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Atualidades

Política

Professor Fabrício Caetano

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Atualidades

POLÍTICA

SOCIEDADE TÉCNICO INFORMACIONAL

A política é o instrumento de transformação do espaço vivido (polis, para ir à origem etimológica da expressão política), sendo que neste espaço as relações interpessoais têm se potencializado com a técnica e estabelecendo-se uma sociedade técnica informacional – Manuel Castells -, sob a qual convive a população e a sua troca de informação, que se por um lado tem a positividade das trocas culturais, por outro tem a propagação das hoje chamadas “fake News”, outrora chamada por Sun Tzu de contrainformação, ou seja, inverdades para dispersar o inimigo do correto caminho.

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Pois esta sociedade informacional, que gestou a Revolta/Revolução da Primavera Árabe também se apresentou como palco para a série de protestos no Brasil, a partir do aumento da tarifa da passagem de ônibus em Porto Alegre, que fundamentou o fato político para mexer num processo que estava parado no judiciário e que foi lido no Brasil inteiro como “o protesto de Porto Alegre conseguiu fazer a passagem de ônibus voltar ao preço anterior” e destes protestos disseminaram outra enormidade potencializada pelas redes em suas relações de sociedade informacional.

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E nisto o Brasil vem seguindo a tendência mundial de polarização, resultando nos nossos famosos “coxinhas” e “petralhas”, simbolizando a dicotomia maniqueísta posta e desta dicotomia posta se sabe hoje os nomes dos ministros do STF, como nunca antes se soube, bem como a instabilidade afetiva sobre estes, uma vez que conforme a decisão judicial favorável ou contrária à sua visão política – e não à Constituição Federal – passa-se a admirar ou a enojar-se, trazendo-nos à pós-verdade.

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FAKE NEWS E A PÓS-VERDADE

Dois assuntos que permeiam nossa polis técnico informacional são as pós-verdades, como vimos, como aquela “verdade que é muito mais interessante e esqueceu de acontecer”, bem como as notícias falsas implantadas para induzir o leitor que busca informação ao erro de juízo.

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E frente a este cenário de fake news tão potencializado pelo meio informacional, o TSE promete se mobilizar para diminuir os efeitos destas ações, podendo ter o pleito eleitoral nulo caso seja constatado que este tenha sido eivado pelas fake News, pois conforme a USP 12 milhões de pessoas as compartilhou em junho do ano passado.

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Para tanto, após uma série de utilizações das redes sociais para difusão das fake News, redes sociais como o Facebook vêm adotando uma postura de minimizar este que está se tornando um hábito e para tanto passou a fazer parceria com entidades como a AFP e a Associated Pres, nos EUA, cujos sócios são membros da Rede Internacional de Fact-Checking (IFCN), desta forma busca apresentar as fontes junto à Wikipedia, bem como outras informações. Contudo tal instrumento vem sofrendo resistência junto a movimentos como o MBL, que afirma ser uma censura a pensamentos de direita. De outra banda, frente à realidade posta, o Congresso também forma uma Frente Parlamentar de Combate às FAKE NEWS, esta também vista por setores da imprensa como uma possibilidade de censura.

De qualquer sorte é importante acompanhar os projetos de lei sobre o tema:

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Entretanto além da citada frente parlamentar, além dos projetos de lei citados, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou as regras para eleição indireta frente ao cenário nacional posto, mas ainda segue todo o trâmite legislativo até a sua vigência.

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Sendo que tal cenário, considerando a margem cronológica de 2017, nos leva à denúncia pela primeira vez de um presidente da república e assim sendo à Operação Carne Fraca, que investiga as grandes empresas frigoríficas brasileiras sobre a adulteração de seus produtos para mascarar a validade os vender tanto no mercado interno, quanto no externo, tudo isto sobre a complacência do Governo. E voltando ainda um pouco mais vamos à Operação Lava Jato e as suas várias consequências, entre elas os diálogos gravados do Senador Romero Jucá (PMDB-RR) com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado e o famoso “estancar a sangria”, “acordão”, etc ... pois em 2017 tais diálogos foram considerados como “meras cogitações” pela Polícia Federal, entretanto nestas “cogitações” foi falado que neste acordão a ser montado tinha um ministro inacessível, que era um técnico burocrata e o 2017 inicia já com a morte de Teori Zavascki, o Ministro do STF inacessível.

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E para o lugar do Ministro Teori Zavascki foi escolhido o polêmico – recém – ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que entre tantas polêmicas vão desde a sua ex-filiação partidária, passando pela “sua” teoria de não nomeação ao STF de pessoas próximas ao governo, como foi o seu caso, à ligação indireta à advocacia para empresa laranja ligada ao PCC.

Voltando então à Operação Carne Fraca, temos a Exame explicando as fases desta Operação até o dia de hoje, desta forma vamos ver:

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Em meio a tudo isto, o presidenciável de nossa última eleição Aécio Neves surge com uma nova face para tantos no momento em que é acusado de corrução e junto a esta corrupção os planos de assassinato do seu primo caso fosse necessário. Segundo o Senador em atividade, o dinheiro envolvido no caso se trata da venda de um apartamento da família, frente a isto houve a determinação de afastamento pelo STF, derrubada pelo Senado em 17/10/17, garantindo a estada laboral do Senador naquela casa.

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Em meio a tudo isto Temer consegue aprovar a Reforma Trabalhista, entretanto não tem o mesmo sucesso na Previdenciária, atribuindo à delação da JBS tal insucesso. Reforma que por sinal é defendida pelo setor empresarial afirmando que o sistema quebrará, entretanto outras entidades como a OAB e a Auditoria Cidadã da Dívida, esta capitaneada pela Maria Lúcia Fattorelli (Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil Aposentada, ex-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, é Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida desde a fundação do movimento no ano 2001, com diversos livros publicados no país e exterior. Atuou como membro da Comissão de Auditoria Integral da Dívida Pública do Equador; assessora técnica da CPI da Dívida Pública na Câmara dos Deputados do Brasil e do Comitê da Verdade sobre a Dívida Pública instituído pelo Parlamento Grego para realizar auditoria da dívida pública da Grécia) afirmam que o sistema é superavitário por se tratar constitucionalmente de Sistema de Seguridade Social, logo não podendo analisar a previdência de forma isolada, mas sim inserida na Seguridade, como previsto na Constituição Federal.

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Assim, como dito, uma importantíssima modificação legislativa foi a Reforma Trabalhista, que moraliza a Justiça do Trabalho para uns e apenas escarneia o trabalhador por outro. Desta forma um dos destaques desta nova legislação é o “acordado sobre o legislado”, que visa colocar o empregador e empregado em pé de igualdade, podendo negociar o gozo de férias, sendo uma das parcelas de no mínimo 15 dias, outra foi jornada, que de 8 pode passar a 12 horas diárias, com 36 horas de descanso, o tempo in itinere deixa de valer, arcar com as custas, bem como com os honorários de sucumbência (pagamento que se faz ao advogado da outra parte em caso

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de perda no processo), entre tantas outras. O fato é que a consequência imediata foi a drástica redução de ações trabalhistas.

Nisto, para ser aprovado de uma forma mais célere, o Governo lançou uma medida provisória, que já expirou; contudo várias são as dúvidas sobre a constitucionalidade da Reforma, mas o STF vai adia as decisões.

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E falando em questões trabalhistas, a Atualidade do momento no Brasil é a greve dos caminhoneiros, com apoio de muitos, inclusive do setor empresarial e por isto vista pelo Governo como locaute, ou seja, uma greve patrocinada pelos empregadores, fato ilegal conforme o art. 17 da L. 7.783/89, entretanto vista como legítima por considerável parcela dos brasileiros, como vem sendo apresentada pela mídia. Pleitos diversos vem acompanhando a greve em função do preço do diesel, como a intervenção militar, entretanto a única intervenção que houve até o momento foi no sentido que abrandar a greve e garantir a chegada dos caminhões de combustível nos postos de combustível.

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Tal fato, por óbvio ao estar tão próximo do pleito eleitoral, tem sido analisado pelos presidenciáveis, como Álvaro Dias (Podemos) afirmando "Que se coloquem na cadeia aqueles que assaltaram a Petrobras, e não cobrem essa conta do povo brasileiro"; já Ciro Gomes (PDT) ataca a política de preços de Pedro Parente como podemos ver ao falar que “A política de preços de Pedro Parente e do Michel Temer é uma fraude que fez uma nação inteira de refém, a economia inteira de refém, para beneficiar meia dúzia de acionista minioritários”; de outra banda Geraldo Alckmin (PSDB) joga a crítica sobre a carga tributária ao dizer que "o problema do diesel é o preço, resultante da carga tributária", e também a "imprevisibilidade dos aumentos, que inviabiliza a vida de quem trabalha e produz". "Agora, por mais justa que seja a causa, nenhuma categoria pode fazer o país inteiro seu refém. É preciso ter autoridade para resolver este problema”; seguindo com Guilherme Boulos, vai ao encontro de Ciro Gomes aponta Pedro Parente e Michel Temer como os grandes responsáveis, nisto afirma que a "empresa pública deve servir a população, não gerar lucro para acionistas”; indo noutro sentido Henrique Meirelles (MDB), candidato governista, ressalta a liderança de tal movimento grevista ser um ideólogo político ligado aos empresários: "É inaceitável que, além dos problemas graves e reais dos preços do petróleo e derivados, haja um componente político-ideológico e empresarial nessa aliança de entidades politicamente engajadas com empresas transportadoras”; por sua vez Jair Bolsonaro (PSL) diz "Caminhoneiros, parabéns. Vocês estão fazendo uma coisa muito importante, mais até do que as eleições. Eu só peço uma coisa a vocês: não bloqueiem a estrada", disse o deputado, que responsabilizou "infiltrados do PT ou da CUT”; assim como, mesmo preso, Luís Inácio Lula da Silva (PT) afirma "'A que ponto nós chegamos? O preço da gasolina, uma greve desse porte, e cadê o governo? O governo não faz nada”; e no mesmo sentido Manuela D’Ávila PCdoB ataca a insuficiente de ação governamental pela ilegitimidade do Governo posto da seguinte forma "Sem autoridade pra negociar saídas, sem legitimidade nenhuma, Temer coloca o Brasil inteiro sob GLO [Garantia de Lei e da Ordem]. Essa é a solução improvisada de Temer para a crise”; e, por fim, Marina Silva (Rede) chamou atenção sobre a Petrobras seguir as regras de mercado: "Você segue a lógica de mercado, porque fazendo no olho do furacão com a pressão política, a mensagem que passou externamente é que a Petrobras não está se comportando de acordo com as regras do mercado", declarou. "E aí vai uma desvalorização das ações da Petrobras na ordem de 11%."

Em meio a tudo isto, como citado, temos o ex-presidente e presidenciável Luís Inácio Lula da Silva preso em função da Operação Lava Jato, que começou a partir da investigação sobre lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, a partir da Operação Miqueias, que o grampeou e, entre outras, acompanhou o doleiro presenteando Paulo Roberto Costa, então Diretor de Abastecimento da Petrobrás, com uma Land Rover motivando então as investigações da Petrobrás e com isto sendo deflagrava a Lava Jato. Entre outros fatos, fora investigado os prejuízo que a Odebrecht deu na Petrobras, bem como em julho de 2017 houve a condenação de Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por aceitar propina da OAS para facilitar ações junto à Petrobas, tento a sua pena aumentada pelo TRF4 em janeiro de 2018, resultando na dúvida sobre a sua candidatura frente a Lei da Ficha Limpa, LC 135/10, de iniciativa popular a partir de Marlon Reis.

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Além de Lula, outros pré-candidatos ficam na mira das operações ao perder seus foros privilegiados, contudo o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, tem a competência (quem julga) de seu processo declinada à Justiça Eleitoral.

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Outra polvorosa é a declaração de alguns militares, como a do General de Exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa que afirma ser necessário a intervenção militar em caso de eventual eleição de Lula. Ocorre que muita confusão sobre a expressão “intervenção” vem ocorrendo, como por exemplo a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, que ocasionalmente teve como interventor um militar da ativa, entretanto tal decisão foi ocasional por parte do Presidente Temer, logo não precisaria ser um militar por ser uma INTERVENÇÃO FEDERAL e NÃO MILITAR.

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Contudo um fato muito triste que ocorreu durante o período, que ainda vige, de Intervenção Federal foi o assassinato da Vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, fato que segue sob investigação criminal.