plano diretor de mobilidade urbana (pdmu) etapa ii ... · federal nº 12.587 de 3 de janeiro 2012,...
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II PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
PLANO DIRETOR DE MOBILIDADE URBANA (PDMU)
ETAPA II - DIAGNÓSTICO
SAFRA PLANEJAMENTO E GESTÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTÃO/RS
MARIA ODETE RIGON
Prefeita Municipal
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico III
Safra Planejamento e Gestão
EMPRESA DE PLANEJAMENTO CONTRATADA
SAFRA GEOTECNOLOGIA E GESTÃO LTDA - ME
CNPJ: 08.021.788/0001-24
Rua Doutor Bruno Chaves, 175, Três Vendas
CEP 96055-040 - Pelotas /RS
www.safraplanejamento.com.br
EQUIPE TÉCNICA
Fabrício Vergara Mota
Arquiteto e Urbanista - Especialista em Geoprocessamento CAU A32284-9
Gestor do Projeto
Osmani Vicente Jr.
Arquiteto e Urbanista - Especialista em Gestão Ambiental em Municípios CAU A23196-7
Cristiane Thiemi Matsuoka
Engenheira Cartógrafa - Engenheira de Segurança do Trabalho CREA RS-147.303
Márcio Catharin Marchetti
Bacharel e Mestre em Geografia CREA-PR 133609
Luciana Quevedo Nunes Honda
Arquiteta e Urbanista - Especialista em Planejamento Ambiental CAU A29674-0
Coordenadora Geral
Maurício Fernandes da Silva
Advogado - Mestre em Direito - OAB-RS 53419
Tatiane Monteiro Caldeira
Assistente Social CRESS 9744 - 11ª Região/PR
Andréia Cristina da Cruz
Socióloga
Eduardo Valero Molina
Auxiliar de Geoprocessamento
Vinicius dos Santos Pinto
Estagiário
Camilla Miranda Pinheiro
Auxiliar Administrativo
Rodrigo de Rose Vasconcellos
Publicitário
IV PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
COMITÊ EXECUTIVO MUNICIPAL (CEM)
Portaria nº 402, de 18 de maio de 2015.
Rudimar Koller
Coordenador Político
Gianfranco Consoli
Coordenador Técnico
André Lygeros das Chagas
Arquiteto
Araí Cavalli
Administrador
Gilberto Martins
Advogado
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico V
Safra Planejamento e Gestão
GRUPO DE TRABALHO DE APOIO (GTA)
Portaria nº 402, de 18 de maio de 2015.
Jane Mari Reginato
Secretaria Municipal de Administração e Planejamento
Ieda Elza Möllerke
Secretaria Municipal da Fazenda
Júlio César Gomes Rodrigues
Secretaria Municipal de Obras e Viação
Jorge Anderson Furtado Soares
Secretaria Municipal de Educação
Ricardo Serafim
Secretaria Municipal de Saúde
Gisele Pavão
Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente
Leonira Veloso Leal
Secretaria da Assistência Social
Luiz Bernardo Ciceri
Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços
João Carlos Schmitt
Procuradoria Jurídica
VI PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
SUMÁRIO
EMPRESA DE PLANEJAMENTO CONTRATADA .............................................................. III COMITÊ EXECUTIVO MUNICIPAL (CEM) ........................................................................... IV GRUPO DE TRABALHO DE APOIO (GTA) ........................................................................... V SUMÁRIO ...................................................................................................................................... VI LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................. VIII LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................... IX LISTA DE GRÁFICOS ................................................................................................................... X
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ............................................... 17
2.1 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................................ 18 2.2 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................. 18 2.3 ASPECTOS FÍSICOS ........................................................................................................ 18
2.3.1 Bioma ....................................................................................................................... 18 2.3.2 Hidrografia ............................................................................................................ 21 2.3.3 Geologia ................................................................................................................. 21 2.3.4 Clima ........................................................................................................................ 22
3. CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ..................... 25
3.1 DENSIDADE E CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO ................................................. 26 3.2 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL ............................... 30 3.3 EDUCAÇÃO ....................................................................................................................... 32 3.4 TRABALHO E RENDA .................................................................................................... 34 3.5 HABITAÇÃO E VULNERABILIDADE SOCIAL ......................................................... 36 3.6 ECONOMIA ....................................................................................................................... 37
4. CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS DE USO DO SOLO ........................... 39
4.1 TIPOLOGIAS DE USO DO SOLO ............................................................................... 40
5. METODOLOGIA DAS PESQUISAS ............................................................... 43
6. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO .................................................. 47
6.1 PRINCIPAIS ACESSOS ................................................................................................... 48 RS-240 ...................................................................................................................................... 48 RS-239 ...................................................................................................................................... 48 RS-122 ...................................................................................................................................... 49
6.2 BARREIRAS FÍSICAS ....................................................................................................... 50 6.3 DECLIVIDADE ................................................................................................................... 51 6.4 ASPECTOS GERAIS DAS VIAS DE PORTÃO .......................................................... 54 6.5 OFERTA DE ESTACIONAMENTOS ............................................................................ 61
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico VII
Safra Planejamento e Gestão
Estacionamento em Via Pública .................................................................................... 61 6.6 SINALIZAÇÃO VIÁRIA ................................................................................................... 62
7. CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DE CIRCULAÇÃO ............................. 65
7.1 ANÁLISE DA CONTAGEM VOLUMÉTRICA ........................................................... 70 Av. Ceará x RS-240 .............................................................................................................. 70 RS-240 x Rua Uruguaiana ................................................................................................ 72 Av. Brasil x Av. Brasília ....................................................................................................... 74 Av. Pátria x Av. Brasília....................................................................................................... 75
8. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO ............... 81
8.1 SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO ............................................... 82 Veículos ................................................................................................................................... 88 Infraestrutura ........................................................................................................................ 88 Quantidade de Usuários e Valores ............................................................................... 89 Configuração das Linhas .................................................................................................. 89
8.2 SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO NÃO COLETIVO .................................... 91 Táxi ............................................................................................................................................ 91 Vans .......................................................................................................................................... 91
9. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE NÃO MOTORIZADO
........................................................................................................................ 93
9.1 TRANSPORTE CICLOVIÁRIO ...................................................................................... 94 9.2 TRANSPORTE A PÉ ........................................................................................................ 98
10. ANÁLISE DE ACIDENTES ....................................................................... 111
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 117
ANEXOS ................................................................................................................ 121
Anexo I - Questionário on line .....................................................................................122 Anexo II - Questionário Origem/Destino .................................................................127 Anexo III - Modelo da Contagem Volumétrica .....................................................128 Anexo IV - Questionário para Pedestres ..................................................................129
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................130
VIII PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo ..................................................................... 41 Figura 2 - Rodovia Estadual RS-240. ....................................................................................... 48 Figura 3 - Rodovia Estadual RS-239. ....................................................................................... 49 Figura 4 Rodovia Estadual RS-122. .......................................................................................... 50 Figura 5 - Barreiras Físicas em Portão. ................................................................................... 51 Figura 6 - Declividade em Portão. ........................................................................................... 53 Figura 7 - Perfis das Vias em Portão. ...................................................................................... 54 Figuras 8 a 10 - Levantamento de Campo dos Tipos de Vias. ..................................... 55 Figura 11 - Mapa dos Perfis das Vias em Portão ............................................................... 56 Figura 12 - Mapa de Pavimentação das Vias em Portão. ............................................... 58 Figura 13 - Mapa de Meio-fio nas Vias em Portão. .......................................................... 60 Figuras 14 a 17 - Sinalização Semafórica. ............................................................................. 63 Figura 18 - Mapa Av. Ceará x RS-240. .................................................................................... 71 Figura 19 - Mapa RS-240 x Rua Uruguaiana. ...................................................................... 73 Figura 20 - Mapa Av. Brasil x Av. Brasília. ............................................................................. 74 Figura 21 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília. ............................................................................. 76 Figura 22 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília. ............................................................................. 78 Figura 23 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília. ............................................................................. 88 Figuras 24 a 27 - Ciclovia na Avenida Brasil. ....................................................................... 95 Figura 28 - Ausência de Calçada. .......................................................................................... 100 Figuras 29 e 30 - Rampas de Acessibilidade. ................................................................... 101 Figura 31 - Guia Rebaixada com Indicação na Rua Nove de Outubro. ................. 102 Figura 32 - Acidentes de Trânsito com Lesões Corporais em Portão (2010 - 2014).
................................................................................................................................................. 113 Figura 33 - Acidentes de Trânsito com Danos Materiais em Portão (2010 - 2014).
................................................................................................................................................. 115
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico IX
Safra Planejamento e Gestão
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - População Total, por Gênero, Rural/Urbana (1991 - 2010). .................... 26 Tabela 2 - Projeção Populacional de Portão (2015 - 2035). .......................................... 28 Tabela 3 - Longevidade, Mortalidade e Fecundidade em Portão (1991 - 2010). . 30 Tabela 4 - Renda, Pobreza e Desigualdade em Portão (1991 - 2010). ..................... 34 Tabela 5 - Indicadores de Habitação em Portão (1991 - 2010). .................................. 36 Tabela 6 - Vulnerabilidade Social em Portão (1991 - 2010).......................................... 36 Tabela 7 - Perfis das Vias em Portão. ..................................................................................... 57 Tabela 8 - Pavimentação das Vias em Portão. .................................................................... 57 Tabela 9 - Presença de Meio-fio nas Vias em Portão. ..................................................... 59 Tabela 10 - Frota de Veículos em Portão (2013). .............................................................. 66 Tabela 11 - Linhas Urbanas de Portão (2015). .................................................................... 82 Tabela 12 - Linha Interdistrital: Portão - Macaco Branco. .............................................. 84 Tabela 13- Linha Interdistrital: Portão - Socorro - Fazenda das Palmas - Sanga
Funda. ...................................................................................................................................... 85 Tabela 14 - Linha Metropolitana: Rincão do Cascalho - Novo Hamburgo (Via
Estrada Velha). ...................................................................................................................... 86 Tabela 15 - Linha Metropolitana: Capela - Novo Hamburgo (Via Estrada Velha).
.................................................................................................................................................... 86 Tabela 16 - Linha Metropolitana: Montenegro - São Leopoldo (Estação do Trem).
.................................................................................................................................................... 86 Tabela 17 - Linha Metropolitana: Montenegro - Novo Hamburgo (via Vila
Scharlau). ................................................................................................................................ 87
X PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Temperatura Média Mensal de Portão/RS em 2014 ................................. 23 Gráfico 2 - Evolução da População Urbana e Rural de Portão - 1970 a 2010. ...... 27 Gráfico 3 - Taxa de Crescimento Urbano de Portão - 1970 a 2010. .......................... 27 Gráfico 4 - Pirâmide etária de Portão, Distribuição por Sexo Segundo os Grupos
de Idade (2010). ................................................................................................................... 29 Gráfico 5 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (1991- 2010). ............ 31 Gráfico 6 - Evolução do IDHM em Portão (1991 - 2010). ............................................... 32 Gráfico 7 - Fluxo Escolar por Faixa Etária - Portão (1991 - 2010). .............................. 33 Gráfico 8 - Escolaridade da População Adulta de Portão (1991 - 2010). ................. 34 Gráfico 9 - Taxa de Atividade e Desocupação da População de 18 anos ou mais
de Portão (2010). ................................................................................................................. 35 Gráfico 10 - Despesas e Receitas Orçamentárias de Portão (2015). .......................... 37 Gráfico 11 - Produto Interno Bruto (Valor Adicionado) de Portão............................. 37 Gráfico 12 - Vagas em Vias Públicas no Município de Portão. .................................... 62 Gráfico 13 - Evolução da Frota de Veículos no Município de Portão. ....................... 67 Gráfico 14 - Principal Meio de Locomoção no Município de Portão. ....................... 68 Gráfico 15 - Frequência em que Utiliza Veículo no Município de Portão................ 69 Gráfico 16 - Dificuldades Encontradas no Trânsito no Município de Portão. ........ 70 Gráfico 17 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Ceará x RS-240). .............................. 71 Gráfico 18 - Fluxos de Tráfego Equivalente (RS-240 X Rua Uruguaiana). ................ 73 Gráfico 19 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasil x Av. Brasília). ....................... 75 Gráfico 20 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasília x Av. Pátria)........................ 77 Gráfico 21 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasília x Av. Pátria)........................ 78 Gráfico 22 - Dificuldades ao Utilizar o Transporte Público no Município de
Portão. ...................................................................................................................................... 91 Gráfico 23 - Frequência em que Utiliza Bicicleta no Município de Portão. ............. 96 Gráfico 24 - Empecilhos para não Utilizar Bicicleta no Município de Portão. ........ 97 Gráfico 25 - Ruas com Adaptação para Pessoas com Deficiência Física em Portão.
................................................................................................................................................. 102 Gráfico 26 - Principais Dificuldades Encontradas como Pedestre no Passeio
Público em Portão. ........................................................................................................... 103 Gráfico 27 - Qualidade das Calçadas em Portão. ........................................................... 104 Gráfico 28 - Indicadores Considerados Importantes em uma Calçada em Portão.
................................................................................................................................................. 105 Gráfico 29 - Motivos para Realizar Atividades Cotidianas a pé em Portão.......... 106 Gráfico 30 - Cordialidade de Motoristas com os Pedestres em Portão. ............... 107 Gráfico 31 - Sinalização para Pedestres em Portão. ...................................................... 108 Gráfico 32 - Respeito à Sinalização de Trânsito em Portão. ...................................... 109 Gráfico 33 - Acidentes de Trânsito com Lesões Corporais em Portão (2010 -
2014). ..................................................................................................................................... 112
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico XI
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 34 - Acidentes de Trânsito com Danos Materiais em Portão (2010 -
2014). ......................................................................................................................................114
14 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Este documento tem o objetivo de apresentar o Diagnóstico para a
elaboração do Plano Diretor de Mobilidade Urbana - PDMU - de Portão, em
cumprimento ao contrato, firmado entre a Prefeitura Municipal de Portão e a
empresa Safra Planejamento e Gestão em 07/04/2015.
Com base na Etapa anterior, a equipe da Safra elaborou o documento do
Diagnóstico, de modo a promover a leitura das informações colhidas e sua
análise para identificar os problemas existentes. Foi o momento, também, de
sistematizar adequadamente as informações sobre as condições locais de
mobilidade, oferecendo uma síntese de dados quantitativos e indicadores, como
por exemplo: a quantidade de passageiros transportados, de frota, de viagens, e
outros dados do serviço de transporte coletivo; perfil dos deslocamentos
realizados pela população e os modos empregados; dados sobre a infraestrutura
viária (extensão pavimentada, larguras viárias, etc.). Foi segmentado em blocos
de análise com dados e indicadores sobre:
Padrões de mobilidade da população;
Descrição e características do sistema viário;
Circulação de tráfego;
Sistema de transporte coletivo;
Circulação de bicicletas;
Acessibilidade e condições para a mobilidade a pé;
Modos de transporte público não coletivos;
Circulação de mercadorias;
Modelo institucional e base normativa;
Organização da gestão pública;
Políticas públicas de mobilidade e transporte;
Políticas urbanas e seu reflexo na política de mobilidade.
Além dos dados quantitativos, o diagnóstico apresentou uma abordagem
dos aspectos qualitativos oriundos da compreensão dos técnicos e dirigentes
públicos e da sociedade, ouvidos na etapa de consulta. Os trabalhos, por serem
caracteristicamente analíticos, tem uma divisão de tarefas mais agrupada,
diferente de etapas de trabalho em que se identifica uma rotina. Trata-se, em
essência, da produção de mapas, tabelas, gráficos e textos que representem as
informações colhidas e as reflexões sobre as principais questões, com indicativos
de como elas poderão ser tratadas, em momento mais avançado da elaboração
do Plano.
16 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Mobilidade urbana pode ser entendida como a capacidade de
deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização das
atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de modo confortável e
seguro1. As condições de mobilidade são afetadas diretamente pelo espaço
urbano em função das características de relevo e de hidrografia, vias e calçadas,
redes regulares de transporte urbano, qualidade de seus serviços e preços.
A análise da mobilidade na cidade deve considerar os diversos sistemas
componentes da mobilidade, buscando melhor aproveitar as oportunidades de
estruturação decorrentes do planejamento municipal. Neste sentido, a Lei
Federal nº 12.587 de 3 de janeiro 2012, que institui a Política Nacional de
Mobilidade, objetiva contribuir para o acesso universal à cidade, estabelecendo
que as condições para os deslocamentos das pessoas e bens estão relacionadas
ao desenvolvimento urbano e à melhoria do transporte público, e obriga
municípios acima de 20.000 habitantes a elaborarem um Plano de Mobilidade
Municipal.
Atendendo às diretrizes da Política Nacional de Mobilidade, o presente
documento também compõe uma das etapas do processo de mobilização e
participação popular na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Portão.
1 Vale ressaltar que os deslocamentos das pessoas são permeados por dois conceitos básicos, a
mobilidade e a acessibilidade. O primeiro refere-se à capacidade das pessoas de se deslocarem nas
cidades visando à execução de suas atividades. Já a acessibilidade é a possibilidade de atingir os
destinos desejados.
18 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
2.1 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
O município de Portão teve início em terras do antigo município de Porto
Alegre. Em 1788 já tinha sido iniciado seu povoamento, com uma fazenda
imperial, para criação de gado. Esta tinha um grande portão para impedir que o
gado fugisse.
Portão já constituía o 8º Distrito de São Sebastião do Caí desde abril de
1930. Todavia, somente pelo Decreto-lei Estadual nº 7.199, de 1938, a sede foi
elevada à vila.
Com o progresso do distrito de origem alemã, foi realizada em 1963 a
consulta plebiscitária para sua emancipação, o que ocorreu em 9 de outubro do
mesmo ano, pela Lei Estadual nº 4.579. A área foi formada pela divisa entre os
municípios de São Sebastião do Caí, Canoas, Estância Velha e São Leopoldo.
2.2 LOCALIZAÇÃO
O município de Portão está situado na altitude média de 50 metros acima
do nível do mar, nas coordenadas geográficas de Latitude 29º42'04'' Sul e
Longitude 51º14'34'' Oeste de Greenwich, com área territorial de 159,9 km²,
segundo o IBGE, fazendo limite com os municípios de Capela Santana, Estância
Velha e São Leopoldo. Portão está inserido na Microrregião de Montenegro, e
na Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre.
O acesso a Portão acontece, principalmente, pelas RS-122, RS-240 e RS-
239. As principais distâncias da cidade de Portão são: Novo Hamburgo 10 km,
São Leopoldo 10 km, Sapucaia do Sul 18 km, Esteio 19 km, Canoas 25 km e
Porto Alegre 36 km.
2.3 ASPECTOS FÍSICOS
2.3.1 Bioma
O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) é o “conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de
tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições
geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em
uma diversidade biológica própria”. Em outras palavras, ele pode ser definido
como uma grande área de vida formada por um complexo de ecossistemas com
características homogêneas.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 19
Safra Planejamento e Gestão
O bioma do município de Portão é a Mata Atlântica e os Pampas. De
acordo com a definição do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Mata
Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas:
Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual
e Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais e
campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente
1.300.000 km² em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de
vegetação nativa estão reduzidos a, aproximadamente, 22% de sua cobertura
original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de
7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo
reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de
20.000 espécies vegetais (aproximadamente 35% das espécies existentes no
Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa
riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na América do
Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente
prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à fauna, os
levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de
aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca
de 350 espécies de peixes.
Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem
importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem
em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro,
prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais
hídricos, assegura à fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas,
controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de
preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas
protegidas, como as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são
fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da
diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.
No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda
permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e
consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da
biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para
a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da
recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, bem
como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela Mata
Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a conservação e
recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei nº 11.428/2006
e o Decreto nº 6.660/2008, que regulamentou a referida lei.
20 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Na região Sul e também em Portão predomina outro bioma: Pampa. Este
bioma está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de
176.496 km2 (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a
2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de
serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso
patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa
se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a
presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau ferro, formações
arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, entre outros.
Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta
flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente
descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3.000 espécies de
plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies
(campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, barbas-de-bode, cabelos de-porco,
dentre outras). Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de
compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o
amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem
ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais
típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí
(Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas
no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema
(Rhea americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura
maculosa), o quero-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus
correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus
saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem
mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho
(Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o
preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa
abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como:
Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster
furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e
algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus
bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-
barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides
mixtus) (Brasil, 2003).
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 21
Safra Planejamento e Gestão
Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância
nacional e global. Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero
Guarani.
Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos
tem sido a principal atividade econômica da região. Além de proporcionar
resultados econômicos importantes, tem permitido a conservação dos campos e
ensejado o desenvolvimento de uma cultura mestiça singular, de caráter
transnacional representada pela figura do gaúcho.
2.3.2 Hidrografia
O município de Portão se localiza no divisor de duas bacias hidrográficas:
Bacia do Rio Caí e a Bacia do Rio dos Sinos. A maior parte da Cidade está
inserida na bacia do Rio dos Sinos, representando 87% e apenas 13% na Bacia
do Rio Caí.
De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), a bacia
hidrográfica do Rio dos Sinos possui uma área de 3.820 km2, envolvendo 32
municípios. O Rio dos Sinos tem cerca de 190 km de extensão de curso até a sua
foz. Somados aos demais corpos d’água da bacia, totalizam uma rede de
drenagem de 3.741 km de extensão. Seus principais afluentes são o Rio Rolante,
Rio da Ilha e o Rio Paranhana, todos com nascentes da região serrana. Na
porção inferior recebe ainda contribuições dos arroios Sapiranga, Pampa, Luis
Raul, Portão, João Corrêa, Sapucaia e outros. O rio dos Sinos passa pelo
município de Portão no seu percurso inferior, ou seja, de deságue.
A bacia hidrográfica do Rio Caí apresenta como curso d’água principal o
Rio Caí, cujos afluentes de maior porte são os arroios Piauí, Forromeco, Pinhal,
Cadeia e Maratá. A área de drenagem da bacia é de 4.972,89 km2. A bacia
engloba, total ou parcialmente, 42 municípios, sendo que nem todos os
municípios apresentam áreas totalmente inseridas na bacia.
2.3.3 Geologia
A Formação Botucatu é um pacote de arenitos vermelhos aflorantes na
Serra do Botucatu, entre a cidade de São Paulo e a cidade de Botucatu, SP.
Litologicamente, é constituída por arenitos bimodais, médios a finos, localmente
grossos e conglomeráticos, com grãos arredondados ou subarredondados, bem
selecionados. Apresentam cor cinza-avermelhado e é frequente a presença de
cimento silicoso ou ferruginoso. Constituem expressivo pacote arenoso, com
camadas de geometria tabular ou lenticular, espessas, que podem ser
acompanhadas por grandes distâncias.
22 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
No terço inferior, apresenta finas intercalações de pelitos, sendo comuns
interlaminações areia-silte-argila, ocorrendo frequentes variações laterais de
fácies. À medida que se dirige para o terço médio, desaparecem as intercalações
pelíticas, predominando espessas camadas de arenitos bimodais, com
estratificação acanalada de grande porte, indicando que as condições climáticas
se tornavam gradativamente mais áridas, implantando definitivamente um
ambiente desértico.
A persistência de estruturas sedimentares, tais como estratificação cruzada
acanalada de grande porte, estratificação cruzada tabular tangencial na base e
estratificação plano-paralela, a bimodalidade dos arenitos, evidenciada por
processos de "grain fall" e "grain flow" e, ainda, as frequentes intercalações
pelíticas, "ripples" de adesão e marcas onduladas de baixo-relevo, sugerem
ambiente desértico com depósito de dunas e interdunas.
Os contatos da Formação Botucatu com as rochas basálticas da Formação
Serra Geral, que lhe sobrepõe, e com a Formação Rio do Rastro, subjacente, são
discordantes. Esta formação, juntamente com outras unidades gonduânicas,
constitui-se no maior aquífero da América do Sul, conhecido como "Aquífero
Guaraní".
2.3.4 Clima
O clima de Portão segundo a classificação de Köeppen é do tipo Cfa, isto
é, subtropical úmido mesotérmico, com verões quentes com uma pluviosidade
significativa ao longo do ano, invernos com geadas, sem estação seca definida. A
temperatura média anual do Município é de 19,5 °C, sendo que a temperatura
média dos meses mais quentes é de 24,8 °C e a dos meses mais frios inferior a
14,9 °C. A pluviosidade média anual é de 1.658mm, normalmente o mês de maio
é o mais seco e o de setembro, o mais chuvoso.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 23
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 1 - Temperatura Média Mensal de Portão/RS em 2014
Fonte: http://pt.climate-data.org/
Acesso em: 9/9/2015
Comparando o mês mais seco com o mês mais chuvoso verifica-se que
existe uma diferença de precipitação de 35mm. Ao longo do ano as
temperaturas médias variam 9,9°C.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 25
Safra Planejamento e Gestão
3. CARACTERIZAÇÃO
DOS ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS
26 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Os levantamentos para a caracterização dos aspectos socioeconômicos de
Portão foram feitos através de consultas em fontes secundárias de órgãos
oficiais, sobretudo IBGE, IPEA, PNUD, dentre outros. O Atlas de Desenvolvimento
Humano do Brasil, de 2013, foi o grande documento base desse item, por conter
os dados mais atuais e que agregam toda a dimensão socioeconômica desejada.
3.1 DENSIDADE E CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
Portão apresenta densidade demográfica de 192 hab/km². Entre 2000 e
2010, a população de Portão cresceu a uma taxa média anual de 2,29%,
enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de
urbanização passou de 80,37% para 81,75%. Em 2010 viviam, no Município,
30.920 pessoas.
Entre 1991 e 2000, a população de Portão cresceu a uma taxa média anual
de 2,65%. Na UF, esta taxa foi de 1,21%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no
mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do Município passou de
84,38% para 80,37%.
Tabela 1 - População Total, por Gênero, Rural/Urbana (1991 - 2010).
População 1991 2000 2010
un % un % un %
População total 19.489 100 24.657 100 30.920 100
Homens 9.867 50,63 12.398 50,28 15.515 50,18
Mulheres 9.622 49,37 12.259 49,72 15.405 49,82
Urbana 16.445 84,38 19.818 80,37 25.276 81,75
Rural 3.044 15,62 4.839 19,63 5.644 18,25
Fonte: PNUD, IPEA e FJP.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 27
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 2 - Evolução da População Urbana e Rural de Portão - 1970 a 2010.
Fonte: IBGE 2010.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Gráfico 3 - Taxa de Crescimento Urbano de Portão - 1970 a 2010.
Fonte: IBGE 2010.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
1970 1980 1991 2000 2010
Po
pu
laçã
o (
ha
b)
Período (Anos)
Total Urbana Rural
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
1970/1980 1980/1991 1991/2000 2000/2010
4,65
4,25
2,46 2,29
28 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
A estimativa da população para 20 anos é calculada a partir da taxa de
crescimento apresentada na última contagem populacional do IBGE. Com isso, a
população estimada para o ano de 2035 é de 47.746 habitantes, com taxa de
crescimento anual de 1,74%.
Tabela 2 - Projeção Populacional de Portão (2015 - 2035).
Ano Projeção Populacional Taxa de Crescimento Anual (%)
2015 34.285 2,00
2016 34.958 1,96
2017 35.631 1,93
2018 36.304 1,89
2019 36.977 1,85
2020 37.650 1,82
2021 38.323 1,79
2022 38.996 1,76
2023 39.669 1,73
2024 40.342 1,70
2025 41.016 1,67
2026 41.689 1,64
2027 42.362 1,61
2028 43.035 1,59
2029 43.708 1,56
2030 44.381 1,54
2031 45.054 1,52
2032 45.727 1,49
2033 46.400 1,47
2034 47.073 1,45
2035 47.746 1,43
Fonte: Censo IBGE/2010.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
A razão de dependência é o percentual da população de menos de 15
anos e da população acima de 64 anos, classificados como população
dependente, em relação à população de 15 a 64 anos, ou seja, a população
potencialmente ativa. Já a taxa de envelhecimento é a razão entre a população
de 65 anos ou mais de idade em relação à população total.
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no Município passou de 49%
para 41% e a taxa de envelhecimento, de 5,0% para 6,5%. Em 1991, esses dois
indicadores eram, respectivamente, 56,7% e 4,4%. Já na UF, a razão de
dependência passou de 65,4% em 1991, para 55% em 2000 e 46% em 2010;
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 29
Safra Planejamento e Gestão
enquanto a taxa de envelhecimento passou de 4,9%, para 5,9% e para 7,3%,
respectivamente.
Gráfico 4 - Pirâmide etária de Portão, Distribuição por Sexo Segundo os Grupos de
Idade (2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de
idade) no Município passou de 18,2 por mil nascidos vivos, em 2000, para 11,0
por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 24,0. Já na UF, a taxa era
de 12,4, em 2010, de 16,7, em 2000 e 22,5, em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de
mortalidade infantil no país caiu de 30,6 por mil nascidos vivos para 16,7 por mil
nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 por mil nascidos vivos. Com a taxa
observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade
infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a
dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM). Em Portão, a esperança de vida ao nascer cresceu 4,0 anos na última
década, passando de 72,3 anos, em 2000, para 76,4 anos, em 2010. Em 1991, era
de 67,9 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010,
de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.
30 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Tabela 3 - Longevidade, Mortalidade e Fecundidade em Portão (1991 - 2010).
Longevidade, Mortalidade e Fecundidade 1991 2000 2010
Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,9 72,3 76,4
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 24,0 18,2 11,0
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 28,1 21,2 12,8
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 3,0 2,7 2,0
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
3.2 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL
O conceito de Desenvolvimento Humano parte do pressuposto de que
para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do
viés puramente econômico e considerar outras características sociais, culturais e
políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é a base do
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e
renda) são mensurados da seguinte forma:
Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida;
O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos
de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação
recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a
expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a
vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um
criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os
padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade
permanecerem os mesmos durante a vida da criança; E o padrão de
vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita
expressa em poder de paridade de compra (PPC) constante, em dólar,
tendo 2005 como ano de referência.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Portão era
0,713, em 2010, ocupando a 1514ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros.
O Município estava situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM
entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do Município
neste período foi a Longevidade, com índice de 0,856, seguida de Renda, com
índice de 0,725, e de Educação, com índice de 0,584.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 31
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 5 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (1991- 2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
De 1991 a 2010, o IDHM do Município passou de 0,453, em 1991, para
0,713, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,493
para 0,727. Isso implica em uma taxa de crescimento de 57,40% para o
Município e 47% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de
desenvolvimento humano de 52,47% para Portão e 53,85% para a UF. Em
Portão, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação
(com crescimento de 0,370), seguida por Longevidade e por Renda. Na UF, por
sua vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação
(com crescimento de 0,358), seguida por Longevidade e por Renda.
32 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 6 - Evolução do IDHM em Portão (1991 - 2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
3.3 EDUCAÇÃO
Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado
determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade
escolar do estado e compõe o IDHM Educação. Em Portão, a proporção de
crianças de 5 a 6 anos na escola é de 87,20%, em 2010. No mesmo ano, a
proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino
fundamental é de 90,77%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo é de 51,74%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos
com ensino médio completo é de 29,98%. Entre 1991 e 2010, essas proporções
aumentaram, respectivamente, em 57,95 pontos percentuais, 48,96 pontos
percentuais, 39,25 pontos percentuais e 17,91 pontos percentuais.
Em 2010, 85,29% da população de 6 a 17 anos do Município estavam
cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série.
Em 2000 eram 82,56% e, em 1991, 81,39%.
Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 12,48% estavam cursando o ensino
superior em 2010. Em 2000 eram 8,12% e, em 1991, 0,97%.
O indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência
escolar da população em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 33
Safra Planejamento e Gestão
anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência
deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou
de 9,90 anos para 9,81 anos, no Município, enquanto na UF passou de 10,25
anos para 10,00 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 9,64
anos, em Portão, e de 10,25 anos, na UF.
Gráfico 7 - Fluxo Escolar por Faixa Etária - Portão (1991 - 2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da
população adulta, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino
fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função
do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade. Entre 2000 e 2010,
esse percentual passou de 30,11% para 47,43%, no Município, e de 39,76% para
54,92%, na UF. Em 1991, os percentuais eram de 17,20%, em Portão, e 30,09%,
na UF. Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de
idade, 5,69% eram analfabetos, 43,44% tinham o ensino fundamental completo,
22,98% possuíam o ensino médio completo e 4,70%, o superior completo. No
Brasil, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.
34 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 8 - Escolaridade da População Adulta de Portão (1991 - 2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
3.4 TRABALHO E RENDA
A renda per capita média de Portão cresceu 104,08% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 357,22, em 1991, para R$ 629,38, em 2000, e para R$
729,01, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse
período de 3,83%. A taxa média anual de crescimento foi de 6,50%, entre 1991 e
2000, e 1,48%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com
renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010),
passou de 21,17%, em 1991, para 8,90%, em 2000, e para 4,70%, em 2010. A
evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita
através do Índice de Gini, que passou de 0,44, em 1991, para 0,53, em 2000, e
para 0,42, em 2010.
O Índice de Gini É um instrumento usado para medir o grau de
concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais
pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa
a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor
significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda
a renda do lugar.
Tabela 4 - Renda, Pobreza e Desigualdade em Portão (1991 - 2010).
Renda, Pobreza e Desigualdade 1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 357,22 629,38 729,01
% de extremamente pobres 5,44 2,71 0,79
% de pobres 21,17 8,90 4,70
Índice de Gini 0,44 0,53 0,42
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 35
Safra Planejamento e Gestão
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais
(ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou
de 70,36% em 2000 para 70,34% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de
desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que
estava desocupada) passou de 9,96% em 2000 para 4,11% em 2010.
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do
Município, 5,74% trabalhavam no setor agropecuário, 0,46% na indústria
extrativa, 38,58% na indústria de transformação, 6,86% no setor de construção,
1,01% nos setores de utilidade pública, 13,05% no comércio e 30,77% no setor
de serviços.
Gráfico 9 - Taxa de Atividade e Desocupação da População de 18 anos ou mais de
Portão (2010).
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
36 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
3.5 HABITAÇÃO E VULNERABILIDADE SOCIAL
Tabela 5 - Indicadores de Habitação em Portão (1991 - 2010).
Indicadores de Habitação 1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 81,20 94,72 97,11
% da população em domicílios com energia elétrica 95,52 98,58 99,72
% da população em domicílios com coleta de lixo. *Somente
para população urbana. 90,19 99,75 99,91
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
Tabela 6 - Vulnerabilidade Social em Portão (1991 - 2010).
Crianças e Jovens 1991 2000 2010
Mortalidade infantil 24,02 18,20 11,00
% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola - 89,78 65,00
% de crianças de 6 a 14 fora da escola 21,26 3,22 3,83
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não
trabalham e são vulneráveis, na população dessa faixa - 10,97 7,36
% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 2,38 4,19 4,90
Taxa de atividade - 10 a 14 anos - 3,87 5,58
Família
% de mães chefes de família sem fundamental e com filho
menor, no total de mães chefes de família 4,69 10,44 27,49
% de vulneráveis e dependentes de idosos 2,10 0,64 1,42
% de crianças com até 14 anos de idade que têm renda
domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais 6,53 4,47 1,81
Trabalho e Renda
% de vulneráveis à pobreza 50,21 30,86 16,57
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental
completo e em ocupação informal - 44,28 31,69
Condição de Moradia
% da população em domicílios com banheiro e água
encanada 72,85 92,55 91,12
Fonte: PNUD; IPEA; FJP (2013).
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 37
Safra Planejamento e Gestão
3.6 ECONOMIA
Gráfico 10 - Despesas e Receitas Orçamentárias de Portão (2015).
Fonte: Contas anuais. Receitas orçamentárias realizadas (Anexo I-C) 2014 e Despesas
orçamentárias empenhadas (Anexo I-D) 2014. In: Brasil. Secretaria do Tesouro Nacional.
Siconfi: sistema de informações contábeis e fiscais do setor público brasileiro. Brasília, DF,
[2015]. Disponível em: https://siconfi.tesouro.gov.br/siconfi/index.jsf. Acesso em: jul. 2015.
Gráfico 11 - Produto Interno Bruto (Valor Adicionado) de Portão.
Fonte: IBGE, em Parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de
Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 39
Safra Planejamento e Gestão
4. CARACTERIZAÇÃO
DOS ASPECTOS DE
USO DO SOLO
40 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
4.1 TIPOLOGIAS DE USO DO SOLO
De acordo com a Lei Municipal nº 2.206/2011, que revisa, altera e
consolida a Lei nº 1.515/2004, com a redação dada pela Lei nº 2.080/2010, que
instituiu o 2° Plano Diretor do Município de Portão, em seu artigo 7º, a Zona
Urbana fica subdividida, para fins de disciplinamento do uso e da ocupação do
solo, nas seguintes zonas:
ZEP - Zona Especial de Preservação - caracteriza-se por apresentar
impedimentos de ordem legal à ocupação, pelas características do meio natural.
ZR1- Zona Residencial 1 - caracteriza-se pelas condições físicas favoráveis
à ocupação com baixa densidade populacional, bem como disponibilidade e
previsão de infraestrutura urbana.
ZR2 - Zona Residencial 2 - caracteriza-se como zonas residenciais
consolidadas do Município, com disponibilidade de infraestrutura e boas
condições de sítio, possibilitando uma ocupação de média densidade
populacional.
ZR3 - Zona Residencial 3 - caracteriza-se por uma ocupação mais
intensiva do solo possibilitando uma maior oferta habitacional e otimização do
aproveitamento da infraestrutura urbana. Os lotes são menores de forma a
viabilizar os investimentos necessários com infraestrutura.
ZM - Zona Mista - localiza-se ao longo da RS-240, RS-122 e divisas com
zonas industriais, permitindo a integração dos diversos usos: residencial,
comercial, industrial não poluente e instalação de estabelecimentos de apoio
rodoviário e industrial, geradores de tráfego pesado.
ZC - Zona Comercial - caracteriza-se pelas condições físicas e de
infraestrutura favoráveis à ocupação intensiva, predominando as atividades
comerciais e de serviços de caráter municipal.
ZI1 - Zona Industrial 1 - caracteriza-se pela sua distância das áreas
densamente ocupadas, boas condições de acesso, além das adequadas
condições de sítio, o que permite a instalação de indústrias de maior porte ou
potencialmente poluidoras sem maiores incômodos à ocupação existente.
ZI2 - Zona Industrial 2 - caracteriza-se pela sua localização contígua à área
ocupada e boa acessibilidade, permitindo a concentração de indústrias de médio
porte com baixo ou médio potencial poluidor do ar e da água.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 41
Safra Planejamento e Gestão
Figura 1 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo
Fonte: Prefeitura Municipal de Portão, 2015.
44 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Para a realização do diagnóstico, executaram-se algumas etapas:
entrevistas com técnicos da Prefeitura; aplicação de questionários; levantamento
de dados in loco (contagem volumétrica e caracterização das vias); identificação
dos principais pontos geradores de tráfego; levantamento de todos os eixos
viários da cidade e coleta de informações nos órgãos ligados ao setor de
mobilidade e planejamento urbano.
Entre os dias 25 a 28 de maio de 2015, a equipe de trabalho da empresa
Safra Planejamento e Gestão percorreu todo o município de Portão com o
intuito de levantar todas as informações pertinentes à mobilidade urbana. Fez-se
um levantamento fotográfico de todas as vias para o reconhecimento dos tipos
existentes (local, coletora, industrial e anel rodoviário), analisou-se também a
pavimentação das vias e o estado de conservação das calçadas.
Todos estes dados mensurados foram sistematizados e criou-se um banco
de dados georreferenciado com todas as informações de campo juntamente
com as fotos dos locais.
A ferramenta utilizada foi o Quantum GIS, um software livre de
geoprocessamento que possui um bom desempenho de produção de arquivos
para um SIG (Sistema de Informações Geográficas). Neste programa também é
possível exportar os arquivos criados para outras extensões compatíveis para
outros softwares, como por exemplo, o AutoCad.
Neste mesmo período realizou-se uma entrevista com os diversos setores
da Prefeitura de Portão. Na Secretaria Municipal de Administração e
Planejamento teve-se a colaboração da arquiteta Jane Maria Reginato e o
técnico Lucas Maurer, na Secretaria de Obras e Viação conversou-se com Júlio C.
Gomes Rodrigues. Na Secretaria de Educação, Márcia Hadres forneceu a
quantidade de alunos de todas as creches, escolas municipais dos ensinos médio
e fundamental. Em visita à Secretaria de Fiscalização, a funcionária Regina
Dasembrock foi a responsável por passar os dados referentes ao transporte
coletivo particular, como taxis e vans.
Coletou-se os dados sobre os acidentes de trânsito nos últimos cinco
anos (2010 a 2014) envolvendo lesões corporais e materiais com o auxílio da
Brigada Militar sob a responsabilidade do Capitão Henz. Estas informações
foram estruturadas e sistematizadas e posteriormente mapeados os locais onde
ocorrem mais acidentes. Este análise contribuiu para a escolha dos pontos onde
se realizou a contagem volumétrica dos veículos.
Para o levantamento das informações relativas à mobilidade urbana de
Portão foi obtido por meio de questionários respondidos pela população.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 45
Safra Planejamento e Gestão
Incialmente houve uma tentativa de aplicar esses questionários através da Web
utilizando a ferramenta do Google Forms (anexo I), porém o retorno foi
insatisfatório para tal pesquisa. Posteriormente definiu-se aplicação destes
questionários de origem e destino através das escolas para que os alunos
levassem para casa e devolvessem respondidos. O retorno foi de 342
questionários sobre a qualidade da mobilidade urbana de Portão fornecendo
base para a elaboração de mapas e gráficos contribuindo para o diagnóstico da
cidade (anexo II).
O levantamento de campo foi divido em duas etapas, a primeira foi
realizada nos dias 26, 27 e 28 de maio de 2015, composto por duas duplas que
fizeram a contagem volumétrica. Esta metodologia foi baseada no Manual de
Estudos de Tráfego elaborado pelo DNIT (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte). Essa contagem consiste na contabilidade do
número de veículos que transitam a cada 15 minutos na via, sendo destacado o
tipo de modal que transitou neste intervalo. Os levantamentos foram realizados
das 7 às 9 horas, das 11 às 14 horas e das 17 às 19 horas, os pontos escolhidos
foram definidos a partir do mapeamento da ocorrência dos acidentes em Portão,
neste primeiro levantamento os pontos de coletam foram Av. Brasil x Av. Brasília
e Av. Pátria x Av. Brasília (anexo III).
A segunda etapa do levantamento ocorreu nos dias 18, 19 e 20 de agosto
de 2015, nos mesmos horários da primeira etapa, os pontos foram na Av. Ceará
x RS 240 e na RS 240 x Rua Uruguaiana, após o levantamento foram tabulados e
confeccionados gráficos dos resultados que serão apresentados no decorrer do
diagnóstico. Neste mesmo período, nos horários que não foram coletados os
dados volumétricos, foram aplicados questionários para os pedestres (anexo IV)
para coletar informações sobre a qualidade dos passeios, a segurança das via
dentre outros.
O levantamento de dados em campo, as pesquisas de dados secundários
junto com as informações bibliográficas são a base para a construção do
diagnóstico do município, mostrando assim a atual situação da mobilidade
urbana de Portão.
48 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
6.1 PRINCIPAIS ACESSOS
As principais vias de acesso para a cidade de Portão são as rodovias
estaduais, RS-240, RS-122 e RS-239, todas são administradas pela EGR - Empresa
Gaúcha de Rodovias.
RS-240
A RS-240, também conhecida como Rodovia Maria Emília de Paula, está
situada no Rio Grande do Sul e liga os municípios de Vila Scharlau a
Montenegro. Suas principais vias passam por São Leopoldo, Portão, Rincão do
Cascalho e Capela de Santana. De Vila Scharlau a Rincão do cascalho, a estrada
possui duas vias duplas.
A Rodovia Estadual RS-240 é o principal acesso dos moradores do Vale do
Caí ao Vale dos Sinos e à Região Metropolitana. A extensão total é de 33,58 km.
A rodovia é administrada pela EGR sendo mantida com recursos do pedágio
Comunitário de Portão.
Figura 2 - Rodovia Estadual RS-240.
Fonte: EGR, 2015.
RS-239
A Rodovia RS-239 é uma rodovia estadual gaúcha que liga os municípios
de Portão à localidade de Barra do Ouro, no município de Maquiné. A estrada
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 49
Safra Planejamento e Gestão
cruza os municípios de Estância Velha, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga,
Araricá, Nova Harts, Parobé, Taquara, Rolante e Riozinho.
Também é conhecida como Rodovia Nestor Herculano de Paula, é
importante rodovia para ligação do Vale dos Sinos ao Litoral Norte.
A extensão da rodovia RS-239 é de 123 km, embora em muitas
publicações conste como 115 km. A diferença se deve ao fato de que os
primeiros quilômetros constituem um trecho que está na situação de planejado.
Esse trecho não possui pavimentação e está sob a administração municipal.
A rodovia é duplicada desde Estância Velha até Taquara, e em pista
simples de Taquara a Riozinho. O trecho entre Taquara e Rolante está sendo
duplicado. O único trecho não asfaltado é entre Riozinho e Barra do Ouro.
O trecho compreendido do entroncamento da BR-116 (para Novo
Hamburgo) a Riozinho (fim da extensão urbana), quilômetros 13 a 86 é
administrado pela EGR e mantido com recursos do Pedágio Comunitário
cobrado na Praça de Pedágio de Campo Bom.
Figura 3 - Rodovia Estadual RS-239.
Fonte: EGR, 2015.
RS-122
A RS-122 também é conhecida como Rodovia Sinval Guazzelli, uma
homenagem ao político que governou o Estado em duas ocasiões - de 1975 a
1979, pela Arena, e em 1990, por 11 meses, durante o governo Simon.
Em razão da direção e do sentido que as rodovias percorrem, a RS-122 é
considerada uma rodovia longitudinal. Seu traçado tem início na RS-240, em São
50 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Sebastião do Caí, e termina na BR-116, nas imediações de Vacaria. Em seu
traçado, a RS-122 percorre os municípios de Bom Princípio, São Vendelino,
Farroupilha, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Antônio Prado e Ipê.
A RS-122 tem extensão total de 168 quilômetros, dos quais a Empresa
Gaúcha das Rodovias (EGR) administra aproximadamente 86 quilômetros e duas
praças de pedágio, localizadas em Portão, no quilômetro 13 da rodovia, entre
RS-446 e RS-240 e em Flores da Cunha, entre os quilômetros 81 e 127.
Figura 4 Rodovia Estadual RS-122.
Fonte: EGR, 2015.
6.2 BARREIRAS FÍSICAS
Na cidade de Portão a Rodovia Estadual RS-240 representa a principal
barreira física estudada neste projeto, que compromete a locomoção entre
pedestres e motoristas. A rodovia RS-240 prevalece como uma importante via de
acesso ao município de Portão e divide a cidade no sentido longitudinal,
dificultando a articulação e acesso aos bairros Portão Velho e Ouro Verde e por
apresentar um intenso fluxo de veículos e consequentemente de acidentes.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 51
Safra Planejamento e Gestão
Figura 5 - Barreiras Físicas em Portão.
Fonte: Open Street Map.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
6.3 DECLIVIDADE
Utilizou-se um Modelo Digital de Elevação (MDE) para a obtenção da
declividade média do sistema viário de Portão. O MDE é a representação de uma
superfície real no computador através de equações analíticas ou por uma rede
de pontos na forma de uma grade regular ou irregular.
Conhecer a declividade de um terreno é essencial para diversos tipos de
estudos, como geológico, geomorfológico, planejamento urbano entre outros.
Pode-se citar como exemplo, a identificação de uso agrícola de uma
determinada área quando correlacionado a outros tipos de fenômenos
geográficos inerentes à topografia, bem como facultar inferências sobre a
susceptibilidade dos solos à erosão e analisar a viabilidade de uma ciclovia em
uma região mais plana. Além destas aplicações também é possível calcular
volumes, áreas, desenhar perfis e seções transversais e mapas de declividade.
O Modelo Digital de Elevação de Portão foi elaborado a partir de dados
SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) que possui uma elevação espacial de
30 metros e dados numéricos de relevo e topografia do Brasil. O MDE constitui
52 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
um arquivo de imagem (raster) que foram convertidas em cotas (pontos) e em
curvas de nível, ambos contendo valores de altimetria. E através de uma rede de
pontos e linhas na forma de uma grade regular (interpolação), é possível
determinar o percentual de inclinação do solo.
Após a determinação da declividade, é necessário transpor os valores
percentuais obtidos para a base do sistema viário, retratando de uma maneira
mais fidedigna as características topográficas do município de Portão.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 53
Safra Planejamento e Gestão
Figura 6 - Declividade em Portão.
Fonte: SRTM, Acesso em 10/09/2015.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
54 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
6.4 ASPECTOS GERAIS DAS VIAS DE PORTÃO
O município de Portão possui 518 vias, incluindo as ruas, travessas,
estradas, avenidas e rodovia.
O sistema viário de Portão é constituído por quatro tipos de vias: local,
coletora, local industrial e coletora industrial e o anel rodoviário. Na Figura a
seguir tem-se a largura das vias de acordo com a classificação de seu tipo.
Figura 7 - Perfis das Vias em Portão.
Fonte: Mapa de Uso e Ocupação do Solo - Lei Municipal 2.206/2011
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 55
Safra Planejamento e Gestão
A empresa Safra Planejamento realizou um trabalho de campo nos dias 26
a 28 de maio de 2015. Neste período foram levantadas informações sobre o tipo
de via de acordo com a sua largura, tipos de pavimentação e presença de meio
fio, segue abaixo algumas fotos do trabalho de campo.
Figuras 8 a 10 - Levantamento de Campo dos Tipos de Vias.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Estes dados foram sistematizados a fim de se criar um SIG, facilitando a
gestão e tomada de decisões para futuros projetos da mobilidade urbana do
município.
A Figura 11 refere-se ao mapa elaborado por meio do levantamento de
campo, a partir do qual se constatou as seguintes considerações na Tabela 7.
56 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Figura 11 - Mapa dos Perfis das Vias em Portão
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 57
Safra Planejamento e Gestão
Tabela 7 - Perfis das Vias em Portão.
Perfis das Vias %
Via Local 86%
Via Coletora 10%
Via Local Industrial 3%
Via Coletora Industrial 0,75%
Anel Rodoviário 0,25%
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Quanto aos tipos de pavimentação observou-se que em Portão
predominam o asfalto, bloco e pedra irregular. Na Tabela 8 se observa a relação
para cada tipo de pavimentação de todas as ruas de Portão.
Tabela 8 - Pavimentação das Vias em Portão.
Tipo de Pavimentação %
Asfalto 28,6%
Bloco 3,3%
Pedra irregular 59,3%
Sem pavimentação 8,8 %
Fonte: Levantamento de Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
A Figura 12 apresenta o mapa de pavimentação, com informações
coletadas no levantamento de campo.
58 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Figura 12 - Mapa de Pavimentação das Vias em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 59
Safra Planejamento e Gestão
Além das informações do tipo de pavimentação e largura das vias,
também foi coletado em campo a existência de meio-fio nas calçadas do
município de Portão, conforme Tabela 9.
Tabela 9 - Presença de Meio-fio nas Vias em Portão.
Presença de Meio-fio %
Não 2,0 %
Sim 81,4 %
Parcial 16,6%
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
E a partir destes dados gerou-se um mapa de meio-fio, como pode ser
visto na Figura 13.
60 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Figura 13 - Mapa de Meio-fio nas Vias em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 61
Safra Planejamento e Gestão
6.5 OFERTA DE ESTACIONAMENTOS
Estacionamento em Via Pública
A Secretaria de Trânsito é o órgão municipal responsável pela definição,
regulamentação e implantação da sinalização viária da cidade. Com relação à
demarcação de vagas exclusivas de estacionamento e embarque/desembarque
destinadas à pessoa com deficiência são utilizados critérios específicos para cada
um dos casos: estabelecimentos que comercializam produtos para deficientes
físicos, clínicas especializadas de atendimento a pessoas com deficiência e
estabelecimentos de ensino especiais para deficientes.
A Prefeitura Municipal fornece cartão de identificação para pessoas com
deficiência e idosos condutores de veículos para estacionar em vagas destinadas
aos mesmos. Conforme o Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004, que
regulamenta a Lei n° 10.098/00, no art. 25, determina a reserva de 2% (dois por
cento) do total de vagas regulamentadas de estacionamento para veículos que
transportem pessoas portadoras de deficiência física ou visual, desde que
devidamente identificados e a Lei Federal nº 10.741, em seu art. 41 estabelece a
obrigatoriedade de se destinar 5% (cinco por cento) das vagas em
estacionamento regulamentado de uso público para serem utilizadas
exclusivamente por idosos.
O estudo das vias principais de Portão revela expressiva concentração na
área central da cidade dos estacionamentos regulamentados, ou seja, aqueles
que são demarcados com faixa tracejada. Nas outras regiões, predominam vias
que permitem estacionamento de veículos, porém, sem que haja uma
demarcação específica.
A partir do levantamento feito, fica evidente que a demarcação de vagas
exclusivas se concentra também na área central do Município, com destaque à
expressiva oferta de estacionamentos rotativos. A área central tem, portanto,
destaque como área de concentração de atividades e de oferta de
estacionamentos, sendo muitos rotativos. Tais características combinadas fazem
desta área uma região de atração e produção de viagens por veículos
particulares, resultando em alguns horários, problemas de mobilidade.
Conforme levantamento de campo, Portão dispõe de 366 vagas de
estacionamento, oblíquas e paralelas distribuídas entre vagas normais, motos,
vagas destinadas para idosos, pessoas com deficiência e/ou com restrição de
mobilidade, carros oficiais, carros da saúde e vagas destinadas a polícia, abaixo a
quantidade de cada tipo de vaga.
62 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 12 - Vagas em Vias Públicas no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
6.6 SINALIZAÇÃO VIÁRIA
A Secretaria de Trânsito é o órgão municipal responsável pela implantação
e operação da sinalização semafórica da cidade. Há um cruzamento equipado
com semáforo, porém o mesmo não está adequado especificamente para os
pedestres. Não se constatou uma estratégia de controle de forma global da
circulação na malha viária da cidade no que tange ao controle semafórico. Isso
significa, por exemplo, que não acontece adequação das programações
semafóricas para o atendimento usual das sazonalidades dos fluxos de tráfego.
Essa é uma prática comum nas estratégias de controle semafórico que procura
um ponto ótimo de atendimento na variação do sentido prioritário relativo a
cada horário do dia ou da noite.
Pelo exposto poder-se-ia afirmar que a qualidade das programações
semafóricas na cidade de Portão pode ser otimizada, começando-se pela troca
dos equipamentos eletromecânicos que permitem apenas um plano de tráfego
(geralmente calculado a partir do horário mais carregado no local) para que
depois seja possível a otimização das programações com implantação de
estratégias de controle na malha viária da cidade.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 63
Safra Planejamento e Gestão
Figuras 14 a 17 - Sinalização Semafórica.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Algumas instituições como escolas, hospitais, unidades básicas de saúde,
locais de atendimento a pessoas com deficiência, demandam especificidades
quanto à instalação de sinalização semafórica, no entorno das instituições de
atendimento, levando em consideração as especificidades de cada instalação. No
entorno das instituições de atendimento a pessoas com deficiência mental, o
aumento de tempo de travessia. No entorno de unidades de atendimento a
pessoas com deficiência visual é importante à instalação de semáforos
sonorizados. Nas imediações das unidades de atendimento a pessoas com
deficiência auditiva é importante a instalação de semáforos com porta-focos
para pedestres, pois ao reforçar o aspecto visual da sinalização, este
equipamento amplia a segurança para a travessia.
64 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
A circulação de pedestres, em especial de pessoas com deficiência,
mobilidade reduzida e idosos, com segurança e autonomia, nas vias centrais e
dos bairros com maior fluxo, depende também do tempo de travessia definido
na operação dos semáforos. Em Portão deverão ser realizados estudos para a
definição deste tempo.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 65
Safra Planejamento e Gestão
7. CARACTERIZAÇÃO
DA DINÂMICA DE
CIRCULAÇÃO
66 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Os principais modais de transporte dos portanenses podem ser divididos
em: a pé, bicicleta, ônibus, automóvel e motocicleta.
Segundo as estatísticas do DETRAN/RS (2015), a frota de veículos
registrada em Portão em dezembro de 2014 era de 20.764 veículos. Deste
montante, 71,3% são referentes a automóveis e caminhonetes e outros 11,5%
são de motocicletas e motonetas, sendo a composição da frota melhor ilustrada
na Tabela 10.
Tabela 10 - Frota de Veículos em Portão (2013).
Tipo de Veículo Nº %
Automóvel 12.724 61,3%
Caminhonetes/Camioneta 2.080 10%
Motocicletas 2.396 11,5%
Ônibus/ Micro-ônibus 201 1%
Caminhão 2.131 10%
Reboques 1.162 5,6%
Tratores 35 0,3%
Outros 35 0,3%
Total 20.764 100,0%
Fonte: DENATRAN/RS (2013).
A estabilidade da moeda brasileira, associada ao crescimento contínuo da
economia e aliada à diminuição de juros, fez com que a frota nacional tenha
crescido de forma intensa. Assim, nos últimos oito anos a frota do município de
Portão quase dobrou de tamanho passando de 13.572 em 2007 para 21.639 em
2015 (Prefeitura de Portão), como pode ser observado na Figura a seguir. Porém
o aumento do número de carros no Município deve-se, também, a isenção do
pagamento de pedágio existente na rodovia RS-240 para carros com placa de
Portão, levando muitas pessoas de cidades vizinhas a emplacarem seus carros no
Município, aumentando o número de carros.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 67
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 13 - Evolução da Frota de Veículos no Município de Portão.
Fonte: DENATRAN/RS (2015).
Realizou-se 342 entrevistas com os moradores de Portão para saber a
forma de locomoção e os principais problemas de mobilidade, dentre outras
informações. A metodologia utilizada para a pesquisa tem como base o Manual
de Estudos de Tráfego, elaborado pelo DNIT (Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transporte).
A pesquisa adotada apresentou o uso de múltiplos modos de transporte
no Município, isoladamente ou de forma conjunta. A divisão modal pode ser
observada no Gráfico 14, definida por uma hierarquia que vai, no caso de Portão,
do ônibus ao modo a pé. O modo de transporte mais utilizado pelos
entrevistados é o modo a pé com 52%, seguido pelos carros 27%, ônibus
municipal 6%, vans/Kombi 5% e bicicleta 4%. Os outros modos de transporte
tiveram uma participação menos expressiva somando 6 %. O modelo de
aplicação do questionário encontra-se em Anexo II.
13.572 14.749
15.836 17.311
18.499 19.457
20.764 21.639
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
68 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 14 - Principal Meio de Locomoção no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Em relação à frequência do uso de automóvel para se locomover, a
grande maioria (42%), utiliza algum tipo de veículo durante cinco ou mais dias
por semana, 27% responderam que utilizam veículo de um a três dias por
semana e 17% disseram usar o veículo de um a três dias por semana. Os que
utilizam outros tipos de locomoção ou não responderam correspondem a 6% e
8% respectivamente.
52%
27%
6%
5% 4%
2% 2% 1% 1%
A pé
Carro
Onibus Municipal
Vans/kombi
Bicleta
Micro ônibus municipal
Carona
Onibus intermunicipal
Motocicleta
Tração animal
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 69
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 15 - Frequência em que Utiliza Veículo no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Segundo dados levantados na pesquisa, a maior dificuldade encontrada
no trânsito de Portão é o excesso de número de carros na rua com 28% dos
entrevistados, seguido por 26% que responderam não ter local para estacionar.
Lentidão nas principais avenidas corresponde a 24% dos entrevistados e 12%
responderam que a falta de rotas alternativas dificulta o trânsito em Portão,
entre os 10% dos entrevistados restantes, estão os que não responderam, não
possuem carro ou são outras dificuldades encontradas no trânsito.
42%
17%
27%
6%
8%
5 dias da semana ou mais
De 3 a 5 dias por semana
De 1 a 3 dias por semana
Outros
Não respondeu
70 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 16 - Dificuldades Encontradas no Trânsito no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Outra informação levantada foi o tempo gasto no trajeto de casa ao
trabalho ou escola. Os que levam de 10 a 20 minutos no trajeto são 77% dos
entrevistados, os que demoram de 20 a 30 minutos somam 13% e 4% demoram
acima de 30 minutos, os demais 6% não souberam informar.
7.1 ANÁLISE DA CONTAGEM VOLUMÉTRICA
O objetivo deste item é a análise operacional de importantes interseções2
localizadas no município de Portão. Num total de quatro interseções foi feito o
levantamento do número de carros que passaram pela via. O levantamento de
dados foi feito durante três dias (terça, quarta e quinta-feira) em cada ponto nos
seguintes horários: 7h - 9h, 11h - 14h e 17h - 19h. Os resultados estão expostos
a seguir juntamente com mapas com a localização de cada ponto de coleta.
Av. Ceará x RS-240
O Gráfico seguinte apresenta os fluxos de tráfego equivalentes para as
três aproximações dessa interseção, agregados por hora de contagem. Para a
aproximação da Av. Ceará no sentido RS-240 (ponto 3), o horário que
2 Interseção - Todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação.
28%
26% 12%
24%
6%
2% 2% Excesso de veículos nasvias
Difícil local paraestacionar
Falta de rotasalternativas
Lentidão nas principaisavenidas
Outros
Não Respondeu
Não Possui
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 71
Safra Planejamento e Gestão
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 17h e 18h (494 veíc./h). A
composição de tráfego média dessa aproximação é de 71% de automóveis, 20%
de caminhões, 2% de ônibus e 2% de motocicletas.
Figura 18 - Mapa Av. Ceará x RS-240.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Gráfico 17 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Ceará x RS-240).
Fonte: Levantamento dos Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
4227 4039
3519 3474
4200 4633
4467 4220 4164 4380
3238
3942
5475 4688
493 356 388 284 361 494 414
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
RS 240 (sentido Porto Alegre) RS 240 (sentido Caxias do Sul) Avenida Ceará
72 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Na rodovia RS-240 sentido Porto Alegre (ponto 2), o horário que
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 17h e 18h (4.633 veíc./h).
Nos três dias de levantamento 28.559 carros passaram por esse sentido sendo
que 72% eram automóveis, 19% caminhões, 2% ônibus e 3% motocicletas, os 4%
restantes eram bicicletas, ônibus, vans e outros modos de transporte.
Já na RS-240 sentido Caxias do Sul (ponto 1), o número de automóveis
somaram 30.107. O horário que apresentou o maior fluxo foi entre 17h e 18h
(5.475 veíc./h). Os automóveis que trafegam neste sentido representam 61%,
seguidos por 25% de caminhões e 7% de ônibus. Vans, bicicletas, motocicletas e
outros somam 7%.
RS-240 x Rua Uruguaiana
Os dados referentes ao fluxo nessas vias foram obtidos na RS-240 sentido
Porto Alegre RS-240 sentido Caxias do Sul e os que convergiam para Rua
Uruguaiana. O levantamento nessas vias somaram 148.311 veículos, sendo que
os carros que convergiam para a Rua Uruguaiana somaram um número menor
que os dados levantados na RS-240, conforme Gráfico a seguir. Os automóveis
que seguiam pela rodovia e convergiam para a Rua Uruguaiana (ponto 3)
somaram 8.058 sendo que 81% eram carros, 7% caminhões e motocicletas e 4%
vans Os outros modos de transportes somaram 1%. O horário compreendido
entre 17h e 18h somaram 486 veíc./h.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 73
Safra Planejamento e Gestão
Figura 19 - Mapa RS-240 x Rua Uruguaiana.
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Gráfico 18 - Fluxos de Tráfego Equivalente (RS-240 X Rua Uruguaiana).
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
O trafego no sentido RS-240 sentido Porto Alegre (ponto 2) apresentou o
maior fluxo. Foi o compreendido entre 17h e 18h (4.213 veíc./h). Nos três dias de
levantamento 22.718 veículos passaram por esse sentido sendo que 71% eram
automóveis, 20% caminhões, 3% motocicletas, 3% vans e 2% ônibus. O 1%
restante eram bicicletas e outros modos de transporte.
3616 3765 3129
2796 2945
4317
3525
383 338 430 348 308 486 393
3240 3421 2774 2545
3140
4213
3385
0
1000
2000
3000
4000
5000
07:00-08:00 08:00-09:00 11:00-12:00 12:00-13:00 13:00-14:00 17:00-18:00 18:00-19:00
RS-240 (sentido Caxias) RS-240 X R. Uruguaiana RS-240 (sentido Porto Alegre)
74 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Já na RS-240 sentido Caxias do Sul (ponto 1), o número de automóveis
somaram 24.093. O horário que apresentou o maior fluxo foi entre 17h e 18h
(4.317 veíc./h). Os automóveis que trafegam neste sentido representam 70%
seguidos, por 20% de caminhões, 4% motocicletas e 3% de Vans. Ônibus,
bicicletas e outros somam 3%.
Av. Brasil x Av. Brasília
Os dados referentes ao fluxo nessas vias foram obtidos no sentido Av.
Brasil (bairro-centro), Av. Brasil (centro-bairro) e os que convergiam para Av.
Brasília. Os dados podem ser observados no Gráfico a seguir. Para a
aproximação da Av. Brasil no sentido bairro (ponto 2), o horário que apresentou
o maior fluxo foi o compreendido entre 17h e 18h (3.510 veíc./h). A composição
de tráfego média dessa aproximação é de 89% de automóveis, 3% de
caminhões, 3% motocicletas e 2% de vans. Os outros modos de transportes
somaram 3%.
Figura 20 - Mapa Av. Brasil x Av. Brasília.
Fonte: Levantamento de Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 75
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 19 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasil x Av. Brasília).
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
O trafego pela Av. Brasil que convergia na Av. Brasília (ponto 1),
apresentou o maior fluxo. Foi o compreendido entre 17h e 18h (3.271 veíc./h).
Nos três dias de levantamento, 6.542 veículos passaram por esse sentido sendo
que 90% eram automóveis, 4% motocicletas, 3% vans, 2% caminhões e 4%
motocicletas. O 1% restante era composto de bicicletas, ônibus, e outros modos
de transporte.
Já na Av. Brasil sentido RS-240 (ponto 3), o número de automóveis
somaram 16.036. O horário que apresentou o maior fluxo foi entre 17h e 18h
(1.587 veíc./h). Os automóveis que trafegam neste sentido representam 85%
seguidos, por 5% de caminhões, 4% motocicletas e 3% de vans. Ônibus,
bicicletas e outros somam 3%. Os modos de transporte que trafegavam pela Av.
Brasil e fizeram o contorno para Av. Brasília (ponto 4) somam 6.994 veículos,
sendo que 85% são carros, 5% motocicletas, 4% caminhões e 3% vans. Motos e
bicicletas representam 2% cada modal, e 1% representa os outros modos de
transporte. O horário que apresentou o maior fluxo foi entre 17h e 18h (701
veíc./h).
Av. Pátria x Av. Brasília
Os dados referentes ao fluxo nessas vias foram obtidos no cruzamento
das Av. Pátria com Av. Brasília. Os dados levantados, conforme o Gráfico a
1706 1498
2546 2498 2626
3510 3466
1099
765
1035 932
1200
1587 1400
402 374 499 486
536
542 432
292 334 511 526
597 701
536
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Av. Brasil (sentido bairro)
Av. Brasil (sentido RS 240)
Av. Brasilia x Av. Brasil
Av. Brasil x Av. Brasilia
76 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
seguir, mostram que na Av. Brasília, sentido bairro (ponto 4), o horário que
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 11h e 12h (380 veíc./h). A
composição de tráfego média dessa aproximação é de 92% de automóveis e 2%
motocicletas. Bicicleta, caminhão, ônibus e outros modos de transporte somam
6%.
Figura 21 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília.
Fonte: Levantamento de Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 77
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 20 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasília x Av. Pátria).
Fonte: Levantamento de Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
O tráfego pela Av. Brasília que convergia na Av. Pátria (ponto 3) que
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 12h e 13h (209 veíc./h). Nos
três dias de levantamento 1.788 veículos passaram por esse sentido sendo que
84% eram automóveis, 6% vans, 3% ônibus e 2% motocicletas. Os 5% restantes
eram bicicletas, ônibus, e outros modos de transporte.
Já os meios de transporte que trafegavam pela Av. Pátria e faziam
conversão na Av. Brasília (ponto 1) somaram 502 veículos. O horário que
apresentou o maior fluxo foi entre 12h e 13h (209 veíc./h). Os automóveis que
trafegam neste sentido representam 91%, seguidos por 3% de motocicletas, 3%
de vans e 2% bicicletas. Outros somam 1%. Os modos de transporte que
trafegavam pela Av. Pátria (ponto 2), sentido Prefeitura somam 2.104 veículos,
sendo que 84% são carros, 5% vans, 4% motocicletas e 3% ônibus. 4%
representam os outros modos de transporte.
266 268
380 292
329 335
244
14 29 52 52 46 41 17 76 96
188 209 199 182
102 65 91 107 90 95 94
54
0
100
200
300
400
Av. Brasilia (sentido Bairro) Av. Patria / Brasilia I
Av. Brasilia/ Patria I Av. Patria I
78 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Figura 22 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília.
Fonte: Levantamento de Dados de Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Gráfico 21 - Fluxos de Tráfego Equivalente (Av. Brasília x Av. Pátria).
Fonte: Levantamento de Dados em Campo.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Em relação a Av. Brasília sentido Av. Brasil (ponto 1), o horário que
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 11h e 12h (619 veíc./h). A
324 326
619 618 617
278 240
62 80
180
133
206
79 62 94 122 146
206
321
125 143
9 24 39 41 39 20 14
0
100
200
300
400
500
600
700
Av. Brasilia (sentido Av. Brasil) Av. Brasilia/ Patria II
Av. Patria II Av. Patria/ Brasilia II
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 79
Safra Planejamento e Gestão
composição de tráfego média dessa aproximação é de 88% de automóveis, 4%
motocicletas, 3% vans, 2% ônibus, 2% bicicletas, e outros modos de transporte
somam 1%.
O trafego pela Av. Brasília que convergia na Av. Pátria (ponto 2) que
apresentou o maior fluxo foi o compreendido entre 11h e 12h (931 veíc./h),
sendo que 88% eram automóveis, 7% motocicletas, 2% vans, 2% caminhões e
ônibus. Outros modos de transporte somaram 1%.
Já os meios de transporte que trafegavam pela Av. Pátria e fizeram
conversão na Av. Brasília (ponto 3) somaram 205 veículos. O horário que
apresentou o maior fluxo foi entre 12h e 13h (41 veíc./h). Os veículos que
trafegam neste sentido representam 90% de carros, seguidos por 4% de
motocicletas, 3% de caminhões e 2% de vans. Outros somam 1%. Os modos de
transporte que trafegavam pela Av. Pátria sentido RS-240 somam 1.398 veículos,
sendo que 90% são carros, 3% vans, 3% motocicletas e 2% caminhões. 2%
representam os outros modos de transporte.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 81
Safra Planejamento e Gestão
8. CARACTERIZAÇÃO
DO SISTEMA DE
TRANSPORTE
PÚBLICO
82 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
O sistema de transporte público coletivo por ônibus de Portão é
composto por três linhas municipais operadas pela empresa Viação Montenegro,
e quatro linhas oferecidas pelas empresas Viação Montenegro e Viação Caiense,
que operam as linhas Metropolitanas. Até junho de 2015 a empresa responsável
pelo transporte no Município era a Turisportão. A partir de julho de 2015 a
empresa Viação Montenegro, vencedora da licitação para a concessão do
serviço, começou a operar em Portão. Aliado a esse sistema, existe o transporte
público privado realizado por táxis e vans. A seguir são apresentadas as
principais características do sistema de transporte público do Município.
8.1 SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO
Os itinerários das linhas do sistema possuem, em geral, características
bairro-centro e vice-versa, tendo como principal ponto de convergência a Praça
do Chafariz, localizada entre a Av. Brasília e a Rua 9 de Outubro. Existem duas
linhas que realizam itinerários nas comunidades rurais, fazendo a rota Portão-
Macaco Branco, e a linha Portão-Socorro-Fazenda das Palmas-Sanga Funda. As
linhas que atualmente operam no sistema estão apresentadas nas Tabelas a
seguir, contendo o itinerário, seus horários e a frequência semanal.
Tabela 11 - Linhas Urbanas de Portão (2015).
Horário Itinerário Frequência
5h50min
Saída da Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua
Independência, Rua Vinte de Setembro, Rua do Comércio, Rua São
Pedro, Estrada Antônio Rodrigues da Rosa (Vila das Rosas), Estrada
Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Morretinhos (Vila São Jorge), Rua
São José, Av. Ceará, Rua Cuiabá, Av. Brasil, Av. Brasília, Rua São
Leopoldo, RS-240 (Vila Aparecida), Rua Júlio de Castilho, Travessa
Santa Alzira, RS-240 (retorno Moreflex), RS-240, Rua Ouro Verde
(Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto Dorneles, Rua Luís Winck,
Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de Castilho (Vila Rica), Rua José de
Anchieta, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros, Rua das Orquídeas,
Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, Av. Brasil, Rua
Independência, Rua Vinte de Setembro (Parque Neto), Rua Garibaldi,
Rua Soledade (Hospital), Rua São Leopoldo, Rua Nove de Outubro
(Prefeitura), Av. Pátria, Praça do Chafariz.
2ª a 6ª
6h55min
Saída da Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, RS-240 (Vila
Aparecida), Rua Júlio de Castilho, Travessa Santa Alzira, Retorno
Moreflex, RS-240, Rua Ouro Verde (Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua
Ernesto Dorneles, Rua Luís Winck, Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de
Castilho, Av. Brasil, Rua Porto Alegre (Vila São Jorge), Rua São José,
Rua Morretinhos, Estrada Antônio Rodrigues da Rosa, Rua São
Pedro, Rua do Comércio, Rua Ipiranga, Estrada Boa Vista, Retorno
Figueira, Estrada Boa Vista, Rua Ipiranga, Rua do Comércio, Av.
Ceará, Rua Cuiabá, Av. Brasil, Av. Brasília.
2ª a 6ª
7h40min Av. Brasília, Rua São Leopoldo, RS-240 (Vila Aparecida), Rua Júlio de 2ª a 6ª
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 83
Safra Planejamento e Gestão
Castilho, Travessa Santa Alzira, RS240, Retorno Moreflex, RS-240, Rua
Ouro Verde (Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto Dornelles, Rua
Luís Winck, Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de Castilho (Vila Rica),
Rua José de Anchieta, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros, Rua das
Orquídeas, Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, RS240,
Moinho Scharlau, Rua São Tomé, Rua Júlio de Castilho (Rincão do
Cascalho), Bairro Saibrera, RS-122, Retorno Areão, Mercado Cebola,
RS-122, RS-240 (Portão Novo), Rua Osvino Scherer (Hospital), Rua
São Leopoldo, Rua Nove de Outubro, Av. Pátria, Praça do Chafariz.
8h40min
Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua
Independência, Rua 20 de Setembro, Rua do Comércio, Rua São
Pedro, Estrada Antônio Rua da Rosa (Vila das Rosas), Estrada
Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Nilo Pereira Martins (Residencial
das Hortênsias) Rua Buriti, Rua dos Plátanos, Rua dos Eucaliptos, Rua
Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Morretinhos, Rua São José, Rua
Ceará, Rua São Cristóvão, Rua 15 de Novembro, Av. Brasil, Rua Nove
de Outubro, Av. Pátria, Praça do Chafariz.
2ª a 6ª
11h30min
Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua Porto Alegre,
Av. Perimetral, Rua São Leopoldo (Parque Neto), Rua Soledade, Rua
Garibaldi, Rua Vinte de Setembro, Rua do Comércio, Rua São Pedro,
Rua Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Morretinhos, São José, Av.
Ceará, Rua Cuiabá, Av. Brasil, Av. Brasília,
2ª a 6ª
12h05min
Av. Brasília, Rua São Leopoldo, RS-240 (Vila Aparecida), Rua Júlio de
Castilho, Travessa Santa Alzira, RS-240, Retorno Moreflex, RS-240,
Rua Ouro Verde (Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto Dornelles,
Rua Luís Winck, Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de Castilho (Vila
Rica), Rua José de Anchieta, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros,
Rua das Orquídeas, Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, Av.
Brasil, Av. Brasília.
2ª a 6ª
12h30min
Av. Brasília, Rua São Leopoldo, RS-240 (Vila Aparecida), Rua Júlio de
Castilho, Travessa Santa Alzira, RS-240, Retorno Moreflex, RS-240,
Rua Ouro Verde (Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto Dornelles,
Rua Luís Winck, Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de Castilho (Vila
Rica), Rua José de Anchieta, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros,
Rua das Orquídeas, Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho,
RS240, Moinho Scharlau, Rua São Tomé, Rua Júlio de Castilho
(Rincão do Cascalho), Bairro Saibrera, RS-122, Retorno Areão,
Mercado Cebola, RS-122, RS-240 (Portão Novo), Rua Osvino Scherer
(Hospital), Rua São Leopoldo, Rua Nove de Outubro, Av. Pátria, Praça
do Chafariz.
2ª a 6ª
13h
V. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua Perimetral, Rua São Leopoldo,
Parque Neto, Rua Soledade, Rua Garibaldi, Rua Vinte de Setembro,
Rua do Comércio, Rua São Pedro, Rua Antônio Rodrigues da Rosa
(Vila das Rosas), Rua Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Morretinhos,
Rua São José, Av. Ceará, Rua Cuiabá, Av. Brasil, Av. Brasília, Rua São
Leopoldo, RS-240, (Vila Aparecida), Rua Júlio de Castilho, Travessa
Santa Alzira, RS-240, Retorno Moreflex, RS-240, Rua Ouro Verde,
(Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto Dorneles, Rua Luís Winck,
Rua Afonso G. Winck, Rua Júlio de Castilho, (Vila Rica), Rua José de
Anchieta, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros, Rua das Orquídeas,
Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, (Viaduto), RS-240,
Moinho Scharlau, Rua São Tomé, Rua Júlio de Castilho (Rincão do
Cascalho), Bairro Saibreira, RS-122, Areião Retorno Mercado Cebola,
RS-122, RS-240 (Portão Novo), Rua Osvino Scherer, Rua São
2ª a 6ª
84 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Leopoldo (Hospital) e Rua Nove de Outubro.
14h30min
Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua
Independência, Rua 20 de Setembro, Rua do Comércio, Rua São
Pedro, Estrada Antônio Rua da Rosa (Vila das Rosas), Rua Nilo
Pereira Martins, Rua Antônio Rodrigues da Rosa, Rua Morretinhos,
Rua São José, Rua Porto Alegre, Av. Brasil, Rua Nove de Outubro, Av.
Pátria, Praça do Chafariz.
2ª a 6ª
17h05min
Creche Vila Rica, Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros, Rua das
Orquídeas, Rua José de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, Viaduto - Av.
Brasil, Rua nove de Outubro, Av. Pátria, Praça do Chafariz, Av.
Brasília, Rua Porto Alegre, Av. Perimetral, Rua São Leopoldo,
Hospital, (Parque Neto), Rua Soledade, Rua Garibaldi, Rua 20 de
Setembro, Rua do Comércio, Rua Ipiranga, Rod. Boa Vista até
Figueira, retorno Rod. Boa Vista, Rua Ipiranga, Rua do Comércio, Rua
São Pedro, Rua Buriti, Rua dos Plátanos, Rua dos Eucaliptos, Estrada
Antônio Rua da Rosa, Rua Morretinhos, Rua São José, Rua Porto
Alegre, Av. Brasil, Rua Julio de Castilhos, Rua José de Anchieta.
2ª a 6ª
17h50min
Rua das Cerejeiras, Rua dos Pinheiros, Rua das Orquídeas, Rua José
de Anchieta, Rua Júlio de Castilho, Av. Brasil, Rua Porto Alegre, Rua
São Jorge, Rua Morretinhos, Rua Antônio Rodrigues da Rosa (Vila
das Rosas), retorna - Rua Antônio Rodrigues da Rosa, Rua
Morretinhos, Rua Duque de Caxias, RS-240 (Vila Aparecida), Rua
Júlio de Castilho, Travessa Santa Alzira, RS-240 Retorno Moreflex,
RS-240, Rua Ouro Verde, (Vila Arco Íris), Rua Arco Íris, Rua Ernesto
Dorneles, Rua Luís Winck, Rua Afonso Winck, Rua Estância Velha, RS-
240 Viaduto, Av. Brasil, Av. Brasília.
2ª a 6ª
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Os distritos contam com duas linhas que ligam Portão a estes, fazendo a
rota Portão - Macaco Branco, e a linha Portão - Socorro - Fazenda das Palmas -
Sanga Funda, sendo que a primeira conta com três horários de segunda a sexta
feira e dois horários durante os sábados, já a linha Portão - Socorro - Fazenda
das Palmas - Sanga só opera durante a semana e no período letivo e conta com
três horários diários.
Tabela 12 - Linha Interdistrital: Portão - Macaco Branco.
Saídas de Portão
Frequência Horários
2ª a 6ª 5h50min, 11h50min e *17h40min
Sábados 6h30min e 12h20min
Itinerário: (*) Saídas da ETEP, Saídas da Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, RS-240,
Rua Aimoré, Rua Julio de Castilhos, Estrada dos Correias, Estr. da Cachoeira, Estr. Bom Jardim, Estr.
Santa Catarina, Estr. Macaco Branco, Estr. do Faxinal, Estr. dos Caetanos, Estr. da Cachoeira, Estr. dos
Correias, Rua Julio de Castilhos, Rua Carlos Krummenauer, Rodovia RS-240, Av. Perimetral, Rua São
Leopoldo, Rua Nove de Outubro, Avenida Pátria e Praça do Chafariz.
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 85
Safra Planejamento e Gestão
Tabela 13- Linha Interdistrital: Portão - Socorro - Fazenda das Palmas - Sanga
Funda.
Saídas de Portão
Frequência Horários
2ª a 6ª 6h (Somente no Período Letivo)
Itinerário: Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua 15 de Novembro, Rua do Comércio,
Rua Ipiranga, Rod. Boa Vista, Estr. Capão do Cemitério, Estr. Sanga Funda, Estr. Fazenda dos Padres,
Estr. Marco Lino Veríssimo, Estr. do Luizinho, Estrada do Socorro, Estr. do Carioca até Arm. Pa. Réus,
Estr. do Socorro, Estr. Antônio Rodrigues da Rosa, Rua São Pedro, Rua Cristóvão Colombo, Rua 20 de
Setembro, Rua do Comércio, Av. Ceará, Rua Porto Alegre, Av. Brasil e Av. Brasília.
2ª a 6ª 12h (Somente no Período Letivo)
Itinerário: Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua Porto Alegre, Rua Ceará, Rua do
Comércio, Rua 20 de Setembro, Rua Cristóvão Colombo, Rua São Pedro, Estr. Antônio Rodrigues da
Rosa, Estrada do Socorro, Estr. do Carioca até Arm. Pa. Réus, Estr. do Socorro, Estr. do Luizinho, Estr.
Marco Lino Veríssimo, Estr. Fazenda dos Padres, Estr. Sanga Funda, Estr. Capão do Cemitério, Rod.
Boa Vista, Rua Ipiranga, Rua do Comércio, Rua 15 de Novembro, Av. Brasil e Av. Brasília.
2ª a 6ª 18h (Somente no Período Letivo)
Itinerário: Praça do Chafariz, Av. Pátria, Av. Brasília, Av. Brasil, Rua Porto Alegre, Rua Ceará, Rua
Cristóvão Colombo, Rua 20 de Setembro, Rua do Comércio, Rua São Pedro, Estr. Antônio Rodrigues
da Rosa, Estrada do Socorro, Rod. Boa Vista, Rua Ipiranga, Rua do Comércio, Rua 15 de Novembro,
Av. Brasil e Av. Brasília.
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Os itinerários das linhas Metropolitanas ocorrem todos os dias da semana
ligando Portão aos municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo, totalizando
29 partidas de Portão, contudo existem ainda os pontos de
embarque/desembarque no entorno da RS-240 conforme as Tabelas a seguir.
São linhas que ligam Montenegro a São Leopoldo e a linha Montenegro - Novo
Hamburgo que trafegam pela RS-240, cortando a cidade de Portão.
86 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Tabela 14 - Linha Metropolitana: Rincão do Cascalho - Novo Hamburgo (Via Estrada
Velha).
Saídas de Rincão do Cascalho
Frequência Horários
2ª a 6ª 5h35min, 5h55min, ( LA,BS), 6h55min, 8h, 9h30min, 11h10min, 12h50min;
13h40min, 15h20min, 16h15min, 17h40min e 18h40min
Sábados 7h, 9h30min, 11h10min, 12h40min, 14h20min, 15h30min, 16h40min e 17h40min
Domingos e
feriados 10h, 14h e 16h50min
Itinerário: Saída da Rua Aimoré, Av. Julio de Castilhos, Av. Perimetral, RS-240, Rua Osvino Scherer,
Rua São Leopoldo, Rua nove de Outubro, Av. Pátria, Rua Brasília, Av. Brasil, Rua da Independência,
Rua 1º de Maio, Rua do Comércio, Rua São Pedro, Rua Antônio Rua da Rosa, Rua Morretinhos, Rua
Duque de Caxias, RS-240, Rua Julio de Castilhos, Rua Estância Velha, Rua Portão, Av. Sete de
Setembro, Av. Presidente Vargas, BR-116, Rua Rincão, Av. Nações Unidas, Rua Joaquim Nabuco,
terminal da Borges de Medeiros.
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Tabela 15 - Linha Metropolitana: Capela - Novo Hamburgo (Via Estrada Velha).
Saídas de Capela
Frequência Horários
2ª a 6ª 5h50min, 8h35min e 12h
Sábados 8h30min e 12h
Itinerário: Saída da Praça da Matriz, Rua Orestes Lucas, RS-240, Rua Julio de Castilhos, Rua Estância
Velha, Rua Portão, Av. Sete de Setembro, Av. Presidente Vargas, BR-116, Rua Rincão, Av. Nações
Unidas, Rua Joaquim Nabuco, terminal da Borges de Medeiros.
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Tabela 16 - Linha Metropolitana: Montenegro - São Leopoldo (Estação do Trem).
Saídas de Montenegro Passando pelo Perímetro Urbano de Portão Via RS-240
Frequência Horários
2ª a 6ª
4h40min, 5h, 5h40min, 6h00min, 6h40min, 7h, 7h40min, 8h40min, 9h40min,
10h40min, 11h40min, 12h40min, 13h40min, 14h40min, 15h40min, 16h40min,
17h10min, 17h40min, 18h40min, 19h40min e 20h40min
Sábados 5h40min, 6h40min, 7h40min, 8h40min, 9h40min, 10h40min, 11h40min, 12h40min,
13h40min, 14h40min 15h40min, 16h40min, 17h40min, 18h40min, e 20h40min
Domingos e
feriados
5h40min, 7h40min, 9h40min, 11h40min, 13h40min, 14h40min, 15h40min,
16h40min, 17h40min, 18h40min, e 20h40min
Em Trânsito no Viaduto de Portão a São Leopoldo/Estação do Trensurb
Frequência Horários
2ª a 6ª 5h10min, 5h50min, 6h10min, 6h50min, 7h10min, 7h50min, 8h10min, 09h10min,
10h10min, 11h10min, 12h10min, 13h10min, 14h10min, 15h10min, 16h10min,
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 87
Safra Planejamento e Gestão
17h10min, 17h40min, 18h10min, 19h10min, 20h10min e 21h10min
Sábados
6h10min, 7h10min, 8h10min, 9h10min, 10h10min, 11h10min, 12h10min,
13h10min, 14h10min, 15h10min, 16h10min, 17h10min, 18h10min, 19h10min e
21h10min
Domingos e
feriados
6h10min, 8h10min, 10h10min, 12h10min, 14h10min, 15h10min, 16h10min,
17h10min, 18h10min, 19h10min e 21h10min
Saídas de São Leopoldo para Portão Via RS-240
Frequência Horários
2ª a 6ª
5h35min, 6h25min, 7h05min, 8h05min, 9h05min, 10h05min, 11h05min, 12h05min,
13h05min, 14h05min, 15h05min, 16h05min, 16h35min, 17h05min, 17h35min,
18h05min, 18h35min, 19h05min, 20h05min, 21h05min e 22h35min
Sábados
7h05min, 8h05min, 9h05min, 10h05min, 11h05min, 12h05min, 13h05min,
14h05min, 15h05min, 16h05min, 17h05min, 18h05min, 19h05min, 20h05min, e
22h35min
Domingos e
feriados
7h05min, 9h05min, 11h05min, 13h05min, 15h05min, 16h05min, 17h05min,
18h05min, 19h05min, 20h05min, e 22h35min
Em Trânsito no Viaduto de Portão a Montenegro
Frequência Horários
2ª a 6ª
6h05min, 7h05min, 7h35min, 8h35min, 9h35min, 10h35min, 11h35min, 12h35min,
13h35min, 14h35min, 15h35min, 16h35min, 17h05min, 17h35min, 18h05min,
18h35min, 19h05min, 19h35min, 20h35min, 21h35min e 23h05min
Sábados
7h35min, 8h35min, 9h35min, 10h35min, 11h35min, 12h35min, 13h35min,
14h35min, 15h35min, 16h35min, 17h05min, 18h35min, 19h35min, 20h35min e
23h05min
Domingos e
feriados
7h35min, 9h35min, 11h35min, 13h35min, 15h35min, 16h35min, 17h35min,
18h35min, 19h35min, 20h35min e 23h05min
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Tabela 17 - Linha Metropolitana: Montenegro - Novo Hamburgo (via Vila Scharlau).
Saídas de Montenegro Passando pelo Perímetro Urbano de Portão Via RS-240
Frequência Horários
2ª a 6ª 5h50min, 6h50min, 16h30min e 17h30min
Em Trânsito no Viaduto de Portão a Novo Hamburgo via Vila Scharlau
Frequência Horários
2ª a 6ª 6h20min, 7h20min, 17h e 18h
Saídas de Novo Hamburgo para Portão Via RS-240
Frequência Horários
2ª a 6ª 7h, 8h15min, 17h45min e 18h45min
88 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Em Trânsito no Viaduto de Portão a Montenegro
Frequência Horários
2ª a 6ª 7h15min, 8h30min, 18h10min e 19h10min
Fonte: Viação Montenegro e Viação Caiense, 2015.
Veículos
Os ônibus que operam o transporte coletivo em Portão são do tipo
padron, com duas ou três portas de acesso. Não existem veículos articulados,
rebocados ou com assessórios aos portadores de necessidades especiais.
Entretanto, o poder público municipal vem conduzido esforços para a redução
da idade média da frota.
Figura 23 - Mapa Av. Pátria x Av. Brasília.
Fonte: www.onibusbrasil.com.br, 2016
Infraestrutura
As instalações para a acomodação dos usuários nos pontos de parada são
variadas, em alguns pontos existem abrigos para aguardar os ônibus, em outros
locais não existem nem indicações e sinalizações de ponto de parada. Há locais
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 89
Safra Planejamento e Gestão
em que ainda existem abrigos antigos ou somente placas de sinalização do
ponto de parada. Isto ocorre em áreas mais periféricas, onde não houve a
substituição do abrigo ou em áreas onde o ponto de parada é necessário, mas
não existe espaço físico para a instalação de algo além de um poste sinalizando
a mesma. Na região central, Avenida Brasil, nas proximidades da Praça do
Chafariz e alguns pontos pela cidade, a existência de pontos com abrigos não
caracteriza boa qualidade, pois muitos necessitam de manutenção.
É válido lembrar que, quanto maior a densidade de pontos de parada,
menor a distância de caminhada para acessar a rede de transporte coletivo, o
que melhora a qualidade do deslocamento. Entretanto, quando a densidade de
pontos de parada torna-se excessiva, ela gera impactos negativos, tais como a
redução da capacidade do sistema viário e a diminuição da velocidade
operacional das linhas.
Quanto à existência de informação nos pontos de parada, essa ainda é
uma tarefa a ser realizada de modo a esclarecer eventuais dúvidas do usuário.
Nenhum ponto de parada disponibiliza painéis informativos contendo a
representação em mapa das linhas e horários, permitindo ao usuário se orientar
melhor com relação às linhas que pode utilizar em função do seu destino.
Quantidade de Usuários e Valores
Em levantamento realizado junto à empresa Turisportão que tem a
concessão do transporte público, segundo a Viação Montenegro, no mês de
julho de 2015, o número de passageiros foi de 7.992, sendo 7.753 pagantes e
239 gratuitos registrados no sistema de bilhetagem eletrônica. Vale ressaltar que
este foi o primeiro mês de operação da empresa no Município e coincidiu com
as férias escolares. A quantidade de passageiros transportados pela linha
metropolitana no mesmo mês foi de 72.886 pagantes e 10.397 gratuitos.
As tarifas cobradas pela empresa também tem valores diferenciados, o
valor da passagem urbana é de R$ 2,60 e as interdistritais tem o valor de R$ 3,20.
A linha metropolitana, que leva passageiros para Montenegro, São Leopoldo,
Capela de Santana e Novo Hamburgo via Vila Scharlau custa R$ 3,55 e o valor
Portão - Novo Hamburgo custa R$ 2,55, de acordo com as informações
fornecidas pela empresa Turisportão em maio de 2015.
Configuração das Linhas
As linhas de ônibus existentes em Portão são bastante heterogêneas, sem
apresentar um padrão de distribuição ou uma organização estrutural adequada.
As linhas são definidas pelo horário, mas de uma forma geral atendem a todos
90 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
os bairros da cidade, com um percurso diário de 183 km na área urbana. Podem-
se dividir as linhas em três categorias: curtas, com menos de 10 km de extensão;
médias, com extensão entre 10 km e 25 km; e longas, com extensão superior a
25 km. Existem três linhas consideradas curtas que operam próximas ao Centro
da Cidade.
Grande parte das linhas encontra-se na categoria de linhas curtas (nove
linhas), com distribuição bastante uniforme na cidade e atendem grande parte
da demanda por transporte com origem e destino nas regiões mais adensadas
da cidade. As linhas de ônibus de extensão média atendem regiões um pouco
mais distantes e são distribuídas de forma bastante radial em relação ao Centro.
A única linha de extensão longa complementa a função daquelas de
extensão média, e atendem os bairros mais distantes do Município, essa linha
percorre também quase todos os bairros da área urbana de Portão, com um
percurso de 32 km.
Um dado que deve ser mencionado é que o sistema viário de Portão, cuja
extensão total é de mais de 135 km, entre rodovias, avenidas e ruas, tem cerca
de 180 km percorridos por ônibus diariamente com 12 viagens, sendo em média
15,2 km por viagem.
A oferta do serviço de transporte coletivo pode ser analisada tanto sob o
aspecto da cobertura da rede quanto dos indicadores operacionais. Em termos
de cobertura espacial, o sistema de Portão apresenta um atendimento bastante
amplo, atingindo grande parte das áreas urbanizadas. Além da cobertura da
rede, outro indicador da qualidade do serviço prestado é a quantidade de
viagens ofertadas.
Realizou-se um levantamento por meio de questionários (Anexo II) para
avaliar a qualidade do transporte coletivo em Portão. Segundo as informações
coletadas, a maior dificuldade de utilizar o transporte público coletivo é a falta
de horário dos ônibus que corresponde a 25% dos entrevistados, 23% acham
insatisfatório utilizar o transporte público devido às más condições físicas dos
pontos de ônibus. 17% acham o valor da passagem elevado e 17% apontaram a
má qualidade dos ônibus; 13% acham as viagens demoradas. Os que não
responderam ou não utilizam correspondem a 4% e 1% respectivamente.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 91
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 22 - Dificuldades ao Utilizar o Transporte Público no Município de Portão.
Fonte: Aplicação dos Questionários de Origem e Destino.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
8.2 SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO NÃO COLETIVO
Táxi
Atualmente, a frota municipal é de 21 táxis regulamentados, cujos pontos
encontram-se espalhados pela cidade. Existe uma maior concentração de pontos
nas áreas mais centrais devido à maior demanda pelo serviço e a remuneração
de serviço segue uma fórmula com base no tempo gasto e na distância
percorrida.
A demanda por serviços de táxi não possui, de maneira geral, um padrão
bem determinado, ocorrendo de maneira esporádica e associada à maior
urgência de alguns deslocamentos.
Vans
Outro meio de transporte bastante utilizado em Portão é o transporte
feito através de vans. Segundo informações coletadas junto a Prefeitura
Municipal de Portão, o Município conta com 28 vans cadastradas, sendo que 17
são vans utilizadas no transporte escolar e 11 são vans autônomas, estas
utilizadas, muitas vezes, para o transporte de trabalhadores das empresas,
transporte de pessoas das comunidades rurais, transporte para saúde, entre
outros.
23%
17%
17%
13%
25%
1%
4%
Más condições físicas dospontos de ônibus
Má qualidade dos ônibus
Valor da passagem
Viagem demorada
Falta de Horário
Não utiliza
Não Respondeu
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 93
Safra Planejamento e Gestão
9. CARACTERIZAÇÃO
DO SISTEMA DE
TRANSPORTE NÃO
MOTORIZADO
94 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
9.1 TRANSPORTE CICLOVIÁRIO
A mudança dos padrões de deslocamento dos habitantes através do uso
de meios de transporte não motorizados é crucial para a construção de centros
urbanos com padrões de qualidade de vida mais elevados. A bicicleta pode ser
um importante elemento de reordenação do espaço urbano e da lógica social,
além de ser um vetor de melhoria ambiental.
Para a avaliação da acessibilidade aos equipamentos urbanos pelo modo
bicicleta, considera-se que um equipamento é acessível se estiver localizado em
uma via servida por uma ciclofaixa ou se estiver a uma distância inferior a 300
metros de uma dessas vias3.
Em Portão não há uma demanda significativa de deslocamento de ciclistas
devido à carência de ciclovias e ciclofaixas. Foi identificado apenas o trecho de
aproximadamente 1 km de ciclovia na Avenida Brasil, compreendido entre a
Avenida Brasília e a Rua Porto Alegre. As principais deficiências identificadas
foram a presença de postes de energia elétrica ao longo da ciclovia, além da
deterioração do piso, bem como o uso comum entre ciclistas e pedestres.
3 Ferraz e Torres (2004) apontam a distância de 300m de caminhada do pedestre como boa, e como
regular o percurso entre 300 e 500 metros, e ruim acima de 500 metros.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 95
Safra Planejamento e Gestão
Figuras 24 a 27 - Ciclovia na Avenida Brasil.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Conforme os questionários aplicados de acordo com os critérios do DNIT,
em Portão constatou-se que 60% dos entrevistados afirmaram não se utilizar
deste meio de locomoção, 22% utilizam a bicicleta menos de três vezes por
semana, 14% utilizam mais de três vezes por semana e 4% não respondeu.
96 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 23 - Frequência em que Utiliza Bicicleta no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Dentre os entrevistados, os empecilhos apontados para não se utilizarem
da bicicleta foram: a falta de segurança aos ciclistas (29%), a falta de ciclovias e
ciclofaixas (24%), a distância de deslocamento (15%), as más condições da via
(9%), e a topografia (9%); 3% afirmaram outros motivos, 1% afirmou que não
utiliza este meio e 10% não responderam a este item.
22%
14%
60%
4%
Menos de 03 vezes porsemana
Mais de 03 vezes porsemana
Nenhuma
Não Respodeu
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 97
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 24 - Empecilhos para não Utilizar Bicicleta no Município de Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Contudo, o incentivo ao uso da bicicleta através da implantação de vias
cicláveis com elementos que promovam a segurança do ciclista, sinalização,
iluminação e paisagismo adequados, além de campanhas educativas e eventos,
faria com que a infraestrutura cicloviária se tornasse atrativa, estimulando o lazer
e a prática de atividades físicas, além de oferecer uma opção econômica e não
poluente de transporte.
De acordo com o Manual de Planejamento Cicloviário do Grupo Executivo
de Integração da Política de Transportes (GEIPOT), vias cicláveis são vias de
tráfego motorizado onde a circulação de bicicletas pode se dar de forma segura.
Geralmente, são vias secundárias ou locais, com pequeno tráfego de passagem,
e, por essa característica, já utilizadas habitualmente pelos ciclistas. As vias
cicláveis podem possuir ciclovias, ciclofaixas e ciclorrota. As ciclovias são
estruturas totalmente segregadas do tráfego motorizado, sendo a solução de
maior nível de segurança e conforto para os ciclistas. Pode ser implantada na
faixa de domínio das vias normais, lateralmente, no canteiro central, ou em
outros locais, de forma independente, como parques, margens de curso d’água e
outros espaços naturais.
As ciclovias podem ser unidirecionais ou bidirecionais. As unidirecionais
ocorrem quando a bicicleta é compreendida como um modal que deve receber
tratamento igual àquele dado aos outros veículos presentes na via pública e não
3%
29%
24%
15%
9%
9%
1% 10%
Outros
Falta de segurança aosciclistasFalta de ciclovias,ciclofaixas, etc.Distância dedeslocamentoMás condições da via
Topografia
Não utiliza
Não respondeu
98 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
é comumente adotada no Brasil. Em projetos unidirecionais a ciclovia é mais
estreita e as bicicletas circulam em uma só direção. A ciclovia bidirecional tem
largo uso no Brasil. Nos modelos bidirecionais, a ciclovia é mais larga e permite
o trânsito de bicicletas em ambos os sentidos. As ciclofaixas constituem-se em
faixas de rolamento para a bicicleta, com o objetivo de separá-las do fluxo de
veículos automotores. Normalmente, são localizadas no bordo direito das ruas e
avenidas, no mesmo sentido do tráfego, podendo ser implantada nas
proximidades de cruzamentos, sempre indicada por uma linha separadora,
pintada no solo, ou ainda com auxílio de outros recursos de sinalização.
Já as ciclorrotas são caminhos, com ou sem sinalização, que representam
uma rota recomendada para o ciclista. Representa o trajeto, sem qualquer
segregação ou sinalização contínua, sendo um espaço compartilhado com os
veículos automotores. Representa efetivamente um trajeto, não uma faixa da via
ou um trecho segregado4.
9.2 TRANSPORTE A PÉ
A mobilidade pessoal, segundo Morris et al. (1979), é interpretada como
sendo a capacidade do indivíduo de se locomover de um lugar ao outro e
dependente principalmente da disponibilidade dos diferentes tipos de modos de
transporte, inclusive a pé. A caminhada ocorre num espaço específico conhecido
como calçada ou passeio, contudo justificar sua existência somente com essa
finalidade é ter uma visão extremamente utilitária do seu uso, pois são
consideradas locais públicos e locais de socialização e lazer.
A princípio, o transporte a pé não exige nenhum equipamento ou
infraestrutura especial. Ao contrário dos veículos, que dependem de alguma
infraestrutura, muitas vezes com grandes dimensões e custos, o ser humano
anda em praticamente qualquer condição, o que não significa que a política de
mobilidade urbana não deva se preocupar em oferecer condições mais
adequadas para que isto ocorra com conforto e segurança, para todas as
pessoas. O transporte a pé deve ser entendido como o caminhar das pessoas em
vias públicas, uma vez que é complementar a todos os modos de transporte e
todas as pessoas são pedestres em algum momento do dia. Sendo assim,
destaca-se a importância dos cuidados e segurança com a infraestrutura do
4 Segundo Willian Cruz (Portal Vá de Bike), “(...) o objetivo da Ciclorrota não é levar de um ponto ao
outro – como a Ciclofaixa de Lazer, que liga parques. É pura e simplesmente indicar os melhores
caminhos para o tráfego de bicicletas e garantir sua prioridade e segurança nessas vias. A origem e o
destino dependem de onde o ciclista veio e para onde ele vai. Não é um circuito de passeio e sim
uma medida de apoio e incentivo ao deslocamento em bicicleta”.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 99
Safra Planejamento e Gestão
transporte a pé como calçada conservada e cuidada, faixa de travessia,
passarelas, iluminação, entre outros.
As faixas etárias em que essa modalidade é mais importante são
referentes aos usuários mais vulneráveis e mais frágeis no trânsito, ou seja, a que
compõem crianças e adolescentes e a dos idosos. A faixa etária das crianças e
adolescentes é aqui elencada pela estatura das crianças, pela fase de
desenvolvimento da capacidade física e sensorial e pelo desconhecimento das
situações de perigo ou pelo sentimento de invulnerabilidade e necessidade de
desafiar o perigo. Já os idosos, pela diminuição progressiva das acuidades visual
e auditiva, fundamentais para sua segurança no trânsito, pela maior dificuldade
de locomoção e pela usual falta de consciência da perda de agilidade física.
Para avaliar a situação dos passeios foram analisadas as vias principais do
Centro da Cidade. As centralidades são os espaços específicos da estrutura
urbana que se diferenciam do entorno na medida em que reúnem atividades
econômicas de maior ou menor complexidade, equipamentos, referências
simbólicas e tópicas, tencionando os lugares onde ocorrem. Dessa forma, as
centralidades concentram comércio e serviços, que atraem um grande fluxo de
pessoas ao longo do dia.
Conforme a política de mobilidade urbana deve-se abarcar a diretrizes
específicas para o transporte a pé:
Reconhecer a existência e a importância das viagens a pé, tanto
isoladamente como em complemento com outros meios de
transporte;
Valorizar a circulação a pé como parte fundamental da prioridade aos
meios de transporte coletivo urbano, investindo na melhoria das
condições de conforto e de segurança nos pontos de parada;
Investir na construção de calçadas nos locais de responsabilidade do
poder público e estimular os proprietários de imóveis que também o
façam, fixando padrões mínimos para projeto e execução;
Construir espaços viários qualificados destinados exclusivamente aos
pedestres (calçadões) em locais de grande concentração de circulação
a pé, mantendo-os bem conservados e desobstruídos de barreiras e
coibindo o seu uso indevido por veículos ou por atividades
comerciais;
Propiciar condições seguras de circulação para pedestres, com
tratamento adequado das situações de conflito com os modos
motorizados e não motorizados, implantando e iluminando as faixas
de travessia, instalando semáforos com tempos adequados para os
pedestres, e outras medidas de engenharia e operação de tráfego;
100 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Estimular intervenções de projeto em áreas de uso
predominantemente residencial ou de uso local para moderação do
tráfego motorizado e qualificação dos espaços destinados à circulação
de pedestres;
Implementar medidas de gestão de tráfego de restrição do uso do
transporte motorizado individual e de prioridade à circulação do
transporte coletivo;
Implementar medidas de gestão de tráfego de limitação e controle da
velocidade dos veículos motorizados, bem como de fiscalização do
desrespeito às faixas de pedestres e da parada irregular sobre as
calçadas;
Desenvolver ações de conscientização da população para respeito e
valorização do transporte a pé.
O passeio público é divido em três faixas: faixa livre, faixa de serviço e
faixa de acesso. A faixa livre é onde ocorre a circulação das pessoas, não
havendo interferência ou barreira dos demais equipamentos urbanos visando
sempre à segurança e o conforto do pedestre. A faixa de serviço destina-se à
locação do mobiliário e de equipamentos urbanos, infraestrutura (inclusive
tampas de inspeção), além da vegetação e o rebaixamento das guias para acesso
de veículos aos lotes, localizada entre a via e a faixa livre. A Figura a seguir
exemplifica, além da falta de calçamento, e do desrespeito do veículo
estacionado sobre a calçada, a não preocupação com a localização da
implantação do poste de iluminação, a fim de garantir a circulação segura do
pedestre.
Figura 28 - Ausência de Calçada.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Em Portão, encontram-se diferentes características nas calçadas, não
havendo uma homogeneidade no cuidado da infraestrutura para o pedestre.
Mesmo em locais onde há claramente uma maior preocupação com o passeio,
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 101
Safra Planejamento e Gestão
como na Prefeitura, na Praça do Chafariz, na Avenida Brasília e na Avenida Brasil
não se percebe preocupação com a continuidade no entorno e com o passeio
livre, além de não haver uma preocupação constante quanto à acessibilidade
universal, sejam elas deficientes, idosas, gestantes, ou pessoas com restrição de
mobilidade temporária ou permanente.
As condições das calçadas em Portão estão associadas a diferentes fatores
que determinam a sua qualidade, sendo eles: sistema viário, melhorias urbanas,
processo histórico de ocupação urbana, leis que as regulamentam fiscalização e
manutenção das mesmas. Apesar de o Município demonstrar preocupação com
seus passeios públicos e da sensível melhoria nos últimos anos em termos de
transporte não motorizado não existe nenhum grupo específico de trabalho ou
secretaria dentro da Prefeitura Municipal com foco em pedestres e meios de
transporte não motorizados.
A presença de rampas de acesso nas calçadas é inconstante. Quando a
melhoria ocorre, não se apresenta em uma região de maneira uniforme. A falta
de critério para a adoção da continuidade das rampas de acesso proporciona
situações como as mostradas nas Figuras a seguir.
Figuras 29 e 30 - Rampas de Acessibilidade.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
O melhor exemplo de acessibilidade universal e preocupação com o
pedestre está na Rua Nove de Outubro (Figura 31), onde a indicação e a guia
rebaixada servem de acesso ao outro lado da rua, contudo esta realidade não se
repete pelo Município.
102 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Figura 31 - Guia Rebaixada com Indicação na Rua Nove de Outubro.
Fonte: Acervo Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Conforme os dados levantados em pesquisa conforme aplicação dos
questionários (anexo II), 52% dos entrevistados se locomovem a pé, contudo, as
vias para o deslocamento não estão adequadas e seguras para todos os
citadinos. Segundo os entrevistados, 93% responderam que não há adaptações
para pessoas com alguma deficiência e 7% responderam que há adaptação,
conforme Gráficos a seguir.
Gráfico 25 - Ruas com Adaptação para Pessoas com Deficiência Física em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Quando perguntado sobre as principais dificuldades encontradas durante
a caminhada no passeio público, 53% responderam que é a falta de conservação,
7%
93%
Sim
Não
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 103
Safra Planejamento e Gestão
tais como buracos, desníveis, falta de calçamento, sendo obrigados, às vezes, a
caminharem pelas ruas dividindo espaço com os carros. A ausência de
sinalização para pedestres corresponde a 13% dos entrevistados, já 12%
disseram que os entulhos e lixo acumulados nas calçadas são uma das principais
dificuldades encontradas, o que demonstra necessidade de ampliação no
processo de fiscalização de obras no Município. Ausência de faixa para pedestres
e a má sinalização correspondem a 9% e 6%, respectivamente.
Gráfico 26 - Principais Dificuldades Encontradas como Pedestre no Passeio Público
em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
No mesmo questionário aplicado, perguntou-se sobre a qualidade das
calçadas. Dos entrevistados apenas 19% dos pedestres responderam que são
ótimas, os que consideram a qualidade boa foram 34%, regular e péssima
contabilizaram 14% e 33%, respectivamente, conforme o Gráfico 27.
53%
13%
12%
9%
6% 5%
2% Má conservação (buracos,desníveis, etc)
Ausência de semáforos parapedestres
Entulho acumulado
Ausência de faixas parapedestres
Má sinalização dos pedestres
Semáforos lentos
Não respondeu
104 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 27 - Qualidade das Calçadas em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Já quando indagados sobre os fatores que consideram importantes em
uma calçada, as respostas variam de 2% a 27% conforme o Gráfico 28. As
calçadas que não oferecem perigo de atropelamento para os pedestres
representam 27%.
Dos entrevistados, 19% consideraram que as calçadas não possuem
obstáculos e são de fácil circulação e, com a mesma proporção, 19% afirmaram
que procuram calçadas que sejam limpas e agradáveis para a locomoção.
Com 11% cada, as calçadas que não oferecem riscos dos pedestres serem
assaltados e que sejam pouco movimentadas e 2% consideram como fator
importante que a via seja muito movimentada.
19%
34% 14%
33%
Excelente
Ótima
Boa
Regular
Péssima
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 105
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 28 - Indicadores Considerados Importantes em uma Calçada em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Em relação aos dados levantados sobre o motivo da viagem a pé
conforme Gráfico a seguir, a maioria dos entrevistados respondeu que mora
perto do local de destino (38%), os que gostam de caminhar somam 33%, 14%
disseram não ter transporte público para o local de destino, seguido por 10%
que responderam que existe transporte para o local de destino, contudo é
lotado e desconfortável e 5% disseram que há oferta de transporte para o
destino, mas ele demora a passar.
27%
11%
19%
11%
2%
11%
19%
Onde nâo há perigo de seratropelado
Que seja confortável, com umpiso bom para caminhar, semrisco de cair.
Que não tenha obstáculos quedificultem a caminhada
Onde não se corra risco de serassaltados
Que seja muito movimentada
Que seja pouco movimentada
Que seja limpa e agradávelpara caminhar
106 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 29 - Motivos para Realizar Atividades Cotidianas a pé em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Conforme os dados levantados na pesquisa de campo, quando os
entrevistados foram indagados sobre a cordialidade dos motoristas em relação
aos pedestres como, por exemplo, respeito à faixa de pedestre, 52% dos
entrevistados disseram que os motoristas às vezes são cordiais, 38% disseram
que raramente e 10% responderam que os motoristas nunca são cordiais. Vale
ressaltar que nenhum entrevistado disse que os condutores são sempre cordiais.
33%
38%
14%
5%
10%
Porque gosta de caminhar
Porque mora perto do local dedestino
Porque não há oferta detransporte para o local dedestino
Porque há oferta de trasnportepara o destino, mas ele demoraa passar
Porque há oferta de trasnportepara o destino, mas ele é lotadoe desconfortável
Porque há oferta de transportepara o local de destino, mascusta caro
Não respondeu
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 107
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 30 - Cordialidade de Motoristas com os Pedestres em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Em relação à sinalização das ruas, passeios públicos e vias de acessos para
os pedestres, 48% responderam que a sinalização é regular, seguido por 19%
que responderam ser boa e 9% consideram ótima; 24% responderam ser
péssima e inexistente, conforme o Gráfico 31.
52% 38%
10%
As vezes
Raramente
Nunca
108 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 31 - Sinalização para Pedestres em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Também foram levantados na pesquisa, os hábitos dos pedestres, se eles
respeitavam as sinalizações de trânsito; 52% disseram respeitar sempre as
sinalizações, 33% falaram que respeitam às vezes, 5% raramente e 10%
afirmaram nunca respeitar as sinalizações de trânsito.
9%
19%
48%
10%
14%
Ótima
Boa
Regular
Pésima
Não existe
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 109
Safra Planejamento e Gestão
Gráfico 32 - Respeito à Sinalização de Trânsito em Portão.
Fonte: Levantamento de Dados Através dos Questionários.
Org. Safra Planejamento e Gestão, 2015.
52%
33%
5%
10%
Sempre
As vezes
Raramente
Nunca
112 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
O município de Portão, com uma economia caracterizada principalmente
por indústrias de transformação, culturas de frutas, grãos e hortaliças, prática da
pecuária de bovinos, bubalinos, suínos e aves, pelo setor terciário e turístico, é
cortado pela Rodovia Estadual RS-240. Esta rodovia representa um eixo de
transporte da produção do Estado, além de ser acesso para alguns municípios
como São Leopoldo e Novo Hamburgo.
A RS-240 também atravessa a área urbana de Portão, interferindo no
sistema viário da cidade e em regiões densamente habitadas, e assim gerando
os conflitos de trânsito causados pelo intenso tráfego de veículos em vias de
movimentação de pedestres e ciclistas.
Sendo assim, foram reunidas informações referentes aos acidentes de
trânsito em Portão entre os anos de 2010-2014, dados estes levantados junto à
Brigada Militar do Município, nos quais foram delimitados alguns pontos críticos
da cidade, mapeados nas respectivas ruas do acidente.
O Gráfico 33 mostra o número de acidentes de trânsito em Portão com
vítimas com lesão corporal. Observa-se que 2012 foi o ano com o maior número
de acidentes desta natureza, com 87 ocorrências. Nos anos posteriores houve
um decréscimo neste tipo de ocorrência. Na Figura 32 pode-se observar a
espacialização das ocorrências na cidade. Foi delimitado dentro de um raio de
100m para os pontos mais críticos da cidade.
Gráfico 33 - Acidentes de Trânsito com Lesões Corporais em Portão (2010 - 2014).
Fonte: Brigada Militar de Portão.
58
75
87
72
61
0
20
40
60
80
100
2010 2011 2012 2013 2014
Qu
anti
dad
e d
e A
cid
en
tes
Ano
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 113
Safra Planejamento e Gestão
Figura 32 - Acidentes de Trânsito com Lesões Corporais em Portão (2010 - 2014).
Org.: Safra Planejamento e Gestão, 2015.
Fonte: Brigada Militar de Portão.
114 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Em relação aos acidentes de trânsito sem lesão corporal apenas com
danos materiais, observa-se um número mais elevado de casos com um total de
932 ocorrências entre os anos de 2010 -2014. Entre os anos estudados o ano de
2012 se destacou com o maior número de acidentes com 226 casos. Foram
identificados oito pontos de maior ocorrência deste tipo de acidente utilizando
um raio de 100 metros, conforme o Gráfico 34 e Figura 33.
Gráfico 34 - Acidentes de Trânsito com Danos Materiais em Portão (2010 - 2014).
Fonte: Brigada Militar de Portão.
Org.: Safra Planejamento e Gestão, 2015.
146
188
226
207
165
0
50
100
150
200
250
2010 2011 2012 2013 2014
Qu
anti
dad
e d
e A
cid
en
tes
Ano
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 115
Safra Planejamento e Gestão
Figura 33 - Acidentes de Trânsito com Danos Materiais em Portão (2010 - 2014).
Fonte: Brigada Militar de Portão.
Org.: Safra Planejamento e Gestão, 2015.
116 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Cruzando os dados, foram identificados quatro pontos comuns de maior
ocorrência em Portão, totalizando 168 ocorrências: Avenida Brasil X Rua Nove de
Outubro com 89 ocorrências, Avenida Brasil X Rua Curitiba com 40 registros, Rua
do Comércio X Rua Quinze de Novembro com 24 casos e a Rua Ceará X Porto
Alegre com 15 ocorrências. Estes valores referem-se aos acidentes com lesão
corporal e os com danos materiais, referentes ao período de 2010-2014.
118 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Na busca para diminuir os problemas da mobilidade urbana, bem como
promover ao cidadão condições de acessibilidade às áreas de interesse coletivo,
juntamente com a oferta de um transporte público de maior qualidade, a Lei nº
15.587/2012 instituiu as diretrizes da Politica Nacional de Mobilidade Urbana,
cujo objetivo é promover a integração entre os diferentes tipos de transporte e a
melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas pelos municípios.
O instrumento de efetivação desta lei é o Plano de Mobilidade Urbana,
visando o cumprimento de seus princípios, objetivos e diretrizes, para todos os
municípios. As principais atribuições dos municípios no objeto do plano de
mobilidade são os serviços de transporte público, a circulação viária, a
infraestrutura do sistema de mobilidade urbana, a acessibilidade das pessoas
com deficiência e restrição de mobilidade, a integração dos modos de
transporte, dentre outros.
Para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Portão, foram
elaboradas algumas etapas já descritas no Diagnóstico como, a caracterização
do município, a metodologia empregada, os diferentes tidos de modais, a
apresentação e análise dos dados levantados em campo, apresentando o
cenário atual de Portão em relação à questão da mobilidade urbana.
A questão do transporte público coletivo apresentou algumas deficiências,
em relação à distribuição das linhas e horários, a qualidade da frota dos ônibus
muitos antigos e sem acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou
com restrições de mobilidade; a estrutura dos pontos/abrigos de espera
considerados inadequados, precários; a falta de divulgação dos horários e
itinerários dos ônibus; a inexistência de um canal para a comunicação da
qualidade do serviço prestado.
Em relação à qualidade das calçadas e passeios públicos foi identificada
uma grande deficiência na pavimentação das mesmas, fazendo com que muitos
pedestres caminhem pelas ruas, a obstrução por objetos e matérias, iluminação
não adequada, falta de acessibilidade universal, dentre outros.
As vias de Portão também apresentam algumas deficiências como falta de
sinalização vertical e horizontal, falta de manutenção e pavimentação das vias,
saturação e incompatibilidade em relação ao fluxo e trânsito de veículos, a má
conduta no trânsito dos motoristas gerando alguns pontos de gargalos, falta de
acesso seguro para os pedestres, ausência de disciplinamento dos
estacionamentos e/ou nas vagas de carga e descarga, grande fluxo de
caminhões na área urbana e falta de estudos sobre a evolução urbana e do
trânsito.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 119
Safra Planejamento e Gestão
O transporte individual da cidade também apresenta alguns problemas
como falta de sinalização e abrigo nos pontos de taxis, ausência de incentivo ao
uso das bicicletas, falta de conservação e manutenção da ciclovia, falta malha
cicloviária sem conectividade com outros modos de transporte dentre outros.
A fim de consolidar as análises do diagnóstico aqui elaborado, é montado,
a seguir, um quadro que evidencia os principais pontos avaliados na
caracterização das condições de mobilidade na área urbana de Portão. Estes
cenários são apresentados com o cenário atual, os cenários futuros com
objetivos e metas (curto médio e longo prazo) e as prioridades de cada objetivo,
tendo em vista as diretrizes previstas na Política Municipal de Mobilidade
Urbana, quais sejam: priorização dos transportes coletivos e não motorizados;
integração dos bairros periféricos na rede e no sistema de transporte; redução
da necessidade de deslocamento; promoção de desenvolvimento econômico
através de uma adequada logística no transporte de mercadorias; melhoria da
fluidez do trânsito.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 127
Safra Planejamento e Gestão
Anexo II - Questionário Origem/Destino
128 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
Anexo III - Modelo da Contagem Volumétrica
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 129
Safra Planejamento e Gestão
Anexo IV - Questionário para Pedestres
130 PDMU de Portão/RS - Diagnóstico
Safra Planejamento e Gestão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) (2010).
BRASIL. Lei Federal nº 12.587/2012 - Política Nacional de Mobilidade.
________. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Disponível:
www.ibge.gov.br. Consultado em: 21 de julho de 2015.
________. Ministério dos Transportes. Empresa Brasileira de Planejamento de
Transportes.
________. Secretaria do Tesouro Nacional - STN. Disponível em:
www.tesouro.fazenda.gov.br: Acesso em: 21 de julho de 2015.
Manual de planejamento cicloviário, 2001b, 126p.
PORTÃO. Lei Municipal nº 2.206/2011, que revisa, altera e consolida a Lei nº
1.515/2004, com a redação dada pela Lei nº 2.080/2010, que instituiu o 2° Plano
Diretor do Município de Portão.
PDMU de Portão/RS - Diagnóstico 131
Safra Planejamento e Gestão
Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Portão/RS
Etapa II - Diagnóstico
Maria Odete Rigon
Prefeita Municipal
Rudimar Koller
Coordenador Político
Gianfranco Consoli
Coordenador Técnico
Fabrício Vergara Mota
Safra Planejamento e Gestão
Arquiteto e Urbanista - Especialista em Geoprocessamento - CAU A32284-9
Gestor do Projeto
Portão, 02 de setembro de 2015.