plano municipal integrado de saneamento bÁsico … · 3.2 cenários para o sistema de...

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PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO DE TRAMANDAÍ

PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

ETAPA – D (PRELIMINAR)

RELATÓRIO DE PROGNÓSTICO

OUTUBRO/2013

_________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________ Avenida Cristóvão Colombo nº 2240/cj.702 – Floresta – Porto Alegre / RS-CEP 90.560-002 Tel./Fax:(51) 3363-4900/(51) 3363-4920 Site: www.beckdesouza.com.br/ CNPJ: 91.806.884/0001-80

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 6

2. PROGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO ..................................................................................................... 7

2.1 Estudo Populacional .............................................................................................. 8

3. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS PARA HORIZONTE DE 20 ANOS. ............................ 12

3.1 Projeção das Demandas de Serviços com Base no Plano Diretor ....................... 18

3.2 Cenários para o Sistema de Abastecimento de Água .......................................... 19

3.2.1 Considerações. ............................................................................................. 21 3.3 Cenários para o sistema de esgotamento sanitário ............................................. 21

3.4 Cenários para limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. ............................. 24

3.4.1 Considerações .............................................................................................. 27

3.5 Cenário do Sistema Drenagem Urbana e manejo das águas pluviais .................. 28

3.5.1 Demandas Atuais ......................................................................................... 28

3.5.2 Cenário de Ocupação Futura - Plano Diretor Municipal ................................ 30

3.5.3 Cenário Futuro (Longo Prazo) ...................................................................... 31

4. SELEÇÃO DO CENÁRIO NORMATIVO ..................................................................... 34

5. ALTERNATIVAS DE COMPATIBILIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO ......................................................................................... 37

5.1 Levantamento do potencial de fontes hídricas para abastecimento ..................... 37

5.2 Compatibilização com o Plano de Bacia .............................................................. 37 5.3 Abastecimento de Água ....................................................................................... 38

5.3.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências ................................................... 39 5.4 Esgotamento Sanitário......................................................................................... 40

5.4.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências ................................................... 40 5.5 Resíduos Sólidos ................................................................................................. 40

5.5.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências ................................................... 41

5.6 Drenagem pluvial urbana ..................................................................................... 41

5.6.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências ................................................... 42

6. IDENTIFICAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO .................................................................................................................. 43

6.1 Alternativas institucionais dos serviços públicos de saneamento básico .............. 43

6.1.1 Melhor relação custo-benefício ..................................................................... 45

6.1.2 Melhorias de infra-estrutura .......................................................................... 45

6.1.3 Instalações mais eficientes e modernas ....................................................... 46

6.1.4 Manutenção dos níveis ................................................................................. 46

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6.1.5 Flexibilidade.................................................................................................. 46

7. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 48

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LISTA DE TABELAS Tabela 1- Taxas de Crescimento Geométrico Urbano Adotado - IBGE (%aa) ..................... 8 Tabela 2- Taxas de Crescimento Geométrico Rural Adotado - IBGE (%aa)......................... 8 Tabela 3- -Projeção Populacional urbana de Tramandaí ................................................... 10 Tabela 4- -Projeção Populacional rural de Tramandaí ....................................................... 11 Tabela 5- – Dados referentes ao sistema de agua. ............................................................ 13 Tabela 6- - Dados referentes ao sistema de esgoto. .......................................................... 14 Tabela 7- Dados referentes ao sistema de resíduos .......................................................... 14 Tabela 8- - Dados referentes ao sistema de drenagem. .................................................... 15 Tabela 9- Projeção de demandas para o abastecimento de água...................................... 16 Tabela 10- Projeção de demandas para o abastecimento de esgoto ................................. 16 Tabela 11 - Projeção de demandas para o manejo de resíduos ........................................ 17 Tabela 12- Projeção de demandas para o sistema de drenagem urbana. ......................... 17 Tabela 13- Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - Número de Economias e ligações equipamentos. ............................................................. 19 Tabela 14- Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - Rede de Abastecimento ..................................................................................................... 19 Tabela 15 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - RESERVAÇAO .................................................................................................................. 20 Tabela 16 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Esgotamento Sanitário - Ligações e investimentos em esgoto ................................................................................. 22 Tabela 17 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Esgotamento Sanitário - Rede Coletora, interceptores e elevatórias. ....................................................................... 22 Tabela 18 - Levantamento de necessidades para o sistema de esgotamento sanitário - tratamento de esgotos sanitários. ...................................................................................... 23 Tabela 19 - Área rural - esgotamento sanitário sistemas alternativos e investimentos ....... 23 Tabela 20 – Coleta de Resíduos Domiciliares Custos ........................................................ 25 Tabela 21 – Custos com Serviços de Coleta Seletiva e Valorização de Resíduos Domiciliares ....................................................................................................................... 25 Tabela 22 – Coleta Seletiva e Valorização por Reciclagem ............................................... 26 Tabela 23 – Arrecadação anual do sistema referente a cobrança de taxas de resíduos .... 26 Tabela 24 – Levantamento das necessidades em Drenagem Urbana. .............................. 33 Tabela 25 – Faturamento e investimentos estimados para o Sistema de Abastecimento de Água .................................................................................................................................. 35 Tabela 26 – Faturamento e investimentos estimados para o Sistema de Esgotamento Sanitário ............................................................................................................................ 35 Tabela 27 – Comparativo de custos com coleta, destinação final e valorização de resíduos sólidos domiciliares. ........................................................................................................... 36 Tabela 28 – Levantamento das necessidades em Drenagem Urbana. .............................. 36

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Curva de crescimento demográfico da área urbana .............................................. 9 Figura 2: Curva de crescimento demográfico rural ............................................................... 9

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1. APRESENTAÇÃO

A empresa Beck de Souza Engenharia Ltda; apresenta o Relatório da ETAPA D referente

ao “Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Tramandaí", conforme o

objeto do contrato.

Este documento se refere à primeira etapa de cumprimento do contrato relativo ao Edital

077/2013 da Prefeitura Municipal de Tramandaí, cujo objeto é a contratação de serviços

técnicos especializados em meio ambiente e saneamento para assessoria na elaboração do

plano municipal de saneamento básico do município.

De acordo com a Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o

saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico, os municípios devem

elaborar seus Planos de Saneamento, para que este seja parte integrante do Sistema

Municipal. O referido Sistema é composto pelos seguintes instrumentos:

Plano Municipal de Saneamento;

Lei Municipal de Saneamento, que terá o Plano como base;

Conselho Municipal de Saneamento;

Agencia Regulatória de Saneamento.

O Plano deve especificar a situação atual e futura, a partir da discussão de cenários de

referência, dos setores de:

Abastecimento de água;

Esgotamento sanitário;

Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais;

Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana.

Para tanto, e necessário que o processo de esteja de acordo com o que preconiza o

Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001), que define que o acesso aos serviços de

saneamento básico é um dos componentes do direito à cidade e os planos municipais devem

ter a participação e acompanhamento da sociedade civil para aumentar sua eficácia e controle

social.

Este relatório constitui o “Produto D” que trata da “Prospectiva e Planejamento Estratégico”.

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O contrato entre a prefeitura e a empresa consultora prevê o assessoramento técnico aos

membros do Comitê Executivo para Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico,

através da emissão de Pareceres, Laudos, fundamentações técnico científicas, recomendações

técnicas e relatórios técnicos necessários ao cumprimento das etapas e produtos inçados a

seguir:

Plano de Mobilização Social;

Diagnostico Técnico Participativo;

Prospectiva e Planejamento Estratégico;

Programas, Projetos e Ações;

Plano de Execução;

Procedimentos para avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico.

2. PROGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO

A partir do dados obtidos no diagnóstico dos setores de saneamento (FASE C) e das

discussões ocorridas no município com os membros da administração pública, empresas

terceirizadas com atuação no saneamento do município, entidades e comunidade participante

das audiências, foram gerados os prognósticos com o auxílio de projeções populacionais e de

demandas de serviços com suas respectivas estimativas de custos.

As projeções das demandas por estes serviços foram estimadas para o horizonte de 20

anos, a partir do estudo populacional, que aliado ao diagnóstico (FASE II), auxiliou na

proposição de metas que foram discutidas no município. Tais metas foram trabalhadas na

seguinte ordem cronológica em relação a seus custos e prioridades de implementação:

Imediatas ou emergenciais – até 3 anos;

Curto prazo – entre 4 a 9 anos;

Médio prazo – entre 10 a 15 anos;

Longo prazo – entre 16 a 20 anos.

As metas e alternativas propostas no Plano Municipal de Saneamento Básico devem ser

revisadas e atualizadas constantemente, no mínimo a cada quatro anos, por orientação da Lei

11.445/2007, focando sempre a melhoria da salubridade, a otimização dos investimentos e a

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integração dos setores componentes do saneamento, visando buscar a universalização do

atendimento e a equidade dos serviços.

2.1 Estudo Populacional

O prognóstico deriva do estudo populacional, que levou em consideração os dados dos

censos disponíveis considerando ajustes em função de distorções provocadas por

emancipações ou a falta de dados populacionais históricos. Foi considerada a população rural

e urbana de forma isolada, bem como suas respectivas taxas de crescimento, possibilitando

quantificar ações e investimentos ao longo dos 20 anos de abrangência do Plano de forma

mais específica.

Como as populações rurais do município, apresenta um declínio e as áreas urbanas

evoluem de forma oposta, foi preciso avaliar separadamente as taxas de crescimento ou

declínio populacional para realizar as projeções.

Os dados a seguir mostram que Tramandaí apresenta um declínio da população rural,

enquanto a população urbana tem crescido de forma constante. Os dados populacionais

históricos do município são distorcidos em função de emancipações ocorridas, o que levou o

estudo populacional a considerar os censos de 1991, 2000 e 2010.

A taxa de crescimento adotada para a área urbana foi de 4,32% ao ano e a rural, a taxa

negativa de 3,05% ao ano, considerados os fatores de redução como ilustrados a seguir.

Tabela 1- Taxas de Crescimento Geométrico Urbano Adotado - IBGE (%aa)

Ano População Urbana (hab)

Taxas de Crescimento Geométrico - IBGE (%aa)

1980 17.958 1980/2010 5,61 1991 18.171 1991/2000 2,75 2000 29.688 2000/2010 3,17 2010 40.557 1991/2010 4,32

Tabela 2- Taxas de Crescimento Geométrico Rural Adotado - IBGE (%aa).

Ano População Rural (hab)

Taxas de Crescimento Geométrico - IBGE (%aa)

1980 1.259 1980/2010 -0,49 1991 1.959 1991/2000 -4,04 2000 1.352 2000/2010 -2,15 2010 1.088 1991/2010 -3,05

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Figura 1: Curva de crescimento demográfico da área urbana

Figura 2: Curva de crescimento demográfico rural

y = 1.176,3258x - 2.323.971,8358R² = 0,9978

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

1990 1995 2000 2005 2010 2015

População Urbana(hab) (1991-2010)

y = -45,4834x + 92.498,2841R² = 0,9369

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

1990 1995 2000 2005 2010 2015

População Rural(hab) (1991-2010)

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Tabela 3- -Projeção Populacional urbana de Tramandaí

Ano Projeção (IBGE) Taxa Anual

(1991-2010) Numero de economias

permanentes

Numero de economias existentes

Taxa de ocupação 1980/2010 1991/2010

2010 40.557 40.557 0,000% 13.417 27.699 3,023

2011 41.551 41.619 2,619% 13.754 29.256 3,021

2012 42.342 42.796 2,826% 14.193 31.987 2,983

2013 43.133 43.972 2,749% 14.632 31.241 2,948

2014 43.923 45.148 2,675% 15.071 32.249 2,915

2015 44.714 46.325 2,605% 15.509 33.257 2,883

2016 45.505 47.501 2,539% 15.948 34.266 2,853

2017 46.296 48.677 2,476% 16.387 35.274 2,825

2018 47.087 49.854 2,417% 16.826 36.282 2,799

2019 47.878 51.030 2,360% 17.264 37.290 2,773

2020 48.669 52.206 2,305% 17.703 38.298 2,749

2021 49.460 53.383 2,253% 18.142 39.307 2,726

2022 50.251 54.559 2,204% 18.581 40.315 2,704

2023 51.042 55.735 2,156% 19.019 41.323 2,684

2024 51.833 56.912 2,111% 19.458 42.331 2,664

2025 52.624 58.088 2,067% 19.897 43.340 2,645

2026 53.415 59.264 2,025% 20.336 44.348 2,627

2027 54.206 60.441 1,985% 20.774 45.356 2,609

2028 54.996 61.617 1,946% 21.213 46.364 2,593

2029 55.787 62.793 1,909% 21.652 47.373 2,577

2030 56.578 63.970 1,873% 22.091 48.381 2,561

2031 57.369 65.146 1,839% 22.529 49.389 2,546

2032 58.160 66.322 1,806% 22.968 50.397 2,532

2033 58.951 67.499 1,774% 23.407 51.405 2,519

2034 59.742 68.675 1,743% 23.846 52.414 2,505

2035 60.533 69.851 1,713% 24.284 53.422 2,493

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Tabela 4- -Projeção Populacional rural de Tramandaí

Ano Projeção (IBGE) Taxa Anual

(1991-2010) Numero de economias

permanentes Taxa de

ocupação 1980/2010 1991/2010

2010 1.088 1.088 0,000% 351 3,100

2011 1.052 1.031 -5,224% 350 2,904

2012 1.042 986 -4,411% 349 2,854

2013 1.032 940 -4,614% 348 2,805

2014 1.021 895 -4,838% 347 2,755

2015 1.011 849 -5,084% 346 2,706

2016 1.001 804 -5,356% 345 2,656

2017 990 758 -5,659% 344 2,607

2018 980 713 -5,998% 343 2,557

2019 970 667 -6,381% 342 2,508

2020 959 622 -6,816% 341 2,458

2021 949 576 -7,315% 340 2,409

2022 939 531 -7,892% 339 2,359

2023 929 485 -8,568% 338 2,310

2024 918 440 -9,371% 337 2,260

2025 908 394 -10,340% 336 2,211

2026 898 349 -11,532% 335 2,161

2027 887 303 -13,036% 334 2,112

2028 877 258 -14,990% 333 2,062

2029 867 212 -17,633% 332 2,013

2030 856 167 -21,407% 331 1,964

2031 846 121 -27,238% 330 1,914

2032 836 76 -37,435% 329 1,865

2033 826 31 -59,835% 328 1,815

2034 815 -15 -148,970% 327 1,766

2035 805 -60 304,206% 326 1,716

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A partir desta estimativa populacional foram geradas as demandas por serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,

drenagem urbana e manejo de águas pluviais, bem como seus respectivos investimentos

distribuídos ao longo dos 20 anos de abrangência do Plano para auxiliar na definição de metas

a serem atingidas.

Para as projeções de demandas, também foi adotado um valor de referencia para a

população flutuante, este valor foi definido com base em estudos de diversos municípios

balneários, chegou-se para o município de Tramandaí o valor de aproximadamente quatro

vezes a população permanente, sendo que em alguns casos, como eventos de fim de ano ou

carnaval, este valor possa chegar a até dez vezes a população residente.

Adotando-se esta projeção de demandas e alterando-se o nível de investimentos em

ações a serem implementadas no município, foram elaboradas varias projeções de cenário das

intervenções a serem executadas.

3. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS PARA HORIZONTE DE 20 ANOS.

A simulação de cenário constitui um instrumento para identificação de necessidades

futuras e estabelecimento dos objetivos, a partir dos quais são estabelecidas as metas de

curto, médio e longo prazo. Desta forma, representa um subsídio fundamental para auxiliar no

planejamento estratégico das ações a serem executadas nos setores que compõe o

saneamento básico.

A identificação da situação atual dos setores de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, coleta de resíduos sólidos e drenagem urbana realizada no diagnóstico municipal

deste Plano, é tomada como base para a elaboração de cenários alternativos de demandas,

visando estimar volumes, despesas e demais informações no horizonte de 20 anos segundo a

lei 11.445 de 2007, referente ao Plano de Saneamento para auxiliar na definição de metas.

Desta forma os prazos referentes ao planejamento das ações do plano de saneamento

básico são os seguintes:

Imediata ou emergências. 2 anos 2014 a 2015;

Curto prazo 6 anos 2016 a 2021;

Médio prazo 6 anos 2022 a 2027;

Longo prazo 6 anos 2028 a 2034

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Os valores de referência de cada setor como população atendida, volume consumido,

perdas, abrangência do atendimento dos serviços de abastecimento e coleta, entre outros,

estão detalhados e inseridos nas tabelas de cada cenário.

Estes valores são referentes a investimentos por família ou por elemento do sistema

como reservatórios, rede, hidrômetros, entre outros, são apresentados nas respectivas

projeções.

Com base nos dados existentes relativos a cada setor do saneamento básico, como

volume consumido de água, implantação de redes e equipamentos, geração de lixo por

habitante, entre outros, associados à estimativa populacional feita a partir de dados dos censos

do IBGE, foi realizado um prognóstico das necessidades futuras nos serviços de saneamento,

que aliadas a ações simuladas, constituem os cenários alternativos, a partir dos quais foram

discutidas no município as metas imediatas, de curto, médio e longo prazo, bem como o

cenário normativo.

As principais demandas de cada setor relacionadas à evolução populacional do município

estão detalhadas a seguir, sendo utilizadas mais adiante na elaboração dos cenários

alternativos.

As tabelas abaixo representam os valores de referência utilizados nos estudos dos

cenários referentes aso quatro temas apresentados no Plano de saneamento do município.

Tabela 5- – Dados referentes ao sistema de agua.

CRITÉRIOS: Inverno Verão Consumo Percapita (l/habxdia) 228 228

Coeficiente do dia de maior consumo k1 1,2 1,2 Coeficiente da hora de maior consumo k2 1,5 1,5

Pop urbana 2010 40.557 Pop urbana no veraneio fator de multiplicação 4,0 150.000

Pop urbana Atendida 40.557

Pop rural 2010 1.088 Pop rural atendida 0

Pop total no município 2010 41.645 Pop total atendida 40.557

Índice de perdas totais 18,40%

Vazão do sistema atual l/s 197 394

Horas diárias de funcionamento 18 24

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Tabela 6- - Dados referentes ao sistema de esgoto.

CRITÉRIOS DE PROJETO Ligações de Esgoto 2000

Consumo Percapita 228 L/hab.dia

Coeficiente do dia de maior consumo 1,2 Coeficiente da hora de maior consumo 1,5

Coeficiente de Retorno 0,8 Vazão de Infiltração 0,20 l/s*km

Taxa de Ocupação Domiciliar 3,02 hab/dom

Extensão de rede 47000 m

Extensão de rede por ligação 16,59 m/ligação

Valor unitário R$/ligação R$ 280,00 Correção monetária aa 5,0% Inflação

Pop urbana veraneio fator de multiplicação 4

Tabela 7- Dados referentes ao sistema de resíduos

CRITÉRIOS DE PROJETO Geração mensal verão 127,02 ton/dia

Geração mensal inverno 35,99 ton/dia

Geração percapita inverno 0,85 kg/hab.dia

Geração percapita verão 0,75 kg/hab.dia

População atendida inverno 43.133 100,00%

População atendida verão 169.367 100,00%

Custo por caminhão R$ 39.667,82 Caminhões inverno 4 8,667

Caminhões inverno/verão 5 0,500

Caminhões no verão 10 2,833

Custo mensal coleta e dest. final inverno R$ 158.671,28 Custo mensal coleta e dest final verão R$ 396.678,20

Percentual de aumento por ano 5,00% Custo R$ / ton R$ 141,07

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Tabela 8- - Dados referentes ao sistema de drenagem.

CRITÉRIOS DE PROJETO Percentual de ruas pavimentadas 98,00%

Vias urbanas com asfalto ou paralelepípedo 392.000,00 m

Vias urbanas não pavimentadas 8.000,00 m

Total de vias urbanas 400.000,00 m

Relação de extensão de rede/habitante 9,627 m/hab

Relação de extensão de rede/habitante crescimento 5,000 m/hab

Investimento em drenagem R$ 175,00 R$/m

Manutenção de vias R$1,00 R$/m

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Tabela 9- Projeção de demandas para o abastecimento de água

PRAZOS ANO População atendida

(hab) Vazão Média (l/s) Índice Perdas

(%)

Perdas de agua (l/s)

Produção (18hs) *

Produção (24hs)

Déficit de produção (Considerando as perdas)

Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão Inverno (L/s) Verão (L/s) Inverno Verão Ampl.

INV Ampl. VER

IMEDIATO 2014-2015 44.324 177.294 116,96 467,86 18,4% 21,52 86,09 147,75 394,00 9,26 -159,95 5,00 160,00

CURTO 2016-2021 48.843 195.373 128,89 515,57 18,4% 23,72 94,86 147,75 394,00 -4,86 -216,43 5,00 60,00

MEDIO 2022-2027 53.363 213.452 140,82 563,28 18,4% 25,91 103,64 147,75 394,00 -18,98 -272,92 20,00 55,00

LONGO 2028-2034 58.636 234.545 154,73 618,94 18,4% 28,47 113,88 147,75 394,00 -35,46 -338,82 6,00 65,00

* Valor extrapolado de 18h e Q=197l/s para 24h e Q=147,75l/s.

Tabela 10- Projeção de demandas para o abastecimento de esgoto

PRAZOS ANO POPULAÇÃO ATENDIDA Ligações de

Esgoto Vazão de esgoto (l/s) Incremento de Ligações de esgoto

AGUA ESGOTO PERCENTUAL (un) Inverno Verão (um/ano)

IMEDIATO 2014-2015 44.714 8.943 20,0% 2.958 18,88 75,52 105

CURTO 2016-2021 49.460 24.730 50,0% 8.181 52,21 208,83 5.092

MEDIO 2022-2027 54.206 40.654 75,0% 13.449 85,83 343,30 5.268

LONGO 2028-2034 59.742 59.742 100,0% 19.764 126,12 504,49 6.315

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Tabela 11 - Projeção de demandas para o manejo de resíduos

PRAZOS ANO Índice de

Atendimento População atendida Produção diária (ton) Produção Mensal (ton) Produção Anual

(%) inverno verão inverno verão inverno verão (ton)

IMEDIATO 2014-2015 100,00% 44.714 178.858 38,01 134,14 1.140,22 4.024,30 19.450,77

CURTO 2016-2021 100,00% 49.460 197.840 42,04 148,38 1.261,23 4.451,40 21.515,09

MEDIO 2022-2027 100,00% 54.206 216.822 46,07 162,62 1.382,24 4.878,50 23.579,41

LONGO 2028-2034 100,00% 59.742 238.968 50,78 179,23 1.523,42 5.376,78 25.987,78

Tabela 12- Projeção de demandas para o sistema de drenagem urbana.

PRAZOS ANO Extensão de vias (km) Recuperação de

vias com sistema de drenagem

Incremento anual de vias não pav.

Extensão de vias novas

pavimentadas Pavimentação por

ano Extensão total de

vias pavimentadas

Total de vias Urbanas

Sem pavimento m m m m

IMEDIATO 2014-2015 415.818,5 23.818,54 100% 3.954,64 23.818,54 3.954,64 415.818,54 CURTO 2016-2021 439.546,4 47.546,36 100% 3.954,64 47.546,36 3.954,64 439.546,36 MEDIO 2022-2027 463.274,2 71.274,18 100% 3.954,64 71.274,18 3.954,64 463.274,18 LONGO 2028-2034 490.956,6 98.956,63 100% 3.954,64 98.956,63 3.954,64 490.956,63

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Como o Plano deve apontar estimativas de custos e não orçamentos detalhados, estas

foram geradas com base nos valores médios de mercado conhecidos pelas prestadoras de

serviços na área de projetos, representando uma avaliação prévia que deve ser detalhada em

escala de projeto antes de qualquer intervenção.

Para os setores de água e esgoto foram gerado apenas um cenário, cruzando os dados

populacionais com os dados relativos aos elementos básicos do sistema e a demanda de

serviços, a partir dos quais foram geradas as estimativas de investimentos necessários e

definidos de forma participativa seus prazos de implementação a partir da escolha do cenário

normativo.

Para os setores de resíduos e drenagem, foi definido apenas um cenário gradativo, pois

além de demandar campanhas informativas e estruturação para programas de reciclagem, a

questão de resíduos envolve prestação de serviços terceirizados que atendem diversos

municípios da região de forma integrada.

Com relação à drenagem pluvial, a falta de levantamento planialtimétrico, impossibilitou

uma estimativa mais detalhada, sendo levados em conta os aspectos cadastrais, populacionais

e territoriais.

Com as demandas citadas atendidas, podem-se estimar com confiabilidade os

percentuais de investimentos anuais visando atingir a universalização destes serviços, sendo

que estes são setores que requerem ações continuadas de ampliação e monitoramento e

manutenção.

3.1 Projeção das Demandas de Serviços com Base no Plano Diretor

O município de Tramandaí possui Plano Diretor aprovado para ser tomado como base na

projeção de demandas em função do adensamento de áreas ocupadas ou expansão horizontal

da ocupação.

Considerando-se o padrão de crescimento do município avaliado nas projeções

populacionais, aliado ao espaço urbano inexistente e aos dados obtidos nos estudo municipais,

podemos considerar que o planejamento territorial alteraria muito as condições do

adensamento populacional a partir da verticalização das construções,

Existem restrições a determinados usos em locais específicos, como as lagoas e área da

margem litorânea onde estas ocupações podem degradar estes ecossistemas.

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3.2 Cenários para o Sistema de Abastecimento de Água

Partindo da projeção populacional adotada para o horizonte de 20 anos, estimou-se o número de economias e ligações de água da área urbana (

Tabela 13) bem como a projeção de investimentos relativos às novas ligações ao longo do considerando-se a substituição dos equipamentos.

Tabela 13- Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - Número de Economias e ligações equipamentos.

PRAZOS ANO POPULAÇÃO LIGAÇÕES TOTAL INTAL. DEFICIT SUBSTITUIÇAO INVESTIMENTO INVESTIMENTO SUBSTITUIÇAO

ATENDIDA NOVAS HIDROMETROS HIDROMETROS HIDROMETROS LIGAÇÕES HIDROMETROS HIDROMETROS IMEDIATO 2014-2015 44.714 439 22.999 99% 230 R$ 260.303 R$ 68.394 R$ 26.953

CURTO 2016-2021 49.460 439 25.782 100% 258 R$ 952.216 R$ 200.060 R$ 107.418

MEDIO 2022-2027 54.206 439 28.414 100% 284 R$ 1.276.061 R$ 255.212 R$ 159.263

LONGO 2028-2034 59.742 439 31.486 100% 315 R$ 2.046.952 R$ 409.390 R$ 282.303

Com o aumento da população e a pouca verticalização no município, o crescimento horizontal da ocupação urbana leva a necessidade de incremento

da rede. A Tabela 13 apresenta a projeção de incremento na rede de distribuição e a estimativa de custos relativos a este incremento.

Tabela 14- Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - Rede de Abastecimento

PRAZOS ANO POPULAÇÃO LIGAÇÕES Extensão de Rede (m) INVESTIMENTO INVESTIMENTO

ATENDIDA NOVAS Existente Vegetativo Substituição Reforço Total LIGAÇÕES REDE

IMEDIATO 2014-2015 44.714 15.071 309.308 4.388 1.547 313.696 R$ 187.418 R$ 184.841

CURTO 2016-2021 49.460 17.703 335.633 4.388 1.678 340.021 R$ 685.596 R$ 715.491

MEDIO 2022-2027 54.206 20.336 361.959 4.388 1.810 366.346 R$ 918.764 R$ 1.035.391

LONGO 2028-2034 59.742 23.407 392.671 4.388 1.963 397.059 R$ 1.473.806 R$ 1.795.019

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Tabela 15 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Abastecimento de Água - RESERVAÇAO

PRAZOS ANO POPULAÇÃO Vazão Media diária (l/s) Volume total de reservação

requerido (m³) Déficit (m³) Ampliação de reservação Investimento

em reservação ATENDIDA Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão % Inverno Verão R$

IMEDIATO 2014-2015 44.714 118,00 471,99 3.398,29 13.593,18 -1.901,71 8.293,18 61,0% 0,00 8.300,00 R$ 9.130.000,00 CURTO 2016-2021 49.460 130,52 522,08 3.758,96 15.035,83 -1.541,04 9.735,83 64,8% 0,00 2.000,00 R$ 2.200.000,00 MEDIO 2022-2027 54.206 143,04 572,17 4.119,62 16.478,48 -1.180,38 11.178,48 67,8% 0,00 2.000,00 R$ 2.200.000,00 LONGO 2028-2034 59.742 157,65 630,61 4.540,39 18.161,58 -759,61 12.861,58 70,8% 0,00 600,00 R$ 660.000,00

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3.2.1 Considerações.

O município possui um sistema de abastecimento público de água que atende a área

urbana com mais de 97% da população, na área rural existem sistemas isolados ou individuais,

não foram realizadas estimativas separadas sendo que na área rural o acesso a rede de agua

inviabiliza tal serviço.

Porém a situação na área rural encontra-se boa e com sistemas individuais funcionando a

contento, segundo dados da prefeitura.

O cenário de agua possui características separadas por período do ano, sendo que no

inverno o sistema opera com relativa folga e no verão ocorre o contrario, ocasionando

problemas de abastecimento

3.3 Cenários para o sistema de esgotamento sanitário

Partindo da projeção populacional elaborada para o horizonte de 20 anos e do número de

ligações de água, estimou-se o número de economias e ligações de esgoto e a projeção de

investimentos relativos às novas ligações.

A abrangência do cenário é de 20%, seguindo com ampliação de 50%, 75% e uma

ampliação futura para 100% no longo prazo, conforme indicado nas tabelas a seguir.

Na área rural também foi previsto uma expansão do serviço referente ao esgotamento

sanitário com sistema individualizado.

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Tabela 16 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Esgotamento Sanitário - Ligações e investimentos em esgoto

PRAZOS ANO POPULAÇÃO ATENDIDA Ligações de

Esgoto Vazão de esgoto (l/s) Incremento de Ligações de esgoto Investimento em

ligações de esgoto

AGUA ESGOTO PERCENTUAL (un) Inverno Verão (um/ano) R$

IMEDIATO 2014-2015 44.714 8.943 20,0% 2.958 18,88 75,52 105 R$ 34.772,50

CURTO 2016-2021 49.460 24.730 50,0% 8.181 52,21 208,83 5092 R$ 2.215.007,50

MEDIO 2022-2027 54.206 40.654 75,0% 13.449 85,83 343,30 5268 R$ 2.917.000,20

LONGO 2028-2034 59.742 59.742 100,0% 19.764 126,12 504,49 6315 R$ 4.545.674,09

Tabela 17 - Levantamento de Necessidades para o Sistema de Esgotamento Sanitário - Rede Coletora, interceptores e elevatórias.

PRAZOS ANO NUMERO DE ECONOMIAS PERCENTUAL Novas

economias Extensão de Rede (m) Investimento em rede coletora

Investimento em manutenção de rede

coletora AGUA ESGOTO (%) (un) Vegetativo Total R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 15.071 3.014 20% 88 1.445 52.447 R$ 171.480,00 R$ 61.395,00

CURTO 2016-2021 17.703 8.852 50% 219 3.613 148.585 R$ 7.277.548,00 R$ 416.424,00

MEDIO 2022-2027 20.336 15.252 75% 329 5.419 253.990 R$ 10.417.621,00 R$ 1.196.676,00

LONGO 2028-2034 23.407 23.407 100% 439 7.226 388.299 R$ 17.353.242,00 R$ 3.230.890,00

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Tabela 18 - Levantamento de necessidades para o sistema de esgotamento sanitário - tratamento de esgotos sanitários.

PRAZOS ANO Índice de Atendimento

População atendida (hab)

Contribuição Média (l/s)

Vazão inf

Vazão Media Diária (l/s) Percentual Ampliação da

ETE (l/s) Execução e ampliação da ETE

(R$)

(%) Inverno Verão Inverno Verão (L/s) Inverno Verão INV VER Inverno Verão Inverno Verão IMEDIATO 2014-2015 20% 8.943 35.772 18,88 75,52 7,15 26,03 82,67 20% 64% 0 0 R$ 2.504.006,81 R$ 10.016.027,24 CURTO 2016-2021 50% 24.730 98.920 52,21 208,83 19,78 71,99 228,61 55% 176% 0 105 R$ 4.420.389,06 R$ 17.681.556,24 MEDIO 2022-2027 75% 40.654 162.617 85,83 343,30 32,52 118,34 375,82 91% 289% 0 170 R$ 1.954.759,40 R$ 7.819.037,59 LONGO 2028-2034 100% 59.742 238.968 126,12 504,49 47,79 173,91 552,27 134% 425% 50 160 R$ 7.848.611,48 R$ 31.394.445,92

Tabela 19 - Área rural - esgotamento sanitário sistemas alternativos e investimentos

PRAZOS Ano População Rural Não Atendida pelo Sistema

Público População a ser

Atendida Número de Famílias

Atendidas Investimento em sistemas

alternativos

População Rural Total Índice (hab) un R$

IMEDIATO 2014-2015 1.011 40,00% 404 146 R$ 202.338,04 CURTO 2016-2021 949 50,00% 475 18 R$ 33.007,38 MEDIO 2022-2027 887 75,00% 666 70 R$ 174.314,72 LONGO 2028-2034 815 100,00% 815 100 R$ 351.275,14

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3.4 Cenários para limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Para o sistema de coleta de resíduos, foi criado apenas um cenário normativo, seguindo o

crescimento gradual para atender a 100% da população residente no município com os

diversos serviços estruturados no plano municipal de saneamento.

Nos cenário não foi possível fazer a estimativa de custos com destinação final no aterro,

pois a empresa que realiza a coleta faz um contrato global com o município, envolvendo todos

estes custos em uma só planilha.

No cenário, os itens que sofreram variação foram, a amplitude de coleta (urbana e rural),

ampliação da reciclagem e inadimplência.

Atualmente o aterro da empresa contratada para a coleta e destinação final dos resíduos

não possui um centro de triagem, o que requer ações estruturais e informativas para mudar

esta realidade.

Os valores de volumes referentes ao lixo foram baseados apenas na coleta urbana. Os

valores per capta foram feitos com base nos valores médios repassados pela empresa que

presta serviços ao município.

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Tabela 20 – Coleta de Resíduos Domiciliares Custos

PRAZOS ANO Índice de

Atendimento População atendida Produção diária (ton)

Produção Mensal (ton)

Produção Anual

Custos com serviços de

coleta e destinação final

Custos no período

(%) inverno verão inverno verão inverno verão (ton) R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 100,00% 44.714 178.858 38,01 134,14 1.140,22 4.024,30 19.450,77 R$ 2.864.562,04 R$ 5.592.716,36

CURTO 2016-2021 100,00% 49.460 197.840 42,04 148,38 1.261,23 4.451,40 21.515,09 R$ 3.838.787,10 R$ 20.458.726,28

MEDIO 2022-2027 100,00% 54.206 216.822 46,07 162,62 1.382,24 4.878,50 23.579,41 R$ 5.144.341,85 R$ 27.416.649,90

LONGO 2028-2034 100,00% 59.742 238.968 50,78 179,23 1.523,42 5.376,78 25.987,78 R$ 7.238.605,60 R$ 43.979.538,61

Tabela 21 – Custos com Serviços de Coleta Seletiva e Valorização de Resíduos Domiciliares

PRAZOS ANO Produção Anual Percentual reciclado

por ano Reciclado por ano Custos com serviços de coleta seletiva

Total de custos com atividades de coleta seletiva e valorização

(ton) (%) (ton) R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 19.451 15,00% 2918 R$ 570.843,00 R$ 570.843,00

CURTO 2016-2021 21.515 25,00% 5379 R$ 2.088.201,86 R$ 2.088.201,86

MEDIO 2022-2027 23.579 50,00% 11790 R$ 2.798.390,21 R$ 2.798.390,21

LONGO 2028-2034 25988 100,00% 25988 R$ 4.488.947,79 R$ 4.488.947,79

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Tabela 22 – Coleta Seletiva e Valorização por Reciclagem

PRAZOS ANO

Produção Anual

Eficiência da coleta

Quant. Reciclada Papel Plástico Metais Vidro Total

valorizado Resíduo a depositar em aterro

Valor de venda total

(ton) % ton R$ ton R$ ton R$ ton R$ ton ton R$

IMEDIATO 2014-2015 19.451 15% 2918 581 87.141 465 116189 116 139.426 194 19.365 1356 37.202 R$ 362.120,90

CURTO 2016-2021 21.515 25% 5379 3429 514.307 2743 685742 686 822.891 1143 114.290 8.000 115.929 R$ 2.137.229,60

MEDIO 2022-2027 23.579 50% 11790 7.726 1.158.872 6.181 1.545.163 1.545 1.854.195 2575 257.527 18.027 118.289 R$ 4.815.757,34

LONGO 2028-2034 25.988 100% 25988 19.782 2.96.7236 15.825 3.956.314 3.956 4.747.577 6594 659.386 46.157 128.532 R$ 12.330.512,67

Tabela 23 – Arrecadação anual do sistema referente a cobrança de taxas de resíduos

PRAZOS ANO Pop. Total Atendimento Número de

domicílios Valor por domicílio Lançamento Inadimplência

Arrecadação (descontado

inadimplência)

Arrecadação Período

% R$ R$ % R$ R$ IMEDIATO 2014-2015 44.714 100% 33.257 68 R$ 4.320.741,22 10% R$ 3.888.667,09 R$ 16.352.250,60

CURTO 2016-2021 49.460 100% 39.307 91 R$ 21.645.818,17 10% R$ 19.481.236,35 R$ 136.355.725,29

MEDIO 2022-2027 54.206 100% 45.356 121 R$ 27.783.506,61 10% R$ 25.005.155,95 R$ 233.580.600,95

LONGO 2028-2034 59.742 100% 52.414 171 R$ 51.418.924,46 10% R$ 46.277.032,01 R$ 523.928.001,28

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3.4.1 Considerações

O custo anual (2013) da coleta e destinação final dos resíduos gerados apenas no centro

urbano é de R$ 2.598.242,00 e no final de 20 anos junto com a correção podem chegar a R$

97.447.631,15 (incluindo correção monetária 5%aa)

A arrecadação atual é da ordem de R$ 1.625.628,36; neste caso especifico o déficit de

arrecadação versus o gasto no manejo de resíduos chega a 37,44%, ou seja a arrecadação

cobre pouco mais de 62,5%.

Com relação à inadimplência, o quadro atual o município mostra-se deficitário, ou seja, a

prefeitura deve buscar junto com legislativo uma forma de aumentar a arrecadação com a taxa

de lixo visando cobrir os custos operacionais.

No início das atividades de reciclagem o custo operacional (coleta) aumenta o que

dificulta sua implantação, Os custos totais do manejo dos resíduos dificilmente serão cobertos

pela reciclagem (embora na planilha isso pareça possível - devido aos custos de outros tipos

de resíduos que não são levados em conta, pneus, eletrônicos lâmpadas etc.),

Porém desde o inicio da valorização dos resíduos, existe uma redução de custos em

relação ao sistema de manejo atual, ou seja, o valor arrecadado com a venda com material faz

com que sejam necessários menos recursos públicos.

Segundo a Lei Nº 12305/2010 que Institui a Política Nacional de Resíduos, a partir de

agosto de 2014, será necessária a implementação de engenharia reversa para o manejo dos

resíduos, sendo desta forma destinada para os aterros sanitários, apenas os resíduos sem

valor comercial ou não passíveis de reciclagem.

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3.5 Cenário do Sistema Drenagem Urbana e manejo das águas pluviais

Para o sistema de drenagem de águas pluviais, foi criado apenas um cenário normativo,

seguindo o crescimento para atender a 100% das vias urbanas do município. Nas vias rurais

não pavimentadas é previsto apenas a manutenção das mesmas.

O cenário de crescimento é gradativo e inicia-se na ordem de 98% no ano de 2014

seguindo até o 100% em curto prazo

Sem o cadastro efetivo das vias (tipo de pavimentação e drenagem), tomou-se como

base para a estimativa do comprimento da malha viária urbana com base no mapa de cadastro

e utilizado software (AUTOCAD) para determinar o seu comprimento.

O aumento de vias urbanas, esta relacionado diretamente com o aumento da população

urbana, sendo que este valor vem de acordo com a projeção populacional adotada no estudo.

Apresentam-se na sequência as demandas identificadas pelo diagnóstico, demonstrando

as necessidades de drenagem e manejo das águas pluviais.

3.5.1 Demandas Atuais

O termo “demanda” em se tratando de drenagem urbana poderia ser entendido como

uma futura exigência planejada para o sistema, prevendo-se a evolução da condição

urbanística atual em direção a um cenário esperado, próximo à saturação prevista pelo Plano

Diretor de Desenvolvimento Urbano.

Apresentam-se na seqüência os cenários previstos para o município de Tramandaí com

base no diagnóstico, as condições atuais, planos e projetos em andamento:

Necessidade de contemplar o planejamento conjunto dos recursos hídricos do

município em função dos Comitês das bacias do Rio Tramandaí e do Litoral

Médio;

Compartilhamento com outros municípios das Lagoas do Gentil (Cidreira) e do

Armazém (Imbé e Osório), bem como do Rio Tramandaí (Imbé);

Implantação de obras de drenagem urbana sem o devido planejamento em

termos de consideração da ocupação efetiva atual e futura prevista pelo Plano

Diretor Urbanístico;

Desatualização e falta de padronização dos estudos de planejamento para a

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Drenagem Urbana;

Carência de obtenção de informações atualizadas e em tempo adequado sobre o

sistema de drenagem existente, pela falta de cadastro;

Ações de manutenção e limpeza corretiva da rede de drenagem sem uma análise

estatística das intervenções;

Eventual ocorrência de inundações severas sem devido planejamento;

Comprometimento da qualidade da água e das estruturas do sistema de

drenagem;

Desconhecimento do volume de sedimentos e sua frequência no sistema de

drenagem;

Lançamento de resíduos sólidos diretamente na rede de drenagem;

Assoreamento da rede de drenagem com sedimentos, areia e lodo;

Falta de fiscalização das taxas de ocupação dos imóveis em relação ao

zoneamento proposto;

Falta de interesse da população no cumprimento das proposições restritivas

quanto à taxa de ocupação do imóvel;

Problemas pontuais de alagamentos: Avenida da Igreja, Av. Beira Mar/Rua 24

Setembro, Av. Beira Mar/Alberto Bins, Av. Beira Mar/Rua Amapá, Rua Amazonas,

Av. Porto Alegre/Rua Piauí, Rua Canal, Rua Belém, Rua Sergipe,

ReservatórioCORSAN, Rod Santos/João Artur, Rua Itália, Av.Fernando Amaral,

Rua Sete, Bairro São Francisco II (Posto de Saúde) e Bairro Indianápolis;

Habitações sub-normais e em situação de precariedade. Falta de regularização

dos loteamentos, desmembramentos e edificações em situação irregular;

Inexistência de um parâmetro de eficiência e eficácia na prestação de serviços de

drenagem urbana;

Perda de investimentos e implantação de estruturas desalinhadas do

planejamento integrado das bacias;

Falta de banco de projetos que contemplem estudo integrado das bacias de

drenagem;

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Perda de solo e comprometimento estrutural do sistema viário e rede de

drenagem.

O Plano Diretor, juntamente com os Planos Plurianuais, se configura como as principais

ferramentas de planejamento existentes atualmente no município do Tramandaí.

3.5.2 Cenário de Ocupação Futura - Plano Diretor Municipal

O zoneamento proposto no Plano Diretor Municipal para todo o território de Tramandaí

estimula a intensidade de ocupação do solo de acordo com as potencialidades e restrições

ambientais, econômicas e de ocupação e uso existentes.

Para efeitos de aplicação do Plano Diretor, o território do Município de Tramandaí fica

dividido em três distritos (SEDE, ZONA SUL e RURAL), delimitado pelos bairros da seguinte

maneira:

Sede:Barra;Centro;Zona Nova;Tiroleza;São José;Recanto da Lagoa;São

Francisco I;São Francisco II;Litoral;Agual;Zona Nova Sul;Parque

Humaitá;Indianápolis;Cruzeiro do Sul I;Cruzeiro Do Sul II;Emboaba.

Zona Sul:Zona Nova Extensão Sul;Tramandaí Sul;Nova Tramandaí Zona

Norte;Nova Tramandaí Plano A;Nova Tramandaí Plano B;Aldeia da Lagoa;Oásis

Sul;Jardim Atlântico;Jardim do Éden;Portal do Éden I;Portal Do Éden II;Nova

Tramandaí Zona Sul.

Zona Rural:Parque Histórico;Carrachi;Estância Velha;Tapera.

A subdivisão é então feita através de Zonas e Corredores.

As Zonas, segundo o Plano Diretor através do Artigo 43 §1º, são unidades territoriais que

apresentam identidade própria quanto as suas características físicas, usos predominantes e

tipologia edificada. Os corredores, segundo o §2º deste mesmo artigo, se caracterizam pela

concentração destas atividades ao longo das vias principais.

No Plano Diretor do Município foram definidas, no seu artigo 37, as seguintes diretrizes

de drenagem urbana:

"I –garantir manutenção às áreas de maneira a suportar as chuvas sem

prejuízos humanos;

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II –exigir, das edificações com taxa de ocupação de 90%, reservatório para as

águas pluviais, com capacidade suficiente para depositar a média das precipitações

pluviométricas que incidir sobre essa superfície;

III –revisar e ampliar o projeto de sistema de drenagem urbana.;"

Com base no cenário de ocupação futura proposto pelo Plano Diretor, apresentam-se na

seqüência as proposições visando a universalização da prestação de serviços de drenagem e

manejo das águas pluviais de Tramandaí.

3.5.3 Cenário Futuro (Longo Prazo)

A distribuição atual da população no município em função da localização é

predominantemente urbana, com significativa influência da sazonalidade.

Este cenário de pleno crescimento urbano, como tendência nacional, acarreta em

medidas preventivas, conforme se descreve nos itens a seguir:

O incremento da população urbana, acompanhado do aumento da densidade

populacional e consequente infraestrutura necessária, acarretam em alterações significativas

do ambiente, sobretudo na taxa de permeabilidade dos núcleos urbanos.

Segundo TUCCI e MELLER/2007 o contexto das bacias urbanas, para os corpos

receptores à jusante de uma parcela em desenvolvimento, gera impactos que podem ser

reunidos em quatro grupos principais:

mudança na vazão dos cursos dágua, através do aumento do volume das

vazões de pico e da velocidade; diminuição do tempo de concentração;

aumento da frequência e magnitude dos eventos à “calha cheia”; diminuição

da vazão de base, devido à diminuição da recarga do aquífero;

mudança na geomorfologia: gerando alargamento da seção transversal e

erosão das margens; aprofundamento do leito dos cursos d’água;

desaparecimento da vegetação ripária; assoreamento em seções de baixa

velocidade; ampliação dos limites da planície de inundação;

impactos no habitat aquático: diminuição na diversidade do habitat dos

corpos d’água. Os impactos incluem: degradação da estrutura do habitat;

redução da vazão de base; aumento da temperatura dos rios; declínio em

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abundância e biodiversidade;

impactos na qualidade da água: a degradação da qualidade da água

começa simultaneamente ao desenvolvimento da bacia. A erosão das áreas

em construção leva grande quantidade de sedimentos aos canais. Além de

aumentar a carga e introduzir novas fontes de poluentes, a urbanização

produz áreas impermeáveis que acumulam poluentes nos períodos entre os

eventos de chuva. Esses poluentes são lavados das superfícies e

rapidamente são direcionados aos sistemas hídricos.

O incremento da população urbana acarreta no aumento dos coeficientes de escoamento

superficial a serem adotados para simulação de cheias para Plano de Saneamento.

Por se tratar de uma região com solo arenoso e edificações de veraneio, sendo a maioria

de residências horizontais, para as bacias da área urbana estimou-se o coeficiente de

escoamento superficial “C” utilizado no Método Racional para os cenários atual e futuro em:

“C” para o cenário atual de 0,70;

“C” para o cenário futuro de 0,85 a 0,9.

Justificam-se estes valores pelo fato de que a presença do lençol freático próximo à

superfície e a eventual ocorrência de eventos pluviométricos tendo a condição de saturação do

solo acarretam no comportamento do solo arenoso, como praticamente impermeável, gerando

elevado escoamento superficial.

Para as bacias de contribuição pertencentes à área rural, considerando a manutenção

das características atuais de uso e ocupação do solo, bem como a natureza arenosa do solo,

estimou-se o coeficiente de escoamento superficial entre 0,10 a 0,30.

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Tabela 24 – Levantamento das necessidades em Drenagem Urbana.

PRAZOS ANO

Extensão de vias (km) Recuperação

de vias com sistema de drenagem

Incremento anual de vias não

pav.

Extensão de vias novas

pavimentadas Pavimentação

por ano Extensão

total de vias pavimentadas

Investimento em drenagem

na pavimentação

de vias

Investimento em

Manutenção de vias

pavimentadas

Total de Investimento no sistema

de drenagem urbana

Total de vias

Urbanas Sem

pavimento m m m m

IMEDIATO 2014-2015 415.818,5 23.818,54 100% 3.954,64 23.818,54 3.954,64 415.818,54 R$ 1.384.122,60 R$ 835.591,72 R$ 2.219.714,32

CURTO 2016-2021 439.546,4 47.546,36 100% 3.954,64 47.546,36 3.954,64 439.546,36 R$ 4.152.367,80 R$ 2.577.958,62 R$ 6.730.326,42

MEDIO 2022-2027 463.274,2 71.274,18 100% 3.954,64 71.274,18 3.954,64 463.274,18 R$ 4.152.367,80 R$ 2.720.325,52 R$ 6.872.693,32

LONGO 2028-2034 490.956,6 98.956,63 100% 3.954,64 98.956,63 3.954,64 490.956,63 R$ 4.844.429,10 R$ 3.353.649,04 R$ 8.198.078,14

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4. SELEÇÃO DO CENÁRIO NORMATIVO

O cenário ideal está focado na universalização do atendimento dos serviços de saneamento,

porém, isso demanda investimentos de grande monta em recursos humanos, estrutura operacional,

equipamentos e obras que mesmo assim, podem não abranger todos os domicílios em função de sua

localização.

Sendo assim, será apresentado o cenário e posteriormente discutido com os participantes do

Grupo Executivo de Saneamento, a necessidade de estipular metas e direcionar as ações de forma

integrada no sentido de minimizar deficiências e possibilitar melhorias nos serviços atualmente

prestados.

As ações nos setores de agua, resíduos e drenagem são propostas de forma gradual devido à

quantidade de investimentos, de ações educativas e institucionais, além do da necessidade de

constante monitoramento e manutenção, estes foram adotados como parâmetro na definição de

metas.

Os investimentos em esgotamento são muito elevados e suas intervenções serão postergadas

para atendimento acima de 50% em função do transtorno envolvido nas obras e no custo

O cenário normativo para os quatro setores será detalhado e vinculado às metas e programas

na FASE E – Programas, Projetos e Ações, sendo seu resumo dos investimentos previstos para as

de ações necessárias, apresentados na tabela a seguir.

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Tabela 25 – Faturamento e investimentos estimados para o Sistema de Abastecimento de Água

PRAZOS ANO Volume

Produzido água

% do volume faturado

Volume Faturado de

água Faturamento com

água Despesas com

pessoal Despesas com

energia Despesas Gerais de Operação e Manutenção

Total de despesas

Resultado dos serviços de água

m3 % m3 R$ R$ R$ R$ R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 5.518.018,96 81,60% 4.502.703,47 R$ 24.533.514,42 R$ 7.360.054,33 R$ 1.962.681,15 R$ 6.133.378,61 R$ 15.456.114,09 R$ 9.077.400,34

CURTO 2016-2021 6.213.557,17 81,60% 5.070.262,65 R$ 78.854.519,71 R$ 23.656.355,91 R$ 6.308.361,58 R$ 19.713.629,93 R$ 49.678.347,42 R$ 29.176.172,29

MEDIO 2022-2027 6.809.732,79 81,60% 5.556.741,95 R$ 86.735.484,39 R$ 26.020.645,32 R$ 6.938.838,75 R$ 21.683.871,10 R$ 54.643.355,16 R$ 32.092.129,22

LONGO 2028-2034 7.505.271,00 81,60% 6.124.301,14 R$ 111.152.062,13 R$ 33.345.618,64 R$ 8.892.164,97 R$ 27.788.015,53 R$ 70.025.799,14 R$ 41.126.262,99

Tabela 26 – Faturamento e investimentos estimados para o Sistema de Esgotamento Sanitário

PRAZOS Ano Faturamento com

esgoto Despesas com

pessoal Despesas com

energia Despesas Gerais de

Operação e Manutenção

Total de despesas Resultado acumulado

dos serviços de esgoto

R$ R$ R$ R$ R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 R$ 16.513.041,60 R$ 4.953.912,48 R$ 1.321.043,33 R$ 4.128.260,40 R$ 10.403.216,21 R$ 6.109.825,39

CURTO 2016-2021 R$ 87.076.481,47 R$ 26.122.944,44 R$ 6.966.118,52 R$ 21.769.120,37 R$ 54.858.183,33 R$ 32.218.298,14

MEDIO 2022-2027 R$ 183.266.343,88 R$ 54.979.903,16 R$ 14.661.307,51 R$ 45.816.585,97 R$ 115.457.796,64 R$ 67.808.547,24

LONGO 2028-2034 R$ 348.273.205,80 R$ 104.481.961,74 R$ 27.861.856,46 R$ 87.068.301,45 R$ 219.412.119,65 R$ 128.861.086,15

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Tabela 27 – Comparativo de custos com coleta, destinação final e valorização de resíduos sólidos domiciliares.

PRAZOS ANO

Serviço sem valorização Serviços com valorização

Coleta domiciliarDestinação

final em aterro

Total coleta e destinação final Coleta domiciliar Coleta seletiva e

valorização Venda de

recicláveis Destinação

final em aterro

Total coleta e destinação final com

valorização

Diferença dos serviços com e sem valorização

R$ R$ R$ R$/ton R$/ton R$ R$ R$ R$

IMEDIATO 2014-2015 R$5.592.716,36 R$ 0,00 R$5.592.716,36 R$570.843,00 R$ 355.687,10 R$355.687,10 R$ 0,00 R$570.843,00 -R$5.021.873,36

CURTO 2016-2021 R$20.458.726,28 R$ 0,00 R$20.458.726,28 R$2.088.201,86 R$ 2.101.843,71 R$2.101.843,71 R$ 0,00 R$2.088.201,86 -R$18.370.524,42

MEDIO 2022-2027 R$27.416.649,90 R$ 0,00 R$27.416.649,90 R$2.798.390,21 R$ 4.743.377,12 R$4.743.377,12 R$ 0,00 R$2.798.390,21 -R$24.618.259,69

LONGO 2028-2034 R$43.979.538,61 R$ 0,00 R$ 43.979.538,61 R$4.488.947,79 R$12.161.625,49 R$12.161.625,49 R$ 0,00 R$4.488.947,79 -R$39.490.590,81

Tabela 28 – Levantamento das necessidades em Drenagem Urbana.

PRAZOS ANO

Extensão de vias (km) Recuperação

de vias com sistema de drenagem

Incremento anual de vias não

pav.

Extensão de vias novas

pavimentadas Pavimentação

por ano Extensão

total de vias pavimentadas

Investimento em drenagem

na pavimentação

de vias

Investimento em

Manutenção de vias

pavimentadas

Total de Investimento no sistema

de drenagem urbana

Total de vias

Urbanas Sem

pavimento m m m m

IMEDIATO 2014-2015 415.818,5 23.818,54 100% 3.954,64 23.818,54 3.954,64 415.818,54 R$ 1.384.122,60 R$ 835.591,72 R$ 2.219.714,32

CURTO 2016-2021 439.546,4 47.546,36 100% 3.954,64 47.546,36 3.954,64 439.546,36 R$ 4.152.367,80 R$ 2.577.958,62 R$ 6.730.326,42

MEDIO 2022-2027 463.274,2 71.274,18 100% 3.954,64 71.274,18 3.954,64 463.274,18 R$ 4.152.367,80 R$ 2.720.325,52 R$ 6.872.693,32

LONGO 2028-2034 490.956,6 98.956,63 100% 3.954,64 98.956,63 3.954,64 490.956,63 R$ 4.844.429,10 R$ 3.353.649,04 R$ 8.198.078,14

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5. ALTERNATIVAS DE COMPATIBILIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO

Visando compatibilizar as disponibilidades e necessidades de serviços públicos de saneamento

para a população, associando alternativas de intervenção e de mitigação dos problemas identificados

no diagnostico (FASE – C), são avaliadas situações que auxiliarão na proposição das metas do Plano

na FASE - E.

5.1 Levantamento do potencial de fontes hídricas para abastecimento

Segundo Dariva (2011), os dados bibliográficos referentes a estudos realizados na lagoa

Emboaba indicam um reabastecimento diário na lagoa de 76.844m³ dia, o consumo de agua diário de

Tramandaí é de 12.744m³ dia, isso representa apenas 16,50%, sendo assim não é necessária um

anova captação no horizonte de 20 anos

Além deste manancial superficial a CORSAN está utilizando mais três poços ampliando a oferta

de água subterrânea, oferecendo uma alternativa, juntamente com o a lagoa existente, estes ajudam

no período de verão quando o consumo aumente significativamente. Também há um sistema de

contingência integrando o sistema de Imbé ao de Tramandaí, podendo um ser alimentado pelo outro

em caso de necessidade.

5.2 Compatibilização com o Plano de Bacia

Os Panos Municipais de Saneamento, de acordo com a Lei Federal n.11.445 de 2007, devem

ser elaborados integrando os preceitos da Política de Recursos Hídricos, extrapolando os limites

municipais e levando em conta as bacias hidrográficas e a escala regional como referência de suas

macroações. Os setores integrantes do saneamento exercem forte influência na qualidade e na

quantidade de recursos hídricos disponíveis, sendo também dependente destes para suprir suas

demandas, como no caso do abastecimento de água.

Os impactos que o esgoto sem tratamento e os sistemas de drenagens ineficientes causam nos

recursos hídricos, podem afetar o abastecimento humano mais a jusante, em outro município da

mesma bacia. Portanto, é fundamental uma gestão integrada dos setores de saneamento, não só no

município, mas em toda a bacia que ele integra.

Diversas Leis e Políticas nacionais e estaduais versam sobre a importância da gestão dos

recursos hídricos e do meio ambiente, que influenciam e são influenciados pelo saneamento,

destacando-se:

Lei Federal Nº 9.433/97, que considera numa priorização de uso em casos de escassez

hídrica, o abastecimento humano e a dessedentação animal.

Lei Federal Nº 9.433/1997 determina nodo Art. 31 que na implementação da Política

Nacional de Recursos Hídricos, os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municípios

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promovam a integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e

conservação do solo e de meio ambiente com as Políticas Federal e Estadual de Recursos

Hídricos.

Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei nº. 6.938/1981, tem como objetivo a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico e à proteção da dignidade da vida

humana.

Lei nº. 11.445/2007 que, no inciso III do art. 2º, determina que os serviços públicos de

Saneamento Básico sejam realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do

meio ambiente.

A Lei Estadual 10.350/1994 instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos no Estado do

Rio Grande do Sul, destacando a água como um bem público.

Criado por Decreto Estadual em 28 de Julho de 1999, o Comitê de Gerenciamento da Bacia

Hidrográfica do Rio Tramandaí já deu importantes passos buscando melhor gerir os recursos hídricos

da Bacia. Apoiado pelo DRH/SEMA e pela FEPAM, conclui agora a Primeira Etapa do Plano da Bacia

do Rio Tramandaí, instrumento que proporciona o conhecimento necessário para a gestão das águas

da Bacia e também já traz a intenção dos oradores da Bacia quanto ao uso futuro das águas.

No Comitê da Bacia do Rio Tramandaí, estão representados os usuários da água (agricultores,

CORSAN, Prefeituras, Pescadores, entre outros), a sociedade (ONG’s, Associações de Profissionais,

entre outros) e o poder público, constituindo assim um parlamento em que toda a sociedade partilha

as decisões sobre a água.

É importante salientar que o constante monitoramento de quantidades e qualidade da água,

além do controle dos lançamentos de efluentes, de resíduos sólidos e de sistemas de drenagens,

deve ser feito no âmbito municipal e integrado em âmbito regional, levando em conta a bacia, a partir

do Comitê e de Conselhos Regionais, integrados por representantes do município.

5.3 Abastecimento de Água

Com o objetivo de compatibilizar as disponibilidades e as necessidades dos serviços de

saneamento, o município de Tramandaí tem no setor de abastecimento um excedente hídrico no

inverno que deve ser mais bem aproveitado para garantir as demandas de consumo no verão.

O abastecimento de água da área urbana do município de Tramandaí é operado pela CORSAN

e conta com um sistema central de abastecimento de água localizado na sede municipal. A área rural

conta com sistemas alternativos e soluções individuais de captação e reservação.

A captação na Lagoa Emboaba que abastece a área urbana está em boas condições, pois

apresenta uma estrutura de recalque.

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A estação de tratamento está com os equipamentos em boas condições, porém, a estação

elevatória contígua a ela não possui bombas reservas e devido a potência exigida pela adução de

água tratada e o tempo de operação diária no verão, os equipamentos são muito exigidos. É

necessária uma adequação da capacidade da ETA e da elevatória para a demanda atual e futura de

veraneio.

Já os sistemas alternativos individuais devem ser adequados às normas, como a Portaria n.518

do Ministério da Saúde, que prevê análises frequentes e tratamento da água captada para garantir a

eliminação de fatores patogênicos.

5.3.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências

Com o objetivo de compatibilizar as disponibilidades e as necessidades dos serviços de

saneamento, o município de Tramandaí tem no setor de abastecimento um excedente hídrico que

deve ser mais bem aproveitado para garantir as demandas de consumo no inverno e trabalhar melhor

a questão de consumo no verão.

De acordo com os dados apresentados na FASE C, algumas medidas que visam a

compatibilização das carências municipais em relação ao abastecimento de água são expostas a

seguir, servindo para a definição das metas da FASE E.

Aproveitamento do excedente hídrico do município, tanto superficial como subterrâneo.

Melhorias nas estruturas dos sistemas de abastecimento tratamento e reservação.

Implantação de programas informativos aos usuários.

Manutenção do índice atual de perdas (18,4%) e ampliação da produção de água

subterrânea.

Ampliação da reservação para dar maior folga ao tratamento.

Ampliação das redes rurais com implantação de cadastro de usuários.

Monitoramento dos sistemas individuais e coletivos sem tratamento.

Implantação da micromedição e tratamento completo, ou ao menos adição de cloro e flúor

nos sistemas isolados.

Fiscalização dos poços da área urbana e da abertura de novos poços.

Continuidade dos programas de proteção de fontes superficiais junto ao comitê de bacia.

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5.4 Esgotamento Sanitário

O município possui sistema de esgotamento sanitário atendendo 10% da área urbana, sendo

águas servidas geradas no centro urbano de Tramandaí, da parte não atendida pela rede, lançadas

nas drenagens pluviais seguindo até a laguna e o mar. A necessidade de ampliação da rede é muito

importante devido às características geográficas do município e sua balneabilidade.

Esta ação já esta sendo encaminhada pela municipalidade e CORSAN, que já estão em fase de

elaboração do projeto de ampliação da rede no município devido aos problemas apontados e às

exigências feitas pelo Ministério Público. Em função da topografia da sede, a implantação de uma

rede coletora por gravidade é dificultada, sendo mantida a condição atual de bombeamento para a

ETE situada na entrada da cidade.

5.4.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências

De acordo com os dados apresentados na FASE C (Diagnostico) e neste relatório, algumas

medidas que visam à compatibilização das carências municipais em relação ao esgotamento sanitário

são expostas a seguir, servindo para a definição das metas da FASE E.

Elaboração do projeto de ampliação do esgotamento sanitário da área urbana.

Adequação da legislação municipal e das ações de fiscalização de lançamentos clandestinos

e novas instalações sépticas.

Informação sobre a correta implantação e manutenção de sistemas individuais compostos por

fossa séptica e filtro anaeróbio, recomendados para sistemas individuais e de pequenos

grupos de domicílios e residências situadas em áreas mais isoladas.

Implantação de programa de controle sanitário envolvendo Secretarias, Vigilância Sanitária,

entre outros.

Priorização de áreas urbanas e rurais que apontem problemas de contaminação que venham

a ser identificados e monitorados pela Vigilância Sanitária.

5.5 Resíduos Sólidos

Com o objetivo de compatibilizar as disponibilidades e as necessidades dos serviços de

saneamento, o município de Tramandaí tem no setor de limpeza pública e coleta de resíduos, a partir

dos dados apresentados na FASE C e neste relatório, algumas medidas que visam a

compatibilização das carências municipais em relação a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

são expostas a seguir, servindo para a definição das metas da FASE D.

Como em Tramandaí o setor de coleta de resíduos é deficitário e toda a operação é

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terceirizada, havendo uma pequena porcentagem de coleta seletiva, é importante discutir alternativas

que melhorem a qualidade, o preço e a destinação dos resíduos domésticos. É importante ampliar a

abrangência da coleta em áreas rurais utilizando estratégias indicadas a seguir para garantir que não

seja destinado adequadamente os resíduos domiciliares.

Com relação à coleta de resíduos urbana, é importante destinar adequadamente, de preferência

utilizando métodos de compostagem, em local licenciado os resíduos coletados.

5.5.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências

Realizar os serviços de limpeza de ruas, calçadas, bocas-de-lobo, sarjetas, podas de árvore e

capina no perímetro urbano, de acordo com um cronograma definido esses serviços, para

garantir sua eficiência e abrangência.

Ampliação e padronização das lixeiras para de fácil manuseio para os moradores e para os

garis, devendo estar fora do alcance de animais.

Implantação de coleta seletiva de forma integrada com outros municípios para ampliar o

volume gerado, visando diminuir os custos dos serviços e ampliar a capacidade do aterro

sanitário.

Implantação de programa informativos sobre a correta separação dos resíduos nos

domicílios.

Implantação de coletores de material reciclável, ou Postos de Entrega Voluntária (PEV’s), em

locais estratégicos e de fácil acesso.

Implantação de um programa informativo e de pontos de entrega voluntária (PEV’s) de óleo

de cozinha usado, que ao invés de causar danos ao meio ambiente usado pode ser destinado

a empresas que trabalham na fabricação de sabão, de biodiesel entre outros.

Implantação de campanha informativas e de pontos de entrega voluntária (PEV’s) para o

recolhimento de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes.

Fiscalização da destinação adequada das embalagens de agrotóxicos, devendo ser

acondicionadas adequadamente e devolvidas ao fornecedor.

5.6 Drenagem pluvial urbana

Com o objetivo de compatibilizar as disponibilidades e as necessidades dos serviços de

saneamento, o município de Tramandaí tem no setor de drenagem urbana e manejo de águas

pluviais, a partir dos dados apresentados na FASE C e neste relatório, algumas medidas que visam a

compatibilização das carências municipais em relação a drenagem urbana e manejo de águas

pluviais são expostas a seguir, servindo para a definição das metas da FASE E.

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Tramandaí possui apresenta diversas áreas com problemas relacionados a alagamentos na

área urbana, devido a características geográficas, por apresentar um território plano, arenoso, com o

freático raso e conectado as águas superficiais, o que o faz aflorar em eventos mais intensos de

chuva. Além disso, a impermeabilização crescente aumenta este risco e diminui a infiltração.

A drenagem artificial implantada apresenta problemas de dimensionamento e manutenção, o

que a carreta erosão, inclusive na beira mar. O fato de não haver dados detalhados sobre a rede, já

constitui uma das carências apontadas pelo diagnóstico do plano.

5.6.1 Alternativas de Mitigação das Deficiências

Promover o cadastramento da rede e dos principais elementos de drenagem.

Priorizar a capacidade de infiltração da bacia por meio de controle de uso do solo.

Identificar as ligações clandestinas de esgoto existentes nas redes de drenagem pluvial e

promover sua adequação integrada com as ações ligadas ao esgotamento sanitário.

Fiscalização e controle de ocupações em margens de rios e pontos passíveis de alagamento.

Análise criteriosa de novos projetos de microdrenagem urbana em áreas de expansão

urbana, sendo avaliadas cotas de assentamento, declividade, diâmetro das galerias e

dimensionamento das bocas de lobo.

Novos loteamentos e novas estradas deverão ser precedidos de projetos de microdrenagem

para evitar transtornos e gastos futuros.

Regulamentação da captação e uso das águas pluviais em reservatórios individuais nas

residências, sendo restringido o uso para fins de consumo humano.

Utilização de pisos permeáveis em projetos de pavimentação e urbanísticos com o objetivo

de ampliar a capacidade de infiltração do solo.

Elaboração de um plano de arborização urbana para favorecendo a infiltração das águas

pluviais no solo e provocando uma evapotranspiração mais lenta.

Elaboração de um Plano Diretor de Drenagem Urbana com o objetivo de estabelecer ações a

curto, médio e longo prazos para reabilitar o sistema de drenagem existente na cidade,

ampliar a cobertura do serviço e aumentar sua eficiência, por meio da implantação de obras e

ações não estruturais como medidas normativas e informativas, contribuindo para a melhoria

da qualidade de vida da população.

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6. IDENTIFICAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

O Plano Municipal de Saneamento Básico deriva de um instrumento legal que visa a ampliação

da abrangência e da qualidade dos serviços prestados pela municipalidade ou concessionárias que

atuam no setor, devendo priorizar a gestão para otimizar a aplicação de recursos existentes ou

captados em fontes externas.

Sendo assim, é fundamental a integração intersetorial dentro das prefeituras, agrupando

setores, departamentos e secretarias que tem alguma interface no saneamento. O município tem

ações isoladas na secretaria de obras, de saúde, de educação, vigilância sanitária e no setor

financeiro que podem ser discutidas e focadas em metas mais abrangentes com o objetivo de

identificar dificuldades e amenizá-las gradativamente evitando ações emergenciais que requerem

altos investimentos.

Além disso, é importante haver uma integração interinstitucional entre entidades, órgãos

públicos, associações, concessionárias e a administração municipal focada na união de esforços em

prol do saneamento ambiental. O comitê de bacia, a Epagri, o Ministério Público, as concessionárias

de serviços de saneamento precisam concentrar junto com a municipalidade previamente organizada

e capacitada para agir de forma programada ações estruturais e não estruturais. Se cada elemento

envolvido com o saneamento tiver sua atribuição bem definida e bem executada as ações serão

otimizadas e os resultados acelerados.

Outra possibilidade de ampliação na abrangência e na qualidade dos serviços está relacionada

a integração regional dos municípios com a criação de consórcios intermunicipais para a gestão de

resíduos sólidos, sistemas de tratamento de esgoto, captação e de água e projetos de drenagem

quando for o caso.

É importante frisar que os próprios setores do saneamento não são isolados, sendo uma ação

eficiente realizada no esgotamento sanitário, refletida no abastecimento de água, por exemplo, e

todas elas em conjunto refletem na qualidade de vida e na saúde da população.

6.1 Alternativas institucionais dos serviços públicos de saneamento básico

Os aspectos ligados ao planejamento dos serviços de saneamento estão relacionados e às

condicionantes naturais do município e ao planejamento territorial do mesmo. Além disso, as

concessionárias e o poder público tem que considera os aspectos operacionais, o que leva a

necessidade de melhoria na gestão a partir da organização de dados que orientem a formulação de

estratégias de ações em constante evolução.

No município de Tramandaí, diversas ações que se referem ao saneamento são executadas por

setores distintos, não havendo a interação necessária para ampliar sua eficiência. Os aspectos

ligados a operação gestão da água ficam a cargo da CORSAN, a drenagem fica com a secretaria de

obras e a coleta de resíduos é terceirizada, sendo o esgotamento sanitário o setor mais carente de

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ações e de estratégias.

Para planejar e executar ações estruturais como obras de ampliação de água ou implantação de

esgotamento, ou não estruturais como campanhas informativas e controle de gastos, é necessário a

constante obtenção e análise de informações. Sendo assim, seria importante avaliar a criação de um

departamento/setor de saneamento ligado ao executivo municipal que possa iniciar a estruturação

das ações isoladas efetuadas atualmente e definir estratégias de aplicação dos recursos humanos e

financeiros disponíveis na melhoria dos serviços de saneamento.

As atribuições principais deste departamento/setor seriam as seguintes:

Promover a integração intersetorial do poder público municipal no que tange a

informações operacionais e financeiras ligadas ao saneamento;

Promover a integração interinstitucional das diversas entidades municipais e regionais

que possuem alguma interface com o saneamento, visando melhorar as ações de

coleta de dados, informação, capacitação, educação ambiental, fiscalização e

intervenções estruturais.

Promover a integração regional por meio de um Fórum permanente com a participação

de municípios, entidades de classe e instituições com interface no saneamento visando

obter solução no âmbito regional e a troca de informações.

Auxiliar na gestão dos recursos e na elaboração de projetos de captação ligados ao

saneamento.

A Lei Federal n°11.445/07 prevê a Constituição de um Conselho Municipal de Saneamento

que visa integrar diversos atores sociais estratégicos para auxiliar nos processos de avaliação

sistemática e democrática das ações programadas no presente Plano Municipal de Saneamento e

nas demais a serem implementadas no município.

Trata-se de um órgão de caráter deliberativo que deve assegurar representação de forma

paritária das organizações contendo representantes de setores da prefeitura relacionados ao setor de

saneamento básico; do Legislativo Municipal; de instituições com ações que se relacionam ao

saneamento ou que representes classes constituídas como Sindicatos, CDL, ONG's, além dos

envolvidos diretamente na prestação dos serviços de saneamento e da comunidade.

Para promover a fiscalização e a regulação tarifária, entre outras atribuições, a Lei Federal

11.445/07 propõe a criação de Agência Regulatória do Saneamento, visando editar normas

relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços. Este suporte é

fundamental ao planejamento e ao acompanhamento das atividades ligadas ao saneamento no

município.

A função de regulação deve ser exercida com autonomia administrativa, orçamentária e

financeira da entidade reguladora e independência decisória, dando suporte técnico e legal aos

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municípios a ela filiados. O Art. 22 da Lei 11,445/2007 dispões que o objetivo é estabelecer padrões e

normas para adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, além de garantir o

cumprimento das condições e metas estabelecidas.

A regulação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada pelos titulares a

qualquer entidade reguladora constituída dentro dos limites do respectivo Estado, explicitando, no ato

de delegação da regulação, a forma de atuação e a abrangência das atividades a serem

desempenhadas pelas partes envolvidas.

A opção de criação ou a filiação a uma Agência já existente fica a critério do município. Pode-se

optar pela criação de uma agência regulatória municipal ou regional em consórcio com outros

municípios, ou a inserção na agência regulatória estadual, a AGERGS – Agência Estadual de

Regulação dos Serviços Públicos do Rio Grande do Sul.

Para auxiliar na gestão dos recursos advindos de projetos ligados ao saneamento deve ser

criado o Fundo Municipal de Saneamento Básico, que visa financiar as ações públicas de

saneamento. Suas fontes de recursos podem ter origem no próprio orçamento do município ou de

outros níveis de governo, além de agências de financiamentos.

O Fundo visa subsidiar a universalização dos serviços no município e, secundariamente, de

constituir uma fonte complementar e permanente do financiamento das ações a custos subsidiados,

visando garantir a permanência da universalização e a qualidade dos serviços.

É importante que estes agentes da política de saneamento sejam ativos no município e avaliem

as possibilidades que podem surgir para determinados setores, como a criação de consórcio

intermunicipal, principalmente no que se refere aos resíduos sólidos, bem como outras formas de

gestão, como a prestação direta, a parceria público-privada e as autarquias.

Como o município já possui relação com a prestação direta no caso da coleta e destinação de

resíduos, também possui experiência na relação com autarquias, no caso do abastecimento de água,

sendo uma nova possibilidade a parceria público privas. Segundo a FIESP – Federação das

Indústrias de São Paulo, as vantagens da PPP, rígidas pela Lei Federal n. 11.079/2004 são as

seguintes:

6.1.1 Melhor relação custo-benefício

Sinergias ao combinar desenho, construção e exploração;

Custos adicionais decorrentes da necessidade de financiamento pelo setor privado são

compensados pelas sinergias obtidas;

Experiências anteriores confirmam este fato.

6.1.2 Melhorias de infra-estrutura

Os aspectos de PPP que estimulam a inovação e eficácia só melhoram a qualidade e

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quantidade de infra-estrutura no país;

São aplicáveis tanto para infra-estrutura básica, como água, saneamento,

telecomunicações e transporto, como para outros serviços públicos, como hospitais,

escolas e presídios.

6.1.3 Instalações mais eficientes e modernas

Uma vez que o setor privado é remunerado de acordo com metas de qualidade dos

serviços, os contratos de PPPs estimulam os investimentos em instalações mais

eficientes e modernas para gerar eficiência e reduzir riscos;

Os setores público e privado devem trabalhar juntos de modo a superar possíveis

problemas, como restrições de capacidade ou atrasos Inovação e disseminação de

melhores práticas;

A competência e experiência do setor privado estimula a inovação, resultando em

custos menores, menores prazos de entrega e melhores processos operacionais, de

gestão e construção das instalações;

O desenvolvimento destas práticas se aplica a futuros projetos, de modo a facilitar a

disseminação de melhores praticas de serviços públicos.

6.1.4 Manutenção dos níveis

Os bens e serviços se manterão a um nível pré-determinado durante a vigência do

contrato;

O setor privado somente irá receber pelo serviço uma vez que esse for entregue ao

nível ideal exigido;

Este fato contrasta com o serviço público convencional, no qual a manutenção de ativos

e qualidade de serviços dependem da disposição do governo de injetar recursos

continuamente.

6.1.5 Flexibilidade

As PPPs são modelos operacionais adaptáveis à maioria dos projetos de infra-estrutura.

Outra alternativa que tem trazido bastante benefícios aos municípios é a criação de parcerias

em âmbito regional na forma de consorcio intermunicipais, que segundo o Instituto Polis, são

entidades que reúnem diversos municípios para a realização de ações conjuntas que se fossem

produzidas pelos municípios, individualmente, não atingiriam os mesmos resultados ou utilizariam um

volume maior de recursos.

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Os consórcios intermunicipais possuem personalidade jurídica, em geral assumindo a figura de

sociedade civil, estrutura de gestão autônoma e orçamento próprio. Também podem dispor de

patrimônio próprio para a realização de suas atividades. Seus recursos podem vir de receitas próprias

que venham a ser obtidas com suas atividades ou a partir das contribuições dos municípios

integrantes, conforme disposto nos estatutos do consórcio. Todos os municípios podem dar a mesma

contribuição financeira, ou esta pode variar em função da receita municipal, da população, do uso dos

serviços e bens do consórcio ou por outro critério julgado conveniente.

A gestão, normalmente é realizada por um Conselho de Administração, composto pelos

prefeitos dos municípios integrantes. É interessante, também, incorporar representantes dos

legislativos municipais e entidades da sociedade civil.

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7. REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA), Disponível em:< http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx>. Acesso em 22 de Outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS, Disponível em: <http:http://www.fecam.org.br/associacoes/index.php>. Acesso em 19 de Outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO ENTRE RIOS (AMERIOS) Disponível em:< http://www.amerios.org.br/municipios/index.php>. Acesso em 19 de Outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO EXTREMO OESTE CATARINENSE (AMEOSC) Disponível em:< http://www.ameosc.org.br/municipios/index.php>. Acesso em 19 de Outubro de 2010

CHISTOFOLETTI, Antonio: Geomorfologia; A análise de Bacias Hidrográficas, 2ª edição,São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1980. (Shreve, 1974).

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO (CORSAN). Disponível em:< http://www.CORSAN.com.br/.Acesso em 05 de Outubro de 2010.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Disponível em:< http://www.mma.gov.br/port/conama/legi.cfm >. Acesso em 04 de Outubro de 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTÁTISTICAS (IBGE).BASE DE DADOS Disponível em:< ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/topograficos/topo50/vetor/./>. Acesso em 01 de Novembro de 2010.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA), Disponível em:< http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm/ >. Acesso em 10 de Novembro de 2012

PREFEITURA MUNICPAL DE TRAMANDAÍ, Disponível em:<http://www.Tramandaí.rs.gov.br/ Acesso em 12 de Agosto de 2013

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES DE SANEAMENTO (SNIS).Disponível em: < http:// www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=6>. Acesso em 13 de setembro de 2013