comprome-timento significativo do estado nu-tricional, uma vez que os pais destas crianças, na maioria das vezes, rea-lizam compensações, aumentando a oferta energética dos alimentos pre-ferencialmente aceitos. São as famo-sas “vitaminas turbinadas” que nada auxiliam. Do contrário, reduzem ainda mais o apetite para a refeição seguinte. Apesar disso, alguns au-tores relatam inadequações de peso para estatura em grupos de crianças seletivas e menor taxa de ganho pon-deral quando comparadas a crianças sem dificuldade alimentar.

O que se observa com frequência em crianças seletivas é que, quando se consomem grupos de alimentos específicos e se restringem outros, as deficiências de micronutrientes po-dem se fazer presentes, ainda que de forma subclínica.

Ainda em relação aos micronu-trientes, alguns autores descrevem elevada prevalência de deficiência de ingestão de cálcio, zinco e vita-minas D e E entre as crianças sele-tivas quando comparadas ao grupo controle.

Outra questão importante da dificuldade alimentar na infância refere-se às repercussões nos aspec-tos psicossociais e cognitivos. Vários

estudos já mostram que a prevalên-cia maior de conflitos familiares, tais como brigas entre pais e filhos durante as refeições, discussões so-bre preferências de alimentos, com-portamentos agressivos, além de déficits nos comportamentos adap-tativos e nas habilidades sociais na idade pré-escolar, tem maior impac-to neste grupo de crianças seletivas.

Diante de tantos fatores, o pe-diatra deve buscar compreender os motivos que levam uma criança a não se alimentar adequadamente e não somente estabelecer um trata-mento sintomático. Sabemos que as dificuldades alimentares podem ser parte do processo fisiológico do amadurecimento infantil, mas cabe ao profissional que acompanha a criança saber diferenciar aquele caso leve, em que a criança cresce e se desenvolve sem maiores pro-blemas, dos casos que podem ter repercussões importantes, quer no estado nutricional ou nos aspectos psicossocial e cognitivo. É preciso, de forma seletiva, indicar a investi-gação, seguir com acompanhamen-to sistematizado, com o suporte de uma equipe interdisciplinar e, em especial, com grande, acolhimento da família, para saber utilizar os su-plementos nutricionais adequados em seu momento, frequência e tem-po de utilização.

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A médica baiana especializada em infectologia pediátrica, Cristiana Nascimento Carvalho, 47 anos, está entre as três fi-nalistas para o Prêmio CLAUDIA na categoria Ciências. O seu trabalho de pesquisa sobre pneumonia em crianças despertou a atenção da revista cuja iniciativa representa a maior premiação feminina da América Latina e é concedida anualmente há 16 anos.

Professora da Faculdade de Medicina da Universidade Fe-deral da Bahia há 21 anos, dra. Cristiana publicou, em 2008, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), um estudo mostrando que o uso da penicilina cristalina – anti-biótico cuja eficiência vinha sendo questionada por profissionais da área – ainda é fundamental para o combate à bactéria que mais frequentemente causa pneumonia bacteriana, o pneumococo.

A descrença no antibiótico foi iniciada no fim da década dos anos 1990, quando testes de laboratório indicaram que a bactéria era resistente à ação da penicilina, como conta a estudiosa. “A partir daí, os médicos passaram a receitar antibióticos mais ca-ros e nem sempre tão eficientes”, lembra a médica, que decidiu registrar como evoluíam os pacientes com pneumonia tratados com penicilina cristalina.

Em parceria com a OPAS, dra. Cristiana foi um dos pilares na pesquisa realizada no Brasil, na Argentina e República Do-minicana. Ela conta que participaram do estudo cerca de 2.500 crianças com menos de 5 anos que tinham pneumonia, das quais 200 tiveram a confirmação bacteriológica da etiologia pneumo-cócica.

“Os testes provaram que a bactéria era sensível à penicilina, reforçando a tese de que o antibiótico continua sendo a forma mais eficiente e barata de combater a doença”, explica. O estudo foi citado em outras pesquisas dentro e fora do Brasil.

Novas etapas

E o trabalho da pesquisadora não parou aí. Em outro mo-mento do estudo, ela verificou que a pneumonia em Salvador pode ser considerada uma síndrome, que acontece em todas as épocas do ano, sendo causada por vírus ou bactérias. Os resulta-dos de investigação de etiologia de pneumonia conduzidos por dra. Cristiana têm contribuído para a melhor compreensão sobre as causas dessa doença na faixa etária pediátrica.

O próximo passo é “identificar quais outros agentes infeccio-sos também causam a doença para que cada paciente seja tratado com o remédio exato. Assim, vamos evitar a superprescrição de antibióticos”. Ao falar sobre a seleção, dra. Cristiana faz questão de desta-

car que trabalha com uma grande equipe, que inclui pediatras e cita nominalmente os médicos e seus respectivos trabalhos:

Dra. Andréa Vaz Castro - estudo para melhor diferenciar crianças com pneumonia das crianças com broncoespasmo.

Dra. Déa Mascarenhas Cardozo - conseguiu resultados pioneiros sobre o estado de adolescentes portadores de pneumo-coco.

Dra. Juliana Rebouças Oliveira - demonstrou a necessi-dade de se investigar não só infecção bacteriana, mas também infecção viral em crianças com pneumonia e derrame pleural.

Dra. Vanda Miranda - apresentou a estimativa de carga de doença por pneumonia em crianças na comunidade.

Dra. Raquel Simbalista - conduziu um estudo em que, em outros aspectos, a penicilina cristalina foi, outra vez, reconheci-da como excelente opção para o tratamento de crianças hospita-lizadas com pneumonia.

Dra. Socorro Fontoura e Dra. Ana Luisa Vilas Boas - vêm conduzindo um estudo sobre a efetividade da amoxicilina, in-clusive com demonstração da excelência dos resultados, quando essa é administrada na dose de 50mg/Kg/dia dividida em duas doses (12 em 12h) em crianças com pneumonia que não preci-sam ser hospitalizadas.

Dra. Ângela Vasconcellos - demonstrou como a oxacilina continua sendo excelente opção para tratar crianças com celu-lite.

Dra. Renata Tavares Gomes - descreveu a importância dos cuidados no tratamento das infecções estafilocócicas.

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O anúncio de que estaria entre as três finalistas do prêmio CLAUDIA foi feito a dra. Cristiana há cerca de cinco meses. Para a finalista, o mais importante é o reconhecimento ao tra-balho das mulheres. “No que tange a nós, pediatras, acredito que um reconhecimento da nossa área de atuação”, avalia.

“Temos recebido apoio das agências públicas de fomento à pesquisa para a realização desses estudos. Os resultados dos trabalhos têm sido publicados em revistas científicas de alcan-ce internacional, o que significa que são passíveis de serem uti-lizados em uma amplitude muito grande”, pontua.

Em 2011 e 2012, o grupo conseguiu uma bolsa da Socie-dade Europeia de Infectologia Pediátrica para que os alunos fossem apresentar, oralmente, os resultados no congresso anual da sociedade, o que beneficiou dra. Ângela Vasconcellos e o acadêmico de medicina Gabriel Xavier Souza, como revela dra. Cristiana.

“Uma enorme alegria foi ter visto, na Recomendação da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA) para Tra-tamento de Crianças com Pneumonia, publicada em 2011 (no Clinical Infectious Diseases 2011; DOI: 10.1093/cid/cir531), uma das orientações ter sido baseada em resultados de traba-lhos nossos, realizados em Salvador, estudando nossas crianças (referência 149 no documento)”, comemora a médica baiana.

Dra. Cristiana Nascimento

Dra. Cristiana (centro) e grupo de pesquisa da Ufba (dez/2011)

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Dentro do Programa de Apri-moramento em Nutrologia Pedi-átrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a SOBAPE vai re-alizar em novembro mais uma edi-ção do Curso de Aprimoramento em Nutrologia Pediátrica (Canp). Todos os participantes receberão certificado do curso, que pontua na Comissão Nacional de Acreditação (CNA).

Aleitamento materno, Alimen-tação do lactente, escolar, pré-es-colar e adolescente, Obesidade e síndrome metabólica, Desnutrição, Alimentação de pré-termo, Defici-ência de micronutrientes e Alergia alimentar estarão entre os temas da programação do curso, coordenado localmente pela pediatra e nutrólo-ga Junaura Barretto.

A programação, com aulas teó-ricas e práticas, contará com a dis-cussão de casos clínicos e exibição de vídeo sobre aleitamento mater-no e amamentação.

Dirigido a pediatras e residen-tes em pediatria, o treinamento, realizado em todo o Brasil, foi cria-do pela SBP para atualizar os pro-fissionais e apresentar o conheci-mento da nutrologia de forma mais acessível, auxiliando a rotina diária dos pediatras.

“Com o Canp, os pediatras pas-sam a utilizar melhor as no-vas curvas de crescimento, apren-dem a orientar de maneira mais adequada a alimentação do seu pe-queno paciente, além de conseguir tirar dúvidas do dia a dia”, explica dra. Junaura, uma das instrutoras, juntamente com as pediatras Ita-na Bonfim e Sarah Coutinho.

Como material do curso, os par-ticipantes recebem apostilas com bases teóricas e o conteúdo das au-las em forma de slides. Os alunos também recebem um CD com ma-terial de apoio.

Edições anteriores

Em 2011, a SOBAPE realizou duas edições do Canp. O primeiro treinamento ocorreu em junho, na sede da SOBAPE, com a participa-ção de 40 profissionais e 100% de aprovação.

Em outubro, tendo como instrutoras dra. Itana Bonfim e dra. Junaura Barretto, o Canp foi realizado como curso pré-congres-so durante o 35º Congresso Bra-

sileiro de Pediatria, no Centro de Convenções da Bahia. “Tivemos turma cheia e elevada aprovação”, destaca dra. Junaura.

O Canp ocorrre, pelo menos, uma vez por ano em cada estado, com turmas mínimas de 25 alunos. A coordenação geral do curso é da dra. Rosely Sarni, membro do De-partamento de Nutrologia da SBP, e coordenadora do Programa de Aprimoramento em Nutrologia Pediátrica da SBP (Panp).

Dra. Junaura Barretto ministra aula do Canp

Participantes do Canp recebem certificado do curso, que pontua na CNA

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Promovido pelos serviços de Orto-pedia e Neonatologia do Hospital Es-panhol, com apoio da SOBAPE, o Curso de Ortopedia Infantil para Pediatras foi realizado no dia 15 de setembro no Au-ditório Galícia do Hospital Espanhol. Direcionada a pediatras, incluindo os neonatologistas, a atividade, com mais de 80 inscritos, também contou com a participação de outros profissionais da saúde que atendem a crianças e adoles-centes, como fisioterapeutas.

Conforme destacou o ortopedista pe-diátrico, Guillermo Tierno, que organi-zou a atividade junto com os ortopedis-tas Milena Cruz e José Luiz Pedreira e a neonatologista Délia Cerviño Peleteiro, “o curso significou uma excelente opor-tunidade de troca de conhecimentos entre esses profissionais que zelam pela saúde das crianças e adolescentes, refor-çando a importância do envolvimento entre as áreas”.

Dr. Guillermo Tierno acrescenta que esse é o primeiro curso de ortopedia vol-tado para pediatras em Salvador e que a expectativa é que a atividade seja reali-zada anualmente diante da carência de treinamento específico para esses pro-fissionais.

“É muito importante que o pediatra saiba identificar algumas patologias da infância que estão relacionadas com a ortopedia. Com um diagnóstico preco-ce, podemos fazer o encaminhamento correto em ter mais sucesso na terapêu-tica”, destaca dr. Guillermo, que é co-ordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Espanhol.

Temas

Integraram a programação discus-sões sobre Deformidades Angulares e Rotacionais dos MMII, Marcha na In-fância, Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), Infecções Músculo--esqueléticas, Avaliação do Recém Nas-cido, Patologias Ortopédicas Comuns no Adolescente e Artrites na Infância, entre outras.

Além dos organizadores da ativida-de, participaram como palestrantes os professores Sérgio Murillo (Deformi-dades na Coluna Vertebral), Adriana Matos (Diagnóstico Diferencial das Paralisias na Infância) e José Coriolano (Tumores na Infância).

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Participantes do curso de ortopedia para pediatras

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Organizadores: Milena Cruz, Guillermo Tierno, Délia Cerviño e José Luiz PedreiraA

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Dr. Fernando Barreiro (esq.) e os organizadores

O pediatra é o profissional responsável direto pelo apoio e promoção ao aleitamento materno, como avalia dra. Dolores Fernandez. “Colocando o bebê para mamar já na sala de parto, permite o contato com a pele da mãe já na primeira hora de vida, o que estimula uma apojadura mais precoce no momento em que o bebe está mais desperto e ávido por contato”, explica.

Para ela, o pediatra deve saber ouvir a mãe e a família e dar uma informação de maneira oportuna e adequada para cada situação. “Às vezes, a mãe está em um momento em que não consegue absorver tanta informação e a ajuda pode ser através de um gesto de apoio, modificando uma postura inadequada do bebê na hora da amamentação”.

O Departamento de Aleitamento Ma-terno da SOBAPE esteve presente em dois eventos pela XX Semana Mundial de Aleita-mento Materno 2012, entre 1º e 7 de agosto.

No seminário promovido pelo Ministé-rio Público da Bahia, no dia 7 de agosto, a SOBAPE - convidada pelo Comitê Muni-cipal de Incentivo ao Aleitamento Materno (Coamas) - foi representada pela coordena-dora do departamento, dra. Dolores Fer-nandez, que ministrou a palestra “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: Uma experiên-cia que dá certo?”.

A atividade, que fortalece a campanha em prol da amamentação, reuniu cerca de 200 pessoas, entre profissionais da área da saúde, gestantes, lactantes, estudantes e conselheiros tutelares, entre outras. “Al-gumas mães foram premiadas por estarem amamentando seus filhos de forma exclu-siva por mais de seis meses”, destaca dra. Dolores.

O outro evento, promovido pelo Shop-ping Iguatemi, contou com palestras de dra. Dolores sobre o tema “Aleitamento materno no século XXI. Tem futuro?” e de dra. Ana Paz sobre “Vantagens do aleitamento mater-no”. Estiveram presentes profissionais de saúde, gestantes, mães e familiares no audi-tório da Livraria Saraiva. A atividade contou com a participação do Consultório de Aleita-mento Materno (Calma) em parceria com o Banco de leite do IPERBA e da Maternidade Climério de Oliveira.

Cultura

“A semana é um momento especial para as mães quando se enfatiza a importância do ato de amamentar, o que fortalece o po-der da mulher de alimentar a sua prole e se cria uma cultura da amamentação como um ato aceito pela sociedade em nosso país, diferente de alguns estados americanos em que as mulheres se escondem em sanitários e em cinemas para amamentar os seus filhos”, compara dra. Dolores.

Durante as palestras, dra. Dolores fala sobre o quanto o leite materno tem ingre-dientes saudáveis, como os anticorpos e as imunoglobulinas, que dão proteção contra doenças, sendo a primeira vacina natural do bebê. “O leite humano contém serotonina, a chamada substância do prazer e do bem estar. Tem proteínas e sais minerais, tem glutama-to, que é a substância que acentua os sabores, o chamado quinto sabor, além de componen-tes importantes para o desenvolvimento do cérebro e crescimento”, enumera.

A pediatra reforça que a amamentação também é importante para a saúde mater-na, evitando o câncer de mama, além de contribuir para a saúde do adulto, evitan-do doenças crônicas, como diabetes. “Além

de tudo isso, é um aliado da ecologia, pois reduz o consumo de leite enlatado, produ-zindo menos lixo que leva muito tempo para ser degradado, e ainda colabora com a economia da família”.

Semana de Aleitamento Materno no Shopping Iguatemi

Pediatras participam das atividades em prol da amamentação

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Promovido pelos serviços de Orto-pedia e Neonatologia do Hospital Es-panhol, com apoio da SOBAPE, o Curso de Ortopedia Infantil para Pediatras foi realizado no dia 15 de setembro no Au-ditório Galícia do Hospital Espanhol. Direcionada a pediatras, incluindo os neonatologistas, a atividade, com mais de 80 inscritos, também contou com a participação de outros profissionais da saúde que atendem a crianças e adoles-centes, como fisioterapeutas.

Conforme destacou o ortopedista pe-diátrico, Guillermo Tierno, que organi-zou a atividade junto com os ortopedis-tas Milena Cruz e José Luiz Pedreira e a neonatologista Délia Cerviño Peleteiro, “o curso significou uma excelente opor-tunidade de troca de conhecimentos entre esses profissionais que zelam pela saúde das crianças e adolescentes, refor-çando a importância do envolvimento entre as áreas”.

Dr. Guillermo Tierno acrescenta que esse é o primeiro curso de ortopedia vol-tado para pediatras em Salvador e que a expectativa é que a atividade seja reali-zada anualmente diante da carência de treinamento específico para esses pro-fissionais.

“É muito importante que o pediatra saiba identificar algumas patologias da infância que estão relacionadas com a ortopedia. Com um diagnóstico preco-ce, podemos fazer o encaminhamento correto em ter mais sucesso na terapêu-tica”, destaca dr. Guillermo, que é co-ordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Espanhol.

Temas

Integraram a programação discus-sões sobre Deformidades Angulares e Rotacionais dos MMII, Marcha na In-fância, Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), Infecções Músculo--esqueléticas, Avaliação do Recém Nas-cido, Patologias Ortopédicas Comuns no Adolescente e Artrites na Infância, entre outras.

Além dos organizadores da ativida-de, participaram como palestrantes os professores Sérgio Murillo (Deformi-dades na Coluna Vertebral), Adriana Matos (Diagnóstico Diferencial das Paralisias na Infância) e José Coriolano (Tumores na Infância).

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Participantes do curso de ortopedia para pediatras

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Organizadores: Milena Cruz, Guillermo Tierno, Délia Cerviño e José Luiz Pedreira

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Dr. Fernando Barreiro (esq.) e os organizadores

O pediatra é o profissional responsável direto pelo apoio e promoção ao aleitamento materno, como avalia dra. Dolores Fernandez. “Colocando o bebê para mamar já na sala de parto, permite o contato com a pele da mãe já na primeira hora de vida, o que estimula uma apojadura mais precoce no momento em que o bebe está mais desperto e ávido por contato”, explica.

Para ela, o pediatra deve saber ouvir a mãe e a família e dar uma informação de maneira oportuna e adequada para cada situação. “Às vezes, a mãe está em um momento em que não consegue absorver tanta informação e a ajuda pode ser através de um gesto de apoio, modificando uma postura inadequada do bebê na hora da amamentação”.

O Departamento de Aleitamento Ma-terno da SOBAPE esteve presente em dois eventos pela XX Semana Mundial de Aleita-mento Materno 2012, entre 1º e 7 de agosto.

No seminário promovido pelo Ministé-rio Público da Bahia, no dia 7 de agosto, a SOBAPE - convidada pelo Comitê Muni-cipal de Incentivo ao Aleitamento Materno (Coamas) - foi representada pela coordena-dora do departamento, dra. Dolores Fer-nandez, que ministrou a palestra “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: Uma experiên-cia que dá certo?”.

A atividade, que fortalece a campanha em prol da amamentação, reuniu cerca de 200 pessoas, entre profissionais da área da saúde, gestantes, lactantes, estudantes e conselheiros tutelares, entre outras. “Al-gumas mães foram premiadas por estarem amamentando seus filhos de forma exclu-siva por mais de seis meses”, destaca dra. Dolores.

O outro evento, promovido pelo Shop-ping Iguatemi, contou com palestras de dra. Dolores sobre o tema “Aleitamento materno no século XXI. Tem futuro?” e de dra. Ana Paz sobre “Vantagens do aleitamento mater-no”. Estiveram presentes profissionais de saúde, gestantes, mães e familiares no audi-tório da Livraria Saraiva. A atividade contou com a participação do Consultório de Aleita-mento Materno (Calma) em parceria com o Banco de leite do IPERBA e da Maternidade Climério de Oliveira.

Cultura

“A semana é um momento especial para as mães quando se enfatiza a importância do ato de amamentar, o que fortalece o po-der da mulher de alimentar a sua prole e se cria uma cultura da amamentação como um ato aceito pela sociedade em nosso país, diferente de alguns estados americanos em que as mulheres se escondem em sanitários e em cinemas para amamentar os seus filhos”, compara dra. Dolores.

Durante as palestras, dra. Dolores fala sobre o quanto o leite materno tem ingre-dientes saudáveis, como os anticorpos e as imunoglobulinas, que dão proteção contra doenças, sendo a primeira vacina natural do bebê. “O leite humano contém serotonina, a chamada substância do prazer e do bem estar. Tem proteínas e sais minerais, tem glutama-to, que é a substância que acentua os sabores, o chamado quinto sabor, além de componen-tes importantes para o desenvolvimento do cérebro e crescimento”, enumera.

A pediatra reforça que a amamentação também é importante para a saúde mater-na, evitando o câncer de mama, além de contribuir para a saúde do adulto, evitan-do doenças crônicas, como diabetes. “Além

de tudo isso, é um aliado da ecologia, pois reduz o consumo de leite enlatado, produ-zindo menos lixo que leva muito tempo para ser degradado, e ainda colabora com a economia da família”.

Semana de Aleitamento Materno no Shopping Iguatemi

Pediatras participam das atividades em prol da amamentação

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A médica baiana especializada em infectologia pediátrica, Cristiana Nascimento Carvalho, 47 anos, está entre as três fi-nalistas para o Prêmio CLAUDIA na categoria Ciências. O seu trabalho de pesquisa sobre pneumonia em crianças despertou a atenção da revista cuja iniciativa representa a maior premiação feminina da América Latina e é concedida anualmente há 16 anos.

Professora da Faculdade de Medicina da Universidade Fe-deral da Bahia há 21 anos, dra. Cristiana publicou, em 2008, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), um estudo mostrando que o uso da penicilina cristalina – anti-biótico cuja eficiência vinha sendo questionada por profissionais da área – ainda é fundamental para o combate à bactéria que mais frequentemente causa pneumonia bacteriana, o pneumococo.

A descrença no antibiótico foi iniciada no fim da década dos anos 1990, quando testes de laboratório indicaram que a bactéria era resistente à ação da penicilina, como conta a estudiosa. “A partir daí, os médicos passaram a receitar antibióticos mais ca-ros e nem sempre tão eficientes”, lembra a médica, que decidiu registrar como evoluíam os pacientes com pneumonia tratados com penicilina cristalina.

Em parceria com a OPAS, dra. Cristiana foi um dos pilares na pesquisa realizada no Brasil, na Argentina e República Do-minicana. Ela conta que participaram do estudo cerca de 2.500 crianças com menos de 5 anos que tinham pneumonia, das quais 200 tiveram a confirmação bacteriológica da etiologia pneumo-cócica.

“Os testes provaram que a bactéria era sensível à penicilina, reforçando a tese de que o antibiótico continua sendo a forma mais eficiente e barata de combater a doença”, explica. O estudo foi citado em outras pesquisas dentro e fora do Brasil.

Novas etapas

E o trabalho da pesquisadora não parou aí. Em outro mo-mento do estudo, ela verificou que a pneumonia em Salvador pode ser considerada uma síndrome, que acontece em todas as épocas do ano, sendo causada por vírus ou bactérias. Os resulta-dos de investigação de etiologia de pneumonia conduzidos por dra. Cristiana têm contribuído para a melhor compreensão sobre as causas dessa doença na faixa etária pediátrica.

O próximo passo é “identificar quais outros agentes infeccio-sos também causam a doença para que cada paciente seja tratado com o remédio exato. Assim, vamos evitar a superprescrição de antibióticos”. Ao falar sobre a seleção, dra. Cristiana faz questão de desta-

car que trabalha com uma grande equipe, que inclui pediatras e cita nominalmente os médicos e seus respectivos trabalhos:

Dra. Andréa Vaz Castro - estudo para melhor diferenciar crianças com pneumonia das crianças com broncoespasmo.

Dra. Déa Mascarenhas Cardozo - conseguiu resultados pioneiros sobre o estado de adolescentes portadores de pneumo-coco.

Dra. Juliana Rebouças Oliveira - demonstrou a necessi-dade de se investigar não só infecção bacteriana, mas também infecção viral em crianças com pneumonia e derrame pleural.

Dra. Vanda Miranda - apresentou a estimativa de carga de doença por pneumonia em crianças na comunidade.

Dra. Raquel Simbalista - conduziu um estudo em que, em outros aspectos, a penicilina cristalina foi, outra vez, reconheci-da como excelente opção para o tratamento de crianças hospita-lizadas com pneumonia.

Dra. Socorro Fontoura e Dra. Ana Luisa Vilas Boas - vêm conduzindo um estudo sobre a efetividade da amoxicilina, in-clusive com demonstração da excelência dos resultados, quando essa é administrada na dose de 50mg/Kg/dia dividida em duas doses (12 em 12h) em crianças com pneumonia que não preci-sam ser hospitalizadas.

Dra. Ângela Vasconcellos - demonstrou como a oxacilina continua sendo excelente opção para tratar crianças com celu-lite.

Dra. Renata Tavares Gomes - descreveu a importância dos cuidados no tratamento das infecções estafilocócicas.

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O anúncio de que estaria entre as três finalistas do prêmio CLAUDIA foi feito a dra. Cristiana há cerca de cinco meses. Para a finalista, o mais importante é o reconhecimento ao tra-balho das mulheres. “No que tange a nós, pediatras, acredito que um reconhecimento da nossa área de atuação”, avalia.

“Temos recebido apoio das agências públicas de fomento à pesquisa para a realização desses estudos. Os resultados dos trabalhos têm sido publicados em revistas científicas de alcan-ce internacional, o que significa que são passíveis de serem uti-lizados em uma amplitude muito grande”, pontua.

Em 2011 e 2012, o grupo conseguiu uma bolsa da Socie-dade Europeia de Infectologia Pediátrica para que os alunos fossem apresentar, oralmente, os resultados no congresso anual da sociedade, o que beneficiou dra. Ângela Vasconcellos e o acadêmico de medicina Gabriel Xavier Souza, como revela dra. Cristiana.

“Uma enorme alegria foi ter visto, na Recomendação da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA) para Tra-tamento de Crianças com Pneumonia, publicada em 2011 (no Clinical Infectious Diseases 2011; DOI: 10.1093/cid/cir531), uma das orientações ter sido baseada em resultados de traba-lhos nossos, realizados em Salvador, estudando nossas crianças (referência 149 no documento)”, comemora a médica baiana.

Dra. Cristiana Nascimento

Dra. Cristiana (centro) e grupo de pesquisa da Ufba (dez/2011)

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Dentro do Programa de Apri-moramento em Nutrologia Pedi-átrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a SOBAPE vai re-alizar em novembro mais uma edi-ção do Curso de Aprimoramento em Nutrologia Pediátrica (Canp). Todos os participantes receberão certificado do curso, que pontua na Comissão Nacional de Acreditação (CNA).

Aleitamento materno, Alimen-tação do lactente, escolar, pré-es-colar e adolescente, Obesidade e síndrome metabólica, Desnutrição, Alimentação de pré-termo, Defici-ência de micronutrientes e Alergia alimentar estarão entre os temas da programação do curso, coordenado localmente pela pediatra e nutrólo-ga Junaura Barretto.

A programação, com aulas teó-ricas e práticas, contará com a dis-cussão de casos clínicos e exibição de vídeo sobre aleitamento mater-no e amamentação.

Dirigido a pediatras e residen-tes em pediatria, o treinamento, realizado em todo o Brasil, foi cria-do pela SBP para atualizar os pro-fissionais e apresentar o conheci-mento da nutrologia de forma mais acessível, auxiliando a rotina diária dos pediatras.

“Com o Canp, os pediatras pas-sam a utilizar melhor as no-vas curvas de crescimento, apren-dem a orientar de maneira mais adequada a alimentação do seu pe-queno paciente, além de conseguir tirar dúvidas do dia a dia”, explica dra. Junaura, uma das instrutoras, juntamente com as pediatras Ita-na Bonfim e Sarah Coutinho.

Como material do curso, os par-ticipantes recebem apostilas com bases teóricas e o conteúdo das au-las em forma de slides. Os alunos também recebem um CD com ma-terial de apoio.

Edições anteriores

Em 2011, a SOBAPE realizou duas edições do Canp. O primeiro treinamento ocorreu em junho, na sede da SOBAPE, com a participa-ção de 40 profissionais e 100% de aprovação.

Em outubro, tendo como instrutoras dra. Itana Bonfim e dra. Junaura Barretto, o Canp foi realizado como curso pré-congres-so durante o 35º Congresso Bra-

sileiro de Pediatria, no Centro de Convenções da Bahia. “Tivemos turma cheia e elevada aprovação”, destaca dra. Junaura.

O Canp ocorrre, pelo menos, uma vez por ano em cada estado, com turmas mínimas de 25 alunos. A coordenação geral do curso é da dra. Rosely Sarni, membro do De-partamento de Nutrologia da SBP, e coordenadora do Programa de Aprimoramento em Nutrologia Pediátrica da SBP (Panp).

Dra. Junaura Barretto ministra aula do Canp

Participantes do Canp recebem certificado do curso, que pontua na CNA

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Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

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Délia Cerviño Peleteiro

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Junaura Barretto*

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*Presidente interina da SOBAPE

Junaura Barretto é

gastroenterologista pediátrica,

especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela

SBNE, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

Após assumir interinamente a presidência da SOBAPE por seis meses, cumprindo as funções estatutárias, restituo o cargo ao nosso presidente dr. Hans Greve.

Durante este período, juntamente com os presidentes dos diversos departamentos, iniciamos a organização do VII Congresso Baiano de Pediatria, que será presidido por Hans Greve de 1º a 4 de maio de 2013, no Hotel Pestana (sendo o dia 1º reservado para cursos pré-congresso). Sua importância pode ser avaliada pelo sucesso das edições anteriores. O últi-mo, em 2010, conseguiu reunir mais de 600 pediatras, tanto baianos como de várias partes do Brasil. Os temas que serão debatidos estão sendo criteriosamente escolhidos a fim de mantermos a tradição de qualidade dos eventos científicos da SOBAPE.

Demos partida ao processo para eleição da nova Diretoria da SOBAPE para o triênio 2013/2015, divulgando o Edital de Convocação. Conforme os estatutos, o prazo para inscrição das chapas vai de 1º a 31 de outubro e a data de eleição e apuração dos votos é 30 de novembro de 2012.

Compareça! A SOBAPE conta com você.

AGENDAMENTOOs interessados no curso devem

fazer contato com a SOBAPE pelo telefone (71) 3341-6013 ou pelo e-mail [email protected]. O certificado é emitido pela SBP e tem validade de 2 anos.

Sob a coordenação da neonato-logista Tatiana Maciel, 12 residen-tes de pediatria do Hospital Santo Antônio participaram de mais um Curso de Reanimação Neonatal promovido pela SOBAPE, em parceria com a Sociedade Brasilei-ra de Pediatria (SBP).

O treinamento teórico-prático, realizado na sede da sociedade no dia 22 de agosto, contou com a participação das neonatologistas Patrícia Oliveira e Renata Pitan-gueira, que atuaram como ins-trutoras junto com dra. Tatiana Maciel, coordenadora estadual do programa.

O curso é uma iniciativa da SBP, realizado nos moldes da capacitação oferecida pela Aca-demia Americana de Pediatria, em associação com a Academia Americana de Cardiologia.

O programa de suporte vital avançado ao recém-nascido assegura resultados muito po-sitivos na redução da asfixia perinatal, como destaca dra. Tatiana.

Os treinamentos, com duração de oito horas, são ministrados sempre que solici-tados por instituições, hospitais e cursos de especialização. É dirigido a profissionais de saúde como médicos, pediatras, neonatolo-gistas, obstetras, anestesistas, enfermeiros

e auxiliares de enfermagem que assistem o recém-nascido na sala de parto.

O material didático inclui manequins neonatais de reanimação, material para ventilação, material para intubação traqueal, estetoscópios e medicações de uso em sala de parto.

É bastante comum nos con-sultórios pediátricos ouvirmos a queixa dos pais de que seu fi-lho não come. Muitas vezes, esse “diagnóstico familiar” é equivo-cado e, na verdade, as crianças não conseguem atender às expec-tativas dos pais em relação à ali-mentação, principalmente no que tange à quantidade de alimentos ingeridos. Entretanto, em outros casos, estamos diante de uma criança seletiva e com alguma dis-função sensorial, que precisa ser investigada e conduzida de forma cuidadosa, com vigilância do seu estado nutricional e, sobretudo, afastando-se patologias orgânicas.

As diferentes definições e metodologias de trabalho envol-vendo crianças com dificuldades alimentares dificultam a realiza-ção de estudos de prevalência. Di-ferentes levantamentos mostram que o problema acomete entre 8 e 50% das crianças, dependendo dos critérios diagnósticos utiliza-dos, independentemente de idade, sexo, etnia e condição econômica.

Para a família, a criança que tem dificuldade alimentar repre-senta uma das preocupações mais importantes, sendo o foco diário de atenção, gerando estresse e, frequentemente, grandes confli-tos nas relações familiares.

Apesar da baixa ingesta alimen-tar de crianças seletivas, a maioria dos estudos não revela comprome-timento significativo do estado nu-tricional, uma vez que os pais destas crianças, na maioria das vezes, rea-lizam compensações, aumentando a oferta energética dos alimentos pre-ferencialmente aceitos. São as famo-sas “vitaminas turbinadas” que nada auxiliam. Do contrário, reduzem ainda mais o apetite para a refeição seguinte. Apesar disso, alguns au-tores relatam inadequações de peso para estatura em grupos de crianças seletivas e menor taxa de ganho pon-deral quando comparadas a crianças sem dificuldade alimentar.

O que se observa com frequência em crianças seletivas é que, quando se consomem grupos de alimentos específicos e se restringem outros, as deficiências de micronutrientes po-dem se fazer presentes, ainda que de forma subclínica.

Ainda em relação aos micronu-trientes, alguns autores descrevem elevada prevalência de deficiência de ingestão de cálcio, zinco e vita-minas D e E entre as crianças sele-tivas quando comparadas ao grupo controle.

Outra questão importante da dificuldade alimentar na infância refere-se às repercussões nos aspec-tos psicossociais e cognitivos. Vários

estudos já mostram que a prevalên-cia maior de conflitos familiares, tais como brigas entre pais e filhos durante as refeições, discussões so-bre preferências de alimentos, com-portamentos agressivos, além de déficits nos comportamentos adap-tativos e nas habilidades sociais na idade pré-escolar, tem maior impac-to neste grupo de crianças seletivas.

Diante de tantos fatores, o pe-diatra deve buscar compreender os motivos que levam uma criança a não se alimentar adequadamente e não somente estabelecer um trata-mento sintomático. Sabemos que as dificuldades alimentares podem ser parte do processo fisiológico do amadurecimento infantil, mas cabe ao profissional que acompanha a criança saber diferenciar aquele caso leve, em que a criança cresce e se desenvolve sem maiores pro-blemas, dos casos que podem ter repercussões importantes, quer no estado nutricional ou nos aspectos psicossocial e cognitivo. É preciso, de forma seletiva, indicar a investi-gação, seguir com acompanhamen-to sistematizado, com o suporte de uma equipe interdisciplinar e, em especial, com grande, acolhimento da família, para saber utilizar os su-plementos nutricionais adequados em seu momento, frequência e tem-po de utilização.

Por que NAN A.r. é A oPção mAis eficAz e segurA* PArA o trAtAmeNto

NutricioNAl dA regurgitAção?

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eficácia: 70% menos refluxojá na primeira semana1.

segurança: Apresenta viscosidade adequada na mamadeira4.

A fórmula infantil que reduz os episódios de regurgitação1-3 com espessamento no lugar certo.

referências Bibliográficas: 1. Valverde A et al. Clinical trial with Nidina AR. In Nidina AR ensayos clínicos Pulso Ediciones, SA, Nestlé España SA 1998;14-28. 2. Chevallier B, Grunberg J, Rives JJ, Van Egroo LD, Fichot MC. Évaluation de la tolérance et de l’efficacité dún lait épaissi à l’amidon de maïs chez les nourrissons présentant des régurgitations simples. Annales de Pédiatrie. 1998;45:509-15. 3. Infante D, Tormo R, Clinical Study of the dietary treatment of regurgitation with a thickened infant formula. Clinical trial with Nidina AR. In Nidina AR ensayos clínicos Pulso Ediciones, SA, Nestlé España SA 1998; 4-11. 4. Vandenplas Y, Rudolph CD, Di Lorenzo C, et al. North American Society for Pediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition, European Society for Pediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition. Pediatric gastroesophageal reflux clinical practice guidelines: joint recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (NASPGHAN) and the European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN). J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2009 Oct;49(4):498-547. 5. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação para alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2008. 2ª edição. 120p.

*quando comparado com Alimento para situação metabólica especial espessado com goma.

NotA imPortANte: AS GESTANTES E NuTRIzES PRECISAM SER INFORMADAS quE O LEITE MATERNO É O IDEAL PARA O LACTENTE, CONSTITuINDO-SE A MELHOR NuTRIçãO E PROTEçãO PARA ESTAS CRIANçAS. A MãE DEVE SER ORIENTADA quANTO à IMPORTâNCIA DE uMA DIETA EquILIBRADA NESTE PERíODO E quANTO à MANEIRA DE SE PREPARAR PARA O ALEITAMENTO AO SEIO ATÉ OS DOIS ANOS DE IDADE DA CRIANçA Ou MAIS. O uSO DE MAMADEIRAS, BICOS E CHuPETAS DEVE SER DESENCORAJADO, POIS PODE TRAzER EFEITOS NEGATIVOS SOBRE O ALEITAMENTO NATuRAL. A MãE DEVE SER PREVENIDA quANTO à DIFICuLDADE DE VOLTAR A AMAMENTAR SEu FILHO uMA VEz ABANDONADO O ALEITAMENTO AO SEIO. ANTES DE SER RECOMENDADO O uSO DE uM SuBSTITuTO DO LEITE MATERNO, DEVEM SER CONSIDERADAS AS CIRCuNSTâNCIAS FAMILIARES E O CuSTO ENVOLVIDO. A MãE DEVE ESTAR CIENTE DAS IMPLICAçõES ECONôMICAS E SOCIAIS DO NãO ALEITAMENTO AO SEIO – PARA uM RECÉM-NASCIDO ALIMENTADO ExCLuSIVAMENTE COM MAMADEIRA SERá NECESSáRIA MAIS DE uMA LATA POR SEMANA. DEVE-SE LEMBRAR à MãE quE O LEITE MATERNO NãO É SOMENTE O MELHOR, MAS TAMBÉM O MAIS ECONôMICO ALIMENTO PARA O LACTENTE. CASO VENHA A SER TOMADA A DECISãO DE INTRODuzIR A ALIMENTAçãO POR MAMADEIRA É IMPORTANTE quE SEJAM FORNECIDAS INSTRuçõES SOBRE OS MÉTODOS CORRETOS DE PREPARO COM HIGIENE RESSALTANDO-SE quE O uSO DE MAMADEIRA E áGuA NãO FERVIDAS E DILuIçãO INCORRETA PODEM CAuSAR DOENçAS. OMS – CóDIGO INTERNACIONAL DE COMERCIALIzAçãO DE SuBSTITuTOS DO LEITE MATERNO. WHA 34:22, MAIO DE 1981. PORTARIA Nº 2.051 – MS DE 08 DE NOVEMBRO DE 2001, RESOLuçãO Nº 222 – ANVISA – MS DE 05 DE AGOSTO DE 2002 E LEI 11.265/06 DE 04.01.2006 – PRESIDêNCIA DA REPúBLICA – REGuLAMENTAM A COMERCIALIzAçãO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANçAS DE PRIMEIRA INFâNCIA E TAMBÉM A DE PRODuTOS DE PuERICuLTuRA CORRELATOS.

NAN A.R.: NJA128A – NÃO CONTÉM GLÚTEN.

espessamento no

estômago

lugArcerto:

O leite materno deve ser sempre a primeira opção para a alimentação do lactente. Quando não for possível a manutenção do aleitamento materno, as fórmulas infantis são os substitutos mais adequados para o primeiro ano de vida, conforme

orientação do médico ou nutricionista5.

nestlenutrition 0800-7701599www. .com.br

Nº 61 | JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2012

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

O trabalho de pesquisa da médica baiana especiali-zada em infectologia pediátrica, Cristiana Nascimento Carvalho, foi selecionado e ela está entre as três fina-listas para o Prêmio CLAUDIA na categoria Ciências. O estudo da professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia e de sua equipe versa sobre a eficácia da penicilina cristalina em crianças com pneumonia bacteriana. A iniciativa da revista representa a maior premiação feminina da América Latina e é concedida anualmente há 16 anos.

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A SOBAPE, através do Departamen-to de Aleitamento Materno, participou de eventos da XX Semana Mundial de Aleita-mento Materno 2012, entre 1º e 7 de agos-to. O seminário promovido pelo Ministério Público da Bahia contou com a presença da coordenadora do departamento, dra. Do-lores Fernandez, que ministrou a palestra “Iniciativa Hospital Amigo da Criança: Uma experiência que dá certo?”. A outra atividade, realizada no Shopping Iguatemi, também contou com palestra de dra. Dolo-res e de dra. Ana Paz.

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Leia sobre “Dificuldades alimentares na infância”, com dra. Junaura Barretto. Página 7

Uma turma formada por residentes de pediatria do Hospital Santo Antô-nio participou de mais uma edição do Curso de Reanimação Neonatal. Além da coordenadora da atividade, a neo-natologista Tatiana Maciel, os alunos contaram com aulas das neonatologis-tas Patrícia Oliveira e Renata Pitan-gueira. O treinamento teórico-prático é realizado pela SOBAPE em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A capacitação pode ser solicita-da por instituições, hospitais e cursos de especialização.

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Pediatras, neonatologista e demais pro-fissionais que cuidam da saúde da criança e do adolescente participaram do Curso de Ortopedia Infantil para Pediatras, promovi-do pelos serviços de Ortopedia e Neonato-logia do Hospital Espanhol, com apoio da SOBAPE. Na programação, temas como Avaliação do Recém Nascido, Patologias Ortopédicas Comuns no Adolescente e Ar-trites na Infância, entre outros.

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