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Ministério dos Transportes Secretaria de Política Nacional de Transportes Brasília, 18 de Junho de 2015 Plano Hidroviário Estratégico PHE Visão da Análise Multicritério com foco Socioambiental

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Ministério dos Transportes Secretaria de Política Nacional de Transportes

Brasília, 18 de Junho de 2015

Plano Hidroviário Estratégico PHE

Visão da Análise Multicritério com foco Socioambiental

PHE – OBJETIVO

Crescimento do volume de carga transportado atualmente por hidrovias,

com pouca probabilidade de ser transportado por outros modos;

Fluxos de cargas adicionais nas hidrovias, provenientes de investimentos

em empreendimentos específicos e sistemas logísticos;

Fluxos atuais e adicionais nas hidrovias, em forte concorrência com

outros modos e cadeias de transporte.

Transportar mais de 110 milhões de toneladas de carga por

meio do transporte hidroviário interior em 2031

PHE – METAS

120 milhões de toneladas Objetivo

Rede hidroviária brasileira ampliada

e com nível de serviço adequado

Metas Sistema de transporte confiável e

desenvolvido

Sustentabilidade Econômica

Coesão Institucional

Sustentabilidade Ambiental

Sustentabilidade Social

ANÁLISE MULTICRITÉRIO

PHE – VARIÁVEIS

Variáveis passíveis de serem analisadas nas bacias hidrográficas

foram agrupadas em blocos de 8 variáveis de navegabilidade e 9

variáveis de vulnerabilidade socioambientais.

Mensuração das variáveis foram coletadas a cada 10 km.

Na análise das variáveis foi possível identificar trechos com

diferentes níveis de criticidade relativas à navegabilidade, assim

como diferentes níveis de vulnerabilidades socioambientais.

Diagnóstico da Navegabilidade

1- Profundidade mínima;

2 - Largura mínima;

3 - Sinuosidade: variação de 1 a 5, quanto maior mais crítico;

4 - Energia: relacionada a declividade (baixa, média e alta);

5 - Anteparos naturais: barreiras naturais e acidentes fisiográficos;

6 - Empecilhos físicos à navegação: barragens e pontes;

7- Tipo de Leito: Classificação em rochoso, sedimentar ou misto;

8 - Assoreamento: processo de sedimentação ao longo do rio;

PHE – VARIÁVEIS

Vulnerabilidades Socioambientais

Meio Biótico

1 - Unidade de Conservação de Proteção

Integral (UC-PI);

2 - Unidade de Conservação de Uso Sustentável

(UC-US);

3 - Áreas Prioritárias para Conservação da

Biodiversidade (APCB);

4 - Percentagem da Cobertura Vegetal;

Meio Físico 5 - Mineração: lavra e garimpo;

6 - Espeleologia;

Meio Sociocultural

7 - Comunidades Quilombolas;

8 - Assentamentos do INCRA;

9 - Terras Indígenas;

PHE – VARIÁVEIS

Visando estabelecer uma padronização dos resultados passível de

comparação, foi adotada uma métrica variando de 1 a 5, de acordo

com a intensidade de ocorrência de cada variável, com classes

definidas de forma crescente. Assim, o valor 1 corresponde a não

ocorrência da variável e a métrica 5 aponta trechos com muita

ocorrência.

PHE – METODOLOGIA DE CÁLCULO COMPARATIVO

Após o estabelecimento dessas métricas, foram arbitrados pesos

para cada variável, considerando a importância destas nos

processos de avaliação de impacto tendo em vista licenciamentos

e autorizações emitidas pelos órgãos competentes.

PHE – METODOLOGIA DE CÁLCULO COMPARATIVO

A construção do indicador buscou sintetizar os resultados obtidos na

interpretação das ocorrências de cada variável nos trechos das hidrovias

analisadas, considerando a intensidade e importância em dois contextos:

Diagnóstico de navegabilidade;

Vulnerabilidade socioambiental para possíveis intervenções.

PHE – METODOLOGIA DE CÁLCULO COMPARATIVO

Vulnerabilidade socioambiental para possíveis intervenções

Partiu-se do princípio de evidenciar e categorizar os níveis dos

potenciais conflitos provenientes da implantação de obras de apoio

(construção de terminais, portos, obras de derrocamento e dragagem )

nas hidrovias, que demandem atenção e ações relativas à gestão

ambiental em suas etapas de implantação e operação.

Foram analisados também as características socioambientais no entorno

dos rios em uma faixa de 10 km a partir de cada lado da margem dos rios.

PHE – METODOLOGIA DE CÁLCULO COMPARATIVO

O valor 1 corresponde a inexistência de conflitos e o valor 5

representa as variáveis que demandam maior atenção nas

tratativas relacionadas ao licenciamento ambiental.

PHE – METODOLOGIA DE CÁLCULO COMPARATIVO

PHE – Sistemas Hidroviários

SISTEMA HIDROVIÁRIO - SH EXTENSÃO

(KM) %

SH Amazonas 12.076 34,29

SH Tocantins 4.600 13,06

SH Paraná-Tietê 3.860 10,96

SH Madeira 2.765 7,85

SH Paraguai 2.700 7,67

SH Tapajós 2.610 7,41

SH São Francisco 2.550 7,24

SH Parnaíba 1.460 4,15

SH Sul 1.360 3,86

SH Uruguai 1.240 3,52

TOTAL 35.221 100,00

PHE – Diagnóstico da Navegabilidade

Os rios mais favoráveis à

navegação são os rios de

planícies, caracterizados

por uma declividade

suave e regular,

razoavelmente largos e

somente alguns pontos

assoreados.

PHE – Vulnerabilidade Socioambiental

Características

socioambientais do

entorno dos rios,

considerando 9 variáveis

correlacionadas em

categorias de criticidade.

De acordo com o despacho do IBAMA, de 25/09/2006, deverão

ser licenciadas as atividades de dragagem, derrocamentos,

barragens, eclusas, portos, oficinas e estaleiros, ou seja, as obras

civis e hidráulicas que acontecem na hidrovia e não a hidrovia

propriamente dita.

Já as hidrovias artificiais, dependem de licenciamento ambiental

prévio, bem como as licenças de instalação e operação mediante

apresentação de estudo ambiental.

PHE – Licenciamento Ambiental

PHE – Outorga

Cabe esclarecer que no nível federal em face da Resolução ANA

833/11, estão sujeitos a outorga todos os usos que causem

alteração no regime de vazões ou os aproveitamentos de

potencial hidrelétrico, em recursos hídricos de domínio da União .

A navegação e as hidrovias não estão sujeitos a outorga dos

direitos de uso d’água. No entanto, dragagens com bombas de

sucção, derrocamentos, e eclusas que se fizerem necessárias para

a hidrovia poderão sujeitar-se a outorga federal desde que a

interferência com a vazão seja significativa.

PHE – Diagnóstico da Navegabilidade, SH Amazonas

PHE – Diagrama Unifilar do Diagnóstico da Navegabilidade

PHE – Vulnerabilidade Socioambiental, SH Amazonas

PHE – Diagrama Unifilar Socioambiental

PHE – Análise Custo-Benefício

O desenvolvimento do modelo custo-benefício admitiu que os

investimentos em hidrovias serão realizados em 6 anos a partir de 2015;

Os benefícios desses investimentos (economia nos custos de

transporte, etc) começarão a partir de 2021 e permanecerão até 2045.

PHE – Análise ACB

A estratégia 2B indica

coeficiente B/C maior do

que 1, sendo considerada

economicamente viável e

com volume de THI

superior ao objetivo

principal.

PHE – Análise Multicritério (AMC)

As 8 estratégias de desenvolvimento foram analisadas e apresentadas em uma matriz.

Compara as estratégias de desenvolvimento abordando a combinação de hidrovias que

propicie o melhor plano estratégico, considerando o equilíbrio entre as quatro

dimensões (sustentabilidade econômica, social e ambiental e coesão institucional).

PHE – Análise Multicritério (AMC)

Sustentabilidade

Ambiental

Maximização

eficiência

ambiental

Minimização

vulnerabilidades

ambientais

Redução de

emissões de

CO2 e NOx

Áreas de

conservação,

prioritárias para

conservação,

espeleologia e de

dragagens

atravessadas

PHE – Análise Multicritério (AMC)

PHE – Análise AMC

Vulnerabilidade Socioambiental

No sistema hidroviário Tocantins-Araguaia

a presença da ilha do Bananal merece

atenção especial.

No rio Paraná há dois importantes parques

nacionais (Parque Nacional do Iguaçu e

Parque Nacional Ilha Grande), que são UCs de

proteção integral.

Os lagos do sistema hidroviário do Sul

(Lagoa Mirim e Lagoa dos Patos) também têm

grande importância para a conservação da

biodiversidade.

PHE – Análise Multicritério (AMC)

Resultados da AMC

A estratégia com a classificação mais

alta é a Alt. 8, especialmente por sua

alta pontuação na dimensão econômica

e na dimensão institucional Sob as

dimensões de sustentabilidade social e

ambiental, também apresenta boa

pontuação, mas não é a mais elevada.

Resultado de um equilíbrio bem

definido entre dimensões envolvidas

PHE – Estratégia Selecionada

A estratégia selecionada foi a

alternativa 8, que consiste em uma

pequena adição à estratégia

Expansão 2B, acrescentando um

trecho hidroviário extra – Sistema

Hidroviário dos rios Tapajós

Teles Pires, de Itaituba a Cachoeira

Rasteira.

Envolve o total de oito sistemas

hidroviários.

O transporte hidroviário mostra-se o mais adequado para as áreas sensíveis, devido ao

menor impacto ambiental, comparadas a outros modos de transporte.

O planejamento das obras de engenharia, necessárias para o desenvolvimento desse modal,

deve ser realizado considerando as características ambientais das vizinhanças e das

comunidades tradicionais que vivem próximos aos rios.

As ações aplicadas na rede hidroviária precisam maximizar o investimento público e ao

mesmo tempo melhorar a competitividade do setor privado.

As hidrovias estudadas no PHE, bem como as obras necessárias à sua consecução, são de

interesse social e utilidade pública, buscando a integração das regiões, por meio de redes

caracterizadas como vias de transporte de longa distância, de natureza multimodal, com alta

capacidade operacional e baixo custo, capazes de contribuir para facilitar o acesso a mercados

e melhorar a competitividade do sistema econômico nacional.

PHE – Considerações Finais

Ministério dos Transportes

Secretaria Nacional de Política de Transportes

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