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Page 1: Polliane- Memorial

Centro Universitário Leonardo Da VinciEducacional Leonardo Da Vinci

Page 2: Polliane- Memorial

POLLIANE ROCHA SILVA ALMEIDA(PED 0282)

MEMORIAL DA EXPERIÊNCIA DOCENTE

Memorial da Experiência Docente do Curso de Pedagogia, do Centro Universitário Leonardo da Vinci.

Professor Tutor Externo: Isabel

Feira de Santana23/08 /12

Page 3: Polliane- Memorial

MEMORIAL DA EXPERIÊNCIA DOCENTE

ACADÊMICO (A): Polliane Rocha Silva Almeida

MATRÍCULA: 143104

PROFESSOR TUTOR EXTERNO: Isabel

ESTÁGIO: I

CURSO: Pedagogia TURMA: PED 0282

O memorial presente tem como objetivo relatar a minha experiência docente.

Procurarei apontar o histórico por mim vivenciado, as experiências vividas e as mudanças

ocorridas durante essa trajetória.

Venho de uma família de professores, e desde muito cedo convivendo e observando

este processo ensino-aprendizagem, pois, tive a oportunidade por diversas vezes de estar

inserida em uma sala de aula como observadora e não como aluna, e a parti daí refletir e tirar

minhas conclusões sobre a arte complexa de educar.

Minha primeira experiência formal iniciou-se em 2010 na Escola Municipal Profª

Helena Assis Suzart, situada na Rua Visconde de Mauá/snº Rocinha, ministrando aulas no

turno matutino, numa turma de 4º ano com 38 alunos de faixa etária 10 a 12 anos. Não sei

exatamente relatar o que senti em meu primeiro dia de estágio, pois nada me parecia tão novo

como realmente era, devido a ter sempre uma ligação com um espaço educativo, porém estar

diante de uma realidade diferenciada, de uma organização chamada escola, e por sua vez

sendo avaliada, trazia certo desconforto.

Pacheco e Flores (1999) e Tardif e Raymond (2000) apontam que no início da

docência ocorre o encontro dos indivíduos com as normas institucionais, que estão presentes

nas escolas nas leis e normas que as regulam. Os professores iniciantes têm que se adaptar a

esse contexto institucional permeado de regras, além de realizarem a transposição dos

conhecimentos acadêmicos para as situações complexas da sala de aula.

Grandes mudanças ocorreram durante esse tempo em sala de aula, e como o decorrer

do curso de pedagogia no qual estou inserida levou-me a está sempre refletindo sobre minha

prática pedagógica, pois segundo Brito (2006, p. 49) “refletir sobre a necessidade de

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articulação entre teoria e prática, compreendendo a trajetória profissional, vivenciada no

contexto da sala de aula, como possibilitadora de aprendizagens sobre a profissão”

. Diante desta reflexão viso capacitar os meus alunos, para enfrentar novos desafios,

ampliando suas potencialidades e aprendendo posicionar-se de maneira crítica, responsável e

construtiva nas diferentes situações sociais, procuro também planejar, dentro das diversas

áreas do conhecimento, situações em que o aluno aprenda a utilizar seus conhecimentos como

instrumento de compreensão da realidade, seja do ponto de vista da utilidade prática, seja na

formação de estruturas de pensamento, que permitam a ele expressar e comunicar suas idéias,

usufruir das produções culturais, bem como analisar, interpretar e transformar o mundo que o

rodeia.

Sempre procuro ampliar meus conhecimentos e propostas para uma melhor qualidade

em minha pratica, e é nessa visão que busco atualizações, para assim cada vez mais aprimorá-

la. Segundo Borges (2004, p. 178), “Para a prática docente é fundamental que os professores

tenham um conjunto de posturas relativas a um saber ser e um saber fazer em sala de aula”.

Neste contexto de busca pelo conhecimento, a ação pedagógica é muito mais complexa, e

repensá-la é um grande desafio, dentro desta práxis procurei uma metodologia de ensino

apresentando roteiros para diferentes situações didáticas, conforme as tendências pedagógicas.

Perrenoud (2002) afirma que o professor em seu trabalho deve criar situações que estimulem

a capacidade de raciocínio de seus alunos, utilizando métodos alternativos para facilitar e

desenvolver o conhecimento, as habilidades destes. Busquei também orientações em minha

mãe, pessoa esta que tive sempre como referencial, pois encontrei dificuldades por não existir

apoio pedagógico onde leciono. Segundo Mattos (2001), os docentes no início da sua

profissão têm muito que aprender com um professor mais experiente, dessa maneira é

atribuído grande valor ao conhecimento da experiência prática. Neste sentido,Candau (1996,

p.146) afirma que “Os saberes da experiência fundamentam-se no trabalho cotidiano e no

conhecimento de seu meio, são saberes que brotam da experiência e são por eles validados”.

Após vários confrontos com a direção da escola no ano passado, pois a mesma só tem

no seu quadro 2 professores efetivos e 11 estagiários, consegui em uma luta solitária a

implantação de uma coordenação pedagógica, visto que os problemas ocorridos em sala de

aula tanto de indisciplina quanto da parte pedagógica eram apenas da responsabilidade do

professor e a direção sempre omissa.

Libâneo (2001, p.179) diz que:

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Dirigir uma escola é por em ação, de forma integrada e articulada, todos os elementos do processo organizacional (planejamento, organização, avaliação), envolvendo atividades de mobilização, liderança, motivação, comunicação, coordenação. A coordenação é um aspecto da direção, significando a articulação e a convergência do esforço de cada integrante de um grupo visando a atingir objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade de integrar, reunir esforços, liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas.

É de suma importância uma discussão da gestão participativa nas escolas, por

considerar que um trabalho em equipe pode favorecer a atuação de professores, de modo geral

e, em especial, de professores iniciantes, que estão começando a aprender e participar desse

contexto.

O Supervisor Educacional comprometido com o trabalho coletivo sente ecessidade de uma visão do todo escolar e da sua relação com o contexto. É aquele que procura a visão sobre, no interesse da função coordenadora e articuladora de ações. É também quem estimula oportunidades de discussão coletiva, crítica e contextualizada do trabalho (RANGEL, 1997, p. 147).

Atualmente leciono na mesma instituição, no 2º ano do Ensino Fundamental no turno

matutino, onde a coordenação nos dá apoio e subsídios para enfrentar os problemas existentes.

Procurando resolver os mesmos de forma eficaz, acontecem encontros pedagógicos semanais

e atendimento individual quando necessário.

Estou tendo a oportunidade de lecionar em uma turma do 5º ano no turno vespertino

em uma Instituição Particular, onde senti um choque, pois, as realidades são totalmente

opostas. Nessa instituição tenho apoio pedagógico e acompanhamento necessário para um

bom desenvolvimento da minha prática.

Creio na fundamental importância de procurar participar de atividades que dê

continuidade à minha formação, procuro sempre participar de seminários quando tenho

oportunidade e estou em uma formação continuada oferecida pela Secretaria Municipal de

Educação de Feira de Santana.

Nas palavras de Nóvoa (apud CANDAU, 1996, p.147):

A formação continuada deve alicerçar-se numa 'reflexão na prática e sobre a prática', através de dinâmicas de investigação-ação e de investigação-formação [...]. A formação contínua não pode ser entendida como processo de acumulação de cursos, mas sim como um trabalho de reflexão crítica a identidade pessoal e profissional do docente. Dessa forma, a formação contínua vem se modificando com o intuito de abrir novos caminhos para o desenvolvimento.

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Conforme Mendes Sobrinho (2002) “a formação continuada é importante para

minimizar as lacunas existentes na formação docente, ela deve contemplar a reflexão sobre

seu saber e seu saber-fazer”.

A experiência nestas escolas, nas quais assumo a função de regente, está sendo

definitiva para a construção da visão que tenho e da professora que estou me tornando.

Segundo Kant:

Educar é arte que precisa ser aperfeiçoada ao longo das gerações. E por ser arte, além da técnica depende do artista. É por isso que cada aula é única, pois esse momento de encontro/criação é único, tanto na vida dos alunos quanto na vida do professor.

Quando um professor afirma que é um professor, ele está dizendo entre outras coisas,

que trabalha com educação e aprendizagem. Eu acredito que ser professor é “ser um eterno

aprendiz” e além de tudo é ter paixão pelo lecionar, por está ali todos os dias, é algo que

contagia os alunos e que não pode ser fingido. E sou professora porque gosto de lidar com

pessoas que tem sentimentos e emoções, tendo a certeza que o meu trabalho contribui para

formação de cidadãos críticos aptos para enfrentar novos desafios dentro e fora do contexto

escolar.

REFERÊNCIA

BORGES, Cecília Maria Ferreira. O professor da educação básica e seus saberesprofissionais. 1.ed. Araraquara: JM, 2004.

BRITO, Antonia Edna. Formar Professores: rediscutindo o trabalho e os saberesdocentes. In: MENDES SOBRINHO, José Augusto de C;CARVALHO, Marlene A.(Orgs.) Formação de Professores e Práticas Docentes: olhares contemporâneos.Belo Horizonte: Autêntica, 2006. 208p.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Formação continuada de professores: tendências atuais.Formação de professores: tendências atuais, São Carlos: EdUFSCar, p.140-152, 1996.

KANT, Immanuel. Sobre a Pedagogia. 5 ed. São Paulo: UNIMEP, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001.

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MATTOS, Andréa Machado de A; MATTOS, Claudia Machado de A. O trabalho docente: reflexões sobre a profissão professor. Revista Presença Pedagógica. v. 7, n. 41, p. 69-73, set./out. 2001.

MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho. A formação continuada de Professores. In: Educação: saberes e práticas.Teresina, p.63-90, 2002.

PERRENOUD, Philippe. A formação dos professores no século XXI. Porto Alegre:Artmed, p.11-33, 2002.

RANGEL, M. Considerações sobre o papel do supervisor como especialista em educação na América Latina. In: RANGEL, M. e JUNIOR, S. C. (orgs.). Nove olhares sobre a supervisão. Campinas: Papirus, 1997.