plano de exportação - mel

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DÉBORAH SOBJEIRO FRISANCO PLANO DE EXPORTAÇÃO MEL

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Page 1: Plano de Exportação - Mel

DÉBORAH SOBJEIRO FRISANCO

PLANO DE EXPORTAÇÃO

MEL

Page 2: Plano de Exportação - Mel

Índice

1. Produto a ser exportado: Mel...........................................................................................1

1.1.Transformação do Néctar em Mel..................................................................................1

1.2. A Composição do Mel.................................................................................................. 2

2. A Apicultura no Brasil...................................................................................................... 2

3. A Produção e Comercialização de Mel no Brasil.............................................................3

4. País que será exportado Mel: Canadá..............................................................................7

4.1. Dados Básicos.............................................................................................................. 7

4.2. Comércio Exterior........................................................................................................ 8

4.2.1. Direção do comércio exterior.................................................................................9

5. Relações Econômicas Brasil-Canadá................................................................................9

6. Apicultura no Canadá..................................................................................................... 10

7. Importações de Mel do Canadá......................................................................................11

8. Motivos que levaram a escolha do País Canadá............................................................13

9. Preço................................................................................................................................ 15

10. Embalagem e rotulagem................................................................................................16

11. Concorrência................................................................................................................. 17

1. Produto a ser exportado: Mel...........................................................................................1

13. Referências Bibliográficas............................................................................................. 18

Page 3: Plano de Exportação - Mel

1. Produto a ser exportado: Mel

O mel é uma substância viscosa, aromática e açucarada

produzido pelas abelhas, tendo como matéria-prima o néctar das

flores das mais variadas espécies vegetais, secreções das partes

vivas das plantas ou excreções de insetos sugadores que as abelhas

coletam, transformam, combinam com suas substâncias próprias,

armazenam e deixam maturar nos favos da colméia.

O mel das abelhas, conhecido pelo homem desde tempos imemoriais, sempre foi

utilizado como alimento e remédio caseiro pela maioria das civilizações conhecidas. E tanto o

mel como as abelhas eram, na Antigüidade, consideradas sagradas e bem antes da existência

do homem, as abelhas já produziam o mel.

Seu aroma, paladar, coloração, viscosidade e propriedades medicinais estão

diretamente relacionados com a fonte de néctar que o originou e também com a espécie de

abelha que o produziu.

Quando o mel é originado principalmente de flores de plantas pertencentes à mesma

família, gênero ou espécie, é denominado de unifloral ou monofloral. Quando é produzido a

partir de diferentes origens florais, recebe a denominação de mel multifloral ou polifloral.

1.1.Transformação do Néctar em Mel

O néctar é transportado para a colméia, onde

irá sofrer mudanças em sua concentração e composição

química, para então ser armazenado nos alvéolos.

Entretanto, mesmo durante o seu transporte para a

colméia, secreções de várias glândulas, principalmente

das glândulas hipofaringeanas, são acrescentadas,

introduzindo ao material original enzimas como a

invertase (a -glicosidase), diastase (a e β amilase), glicose oxidase, catalase e fosfatase.

Na produção do mel, as abelhas processam o néctar em duas etapas. Na primeira

ocorrem transformações físicas e na outra, as transformações são de natureza química.

Transformação física é a perda de água do néctar por evaporação devido ao calor

existente na colméia (em torno de 35ºC) e a constante ventilação produzida pelo movimento

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Page 4: Plano de Exportação - Mel

das asas das abelhas. Transformação química, por sua vez, ocorre pela ação da enzima

invertase, produzida pelas abelhas que atuam sobre a sacarose, principal açúcar do néctar,

transformando-o em dois açúcares mais simples: glicose e frutose.

A cristalização do mel é um processo natural, que não interfere em sua composição e

qualidade. Consiste na separação da glicose da frutose, pelo fato de a glicose ser menos

solúvel do que a frutose.

A fermentação é um processo que interfere na composição e na qualidade do mel,

tornando-o impróprio para o consumo humano. É causada pela ação de leveduras

(microorganismos) sobre a glicose e a frutose, tendo como produto o álcool etílico e o dióxido

de carbono. O álcool na presença de oxigênio pode ser quebrado em ácido acético (vinagre),

daí o gosto azedo presente no mel fermentado. O alto teor de umidade favorece a

fermentação.

1.2. A Composição do Mel

O mel é constituído pelos seguintes componentes nas quantidades médias especificadas:

Açucares naturais:

Levulose 40,5%, Dextrose 34,0%, Sacarose 1,9%

Enzimas e Vitaminas: 2,6%

Água: 17,7%

Cinzas: 1,8%

Proteínas: 1,5%

Vitaminas:

B, B1, B2, B5, B6, BC, C, G, H e PP

Sais Minerais: Cálcio, fósforo, enxofre, potássio cloro, sódio, magnésio, ferro, manganês,

cobre, silício, bório, nitrogênio e outros presentes em pequenas quantidades.

Ácidos: Málico, cítrico, fórmico, tânico, cúprico, oxálico, fosfórico, butríco, acético, latico,

valerianico e propiônico.

Outros elementos: Açucares, lipídios, fermentos, histamina, maltose, dulcitol, aldeidos,

clorofila, carotina, tanino, albumina, malase e vários óleos.

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Page 5: Plano de Exportação - Mel

2. A Apicultura no Brasil

No Brasil a história da apicultura tem início com a introdução de abelhas da espécie

Apis mellifera no estado do Rio de Janeiro, em 1839 – quando o padre Antônio Carneiro

trouxe algumas colônias da região do Porto, em Portugal. Outras raças de Apis mellifera

foram introduzidas posteriormente, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, por imigrantes

europeus.

A apicultura brasileira tomou um novo rumo com a introdução da abelha africana

(Apis mellifera scutellata) em 1956, quando, por um acidente, essas abelhas escaparam do

apiário experimental e passaram a se acasalar com as de raça européia. A partir desse

momento, começou a se formar um híbrido natural entre as abelhas africanas e européias, que

passou a ser chamada de Abelha africanizada.

A alta agressividade e tendência enxameatória destas abelhas africanizadas causou,

inicialmente, um grande problema no manejo dos apiários, e muitos apicultores abandonaram

a atividade. Somente com o desenvolvimento de técnicas adequadas às abelhas africanizadas,

ocorrido nos anos 70, a apicultura passou a crescer e se expandiu para as regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste.

Com a entrada do mel brasileiro no mercado internacional, a apicultura viveu um

grande momento de mobilização e crescimento. Esse desenvolvimento da atividade fica

evidente quando se observa a evolução da produção de mel no Brasil ocorrida no período de

2000 a 2004, que registra um crescimento de 47,7%. Um incremento bem superior ao

ocorrido entre 1990 e 2000, que foi de apenas 35,1%.

A cadeia produtiva da apicultura envolve cerca de 350 mil pessoas no Brasil, sendo

a maioria de pequenos produtores e a atividade gera e ocupação, ajudando a fixar o homem no

campo. Segundo a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), a produção nacional é de

cerca de 40 mil toneladas, levando o Brasil ao quinto lugar no ranking de produtores

mundiais.

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Page 6: Plano de Exportação - Mel

3. A Produção e Comercialização de Mel no Brasil

Inicialmente, a introdução da abelha africanizada causou uma redução na produção

de mel no Brasil. Esta situação foi revertida após a adequação das técnicas de criação, quando

a apicultura passou a ser praticada em todo país. Com o crescente aumento do número de

colméias, a produção tende a continuar crescendo nos próximos anos.

Segundo estimativas da Confederação Brasileira de Apicultura, o Brasil possuía em

janeiro de 2004 cerca de 4 milhões de colméias, produzindo 33.000 toneladas de mel/ano.

Estima-se que a produtividade da atividade no Brasil seja de 30 kg de mel/colméia/ano. A

produtividade pode dobrar em poucos anos, com as melhorias técnicas que vem sendo

desenvolvidas.

A apicultura tem sido, ao longo dos anos, uma atividade exclusiva de pequenos e

médios produtores, fora do âmbito do investimento de grandes grupos empresariais. Esta

situação despertou o espírito empreendedor de alguns apicultores, que passaram a investir em

seu próprio negócio, ampliando a base de produção e assumindo a comercialização direta dos

seus produtos.

A maior parte dos produtores de mel é de pequenos e médios apicultores que

possuem, em média, menos de 100 colméias, e que estão normalmente ligados a associações

ou cooperativas apícolas.

Esta característica prevaleceu também para os negócios voltados para o comércio

fracionado de mel e dos demais produtos da colméia no mercado interno. Associações,

cooperativas e produtores independentes montaram seus próprios entrepostos de mel,

legalizaram sua situação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e

realizaram a comercialização dos seus produtos em seu estado e nos estados vizinhos. O

mercado de mel fracionado era, até então, atendido principalmente por micro e pequenas

empresas regionais.

A partir de 2001, por ocasião da suspensão das importações do mel da China pelos

paises da Comunidade Européia, o mercado mundial passou a viver uma situação atípica,

causada pela elevação dos preços internacionais do mel, que ultrapassou a barreira dos dois

dólares o quilograma. Nesse mesmo período, o real foi desvalorizado em relação ao dólar, e

exportar passou a ser uma ótima opção para o setor. O mercado interno se viu pressionado

pelo preço e pela demanda internacional, e, em 2003, o mel que era vendido pelos produtores

por R$ 1,60 passou para mais de R$ 5,00 o quilo.

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Page 7: Plano de Exportação - Mel

A apicultura brasileira chegou assim à era da exportação, e o panorama da economia

apícola mudou drasticamente. Com a alta demanda internacional do produto, e os preços

favoráveis à exportação, grande parte do mel brasileiro é hoje direcionada para o mercado

externo. Os preços no mercado interno subiram, as vendas fracionadas das empresas regionais

caíram e passou-se a observar uma retração nas atividades destas. A grande procura pelo

produto condicionou a comercialização do mel ao pagamento praticamente a vista aos

produtores, dificultando ainda mais a atuação dos pequenos negócios regionais.

Tabela 1 - Exportações brasileiras de mel, por país, 2001 a 2004.

País2001 2002 2003 2004

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor t US$ 1000 t US$ 1000 t US$ 1000 t US$ 1000Alemanha 2.106,83 2.342,99 5.391,36 9.036,02 10.563,34 24.882,93 10.745,81 22.585,02Reino Unido 0 0 702,81 1.051,56 1.163,13 2.679,48 3.772,80 7.660,19Estados Unidos 292,63 329,07 6.139,39 12.417,86 6.777,44 16.129,74 3.774,60 6.576,00Espanha 41,02 52,83 102,6 117,32 221,56 492,07 1.206,04 2.575,53Bélgica 0 0 223,91 375,98 237,78 579,73 463,87 968,6Outros 48,19 84,47 80,43 142,48 309,9 781,16 1.065,36 2.009,04Total 2.488,67 2.809,35 12.640,49 23.141,22 19.273,15 45.545,10 21.028,47 42.374,38

Fonte: SECEX-MDIC

Em 2002 e 2003, quando o Brasil realmente entrou para o seleto grupo dos

exportadores mundial de mel, o percentual da produção exportada foi de 52,68% e 64,20%,

respectivamente.

A Alemanha, em 2003, retomou o papel de principal importador do mel brasileiro,

perdido, em 2002, para os Estados Unidos. O valor de 20,9 milhões de dólares das aquisições

germânicas foi mais que o dobro do valor registrado em 2002 e quase dez vezes o de 2001. A

disputa internacional pelo produto brasileiro elevou o seu preço, de US$ 1,13 o quilo em 2001

para US$ 2,34/kg em 2003. Reino Unido, Bélgica e Espanha também incrementaram

significativamente suas compras, contribuindo para o excelente desempenho brasileiro.

Segundo o IBGE, a produção nacional de mel, em 2005, atingiu 33.750 toneladas. O

Brasil exportou 14,4 mil toneladas de mel para a União Européia, gerando uma receita de US$

18,9 milhões. São Paulo (US$ 7,72 milhões), Ceará (US$ 3,4 milhões), Piauí (US$ 3,05

milhões) e Santa Catarina (US$ 2,93 milhões) foram os principais exportadores.

Já em 2006, a exportação brasileira de mel apresentou alta. De janeiro a setembro, a

receita foi de U$ 17,8 milhões, 37% maior que no igual período de 2005. O desempenho

favorável contraria as previsões mais pessimistas, traçadas no início do ano, após o embargo

da União Européia, que alegou descumprimento do prazo de implantação das análises a serem

feitas no âmbito do Programa Nacional de Controle de Resíduos (PNCR).

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Page 8: Plano de Exportação - Mel

Com o embargo europeu a exportação de mel brasileiro foi redirecionada aos

Estados Unidos de maneira a permitir que, ao final de 2006, fosse alcançada quantidade

semelhante à de 2005, mas com valor 23% superior, como resultado de aumento de preços

que independe do volume exportado pelo Brasil. A União Européia decidiu suspender a

importação de mel produzido no Brasil sob a alegação de que o País não tem equivalência

com o bloco no que se refere às diretivas para controle de resíduos e qualidade do produto. A

decisão entrou em vigor em 17 de março de 2006. O embargo não se aplicaria às remessas do

produto em trânsito antes da entrada em vigor da medida.

A partir de abril de 2006 o mercado americano absorveu quase a totalidade do mel

enviado pelas empresas brasileiras ao exterior.

O crescimento deve-se, em grande medida, ao incremento das vendas brasileiras

para os Estados Unidos. De janeiro a setembro, os norte-americanos compraram US$ 11,87

milhões, 262,7% a mais que em 2005. E, com base nos dados de setembro de 2006, é possível

identificar tendência ainda de alta nos negócios, já que a exportação para os Estados Unidos

registrou aumento de 380% em relação a setembro de 2005, atingindo US$ 2,88 milhões.

Tabela 2 - Exportação Brasileira de Mel Natural, 2005 e 2006.

País2005 2006 Participação

% no valorQuantidade Valor Preço Quantidade Valor Preço(t) (US$ 1.000) (US$/t) (t) (US$ 1.000) (US$/t) 2005 2006

Estados Unidos 3.317 4.353 1.312 10.785 17.329 1.607 23 74,2

Alemanha 6.234 8.106 1.300 2.586 4.077 1.577 42,8 17,5

Reino Unido 3.780 4.959 1.312 831 1.251 1.505 26,2 5,4

Canadá 20 37 1.868 134 215 1.612 0,2 0,9

Bélgica 182 294 1.616 165 274 1.662 1,6 1,2

Subtotal 13.533 17.749 1.312 14.500 23.147 1.596 93,7 99,1

Outros 909 1.192 1.311 100 212 2.129 6,3 0,9

Total 14.442 18.940 1.311 14.600 23.359 1.600 100 100Fonte: SECEX/MDIC.

A exportação brasileira de mel aumentou 39,6% em janeiro-outubro de 2006, para

US$ 20,1 milhões, comparado a igual período do ano anterior, contrariando previsões

decorrentes do embargo imposto pela União Européia ao produto brasileiro. O encolhimento

das vendas para a União Européia foi compensando, em grande parte, pela exportação para os

Estados Unidos, que cresceu 294,1% no mesmo período, para US$ 14,1 milhões.

As vendas do primeiro trimestre de 2006 para a União Européia, portanto antes do

embargo, tiveram incremento de 49,11%, para US$ 6,01 milhões, em relação ao mesmo

período de 2005. Somente as vendas para a Alemanha, maior mercado consumidor do mel

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Page 9: Plano de Exportação - Mel

brasileiro dentro da Europa, somaram US$ 4,077 milhões no primeiro trimestre do ano, o que

representa cerca de 50% das exportações brasileiras para aquele país em todo o ano de 2005

(US$ 8,1 milhões).

O mercado americano foi o principal importador do mel brasileiro, alcançando US$

3,006 milhões, o equivalente a 96,6% do total das exportações no período. Destaca-se que de

2005 para 2006, o Brasil passou de sétimo para o quarto maior exportador de mel para os

Estados Unidos, ultrapassando países como Vietnã, Índia e Rússia, tradicionais exportadores.

4. País que será exportado Mel: Canadá

O Canadá é o segundo maior país do

mundo em extensão territorial, atrás apenas da

Rússia, ocupa mais da metade do continente

norte-americano e é banhado por três oceanos: o

Pacífico, o Ártico e o Atlântico. País privilegiado

quanto à riqueza e à variedade de seus recursos

naturais, o Canadá possui enormes reservas

florestais, grandes extensões de terras cultiváveis e significativo potencial de pesca. Rico em

minerais, ocupa lugar de destaque entre os principais produtores e exportadores mundiais.

4.1. Dados Básicos

Superfície: 9.984.670 Km2

População (estimativa jan/2007): 32.777.304

Densidade demográfica: 3,3 hab/km2

População economicamente ativa: 17.183.400 (2004)

Principais cidades: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa (capital), Calgary, Edmonton,

Winnipeg e Halifax.

Moeda: Dólar canadense (CAD)

Cotação: 1 US$ = CAD$ 1,088 (18/05/2007)

Idioma: inglês e francês

PIB (preços correntes) : US$ 1,124 bilhões (estimativa 2005)

Composição do PIB (estimativa 2005):

Indústria 29,1%

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Page 10: Plano de Exportação - Mel

Serviços 68,7%

Agropecuária 2,2%

Crescimento real do PIB: 2,8% (estimativa 2005)

PIB “per capita”: US$ 34.907

Comércio Exterior (2005):

Exportações (FOB): US$ 355,363 bilhões

Importações (FOB): US$ 314,022 bilhões

Intercâmbio Comercial Bilateral (2005):

Exportações brasileiras: US$ 1,944 bilhões

Importações brasileiras: US$ 1,019 bilhões

Clima: Predomina o clima continental, ainda que, dadas as dimensões do território, também

ocorram o oceânico e o ártico. Em sua maior parte, o Canadá é um país frio, com inverno

longo e rigoroso. A costa do Pacífico possui clima mais ameno, devido à influência oceânica e

aos ventos do oeste. Nessa área, as precipitações são abundantes durante todo o ano, enquanto

as temperaturas oscilam entre -3º C em janeiro e 15º C em agosto. Na região norte, o clima é

polar, com temperatura média anual de -5º C. O restante do território – sobretudo o centro – é

submetido a um clima continental com invernos extensos e rigorosos e verões frescos.

Temperatura média nas principais cidades

Cidades Primavera Verão Outono Inverno

Vancouver 9,13º C 16,58º C 9,82º C 3,61º C

Ottawa 5,23º C 17,00º C 8,95º C -11,27º C

Toronto 5,86º C 19,3º C 10,85º C - 9,21º C

Montreal 4,76º C 21,17º C 6,01º C -10,26º C

4.2. Comércio Exterior

O comércio exterior tem papel relevante na economia canadense e equivale a mais

de 70% do PIB. Dados da OMC, referentes ao período 2001/2003, indicam que o comércio

exterior per capita elevou-se, no período, a US$ 18,943.00. Apenas as exportações, por

exemplo, representam mais de 40% do produto interno bruto do Canadá, sendo responsáveis

por 25% dos empregos existentes na economia.

Percebe-se uma expressiva evolução do comércio exterior canadense nos últimos

cinco anos. A corrente de comércio passou, nesse período, de pouco mais de US$ 480 bilhões

em 2001, para aproximadamente US$ 670 bilhões em 2005, um aumento de 40%. Durante

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Page 11: Plano de Exportação - Mel

esse período, o país registrou superávits na balança comercial nunca inferiores a US$ 30

bilhões.

Tabela 3 - Evolução da Balança Comercial, 2001 – 2005(US$ milhões)

2001 2002 2003 2004 2005Exportações(FOB) 261.300 252.381 271.588 315.954 355.363Importações (FOB) 221.484 221.981 239.394 271.880 314.022Saldo Comercial 39.816 30.400 32.194 44.074 41.341Interc. Comercial 482.784 474.362 510.982 587.834 669.385

Fonte: FMI - Direction of Trade Statistics.

4.2.1. Direção do comércio exterior

É significativa a dependência do mercado dos Estados Unidos, que absorveu 84,1%

das exportações canadenses em 2005. Outros parceiros relevantes são Reino Unido (1,8%) e

China (1,7%). Conscientes de que sua prosperidade econômica se ancora no mercado dos

Estados Unidos, o Canadá desenvolve esforços para sensibilizar o empresariado com vistas a

uma participação mais agressiva nos mercados emergentes (China, Índia e Brasil) e no dos

Estados membros da União Européia e do Japão. O Brasil foi destino de apenas 0,3% das

exportações canadenses.

As importações, embora em menor proporção, também se centralizam nos EUA,

origem de 57,5 % das compras canadenses em 2005. Outros grandes fornecedores são China

(7,4%), México (3,8%) e Japão (3,7%). O Brasil ocupa a 12ª posição entre os fornecedores

canadenses, com participação de 0,8%.

5. Relações Econômicas Brasil-Canadá

A partir de 2002, as exportações brasileiras para o Canadá têm observado um

crescimento constante, o qual situou-se em 40,7% naquele ano, 25,1% em 2003, 22,7% em

2004 e expressivos 62,1% em 2005. No entanto, a participação do mercado canadense nas

exportações totais brasileiras mantém-se reduzida, tendo atingindo, em 2005, o maior valor do

período em análise (1,6%). Percebe-se ainda que o Canadá responde por apenas 6,8% das

exportações brasileiras para o NAFTA; os Estados Unidos concentram 78,9% do total

exportado para o bloco.

Já as importações brasileiras provenientes do Canadá tiveram quedas significativas

nos anos de 2001 e 2002 (14,7% e 20,1% respectivamente), recuperando-se nos anos

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Page 12: Plano de Exportação - Mel

subseqüentes, de modo que, em 2005, o valor total importado foi pouco superior ao registrado

em 2001. A participação canadense no total das importações brasileiras (1,4%) e no total

importado do NAFTA (7,0%) é semelhante à participação registrada no caso das exportações.

Tabela 4 - Evolução do intercâmbio comercial Brasil - Canadá, 2001/2005 (US$ mil)INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL / CANADÁ

2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5

Exportações 555.340 781.540 977.536 1.199.322

1.944.011

Variação em relação ao ano anterior -1,8% 40,7% 25,1% 22,7% 62,1%Part. (%) no total das exportações brasileiras parao NAFTA

3,3% 4,2% 4,8% 4,8% 6,8%

Part. (%) no total das exportações brasileiras 1,0% 1,3% 1,3% 1,2% 1,6%Importações 926.798 740.125 750.306 866.304 1.019.551Variação em relação ao ano anterior -14,7% -20,1% 1,4% 15,5% 17,7%Part. (%) no total das importações brasileiras do NAFTA

6,4% 6,4% 6,9% 6,7% 7,0%

Part. (%) no total das importações brasileiras 1,7% 1,6% 1,6% 1,4% 1,4%Intercâmbio Comercial 1.482.13

8 1.521.665

1.727.842

2.065.626

2.963.562

Variação em relação ao ano anterior -10,3% 2,7% 13,5% 19,5% 43,5%Part. (%) no total do intercâmbio Brasil-NAFTA 4,8% 5,1% 5,5% 5,4% 6,9%Part. (%) no total do intercâmbio brasileiro 1,3% 1,4% 1,4% 1,3% 1,5%Saldo Comercial -371.458 41.415 227.230 333.018 924.460

Fonte: MDIC/SECEX/Sistema Alice.

6. Apicultura no Canadá

As abelhas de mel foram introduzidas no Canadá há mais de 250 anos atrás.

Cortiços de palha com abelhas da Europa foram embalados com gelo e serragem para manter

os enxames frescos e ajudar a assegurar a sobrevivência das abelhas durante as três semanas

de viagem através do Oceano Atlântico. O mel era importante para os primeiros colonizadores

vindos da Inglaterra e França porque o açúcar importado era difícil de se obter. Os longos e

rigorosos invernos do Norte tornavam impossível a ultrapassagem da época fria e os cortiços

não eram fáceis de manejar.

Depois do quadro móvel, as colméias Langstroth tornaram-se disponíveis nos

anos 1880, quando os apicultores da Nova Escócia e Nova Brunswick começaram a inventar

as colméias ao ar livre, usando grandes caixas de embalagem e palha para a isolação. Alguns

trouxeram as colméias para dentro de casa para passarem o inverno no porão fresco e escuro.

A apicultura estava bem desenvolvida na virada do século, e em 1901 foi fundada

a Associação dos Apicultores Marítimos. As províncias do Oeste têm uma história de

colonização e agricultura mais recente. Apicultores nas pradarias e norte do Canadá

tradicionalmente importavam pacotes de abelhas dos Estados Unidos, usavam-nas por uma

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Page 13: Plano de Exportação - Mel

estação e depois abandonavam-nas. Através dos anos, as técnicas de hibernação foram

melhoradas a ponto dos apicultores canadenses serem agora menos dependentes de abelhas

importadas, alcançando um nível de sobrevivência de cerda de 95%.

O estande do CNC ( Conselho Nacional do Mel), montado durante a

APIEXPO/99 mostrou as tradições da apicultura canadense, dos antigos abrigos de trabalho às

modernas construções termostáticamente controladas.

Os apicultores ajudaram o povo canadense nos períodos de falta de açúcar, não

apenas nos passados anos da colonização mas também durante duas guerras mundiais. Apesar

do preço fixo de 13 centavos de libra para o mel em 1942, a apicultura expandiu-se para

sustentar a polinização de frutas e garantir uma fonte de adoçante para os lares canadenses. A

proibição britânica de importar mel canadense e os problemas de preços baixos, a

uniformização da rotulagem e promoções de venda estavam crescendo. Os apicultores

canadenses verificaram a necessidade de uma associação nacional para dar assistência à

indústria apícola.

No ano de 1940, foi formado o Conselho Canadense do Mel para promover a

ligação entre os apicultores e o Governo e ajudar os associados a promover o mel e a

polinização. Através dos esforços do CHC ( Canadian Honey Council) os apicultores

expandiram os mercados de exportação, conseguiram regulamentos apropriados para a

comercialização do mel e sobreviveram à invasão de pragas parasitárias. Hoje o CHC

representa 11.000 apicultores mantendo 600.000 colméias com um valor de produtos apícolas

acima de 100 milhões de dólares canadenses.

O Conselho Nacional do Mel interferiu com severos regulamentos na importação

de abelhas. Desde 1987 somente pacotes de abelhas de países livres de ácaros, Austrália e

Nova Zelândia, tem sido importados. Rainhas tem sido permitidas da Austrália, Nova

Zelândia e Hawai. Esta política permitiu tempo à indústria apícola para preparar-se para a

chegada dos ácaros da varroase e acariose.

Através do CHC e da Associação Canadense de Apicultores Profissionais um

grande volume de pesquisas tem sido realizadas e o Canadá lidera o mundo no tratamento da

acariose.

7. Importações de Mel do Canadá

O Canadá é o 11º maior importador de Mel no Mundo. Apesar de ter uma elevada

produção de Mel, suas importações de Mel são bem elevadas, conforme mostra a Tabela 5:

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Page 14: Plano de Exportação - Mel

Tabela 5 - Importações Canadá 2003 à 2005 - Mel natural

PaísesFornecedores

US$ mil - FOB Participação %

2003 2004 2005 2003 2004 2005Austrália 1.933 3.118 5.471 10,584 17,566 33,962Argentina 11.296 4.183 4.465 61,855 23,566 27,717China 2.058 7.805 2.753 11,269 43,971 17,089Estados Unidos 1.379 1.249 1.591 7,551 7,036 9,876Nova Zelândia 136 117 209 0,744 0,659 1,297Suíça 135 174 207 0,739 0,980 1,284Filipinas 0 0 174 0,000 0,000 1,080Reino Unido 349 172 171 1,911 0,969 1,061Índia 6 15 165 0,032 0,084 1,024Turquia 98 105 149 0,536 0,591 0,924Brasil 302 237 137 1,653 1,335 0,850Bulgária 0 1 88 0,000 0,005 0,546Vietnã 77 60 86 0,421 0,338 0,533Coréia 0 0 85 0,000 0,000 0,527Grécia 105 103 62 0,574 0,580 0,384França 26 49 46 0,142 0,276 0,285Paquistão 7 3 40 0,038 0,016 0,248Rússia 6 1 30 0,032 0,005 0,186Israel 57 41 25 0,312 0,230 0,155Irã 40 24 22 0,219 0,135 0,136Itália 35 29 17 0,191 0,163 0,105Eslovênia 40 44 15 0,219 0,247 0,093Romênia 7 7 14 0,038 0,039 0,086Hungria 6 14 12 0,032 0,078 0,074Ucrânia 4 6 7 0,021 0,033 0,043Moldávia 4 8 6 0,021 0,045 0,037Serbia e Montenegro 0 0 5 0,000 0,000 0,031Áustria 3 3 5 0,016 0,016 0,031Tailândia 0 53 5 0,000 0,298 0,031Portugal 7 5 5 0,038 0,028 0,031Egito 13 0 4 0,071 0,000 0,024Peru 0 1 3 0,000 0,005 0,018Taiwan 8 2 2 0,043 0,011 0,012Uruguai 0 0 2 0,000 0,000 0,012Alemanha 4 0 1 0,021 0,000 0,006Chile 17 2 1 0,093 0,011 0,006Macedônia 0 0 1 0,000 0,000 0,006Arábia Saudita 9 3 0 0,049 0,016 0,000Cuba 57 30 0 0,312 0,169 0,000Sri Lanka 0 1 0 0,000 0,005 0,000Síria 0 1 0 0,000 0,005 0,000Quênia 0 2 0 0,000 0,011 0,000Polônia 10 3 0 0,054 0,016 0,000

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Page 15: Plano de Exportação - Mel

Países Baixos 0 3 0 0,000 0,016 0,000México 4 0 0 0,021 0,000 0,000Malásia 5 3 0 0,027 0,016 0,000Hong Kong 3 0 0 0,016 0,000 0,000Espanha 4 1 0 0,021 0,005 0,000Dinamarca 0 66 0 0,000 0,371 0,000Croácia 10 3 0 0,054 0,016 0,000Colômbia 0 1 0 0,000 0,005 0,000Bélgica 2 0 0 0,010 0,000 0,000

Total 18.262 17.750 16.109 100,000% 100,000% 100,000%

Fonte: Sistema Radar Comercial - (Secex) do MDIC

8. Motivos que levaram a escolha do País Canadá

O País Canadá foi escolhido para exportar mel Brasileiro pelos seguintes motivos:

- Conforme a Tabela 6, o Canadá é o 11º país maior importador de Mel no Mundo,

perdendo apenas para a Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França, Itália,

Espanha, Bélgica, Suíça e Países Baixos.

- Dados do SECEX/MDIC revelam que no ano de 2006, os Estados Unidos

importaram do Brasil US$ 17,33 milhões de Mel, o que corresponde a mais de 74% do total

exportado pelo Brasil. Os dados do DAI Brasil/USAID mostram que de janeiro a novembro

de 2006 as exportações americanas de mel, no valor de US$ 7,32 milhões, cresceram mais de

27%. E os principais destinos foram Canadá (16,55%), Yemen (11,06%), Coréia (10,92%),

Arábia Saudita (10,23%), Japão (9,60%), Israel (7,38%) e Kuwait (5,26%). Sendo assim,

percebe-se que os EUA pode estar importando mel do Brasil para exportar para o Canadá.

- Quebra na safra de mel na Ásia, especialmente no Vietnã e China, resultando na

redução da oferta; o que torna favorável para o Brasil, já que em 2005, 17% das importações

de Mel do Canadá vieram da China (SECEX/MDIC).

- Entrada em vigência, a partir de 1º de maio deste ano, de barreira tarifária da

Aduana Americana (tarifa antidupimg de 300%, sobre as importações da China); onde o Mel

chinês pode perder competitividade.

- Sumiço de abelhas nos EUA e Alemanha (no EUA estima-se a diminuição de 25%

dos enxames - ou 500 mil colônias e que afeta 30 dos 50 estados, segundo a Federação

Americana de Apicultores), devido a DCC (Desordem de Colapso Colonial); Casos

semelhantes aconteceram no Canadá e partes da Europa.

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Page 16: Plano de Exportação - Mel

Tabela 6 - Importações Totais de Mel(US$ 1000 - FOB)

PaísImportações Totais de Mel2003 2004 2005

Alemanha 241.861 230.292 163.081 Estados Unidos 210.051 139.886 125.504 Reino Unido 64.476 73.641 63.336 Japão 62.013 65.073 57.586 França 52.379 56.546 43.273 Itália 42.531 42.448 25.833 Espanha 28.113 31.138 21.940 Bélgica 20.891 21.775 20.430 Suíça 22.067 23.024 18.746 Países Baixos 25.316 24.492 17.778 Canadá 18.262 17.750 16.109 Áustria 14.239 14.581 11.773 Dinamarca 15.082 12.901 9.733 Polônia 4.619 5.653 8.296 Suécia 9.731 10.256 8.094 Grécia 4.930 8.485 7.457 Hong Kong 7.141 9.623 6.592 Cingapura 5.884 5.287 5.321 Austrália 25.078 9.080 4.813 Irlanda 4.309 5.239 4.161 Malásia 6.377 4.614 4.026 República Tcheca 2.999 3.126 3.443 Hungria 2.826 3.891 2.993 Portugal 5.990 4.692 2.751 Taiwan 1.730 1.458 2.749 Finlândia 3.684 4.103 2.729 Coréia 1.204 1.854 2.134 Indonésia 4.100 3.349 1.907 República Eslovaca 1.681 1.175 1.722 Eslovênia 215 775 1.235 África do Sul 1.275 2.491 1.204 Marrocos 1.173 1.187 1.124 China 1.385 1.597 1.005 Tailândia 891 1.548 922 Chipre 75 248 915 Noruega 810 900 857 Luxemburgo 780 902 751 Rússia 1.525 864 603 Lituânia 64 427 537 Letônia 228 514 529 Turquia 1.188 640 510 Estônia 328 551 418 Venezuela 263 202 336 Costa Rica 474 436 290 Islândia 259 258 265

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Page 17: Plano de Exportação - Mel

Filipinas 266 206 249 Índia 1.750 2.562 211 Argélia 147 168 193 Equador 142 229 193 Colômbia 360 153 148 Argentina 161 105 137 Malta 23 87 103 Croácia 80 28 101 Panamá 81 108 83 Sri Lanka 204 132 80 Ucrânia 231 1 72 Romênia 551 157 41 Nova Zelândia 28 151 16 México 11 30 14 Guatemala 36 25 12 Peru 29 41 11 Uruguai 0 0 9 Nicarágua 0 6 3 Chile 7 6 0 Paraguai 0 3 0 Servia 27 2 0 Mundo 924.631 853.166 677.484

Fonte: Sistema Radar Comercial - (Secex) do MDIC

9. Preço

O Mel será exportado para o Canadá com o preço FOB de US$ 1,46/Kg .

Apuração do preço de Exportação R$/Kg de Mel US$/Kg de MelPreço de Mercado Interno FOB sem o IPI R$ 3,25 1,61Deduções

IPI - Isento de IPI conf. Tabela IPI -TIPI - 2007 do decreto 6006-2006 - -ICMS (18% sobre o preço de M. Interno) R$ 0,59 0,29PIS e COFINS (3,65% sobre o preço de M. Interno) R$ 0,12 0,06Lucro no mercado interno (14,4% sobre o preço de M. Interno) R$ 0,47 0,23Embalagem de mercado interno R$ 0,10 0,05Total das Deduções R$ 1,28 0,631º Subtotal (preço - total de deduções) R$ 1,97 0,98InclusõesEmbalagem de exportação R$ 0,13 0,06

Custos de exportação (frete e seguro da fábrica ao local de embarque, custos p/ a Administração Bancária, custos que originam os trâmites aduaneiros, custos adicionais) R$ 0,42 0,21Total das Inclusões R$ 0,55 0,272º Subtotal ( 1º subtotal + total de inclusões) R$ 2,52 1,25Margem de lucro pretendida (14,4% sobre o preço FOB) R$ 0,43 0,21Preço FOB (2º subtotal - lucro pretendido) R$ 2,95 1,46

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Page 18: Plano de Exportação - Mel

10. Embalagem e rotulagem

O Mel brasileiro será exportado para o Canadá em Tambores metálicos, que é uma

embalagem adequada às exigências dos importadores.

As normas canadenses para embalagens aplicam-se apenas a produtos já

previamente empacotados para venda a varejo e não a produtos importados a granel ou

reempacotados por importadores no Canadá.

Embora próximo dos EUA, o Canadá ainda reflete a influência do Reino Unido em

termos de percepção de imagem, como demonstram os rótulos de determinados produtos ao

incluírem palavras como Royal, Monarch, Prince ou o desenho de uma coroa. Muitos

produtos, desde papel higiênico a jóias, usam esses termos para projetar uma imagem de

prestígio ou de luxo.

Existe uma tendência natural, ao desenhar um rótulo, de torná-lo colorido, brilhante,

vistoso. Contudo, nota-se tendência contrária recente, que se tem provado eficaz para muitos

produtos. O rótulo nesses casos tem apenas uma cor, geralmente branca ou amarela, com

letras negras, sem qualquer desenho gráfico. Pretende-se transmitir a idéia de economia para

os consumidores de menor poder aquisitivo. Esse tipo de rótulo é comum para alimentos e

produtos de grande consumo, tais como guardanapos, sabão e pasta de dente.

Alguns produtos brasileiros exportados a granel para o Canadá, tais como café e

suco de laranja, após empacotados, têm sido rotulados dessa forma.

O Consumer Packaging and Labelling Act and Regulations requer quatro

informações básicas em um rótulo: identidade do produto, quantidade líquida, nome do

fabricante ou do distribuidor e sua sede. Os primeiros dois itens têm de ser informados em

inglês e francês, o último poderá ser em qualquer das duas línguas.

O uso opcional de descrição da qualidade, tal como first choice ou best quality, nos

rótulos é aceitável apenas no caso de ser precedida pelo nome do fabricante. Por exemplo,

Frigorífico ABC Best Quality Corned Beef é aceitável, enquanto Best Quality Corned Beef

não é.

Os regulamentos de rotulagem são administrados, dependendo do tipo do produto,

pelo Ministério da Agricultura, pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério da Saúde do

Canadá.

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Page 19: Plano de Exportação - Mel

11. Concorrência

Os maiores concorrentes do Brasil, que atuam na comercialização do mel no Canadá

são os países: Austrália, Argentina, China e Estados Unidos.

O Canadá também possui muitas empresas que produzem e comercializam mel. Mas

segundo dados do Statistics Canada (23-221-XIB, CATS, 32-229-XIB, 21-020-XIE), o preço

interno do mel no Canadá é muito alto, o que acaba gerando um grande volume de

importações, pois o mel importado acaba sendo mais barato que o mel produzido no país.

Sendo assim, para o mel Brasileiro obter um bom posicionamento no mercado, deve-

se obedecer as exigências de qualidade, pontualidade e oferecer um bom preço de venda.

12. Vantagem Competitiva

O diferencial do mel brasileiro está na diversidade, o grande potencial para produção

de mel orgânico. Além disso, o Brasil tem uma característica que outros países não têm:

condições de oferecer mel o ano todo, pois, em algum lugar do País, todos os meses, está

entrando mel. Se falhar a produção em algum estado, o Brasil consegue recuperar em outro,

mantendo a rotatividade do produto.

Na Argentina, onde a exportação é sete vezes superior à do Brasil, a produção se

concentra entre novembro e fevereiro. O Uruguai e a China têm a mesma característica.

Então, para os importadores, é um conforto saber que poderão ser abastecidos o ano

todo pelo Brasil.

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Page 20: Plano de Exportação - Mel

13. Referências Bibliográficas

Como Exportar - CanadáMinistério das Relações ExterioresDepartamento de Promoção ComercialDivisão de Informação ComercialBrasília, 2006

http://www.mdic.gov.br

http://www.mre.gov.br

http://www.braziltradenet.gov.br

http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/

http://www.breyer.ind.br

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/mel.htm

http://www.ccbc.org.br

http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=7951

http://www.netcomex.com.br/noticias.asp?id_tipo_noticia=1&id_secao=11&id_noticia=3484

http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=5969631&canal=215&total=481&indice=0

http://www.honeycouncil.ca

http://www.exporta.sp.gov.br

http://www.portaldoexportador.gov.br

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