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Política de Identificação, Prevenção e Gestão de Conflito de Interesses Junho 2019

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Política de Identificação,

Prevenção e Gestão de

Conflito de Interesses

Junho 2019

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Política de Identificação, Prevenção e Gestão de Conflito de Interesses

ATLANTICO Europa

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ÍNDICE

1. Objeto .................................................................................................................................................................. 3

2. Base Normativa .............................................................................................................................................. 3

3. Âmbito de Aplicação ................................................................................................................................... 4

4. Definições .......................................................................................................................................................... 4

5. O que são Conflitos de Interesse? ........................................................................................................ 5

6. Identificação de Conflitos de Interesses ............................................................................................ 7

6.1. Conflitos de Interesses Institucionais .................................................................................................. 7

6.2. Conflitos de Interesse de Colaboradores .......................................................................................... 7

6.3. Conflitos de Interesse prejudiciais para Clientes ........................................................................... 8

7. Princípios Gerais inerentes à Gestão de Conflitos de Interesse ............................................ 8

8. Medidas Gerais de Controlo e Mitigação de Conflitos de Interesse .................................... 9

8.1. Segregação de Funções ............................................................................................................................ 9

8.2. Registo e Arquivo de Conflitos de Interesses ............................................................................... 10

8.3. Remuneração dos Colaboradores ...................................................................................................... 10

8.4. Recebimento de incentivos e liberalidades pelo Banco .......................................................... 10

8.5. Recebimento de incentivos e liberalidades por Colaboradores............................................ 11

8.6. Deveres de Informação sobre Acumulação de Outros Cargos ............................................. 11

8.7. Deveres de Informação sobre Cargos Exercidos Anteriormente ......................................... 11

8.8. Abstenção de participação dos Colaboradores em operações onde tenham interesses

pessoais.......................................................................................................................................................................... 12

8.9. Tratamento de informação ...................................................................................................................... 12

8.10. Medidas pontuais de controlo e mitigação de Conflitos de Interesse .............................. 13

9. Medidas especificas de gestão e mitigação de Conflitos de Interesse ........................... 14

9.1. Concessão de Crédito ............................................................................................................................... 14

9.2. Operações com Partes Relacionadas ................................................................................................ 15

9.3. Serviço de Colocação ................................................................................................................................. 15

9.4. Operações com informação privilegiada ......................................................................................... 18

10. Operações pessoais .................................................................................................................................... 19

10.1. Comunicação inicial ................................................................................................................................... 20

10.2. Comunicação continua ............................................................................................................................ 20

10.3. Arquivo e registo da informação........................................................................................................ 20

11. Comunicação e registo de Conflitos de Interesse ..................................................................... 20

12. Incumprimento............................................................................................................................................... 21

13. Aprovação e alteração .............................................................................................................................. 21

ANEXOS ........................................................................................................................................................................ 21

Anexo 1 .......................................................................................................................................................................... 22

Anexo 2 ......................................................................................................................................................................... 23

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1. Objeto

A presente Política de Prevenção, Identificação e Gestão de Conflitos de

Interesses (Política) visa estabelecer as regras e procedimentos internos a

observar pelo Banco Atlântico Europa, S.A. (Banco) no âmbito da prevenção,

identificação e gestão de conflitos de interesses entre o Banco, os seus

clientes e os Colaboradores do Banco.

De forma sumária a presente Política visa:

a) Prevenir, identificar e gerir quaisquer situações, potenciais ou efetivas,

de conflitos de interesses;

b) Garantir o cumprimento de regras legais e regulamentares em vigor no

que respeita à prevenção e gestão de conflitos de interesses;

c) Reforçar o grau de conhecimento e sensibilizar os Colaboradores para

as matérias de conflitos de interesses.

Complementarmente à presente Política o Banco, regula ainda situações de

conflitos de interesses nos seguintes normativos internos:

a) Código de Conduta;

b) Política de Conflitos de Interesse com Partes Relacionadas;

c) Política de Remunerações;

d) Regimento do Conselho de Administração.

2. Base Normativa

A presente Política visa dar cumprimento ao disposto na seguinte legislação:

a) Regime Geral das Instituições de Crédito Sociedades Financeiras

(“RGIFSC”);

b) Código dos Valores Mobiliários (“CVM”);

c) Diretiva 2014/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de

maio de 2014;

d) Regulamento Delegado (UE) 2017/565 da Comissão, de 25 de abril de

2016;

e) Orientações da EBA sobre Governo interno, EBA/GL/2017/11;

f) Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal;

g) Instrução n.º 17/2011 do Banco de Portugal;

h) Recomendações constantes do Livro Branco do Banco de Portugal.

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3. Âmbito de Aplicação

A presente Política e os deveres que dela emergem são aplicáveis a todos os

Colaboradores do Banco, bem como aos terceiros que em cada momento,

atuem por conta e/ou em nome do Banco, designadamente entidades

subcontratadas. Esta Política e os deveres que dela emergem são igualmente

aplicáveis a todas as sucursais e filiais do Banco e ao Atlântico Europa SGPS,

devendo as mesmas garantir a adoção dos procedimentos adequados para

cumprir com os princípios plasmados na presente Política.

4. Definições

Para efeitos da presente Política entende-se por:

a) Colaborador – Inclui todos os trabalhadores do Banco com vínculos

estabelecidos ao abrigo de contratos de trabalho, os membros dos

órgãos sociais, e na medida do possível os prestadores de serviços e

todas as pessoas que exerçam atividade a favor e por conta do Banco,

independentemente do tipo de vínculo e do tipo de atividade exercida,

incluindo, entidades subcontratadas.

b) Grupo – Todas as filiais, sucursais e entidades que se encontrem no

domínio do Banco ou no perímetro de consolidação do mesmo.

c) Informação Privilegiada – Considera-se informação privilegiada toda a

informação, “específica, precisa e idónea para influenciar de maneira

sensível o preço” de valores mobiliários ou de outros instrumentos

financeiros, conhecida pelo exclusivo desempenho da sua função

profissional e que, se tornada pública, poderá influir sobre o seu valor

de mercado, incluindo designadamente a informação privilegiada

conforme definida no artigo 378.º do Código dos Valores Mobiliários e

no artigo 7.º do Regulamento do Abuso de Mercado (Regulamento

(UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril

de 2014 – conforme alterado).

d) Operações Pessoais – Operação sobre um instrumento financeiro

realizada por Pessoa Relevante ou Pessoal Relacionada do mesmo.

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e) Partes Relacionadas – São Partes Relacionadas as pessoas e entidades

definidas como tal na Política de Prevenção, Identificação e Gestão de

Conflitos de Interesse com Partes Relacionadas.

f) Pessoa Relacionada – São Pessoas Relacionadas dos Colaboradores

do Banco, os cônjuges, ou pessoas que com ele vivam em união de

facto, parentes ou afins em 1.º grau, ou sociedades ou outros entes

coletivos que uns ou outros direta ou indiretamente dominem.

g) Pessoa Relevante – Para efeitos da presente Política são consideradas

Pessoas Relevantes os seguintes grupos de pessoas ou entidades:

i. Os titulares do órgão de Administração do Banco ou de um seu

agente vinculado;

ii. Pessoas que efetivamente dirigem ou fiscalizem cada uma das

atividades de intermediação relevantes;

iii. Colaboradores do intermediário financeiro, dos agentes

vinculados ou de entidades subcontratadas pelo Banco, sejam por

relação laboral, prestação de serviços ou mandato.

5. O que são Conflitos de Interesse?

Entende-se por conflito de interesses a situação na qual existe um confronto

de interesses de sinal contrário entre duas ou mais pessoas, e em que atender

ao interesse de uma dessas pessoas pode envolver prejudicar o interesse de

uma ou mais pessoas. No âmbito da atividade desenvolvida pelo Banco, os

conflitos de interesse podem revelar-se tanto ao nível da relação com o

cliente, como ao nível do próprio Banco com um dos seu Colaboradores.

Assim, os conflitos de interesse podem ter origem em dois níveis:

a) Conflitos de interesse institucionais – correspondem aos conflitos de

interesse resultantes do desenvolvimento das diversas atividades do

Banco e das entidades do Grupo que se encontrem no seu âmbito de

consolidação. Nesse sentido, conflitos de interesse institucionais têm

origem em conflitos entre:

i. O Banco e um ou mais Clientes;

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ii. Um colaborador e um ou mais Clientes;

iii. Dois ou mais clientes;

iv. Um ou mais clientes e entidades que integram o Grupo do Banco;

v. Diferentes áreas do Banco.

b) Conflitos de interesse dos Colaboradores – correspondem aos conflitos

de interesse existentes entre os interesses do Banco e os interesses

dos seus Colaboradores que possam influenciar negativamente o

desempenho das suas funções e responsabilidades. Por regra os

conflitos de interesse dos Colaboradores terão origem em:

i. Conflitos de interesses económicos – um colaborador do Banco

ou Pessoa Relacionada deste tem um interesse económico em

determinado acontecimento ou sobre o Banco;

ii. Conflitos relações profissionais – um colaborador do banco

assumiu funções no passado ou pretende assumir funções no

futuro que são incompatíveis com as funções desempenhadas

no Banco ou que geram o surgimento de interesses contrários

ao do Banco;

iii. Conflitos relações pessoais – um colaborador do Banco ou

Pessoa Relacionada deste tem um interesse pessoal contrário ao

do Banco, ou com entidade do seu Grupo;

iv. Conflitos derivados de influência política – colaborador ou

Pessoa Relacionada desta que tem uma relação pessoal estreita,

detém, ou deteve nos últimos cinco anos, um cargo com

influência política;

Quanto à frequência da sua ocorrência, os conflitos de interesse podem ainda

ser classificados em:

a) Conflitos permanentes – correspondem a conflitos de interesse que

face à frequência com que ocorrem, devem ser geridos de forma

continua, por forma a prevenir a ocorrência dos mesmos ou mitigar os

riscos que possam advir dos mesmos.

b) Conflitos pontuais – correspondem a situações de conflito de interesse

que ocorrem esporadicamente face à ocorrência de um evento

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excecional e que devem ser geridos através da adoção de medidas de

mitigação de risco pontuais (ex.: seleção de um prestador de serviços).

6. Identificação de Conflitos de Interesses

6.1. Conflitos de Interesses Institucionais

O Banco identifica as seguintes situações potencialmente geradoras de

conflitos de interesse:

a) O Banco entrar em negócios e atividades ligadas à negociação de

instrumentos financeiros para a sua própria carteira e/ou por conta de

clientes e ao mesmo tempo outros clientes estarem a atuar nos

mesmos mercados transacionando sobre os mesmos instrumentos

financeiros;

b) O Banco fornecer serviços de consultoria para investimento aos seus

clientes e em simultâneo recomendar a esses clientes a compra ou

venda de produtos direta ou indiretamente emitidos por si próprio ou

entidades do Grupo;

c) Um departamento do Banco favorece os seus interesses em

detrimento de um outro departamento do Banco.

6.2. Conflitos de Interesse de Colaboradores

O Banco identifica as seguintes situações potencialmente geradoras de

conflitos de interesse:

a) O interesse de um colaborador no resultado de uma atividade ou ação

particular difere do interesse do Banco;

b) Um colaborador ou Pessoa Relacionada recebe um benefício financeiro

ou de outro tipo, que coloque em causa a sua imparcialidade no

desempenho das suas funções;

c) Um colaborador tem a oportunidade de influenciar o Banco, aprovando

negócios ou tomando decisões administrativas ou outras decisões

importantes, de forma a conduzir a ganho pessoal ou vantagem para

o Colaborador ou Pessoa Relacionada;

d) Uma entidade do Grupo favorece os seus interesses em

deterioramento dos interesses do Banco;

e) Um conflito de interesses surge aliado a uma transação ou acordo

estabelecido entre o Banco e um acionista, ou entre entidades do

Grupo.

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6.3. Conflitos de Interesse prejudiciais para Clientes

São conflitos de interesse particularmente prejudiciais para o Cliente, aqueles

em que o Banco, uma Pessoa Relevante ou uma pessoa direta ou

indiretamente ligada ao Banco através de uma relação de controlo, se

encontra numa das seguintes situações:

a) O Banco ou essa pessoa é suscetível de obter um ganho financeiro ou

evitar uma perda financeira, em detrimento do Cliente;

b) O Banco ou essa pessoa tem um incentivo financeiro ou de outra

natureza para privilegiar os interesses de um outro Cliente ou grupo de

Clientes face aos interesses do Cliente em causa;

c) O Banco ou essa pessoa desenvolve as mesmas atividades que o

Cliente;

d) O Banco ou essa pessoa recebe ou receberá de uma pessoa que não o

Cliente um incentivo relativo a um serviço prestado ao Cliente, sob

forma de benefícios monetários ou não monetários ou serviços.

e) O Banco ou um Colaborador seu tem um incentivo financeiro, ou de

outro tipo, para favorecer a venda de um determinado produto ou

serviço a um Cliente, que não tem em vista o melhor interesse do

mesmo.

7. Princípios Gerais inerentes à Gestão de Conflitos de Interesse

Independentemente da origem dos conflitos de interesse, o Banco, no âmbito

da gestão e tratamento dos mesmos compromete-se a:

a) Reconhecer a primazia dos interesses dos seus Clientes, constituindo

o dever de lealdade a estes interesses, um princípio de conduta

fundamental no conjunto das normas que pautam a atuação do Banco;

b) Assumir o compromisso de tratar os interesses dos Clientes com

equidade e transparência;

c) Dar prevalência aos interesses dos Clientes em relação aos seus

próprios interesses ou de entidades do seu Grupo, bem como em

relação aos interesses dos titulares dos Órgãos Sociais ou dos de

agente vinculado ao seu serviço ou dos Colaboradores de ambos;

d) Adotar uma postura sempre cooperante e construtiva no

relacionamento com as autoridades de supervisão e regulação no que

diz respeito à adoção de medidas e procedimentos considerados

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adequados para a prevenção e gestão de situações de conflito de

interesses;

A resolução e a divulgação, nos termos previstos nesta Política, das situações

de conflito de interesses identificadas pelo Banco não o isenta da obrigação

de manter e dar execução aos procedimentos organizacionais e

administrativos adotados com vista a controlar apropriadamente outras

situações de potencial conflito.

8. Medidas Gerais de Controlo e Mitigação de Conflitos de Interesse

No âmbito da gestão de conflitos de interesse o Banco adota as medidas e

procedimentos mitigação de risco descritas abaixo, as quais visam por um

lado, evitar a ocorrência de conflitos de interesse e por outro, mitigar

eventuais risco no caso de ocorrência de situações de conflitos de interesse.

8.1. Segregação de Funções

O Banco adota uma organização orgânica que visa salvaguardar a

segregação de funções através da distribuição de várias competências por

unidades orgânicas e funcionais distintas que funcionem com um grau de

independência e autonomia em relação a outras unidades, por forma a:

a) Garantir uma estrita segregação da informação privilegiada ou

confidencial e evitar a circulação da mesma entre as diferentes áreas

do Banco. Para isso o Banco segrega a atividade comercial nas

seguintes áreas:

i. Costumes Banking;

ii. Private Banking;

iii. Coporate Banking;

iv. Institutional Banking;

v. Banca de Investimento;

vi. Mercados Financeiros;

vii. Mercado de Capitais.

b) Evitar o envolvimento simultâneo e sequencial de Colaboradores em

diferentes atividades de intermediação financeira;

c) Impedir e limitar a possibilidade de um colaborador do Banco, por si

só, exercer uma influência inadequada sobre o modo como os outros

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Colaboradores do Banco ou áreas prestam atividades de

intermediação financeira.

O sistema de controlo implementado pelo Banco garante que a gestão das

situações de conflitos de interesses é feita por estruturas/pessoas diferentes

das que geraram a situação de conflito.

8.2. Registo e Arquivo de Conflitos de Interesses

O Banco mantém atualizado um registo de todos os serviços e atividades de

investimento e intermediação levados a cabo por si ou em seu nome, no

âmbito dos quais tenham sido detetadas situações de conflito potencial ou

efetivo de interesses com risco de prejuízo material dos interesses de um ou

mais Clientes.

Para além disso, o Banco mantém um arquivo centralizado de toda a

documentação relativa às situações de conflito de interesses identificadas

(conforme ponto 11), sendo desta forma assegurado um ambiente de

segurança adequado à prevenção e gestão de situações de conflito de

interesses.

8.3. Remuneração dos Colaboradores

O Banco adota, mantém e aplica uma Política de Remuneração dos seus

Colaboradores compatível com a presente política. O Banco tem uma

Comissão de Nomeações e Remunerações, a qual é responsável por

assegurar a revisão, com periodicidade mínima anual, da Política de

Remuneração do Banco.

8.4. Recebimento de incentivos e liberalidades pelo Banco

No exercício da atividade de intermediação financeira, o Banco não poderá

receber quaisquer remunerações, taxas, honorários, comissões, ou quaisquer

outros benefícios pecuniários ou não pecuniários ou repartir encargos em

relação à prestação de um serviço de investimento ou auxiliar a um cliente,

salvo se esse pagamento ou recebimento:

a) Se destine a melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente; e

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b) Não interfira na obrigação do Banco ou dos seus Colaboradores de

agirem de forma honesta, equitativa e profissional com vista a melhor

servirem os interesses dos clientes.

8.5. Recebimento de incentivos e liberalidades por Colaboradores

Os Colaboradores do Banco, não poderão aceitar o recebimento de

quaisquer liberalidades, conforme regulado no Código de Conduta.

8.6. Deveres de Informação sobre Acumulação de Outros Cargos

Os Colaboradores do Banco não podem exercer cargos exteriores ao Banco,

em acumulação de funções, que possam conduzir a uma influência

inapropriada sobre o modo como desempenham as suas funções.

Previamente à aceitação de qualquer cargo em acumulação, o Colaborador

deverá comunicar a sua intenção de aceitar o cargo ao Departamento de

Compliance e ao Departamento de Capital Humano, para que estes se

pronunciem sobre a existência ou não de conflitos de interesse na cumulação

dessas funções. O Departamento de Capital Humano será responsável por

comunicar ao Colaborador a decisão.

Os membros dos órgãos de administração não podem exercer outros cargos

de direção em instituições concorrentes, a menos que façam parte de

instituições que integrem o mesmo sistema de proteção institucional,

conforme referido no artigo 113.º, n.º 7 do Regulamento (EU) n.º 575/2013, de

instituições de crédito associadas de modo permanente ou de instituições

incluídas no âmbito da consolidação prudencial.

8.7. Deveres de Informação sobre Cargos Exercidos Anteriormente

Os Colaboradores do Banco, aquando da entrada no Banco, deverão

comunicar ao Departamento de Compliance e de Capital Humano, todos os

cargos que exerceram nos últimos cinco anos e outros cargos que tenham

exercido anteriormente e que possam gerar uma situação de conflito de

interesses.

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8.8. Abstenção de participação dos Colaboradores em operações

onde tenham interesses pessoais

Os Colaboradores do Banco não podem participar na apreciação e decisão

de quaisquer operações em que sejam direta ou indiretamente interessados

os próprios, Pessoa Relacionada dos mesmos ou outros entes coletivos que

direta ou indiretamente dominem.

8.9. Tratamento de informação

Toda a informação obtida pelo Banco respeitante aos seus Clientes e

transações por si efetuadas ou ordenadas é mantida sob sigilo, sendo o

acesso à informação permitido na estrita medida do necessário ao negócio e

de acordo com critérios de defesa dos legítimos interesses dos Clientes.

O Banco implementa medidas de acesso e tratamento de informação

destinadas a limitar a possibilidade de conflito de interesses por via da

utilização indevida de informação, designadamente:

a) Ofertas públicas: quando preste serviços relacionados com ofertas

públicas ou outros de que resulte o conhecimento de informação

privilegiada, deverá ser elaborada e comunicada ao Departamento de

Compliance, uma lista das pessoas que tiveram acesso a tal

informação.

b) “Clean desk and safe desk”: Todos os Colaboradores devem manter as

suas secretárias limpas e organizadas, devendo toda a documentação

não pública estar guardada em local com fechadura e de acesso

restrito.

c) Acesso limitado a informação: Os Colaboradores têm acesso apenas à

informação respeitante a Clientes ou a operações na medida do

necessário para o desempenho das respetivas funções.

d) Destruição de documentação não necessária: Todos os documentos

que não sejam necessários devem ser imediatamente inutilizados e

destruídos, impedindo que terceiros acedam aos mesmos ou os

utilizem indevidamente.

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e) Confidencialidade: Os Colaboradores do Banco têm o dever de

guardar confidencialidade sobre toda a informação a que tenham

acesso no exercício das suas funções, independentemente da sua

fonte, estando obrigados a não divulgar essa informação a terceiros e

a não a utilizar para fins diversos do normal exercício da respetiva

função. Os Colaboradores que possuam informação relevante não

pública, suscetível de alterar o preço ou outras condições do

instrumento financeiro em causa ou de uma transação, devem abster-

se de comunicar essa informação a terceiros ou por alguma forma,

direta ou indireta, utilizar essa informação em proveito próprio ou para

benefício de terceiros.

8.10. Medidas pontuais de controlo e mitigação de Conflitos de

Interesse

Sempre que as medidas de mitigação de conflito de interesses descritas

acima e no ponto 9 não forem suficientes para mitigar o risco de ocorrência

de conflitos de interesses, ou sempre que surgir um evento pontual de

ocorrência de conflitos de interesses, o mesmo deve ser comunicado ao

Departamento de Compliance.

O Departamento de Compliance será responsável por proceder ao registo do

conflito de interesses, avaliar o mesmo e adotar as medidas adequadas à sua

mitigação. No entanto, quando a adoção de medidas adicionais de mitigação

de conflitos de interesse não forem suficientes para assegurar, com razoável

confiança, que serão evitados os riscos de lesão dos interesses dos Clientes,

o Banco informará o Cliente dessa mesma situação, indicando claramente:

a) Que os mecanismos organizacionais e administrativos estabelecidos

pelo Banco para prevenir ou resolver esse conflito não são suficientes

para garantir, com um grau de certeza razoável, que serão evitados os

riscos de os interesses dos clientes serem prejudicados;

b) Uma descrição específica dos conflitos de interesses que surgem na

prestação de serviços de investimento e/ou serviços auxiliares, tendo

em conta a natureza do Cliente a quem a divulgação é efetuada;

c) Uma explicação sobre a natureza geral e a origem do conflito de

interesses;

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d) Os riscos para o Cliente que surgem na sequência do conflito de

interesse;

e) As medidas tomadas para atenuar esses riscos.

A informação a prestar ao cliente, deverá ter um grau suficiente de pormenor

que permita ao mesmo tomar uma decisão informada relativamente ao

serviço de investimento ou serviço auxiliar em cujo contexto surge o conflito

de interesses.

A comunicação ao cliente deverá ser prestada em suporte duradouro e

conter o detalhe suficiente adequado ao tipo de Cliente, para permitir que

este tome uma decisão esclarecida no que respeita à atividade ou serviço de

investimento prestado, no contexto em que a situação de conflito de

interesse ocorra, nos termos acima descritos. Sem prejuízo do supra referido,

sempre que a situação de conflitos de interesse não possa ser resolvida e o

risco devidamente mitigado, o Banco deve recusar a prestação dos serviços

em causa.

A divulgação do conflito de interesses, deverá constituir uma medida de

último recurso, a utilizar pelo Banco apenas caso os mecanismos

organizacionais e administrativos efetivos estabelecidos para prevenir e gerir

os conflitos de interesses não sejam suficientes para garantir, com um grau

de certeza razoável, que serão evitados os riscos de os interesses dos clientes

serem prejudicados. O recurso excessivo à divulgação de conflitos de

interesse deve ser visto como uma deficiência da presente Política e das

medidas de gestão de conflitos de interesses e deverá suscitar a revisão da

mesma pelo Departamento de Compliance.

9. Medidas especificas de gestão e mitigação de Conflitos de Interesse

9.1. Concessão de Crédito

O Banco poderá conceder crédito aos seus Colaboradores. No entanto, os

mesmos não poderão participar na apreciação e decisão de operações de

concessão de crédito, nem influenciar a mesma, sempre que tenham um

interesse direto ou indireto na operação, ou a mesma envolva Pessoas

Relacionadas.

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A concessão de crédito a Partes Relacionadas, encontra-se regulada na

Política de Gestão de Conflitos de Interesses com Partes Relacionadas.

9.2. Operações com Partes Relacionadas

O Banco dispõe de um “Política de Prevenção, Identificação e Gestão de

Conflito de Interesses com Partes Relacionadas”, a qual regula e garante que:

a) Gestão de conflito de interesses com Partes Relacionadas;

b) Que as operações com Partes Relacionadas são realizadas em

condições de mercado;

c) Que os negócios classificados como relevantes nos termos da Política

de Prevenção, Identificação e Gestão de Conflito de Interesses com

Partes Relacionadas, são alvo de parecer prévio do Órgão de

Fiscalização e que os mesmos são aprovados por maioria qualificada

do Órgão de Administração.

9.3. Serviço de Colocação

O Banco presta aos seus clientes serviços de tomada firme e/ou colocação

com ou sem garantia, pelo que se encontra sujeito a um conjunto de

procedimentos e obrigações adicionais em matéria de conflitos de interesse

e respetiva prevenção, gestão, resolução e divulgação. Nesse sentido, o

Banco no âmbito da prestação dos referidos serviços, deve identificar todas

as operações de tomada firme e colocação e realizar um registo centralizado

das operações e da seguinte informação:

a) A data em que o Banco foi informado de eventuais operações;

b) Quaisquer comissões, remunerações ou benefícios monetários ou não

monetários recebidos, os quais devem cumprir a regras legais e

regulamentares aplicáveis à receção de benefícios de terceiros e

procedimentos internos;

c) Conteúdo e calendarização de instruções recebidas de Clientes;

d) Decisões de alocação tomadas para cada operação assegurar uma

pista de auditoria completa entre os movimentos registados nas contas

dos Clientes e as instruções recebidas pelo Banco, devendo em

especial a afetação final a cada Cliente de investimento ser claramente

justificada e registada.

e) A informação registada e arquivada, deve permitir fazer uma

reconstrução completa da operação.

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O Banco identifica, em especial, todos os potenciais conflitos de interesses

resultantes de:

a) Serviços de execução de ordens de Clientes e serviços de tomada firme

ou colocação;

b) Da prestação de serviços de investimento a Clientes de investimento

para participarem numa nova emissão, quando o Banco receba

comissões, remunerações ou quaisquer benefícios monetários ou não

monetários por referência à organização dessa mesma emissão;

c) Colocação junto de Clientes de instrumentos financeiros por si

emitidos ou por entidades do mesmo grupo ou, se aplicável,

organismos de investimento coletivo geridos por entidades do mesmo

grupo;

d) Anteriores empréstimos ou crédito concedido ao Cliente emitente pelo

Banco (ou entidade do mesmo grupo), que possam ser reembolsados

com os resultados da emissão;

e) Outras atividades e serviços prestados pelo Banco ou do respetivo

Grupo.

Quando o Banco deva proceder à divulgação do conflito de interesses, o

Banco cumpre os deveres legais e regulamentares aplicáveis a fim de que os

Clientes possam tomar uma decisão de investimento informada, incluindo:

a) A prestação de uma explicação da natureza e da origem dos conflitos

de interesses inerentes ao tipo de atividade em causa, fornecendo

pormenores sobre os riscos específicos associados a situações de

colocação de instrumentos financeiros próprios;

b) Quando estejam em causa instrumentos próprios incluídos no cálculo

dos requisitos prudenciais do Banco nos termos da legislação aplicável,

a prestação de informações adicionais explicando as diferenças entre

o instrumento financeiro e os depósitos bancários em termos de

rendimento, risco, liquidez e qualquer proteção concedida em

conformidade com a Diretiva 2014/49/UE do Parlamento Europeu e

do Conselho);

c) Divulgar ao Cliente os conflitos de interesses específicos que tenham

surgido em relação às atividades do Banco ou às atividades das

entidades do grupo, na qualidade de prestador de crédito e às suas

atividades relacionadas com a oferta de valores mobiliários.

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Na prestação de serviços de tomada firme ou colocação, o Banco deve

assegurar que:

a) A fixação de preços da oferta não promove os interesses de outros

Clientes ou os próprios interesses do Banco de forma suscetível de

entrar em conflito com os interesses do Cliente emitente;

b) As recomendações sobre a colocação sejam indevidamente

influenciadas por eventuais relações existentes ou futuras.

As pessoas responsáveis pela prestação de serviços aos Clientes de

investimento do Banco não podem estar diretamente envolvidas nas

decisões de aconselhamento sobre preços da emissão ou respetiva alocação

no contexto da consultoria prestada ao Cliente emitente.

O Banco não deve aceitar quaisquer pagamentos ou prestações de terceiros,

a não ser que esses pagamentos ou prestações cumpram os requisitos em

matéria de incentivos estabelecidos no Código de Valores Mobiliários. Em

especial, as seguintes práticas devem ser consideradas não conformes com

esses requisitos, devendo, por conseguinte, ser consideradas como não

permitidas no quadro da prestação de serviços de colocação (ou tomada

firme se aplicável):

a) Uma alocação realizada para incentivar o pagamento de remunerações

desproporcionalmente elevadas por serviços não relacionados

prestados pelo Banco («laddering»), tais como remunerações ou

comissões desproporcionalmente elevadas pagas por um Cliente de

investimento ou volumes de atividade desproporcionalmente elevados

com comissões de nível normal prestados pelo Cliente de investimento

como compensação para receber uma alocação da emissão;

b) Uma alocação a um Colaborador ou responsável de um Cliente

emitente existente ou potencial, como contrapartida pecuniária pela

concessão, futura ou passada, de serviços financeiros de

aconselhamento corporate a esse Cliente emitente («spinning»);

c) Uma alocação que dependa, expressa ou implicitamente, da receção

de ordens futuras ou da aquisição de qualquer outro serviço do Banco

por um Cliente de investimento ou qualquer entidade de que o

investidor seja dirigente.

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O Banco elabora e mantém uma política de alocação que estabelece o

processo para elaborar as recomendações em matéria de alocação, bem

como a informação disponível à data sobre a metodologia de alocação

proposta para a emissão, a qual deve ser entregue ao Cliente antes de aceitar

o mandato para a prestação do serviço de colocação.

9.4. Operações com informação privilegiada

O Banco no âmbito da prestação de serviços de intermediação financeira

poderá ter acesso a informação privilegiada. Os Colaboradores que no

âmbito do desempenho das suas funções, tenham acesso a informação

privilegiada deverão informar o Departamento de Compliance através do

preenchimento do anexo I e disponibilizar-lhe a seguinte informação:

a) Nome da operação;

b) Descrição sucinta da operação;

c) Data de conhecimento da informação privilegiada;

d) Tipo de envolvimento na operação;

e) Nome dos Colaboradores envolvidos na operação e do momento e

motivo pelo qual terão acesso à informação;

f) Nome de pessoas externas ao Banco envolvidas na operação que vão

ter acesso a informação privilegiada e respetivo momento e motivo

pelo qual terão acesso à informação.

O Departamento de Compliance, com base na informação recebida,

comunica por escrito (através de e-mail) aos Colaboradores identificados

como envolvidos em operação financeira da inclusão dos seus nomes na lista

de “Pessoas com informação Privilegiada” do Banco e informa os mesmos do

início do período da inibição de efetuar operações, divulgar ou utilizar

informação por razões de acesso a informação privilegiada e das

consequências legais decorrentes da utilização ou divulgação de informação

privilegiada (anexo II).

Os Colaboradores com acesso a informação privilegiada estão proibidos de:

a) Utilizar a informação privilegiada antes de a mesma se tornar pública,

com o objetivo de obter um ganho ou vantagem para si ou Pessoa

Relacionada;

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b) Transmitir a informação privilegiada a outros Colaboradores do Banco

ou entidades externas, sem que tal seja essencial à execução da

operação;

c) Realizar recomendações de investimento a clientes com base na

informação privilegiada;

d) Participar em operações financeiras (ex: ofertas públicas),

relativamente às quais tenham informação privilegiada relativa a uma

das entidades envolvidas na operação.

Durante o período em que a operação se encontra a decorrer e até que a

informação privilegiada seja classificada como pública, o Departamento de

Compliance, em conjunto com o responsável da área que executa a operação

manterá atualizada a lista de pessoas com acesso a informação privilegiada.

A área comercial responsável pela operação deverá informar o

Departamento de Compliance sobre o momento a partir do qual a

informação privilegiada passe a ser classificada como pública e sobre o

momento em que a operação foi concluída. O Departamento de Compliance,

ao ter conhecimento de que a informação foi tornada pública, informará os

Colaboradores que constam da listagem de informação privilegiado do

levantamento da mesma.

10. Operações pessoais

As Pessoas Relevantes, face à importância das funções desempenham e ao

acesso constante a informação relevante sobre os mercados financeiros e da

atividade do Banco, carecem de um acompanhamento especial por parte do

Banco no que toca aos conflitos de interesse. Nesse sentido, o Banco dispõe

de um procedimento de comunicação de Operações Pessoais realizadas

pelas Pessoas Relevantes ou Pessoas Relacionadas que visa dar

conhecimento ao Banco das operações realizadas pelos mesmos no âmbito

das suas carteiras de investimento.

No âmbito da recolha e tratamento da referida informação, o Banco garante

a estrita confidencialidade da informação prestada pelas Pessoas Relevantes,

bem como daquela que seja obtida pelo Banco no uso de autorização

concedida pelos Colaboradores. No entanto, a referida informação pode ser

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revelada aos administradores do Banco e ser utilizada em processos

disciplinares e de resolução de litígios com os Colaboradores.

Excetuam-se da aplicação das regras abaixo descritas as operações

realizadas a partir de conta aberta pelas Pessoas Relevantes junto do Banco,

desde que o mesmo autorize o Banco a verificar regularmente o registo de

movimentos dessa conta para efeitos de controlo da realização de operações

pessoais sobre instrumentos financeiros.

10.1. Comunicação inicial

As Pessoas Relevantes aquando da sua entrada no Banco, devem informar o

Departamento de Compliance, por email, da composição da carteira de

instrumentos financeiros. A informação deve ser prestada de forma

agregada, identificando o tipo de instrumento financeiro, o respetivo

emitente, data da última operação e natureza da operação subjacente. Esta

informação será atualizada anualmente a pedido do Departamento de

Compliance.

10.2. Comunicação continua

Durante o período em que se encontrar a exercer funções no Banco, a Pessoa

Relevante deverá comunicar ao Departamento de Compliance, no prazo de

cinco (5) dias úteis após a sua ocorrência, todas as operações de compra e

venda de instrumentos financeiros. A informação deve ser prestada de forma

agregada, identificando o tipo de instrumento financeiro, o respetivo

emitente, data da operação, tipo de ordem, local de execução e preço.

10.3. Arquivo e registo da informação

O Departamento de Compliance é responsável por receber, registar e

arquivar a informação relativa a operações pessoais.

11. Comunicação e registo de Conflitos de Interesse

Todas as situações de conflitos de interesse deverão ser comunicadas ao

Departamento de Compliance com a seguinte informação:

a) Identificação da situação de conflito de interesses;

b) Uma avaliação de risco;

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c) Indicação das medidas de mitigação.

O Departamento de Compliance procederá a análise da situação de conflito

de interesses e comunicará, se considerar relevante, a necessidade de se

adotar medidas de mitigação adicionais, do conflito de interesses.

O Departamento de Compliance é responsável por receber, tratar e registar

os conflitos de interesse e manterá uma listagem atualizada com todas as

situações de conflitos de interesse detetadas/comunicadas.

12. Incumprimento

O incumprimento das regras descritas nesta Política pelos Colaboradores do

Banco pode ser considerado violação grave de deveres de conduta e, em

consequência, pode dar lugar à aplicação de medidas disciplinares, sanções

contratuais ou a eventual responsabilidade criminal.

13. Aprovação e alteração

A presente Política foi aprovada pela Comissão Executiva e Conselho de

Administração do Banco, podendo ser alterada por deliberação deste órgão

ou do Conselho de Administração. A presente política deverá ser revista

anualmente.

ANEXOS

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Anexo 1

Comunicação de Insiders Pelo Responsável do Projeto

INSIDER LIST

(PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO)

Em conformidade com o Artigo 309.º-C do Código dos Valores Mobiliários

(CVM), que obriga o Banco Atlântico, Europa, S.A. a manter o registo de

Insiders, vem comunicar que os seguintes Colaboradores, em virtude do seu

envolvimento na operação _____________________________________, e

com acesso a informação privilegiada no que respeita à operação em causa,

estão impedidos de realizar operações pessoais sobre os instrumentos

financeiros objeto da oferta ou operação:

Nome do Colaborador ou

Nome de Pessoa Externa

Unidade

Orgânica

Tipo de

Envolvimento

Período

de Início

(envio por email ao Departamento de Compliance)

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Anexo 2

Comunicação de Insiders pelo Departamento de Compliance

INSIDER LIST

(PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO)

Em conformidade com o Artigo 309.º-C do Código dos Valores Mobiliários

(CVM), que obriga o Banco Atlântico, Europa, S.A. a manter este registo, o

Departamento de Compliance vem comunicar que os seguintes

Colaboradores, em virtude do seu envolvimento na operação

_____________________________________, e com acesso a informação

privilegiada no que respeita à operação em causa, estão impedidos de

realizar operações pessoais sobre os instrumentos financeiros objeto da

oferta ou operação, bem como de utilizar ou transmitir essa informação fora

do exercício normal das suas funções:

Nome do Colaborador Unidade Orgânica Período de Início de

impedimento

NOTA IMPORTANTE:

Art.º 7.º/2 do Regulamento (UE) n.º 596/2014, do Parlamento Europeu e do

Conselho A informação privilegiada abrange o conjunto de circunstâncias

existentes ou razoavelmente previsíveis ou a um acontecimento já ocorrido

ou razoavelmente previsível, e se essa informação for suficientemente

específica, que, por serem suscetíveis de influir na formação dos preços dos

valores mobiliários ou dos instrumentos financeiros, qualquer investidor

razoável poderia normalmente utilizar, se os conhecesse, para basear no

todo ou em parte, as suas decisões de investimento.

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Artigo 378.º /2 CVM – Quem disponha de informação privilegiada (i) devido

à sua qualidade de titular de um órgão de administração, direção ou

fiscalização de um emitente ou de um titular de uma participação no

respetivo capital, ou, (ii) em razão do trabalho ou do serviço que preste, com

caráter permanente ou não, a um emitente ou outra entidade; ou (iii) em

virtude de uma profissão ou função pública que exerça; ou (iv) que, por

qualquer forma, tenha obtido essa informação através de um facto ilícito ou

que suponha a prática de um facto ilícito, e que, com base nessa informação,

negoceie ou aconselhe alguém a negociar em valores mobiliários ou outros

instrumentos financeiros ou ordene a sua subscrição, aquisição, venda ou

troca, direta ou indiretamente, para si ou para outrem, é punida com pena

de prisão até 5 anos ou com pena de multa.

Artigo 7.º.º/1 do Regulamento (UE) n.º 596/2014, do Parlamento Europeu e

do Conselho ‐ Entende‐se por informação privilegiada toda a informação não

tornada pública que, sendo precisa e dizendo respeito, direta ou

indiretamente, a qualquer emitente ou a valores mobiliários ou outros

instrumentos financeiros, seria idónea, se lhe fosse dada publicidade, para

influenciar de maneira sensível o seu preço no mercado.