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memorial 1... entendendo onde estamos. Pipe 01

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  • RESUMOMeu nome Talmay Rohrer Marques Costa Moo, nasci no dia 01/08/1995, sou

    cristo e o meu nome bblico, Talmay significa gigante; j os sobrenomes so um de cada

    av e av, tanto paternos quanto maternos. Meu pai se chama Roberto Marques Silva, minha

    me se chama Rita Clara Costa Barbosa Marques e minha irm, Roberta Rasoviti Marques

    Costa Moo.

    Meus hobbies preferidos so tocar violo e praticar esportes, principalmente esportes

    coletivos. Essas duas paixes surgiram desde a tenra idade, meu pai toca violo e eu gostava

    de imit-lo, da surgiu o gosto pelo instrumento que mais tarde aperfeioei com aulas, mas a

    maior parte aprendi em casa mesmo. Quanto aos esportes, meus familiares dizem que eu era

    muito eltrico e tinha uma grande inteligncia cinestsica e motora, isso serviu como um

    impulso para a prtica de esportes. Desde que me entendo por gente eu jogo futebol e futsal.

    Comea ento, logo cedo, uma tendncia para a educao fsica. Era a aula mais esperada e

    mais prazerosa. Tendncia que se tornou uma paixo.

    Hoje estou com 18 anos, sou graduando em educao fsica na Universidade Federal

    de Uberlndia, morando sozinho e distante de casa, mas em busca das minhas realizaes

    pessoais e profissionais, a distncia e a saudade so obstculos que tenho que superar a cada

    dia e quanto mais obstculos maior o sabor da conquista. Tentarei por meio deste memorial

    analisar de forma critica os fatos da minha vida que influenciaram as minhas escolhas atuais e

    dentre elas, a principal, a escolha acadmica.

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  • INTRODUO

    Meu nome Talmay Rohrer Marques Costa Moo, nasci no dia 01/08/1995, sou

    cristo e o meu nome bblico, Talmay significa gigante e Rohrer um nome alemo,

    representa para mim um lao com parte da famlia que mora na Alemanha. Nasci em uma

    cidade do interior de Minas Gerais chamada Salinas, popularmente conhecida como capital da

    cachaa. Sempre morei com meus pais, quando nasci morvamos junto com meus avs

    maternos e a primeira figura ligada a educao fsica que tenho vem de l, onde desenhei na

    parede um gol com um goleiro e era a brincadeira mais divertida chutar a bola contra a

    parede, isso aconteceu quando eu tinha 2 anos. Nessa poca minha av sempre brigava

    comigo pois as plantas dela ficavam todas quebradas por causa das minhas brincadeiras com

    a bola. Outro brinquedo que eu gostava muito era o violo. Passava o dia assim, ora jogando

    bola, ora tocando violo.

    FAMLIA, A MINHA BASE

    Minha irm nasceu quando eu tinha 2 anos e 4 meses, fiquei muito contente assim

    como toda famlia, mas tem um fato engraado que aconteceu em um dos ultrasons da minha

    me. Ela me levou e eu queria um irmo para jogar bola, se fosse uma menina ia s brincar de

    boneca. Se fosse menino iria se chamar Gabriel pois era um nome que eu gostava e meus pais

    apoiaram por ter um significado interessante, mas ao descobrir que no seria um Gabriel e sim

    uma menina eu chorei pelos corredores do hospital brigando com a minha me. Logo

    acostumei com a ideia quando fomos comprar algumas roupinhas para ela.

    Desde cedo eu sou apegado com a minha famlia de forma geral, mas especificamente

    com o meu pai. Pouco tempo depois que minha irm nasceu, ele ingressou em uma ps-

    graduao em Belo Horizonte, e a cada viagem que o meu pai fazia eu ficava doente, chorava

    muito e s passava quando ele voltava.

    Alm dos amigos do bairro, minha irm se tornou uma parceira nas brincadeiras.

    Gostava muito de ficar ao lado dela e dar boas gargalhadas. Quem no se divertia com essa

    ideia era a minha me, pois a baguna era em dobro.

    INCIO NA ESCOLA

    Entrei na escola com 3 anos e 6 meses. Foi no Colgio Presbiteiriano de Salinas que

    constru minhas primeiras amizades e relaes, muitas perduram at hoje. Minhas primeiras

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  • lembranas na escola so aps o meu aniversrio de 4 anos e muitas coisas ficaram gravadas

    na memria.

    At hoje sou muito apegado com a minha primeira professora, tia Dorinha, e com

    muitos amigos que entraram na escola junto comigo. O cantinho da arte era sempre uma das

    melhores partes da minha tarde na escola, todos pintavam, danavam e imitavam histrias ou

    animais. O meu desenvolvimento motor e o gosto pelos movimentos, faziam com que eu

    gostasse ainda mais do cantinho da arte.

    Meu av materno sempre fez questo de me levar para o colgio, ns iamos de

    bicicleta, para mim, um privilgio que a minha irm no teve.

    Meu pai trabalhava com ensino mdio na mesma escola e eu era tido pelos alunos dele

    como um mascote. Sempre tive boas relaes com todos ali. O fato do meu pai ser colega

    de trabalho dos meus professores me incentivava a participar mais das aulas e isso foi

    benfico para a minha formao acadmica, principalmente nas sries iniciais, pois tive uma

    boa base escolar.

    EDUCAO FSICA, PRIMEIRAS AULAS

    As minha primeiras lembranas de aulas de educao fsica vieram no 2 perodo.

    Tnhamos aulas de natao, recreao no parque do colgio e muitos jogos na quadra como

    pique-pega, escondendor, pega um pega todos, queimada, entre outros. Eu chegava em casa

    exausto pois queria participar de todos os jogos e desde cedo tinha um esprito competitivo

    muito forte. Como dizem na linguagem do futebol, eu no gostava de perder nem em par ou

    mpar.

    No 3 perodo comeei a ter algumas aulas de futsal, mas o foco at o pr-escolar era

    mesmo os jogos e a recreao. Mas nesse perodo da minha vida o movimento e as

    habilidades motoras sempre estavam presentes.

    A FORMATURA

    O ponto alto dos primeiros perodos da escola se encerrou na formatura do 3 perodo.

    A minha formatura foi, alm de uma cerimnia social, uma cerimnia religiosa na Igreja

    Presbiteriana de Salinas, igreja a queal eu frequentava com os meus pais e que tinha vnculos

    com o colgio.

    Cada formando teve a oportunidade de participar ativamente da formatura, fazendo

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  • juramento, homenagens, declamao de poemas e etc. Eu estava fazendo aulas de teclado h

    alguns meses, algo proporcionado pela igreja, e tive a oportunidade de tocar uma msica junto

    com o meu pai, eu tocando teclado e ele violo, enquanto uma colega cantava. Apresentamos

    a msica Vamos Construir de Sandy e Jnior.

    MUDANA DE ESCOLA

    Cursei a primeira srie do ensino fundamental, ou melhor, o segundo ano, no Colgio

    Presbiteriano ainda, mas no ano seguinte meus pais preferiram que eu estudasse em uma

    escola pblica, Escola Estadual Eldio Duque. No incio tive algumas dificuldades por ser

    novo na escola e na turma, mas isso logo se resolveu, fiz novas amizades devido ao futebol.

    O meu professor de educao fsica era o mesmo do colgio particular, isso tambm

    foi positivo para a minha integrao com os outros colegas no comeo. As aulas eram sempre

    dinmicas e divertidas , com esportes diferentes, o que me proporcionou conhecer e ter

    vivncia de uma maior quantidade de esportes logo nas fases de formao.

    Lembro bem das adaptaes feitas pelo professor Romualdo para alguns esportes. A

    cesta de basquete improvisada, bolas mais leves para a prtica do basquete, uso de materiais

    alternativos como o cabo de vassoura para o lanamento de dardo, tudo isso fazia a aula mais

    interessante.

    JCC

    Foi nessa escola em que comeei a treinar futsal. Tudo se iniciou com um projeto de

    um policial que era voluntrio, o projeto tinha por ttulo Jovens Construindo a Cidadania

    (JCC), eu j gostava de praticar esportes e esse projeto foi um incentivo maior. Alm da

    prtica do futsal, todos que faziam parte do time eram bons amigos, essa vivncia foi muito

    importante para o meu crescimento. O Sargento Carlos Henrique, carinhosamente carlinhos,

    com certeza teve um papel scio-educativo de grande valor na vida de cada um dos que

    estavam no projeto. O prprio nome do projeto mostra esse lado de formar no s atletas mas

    tambm cidados.

    O JCC me proporcionou amizades dentro do time e tambm na escola, pois sempre

    que jogvamos a torcida dos outros alunos da escola era muito grande. Os jogos eram

    realizados na prpria escola, geralmente durante algum intervalo. Eu era muito competitivo,

    alm dos limites, e foi justamente no JCC com o Carlinhos que eu aprendi a controlar isso,

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  • aprendi que o importante competir.

    Meu pai era meu f nmero 1, gostava de me ver treinar e jogar, ele sempre foi meu

    maior incentivador desde o comeo. A maioria dos pais dos atletas do JCC participavam

    ativamente do projeto como incentivadores, seja de forma financeira ou com o apoio nos

    jogos.

    A minha primeira viagem para jogos foi pelo JCC, aos 9 anos fomos convidados para

    fazer um dos jogos de abertura dos Jogos Internos de Minas JIMI, uma importante competio

    do estado de Minas Gerais. A abertura dessa competio foi fantstica, eram tantos atletas em

    busca de um s objetivo, a vitria, isso me deixou mais fascinado pelo esporte ainda.

    VIDA SOCIAL

    Nessa poca eu gostava muito de brincar na rua, a maioria dos meus vizinhos que

    estavam na mesma faixa etria que a minha saa para a rua para brincar logo aps a aula, no

    finalzinho da tarde. As brincadeiras eram as mais diversas possveis. Brincvamos de pega-

    pega, escondedor, queimada, rouba bandeira, peteca, derruba litro, elefante colorido, pegador

    de cruz, labirinto, golzinho aberto, entre outras. As minhas brincadeiras favoritas eram as que

    envolviam os aspectos do futebol, as que eram mais prxima de um jogo de futebol mesmo,

    como derruba litro e golzinho aberto.

    Por morar em uma cidade pequena e do interior, creio que minha infncia foi

    privilegiada no que se trata de brincadeiras. Diferentemente das crianas dos dias atuais, eu

    tive a oportunidade de subir em rvore com mais frequncia, durante a brincadeira de

    escondedor. A minha casa era prxima de uma pequena chcara, o filho do proprietrio era um

    grande amigo meu e junto com outros colegas sempre amos para a chcara andar a cavalo,

    tomar banho em uma lagoa que havia ali. E se batesse a fome o pomar possua uma grande

    variedade de frutas, podamos degustar manga, cana-de-acar, laranja, uva, carambola,

    goiaba, jatob, rom, entre outras deliciosas frutas.

    COMEO NO FUTEBOL DE CAMPO

    Foi nessa chcara que eu comeei a treinar futebol de campo, aos 9 anos. O Joaquim,

    vulgo Kinca, atual prefeito de Salinas - MG, proprietrio da chcara iniciou um projeto de

    escolinhas nos campos da chcara e eu era um dos integrantes. Sbado s 7 horas e 30

    minutos, era compromisso inadivel.

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  • O Kinca era empresrio e presidente de um time profissional de futsal, o Ciclo Dias. A

    estrutura que ele proporcionou para o projeto foi grandiosa, algo comparado com as

    categorias de base de grandes times. Tnhamos caf da manh, hidrotnico, roupa prpria de

    treino, timo espao fsico e materiais. Alm disso, sabendo da paixo do Carlinhos pelo

    futebol, ele o chamou para tomar frente do trabalho com as crianas e sempre pagava cursos

    para o Carlinhos ter uma melhor preparao na rea.

    Foi dentro desse cenrio que tive minha base ttica e tcnica mais importante dentro

    do futebol, pois mesmo jogando em times maiores posteriormente, os fundamentos obtidos no

    Ciclo Dias foram de suma importncia para o restante da minha formao esportiva.

    Posteriormente o projeto tomou dimenses maiores, o Kinca resolveu aumentar os dias

    de treino e chamou alguns atletas para formar uma equipe de futsal. Foi quando eu comeei a

    jogar futebol e/ou futsal todos os dias, no dava mais para tirar o gosto pelo esporte de dentro

    de mim. Segunda, Quarta e Sexta eram os dias do futsal, Tera, Quinta e Sbado eram os dias

    do futebol.

    Sempre disputvamos campeonatos na cidade e na regio. Os pais no perdiam

    nenhum jogo, principalmente o meu pai. Por fazer parte do projeto podamos entrar de graa

    para assistir os jogos da equipe principal do Ciclo Dias de futsal. Jogos do campeonato

    mineiro e copa do Brasil com times renomados.

    PRIMEIRO GRANDE CAMPEONATO

    O maior campeonato que disputei pelo Ciclo Dias foi o Campeonato Mineiro de Futsal

    de 2009, na categoria sub-15. O campeonato foi realizado na cidade de So Joo Del Rei,

    Minas Gerais. As 8 equipes participantes estavam divididas em duas chaves, o Ciclo Dias era

    da chave A, que tinha o Minas Tnis Clube de Belo Horizonte, uma equipe de nvel nacional.

    Estava participando do campeonato tambm o Praia Clube de Uberlndia, equipe de nvel

    estadual e o Clube Atltico Mineiro de Belo Horizonte, equipe de nvel nacional.

    Cada jogo era marcante para mim, pois era um sonho que comeava a ser mais

    prximo de mim, principalmente no jogo da semi-final contra o Praia por ser uma equipe

    maior e na final contra o Atltico Mineiro, infelizmente perdemos a final e ficamos em

    segundo lugar, mas visto que o nvel da competio era muito alto, o resultado foi gratificante.

    Logo aps o campeonato, por motivos polticos, o Ciclo Dias comeou a se destruturar

    e teve o seu fim.

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  • ESCOLA E CAMPEONATOS

    At a quarta srie do ensino fundamental, ou quinto ano, eu estudava no perodo

    vespertino, mas a partir da quinta srie, como era de costume na escola, as aulas passaram

    para o turno matutino.

    No incio eu tinha dificuldade para acordar. Os treinos me deixavam cansado e ainda

    tinha outras obrigaes como tarefas e trabalhos, mas isso no atrapalhou nas minhas notas,

    sempre fui bom aluno. Outro aspecto que no encarei como dificuldade, mas era algo

    diferente, foi o fato de ter mais professores e mais matrias, logo tinham mais trabalhos e

    tarefas.

    Na quinta srie eu joguei o meu primeiro JIED, Jogos Internos do Eldio Duque, um

    campeonato interclasse que movimentava todos os alunos da escola que estudavam no turno

    matutino. O JIED servia como uma espcie de seletiva para os times da escola para as

    Olimpadas Escolares de Salinas. O time de futsal da escola era praticamente o mesmo do

    antigo JCC, pois todos ainda continuavam estudando na escola.

    Foi a partir da quinta srie tambm que comecei a treinar handebol, o professor

    Romualdo era o tcnico. Eu achava o handebol um dos esportes mais divertidos para se jogar,

    por um lado minha estatura no ajudasse muito para a prtica desse esporte, mas por outro

    lado eu era muito rpido e gil, caractersticas importantes para o atleta que joga na armao

    do time de handebol.

    Joguei futsal e handebol nas Olimpadas Escolares de Salinas, esse campeonato

    classificava as equipes, ou melhor, as escolas que participariam do JEMG, Jogos Escolares de

    Minas Gerais, uma espcie do JIMI, que foi mencionado acima, porm com limite de idade e

    cada equipe representava uma cidade mas a equipe era formada por apenas uma escola, no

    caso a escola campe das Olimpadas Escolares. O Eldio Duque sagrou-se campeo no futsal,

    handebol e peteca. Porm a prefeitura no ofereceu recursos para que os atletas participassem

    do JEMG. Essa falta de incetivo da prefeitura se repetiu no ano seguinte.

    6 SRIE DIFERENTE

    Foi na sexta srie que conheci uma das pessoas mais especiais da minha vida, a

    Brbara. Nos conhecemos durante um treino de handebol do time da escola, eu j tinha visto

    ela na escola algumas vezes quando estudava no perodo vespertino, mas no havia nem se

    quer cumprimentado. O esporte me proporcionou alm de sade e bem estar, amizades muito

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  • especiais que vo durar pelo resto da vida. Porm a Brbara no foi s uma amiga,

    comeamos a conversar todos os dias na escola at descobrirmos que morvamos no mesmo

    bairro.

    Esse lao de amizade ficou mais forte e a cada dia descobria algo novo que me

    deixava com mais vontade de conhec-la melhor. Ela professava a mesma f que eu, ela

    frequentava a 3 Igreja Presbiteriana de Salinas e eu a 1 Igreja Presbiteriana de Salinas.

    Gostava muito de esportes assim como eu. Foi dessa amizade ento que comeamos a ficar.

    Foi um ano bem diferente, no tinha acontecido isso antes e eu ainda era muito novo,

    mas foi um incentivo maior para os treinos de handebol. Meu maior medo sempre foi de

    algum dia perder a amizade que tinhamos construdo, pois ela tinha se tornado uma grande

    amiga para mim e essa amizade ficava acima do fato de ns dois ficarmos.

    Comecei a frequentar a casa da Brbara e por uma grande coincidncia os nossos pais

    se conheceram em um congresso da igreja e se tornaram amigos tambm, o que facilitou

    nosso relacionamento.

    DE VOLTA PARA O COLGIO PRESBITERIANO

    Algo que me deixou um pouco triste foi o fato de voltar para o Colgio Presbiteirano

    em 2008, no oitavo ano do ensino fundamental, pois eu e a Brbara deixaramos de nos ver

    com tanta frequncia, mas por outro lado eu fiquei contente em reecontrar amigos e colegas

    que tinham estudado comigo at o segundo ano do ensino fundamental. O principal motivo

    para que eu voltasse a estudar em um colgio particular era a formao acadmica, devido a

    melhor formao dos professores e melhor material para estudos.

    Foi nesse ano que tive uma experincia diferente como aluno, meu pai seria meu

    professor de matemtica. De incio foi estranho, eu no sabia como trat-lo, mas a turma

    comeou a cham-lo pelo nome e eu tambm o chamava assim, h Roberto! Por vrias

    vezes dentro de casa eu usava o mesmo tratamento com ele, isso era engraado.

    Foi pelo Colgio Presbiteriano que disputei o meu primeiro JEMG, jogando handebol

    em 2008. Nosso time, treinado pelo professor Romualdo, chegou na fase estadual dos Jogos

    Escolares, ficamos em terceiro lugar. No ano seguinte a dose se repetiu, novamente ficamos

    em terceiro lugar na fase estadual. Em 2009 fomos campees do JIP's MG, Jogos Internos do

    Colgios Presbiterianos de Minas Gerais. Ganhamos o handebol e o futsal masculino.

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  • LONGE DE CASA

    Pouco tempo depois de completar meus 14 anos eu fui morar em Ipatinga MG, fui

    atrs do meu sonho de ser jogador de futebol. Cheguei no clube do Ipatinga quando o mesmo

    comeou a despontar nos campeonatos profissionais. Eu cheguei para o time no ano de 2009,

    no ano anterior um amigo meu de Salinas, o Wisner, tinha ido morar no alojamento do

    Ipatinga, isso facilitou o meu processo de adaptao em uma nova cidade, novos amigos,

    novos colegas e alm de tudo isso morando longe de casa pela primeira vez com pouca idade.

    Minhas dificuldades foram muitas como lavar roupa, aprender a se virar sozinho,

    controlar dinheiro, lidar com uma certa liberdade de estar distante dos pais mas cumprir com

    as obrigaes escolares e do prprio time e a saudade de casa e dos amigos.

    Fiquei 4 meses no clube do Ipatinga e essa experincia, junto com as viagens

    anteriores para alguns campeonatos, serviram de base para os anos seguintes que ficaria mais

    tempo fora de casa.

    VIDA NOVA EM SALINAS

    Voltei para Salinas no perodo de frias escolares mas no quis voltar para Ipatinga por

    causa da saudade de casa. Foi ento que comecei a estudar no Instituto Federal do Norte de

    Minas Gerais Campus Salinas. Eu estava cursando o primeiro ano do ensino mdio e

    cocomitantemente o curso de tcnico em informtica. No gostei muito do curso de tcnico

    em informtica, ao menos o primeiro ano que fiquei no IFNMG. Pois no ano seguinte eu fui

    morar em Belo Horizonte e mudei de escola. Mas gostava muito da aulas de educao fsica.

    O meu professor de educao fsica no primeiro ano era tcnico do time principal da

    Ciclo Dias. Ele foi um dos meus incentivadores na escolha do curso de educao fsica.

    Professor Murilo, mais conhecido como Murilo. Foi nesse ano que decidi fazer educao

    fsica, eu gostava muito da rea de exatas e sempre ficava em dvida entre engenharia e

    educao fsica, mas minha paixo pelo movimento e pelo esporte falou mais alto.

    NOVAMENTE EM BUSCA DE UM SONHO

    Em 2011 fui morar em Belo Horizonte, comecei a jogar no clube de um empresrio.

    Diferentemente da poca que passei em Ipatinga, em BH tive dificuldades para fazer

    amizades rpido, era algo do prprio clube pois no havia elenco fixo, os garotos s jogavam

    um ou dois cameponatos e iam embora. A estrutura do clube no era to boa e a saudade de

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  • casa foi maior ainda.

    Mas logo no primeiro campeonato que disputei eu joguei muito bem e fui convidado

    para jogar no So Caetano, clube do estado de So Paulo. Minha me ficou com um pouco de

    receio pois era mais longe de casa ainda, ela no estava muito acostumada com essa ideia de

    ter um filho longe de casa ainda. Mesmo no gostando muito da ideia ela permitiu que eu

    fosse.

    Fiquei no So Caetano 7 meses. Estava estudando no perodo noturno, no havia aulas

    de educao fsica e a escola no era boa. Disputei pelo time do So Caetano o campeonato

    paulista de 2011, Copa do Brasil de 2011 e o Campeonato Sul-americano de 2011. No fomos

    campees em nenhum desses cameponatos.

    No ano comeo de 2012 eu voltei para Salinas para disputar o campeonato Folha

    Regional pelo time da minha cidade. Cada jogo era uma rivalidade diferente pois eram

    cidades prximas com disputas no esporte antigas. Fomos campees e logo aps o final do

    campeonato eu fui para So Paulo novamente.

    UM SONHO MAIS PERTO DA REALIDADE

    Fui para o Palmeiras. Parecia que o sonho de ser jogador de futebol estava to

    prximo, eu me aplicava mais ainda nos treinos, no importava o cansao eu sempre fazia

    tudo at o final, a minha determinao na busca por este sonho era muito grande.

    Joguei o campeonato paulista de 2012 pelo palmeiras e, mesmo torcendo para o So

    Paulo, defendia o clube com unhas e dentes. No camepoanto paulista desse ano eu fiquei

    vislumbrado com a estrutura de um clube de nvel nacional como o Palmeiras. Jogos

    emocionantes contra grandes times como Santos, Corinthians e o prprio So Paulo.

    Lembro de uma cena engraada que aconteceu em Cotia, no centro de treinamento e

    jogos do So Paulo. Ns tnhamos ganhado o primeiro jogo no palestrinha, estdio onde

    jogvamos, por 2 a 1 em cima do So Paulo. O segundo jogo seria no centro de treinamento

    do So Paulo em Cotia, o maior centro de treinamento de clubes de base da Amrica Latina. A

    maioria dos garotos do Palmeiras no estava acostumada com tal estrutura, assim como eu.

    Perdemos o jogo por 3 a 0 pois ficamos olhando a beleza do lugar. Na poca no foi nada

    engraado. Esse jogo era a semi-final do campeonato paulista e infelizmente fomos

    desclassificados.

    Outro campeonato que joguei no Palmeiras foi o Campeonato Brasileiro de 2012. As

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  • viagens eram muito longas, algo que atrapalhava um pouco na escola, mas estudvamos em

    uma escola particular de um dos diretores de futebol do clube e a escola no fazia questo de

    ver as notas dos atletas, muitas foram as vezes que eu vi professores inventarem nota para

    alguns colegas passarem de ano, eu era contrrio a essa ideia e me esforava bastante para no

    depender de professores, outro motivo para eu estudar era o ENEM. O Campeonato Brasileiro

    terminou, ficamos em sexto lugar geral. O time se desfez pois no havia mais campeonatos.

    UM SUSTO... UM DESNIMO...

    Eu voltei para salinas e no final de 2012 comecei a namorar a Brbara, estava muito

    feliz pois tinha me dado bem durante o ano no Palmeiras e o meu relacionamento andava

    muito bem, porm passei o maior susto da minha vida jogando futsal. Eu no lembro de nada

    que aconteceu no dia 18 de dezembro de 2012. Me contaram que eu sa para jogar futsal com

    os amgos por volta das 17:00 horas. Em um lance do jogo eu chutei a bola e escorreguei, bati

    a cabea no cho, fiquei tonto e sa do jogo. Todos falaram que eu comecei a repetir as

    mesmas perguntas e o professor Romualdo, que estava jogando, resolveu ligar parar os meus

    pais. Fui para o hospital incosciente porm acordado. No hospital eu continuava repetindo as

    mesmas coisas, no me lembrava porque eu estava ali e s reconhecia meu pai e minha me.

    No dia seguinte minha memria comeou a voltar, mas mesmo assim eu no me lembro do

    que aconteceu naquele dia, tudo que sei foi por relato de quem estava perto de mim. Depois

    dessa cena eu fiquei desanimado para jogar futebol e at mesmo no dia a dia eu fiquei meio

    triste.

    UFU, MINHA REALIDADE!

    Mas logo nos primeiros dias do ano de 2013 viria o SISU. Eu tinha tirado uma tima

    nota no ENEM mas mesmo assim fiquei com receio de no passar na faculdade. A opo de

    curso j era lgica e clara, educao fsica, j a universidade foi por indicao de um

    professor de educao fsica amigo da minha me e depois de pesquisas vi que o conceito da

    Universidade Federal de Uberlndia no curso de educao fsica era um dos maiores em

    Minas Gerais, alm de ser a nica faculdade que proporcionava a oportunidade de fazer

    licenciatura e bacharelado ao mesmo tempo, mesmo que eu no quisesse atuar como docente

    mas era uma abertura maior para o leque de opes de trabalho.

    O resultado do SISU demorou 5 dias para sair e durante esse tempo eu no saa de

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  • casa, fiquei estressado sem saber se iria consegui, mal conversava com as pessoas e ficava o

    tempo inteiro na frente do computador esperando as atualizaes de notas. O resultado saiu s

    7:00 horas da manh mas o site congestionou, eu resolvi ligar em um nmero do programa do

    SISU para saber se eu tinha passado e fiquei muito feliz quando recebi a notcia.

    Depois de ter confirmado minha vaga no ensino superior eu realmente desisti de tentar

    ser jogador de futebol. Esse sonho j tinha me rendido muitas lgrimas, claro que muitas

    alegrias e amizades tambm, mas o futebol injusto e cruel, algo que depende de muita

    dedicao, esforo e vontade, mas s chegam a realizar o sonho um em um milho. Resolvi

    focar na faculdade ento, o sonho no tinha acabado, apenas mudado o foco.

    Devido a greve dos funcionrios pblicos meu curso s comeou em 20 de maio, at

    esse perodo eu aproveitei para ficar mais prximo da minha famlia, dos meu amigos e da

    minha namorada tambm.

    COMEO DE UMA NOVA JORNADA

    Eu estava muito ancioso para o comeo das aulas na universidade, afinal foram 5

    meses de espera. Me senti bem acolhido por todos e a saudade de casa foi amenizada por esse

    fator, mesmo a 680 quilmetros de casa. Pude criar boas e novas amizades em pouco tempo.

    Alguns mais prximos ainda que tenho como irmos, passo maior parte do meu tempo ao lado

    deles, pessoas que se tornaram to especiais em um curto espao de tempo e que jamais vou

    esquecer.

    Quanto ao esporte minha integrao foi rpida tambm. Logo comeei a treinar no

    time de futebol de campo da UFU e estamos disputando o campeonato amador da cidade.

    Logo no primeiro ms de curso j conquistei a minha primeira medalha dentro da faculdade,

    foi pelo time de handebol do curso de educao fsica na Super Copa Universitria. Hoje

    estou disputando alm do campeonato da cidade, as Olmpiadas Universitrias da UFU, estou

    jogando futebol, futsal e handebol pela Assossiao Atltica Acadmica da Educao Fsica,

    fantstico cada jogo, cada disputa, principalmente a rivalidade dentro das quadras e campo.

    Estou muito contente em ser um graduando em educao fsica, no existe outro curso

    para que eu pudesse fazer, estou me identificando muito com o curso e como disse um pouco

    atrs, o meu sonho de estar ligado ao futebol no tinha acabado, apenas mudado de foco,

    quero trabalhar com o esporte de alto rendimento, mais especificamente como Fisiologista do

    Exerccio na rea do futebol, este o meu primeiro plano para o futuro. J em um futuro mais

    16

  • prximo, quero tentar uma vaga para fazer intercmbio em Portugal, acho que seria uma

    experincia mpar, tanto pessoal quanto profissional e acadmica.

    como dizem: Vencedor quem faz da queda um motivo para se levantar ainda mais

    forte!. Meu foco e minha vontade de ser um bom profissional hoje so bem maiores do que

    na poca em que eu sonhava em ser jogador, hoje sou muito mais consciente do que devo

    fazer para alcanar meus objetivos, superando cada obstculo, aprendendo com os erros e

    tropeos mas sempre erguendo a cabea para seguir em frente.

    17

  • ANEXO 1 FOTOS PESSOAIS

    Roberto (pai), Rita (me), Roberta (irm)...

    Famlia h, famlia ah... Famlia! Meu firme alicerce para todos os momentos da vida.

    H mais dos nossos pais em ns do que possamos imaginar! William Shakespeare

    18

    Aquela com quem fiz bagunas, aquela que me acobertava em horas difceis, aquela que sempre me pedia um beijo antes de dormir. Algum que sempre vou defender e proteger. Mais que uma amiga... Mais que uma companheira... Mais que algum para pirraar e rir junto... Eu sempre vou te amar... Uma verdadeira irm!

  • Intimidades e brincadeiras que s a gente entende!

    19

    Turma da Formatura do 3 Perodo

  • 20

    Equipe Ciclo Dias (Futsal)

    Em p: Douglas, Anderson, Nikita, Adson, Talo, Bruno e Carlinhos

    Agachados: Biro, Wisner, Talmay, Kaique, Daniel e Henrique

    Equipe JCC

    Em p: Carlinhos, Talmay, Talo, Bruno, Matheus, Yure e Daniel

    Agachados: Filipe, Daniel, Kaio, Gabriel, Joo Pedro e Kaique

  • 21

    Equipe do Colgio Presbiteriano no JEMG 2009 (Handebol)

    Em p: Vitor, Mateus, Carlos, Jadston, rick e Romualdo

    Agachados: Gustavo, Talmay, Bruno, Paulinho e Iguinho

    Talo, parceiro no handebol!

    Campees do Campeonato Mineiro de Handebol Juvenil

  • 22

    Seleo de Salinas Campe daCopa Folha Regional 2012

    Seleo de Salinas Campe da Copa Folha Regional 2013

    A pessoa mais especial de todas, Brbara, uma irm que a vida me deu!

  • 23

    Relacionamento antigo que virou uma paixo, eu e um violo!

  • ANEXO 2 TEXTO PESSOAL

    Uma paixo natural!

    Longe de casa, h mais de uma semana, bem mais de uma semana... J final de

    semana e me dizem que eu devo estudar para ser um bom profissional, meu Deus, que vida

    essa? ser mesmo que quanto mais a gente rala mais a gente cresce? projetos, congressos,

    trabalhos, artigos... mal vejo o fim desse tnel, mas o presente me apresenta trabalho e mais

    trabalho! No to importante ganhar ou perder... basta evoluir! aquela velha histria,

    podem me tirar tudo que tenho, menos o conhecimento e as coisas boas que j fiz!

    Mas eu tenho o prazer de estudar, tenho o prazer de adquirir conhecimento... to

    gratificante aplicar todos conceitos em uma prtica com a qual j estou habituado. Podem

    criar outros nomes para outros 204 ossos humanos, podem criar mais 100 nomes esquisitos

    para os msculos do nosso corpo... que eu criarei uma forma divertida de estudar e aplicar na

    prtica! de que me valeria a teoria sem poder utiliz-la? Me sinto como os profissionais da

    educao fsica que j so formados, fico me imaginando dando uma aula, ensinando para

    crianas em uma escolinha, hidogrinstica para idosos, incentivar e estudar o atleta do alto

    rendimento, palestras para grandes platias, trabalhar um dia no lugar daqueles que tive como

    ponto de referncia!

    Tudo que exato demais torna-se previsvel, que me desculpe o meu pai , mas se eu

    fizesse engenharia eu iria achar um saco... to emocionante cada competio, to

    gratificante fazer parte de um grupo de profissionais que amam o que fazem, no por dinheiro

    ou por vontade da famlia, mas por realizao pessoal, por se identificar com o que fazem e

    quererem mergulhar nessa aventura. cada dia mais me encanto pelo que fao, no h curso

    melhor, e que se dane a opinio dos outros.

    Ed. Fsica (educa para os ntimos) paixo que no se explica, acontece!

    24

  • ANEXO 3 CURRICULUM LATTES

    25

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICASSANTOS, Gildenir Carolino. Roteiro para elaborao de memorial. Campinas, SP:

    Graf. FE, 2005. 10 p.

    SANTOS, Valdeci dos, Memorial Descritivo. Memrias da caminhada epistemolgica

    acadmico profissional com professora biloga. 2009. 135f. Memorial apresentado

    Universidade do Estado da Bahia como pr-requisito do processo de avaliao docente para

    progresso na carreira, da Classe de Professor Adjunto. Alagoinhas, 2009. In: Revista

    metfora educacional (ISSN 1809-2705) verso on-line, n. 5., 2007. 135p.

    26