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Pólo Industrial de Manaus (PIM)
NECESSIDADES E IMPASSES RELATIVOS A
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Belém, 30 de Novembro de 2009
José Alberto da Costa Machado
(reflexões desenvolvidas com Tadao Takahashi, Marcondes Araújo e Marcos Formiga)
INOVAÇÃO
Inovação tecnológica “de classe mundial”
é o grande jogo em que estão os países
desenvolvidos e as potencias emergentes.
Obs.: Por isso, hoje se costuma encontrar referências
a “Sistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação –
CT&I”, em vários países.
INOVAÇÃO E MERCADO
Inovações Tecnológicas ocorrem no Setor
Produtivo, e não no Setor Acadêmico.
Obs.: Há esquemas para apoiar a “internalização” de
problemas e desafios de Mercado em ambientes de P&D
no Setor Acadêmico, mas altamente competitivos e
sintonizados com o Setor Privado.
O POLO INDUSTRIAL DE
MANAUS (PIM)
O PIM é hoje um grande complexo de
produção de equipamentos de classe
mundial, com base em pacotes
tecnológicos concebidos e validados em
países avançados, que sediam “cabeças”
de cadeias de valor de alcance mundial.
ALGUMAS DAS MAIS DE 600 INDÚSTRIAS
DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS – PIMEstrangeiras
EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DO PIM - 2008
EM MILHÕES
Destaques no crescimento
2002 a 2008: Em real = 104,54% Em dólar = 230,93%
2007 a 2008: Em real = 9,29% Em dólar = 17,26%
Real
Dólar
31.972
10
20
30
40
50
2002 2003 2004 2005 2006 2007
26.545
9.10510.622
40.773
14.190
45.663
18.914
49.440
22.750
49.682
25.695
2008
54.295
30.131
60
PRINCIPAIS SEGMENTOS EM 2008
FATURAMENTO POR SEGMENTO
Fonte: COISE/CGPRO/SAP – SUFRAMA
ELETROELETRÔNICO
30,48%
OUTROS
3,22%
RELOJOEIRO
1,13%
DESCARTÁVEIS
2,36%
METALÚRGICO
7,75%
TERMOPLÁSTICO
6,89%
QUÍMICO
11,70%
BENS DE
INFORMÁTICA
11,83%
DUAS RODAS
21,96%
MECÂNICO
2,68%
PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS
Fonte: SUFRAMA – MDIC/SISTEMA ALICE
TELEFONES CELULARES
CONCENTRADOS PARA REFRIGERANTES
MOTOCICLETAS
APARELHOS DE BARBEAR
RECEPT./DECODIFICAD.DE SINAIS DIGITAIS
LÂMINAS DE BARBEAR
PAPÉIS PARA FOTO A CORES
RELÉS, 60 VOLTs
TELEVISORES
DISJUNTORES
1º2º3º4º 5º6º7º8º9º
10º
O PIM E INOVAÇÃO
A competitividade do PIM hoje está
fortemente ancorada em Incentivos
Fiscais.
É possível imaginar a evolução do PIM
em que inovação tecnológica de classe
mundial, gerada localmente, tenha papel
relevante na sustentação do Polo?
A Área de Biotecnologia
Industrial(e intersecção com outras áreas de conhecimento)
Anexo A (Cont.)
De: Bozani, W. et. al:Biotecnologia Industrial Vol I – FundamentosEd. Edgard Blanchet, 2001
QUÍMICA
BIOLOGIA
BIOQUÍMICA
BIOLOGIA
MOLECULAR
BIOTECNOLOGIA
INDUSTRIAL
ENGENHARIA
ENGENHARIA
BIOQUÍMICA
QUÍMICA
INDUSTRIAL
ENGENHARIA
QUÍMICA
A Natureza da Atividade em Biotecnologia
• “Cross-Cutting” (Transversal)A mesma tecnologia se aplica em vários áreas.A gestão econômica deve ser organizada de forma a fomentar “cross-fertilization“ em várias áreas.
• “Research–Intensive” (Intensivo em pesquisas) Diferentemente de outras áreas, empresas de biotecnologia gastam 40% - 50% de receitas em P&D (na Indústria Química ~5%, Indústria Farmacêutica ~15%).
• “ Multi-Disciplinary” (Multidisciplinar)A área requer convergência de conhecimentos em diversas áreas
• “ Highly-networked” (Intensivo em rede)Envolve capacitação em ciência, tecnologia, e novos processos de produção.
CENTRO DE BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA
Biotecnologia
Biodiversidade
Bioindústria
Alimento e Nutrição
Enzimas de interesse
biotecnológico
Bioinseticidas
BIOINDÚSTRIAS
Cosméticos
Infra-Estrutura de Ensino e Pesquisa
O Estado do Amazonas abriga conceituadas Instituições de Ensino e Pesquisa
PIM – Zona Franca
DUAS QUESTÕES ESTRATÉGICAS
1. Falta Governança em EC-CTI na
Amazônia
2. Falta Inovação Tecnológica do PIM
INVESTIMENTOS ENVOLVENDO A AMAZÔNIA OCIDENTAL
DE ALGUMAS FONTES (R$) 2003-2008
TIPO TOTAL (R$)
SUFRAMA (Amazônia
Ocidental)1.095.040.000
GOVERNO DO ESTADO DO
AMAZONAS650.000.000
MCT (Região Norte) 1.300.000.000
TOTAL 3.045.040.000
Vantagem Estratégica
LIDERANÇ
A EM
PRODUTO
PROXIMID
ADE AO
CLIENTE
Diferenciação Tecnológica
Respostas aos Clientes
Competência em operação
EXCELENCIA
OPERACION
AL
“Menor Custo Total”
De: Treacy A Wieserma –Discipline of Markel Leaders
“Melhor Produto” “Melhor Serviço”
BIO
INDÚSTRIA
PIM
O QUE SERIA NECESSÁRIO
Um modelo institucionalizado e perenizado, dirigido e apoiado pelo Setor Público, Setor Privado e Setor Acadêmico, com “locus” central em Manaus, voltado para:
Formação de lideranças técnicas e organizacionaisde classe mundial para o PIM; e
Geração de tecnologias decisivas para alavancar a evolução do PIM para um modelo significativamente menos dependente de Incentivos Fiscais e de “pacotes” tecnológicos gerados predominantemente no Exterior.
TRÊS POSSÍVEIS MODELOS TIPO “ITA
DO NORTE”
1. Geração de Tecnologias de Classe Mundial
2. Soluções de Mercado para Desafios
Regionais/Nacionais
3. Os Rios Levarão ao Mar
Um Instituto que provê formação de pós-graduação em Engenharia, aliada a Desenvolvimento de Tecnologias de Classe Mundial em áreas selecionadas: TICs, Biotecnologia, etc.
Grande papel de liderança do Setor Privado (com presença no Conselho Diretor, definição de Linhas de P&D, suporte direto a Ensino e P&D).
Infra-estrutura Central (“Grid”) compartilhada com outras instituições em Manaus/Região.
Acesso a laboratórios e outros recursos de instituições (acadêmicas, produtivas) em Manaus e/ou no PIM.
TRÊS MODELOS (Cont.)
MODELO 1: TECNOLOGIAS DE CLASSE MUNDIAL
MODELO 2: SOLUÇÕES DE MERCADO PARA
DESAFIOS REGIONAIS/NACIONAIS
TRÊS MODELOS (Cont.)
Um conjunto de Projetos Estruturantes que gerarão soluções de mercado (produtos e serviços) para desafios regionais/nacionais, e que abrirão novas frentes de atuação no PIM. Ex: Inclusão Digital na Amazônia, Edifícios Inteligentes para a Amazônia,etc.
Grande papel de liderança do Setor Público, através do Governo Federal e Governos Estaduais.
Não haverá Infra-estrutura Central.
Projetos serão distribuídos por Consórcios de Entidades, supervisionados por Instituições Federais de P&D.
Parte importante de cada projeto será executada em Manaus, e envolverá empresas do PIM, além de ICTs.
MODELO 3: OS RIOS LEVARÃO AO MAR
TRÊS MODELOS (Cont.)
Premissa é de que tudo está correndo bem, bastando dar tempo ao tempo.
Mecanismos de Governança em EC-CTI serão aperfeiçoados para a Amazônia, atacando pontos débeis (ex: fixação de cientistas na região), assegurando fluxo regular de recursos, e avaliando indicadores de desempenho.
Grande papel de Liderança do Setor Acadêmico (através de Governança em EC-CTI) da/na Amazônia, particularmente Manaus.
Não há articulação formal de linhas de P&D com o PIM, nem uso compartilhado formal de laboratórios, etc.
COMENTÁRIOS GERAIS
TRÊS MODELOS (Cont.)
Grau de “intervencionismo” diminui do Modelo 1 para o Modelo 3.
Quantidade de Recursos Aplicados tende a diminuir do Modelo 1 para o Modelo 3.
Tempo de maturação de resultados concretos (tecnologias, lideranças, etc.) para o PIM tende a aumentar do Modelo 1 para o Modelo 3.
Clareza e foco em áreas e metas tendem a diminuir do Modelo 1 para o modelo 3.
Influências políticas tendem a aumentar do Modelo 1 para o Modelo 3.
Combinações dos Modelos 1 a 3 são possíveis.
O QUE SUGERE O CENÁRIO
TRÊS MODELOS (Cont.)
Pouca consciência e iniciativas a respeito.
Indícios de limites nas possibilidades do modelo.
Bolha de euforia econômica baseada em segmento imobiliário e dinâmicas da Copa
Permanência de gargalos históricos
( infra-estrutura, enraizamento regional , qualificação para o valor agregado, espraiamento econômico para outros estados da região, direcionamento estratégico, encaixe com a lógica nacional, estabilidade jurídica para os incentivos que a embasam, etc)