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Poder de polícia Fiscalização Licenciamento Ambiental Fundação Educacional Serra dos Órgãos Centro Universitário Serra dos Órgãos Centro de Ciências Humanas e Sociais Curso de Direito Disciplina: Direito Ambiental – Profa. Tatiana Calandrino

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Page 1: Poder de polícia Fiscalização Licenciamento Ambiental Fundação Educacional Serra dos Órgãos Centro Universitário Serra dos Órgãos Centro de Ciências Humanas

Poder de políciaFiscalização

Licenciamento Ambiental

Fundação Educacional Serra dos ÓrgãosCentro Universitário Serra dos ÓrgãosCentro de Ciências Humanas e SociaisCurso de DireitoDisciplina: Direito Ambiental – Profa. Tatiana Calandrino

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Poder de polícia Poder de polícia – limitação da liberdade individual em nome da ordem

pública CTN, Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração

pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.  interesse do Estado x interesse público Estado de polícia x Estado de Direito

Obrigatoriedade de atuação em matéria ambiental

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Fiscalização Ambiental Fiscalização/Controle x licenciamento - “controle ambiental é um

poder-dever estatal de exigir que as diferentes atividades humanas sejam exercidas com observância da legislação de proteção ao meio ambiente, independentemente de estarem licenciadas ou não. (Antunes)

O licenciamento é um tipo específico de controle ambiental preventivo. O controle ambiental repressivo se manifesta através de sanções.

Licença (ato vinculado) x autorizações (ato discricionário) A licença ambiental possui características que a diferenciam das

demais licenças administrativas, pois poderá sofrer alterações ou até mesmo ser revogada, não constituindo direito adquirido.

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LC 140/2011 – denúncia

Art. 17, § 1o  Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.

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Licenciamento ambiental - definição “Resolução CONAMA nº 237/97 - Licenciamento Ambiental:

procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.”

Segundo o IBAMA, “licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressivas características a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas como parte do processo”.

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Licenciamento Ambiental As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na

Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente foi publicada a Lei Complementar nº 140/2011, que discorre sobre a competência para o licenciamento, aplicável apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciados a partir de sua vigência. (art. 18)

Segundo Antunes, a LC 140/2011 estabelece como regra geral a competência dos Estados, excetuando os casos de competência federal como empreendimentos no mar territorial – petróleo e gás, áreas que ultrapassam limites de um Estado e unidades de conservação federais.

Critérios – dimensão do impacto (local, regional, nacional); dominialidade do bem; localização do empreendimento.

Há licenciamentos estaduais e federal e também municipais. RESOLUÇÃO INEA Nº 26 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010 - altera a resolução INEA nº 12,

de 08 de junho de 2010, que dispõe sobre os empreendimentos e atividades cujo licenciamento ambiental pode ser transferido aos municípios, por meio de convênio.

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Atividade sujeitas ao licenciamento Nos moldes do artigo 2º,§1º da Resolução CONAMA 237/1997, estarão

sujeitas ao licenciamento ambiental as atividades relacionadas no anexo I da citada Resolução.

Trata-se de rol não taxativo, pois o ente ambiental poderá complementá-lo, fundamentando a necessidade, conforme as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade.

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Licenciamento ambiental – processo ou procedimento administrativo?

Em que pese a Res. 237/97 falar em procedimento, Antunes defende que o licenciamento ambiental deve ser visto como processo administrativo, não mero procedimento, devendo ser aplicadas as previsões da lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que “Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal”

Princípios da Administração Pública – CRFB 88, art. 37 - Legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência

(“garantismo ambiental” – recursos, revisão de provas, presunção de inocência. Todavia, o que se garante em matéria ambiental não é direito à liberdade e à vida tal como assegurados em direito penal, mas o direito à propriedade e ao lucro.)

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LC 140/2011

Art. 13.  Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 

§ 1o  Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. 

§ 2o  A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador. 

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LC 140/2011 Art. 17 - “compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou

autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada”.

§ 2o  Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. 

§ 3.º - o disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput”.

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Atuação supletiva LC 140/2011 Art. 2º, II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente

federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar; 

Art. 15.  Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: 

I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; 

II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e 

III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos. 

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Ação subsidiária

LC 140/2011, Art. 2º, III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar. 

Art. 16.  A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. 

Parágrafo único.  A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar. 

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LC 140/2011 Art. 7o  São ações administrativas da União:  XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:  a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;  b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva;  c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;  d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de

Proteção Ambiental (APAs);  e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;  f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo,

aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no

97, de 9 de junho de 1999;  g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em

qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou 

h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento; 

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LC 140/2011Art. 8o  São ações administrativas dos Estados: 

XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o; 

XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 

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LC 140/2011Art. 9o  São ações administrativas dos Municípios: 

XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: 

a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou 

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 

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Caso licenciamento do Posto Garrafão O posto de gasolina atualmente está localizado no interior do PARNASO,

uma unidade de conservação de proteção integral decretada pela União. explora a atividade comercial no local há 48 anos,

Em julho de 2010 no processo de renovação da licença de operação, aceitou condição resolutiva para encerramento das atividades em 5 anos.

Posto ingressou com ação requerendo desconsideração do acordo e manutenção de suas atividades com base na alegação de que suas atividades foram iniciadas antes da delimitação do Parque.

INEA ou IBAMA?

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Licenciamento federal

Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990 + Resoluções, Portarias e Instruções Normativas

A Diretoria de Licenciamento Ambiental é o órgão do Ibama responsável pela execução do licenciamento em nível federal.

grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental.

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Licença Prévia Res. 237/97, art. 8º Licença Prévia (LP) – “concedida na fase preliminar do

planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação”.

Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.

IBAMA exige apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) na fase de licença prévia. Para Antunes, EIA não deveria ser exigido antes da licença prévia.

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Estudo e Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA Documento técnico-científico compostos por: Diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e

socioeconômico; Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos e elaboração de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e Programas de Acompanhamento e Monitoramento.

O RIMA é o documento público que reflete as informações e conclusões do EIA e é apresentado de forma objetiva e adequada a compreensão de toda a população.

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Relatório ambiental simplificado (RAS) Lei Estadual (RJ) n° 1.356, de 3 de outubro de 1988

Resolução Conema nº 29, de 04 de abril de 2011. A expedição da Licença Ambiental de atividades ou empreendimentos sujeitos à

elaboração de RAS será de competência do Conselho Diretor do Inea (Condir/Inea), conforme previsto no inciso I do artigo 57 do Decreto Estadual nº 41.628, de 12/01/2009

O prazo para avaliação do RAS será de no máximo 90 (noventa) dias, contados a partir da data de publicação de seu aceite. O RAS será acessível ao público, permanecendo uma cópia à disposição para consulta dos interessados no endereço eletrônico e na Biblioteca do Inea.

O Inea poderá decidir, em até trinta dias após a apresentação do RAS, pela realização de Reunião Técnica Informativa (RTI)

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Res. CONAMA nº 1/86 Art. 2º - Dependerá de elaboração de estudo de

impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e

produtos químicos; IV - Aeroportos, conforme definido pelo inciso I,

artigo 48, do Decreto-lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos

coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica,

acima de 230KV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos

hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;

VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidos no Código de Mineração;

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

XI - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a forma de energia primária, acima de 10 MW;

XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);

XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;

XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;

XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, derivados ou produtos similares em quantidade superior a dez toneladas por dia.

XVII - Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termo percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.

ROL EXEMPLIFICATIVO E NÃO TAXATIVO!

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Responsabilidade pelo EIA Res. CONAMA nº 237/97 Art. 11 - Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados

por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor.

Parágrafo único - O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.

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Licença de Instalação (LI)

Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante

O prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem desmatamento depende, também, de "Autorização de Supressão de Vegetação".

Plano Básico Ambiental (PBA) que detalha os programas ambientais necessários para a minimização dos impactos negativos e maximização dos impactos positivos, identificados quando da elaboração do EIA.

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Licença de Operação (LO) Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da atividade ou

empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a 10 (dez) anos.

conjunto de relatórios descrevendo a implantação dos programas ambientais e medidas mitigadoras previstas nas etapas de LP e LI.

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Intervenção de outros órgãos Ato complexo Termo de referência (TR): documento elaborado pelo IBAMA que estabelece o

conteúdo necessário dos estudos a serem apresentados no processo de licenciamento ambiental;

Portaria Interministerial no 419, de 26 de outubro de 2011

Órgãos Ambientais (OEMAs) envolvidos no licenciamento Órgãos Federais de gestão do Patrimônio Histórico (IPHAN), das Comunidades Indígenas (FUNAI), de Comunidades Quilombolas (Fundação Palmares), de controle de endemias (Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde), entre outros.

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Renovação da licença

LC 140/2011, art. § 4o  A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 

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Taxas

LC 140/2011, art. 13, § 3o Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.

Na seara federal, a Lei 10.165/2000 instituiu a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA, alterando a Lei 6.938/1981.

hipótese de incidência - exercício do poder de polícia pelo IBAMA para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais.

Os sujeitos passivos da TCFA encontram-se arrolados no anexo VIII, da Lei 10.165/2000, e o aspecto temporal do fato gerador é trimestral, sendo isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais.