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Nome da disciplina i Nome da disciplina por Nome Sobrenome Ed. v1.0

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Nome da disciplina i

Nome da disciplinapor Nome Sobrenome

Ed. v1.0

Nome da disciplina ii

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Nome da disciplina iii

COLLABORATORS

TITLE :

Nome da disciplina

ACTION NAME DATE SIGNATURE

WRITTEN BY NomeSobrenome

26 de junho de 2013

Editor EduardoMedeiros

26 de junho de 2013

REVISION HISTORY

NUMBER DATE DESCRIPTION NAME

v1.0 Março 2013 Primeira versão do livro Autor 1, Autor 2

Nome da disciplina iv

Sumário

I Sociologia Educacional 1

1 Uma breve cartografia da modernidade: origem, principais características e formas deabordagem 3

1.1 Aula 1: uma breve cartografia da modernidade: origem, principais características eformas de abordagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.1.1 Exemplo de subseção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.2 Minha segunda seção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.3 Recapitulando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.4 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

II Estágio Supervisionado 10

2 Aula 1: o surgimento do conceito de Criança e de Infância 11

3 Glossário 14

Nome da disciplina v

Prefácio

texto

Público alvo

estudantes

Método de Elaboração

Financiamento da capes.

Contribuição

Erros e etc.

Nome da disciplina 1 / 15

Parte I

Sociologia Educacional

Nome da disciplina 2 / 15

Caro aprendente, como está? Eis-me aqui, mais uma vez, para lhe falar, de um modo eminentementeintrodutório, sobre a trilha do aprendente, elaborada com o objetivo de proporcionar a você um guiaem sua inserção nesse universo fascinante que é a Sociologia, instigando-o a apreender, de formaautônoma, por meio da modalidade Educação a Distância (EAD).

O processo de ensino e aprendizagem que conduz, desde o seu início à configuração deste CursoSuperior é baseado em princípios efetivamente dialógicos. Mas, em que consiste essa pré-condição?A princípio, consiste em pensar a produção do conhecimento e o nosso papel nela como uma espéciede “via de mão dupla”.

De modo geral, ela diz respeito ao fato de que todo o percurso a ser trilhado por nós leva em conside-ração instrumentos que se articulam e se complementam, ou seja, a construção de competências se dásob um constante esforço de articular uma diversidade de metodologias que temos à disposição (tex-tos, vídeos, filmes, músicas, fotos etc.). Além disso, essa diversidade instrumental também se refereà preocupação em lhe apresentar as possibilidades efetivas de aproximação existente entre os várioscomponentes curriculares, tarefa sempre em processo de consecução, mediante o diálogo constanteentre os colegas professores.

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Capítulo 1

Uma breve cartografia da modernidade: ori-gem, principais características e formas deabordagem

OBJETIVOS DO CAPÍTULO

Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de:

• objetivo 1

• objetivo 2

• objetivo N

Neste lugar você deve apresentar o conteúdo em forma de diálogo.

1.1 Aula 1: uma breve cartografia da modernidade: origem, prin-cipais características e formas de abordagem

Como agora nos é familiar, após o árduo percurso efetuado no componente curricular anterior, épossível afirmar que as ciências sociais, de modo geral, e, especificamente, a própria sociologia,desenvolveram-se como uma espécie de “resposta intelectual” a um período histórico determinado,ou, como consensualmente se observa, a sociologia clássica surgiu enquanto produto do diálogo queos pensadores sociais da época estabeleceram com sua sociedade.

De fato, a institucionalização da sociologia teve origem em meados da segunda metade do SéculoXIX e ocorreu como uma tentativa de se interpretar e compreender a transição pela qual passava,naquele momento, o Ocidente, cuja característica fundamental associada a ele era a idéia de quehouvera uma transição de uma forma de viver designada de “sociedade tradicional” para uma ordemsocial dita “moderna”, “urbana”, “industrial” e “democrática” (SZTOMPKA, 1998), cuja análise maissistemática e completa parece ter sido realizada por meio modelo tipológico de Max Weber (1864-1920), que opõe as idéias de “sociedade agrária tradicional” e “sociedade capitalista”.

Entretanto, o que nos interessa, no momento, é organizar a argumentação em torno da aproximaçãoexistente entre o que se entende hoje por “sociedade moderna” ou [modernidade] [14] e a própriasociologia, “dada a sua orientação cultural e epistemológica” (GIDDENS, 1991, p. 13), bem como o

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fato de ser ela a “disciplina mais integralmente envolvida com o estudo da vida social” (GIDDENS,1991, p. 13) e ter se tornado um dos “óculos” responsáveis pelo entendimento da ação humana emcondições de modernidade, produzindo uma categorização explicativa que, hoje, estrutura a idéia demodernidade e permeia a literatura de modo geral, além das próprias representações individuais.

Nesse sentido, trata-se de perceber que, a partir desse período, torna-se uma constante a preocupaçãoda pesquisa e da teoria em concentrar-se em processos que constituem algo que é denominado de “so-ciedade”, especialmente de “sociedade moderna”, e da produção de categorias de análise como, porexemplo, capitalismo, globalização, individualização, nação, raça etc., que nos auxiliam no desmem-bramento das transformações que identificam o período. De certo modo, essas preocupações invademo pensamento social europeu e têm ressonância na própria América Latina e nas inquietações da eliteintelectual do Século XIX em adequar a teoria então produzida e a sua inserção no “mundo novo”.

Ora, a expressão “sociedade”, sem dúvida, não foi cunhada recentemente. Entretanto, é mais doque provável que o uso mais freqüente da palavra ocorra nos dias de hoje e, além disso, de modobastante diversificado, atendendo às especificidades de inúmeros interessados, ou seja, pode referir-se à totalidade dos seres humanos na Terra, em conjunto com as características que geralmente osdefinem, como valores, crenças, sua cultura e as suas instituições, podendo também ser utilizadapara significar agrupamentos mais restritos, isto é, uma “sociedade animal”, “civil”, “nacional”, uma“Sociedade Protetora dos Animais” e assim por diante (NISBET, 1996). Pode, inclusive, ser utilizadapor muitos para definir “recortes” da realidade, tornando cada um deles objeto de estudo de umadeterminada forma de conhecimento: não é esse o objetivo da clássica querela entre as noções de“indivíduo” (genético) e “sociedade” (social/cultura)?

O que se deve, no entanto, extrair dessa multiplicidade conceitual é o fato de que todos esses conceitosderivam de discussões que emergiram durante um período histórico consensualmente denominado de“período moderno” ou apenas “modernidade”, período que, embora tenha as suas raízes estendidas atéépocas anteriores ao Iluminismo, é marcado, de modo efetivo, por seu dinamismo sem precedentes,por sua rejeição à tradição, por sua marginalização e por suas conseqüências globais (LYON, 1998).

Um dos primeiros usos da expressão latina “modernus” foi no Século V, com o intuito de distinguiro cristão oficial presente do romano pagão passado (SMART, 1990; KUMAR, 1996, 1997), ou seja,instituía-se a “nova era cristã”. Contudo, do modo como é utilizado nos dias de hoje, o termo seaplica à ordem social que emergiu depois do Iluminismo, isto é, “Modernidade” é uma noção ali-mentada para constituir um espelho onde é possível ver o Ocidente, ainda que a extensionalidade dastransformações subseqüentes tenha ascendido a sua utilização a esferas mais globais:

A tradição do Ocidente, construída como herança greco-romana, toma impulso na Renas-cença, período em que a Europa nórdica e ocidental projeta-se para o mundo, conquis-tando outros povos e redefinindo-se a si mesma. Do ponto de vista social, a formaçãoda Europa coincidiu com o estabelecimento de uma aristocracia; do ponto de vista ide-ológico, com a crença na idéia de civilização. Erigia-se, assim, uma barreira simbólicae cultural entre a elite dominante e o povo, por um lado, e entre a Europa e os povos deoutros continentes, recémintegrados econômica e politicamente à área de poder europeu(GUIMARÃES, 2002, p.1, grifo meu).

Além disso, do ponto de vista da natureza da construção do conhecimento que, a partir de então, éelaborado e disseminado, Gianni Vattimo, um dos principais intérpretes da noção de “modernidade”,acrescenta:

[. . . ] a modernidade pode caracterizar-se, de fato, por ser dominada pela idéia da histó-ria do pensamento como uma ‘iluminação’ progressiva, que se desenvolve com base na

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apropriação e na reapropriação cada vez mais plena dos ‘fundamentos’, que freqüente-mente são pensados também como as ‘origens’, de modo que as revoluções teóricas epráticas da história ocidental se apresentam e se legitimam na maioria das vezes como‘recuperações’, renascimentos, retornos (VATTIMO, 1996, p. VI).

Ainda que a própria idéia de “conceito” implique a possibilidade de variadas significações serematreladas a ele, e o próprio conceito de <modernidade> não se ausentar de ser incluído nessa varia-ção, haja vista a enorme quantidade de estudos relacionados a ele, vários autores procuraram formasapropriadas de abordar a modernidade. Piotr Sztompka (1998) sugere que ele pode ser compreen-dido a partir de dois pontos de vista: o histórico e o analítico. “O conceito histórico de modernidaderefere-se a um tempo e lugar determinados; é datado e situado. Define-se pela indicação de exemplose não pela enumeração de características” (SZTOMPKA, 1998, p. 133-134). Já o analítico objetiva aorganização conceitual desse período.

VídeoAlém das sugestões de leitura, indicadas nesta Unidade, assista também ao vídeo educativo“Café PósModerno: uma breve conversa sobre o mundo contemporâneo.” disponível no DVD-Rom do aprendente, volume 2, nº 1.

Na literatura, há um certo consenso entre historiadores, sociólogos e cientistas sociais, de modo geral,em se referirem a esse período como situado no início do Século XVII até fins do XVIII, na Europa,uma época caracterizada pela constituição de um novo modo de organização social associado a mu-danças no estilo de vida das pessoas, que se exacerbam especialmente no período que compreendeo fim do Século XIX e o início do XX. De fato, Anthony Giddens, em seu clássico estudo sobre amodernidade, anuncia no princípio do livro:

Como uma primeira aproximação, digamos simplesmente o seguinte: ‘modernidade’refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa apartir do Século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em suainfluência (GIDDENS, 1991, p. 11).

LivroO livro “Tudo que é sólido desmancha no ar - A aventura da modernidade”, do critíco literárioMarshall Berman, publicado em 1982, ainda hoje é uma das melhores interpretações damodernidade, além de ser de agradável leitura.

Zygmunt Bauman, um dos principais intérpretes da sociedade contemporânea, reafirma o posicio-namento de Giddens: [. . . ] chamo de ‘modernidade’um período histórico que começou na EuropaOcidental no século XVII, com uma série de transformações sócioestruturais e intelectuais profundas,e atingiu sua maturidade primeiramente como projeto cultural, com o avanço do Iluminismo e depoiscomo uma forma de vida socialmente consumida, com o desenvolvimento da sociedade industrialcapitalista e, mais tarde, também a comunista (BAUMAN, 1999, p. 299-300).

ZygmuntUm dos mais importantes sociólogos contemporâneos, com mais de uma dezena de livrospublicados no Brasil, abordando temas que transitam desde o Holocausto até o amor e asolidão do homem moderno.

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Krishan Kumar, outro estudioso da modernidade consultado, ainda que não seja possível percebersimilaridade em relação à exatidão das datas, confirma a observação de Giddens em relação ao fatode que a modernidade “ocorreu entre os séculos XVI e XVIII e começou nos países do noroeste daEuropa – especialmente na Inglaterra, Holanda, norte da França e da Alemanha” (KUMAR, 1988, p.5).

Em outra abordagem, talvez denominada por muitos de micro-social, o americano Marshall Berman,em seu excelente livro <Tudo que é sólido desmancha no ar - A aventura da modernidade>, nos apre-senta uma caracterização histórica em que a modernidade é dividida em três momentos, de tal modoque a sua organização transita do Século XVI até o Século XX (BERMAN, 1986). Em princípio, naprimeira fase, entre os Séculos XVI e XVIII, ele nos diz que

[. . . ] as pessoas estão apenas começando a experimentar a vida moderna; mal fazemidéia do que as atingiu. Elas tateiam, desesperadamente, mas em estado de semicegueira,no encalço de um vocabulário adequado; têm pouco ou nenhum senso de um público oucomunidade moderna (BERMAN, 1986, p. 16).

Esse vocabulário, ao qual se refere-se Berman, serviria para um maior compartilhamento do quesentem, haja vista que eles ainda não detêm o senso de comunidade ou público modernos, ou talvez otenham em pequena escala, no interior do qual pudessem proceder a esse intercâmbio. Já a segundafase, segundo Berman e confirmado por Seidel (2001), tem início com a grande onda revolucionáriade 1790:

[. . . ] é com a Revolução Francesa que ganha corpo, dramática e abruptamente, um vastopúblico moderno que compartilha a sensação de viver em uma época de convulsões erevoluções que desencadeiam transformações nos níveis pessoal, social e político (SEI-DEL, 2001, p. 33).

De fato, do ponto de vista histórico, há certa concordância em se afirmar que esse novo modo deorganização social que emerge na Europa naquela época foi impulsionado pelas grandes revoluçõesque assolaram o <período>. Por um lado, as revoluções americana e francesa forneceram o quadropolítico-institucional da modernidade, ou seja, a “democracia constitucional”, o “governo da lei” eo “princípio da soberania dos Estados-nação”; por outro, a revolução industrial inglesa forneceu oalicerce econômico: produção industrial por meio da força de trabalho livre em cenários urbanos,engendrando o industrialismo e o <urbanismo> como novos modos de vida, e o capitalismo como anova forma de apropriação e distribuição (SZTOMPKA, 1998).

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Dica

PeríodoÉ importante salientar que o fato de os processos sociais ora tratados terem sido im-pulsionados pelas chamadas “grandes revoluções” não implica afirmar a inexistênciadeles em um período anterior aproximado. De fato, Jurgen Habermas, em seu clássico“O discurso filosófico da modernidade”, baseado no pensamento hegeliano, sugereque três acontecimentos ocorridos por volta de 1500, a descoberta do “Novo Mundo”,o Renascimento e a Reforma, constituem a transição epocal entre a Idade Média e aIdade Moderna, ressaltando que apenas no

UrbanismoDe fato, noções espaciais tradicionais, como a cidade, o campo e a rua sofrem trans-formações que refletem essa mutação qualitativa no estilo de vida das pessoas. Acidade separa-se do campo, do qual, contudo, passa a estar mais próximo em sen-tido não-espacial, agora visto como área de lazer, por conta do trem, do automóvel ouda bicicleta. “A cidade grande”, afirma Waizbort, em sua neo-clássica interpretaçãode Simmel, “constitui o lugar histórico do moderno estilo de vida” (WAIZBORT, 2000).Apesar de a cidade continuar a crescer sobre si mesma, à medida que se liberta daproximidade com o rural, ela passa a ser regulada por uma outra dinâmica (SEIDEL,2001, p. 22). Semelhante ao que Berman (1986) denomina de “celebração da vitali-dade urbana”.

A modernidade, nesse sentido, questiona todos os modos convencionais de se fazerem as coisas,substituindo autoridades por seu próprio arbítrio, baseada na ciência, no crescimento econômico,na democracia ou na lei (LYON, 1998). Contudo, além disso, Berman nos diz que a “onda” nosproporciona muito mais, haja vista que,

Com a Revolução Francesa e suas reverberações, ganha vida, de maneira abrupta e dra-mática, um grande e moderno público. Esse público partilha o sentimento de viver emuma era revolucionária, uma era que desencadeia explosivas convulsões em todos os ní-veis de vida pessoal, social e política. Ao mesmo tempo, o público moderno do SéculoXIX ainda se lembra do que é viver, material e espiritualmente, em um mundo que nãochega a ser moderno por inteiro (BERMAN, 1986, p. 16).

É dessa intensa contradição vivida pelos indivíduos modernos no Século XIX, de se sentirem cotidi-anamente vivendo em um mundo que ainda não se constituiu inteiramente moderno – caracterizadocomo “sensação de viver em dois mundos simultaneamente” - que emergem as idéias de modernidadee de modernização, as quais caracterizarão, no Século XX, a terceira e última fase da modernidade(BERMAN, 1986). Trata-se da expansão do processo de modernização, no Século XX, guiado pormeio de uma escala que engloba todo o mundo, especialmente, a partir das transformações no âm-bito da cultura, fundamentalmente associadas ao modernismo na arte e no pensamento do homemocidental.

Uma conseqüência da localização ocidental dessas transformações foi o fato de que o Ocidente, forte-mente contrastante com sociedades anteriores ou mesmo com outras sociedades, tornou-se o modelode modernidade, ou seja, “modernizar era ocidentalizar-se” (BERMAN, 1986; KUMAR, 1996, 1997),e isso, de certo modo, é visto também entre os pensadores sociais brasileiros no Século XIX, quandoa preocupação central é nos colocar em compasso com o ritmo das sociedades européias. A con-seqüência disso é a rejeição não apenas a seu próprio passado, mas também a todas as outras culturasque não se mostram à altura de sua autocompreensão.

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DicaO fato de que o Ocidente se transforma em uma espécie de modelo de “modernidade” temconseqüências fundamentais em relação às noções de nacionalidade e de identidade nacio-nal, devido, em parte, à suposta legitimidade existente em um dos aspectos que caracterizamo conceito, ou seja, sua doutrina da universalidade cultural, tanto em termos da tipificaçãode seu conteúdo quanto das suas conseqüências para o que se compreende contempora-neamente por “pós-modernidade”.

Trata-se, pois, de

[. . . ] uma generalizada euforia do poder devida tanto à emancipação providenciada pelaspotencialidades de vida sugeridas pela ciência e pela técnica - filhas gêmeas do ilumi-nismo -, quanto à emancipação de fato, advinda de um sentimento de otimismo, segu-rança e orgulho que a Europa vivia. O bemestar das potências européias repousa, nesseperíodo, na consolidação do neo-imperialismo colonial e na crença na ciência definitivacada vez mais próxima das leis inabaláveis do universo (SEIDEL, 2001, p. 25).

De fato, é justamente em relação a esse aspecto que se percebe a grande contradição do conceito e oporquê de haver a necessidade de se efetuar uma releitura do impacto que os efeitos da idéia de mo-dernidade tiveram sobre o pensamento social do Século XIX em que se acreditou estar configurandoe encerrando uma espécie de avaliação definitiva sobre o melhor modo de se viver em sociedade, hajavista que, do ponto de vista dessa concepção, ser moderno é

[. . . ] encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento,autotransformação e transformação das coisas em redor – mas ao mesmo tempo ame-aça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiênciaambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e na-cionalidade, de religião e ideologia: neste sentido, pode-se dizer que a modernidade unea espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: elanos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta econtradição, de ambigüidade e angústia (BERMAN, 1986, p. 15).

Ora, ainda que essa caracterização histórica se apresente de modo bastante útil, do ponto de vistaanalítico, não parece suficiente. Como nos diz o próprio Sztompka (1998, p. 134), “definir um cavaloapontando para um animal que pasta na campina não desobriga os zoólogos de esforços analíticosmais profundos”. De fato, vários autores se preocuparam em desenvolver modelos que fossem ca-pazes de explicar as transformações sociais do período, unindo aos aspectos gerais já mencionadosanálises mais sofisticadas sobre as mudanças percebidas tanto no âmbito das relações institucionaisentre empregado-empregador, por exemplo, quanto no âmbito mais privado das relações humanas.

Um dos primeiros a indicar aspectos que pudessem tipificar o período moderno foi Augusto Comte(1798-1857). De acordo com Ribeiro (2003), Comte indicou algumas características acerca da “novaordem social”, a saber: a concentração da força de trabalho nos centros urbanos; a organização dotrabalho guiada pela eficácia e pelo lucro; a aplicação da ciência e da tecnologia à produção; o sur-gimento de um antagonismo latente ou manifesto entre patrões e empregados; os contrastes e asdesigualdades sociais crescentes e, por fim, a existência de um sistema econômico com base na livreempresa e na competição aberta.

Outros autores, baseando-se especialmente em concepções evolucionistas vigentes da época e tambémem um forma de perceber esse processo histórico a partir do contraste entre imagens da modernidade

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e da sociedade tradicional pré-moderna, produziram uma série de leituras ou interpretações sugerindomodelos polares ou dicotômicos. Podem ser mencionados os modelos propostos por Herbert Spencer(1820-1903), opondo o que ele denominou de “sociedade militar” e “sociedade industrial”, a dosociólogo alemão Ferdinand Tönnies (1855-1936), entre “comunidade” e “sociedade”, a do própriofundador da sociologia, Émile Durkheim (1858-1918), entre “solidariedade

mecânica” e “solidariedade orgânica” e, por fim, talvez a mais completa e sistemática tipologia damodernidade, a elaborada por Max Weber (1864-1920), que opõe a “sociedade agrária tradicional” à“sociedade capitalista”.

Enfim, inúmeros são os modelos e diversos são os conteúdos que os constituem. Contudo, não hádúvida em relação à extensão e à amplitude dos efeitos que transformaram a vida cotidiana dos in-divíduos. Ver-se-á, na próxima aula, uma espécie de esquema produzido com objetivo de apresentaruma visão heurística de entendimento desse período histórico que ainda ecoa nas inquietações diáriasdo homem contemporâneo.

DicaTodos esses pensadores, hoje clássicos, seguem uma lógica interpretativa dicotômica e bi-nária da vida humana. Mas se verá que talvez o eixo principal do discurso pós-moderno sejaa crítica a essa forma de pensar.

1.1.1 Exemplo de subseção

Texto da subseção.

1.2 Minha segunda seção

Texto da sua seção.

1.3 Recapitulando

Revisão do que foi aprendido.

Reserve o último parágrafo para realizar uma ponte para o próximo capítulo.

1.4 Atividades

1. Texto da atividade.

2. Texto da atividade.

3. Texto da atividade.

CuidadoSempre termine os arquivos com uma linha em branco, caso contrário você poderá en-contrar erros inesperados.

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Parte II

Estágio Supervisionado

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Capítulo 2

Aula 1: o surgimento do conceito de Criançae de Infância

OBJETIVOS DO CAPÍTULO

Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de:

• objetivo 1

• objetivo 2

• objetivo N

As idéias e noções sobre a infância e a criança são construções históricas e, como tais, mostram-sediferenciadas dependendo do tempo em que as mesmas foram se delineando.

Podemos afirmar que a idéia sobre a infância como um tempo de vida diferente dos demais foi forjadahistoricamente de tal forma que, durante séculos, a noção de criança se restringia a um período detempo de vida na continuidade biológica das gerações.

A ausência de um sentimento de infância, tal como o conhecemos hoje, atravessou a história dahumanidade, registrando épocas de grande abandono e mortandade das crianças.

Nas sociedades antigas, o status da criança era nulo, e sua existência no meio social dependia inteira-mente da vontade do pai. Crianças pobres ou deficientes podiam ser abandonadas ou até sacrificadaspelo seu genitor. O infanticídio era prática comum e até incentivada, inclusive como proposta políticade controle populacional.

Essa fase da vida humana era ignorada e considerada de forma indiferenciada do adulto. Tal indife-renciação incluía assumir o papel de um ser produtivo direto nas sociedades em que viviam.

Até o Século XII, de acordo com Ariès (1981), a idéia de infância, tal como a conhecemos hoje,era impensada. Como a criança era considerada apenas um prolongamento da espécie e, dado quesua existência era tão efêmera (em função do alto índice de mortalidade), nem mesmo as criaçõesartísticas retratavam a imagem corporal de crianças.

Tal noção de infância, como um membro e prolongamento da linhagem, como um tempo de vidanecessário à continuidade biológica das gerações perdurou, até, aproximadamente, o Século XV.

A partir do Século XV, durante a Renascença, as representações da criança retratadas nas obras dearte, tais como a pintura, nos ajudam a compreender como as mesmas eram concebidas naquela época:retratadas como anjinhos, representando o ingênuo, o inocente, o bom e o puro.

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Tal imagem de criança revela o tempo da ausência de moral e de pudor a ser conquistados, na faseadulta, e nunca mais perdidos.

A criança, concebida como naturalmente pura, frágil e inocente, também seria incapaz de pensar porsi própria, de realizar movimentos de criação; enfim, de ter identidade própria. Esse “anjinho” emforma de criança seria concebido como um vir-a-ser, uma promessa de futuro, que só se “completaria”quando se tornasse adulto.

Sendo uma promessa de futuro, as crianças não tinham como ser representadas por elas próprias; osartistas, ao retratá-las, não as diferenciavam dos adultos, pois não havia uma imagem social para ascrianças.

Os registros iconográficos dos Século XVI e XVII revelam os traços de indiferenciação das criançasdos adultos. Observem esta obra de Velàzquez, pintada em 1656.

Figura 2.1: As meninas - velázquez (1656). Museo del Prado, Madri, Espanha

A pintura nos mostra uma criança de cinco anos de idade, filha do Rei Felipe VI da Espanha, nocentro da tela, cercada por outras crianças e adultos, sendo o próprio Velàzquez autoretratado no canto

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esquerdo da tela. É possível distinguir entre adultos e crianças? Por inexistir uma figura social paraas crianças elas eram representadas como adultos em miniaturas: suas feições, trajes e vestimentasmuito se assemelhavam aos do adulto.

Os Séculos XVIII e XIX foram protagonistas de grandes transformações nas concepções de socie-dade, de família, de escola e, conseqüentemente, de criança e de infância, desencadeadas, por umlado, pela constante e crescente urbanização, decorrente do processo de expansão capitalista e, poroutro lado, pelos avanços científicos das teorias sobre a infância. Esse assunto será aprofundado nasaulas 2 e 3, ainda nesta Unidade.

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Capítulo 3

Glossário

ModernidadePara a noção de Modernidade, consultar o Capítulo 3, do livro Pósmodernidade, do sociólogocanadense David Lyon, disponível na Biblioteca do Pólo Municipal de Apoio Presencial. Parasaber mais, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidade

Ambiente de produçãoConjunto de ferramentas utilizadas para a produção dos livros reais, por exemplo, para submis-são de imagens para o Github [14] é necessário o ambiente de produção. Como a utilizaçãodo ambiente de produção requer uma curva de aprendizado maior, o curso básico não abordanenhum recurso que necessite dele. Mas é importante saber que ele é essencial na produçãoreal de um livro.

CommitConjunto de alterações realizadas num arquivo e enviadas para o repositório [15].

ForkUm fork é basicamente uma cópia individual de um repositório [15] de outra pessoa. Nestecurso é solicitado realizar um fork do repositório do Playground. Portanto você terá um novorepositório cujo conteúdo é o mesmo do repositório original. Você poderá inclusive adicionarpermissões diferentes ao seu repositório. Perceba que você terá um link de acessa para o seufork/repositório: https://github.com/SEU-USUÁRIO-AQUI/playground-asciidoc/

Para saber mais sobre fork, consulte: https://help.github.com/articles/fork-a-repo.

GitGit é sistema de controle de versão descentralizado. Sem o ambiente de produção [14] o usuárionão perceberá a descentralização dos arquivos, pois os arquivos estarão mantidos apenas Github[14]. Para saber mais sobre o git consulte: http://git-scm.com ou http://git-scm.com/book/pt-br/Primeiros-passos-Sobre-Controle-de-Vers%C3%A3o.

GithubO github (http://github.com) é um site que oferece o serviço de controle de versão git [14], eum conjunto de outras ferramentas para auxiliar a gestão de um repositório [15], como Issuetracker.

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IssueUm Issue é um incidente. O Github [14] possui um sistema de gerenciamento de incidentes(Issue tracker) integrado. Exemplos de incidentes são erros (bugs) e correções reportadas, queficam aguardando avaliações. Quando um incidente é registrado, ele é marcado como aberto(open), quando ele é finalizado alguém o marca como finalizado (closed).

Para saber consulte mais sobre um Issue tracker consulte:http://en.wikipedia.org/wiki/Issue_tracking_system ou http://pt.wikipedia.org/wiki/-Sistema_de_gerenciamento_de_incidentes.

Pull RequestUm Pull Request é uma alteração submetida ao seu repositório [15]. O leitor que tiver osconhecimentos técnicos necessários para submissão de uma correção poderá fazê-lo através deum Pull Request. A vantagem da submissão da correção, em relação a submissão de errosé que o autor do livro pode aceitar as correções e elas serão automaticamente incorporadasao seu livro. Para saber mais, consulte: https://help.github.com/articles/using-pull-requests ehttps://help.github.com/articles/merging-a-pull-request.

RepositórioRepositório é um local que possibilita guardar arquivos mantendo um controle de versões, ouseja, as versões iniciais dos arquivos e todas as alterações realizadas neles. Um repositóriopossui propriedades de acesso (quem é o dono, quem pode ler os arquivos, quem pode alterar,etc.) e um histório de commits. Para saber mais sobre um repositório git [14], consulte:http://git-scm.com/book/pt-br/Primeiros-passos-Sobre-Controle-de-Vers%C3%A3o.

Quando fazemos referência à página do repositório, estamos nos refe-rindo à página do seu repositório no github. O link é parecido com:https://github.com/edusantana/introducao-a-computacao-livro.

Percebam que o link termina com o nome do repositório. Muitas pessoas confundem o link dorepositório passando outros valores no seu lugar. Exemplo de link errado: https://github.com/-edusantana/introducao-a-computacao-livro/tree/master/livro.