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PLANO DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO 2015-2016

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PLANO DE ESTUDOS

E

DESENVOLVIMENTO DO CURRÍCULO

2015-2016

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Índice

Introdução ................................................................................................ 6

Capítulo I – Construção Curricular ............................................................. 7

1. Preâmbulo ................................................................................................................... 7

2. Princípios Orientadores ............................................................................................... 7

3. Contextualização do Agrupamento ............................................................................. 8

3.1. Caraterização do Agrupamento .......................................................................... 8

3.2. Áreas Prioritárias de Intervenção ...................................................................... 10

4. Aprendizagens Transversais ...................................................................................... 12

5. Educação Pré-Escolar ................................................................................................ 14

5.1. Organização e Gestão do Currículo ................................................................... 14

6. Organização e Gestão do Currículo do Ensino Básico ............................................... 17

6.1. Matriz Curricular do 1.º Ciclo ............................................................................ 18

6.1.1. Atividades de enriquecimento do currículo ............................................................ 18

6.1.2. Apoio ao Estudo ...................................................................................................... 19

6.2. Matriz Curricular do 2.º Ciclo ............................................................................ 21

6.3. Matriz Curricular do 3.º Ciclo ............................................................................ 22

6.4. Oferta Complementar ....................................................................................... 22

6.4.1. Fundamentação legal .............................................................................................. 22

6.4.2. Frequência ............................................................................................................... 23

6.4.3. Avaliação ................................................................................................................. 23

6.4.4. Carga horária semanal ............................................................................................. 24

6.4.5. Componente Curricular ........................................................................................... 24

6.4.6. Intervenientes ......................................................................................................... 25

6.4.7. Objetivos ................................................................................................................. 25

6.4.8. Conteúdos ............................................................................................................... 26

6.4.9. Atividades/Metodologias ........................................................................................ 30

7. Organização e Gestão do Currículo do Ensino Secundário ....................................... 30

7.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Científico-Humanísticos ............................... 31

7.1.1. Curso de Ciências e Tecnologias .............................................................................. 31

7.1.2. Curso de Línguas e Humanidades ........................................................................... 33

8. Oferta Formativa e Cursos Profissionais ................................................................... 34

8.1. Cursos Vocacionais ............................................................................................ 34

8.1.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Vocacionais ........................................................ 36

8.2. Cursos Profissionais ........................................................................................... 37

8.2.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais ....................................................... 39

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Capítulo II -Construção Escolar ............................................................... 42

1. Organização Horária .................................................................................................. 42

2. Plano de Organização e Programação das Atividades Educativas ............................ 42

2.1. Critérios de formação de grupos/turmas na Educação Pré-Escolar ................. 42

2.2. Constituição das turmas .................................................................................... 43

2.2.1. 1.º Ciclo do Ensino Básico ........................................................................................ 44

2.2.2. 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.............................................................................. 45

2.2.3. Ensino Secundário ................................................................................................... 48

2.2.4. Cursos Vocacionais .................................................................................................. 50

2.2.5. Cursos Profissionais ................................................................................................. 50

2.3. Critérios para a elaboração de horários dos alunos ......................................... 51

2.4. Planificação do trabalho a desenvolver com as turmas ................................... 55

2.5. Critérios de Atribuição de Direção de Turma .................................................... 55

2.6. Designação de Coordenadores dos Diretores de Turma ................................... 56

2.7. Distribuição do Serviço Docente (letivo e não letivo) ........................................ 56

2.8. Atividades a desenvolver com os alunos nos tempos letivos desocupados por

ausência de professor ................................................................................................................ 57

3. Plano de Promoção do Sucesso Escolar .................................................................... 59

3.1. Para a melhoria dos resultados escolares ......................................................... 60

3.2. Para a melhoria da supervisão pedagógica/práticas colaborativas ................. 62

3.3. Modalidades específicas de apoio educativo no Agrupamento ....................... 62

3.3.1. Apoio educativo ao 1.º ciclo dentro da sala de aula ............................................... 62

3.3.2. Apoio educativo fora da sala de aula ...................................................................... 63

3.3.3. Apoio ao estudo no 1.º ciclo ................................................................................... 63

3.3.4. Apoio ao estudo no 2.º ciclo ................................................................................... 63

3.3.5. Conversão de horas de apoio ao estudo em apoio educativo no 2.º ciclo ............. 64

3.3.6. Apoio educativo no 3.º ciclo .................................................................................... 64

3.3.7. Aulas extraordinárias de reforço curricular ............................................................ 65

3.3.8. Salas específicas de estudo para o ensino secundário ............................................ 65

3.3.9. Apoio pedagógico personalizado a alunos com NEEs ............................................. 66

3.3.10. Programas de tutoria ............................................................................................ 66

3.3.11. Coadjuvação em sala de aula ................................................................................ 67

3.3.12. Acompanhamento extraordinário dos alunos nos 1.º e 2.º ciclos ........................ 67

3.4. Outras modalidades de apoio educativo no Agrupamento .............................. 68

3.4.1. Português língua não materna (PLNM) ................................................................... 68

3.4.2. Sala de estudo/OPTE ............................................................................................... 68

3.4.3. Serviços de Psicologia e Orientação ........................................................................ 69

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3.4.4. Gabinete de apoio ao aluno e à família (GAAF) ...................................................... 70

3.4.5. Disciplina de oferta complementar – Formação Pessoal e Social ........................... 71

4. Estratégias de Sequencialidade entre Ciclos ............................................................. 72

4.1. Do Pré-escolar para o 1.º Ciclo .......................................................................... 72

4.2. Do 1.º para o 2.º Ciclo ....................................................................................... 72

4.3. Do 2.º para o 3.º Ciclo ....................................................................................... 73

4.4. Do 3.º Ciclo para o Secundário .......................................................................... 73

5. Projetos, Clubes e Parcerias ...................................................................................... 77

6. Serviço Técnico-Pedagógico: Biblioteca Escolar ....................................................... 80

6.1. Designação de professores Bibliotecários ......................................................... 82

Capítulo III -Avaliação de processos e de resultados ............................... 85

1. Avaliação dos Alunos ................................................................................................. 85

1.1. Modalidades de Avaliação e suas Funções ....................................................... 85

1.1.1. Avaliação Diagnóstica .............................................................................................. 85

1.1.2. Avaliação Formativa ................................................................................................ 85

1.1.3. Avaliação Sumativa.................................................................................................. 86

1.1.4. Autoavaliação .......................................................................................................... 86

1.1.5. Avaliação Intercalar ................................................................................................. 87

1.2. Instrumentos de avaliação - Orientações .......................................................... 87

1.3. Parâmetros/Critérios de Avaliação ................................................................... 88

1.3.1. Parâmetros de avaliação na Educação Pré-Escolar ................................................. 88

1.3.2. Critérios / Parâmetros de avaliação – 1.º, 2.º e 3.º Ciclos ...................................... 94

1.3.3. Critérios / Parâmetros de avaliação – para o Ensino Vocacional .......................... 100

1.3.4. Critérios/Parâmetros de avaliação – para o Ensino Secundário ........................... 103

1.3.5. Critérios/Parâmetros de avaliação para o Ensino Profissional ............................. 105

1.4. Situações Especiais de Avaliação .................................................................... 107

1.5. Efeitos da Avaliação/Critérios de Progressão e Retenção .............................. 108

1.5.1. No 1.º Ciclo ............................................................................................................ 108

1.5.2. Nos 5.º, 7.º e 8.º anos ........................................................................................... 110

1.5.3. No 6.º ano .............................................................................................................. 110

1.5.4. No 9.º ano .............................................................................................................. 111

1.5.5. No Ensino Vocacional ............................................................................................ 112

1.5.6. No Ensino Secundário ............................................................................................ 113

1.5.7. No Ensino Profissional ........................................................................................... 114

2. Avaliação dos Cargos, Projetos e Atividades ........................................................... 115

3. Avaliação do Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo ........................... 116

Capítulo IV - Disposições finais ............................................................. 117

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 6

Introdução

As opções organizativas e pedagógicas estabelecidas neste Plano de Estudos e

Desenvolvimento do Currículo têm como principal finalidade o cumprimento das metas

curriculares definidas para cada disciplina/área curricular pelo Ministério da Educação e

Ciência, bem como a concretização dos objetivos e metas do Projeto Educativo e de outros

documentos estruturantes do Agrupamento.

Este documento, a par de outros documentos estruturantes do Agrupamento, pretende,

assim, dar um contributo para a construção de uma organização educativa de qualidade, que

seja procurada e desejada por todas as crianças do concelho, não apenas pela qualidade e

diversidade da prestação do serviço educativo, mas também pela capacidade de articulação e

envolvimento com o meio exterior.

Trata-se de um documento aberto aos contributos de toda a comunidade educativa,

logo passível de serem introduzidas alterações propostas pelos seus diferentes membros ou na

sequência da reformulação de regras de funcionamento do sistema educativo.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 7

Capítulo I – Construção Curricular

1. Preâmbulo

Os conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos de cada nível e

de cada ciclo de ensino têm como referência os programas das disciplinas, bem como as metas

curriculares a atingir por ano de escolaridade e ciclo de ensino, homologados por despacho do

membro do governo responsável pela área da educação.

As estratégias de concretização e desenvolvimento do currículo são planificadas ao nível

dos departamentos. Por sua vez, o Conselho de Turma deve assegurar a adequação do currículo

às características específicas dos alunos, estabelecendo prioridades, níveis de aprofundamento

e sequências adequadas.

2. Princípios Orientadores

A organização e a gestão do currículo dos Ensinos Básico e Secundário subordinam-se

aos seguintes princípios orientadores:

a) Coerência e sequencialidade entre os três ciclos do ensino básico e o ensino

secundário e articulação entre as formações de nível secundário com o ensino

superior e com o mundo do trabalho;

b) Diversidade de ofertas educativas, tomando em consideração as necessidades

dos alunos, por forma a assegurar a aquisição de conhecimentos e o

desenvolvimento de capacidades essenciais para cada ciclo e nível de ensino;

c) Promoção da melhoria da qualidade do ensino;

d) Eficiência na distribuição das atividades letivas e na racionalização da carga

horária letiva semanal dos alunos;

e) Flexibilidade na construção dos percursos formativos, adequada aos diferentes

ciclos e níveis de ensino;

f) Favorecimento da integração das dimensões teórica e prática dos

conhecimentos, através da valorização da aprendizagem experimental;

g) Articulação do currículo e da avaliação, assegurando que esta constitua um

elemento de referência que reforce a sistematização do que se ensina e do que

se aprende;

h) Reforço do caráter transversal da educação para a cidadania;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 8

i) Valorização da língua;

j) Enriquecimento da aprendizagem, através de atividades culturais diversas em

função do projeto educativo de Agrupamento.

3. Contextualização do Agrupamento

3.1. Caraterização do Agrupamento

O Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar situa-se no concelho de Vila Pouca

de Aguiar, distrito de Vila Real.

Evoluções várias, decorrentes da operacionalização de diversas políticas educativas

nacionais, foram alterando a organização escolar no concelho. A mais recente decisão da

Administração Escolar, datada de 1 de abril de 2013, teve como consequência a agregação do

Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar Sul com o Agrupamento de Escolas de Pedras

Salgadas, que originou a constituição de uma única unidade de gestão educativa concelhia.

Assim, as duas anteriores unidades de gestão, Agrupamento Vertical de Escolas de Vila

Pouca de Aguiar Sul, com cinco níveis de ensino (Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino

Básico e Ensino Secundário) e Agrupamento de Escolas de Pedras Salgadas, com quatro níveis

de ensino (Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico), passaram a constituir o novo

Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar que engloba, atualmente, os Jardins de

Infância de Campo de Jales, Covas, Pedras Salgadas, Penassal/Telões, Sabroso de Aguiar,

Soutelo de Aguiar, Tourencinho, Vila do Conde e Vila Pouca de Aguiar, bem como a Escola

EB1/JI de Campo de Jales, o Centro Escolar do 1.º Ciclo, a Escola Básica e Secundária de Vila

Pouca de Aguiar, Sede do Agrupamento, que funciona em dois edifícios separados por 900

metros, - edifício da ex-EB2,3 e edifício da ex-Escola Secundária - e ainda a Escola Básica de

Pedras Salgadas.

O edifício da ex-EB2,3, construído em 1983, é constituído por quatro pavilhões,

designados I, II, III e IV. As aulas funcionam nos pavilhões II e III. O Centro Escolar do 1.º Ciclo

iniciou funções no dia 10 de setembro de 2010. O edifício da ex-Escola Secundária foi fundado

no dia 28 de novembro de 1978. Está organizado em quatro pavilhões, designados A, B, C e D.

As aulas funcionam nos pavilhões B, C e D.

A Escola Básica de Pedras Salgadas iniciou funções no ano letivo 2006/2007. É

constituída por um bloco único com 2 pisos. Aí funcionam o Jardim de Infância de Pedras

Salgadas e os 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.

É um Agrupamento com currículos diversificados e pluralidade de ofertas formativas,

vocacionado para a educação básica e secundária, mas também para dar resposta à formação

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 9

de jovens pela via profissional, sendo, pois, uma instituição escolar aberta às necessidades dos

alunos e às necessidades do concelho.

Tabela 1 — Distribuição da população discente em 2015/2016

Nível de Ensino N.º de Turmas N.º de Alunos

Pré-Escolar 12 179

1º Ciclo 18 311

2.º e 3.º CEB – Ensino Regular 28 509

Curso Vocacional 3.º ciclo –Turma A

1 11

Curso Vocacional 3. Ciclo – Turma B

1 27

Secundário Ensino Regular 9

265 Cursos Profissionais 5

Total 74 1302

Tabela 2 — Pessoal Docente em exercício de funções no Agrupamento em 2015/2016

Grau de Ensino

Professores /Educadores

Quadro do Agrupamento

Quadro de Zona Pedagógica

Contratados Total

Educação Especial 9 0 0 9

Educadoras Infância 11 1 0 12

1.º Ciclo 21 4 4 29

2.º Ciclo

88 8 7 103 3.º Ciclo

Secundário

Total Global 129 13 11 153

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 10

Tabela 3 — Pessoal Não Docente em exercício de funções no Agrupamento em

2015/2016

Assistentes Operacionais

Contrato Individual de Trabalho A termo / parcial Outros Total

49 11 0 60

Assistentes Técnicos

Contrato Individual de Trabalho Contrato a termo Outros Total

12 0 0 12

Tabela 4 — Alunos no ano letivo 2015/2016

Total de alunos do Agrupamento

JI VPA Centro Escolar

VPA

EBS de Vila

Pouca de Aguiar

EB Pedras Salgadas

Outras escolas

Total alunos

J. de Infância 80 - - 21 78 179

1.º Ciclo - 187 - 103 21 311

2.º Ciclo - - 132 68 - 200

3.º Ciclo - - 217 130 - 347

Secundário - - 265 - - 265

Total 80 187 614 322 99 1302

3.2. Áreas Prioritárias de Intervenção

Neste Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo do Agrupamento de Escolas de

Vila Pouca de Aguiar, e em articulação com o Projeto Educativo, destacam-se áreas prioritárias

de intervenção que se revestem de grande importância para o sucesso escolar dos jovens e

para o seu desenvolvimento enquanto cidadãos.

Tendo em conta as problemáticas diagnosticadas e relacionadas com o insucesso

escolar, foram definidas como prioritárias as seguintes áreas de intervenção:

Insucesso escolar: Um significativo número de alunos revela as seguintes problemáticas:

dificuldades de produção oral, com repercussões desfavoráveis no desenvolvimento

global, nas aprendizagens escolares e no relacionamento entre pares e com os adultos;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 11

grandes dificuldades de interpretação de enunciados orais e escritos, com repercussão

em todas as disciplinas do currículo; dificuldades de atenção, concentração e memória;

ausência de espírito crítico e capacidade de argumentação; raciocínio pouco

desenvolvido; dificuldades na aquisição, estruturação e aplicação de conhecimentos;

ausência de métodos de trabalho autónomo; grande dependência de uma orientação

pedagógica constante.

Apesar de os resultados escolares não apresentarem um número elevado de alunos com

insucesso escolar, o facto é que os resultados intermédios contrariam essa evidência. Na

verdade, as discrepâncias entre as avaliações internas e externas, bem como entre as

avaliações intermédias e finais refletem a existência de dificuldades de e na

aprendizagem, extensíveis a um número muito significativo de alunos, como se

comprova pelo elevado número de planos de recuperação/acompanhamento

elaborados todos os anos e, em muitos casos, pelo número de planos de que o aluno é

alvo durante o seu percurso escolar. Neste contexto, parece-nos fundamental

considerar e fomentar uma mudança de atitude pedagógica, que privilegie a inovação

de práticas pedagógicas, um trabalho contínuo de articulação entre ciclos, partilha de

experiências e conhecimento mútuo dos programas. Esta mudança só fará sentido

através de um plano de formação contínuo, que contenha metodologias de

investigação–ação, permitindo, sempre que necessário, a reavaliação da intervenção e a

consequente reformulação de metodologias e práticas pedagógicas.

A discrepância entre as classificações obtidas pelos alunos na avaliação interna e na

avaliação externa vai-se acentuando com o avançar da escolaridade, com especial relevo

para a disciplina de Matemática.

Abandono/absentismo escolar: apesar de as taxas de abandono escolar estarem a

diminuir depois de se ter começado a intervir nesta situação, este é um problema que

ainda preocupa.

Indisciplina: A indisciplina, bem como a degradação do espaço físico da escola têm

vindo a agravar-se. Fatores associados aos meios problemáticos de origem dos alunos

potenciam problemas comportamentais e de indisciplina propiciadores de climas

desfavoráveis ao sucesso educativo.

Conhecedores do meio, os professores e auxiliares do Agrupamento de Escolas de Vila

Pouca de Aguiar têm presente que a escola, na sociedade atual, é um sistema de

interações sociais. Daí, resolverem na sala de aula e noutros espaços inúmeros conflitos

que não chegam à contabilização de ocorrência.

As famílias e os jovens, devido às situações problemáticas vivenciadas, apresentam

reduzidas expectativas em relação ao futuro. As dificuldades da comunidade educativa

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 12

em gerir a mudança ou os conflitos que daí decorrem levam à necessidade de obter

informação/sensibilização para contornar uma realidade que se apresenta como

potenciadora de exclusão social.

Considerando as famílias, os profissionais, as instituições e as associações como

parceiros fundamentais para combater o fenómeno da exclusão, torna-se fundamental a

articulação de recursos e ações.

Torna-se fundamental alargar a interação social com a comunidade,

corresponsabilizando todos os atores envolvidos, para potenciar a participação e o

envolvimento da comunidade.

Necessidade de melhorar a participação dos pais/encarregados de educação na vida

escolar dos seus educandos: Os Pais e Encarregados de Educação são parceiros

fundamentais no processo educativo: ao longo de todo o ano letivo são incentivados a

participar em reuniões (sobretudo no início do ano letivo e após os três momentos de

avaliação) ou a dirigirem-se à escola individualmente, normalmente depois de

contactados pelos Diretores de Turma/Professores Titulares de Turma. Embora a

participação dos pais não seja satisfatória, revelando algum alheamento e falta de

corresponsabilização no acompanhamento dos seus educandos, há sinais de melhoria,

pois os índices de presença na escola têm vindo a aumentar significativamente. São

efetuados mais contactos com os encarregados de educação por telefone do que

presenciais. É nas reuniões de início de ano letivo e de entrega das avaliações de final de

período – convocadas pelos Diretores de Turma/Professores Titulares de turma – que os

Encarregados de Educação mais se deslocam à escola. De salientar que, cada Diretor de

Turma/Professor Titular de turma efetuou, no mínimo quatro reuniões de Encarregados

de Educação, correspondentes à entrega dos registos relativos aos três momentos de

avaliação e uma reunião de início do ano letivo.

Continua a ser objeto de intervenção a melhoria das práticas profissionais dos docentes

como forma de garantia da procura de estratégias inovadoras que respondam aos

desafios colocados às escolas hoje: a heterogeneidade da população discente, a

diversidade de cultura e valores, a necessidade de utilizar práticas de diferenciação

pedagógica e otimizar recursos.

4. Aprendizagens Transversais

As formações transdisciplinares compreendem a educação para a cidadania, a língua

portuguesa, a dimensão humana do trabalho e a utilização das tecnologias de informação e

comunicação que deverão certificar a aquisição das competências básicas nestes domínios.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 13

Ao longo da escolaridade, deverão ser proporcionadas aos alunos, nas diferentes áreas

disciplinares, situações que lhes permitam desenvolver competências no âmbito de:

Métodos de trabalho e de estudo

Identificar, selecionar e aplicar métodos de trabalho e estudo numa perspetiva

crítica e criativa;

Exprimir dúvidas e dificuldades;

Realizar tarefas por iniciativa própria, avaliar e controlar o desenvolvimento das

tarefas que se propõe realizar.

Tratamento de informação

Rentabilizar as tecnologias da informação e da comunicação nas tarefas de

construção de conhecimento;

Pesquisar, selecionar, organizar, interpretar e produzir informação de forma crítica

em função de questões, necessidades ou problemas a resolver e respetivos

contextos.

Comunicação

Utilizar formas de comunicação diversificadas, adequando linguagens e técnicas aos

contextos e às necessidades;

Valorizar as diferentes formas de linguagem, incluindo a linguagem matemática,

aproveitando a capacidade de síntese da sua simbologia;

Valorizar e apreciar a língua portuguesa, quer como língua materna, quer como

língua de acolhimento;

Promover o gosto pelo uso correto da língua portuguesa;

Compreender textos orais e escritos em línguas estrangeiras para diversificação das

fontes dos saberes culturais, científicos e tecnológicos.

Estratégias cognitivas

Identificar situações problemáticas em termos de levantamento de questões;

Identificar e articular saberes e conhecimentos para compreender uma situação ou

problema;

Selecionar informação e organizar estratégias criativas face às questões colocadas

por um problema.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 14

Relacionamento interpessoal e de grupo

Participar em atividades interpessoais e de grupo, respeitando as regras de

convivência e de trabalho;

Manifestar sentido de responsabilidade, de flexibilidade e de respeito pelo trabalho

próprio e de outros;

Comunicar, discutir e defender descobertas e ideias próprias, dando espaço de

intervenção aos seus parceiros e respeitando diferentes pontos de vista.

5. Educação Pré-Escolar

5.1. Organização e Gestão do Currículo

A gestão do currículo é realizada pelo educador de infância, que define estratégias de

concretização e de operacionalização das orientações curriculares e metas curriculares,

adequando-as ao contexto, tendo em conta os interesses e necessidades das crianças.

As Orientações Curriculares constituem um conjunto de princípios para apoiar o

educador nas decisões sobre a prática, ou seja, para conduzir o processo educativo a

desenvolver com as crianças. Constituem ainda um referencial comum a todos os educadores e

incluem a possibilidade de fundamentar diversas opções educativas e, portanto, vários

currículos.

As Metas de Aprendizagem facultam um referencial comum que será útil aos

educadores de infância, para planearem processos, estratégias e modos de progressão de

forma que, ao entrarem para o 1.º Ciclo, todas as crianças possam ter realizado as

aprendizagens que são fundamentais para a continuidade do seu percurso educativo. Sendo

essas aprendizagens definidas para cada área de conteúdo, sublinha-se que, na prática dos

jardins de infância, se deve procurar sempre privilegiar o desenvolvimento da criança e a

construção articulada do saber, numa abordagem integrada e globalizante das diferentes áreas.

A Educação Pré-Escolar engloba as seguintes áreas:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 15

Área de Formação Pessoal e Social: Área transversal, integradora que enquadra e dá

suporte a todas as outras, implica um processo facilitador do desenvolvimento de

atitudes e de aquisição de valores e promove a capacidade de resolução de

problemas do quotidiano.

Área da Expressão e Comunicação: Área que engloba as aprendizagens relacionadas

com o desenvolvimento psicomotor e simbólico que determinam a compreensão e o

progressivo domínio de diferentes formas de linguagem.

Área da Linguagem e Abordagem à Escrita: Área correspondente ao Português nos

outros ciclos que inclui não só as aprendizagens relativas à linguagem oral, mas

também as relacionadas com a compreensão do texto escrito lido pelo adulto, e

ainda as que são indispensáveis para iniciar a aprendizagem formal da leitura e da

escrita.

Área da Matemática: Área que contempla a tomada de consciência, por parte da

criança, da sua posição e deslocação no espaço, da relação e manipulação de

objetos, aprendendo a posição em que se encontram relativamente a si. Permite-

lhe, ainda, identificar e representar formas que lhe possibilitam a classificação de

objetos, coisas e acontecimentos. No fundo, proporciona-lhe que se relacione com o

espaço em que se enquadra.

Área do Conhecimento do Mundo: Área de articulação de conhecimentos que

envolve todo o conhecimento e a relação com as pessoas, os objetos e o mundo

natural e construído.

Tecnologias de Informação e Comunicação: Área transversal a toda a educação

básica e que, dada a sua importância atual, será, com vantagem, iniciada

precocemente. O recurso à utilização de novas tecnologias no jardim-de-infância,

deverá ser entendido não como um mero recurso didático, mas como um

instrumento cultural que seja utilizado na prática pedagógica com finalidades sociais

autênticas que lhe confiram significado. Uma utilização adequada da tecnologia

permite expandir, enriquecer, diferenciar, individualizar e implementar a

globalidade dos objetivos curriculares.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 16

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 17

6. Organização e Gestão do Currículo do Ensino Básico

As matrizes curriculares dos três ciclos do ensino básico que se seguem integram:

a) Áreas disciplinares e disciplinas;

b) Carga horária semanal mínima de cada uma das disciplinas;

c) Carga horária total a cumprir.

O desenvolvimento das áreas disciplinares e disciplinas assume especificidades próprias,

de acordo com as características de cada ciclo, sendo da responsabilidade do Professor Titular

de turma no caso do 1.º Ciclo, em articulação com o conselho de docentes, e do conselho de

turma, no caso dos 2.º e 3.º Ciclos.

Os programas e as metas curriculares para as diversas áreas disciplinares e disciplinas

dos três ciclos do ensino básico são objeto de homologação através de despacho do membro

do Governo responsável pela área da educação.

No nosso Agrupamento proporciona-se a iniciação da língua inglesa, com ênfase na sua

expressão oral. Esta inicia-se obrigatoriamente no 1.º Ciclo (3.º ano) e prolonga-se até ao 3.º

Ciclo, de modo a garantir uma aprendizagem mais consolidada da língua.

A aprendizagem de uma segunda língua estrangeira inicia-se obrigatoriamente no 3.º

Ciclo.

O currículo do ensino básico pode integrar a oferta da disciplina de Português Língua

não Materna (PLNM), que tem como objetivo a aprendizagem do Português por alunos com

outra língua materna.

A disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação inicia-se no 7.º ano de

escolaridade, garantindo aos alunos mais jovens uma utilização segura e adequada dos recursos

digitais e proporcionando condições para um acesso universal à informação, funcionando

sequencialmente nos 7.º e 8.º anos, semestralmente, em articulação com a disciplina de

Educação Tecnológica, designada por oferta de escola.

O nosso Agrupamento oferece também uma componente curricular e complementar

que contribui para a promoção integral dos alunos na área de cidadania.

No 2.º Ciclo, a oferta de Apoio ao Estudo é de frequência obrigatória para os alunos para

tal indicados pelo conselho de turma, desde que obtido o acordo dos encarregados de

educação.

No 1.º Ciclo, no desenvolvimento do seu projeto educativo, o nosso Agrupamento

proporciona aos alunos Atividades de Enriquecimento do Currículo de caráter facultativo e de

natureza eminentemente lúdica, formativa e cultural, incidindo, nomeadamente, nos domínios

desportivo, artístico e científico.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 18

O nosso Agrupamento, no âmbito da sua autonomia, desenvolve também projetos e

atividades que contribuem para a formação pessoal e social dos alunos, designadamente

educação moral e religiosa, de frequência facultativa.

6.1. Matriz Curricular do 1.º Ciclo

6.1.1. Atividades de enriquecimento do currículo

As escolas do 1.º Ciclo do nosso Agrupamento, no desenvolvimento do seu Projeto

Educativo, proporcionam aos alunos Atividades de Enriquecimento do Currículo de caráter

facultativo e de natureza eminentemente lúdica, formativa e cultural, incidindo,

nomeadamente, nos domínios desportivo, artístico e científico. A entidade promotora das

referidas atividades é a autarquia local.

No atual ano letivo, foram definidas as seguintes modalidades de atividades: “Atividade

Física e Desportiva”, “Atividade Lúdico-Expressiva”, “Ensino do Inglês” e “Música”. Estas

atividades ocorrem após as atividades letivas.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 19

Nos termos do n.º 6 do artigo 13.º do Despacho n.º 9265-B/2013, de 15 de junho, o

horário das Atividades de Enriquecimento Curricular funciona diariamente entre as 16:30 horas

e as 17:30 horas ou entre as 15:00 horas e as 17:30 horas.

Relativamente ao 3.º ano de escolaridade, não se propõe a oferta da Atividade de

Enriquecimento Curricular do Ensino do Inglês, uma vez que, nos termos do Decreto-Lei n.º

176/2014, de 12 de Dezembro, a disciplina de Inglês faz parte das componentes do Currículo, a

partir do ano letivo 2015/2016.

6.1.2. Apoio ao Estudo

No 1.º Ciclo, o Apoio ao Estudo é de frequência obrigatória e tem por objetivo apoiar os

alunos na criação de métodos de estudo e de trabalho, visando prioritariamente o reforço do

apoio nas disciplinas de Português e de Matemática.

O Apoio ao Estudo visa a aquisição de competências que permitam a apropriação pelos

alunos de métodos de estudo e de trabalho e proporcionem o desenvolvimento de atitudes e

de capacidades que favoreçam uma cada vez maior autonomia na realização das

aprendizagens.

O Apoio ao Estudo visa ajudar os alunos a desenvolver a capacidade de aprender a

aprender (como aprender e como estudar). Nesta área curricular, deve-se promover a

transdisciplinaridade e a utilização de tecnologias de informação e comunicação. As

competências transversais, que são o suporte do todo o processo de aprendizagem, fazem

sentido especial na área de Apoio ao Estudo, onde podem ser trabalhadas na sua

transdisciplinaridade inerente. Pretendem o desenvolvimento de atitudes e capacidades nos

alunos, que favoreçam uma maior autonomia na realização das suas aprendizagens. Assim,

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 20

familiarizar os alunos com técnicas e métodos de trabalho e estudo torna-se fulcral para que

adquiram progressivamente a sua autonomia.

Competências a desenvolver no Apoio ao Estudo – 1.º Ciclo

Criar interesse pela aprendizagem e pelo estudo; desenvolver no aluno conceções

positivas de si próprio (autoestima); Desenvolver capacidades de autoavaliação e estimular a

reflexão sobre si próprio e os outros; Desenvolver competências de controlo, planificação e

organização do estudo; Treinar e desenvolver estratégias cognitivas utilizáveis no estudo das

várias disciplinas; Desenvolver a capacidade de cooperar com os outros e de trabalho em

grupo.

Critérios de avaliação

A avaliação da área de Apoio ao Estudo tem caráter formativo e contínuo e constituirá

um processo realizado com o aluno, devendo ser orientada para a autoavaliação.

A avaliação será traduzida numa menção qualitativa, efetuada de forma descritiva, de

acordo com os critérios de avaliação, tendo em conta o trabalho desenvolvido pelo aluno.

Assim, os critérios de avaliação serão os seguintes: Executa as tarefas propostas,

aplicando as aprendizagens; Apresenta o material necessário e organizado; Colabora,

participando na sua vez; Cumpre as regras da sala de aula.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 21

6.2. Matriz Curricular do 2.º Ciclo

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 22

6.3. Matriz Curricular do 3.º Ciclo

6.4. Oferta Complementar

6.4.1. Fundamentação legal

De acordo com os princípios definidos no Decreto‐Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, os

Agrupamentos de Escolas/Escolas não agrupadas podem oferecer componentes curriculares

complementares, com carga horária flexível, nos 2.º e 3.º Ciclos do ensino básico que

contribuíram para a promoção integral dos alunos em áreas de cidadania, artísticas, culturais,

científicas ou outras (n.º 1 do artigo 12.º). Ainda de acordo com o n.º 2 do artigo 12.º deste

mesmo Decreto-Lei, com a alteração introduzida pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho,

a oferta de componentes curriculares nos 2.º e 3.º Ciclos deve ser efetuada através da

utilização de um conjunto de horas de crédito, definidas em despacho normativo do membro

do Governo responsável pela área da educação. Para o ano escolar 2015/2016, esse crédito

está fixado, em função de vários fatores inerentes a cada Agrupamento/Escola não agrupada,

pelo Despacho Normativo n.º 10-A/2015, de 19 de junho.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 23

Depois de criada a Oferta Complementar prevista na matriz curricular, compete ao

Agrupamento de Escolas, nos termos da alínea e) do n.º 3 do artigo 3.º do mencionado

Despacho Normativo n.º 10-A/2015, de 19 de junho, estabelecer o currículo, de forma a

contribuir para a promoção integral dos alunos em áreas de cidadania, artísticas, culturais,

científicas ou outras.

Diversos estudos reforçam a ideia de que, na sociedade atual, não devemos descurar a

formação de cidadãos livres, conscientes, solidários e participativos na vida social,

reconhecendo a importância atribuída à formação pessoal e social na sua vertente de educação

para a cidadania, em contexto escolar e mais especificamente de sala de aula. Na verdade, esta

área permitirá ao aluno vivenciar valores cívicos e morais, desenvolvendo a sua autonomia e o

seu espírito crítico. É, pois, fundamental que se procure desenvolver, nos alunos, valores de

cidadania, a autoestima, a autoconfiança, a assertividade e o sentido de responsabilidade.

Desta forma, consideramos pertinente criar no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de

Aguiar a disciplina de Oferta Complementar, designada por Formação Pessoal e Social.

A implementação desta oferta complementar, a título experimental para 2015/2016, irá

assumir-se, a par de outras medidas já implementadas no Agrupamento de Escolas, como uma

importante medida promotora da cidadania, de uma sã convivência escolar, do sucesso

educativo e do combate ao absentismo e abandono escolar.

6.4.2. Frequência

A oferta de qualquer componente complementar, se criada por decisão da Escola nos

2.º e 3.º Ciclos do ensino básico, implica a frequência obrigatória da mesma para os alunos,

conforme estipulado na alínea f) das matrizes curriculares do 2.º Ciclo e na alínea e) das

matrizes curriculares do 3.º ciclo do ensino básico, publicadas, respetivamente, nos anexos II e

III do Decreto‐Lei n.º 139/2012, de 5 de julho.

6.4.3. Avaliação

A disciplina de Oferta Complementar, nos 2.º e 3.º Ciclos do ensino básico, está também

sujeita à avaliação sumativa e expressa‐se, como as restantes, numa escala de 1 a 5, conforme

se infere do estipulado no n.º 3 do art.º 26 do Decreto‐Lei n.º 139/2012, de 5 de julho. Nesse

sentido, o Despacho Normativo n.º 13/2014, de 15 de setembro (tal como já constava no

anterior Despacho Normativo n.º 24‐A/2012, de 6 de dezembro, entretanto revogado), relativo

à avaliação e certificação dos conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas pelos

alunos do ensino básico, estipula que:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 24

«A informação resultante da avaliação sumativa interna nos 2.º e 3.º Ciclos expressa-se

numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, podendo ser acompanhada, sempre que

se considere relevante, de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.» (n.º 9

do art.º 8.º)

«(…) as disciplinas de oferta complementar, nos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, não são

consideradas para efeitos de progressão de ano e conclusão de ciclo.» (n.º 4 do art.º

13.º)

Portanto, o regime de avaliação dos alunos nesta componente curricular está sujeita aos

mesmos princípios das outras componentes curriculares, salvo a especificidade prevista para as

condições de transição e aprovação, conforme definido no já mencionado número 4 do art.º

13.º do Despacho normativo n.º 13/2014, de 15 de setembro.

6.4.4. Carga horária semanal

A disciplina de Formação Pessoal e Social terá a carga horária semanal de um tempo

letivo (45 minutos) e será lecionada pelo Diretor de Turma.

6.4.5. Componente Curricular

A disciplina de Formação Pessoal e Social apresentará uma componente curricular

transversal que se assuma como um “espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação

para a cidadania, visando o desenvolvimento da consciência dos alunos como elemento

fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, ativos e

intervenientes…”, e promova o desenvolvimento da autoestima, de regras de convivência e do

respeito mútuo que contribui para o desenvolvimento de cidadãos tolerantes e civicamente

responsáveis, desenvolvendo competências que permitam identificar, refletir e reconhecer os

valores que influenciam a forma de pensar e agir.

Assim, no tempo letivo semanal dedicado ao Desenvolvimento Pessoal e Social, serão

trabalhados esses pilares a partir de experiências, dinâmicas e práticas, proporcionando

momentos de reflexão sobre a vida da turma, da escola e da comunidade, como os princípios

democráticos que a orientam para o seu bom funcionamento, fomentando situações de diálogo

sobre situações vividas e ou preocupações sentidas pelos alunos, de forma a potenciar o

desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Será, também, um espaço privilegiado

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 25

para desenvolver competências no domínio da comunicação, na gestão de comportamentos, na

resolução de conflitos, na identificação e resolução de situações escolares mais problemáticas,

no aprofundamento da ligação com a família e na prevenção do absentismo e do abandono

escolar.

Esta proposta curricular está ancorada na ideia que de a aprendizagem passa, não

apenas pela aquisição do conjunto de saberes, capacidades e atitudes que lhe estão associadas,

mas igualmente por viver a cidadania. Por isso, os processos de ensino associados serão

aqueles que promovam e permitam a progressiva intervenção do aluno individualmente ou em

grupo, tendo em consideração o seu grau de maturidade e nível de ensino.

Também, será fundamental proporcionar, nesta disciplina, a abertura da escola à

participação dos alunos na tomada de decisões.

Neste projeto serão incluídos temas transversais, entre outros, a educação para os

direitos humanos, a educação ambiental/desenvolvimento sustentável, a educação para a

saúde e sexualidade, a educação para os media, a educação para o mundo do trabalho e para o

empreendedorismo.

6.4.6. Intervenientes

A disciplina de Formação Pessoal e Social deverá ser discutida, planificada e gerida em

Conselho de Turma, sendo a sua operacionalização da responsabilidade do Diretor de Turma. O

trabalho a realizar em Formação Cívica obedecerá a uma Planificação que constará no respetivo

Projeto Curricular de Turma, na qual constam os objetivos gerais e específicos, os conteúdos, as

experiências de aprendizagem, os recursos mobilizados e a respetiva calendarização.

Pretende-se que cada turma elabore um projeto de cariz diversificado, que deverá ser

apresentado à comunidade educativa no final do ano letivo.

6.4.7. Objetivos

A disciplina de Formação Pessoal e Social terá os seguintes objetivos:

Objetivos Gerais

Promover o desenvolvimento de competências pessoais e sociais;

Desenvolver competências necessárias ao exercício de cidadania;

Promover atitudes de autoestima, respeito mútuo e regras de convivência que

conduzam à formação de cidadãos autónomos, participativos e civicamente

responsáveis;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 26

Promover valores de tolerância e solidariedade;

Estimular a participação dos alunos na vida da turma, da escola e da comunidade.

Objetivos Específicos

Conhecer e analisar criticamente as regras do Regulamento Interno do

Agrupamento;

Debater os problemas da turma e resolver conflitos;

Valorizar as experiências vividas e sentidas pelos alunos;

Proporcionar o diálogo e a reflexão sobre as regras de convivência e respeito mútuo

na comunidade educativa, questionando comportamentos, atitudes e valores;

Promover o diálogo e a reflexão sobre questões relativas à participação/atuação

individual e coletiva nos diferentes espaços da escola, recorrendo a atitudes, normas

e valores que visem a sua preservação e melhoria;

Consciencializar os alunos para a importância das relações humanas e a existência

de regras de conduta social;

Preparar o aluno para ser ativo/interventivo na sociedade;

Promover a educação para a saúde;

Incrementar comportamentos de defesa do meio ambiente, do equilíbrio ecológico

e da preservação do património cultural;

Desenvolver capacidades de relacionamento interpessoal, prevenindo

comportamentos de risco;

Adquirir capacidades pessoais que permitam, perante situações divergentes ou de

conflito, ser coerente no seu juízo e na sua ação;

Analisar criticamente as condutas inadequadas e assumir a responsabilidade pelos

seus atos;

Adquirir hábitos de participação democrática ao nível do debate de ideias;

Aprender a exprimir opiniões fundamentadas.

6.4.8. Conteúdos

2.º Ciclo

5.º ano

Reflexão sobre assiduidade, pontualidade, comportamento e aproveitamento

escolar da turma.

Saber estar na sala de aula.

Saber estar nos diferentes espaços da escola.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 27

Regulamento Interno do Agrupamento:

Medidas Educativas Disciplinares (medidas preventivas; medidas de recuperação

e de integração; medidas disciplinares corretivas; medidas disciplinares

sancionatórias);

Direitos e Deveres dos Alunos;

Direitos e Deveres dos Membros da Comunidade Educativa;

Relações Interpessoais (na escola e em comunidade):

Respeito pelo Outro e pelas Diferenças;

Práticas de Solidariedade e Cooperação.

Eu e os outros: autoconhecimento; autonomia e responsabilidade individuais.

Cuidar de mim: higiene pessoal.

Educação para a Segurança: Prevenção Rodoviária; Segurança nas Salas de Aula e na

Escola.

Educação Ambiental: limpeza da sala de aula e de outros espaços escolares.

Educação para a Saúde: comportamento postural correto em sala de aula;

alimentação saudável, saúde oral e atividade física.

6.º ano

Reflexão sobre assiduidade, pontualidade, comportamento e aproveitamento

escolar da turma.

Saber estar na sala de aula.

Saber estar nos diferentes espaços da escola.

Regulamento Interno do Agrupamento:

Medidas Educativas Disciplinares (medidas preventivas; medidas de recuperação

e de integração; medidas disciplinares corretivas; medidas disciplinares

sancionatórias);

Direitos e Deveres dos Alunos;

Direitos e Deveres dos Membros da Comunidade Educativa.

Relações Interpessoais (na escola e em comunidade):

Respeito pelo Outro e pelas Diferenças;

Práticas de Solidariedade e Cooperação.

Eu e os outros: valores da compreensão, tolerância e partilha; respeito pelos outros.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 28

Cuidar de mim: imagem pessoal.

Educação para a Segurança: Segurança de pessoas e bens (rapto/roubo).

Educação Ambiental: floresta; preservação dos espaços escolares e seu

embelezamento.

Educação para a Saúde: cuidados básicos de saúde no dia a dia.

3.º Ciclo

7.º ano:

Reflexão sobre assiduidade, pontualidade, comportamento e aproveitamento

escolar da turma.

Saber estar na sala de aula.

Saber estar nos diferentes espaços da escola.

Regulamento Interno do Agrupamento:

Medidas Educativas Disciplinares (medidas preventivas; medidas de recuperação

e de integração; medidas disciplinares corretivas; medidas disciplinares

sancionatórias);

Direitos e Deveres dos Alunos;

Direitos e Deveres dos Membros da Comunidade Educativa.

Relações Interpessoais (na escola e em comunidade):

Respeito pelo Outro e pelas Diferenças;

Práticas de Solidariedade e Cooperação.

Eu e os outros: Direitos do Homem.

Educação Sexual: puberdade – transformações físicas e psicológicas.

Educação para a Segurança: Internet segura.

Educação Ambiental: poluição (sonora e do solo); preservação do património natural

e construído.

Educação para a Saúde: Cuidados com a alimentação; obesidade.

Bullying: conhecer, prevenir e combater.

8.º ano:

Reflexão sobre assiduidade, pontualidade, comportamento e aproveitamento

escolar da turma.

Saber estar na sala de aula.

Saber estar nos diferentes espaços da escola.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 29

Regulamento Interno do Agrupamento:

Medidas Educativas Disciplinares (medidas preventivas; medidas de recuperação

e de integração; medidas disciplinares corretivas; medidas disciplinares

sancionatórias);

Direitos e Deveres dos Alunos;

Direitos e Deveres dos Membros da Comunidade Educativa.

Relações Interpessoais (na escola e em comunidade):

Respeito pelo Outro e pelas Diferenças;

Práticas de Solidariedade e Cooperação.

Eu e os outros: Expressão de sentimentos, opiniões e críticas construtivas.

Educação Sexual: Gravidez na adolescência; Aborto.

Educação para a Segurança: conhecimento dos diferentes tipos de avisos

meteorológicos: Níveis/graus (verde, amarelo, laranja); Conhecimento das principais

medidas de autoproteção face aos diferentes níveis de aviso.

Educação Ambiental: reciclagem; preservação dos espaços escolares e seu

embelezamento.

Educação para a Saúde: consumo de drogas; distúrbios alimentares (anorexia e

bulimia).

9.º ano:

Reflexão sobre assiduidade, pontualidade, comportamento e aproveitamento

escolar da turma.

Saber estar na sala de aula.

Saber estar nos diferentes espaços da escola.

Regulamento Interno do Agrupamento:

Medidas Educativas Disciplinares (medidas preventivas; medidas de recuperação

e de integração; medidas disciplinares corretivas; medidas disciplinares

sancionatórias);

Direitos e Deveres dos Alunos;

Direitos e Deveres dos Membros da Comunidade Educativa.

Relações Interpessoais (na escola e em comunidade):

Respeito pelo Outro e pelas Diferenças;

Práticas de Solidariedade e Cooperação.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 30

Eu e os outros: valores éticos e atitudes (justiça, amizade, responsabilidade,

solidariedade…); multiculturalidade e educação intercultural.

Educação Sexual: violência no namoro; fidelidade e durabilidade da relação.

Educação para a segurança: Agentes de proteção civil (Autoridade Nacional de

Proteção Civil; Serviço Regional de Proteção Civil; Serviços Municipais de Proteção

Civil; Corpos de Bombeiros; Forças de Segurança; Serviço de Emergência Médica

Regional (SEMR); Forças Armadas; Corpo da Polícia Florestal); primeiros socorros.

Educação Ambiental: transportes amigos do ambiente.

Educação para a Saúde: importância da atividade física; sedentarismo.

Património arqueológico local.

Orientação Vocacional.

6.4.9. Atividades/Metodologias

Embora as atividades a desenvolver muito dependam das características das turmas e

dos perfis dos alunos que as compõem, é importante que se definam algumas linhas

orientadoras para o seu funcionamento, tendo em atenção as realidades escolar e envolvente.

A indicação e gestão das atividades ficam ao critério do Conselho de Turma, tendo em conta a

especificidade de cada turma. Contudo importa referir que, mais importante que a vertente

teórica desta disciplina, é o seu caráter prático. As atividades não devem cingir-se

exclusivamente à elaboração de trabalhos dentro da sala de aula, para posteriormente serem

expostos, mas devem, também, sair para fora desse espaço e ter impacto na comunidade

educativa.

Desta forma, cada turma organizará, no final do ano letivo, mais concretamente no Dia

do Agrupamento, uma exposição de trabalhos realizados nesta disciplina, para conhecimento

da comunidade escolar e educativa.

7. Organização e Gestão do Currículo do Ensino Secundário

Os planos de estudos e as matrizes curriculares dos cursos científico-humanísticos de

Ciências e Tecnologias e de Línguas e Humanidades integram as seguintes componentes de

formação:

a) A componente de formação geral, que visa contribuir para a construção da

identidade pessoal, social e cultural dos alunos;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 31

b) A componente de formação específica, que visa proporcionar formação científica

consistente no domínio do respetivo curso.

As matrizes integram, ainda, a disciplina de Educação Moral e Religiosa, de frequência

facultativa.

Nas matrizes curriculares que se seguem constam, também, a carga horária semanal

mínima de cada disciplina e a carga horária total a cumprir por ano de escolaridade.

7.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Científico-Humanísticos

7.1.1. Curso de Ciências e Tecnologias

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 32

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 33

7.1.2. Curso de Línguas e Humanidades

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 34

8. Oferta Formativa e Cursos Profissionais

8.1. Cursos Vocacionais

Os cursos vocacionais são orientados para a formação inicial dos alunos do ensino

básico e privilegiam tanto a aquisição de conhecimentos em disciplinas estruturantes, como o

português, a matemática e o inglês, como o primeiro contacto com diferentes atividades

vocacionais. Permitem o prosseguimento de estudos no ensino secundário.

Estes cursos visam igualmente desenvolver a escolarização básica, promovendo a

participação nas atividades escolares, a assimilação de regras de trabalho de equipa, o espírito

de iniciativa e o sentido de responsabilidade dos alunos, levando os jovens a adquirir

conhecimentos e a desenvolver capacidades e práticas que facilitem futuramente a sua

integração no mundo do trabalho.

Qualquer aluno que frequente estes cursos terá a possibilidade de regressar ao ensino

regular no início do ciclo de estudos seguinte, após a realização das provas finais de 6.º ou 9.º

anos. Os alunos que pretendem seguir o ensino profissional ou o vocacional de nível secundário

não necessitam de realizar as provas finais.

Os cursos vocacionais têm como público-alvo os alunos com mais de 13 anos de idade

que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino regular e procurem uma

alternativa a este tipo de ensino, designadamente aqueles alunos que tiveram duas retenções

no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos diferentes.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 35

Os alunos que concluam com aproveitamento os cursos vocacionais ministrados no

âmbito da experiência pedagógica criada pelo presente diploma ficam habilitados com o 6.º ou

9.º ano de escolaridade.

Os cursos vocacionais do ensino básico têm uma estrutura curricular organizada por

módulos, sendo o seu plano de estudos constituído pelas seguintes componentes de formação:

a) Geral, da qual fazem parte as disciplinas de Português, Matemática, Inglês e

Educação Física;

b) Complementar, da qual fazem parte as áreas de Ciências Sociais (História e

Geografia) e de Ciências do Ambiente (Ciências Naturais, Físico-Química); bem

como uma segunda língua nos casos em que se justifique;

c) Vocacional, integrada pelos conhecimentos correspondentes a atividades

vocacionais e por uma prática simulada preferencialmente em empresas que

desenvolvam as atividades vocacionais ministradas.

A matriz curricular de referência dos cursos vocacionais do ensino básico consta do

anexo I à portaria n.º 292-A/2012 de 26 de setembro, da qual faz parte integrante.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 36

8.1.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Vocacionais

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 37

8.2. Cursos Profissionais

Os Cursos Profissionais são um dos percursos do nível secundário de educação,

caracterizado por uma forte ligação com o mundo profissional. Tendo em conta o perfil pessoal

do aluno, a aprendizagem realizada nestes cursos valoriza o desenvolvimento de competências

para o exercício de uma profissão, em articulação com o setor empresarial local.

Os Cursos Profissionais podem ser o percurso mais indicado para aos alunos que

concluíram o 9.º ano de escolaridade ou formação equivalente, que procuram um ensino mais

prático e voltado para o mundo do trabalho e que não excluem a hipótese de, mais tarde,

prosseguirem estudos.

Os Cursos Profissionais são percursos que cumprem vários objetivos:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 38

Contribuem para que o aluno desenvolva competências pessoais e profissionais

para o exercício de uma profissão;

Privilegiam as ofertas formativas que correspondem às necessidades de trabalho

locais e regionais;

Preparam o aluno para aceder a formações pós-secundárias ou ao ensino

superior, se for essa a sua vontade.

Estes cursos têm uma estrutura curricular organizada por módulos, o que permite maior

flexibilidade e respeito pelos teus ritmos de aprendizagem.

O plano de estudos inclui três componentes de formação: Sociocultural; Científica;

Técnica.

A componente de formação Técnica inclui obrigatoriamente uma formação em contexto

de trabalho.

Estes cursos culminam com a apresentação de um projeto, designado por Prova de

Aptidão Profissional (PAP), no qual o aluno demonstrará as competências e saberes que

desenvolveu ao longo da formação.

Após a conclusão, com aproveitamento, de um Curso Profissional o aluno obtém o

ensino secundário e certificação profissional, conferindo o nível 4 de qualificação do Quadro

Nacional de Qualificações. A conclusão de um Curso Profissional permite-lhe o prosseguimento

de estudos/formação num Curso de Especialização Tecnológica ou o acesso ao ensino superior,

mediante o cumprimento dos requisitos previstos no regulamento de acesso ao ensino

superior.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 39

8.2.1. Matrizes Curriculares dos Cursos Profissionais

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 40

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 41

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 42

Capítulo II -Construção Escolar

1. Organização Horária

O nosso Agrupamento funciona em regime normal. As atividades escolares decorrem

em período diurno.

O período da manhã decorre entre as 8:25 horas e as 13:25h e o período da tarde tem

início às 13:40 horas e termina às 17:55 horas.

O tempo letivo tem uma duração de 45 minutos. Contudo, os tempos letivos aparecerão

associados em blocos de 90 minutos, sem qualquer intervalo intermédio.

A distribuição de carga horária semanal e os critérios da distribuição das disciplinas

respeitam uma distribuição equilibrada ao longo da semana. Sempre que uma disciplina tenha

dois blocos (90 minutos) por semana, estes, se possível, não devem ocorrer em dois dias

seguidos.

O desdobramento de turmas faz-se de acordo com o anexo a legislação em vigor.

Na Educação Pré-Escolar a interrupção de almoço não é igual para todos os jardins. Esta

varia em função do horário estabelecido, na primeira reunião com os Pais/Encarregados de

Educação. No 1º Ciclo é de uma hora e trinta minutos.

As aulas de Educação Física só podem iniciar-se uma hora depois de findo o período

definido para almoço de cada turma.

2. Plano de Organização e Programação das Atividades Educativas

2.1. Critérios de formação de grupos/turmas na Educação Pré-Escolar

Têm prioridade na matrícula ou renovação de matrícula:

a) Crianças que completem os cinco anos de idade até 31 de dezembro;

b) Crianças que completem os quatro anos de idade até 31 de dezembro;

c) Crianças que completem os três anos de idade até 15 de setembro;

d) Crianças que completem os três anos de idade entre 16 de setembro e 31 de

dezembro;

e) No âmbito de cada uma das prioridades atrás referidas, e como forma de

desempate em situação de igualdade, são observadas sucessivamente as

seguintes prioridades:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 43

Crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente, de

acordo com o artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro;

Crianças filhas de pais estudantes menores, nos termos previstos no artigo

4.º da Lei n.º 90/2001, de 20 de Agosto;

Crianças com irmãos a frequentar o estabelecimento de educação

pretendido;

Crianças cujos pais ou encarregados de educação residam,

comprovadamente, na área de influência do estabelecimento de educação

pretendido;

Crianças mais velhas, contando-se a idade, para o efeito, sucessivamente, em

anos, meses e dias;

Crianças cujos pais ou encarregados de educação desenvolvam a sua

atividade profissional, comprovadamente na área de influência do

estabelecimento de educação pretendido.

f) Na renovação de matrícula deve ser dada prioridade às crianças que

frequentaram no ano anterior o estabelecimento de educação que pretendem

frequentar, aplicando-se sucessivamente as prioridades definidas nos números

anteriores.

g) A constituição dos grupos/turma deve ter por base os grupos/turmas de

2014/15.

h) Terminado o período de matrícula, se não houver vaga, as crianças inscritas, fora

de prazo, integram a lista de espera no final do seu grupo etário.

i) Os grupos/turmas são constituídos por um número mínimo de 20 e um máximo

de 25 crianças, exceto nas situações especiais autorizadas pelos Serviços

competentes do Ministério da Educação e Ciência, nomeadamente em zonas de

baixa densidade populacional.

j) As turmas que integrem crianças com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o

justifique, são constituídos por 20 crianças, não podendo incluir mais de 2

crianças nestas condições.

k) A composição dos grupos/turmas criados deve:

Quanto ao género – ser equilibrado sempre que possível;

Quanto ao nível etário - ser heterogéneo.

2.2. Constituição das turmas

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 44

2.2.1. 1.º Ciclo do Ensino Básico

Têm prioridade na matrícula ou renovação de matrícula os alunos:

a) Com seis anos completados até 15 de Setembro;

b) Com necessidades educativas especiais de carácter permanente e que exijam

condições de acessibilidade específicas ou respostas diferenciadas no âmbito das

modalidades específicas de educação, conforme o previsto nos nºs 4, 5, 6 e 7 do

artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro;

c) Com necessidades educativas especiais de carácter permanente não abrangidos

nas condições referidas na alínea anterior e com currículo específico individual;

d) Que frequentaram, no ano letivo anterior, a Educação Pré-Escolar ou o Ensino

Básico em outro estabelecimento do mesmo Agrupamento de Escolas;

e) Com irmãos já matriculados no Ensino Básico no estabelecimento de ensino. (1.º,

2.º, 3.º ou 4.º retidos);

f) Cujos Pais ou Encarregados de Educação residam, comprovadamente, na área de

influência do estabelecimento de ensino;

g) Que frequentaram no ano letivo anterior a Educação Pré-Escolar e instituições

particulares de solidariedade social na área de influência do estabelecimento de

ensino ou num estabelecimento de ensino do mesmo Agrupamento de Escolas,

dando preferência aos que residam comprovadamente mais próximo do

estabelecimento de ensino escolhido;

h) Cujos encarregados de educação desenvolvem a sua atividade profissional,

comprovadamente, na área de influência do estabelecimento de ensino;

i) Mais velhos, no caso de matrícula, e mais novos, quando se trate de renovação

de matrícula, à exceção de alunos em situação de retenção que já iniciaram o

ciclo de estudos no estabelecimento de ensino;

j) Que completem os seis anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro,

tendo prioridade os alunos mais velhos, sendo que as crianças nestas condições

poderão obter vaga até 31 de dezembro do ano correspondente.

As turmas são constituídas por 26 alunos, excetuando:

a) Nas escolas de lugar único (1 professor), em que as turmas incluam alunos de

mais de dois anos de escolaridade, que são constituídas por 18 alunos;

b) Nas escolas com mais de um lugar, em que as turmas incluam alunos de mais de

dois anos de escolaridade, que são constituídas por 22 alunos;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 45

c) Quando as turmas integram crianças e alunos com necessidades educativas

especiais de caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de

funcionalidade o justifique, são constituídas por 20 alunos, não podendo incluir

mais de 2 alunos nessas condições.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer do educador titular de grupo (no caso da matrícula no 1.º ano) ou do professor titular

de turma (no caso dos 2.º, 3.º e 4.º anos).

2.2.2. 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico

5.º ANO:

São inscritos no 5.º ano os alunos que:

a) Frequentaram, em 2014/2015, o Agrupamento;

b) Comprovarem através de fotocópia do recibo da água, eletricidade ou telefone

fixo a residência do encarregado de educação ou declaração do local de emprego

deste, na área pedagógica do Agrupamento;

c) Pretendam, mesmo que residam fora do concelho, frequentar este

Agrupamento.

d) As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo

de 30 alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser distribuídos de forma

equilibrada pelas diferentes turmas.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas fornecidas pelo professor do 1º ciclo

(parecer do professor titular de turma) e/ou serviços de psicologia sobre os alunos vindos do

4.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer do professor titular da turma do 4.º ano.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 46

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários mais próximos.

A inclusão dos alunos nas turmas, cujos pedidos de transferência de outras escolas

entrarem nos serviços de Administração Escolar após a afixação das listas, deve ter em

consideração o número de alunos das turmas já constituídas.

6.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser distribuídos de forma

equilibrada pelas diferentes turmas.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 5.º ano.

As turmas constituídas em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição em

2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o parecer

do conselho de turma dos alunos do 5.º ano.

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

7.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser distribuídos de forma

equilibrada pelas diferentes turmas.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 6.º ano.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 47

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer do conselho de turma dos alunos do 6.º ano.

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

No caso de o número de alunos inscritos na língua estrangeira II não ser suficiente para

a constituição de uma turma, optar-se-á pela disciplina com maior número de inscritos.

Quando o número de inscrições na opção artística e tecnológica não for suficiente para

a constituição de uma turma, optar-se-á pela disciplina com maior número de inscritos.

Quando o número de alunos da turma for igual ou superior a 20, é autorizado o

desdobramento nas disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Químicas, exclusivamente para a

realização de trabalho prático ou experimental, no tempo correspondente a um máximo de 100

minutos.

O número mínimo para abertura de uma disciplina de Oferta de Escola é de 20 alunos.

8.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser distribuídos de forma

equilibrada pelas diferentes turmas.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 7.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer do conselho de turma dos alunos vindos do 7.º ano.

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

Quando o número de alunos da turma for igual ou superior a 20, é autorizado o

desdobramento nas disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Químicas, exclusivamente para a

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 48

realização de trabalho prático ou experimental, no tempo correspondente a um máximo de 100

minutos.

9.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Os alunos com necessidades educativas especiais devem ser distribuídos de forma

equilibrada pelas diferentes turmas.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo Diretor de Turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 8.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer do conselho de turma dos alunos vindos do 8.º ano.

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

Quando o número de alunos da turma for igual ou superior a 20, é autorizado o

desdobramento nas disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Químicas, exclusivamente para a

realização de trabalho prático ou experimental, no tempo correspondente a um máximo de 100

minutos.

2.2.3. Ensino Secundário

10.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 9.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer dos conselhos de turma do 9.º ano.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 49

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

Nos casos das disciplinas de opção, o número mínimo para a abertura de uma turma é

de 20 alunos.

Quando o número de alunos da turma for igual ou superior a 20, é autorizado, no curso

Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, o desdobramento nas disciplinas bienais de

Biologia e Geologia e de Física e Química A, no tempo correspondente a um máximo de 150

minutos.

Na disciplina bienal de Língua Estrangeira da componente de formação específica do

Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades, quando o número de alunos da turma

for igual ou superior a 20, é autorizado o desdobramento das turmas, no tempo

correspondente a um máximo de 150 minutos.

11.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma relativas aos alunos vindos do 10.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer dos conselhos de turma do 10.º ano.

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

Quando o número de alunos da turma for igual ou superior a 20, é autorizado, no curso

Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, o desdobramento nas disciplinas bienais de

Biologia e Geologia e de Física e Química A, no tempo correspondente a um máximo de 150

minutos.

Na disciplina bienal de Língua Estrangeira da componente de formação específica do

Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades, quando o número de alunos da turma

for igual ou superior a 20, é autorizado o desdobramento das turmas, no tempo

correspondente a um máximo de 150 minutos.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 50

12.º ANO:

As turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30

alunos.

Devem ser atendidas as indicações pedagógicas, fornecidas pelo diretor de turma e/ou

conselho de turma, sobre os alunos vindos do 11.º ano.

Os grupos/turmas constituídos em 2014/2015 mantêm, em princípio, a sua constituição

em 2015/2016. No entanto, poderá proceder-se à separação de alunos, de acordo com o

parecer dos conselhos de turma do 11.º ano;

Deverá existir uma distribuição equilibrada pelas turmas dos alunos retidos, segundo o

perfil destes.

As turmas devem ter um número equilibrado de alunos e, dentro do possível, com níveis

etários próximos.

Nos casos das disciplinas de opção, o número mínimo para a abertura de uma turma é

de 20 alunos.

No curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, quando o número de alunos

da turma for igual ou superior a 20, é autorizado o desdobramento nas disciplinas anuais de

Biologia, Física, Geologia e Química, no tempo correspondente a um máximo de 100 minutos.

2.2.4. Cursos Vocacionais

As turmas são constituídas por um número mínimo de 24 alunos e um máximo de 30

alunos.

Sempre se justifique e os serviços competentes do Ministério da Educação e Ciência

autorizem, as turmas podem ser constituídas por um número inferior a 24 alunos.

Quando as turmas integram crianças e jovens com necessidades educativas especiais de

caráter permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são

constituídas por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

Caso se justifique, poderão ser constituídas turmas vocacionais mistas de ciclos

diferentes, mediante autorização prévia dos serviços competentes do Ministério da Educação e

Ciência.

O desdobramento de turmas com número superior a 20 alunos, sobretudo nas

disciplinas da componente de formação vocacional, deve ser solicitado aos serviços

competentes do Ministério da Educação e Ciência.

2.2.5. Cursos Profissionais

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 51

As turmas são constituídas por um número mínimo de 24 alunos e um máximo de 30

alunos.

Sempre se justifique e os serviços competentes do Ministério da Educação e Ciência

autorizem, as turmas podem ser constituídas por um número inferior a 24 alunos.

Quando as turmas integram jovens com necessidades educativas especiais de caráter

permanente, cujo PEI assim o preveja e o grau de funcionalidade o justifique, são constituídas

por 20 alunos, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições.

É possível agregar componentes de formação comuns ou disciplinas comuns de dois

cursos profissionais numa só turma, mediante autorização prévia dos serviços competentes do

Ministério da Educação e Ciência, não devendo os grupos a constituir ultrapassar nem o

número máximo de 30, nem o mínimo de 24 alunos.

As turmas dos anos sequenciais dos Cursos Profissionais só podem funcionar com o

número de alunos inferior a 24 alunos quando não for possível concretizar o definido no ponto

anterior.

É autorizado o desdobramento de turmas nas disciplinas de caráter laboratorial da

componente de formação científica, até um tempo letivo, sempre que o número de alunos for

superior a 20.

É autorizado o desdobramento nas disciplinas de caráter laboratorial, oficinal,

informático ou artístico da componente de formação técnica, na totalidade da carga horária

semanal, quando o número de alunos for superior a 15.

2.3. Critérios para a elaboração de horários dos alunos

Compete aos órgãos do Agrupamento, nomeadamente ao Conselho Pedagógico,

conforme alínea k) do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, e ao Conselho Geral, conforme alínea

l) do artigo 13.º do mesmo normativo legal, apreciar e deliberar sobre os critérios gerais a que

deve obedecer a elaboração dos horários.

Assim, nos termos dos referidos normativos e de outros sobre esta matéria,

nomeadamente os Despachos Normativos n.º 7-B/2015, de 7 de maio, e Despacho Normativo

n.º 10-A/2015, de 19 de junho, Despacho n.º 9265-B/2013, de 15 de julho apresentou a

seguinte proposta relativa à organização dos horários para o ano letivo 2015/2016:

a) Esquema de funcionamento

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 52

Tendo em conta a previsão do número de turmas, o número de tempos curriculares de

cada ano e os espaços escolares disponíveis, o esquema de funcionamento do Agrupamento de

Escolas de Vila Pouca de Aguiar Sul obedecerá aos seguintes regimes:

Jardins de Infância – normal;

1.º Ciclo do ensino básico – normal;

2.º Ciclo do ensino básico – desdobramento;

3.º Ciclo do ensino básico – desdobramento;

Ensino secundário – desdobramento.

b) Período de funcionamento

Na Educação Pré-Escolar – entre as 8h 00m e as 17h 30m ou 18h 30m, incluindo

as atividades da componente de apoio à família.

No 1.º Ciclo do ensino básico – no período da manhã, entre as 9h 00m e as 12h

30m. No período da tarde, entre as 14:00 e as 17:30 horas. As atividades de

Enriquecimento Curricular (AEC) e EMRC funcionam neste período da tarde;

No 2.º Ciclo do ensino básico – no período da manhã, entre as 8h 25m e as 13h

25m. No período da tarde, entre as 13h 40m e as 17h 55m;

No 3.º CEB - no período da manhã, entre as 8h 25m e as 13h 25m. No período da

tarde, entre as 13h 40m e as 17h 55m;

No Ensino Secundário - no período da manhã, entre as 8h 25m e as 13h 25m. No

período da tarde, entre as 13h 40m e as 17h 55m;

O período mínimo destinado ao serviço de almoço será de 1h e 10m;

A apresentação de cada horário obedecerá ao esquema de blocos/tempos

letivos devidamente definidos quanto ao seu início e conclusão.

c) Critérios para a elaboração dos horários dos alunos

Na Educação Pré-Escolar, o horário será fixado antes do início das atividades

letivas, sendo ouvidos, para o efeito, os pais ou os seus representantes, os

educadores e autarquia;

No 1.º Ciclo do ensino básico, as Atividades de Enriquecimento Curricular

deverão funcionar numa tarde de um dos dias da semana e também no último

tempo do período letivo de dois dias da semana, de forma a não prejudicar o

normal funcionamento das atividades curriculares;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 53

Nos horários das turmas, não poderão ocorrer tempos intercalares sem

atividades letivas, vulgo “furos”;

Na Educação Pré-Escolar, nenhuma turma poderá ter mais de 3h 00m letivas

consecutivas;

No 1.º Ciclo do ensino básico, nenhuma turma poderá ter mais de 3h 30m letivas

consecutivas;

Nos 2.º e 3.º Ciclos e Ensino Secundário, as aulas serão organizadas em

segmentos de 45 minutos ou blocos de 90 minutos ou de 135 minutos;

Nos 2.º e 3.º Ciclos do ensino básico e Ensino Secundário, o número de

blocos/segmentos não deverá ser superior a 4 blocos/8 segmentos,

respetivamente, em cada dia de aulas, podendo ser 5 blocos/10 segmentos,

excecionalmente, em dois dias da semana, tendo, neste caso, de ter

obrigatoriamente um bloco de uma disciplina de carácter prático;

Embora a elaboração dos horários possa estar condicionada à disponibilidade de

espaços específicos, procurar-se-á concentrar as aulas da turma numa mesma

sala, exceto nas disciplinas que exigem uma sala específica;

Se, por exigência curricular, se desdobrar uma turma em dois “turnos” numa

disciplina, dessa situação não poderá ocorrer nenhum tempo desocupado para

qualquer deles. Nos dias em que tal ocorra, os tempos letivos relativos a um dos

grupos serão colocados no 1º tempo de um dos períodos, sendo os tempos

letivos relativos ao outro turno colocados no final do mesmo período;

Deve evitar-se que as aulas de uma mesma disciplina, cuja carga curricular se

distribua por dois dias, tenham lugar em dias consecutivos;

As aulas de Língua Estrangeira II não devem ser lecionadas em tempos letivos

consecutivos à Língua Estrangeira I e vice-versa. O mesmo se aplica à Língua

Estrangeira III;

As aulas de Educação Física só poderão iniciar-se, no período da tarde, uma hora

após o período do almoço;

Na distribuição dos tempos letivos dos 2.º e 3.º Ciclos do ensino básico e no

Ensino Secundário, será assegurada a concentração máxima das atividades

escolares da turma num só turno do dia;

Os apoios a prestar aos alunos deverão, tanto quanto possível, ter em conta o

equilíbrio do seu horário semanal;

A carga horária das ofertas dos cursos vocacionais e profissionais poderá ser

flexível, de acordo com necessidades pontuais de lecionação, não podendo,

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 54

contudo, ultrapassar no seu conjunto as 1100 horas/ano, 35 horas/semana e 7

horas/dia.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 55

2.4. Planificação do trabalho a desenvolver com as turmas

Cabe ao conselho de turma ou ao docente Titular de Turma, antes do início das

atividades letivas, efetuar o diagnóstico da turma, identificar características e dificuldades de

aprendizagem dos alunos, analisar os critérios de avaliação das diferentes disciplinas, planificar

os momentos de avaliação, concretizando medidas e estratégias tendo em vista a

implementação de planos estratégicos de melhoria. As atividades de complemento curricular

também devem ser planificadas em conselho de turma.

Todos os docentes são responsáveis pela evolução das aprendizagens e dos

comportamentos dos alunos, sob a supervisão dos Diretores de Turma/Titulares de Turma.

Deve ser garantida a interdisciplinaridade do trabalho e uma eficaz articulação curricular, tendo

em vista a melhoria dos resultados dos alunos. Devem, ainda, informar os alunos, no início do

ano letivo, do currículo, critérios de avaliação.

No início do ano letivo, o Diretor de Turma deve facultar aos Pais e Encarregados de

Educação o currículo de cada disciplina, número de aulas previstas e informar dos critérios de

avaliação.

No final do ano letivo, o conselho de turma/professores titulares devem avaliar, de

forma rigorosa, o trabalho realizado.

2.5. Critérios de Atribuição de Direção de Turma

A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver na turma

são da responsabilidade do conselho de turma, coordenado pelo Diretor de Turma.

A atribuição do cargo de Diretor de Turma é da responsabilidade do Sr. Diretor, que

deverá ter em conta os seguintes critérios:

Capacidade de liderança;

Relacionamento com os alunos;

Relacionamento com os encarregados de educação;

Relacionamento com os seus pares.

Será condição preferencial o facto de o professor lecionar todos os alunos da turma.

Os Diretores de Turma terão no seu horário dois tempos da componente letiva. A

designação do diretor de turma deve atender à necessidade de libertar desse cargo os docentes

indispensáveis à implementação das medidas de promoção de sucesso escolar.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 56

2.6. Designação de Coordenadores dos Diretores de Turma

Para coordenar o trabalho dos Diretores de Turma, o Sr. Diretor designa um Diretor de

Turma do Ensino Secundário e outro dos 2.º ou 3.º Ciclos, sempre que possível pertencente ao

quadro do Agrupamento de Escolas.

São competências específicas do Coordenador de Diretor de Turma:

a) Representar, no conselho pedagógico, a totalidade dos Diretores de Turma que

coordena;

b) Convocar e presidir ao conselho de Diretores de Turma;

c) Coordenar e dinamizar a planificação e a avaliação das atividades a desenvolver

anualmente, nomeadamente as atividades de complemento curricular e de

apoio educativo e a relação escola/família;

d) Apresentar ao conselho pedagógico os projetos a desenvolver nomeadamente

no âmbito da direção de turma;

e) Organizar e coordenar o processo relativo à avaliação final dos períodos e do ano

letivo;

f) Divulgar, junto dos diretores de turma, toda a informação necessária ao

adequado desenvolvimento das suas funções;

g) Atualizar/organizar os dossiers de turma no início de cada ano letivo;

h) Planificar as atividades a desenvolver nas receções aos alunos, aos Pais e

Encarregados de Educação e nos conselhos de turma do início do ano letivo;

i) Apresentar ao Diretor, no prazo por este fixado, um relatório anual de avaliação

das atividades por si desenvolvidas.

2.7. Distribuição do Serviço Docente (letivo e não letivo)

Critérios para a elaboração dos horários dos professores

a) Os horários dos docentes não devem incluir mais de 3 blocos ou 6 segmentos

letivos consecutivos, nem devem incluir mais de 8 segmentos letivos diários;

b) Os horários semanais dos docentes não devem incluir mais de três tempos

letivos (45 minutos) desocupados;

c) Os horários dos docentes devem contemplar um período para almoço de, pelo

menos, 1:10 horas;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 57

d) Parte da componente não letiva do trabalho de estabelecimento será marcada,

tanto quanto possível, para que o docente possa acompanhar os respetivos

alunos;

e) Os docentes podem, independentemente do grupo pelo qual foram recrutados,

lecionar outra disciplina ou unidade de formação do mesmo ou de diferente ciclo

ou nível, desde que sejam titulares da adequada formação científica;

f) Os docentes obrigam-se a comunicar à Direção qualquer facto que implique

redução ou condicionamento na elaboração do horário.

Outros princípios gerais relativos à elaboração dos horários

a) A responsabilidade última da elaboração dos horários e consequente distribuição

de serviço é da competência do Diretor;

b) A elaboração de todos os horários obedecerá, primordialmente, a critérios de

ordem pedagógica;

c) Para a elaboração dos horários conjugar-se-ão os interesses dos discentes e da

escola, no respeito inequívoco dos normativos legais vigentes e do regulamento

interno;

d) Deverá ser dada a continuidade do professor na turma, desde que não haja

motivos que aconselhem o contrário (situações registadas em documentos

oficiais ou do conhecimento do Diretor que justifiquem a não continuidade);

e) O Diretor de Turma deve manter-se ao longo de cada ciclo de estudos, desde

que não existam motivos que o impeçam ou desaconselhem;

f) Na distribuição de serviço dever-se-á ter em linha de conta a adequação do perfil

do professor às necessidades da turma e a outras funções a desempenhar;

g) A distribuição de níveis pelos vários professores do grupo de recrutamento

deverá ser equilibrada.

2.8. Atividades a desenvolver com os alunos nos tempos letivos desocupados por

ausência de professor

Os tempos registados no horário individual dos alunos devem ser prioritariamente

preenchidos com a realização de atividades letivas que proporcionem o aproveitamento dos

tempos escolares das crianças da Educação Pré-Escolar e dos alunos do Ensino Básico e

Secundário, com prioridade para o cumprimento dos currículos e dos programas de cada

disciplina ou área de conteúdo.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 58

Os procedimentos a observar para as atividades educativas que se mostrem necessárias

à plena ocupação dos alunos, durante o período de permanência no estabelecimento escolar

são:

Em caso de falta programada de um professor, este deve providenciar, sempre

que possível, a sua substituição, preferencialmente, mediante permuta da

atividade letiva entre os docentes da mesma turma ou disciplina, caso em que

não haverá registo de falta. Nesta situação, a aula deve ser sempre numerada.

O impresso de permuta deverá ser entregue nos serviços administrativos antes

de se efetuar a troca.

Os Conselhos de Turma devem, em reunião, organizar um plano de substituições

por permuta que permita, em caso de ausência de um professor, a permuta com

um colega de outra disciplina, de modo a que não tenha falta.

Quando não forem realizadas as atividades nas condições anteriormente referidas,

podem ser organizadas, pelos departamentos, atividades de enriquecimento e complemento

curricular que possibilitem a ocupação educativa dos alunos.

No caso de falta imprevista de um professor, a supervisão das atividades educativas é

feita de acordo com as seguintes prioridades:

Na Educação Pré-escolar:

1) Pelo docente de apoio educativo, caso exista;

2) Pelo docente de Educação Especial;

3) Por outro docente titular de grupo.

No 1.º Ciclo do Ensino Básico:

1) Por um docente do apoio educativo do 1º ciclo;

2) Dividindo os alunos pelas restantes turmas da escola.

Nos 2.º, 3.º Ciclos do Ensino Básico e Secundário:

1) Os alunos, sempre que não tenham aula, devem dirigir-se para uma das

seguintes valências: sala de estudo, sala de OPTE, onde estarão acompanhados

por professores, de acordo com horário previamente estabelecido.

2) O docente que assegurar a ocupação do período de ausência letiva regista no

livro de ponto as presenças dos alunos e as atividades realizadas.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 59

3) Este plano de ocupação de tempos escolares é dado a conhecer, pelo Diretor de

Turma, aos pais e encarregados de educação na primeira reunião, a realizar no

início do ano letivo.

4) No caso dos Cursos Profissionais, o reajustamento do horário semanal da turma,

com vista ao cumprimento integral das horas letivas nele previstas, não é

considerada permuta. Estas situações estão sujeitas ao regulamento de

funcionamento dos cursos.

5) No último tempo da manhã e da tarde de cada turma, os alunos poderão sair da

escola, desde que devidamente autorizados pelo encarregado de educação, ou

permanecer nos espaços comuns, sem haver lugar a atividades organizadas.

3. Plano de Promoção do Sucesso Escolar

As Escolas devem adotar medidas de promoção do sucesso escolar, estabelecendo a

definição, sempre que necessário, de planos de atividades de acompanhamento pedagógico

orientados para a turma ou individualizados, com medidas adequadas à resolução das

dificuldades dos alunos e ao combate à exclusão.

Entre as múltiplas medidas a aplicar, podemos, entre outras, destacar: medidas de apoio

ao estudo, que garantam um acompanhamento mais eficaz dos alunos face às dificuldades

detetadas e orientadas para a satisfação das suas necessidades educativas; apoio educativo;

coadjuvação na sala de aula; aulas extraordinárias de reforço curricular; tutorias.

As Escolas dispõem de um crédito para a implementação das várias medidas de apoio

que deve ser rigorosamente aplicado. Este crédito, cuja forma de cálculo se encontra definida

no Despacho Normativo n.º 10-A/2015, de 19 de junho, visa satisfazer as necessidades

detetadas e contribuir para melhorar os resultados escolares sobretudo dos alunos com mais

dificuldades de aprendizagem.

Face aos dados evidenciados na avaliação dos alunos e às recomendações dos

Conselhos de Turma e dos Departamentos Curriculares, referentes ao ano letivo 2014/2015,

bem como às recomendações constantes no relatório da Equipa de Autoavaliação, torna-se

prioritária, no nosso Agrupamento, a aplicação do crédito pedagógico sobretudo nas disciplinas

com avaliação externa (com exames nacionais), de que se destacam as disciplinas de Português,

Matemática, Física e Química A, Biologia e Geologia e, também, nas línguas estrangeiras (Inglês

e Francês).

No que se refere às línguas estrangeiras, deve ser considerado prioritário o Inglês,

sobretudo no 3.º ciclo. Como refere o Despacho n.º 11838-A/2013, de 11 de setembro, a

aprendizagem de línguas estrangeiras é essencial para dotar os alunos de conhecimentos e

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 60

capacidades indispensáveis ao desenvolvimento dos seus estudos e para a inserção no mercado

de trabalho. O estudo do Inglês é uma ferramenta facilitadora de aquisição de conhecimentos,

promoção pessoal e empregabilidade. Deste modo, o ensino do Inglês, obrigatório por um

período de cinco anos, conforme definido no Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, impõe a

criação de mecanismo que permitam aferir os resultados da aprendizagem, de modo

sustentável e comparável.

Os exames do Key of Schools e do Preliminary English Test (PET), no nosso

Agrupamento, revelaram resultados pouco satisfatórios, ficando muito aquém das

expectativas, pelo que urge implementar medidas de apoio tendentes à melhoria do

desempenho dos alunos nessa língua estrangeira de grande importância para o desempenho

global dos alunos e para o acesso às mais diversificadas fontes de conhecimento.

Também o Regulamento Interno do Agrupamento, mais concretamente nos artigos

108.º ao 115.º, refere várias medidas de apoio socioeducativo e promoção do sucesso escolar

que devem ser implementadas. Para uma maior eficácia, os diferentes apoios devem ser

atribuídos, sempre que possível, no início do ano nos horários dos professores e dos alunos.

Naturalmente que, o longo do ano, devem ser feitos os reajustamentos considerados

necessários.

Assim, conforme documento discutido e aprovado em Conselho Pedagógico, foram

dadas instruções à equipa da elaboração dos horários para respeitar rigorosamente as

orientações legais, bem como critérios definidos pelo Conselho Pedagógico, tendo em

consideração o superior interesse dos alunos.

A equipa dos horários, para cuja constituição foram convidadas as Direções das

Associações de Pais de modo a poderem dar as suas sugestões, seguiu essas orientações e,

numa perspetiva de promoção do sucesso dos alunos e melhoria dos resultados escolares,

inseriu, logo no início, nos horários dos professores e dos alunos, os diferentes apoios, através

da utilização das reduções ao abrigo do artigo 79.º do ECD, recursos disponíveis por mobilidade

por doença e, de seguida, por recurso ao crédito pedagógico previsto no Despacho Normativo

n.º 10-A/2015, de 19 de junho.

3.1. Para a melhoria dos resultados escolares

Continuação da reflexão sistemática sobre os resultados escolares seguida de

apresentação de propostas, objetivas e exequíveis, de estratégias de

remediação.

Conversão dos apoios ao estudo do 2.º ciclo em apoios educativos específicos às

disciplinas de Matemática, Português e Inglês – disciplinas fundamentais no

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 61

percurso escolar do aluno –, cujos resultados ainda se encontram aquém das

metas traçadas no Projeto Educativo.

Utilização prioritária da componente não letiva e do crédito horário pedagógico

do Agrupamento para o apoio educativo, reforço curricular e funcionamento das

salas de estudo.

Fomento, sempre que os recursos humanos o permitam, de coadjuvações na

sala de aula.

Elaboração de contratos de responsabilização dos alunos (e encarregados de

educação) para adoção de atitudes que levem à aquisição de métodos de

trabalho produtivos e consequente sucesso educativo: por exemplo, o professor

(em colaboração com o Diretor de Turma) apresentará um documento (a assinar

pelo aluno e pelo encarregado de educação) com sugestões de medidas que o

aluno deverá tomar para melhorar os seus resultados.

Incentivo aos melhores alunos, bem como os delegados de turma, para

exercerem o papel de tutores/explicadores/motivadores dos alunos com

maiores dificuldades e com comportamentos inadequados na sala de aula.

Continuação da valorização pública do mérito escolar.

Uniformização de critérios e atuação pronta e eficaz em situações de indisciplina

na sala de aula e nos demais espaços escolares.

Criação de uma disciplina de oferta complementar (Formação Pessoal e Social)

que deve preferencialmente ser atribuída ao Diretor de Turma, de forma a

potenciar a resolução de situações de conflito e de indisciplina, a fomentar a

criação de hábitos e métodos de trabalho e a desenvolver nos alunos atitudes e

valores conducentes a uma sã convivência cívica dentro do espaço escolar e na

sociedade.

Acompanhamento regular dos alunos com comportamentos problemáticos pelo

Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) e, sempre que necessário, o seu

encaminhamento para os Serviços de Psicologia e Orientação do Agrupamento.

Comunicação da falta na hora, sobretudo nos primeiros tempos da manhã e da

tarde.

Implementação de um projeto eficaz de tutorias para alunos com graves

problemas comportamentais e níveis de absentismo.

Criteriosa distribuição do serviço docente, principalmente nas disciplinas sujeitas

ao processo de avaliação sumativa externa.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 62

3.2. Para a melhoria da supervisão pedagógica/práticas colaborativas

Promoção da articulação e sequencialidade entre os diferentes níveis/ciclos de

ensino.

Incremento do planeamento conjunto e produção comum de materiais didáticos

e de instrumentos diversificados de avaliação dentro de cada Área Disciplinar.

Melhoria do trabalho colaborativo, fomentando a interdisciplinaridade e a

partilha de práticas de sucesso.

Avaliação sistemática das estratégias de remediação e das medidas de apoio

implementadas.

Realização de reuniões mensais das Áreas Disciplinares para coordenar a

programação/lecionação dos conteúdos, partilhar experiências, delinear

estratégias conjuntas de ensino e aprendizagem, elaborar e partilhar testes de

avaliação e outros materiais didático-pedagógicos.

Implementação da observação de aulas, inicialmente a título voluntário, por

parte dos docentes da mesma Área Disciplinar, de forma a trocar experiências e

a aperfeiçoar a prática letiva.

3.3. Modalidades específicas de apoio educativo no Agrupamento

3.3.1. Apoio educativo ao 1.º ciclo dentro da sala de aula

Destinatário: alunos do 1.º ciclo que:

Revelam dificuldades em acompanhar o desempenho da turma, por este ser

de nível superior;

Manifestam falta de postura e de concentração.

Procedimentos:

No final do ano letivo, e em cada momento formal de avaliação sumativa, são

identificados pelos professores titulares os alunos que necessitam desta

modalidade de apoio. Esta identificação ficará expressa na ata de avaliação

da turma.

Após a decisão da atribuição deste apoio, o professor titular dá

conhecimento aos encarregados de educação do acompanhamento da turma

por um professor de apoio em sala de aula.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 63

Avaliação: a avaliação é da responsabilidade dos dois professore e deverá ser

expressa nas fichas individuais dos alunos.

3.3.2. Apoio educativo fora da sala de aula

Destinatários: alunos do 1.º ciclo do ensino básico que manifestam dificuldades

na aquisição e aplicação dos conteúdos lecionados na disciplina.

Procedimentos:

Tendo por base a análise das dificuldades do aluno, bem como os recursos

disponíveis pela Escola, deve o professor titular de turma propor a

modalidade de apoio viável. No caso de se optar pela modalidade de apoio

pontual (fora da sala de aula), os professores de apoio devem adequar o seu

horário ao dos alunos para o poderem realizar.

Após a decisão da atribuição deste apoio, deve o professor titular de turma

dar conhecimento do facto ao encarregado de educação e recolher a

respetiva concordância por escrito.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser expressa nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.3. Apoio ao estudo no 1.º ciclo

Destinatários: alunos do 1.º ciclo do ensino básico.

Procedimentos:

Apoiar os alunos na criação de métodos de estudo e de trabalho e no reforço

do apoio nas disciplinas de Português e Matemática.

Implementação dos planos de atividades de acompanhamento pedagógico.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser expressa nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.4. Apoio ao estudo no 2.º ciclo

Destinatários: alunos do 2.º ciclo do ensino básico.

Procedimentos:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 64

Tendo por base a análise das dificuldades do aluno, deve o conselho de

turma propor os alunos que evidenciam falta de métodos de estudo e de

trabalho e que necessitem prioritariamente de reforço de apoio nas

disciplinas de Português, Matemática e Inglês.

Após a decisão sobre a necessidade desse apoio, devem os Diretores de

Turma dar conhecimento do facto ao encarregado de educação e recolher a

respetiva concordância por escrito.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em

documento próprio, que se anexa à ata do Conselho de Turma, e nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.5. Conversão de horas de apoio ao estudo em apoio educativo no 2.º ciclo

Destinatários: alunos do 2.º ciclo do ensino básico.

Procedimentos:

Tendo por base a análise das dificuldades do aluno, deve o conselho de

turma propor os alunos que evidenciam falta de métodos de estudo e de

trabalho e necessitem prioritariamente de reforço de apoio nas disciplinas de

Português, Matemática e Inglês.

Das cinco horas de apoio ao estudo disponibilizadas aos alunos, três são

convertidas em apoio educativo a Português, Matemática e Inglês,

respetivamente, sendo lecionadas pelos professores destas disciplinas das

respetivas turmas.

Após a decisão sobre a necessidade desse apoio, devem os Diretores de

Turma dar conhecimento do facto ao encarregado de educação e recolher a

respetiva concordância por escrito.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em

documento próprio, que se anexa à ata do Conselho de Turma, e nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.6. Apoio educativo no 3.º ciclo

Destinatários: alunos do 3.º ciclo do ensino básico.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 65

Procedimentos:

Tendo por base a análise das dificuldades do aluno, deve o Conselho de Turma,

por proposta do respetivo docente, indicar prioritariamente os alunos que

evidenciam dificuldades nas disciplinas de Português, Matemática e Inglês. Após

a decisão da atribuição do apoio, devem os Diretores de Turma dar

conhecimento do facto ao encarregado de educação e recolher a respetiva

concordância por escrito.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em

documento próprio, que se anexa à ata do Conselho de Turma, e nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.7. Aulas extraordinárias de reforço curricular

Destinatários: alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

Todas as turmas do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Inglês.

Todas as turmas do 9.º ano de escolaridade na disciplina de Matemática.

Todas as turmas do 12.º ano na disciplina de Português.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser considerada na avaliação

do aluno nas respetivas disciplinas.

3.3.8. Salas específicas de estudo para o ensino secundário

Destinatários: alunos do ensino secundário.

Todas as turmas de Física e Química A dos 10.º e 11.º anos de escolaridade.

Todas as turmas Biologia e Geologia do 11.º ano.

Todas as turmas de Matemática A dos 10.º, 11.º e 12.º anos.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser considerada na avaliação

do aluno nas respetivas disciplinas.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 66

3.3.9. Apoio pedagógico personalizado a alunos com NEEs

Destinatários: alunos com NEE dos 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino

secundário.

Visa colmatar dificuldades de aprendizagem comprometedoras do processo de

ensino/aprendizagem e visa explicitar conteúdos insuficientemente apreendidos

na aula ou trabalhar competências deficitárias no desenvolvimento dos alunos.

Procedimentos: no final do ano letivo ou num momento formal de avaliação

sumativa, tendo por base a análise das dificuldades do aluno e o disposto no seu

programa educativo individual, deve o Conselho de Turma, por proposta do

respetivo docente, indicar fundamentadamente as disciplinas em que o aluno

beneficiará desta medida de apoio. Após a decisão sobre a atribuição desse

apoio, devem os Diretores de Turma dar conhecimento do facto ao encarregado

de educação e recolher a respetiva concordância por escrito.

Avaliação: avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em documento

próprio, que se anexa à ata do Conselho de Turma, e nas fichas individuais dos

alunos.

3.3.10. Programas de tutoria

Destinatários:

Alunos com absentismo e em risco de abandono escolar.

Alunos que manifestam dificuldades na organização da informação e que

necessitam de orientação no estudo e na gestão do tempo.

Alunos que revelam comportamentos condicionantes do processo

ensino/aprendizagem.

Procedimentos:

Em Conselho de Turma, são identificados os alunos que necessitam de apoio

nesta área, assim como o tipo de comportamento revelado;

O Conselho de Turma planifica as atividades adequadas para colmatar as

dificuldades e fundamenta a proposta.

O Diretor de Turma informa o encarregado de educação, recolhendo o seu

consentimento por escrito.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 67

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em

documento próprio, que se anexa à ata do Conselho de Turma, e nas fichas

individuais dos alunos.

3.3.11. Coadjuvação em sala de aula

Esta modalidade de apoio, para além do acompanhamento dos alunos com mais

dificuldades, permite valorizar as experiências e as práticas colaborativas que conduzam à

melhoria do ensino.

Destinatários: alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino

secundário.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser considerada na avaliação

do aluno nas respetivas disciplinas.

3.3.12. Acompanhamento extraordinário dos alunos nos 1.º e 2.º ciclos

Destinatários: alunos internos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade que, após as

reuniões de avaliação de final de ano, já com conhecimento e com a ponderação

dos resultados da 1.ª fase das provas finais, não tenham obtido aprovação.

Procedimentos:

Em Conselho de Professores Titulares de Turma/Conselho de Turma, são

identificados os alunos que necessitam deste apoio.

O Conselho de Professores Titulares de Turma/Conselho de Turma planifica

as atividades adequadas para colmatar as dificuldades e propõe a sua

calendarização, ficando o registo em ata da reunião.

Após a decisão deste apoio, o Professor Titular de Turma/Diretor de Turma

informa o encarregado de educação, recolhendo o seu consentimento por

escrito.

Avaliação: a avaliação deste tipo de apoio deverá ser evidenciada em

documento próprio elaborado pelo professor de apoio.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 68

3.4. Outras modalidades de apoio educativo no Agrupamento

3.4.1. Português língua não materna (PLNM)

Devem frequentar o PLNM os alunos que se encontrem no nível de iniciação ou no nível

intermédio. O PLNM é equivalente à disciplina de Português, tendo a mesma carga horária

desta disciplina. Se o Agrupamento reunir um número mínimo de 10 alunos, esses alunos não

frequentam a disciplina de Português.

Os alunos de PLNM são agrupados por nível de proficiência linguística e não por ciclo ou

nível de ensino, devendo os materiais didáticos a utilizar ser adequados à faixa etária dos

alunos.

Nos Agrupamentos em que não se reúna um número mínimo de 10 alunos, como é o

caso deste Agrupamento, os alunos existentes devem ser inseridos na disciplina de Português,

continuando, não obstante, a ser alunos de PLNM. Contudo, estes alunos devem ter atividades

de apoio individualizado ou em pequenos grupos de PLNM.

Sempre que o PLNM funcione como apoio, deverão ser aplicadas estratégias adequadas

ao nível de proficiência linguística do aluno, de forma a definir uma estratégia individualizada

de desenvolvimento de competências nesta área. No desenvolvimento deste trabalho, quando

o professor de Português da turma não é o professor de apoio de PLNM, deverá existir uma

estreita articulação entre ambos.

3.4.2. Sala de estudo/OPTE

A Sala de Estudo funciona como um espaço privilegiado para os alunos aproveitarem o

seu tempo livre de forma construtiva e enriquecedora. São, sobretudo, destinatários da sala de

estudo os alunos que voluntariamente a procurem para a realização dos seus

estudos/trabalhos, alunos que se encontrem sem aula devido à ausência do respetivo professor

e alunos a quem foi dada ordem de saída da sala de aula por motivos de ordem disciplinar.

Assim, durante os tempos livres, na ausência dos docentes e em outras situações em

que não estejam na sala de aula, os alunos podem realizar os trabalhos escolares e fazer a

revisão de matérias estudadas, bem como beneficiar de estudo acompanhado, individual e em

grupo, com o apoio de professores de várias disciplinas. Deve ser fomentado o acesso, entre

outros, a materiais escolares diversificados, fichas de exercícios e a exemplares de provas finais

e de exames de anos anteriores, de forma a ocupar os alunos e a permitir-lhes a consolidação

de conhecimentos nas diferentes disciplinas.

A utilização das salas de estudo deve obedecer ao Regimento elaborado

especificamente para esse efeito.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 69

3.4.3. Serviços de Psicologia e Orientação

Os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) são unidades especializadas de apoio,

integradas na rede escolar, que desenvolvem a sua ação nos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básicos e secundário. Asseguram, na prossecução das suas

atribuições, o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo do processo

educativo, bem como o apoio ao desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no

interior da escola e entre esta e a comunidade.

As atribuições fundamentais destes serviços englobam as seguintes vertentes:

contribuição para o desenvolvimento integral dos alunos e construção da sua identidade

pessoal; apoio aos alunos no seu processo de aprendizagem e de integração no sistema de

relações interpessoais da comunidade escolar; apoio de natureza psicológica e psicopedagógica

a alunos, professores, pais e encarregados de educação no contexto das atividades educativas,

tendo em vista o sucesso escolar, a efetiva igualdade de oportunidades e a adequação das

respostas educativas; colaboração com outros serviços competentes, designadamente os da

educação especial, na deteção de alunos com necessidades educativas especiais, a avaliação da

sua situação e o estudo das intervenções adequadas; promoção de ações específicas de

informação escolar e profissional, suscetíveis de ajudar os alunos a situarem-se perante as

oportunidades disponíveis, tanto no domínio dos estudos e formações como no das atividades

profissionais, favorecendo a indispensável articulação entre a escola e o mundo do trabalho;

desenvolvimento de ações de aconselhamento psicossocial e vocacional dos alunos, apoiando o

processo de escolha e o planeamento de carreiras.

Ficou patente, ao longo do ano anterior, a dificuldade que os Serviços de Psicologia e

Orientação têm em dar resposta às solicitações de todos estabelecimentos escolares do

Agrupamento, uma vez que o tempo de que dispõem é muito reduzido. Este facto compromete

a celeridade com que os procedimentos decorrem e a eficácia do acompanhamento das

situações sinalizadas. Na verdade, a atribuição da contratação de um técnico de psicologia

apenas com meio horário (20 horas semanais) é insuficiente para satisfazer as necessidades

deste Agrupamento.

Apesar da solicitação da Direção para que o Agrupamento pudesse contratar um técnico

a tempo inteiro, para o ano letivo de 2015/2016, tal não foi concedido, pelo que é necessário

definir prioridades de atuação e procurar respostas articuladas com os vários serviços que

outras entidades possam colocar à disposição do Agrupamento. Além de melhorar a articulação

interna de respostas às problemáticas, rentabilizando os vários serviços já existentes no

Agrupamento, é necessário alargar a colaboração com essas entidades externas que possam

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 70

garantir uma resposta mais alargada e mais eficaz. Assim, para além da colaboração dos

técnicos da CPCJ, o Agrupamento irá continuar a beneficiar do apoio a meio tempo de uma

psicóloga da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de

Vila Pouca de Aguiar que, para além de colaborar com a psicóloga contratada pelo

Agrupamento, prestará algumas horas no Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família.

3.4.4. Gabinete de apoio ao aluno e à família (GAAF)

A sala de aula exige disciplina e rigor que nem todos os alunos aceitam. A resistência às

normas que lhes são impostas nos vários espaços escolares conduz a situações de indisciplina e

de conflitos, por parte de alguns alunos, pelo que é fundamental encontrar respostas

cooperativas, atempadas e eficazes. É, portanto, indispensável, agir de imediato e sem vacilar.

Tendo sobretudo em linha de conta a necessidade da gestão de comportamentos e de

conflitos, o Agrupamento de Escolas criou, no ano letivo 2014/2015, o Gabinete de Apoio ao

Aluno e à Família, já amplamente conhecido por GAAF. Em boa hora o fez. O percurso já

percorrido tem-se revelado de grande utilidade em vários domínios.

O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) deve receber, acompanhar e auxiliar

todos os discentes, não só aqueles que a ele recorram como, também, os que sejam

encaminhados pelos assistentes operacionais e professores, vindos das salas de aula, recreio ou

outros espaços escolares.

Sempre que surja uma ocorrência disciplinar, os alunos envolvidos devem ser

encaminhados para o GAAF e, aí, ouvidos pelo técnico e/ou professor que se encontra no

Gabinete, dando início ao preenchimento do “relatório da ocorrência,” com o intuito de que os

alunos tomem consciência da atitude que motivou a perturbação que originou a medida.

De seguida, deve ser feita a leitura dos Deveres do Aluno para identificação da alínea

correspondente à infração, após o que lhe serão sugeridas estratégias de alteração do seu

comportamento. Consequentemente, a ocorrência deve ser comunicada ao Diretor de Turma.

Outras situações, como sejam a apresentação de queixa de algum colega por atitudes

incorretas, que terminem em agressões verbais e/ou físicas, devem também ser encaminhadas

para o GAAF, que tentará a resolução pacífica dos problemas, procurando mediar os conflitos

construtivamente de modo a que os alunos superem os seus pequenos diferendos.

Pretende-se que o GAAF procure dar, sempre que possível, resposta pronta às várias

solicitações apresentadas, de modo a que os alunos acreditem, verdadeiramente, que no

Gabinete encontram a solução para a resolução dos seus problemas.

É muito importante que o GAAF estabeleça laços de proximidade e de cumplicidade com

os alunos que o procuram, levando-os a sentir o Gabinete como um “porto de abrigo” onde

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 71

está sempre alguém disposto a ouvir, compreender e apoiar sem quebrar o direito ao sigilo e à

confidencialidade.

São muitas as situações que têm passado pelo GAAF e que este Gabinete tem

conseguido resolver com assinalável êxito. Entre elas, podem referir-se: o apuramento de

ocorrências nos vários espaços escolares e a sua imediata resolução; o encaminhamento de

alunos para espaços específicos com tarefas adequadas às circunstâncias; o contacto telefónico

com os pais/encarregados de educação para, em conjunto, resolver determinadas situações; a

celebração de compromissos para a mudanças de comportamentos e atitudes; o

encaminhamento de alunos para a sala de aula ou para a sala de estudo; o apuramento de

factos referenciados por qualquer elemento da comunidade educativa e que tenham ocorrido

dentro dos espaços da escola; a deteção e resolução de situações de absentismo.

Finalmente, importa referir a ação importante deste Gabinete na imediata comunicação

telefónica aos pais/encarregados das faltas dos alunos às aulas, com especial incidência no

primeiro tempo da manhã, prevenindo, assim, que o aluno não chegue a entrar no edifício

escolar. Esta ação do GAAF permite, assim, implementar outra medida, também criada no ano

letivo 2014/2015, designada por “comunicação da falta na hora”. Acresce dizer que a estreita

ligação deste Gabinete com a CPCJ, nomeadamente com o representante do Agrupamento de

Escolas nesta Comissão, permite resolver situações de maior complexidade familiar e evitar

situações de absentismo e de abandono escolar.

3.4.5. Disciplina de oferta complementar – Formação Pessoal e Social

Também com o objetivo primordial de promover o sucesso escolar, o Agrupamento de

Escola criou, para o ano letivo de 2015/2016, a disciplina de Formação Pessoal e Social. Esta

oferta complementar, que abrange todas as turmas dos 2.º e 3.º ciclos, apresentará uma

componente curricular transversal que se assuma como um “espaço privilegiado para o

desenvolvimento da educação para a cidadania, visando o desenvolvimento da consciência dos

alunos como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis,

críticos, ativos e intervenientes…”, e promova o desenvolvimento da autoestima, de regras de

sã convivência e do respeito mútuo que contribuam para o desenvolvimento de cidadãos

tolerantes e civicamente responsáveis.

Assim, no tempo letivo semanal dedicado à Formação Pessoal e Social, serão

trabalhados esses pilares a partir experiências, dinâmicas e práticas, proporcionando

momentos de reflexão sobre a vida da turma, da escola e da comunidade, como os princípios

democráticos que a orientam para o seu bom funcionamento, fomentando situações de diálogo

sobre situações vividas e ou preocupações sentidas pelos alunos, de forma a potenciar o

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 72

desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Será, também, um espaço privilegiado

para desenvolver competências no domínio da comunicação, na gestão de comportamentos, na

resolução de conflitos, na identificação e resolução de situações escolares mais problemáticas,

no aprofundamento da ligação com a família e na prevenção do absentismo e do abandono

escolar.

4. Estratégias de Sequencialidade entre Ciclos

A necessidade de garantir a sequencialidade das matérias e da articulação de conteúdos

entre os diferentes níveis de ensino está bem patente nos documentos emitidos pelo

Ministério da Educação. No entanto, reestruturações isoladas dos currículos dos diferentes

ciclos, o facto de a articulação entre disciplinas e ciclos se ter tornado um aspeto secundário

face a outras preocupações, tais como a garantia da qualidade científica dentro de cada

programa e o cumprimento de prazos e a forma isolada como os professores e as escolas têm

vindo a trabalhar são razões que comprometem a articulação entre ciclos.

4.1. Do Pré-escolar para o 1.º Ciclo

Nas reuniões de articulação realizadas no início do ano letivo, as educadoras dão a

conhecer os seus alunos, ressaltando as aprendizagens efetuadas, as regras já interiorizadas e

dão informação de trabalho desenvolvido, de forma a rentabilizar as aprendizagens futuras.

Estas reuniões de articulações têm continuidade regula ao longo do ano, com especial

incidência no final dos 1.º e 2.º períodos letivos.

As transições de nível de ensino têm sempre de ser feitas de forma gradual e

progressiva para que a criança não faça rejeição à nova etapa da sua vida escola. Pelo que estas

reuniões de articulação têm efeitos muito positivos nas aprendizagens dos alunos..

4.2. Do 1.º para o 2.º Ciclo

Esta transição – a fase mais difícil da vida escolar –, realiza-se a vários níveis:

Durante o ano letivo, é preparada uma atividade em que os alunos do 4.º ano

visitam as instalações específicas;

Ouvidos os professores do 4.º ano, uma comissão nomeada pela Direção elabora

as turmas do 5.º ano, na 2.ª semana de Julho;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 73

Seguidamente, o Sr. Diretor designa os futuros diretores de turma de 5.º ano,

com perfil adequado;

No início de Setembro, antes das aulas começarem, o Diretor de Turma realiza a

1.ª reunião de Conselho de Turma, onde passa todas as informações que já

possui sobre a turma que recebeu;

Logo no início de Setembro, é realizada uma reunião com os encarregados de

educação dos alunos de 5.º ano, para que estes percebam as regras e o

funcionamento do novo nível de ensino e ajudem a uma melhor transição do seu

educando.

4.3. Do 2.º para o 3.º Ciclo

Os alunos permanecem na mesma escola, os professores conhecem-se e trabalham ao

nível dos mesmos departamentos, realizando também reuniões de articulação nas disciplinas

com sequencialidade do 2.º para o 3.º ciclo (Português, Matemática e Inglês). No entanto, esta

transição revela-se difícil, devido a vários motivos:

O desenho curricular do 3.º ciclo comporta um elevado número de docentes (entre 12 a

14) e correspondente número de disciplinas ou áreas curriculares;

As áreas curriculares não disciplinares são lecionadas apenas por um docente;

As exigências ao nível do 3.º ciclo são distintas do 2.º ciclo;

Os alunos, no 3.º ciclo, atravessam fases complicadas, de construção de personalidade,

muitas vezes em conflito com os adultos à sua volta;

À medida que o aluno vai crescendo, o encarregado de educação torna-se menos ativo e

menos presente no percurso educativo.

Ao nível do 7.º ano verifica-se um aumento significativo no insucesso escolar.

Na passagem do 2.º para o 3.º ciclo, há vários procedimentos que devem ser

executados, nomeadamente:

- Ao nível dos departamentos curriculares e áreas disciplinares, é feita uma avaliação

das metodologias usadas nos 2.º e 3.º ciclos, de forma a não criar grandes ruturas entre os 6.º e

o 7.º anos (articulação);

- O Diretor de Turma do 7.º ano recebe, do ex-diretor de turma do 6.º ano, todas as

informações importantes em relação à turma. Competirá ao Diretor de Turma informar destes

factos todo o Conselho de Turma.

4.4. Do 3.º Ciclo para o Secundário

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 74

A transição do 3.º Ciclo para o Secundário afigura-se como muito problemática para a

maioria dos alunos. Os principais indicadores da falta de articulação entre os dois níveis de

ensino são as elevadas taxas de insucesso no 10.º ano e a falta dos pré-requisitos dos alunos

que ingressam no Ensino Secundário, nomeadamente a nível das competências em Língua

Materna. São evidentes o elevado número de retenções no 10.º ano e as diferenças que os

alunos sentem ao nível da exigência e ao nível da complexidade dos conteúdos. O abandono

escolar no 10.º ano está, de alguma forma, relacionado com a dificuldade encontrada na

conclusão do Ensino Básico e com o receio de uma penosa frequência do Ensino Secundário.

Geralmente, as razões apontadas por alunos e professores para esta situação diferem

entre si. Na opinião dos alunos, o insucesso estaria relacionado com o maior grau de exigência

da avaliação, a dificuldade das matérias e o facto de os assuntos tratados serem

completamente novos. Na opinião dos professores, as causas para as dificuldades residem na

extensão dos programas, na falta de tempo para a consolidação dos conteúdos lecionados e

para o desenvolvimento de competências e nos problemas inerentes aos próprios alunos como

métodos de estudo, capacidade de relacionarem conteúdos e mobilizarem saberes, atitude na

sala de aula, autonomia, responsabilidade e criatividade.

A consciência de que só um trabalho colaborativo entre os professores do secundário e

os do 3.º ciclo da sua área de influência poderia diminuir este problema levou à implementação

de estratégias de Sequencialidade. Têm como objetivos colmatar as dificuldades na

sequencialidade/articulação entre o 3.º ciclo do ensino básico e o ensino secundário, refletir

nos departamentos sobre a gestão do processo ensino aprendizagem de forma a definir

estratégias de atuação, proceder a uma sistemática avaliação das práticas e promover formas

de comunicação que permitam uma verdadeira participação e parceria. Portanto, pretende-se,

por um lado, diminuir as dificuldades apresentadas pelos alunos à entrada no ensino

secundário e, por outro lado, proporcionar condições para a melhoria das classificações,

aumentando dessa forma o sucesso e a qualidade do sucesso. Conscientes da importância do

trabalho colaborativo e da manutenção de um espírito aberto à mudança, são valorizadas a

troca de experiências e opiniões que sugiram novas estratégias de trabalho, com vista à

melhoria da atuação conjunta, num projeto que é pertença de todos.

Para a concretização dos objetivos foi criado e implementado o seguinte plano de ação:

O trabalho começa com a análise dos conteúdos do programa e das relações existentes entre

eles. A partir desta análise, foram definidos os critérios gerais para a organização e

sequenciação dos conteúdos e atividades, elencadas as aquisições essenciais e clarificados os

pré-requisitos de cada Unidade Temática. Tal procedimento constituiu-se como fundamental

para definir o núcleo de aquisições essenciais que os alunos devem revelar no final do 9º ano.

Foram ainda identificadas as dependências mútuas existentes em termos de conteúdos das

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 75

várias disciplinas que fazem parte do currículo e assegurada a calendarização da lecionação das

mesmas nas respetivas planificações. Neste trabalho em equipa foi também acertado o tipo de

tarefas a realizar com os alunos, o grau de aprofundamento das noções a ensinar, a

nomenclatura utilizada e o tipo de abordagem (mais ou menos prática, conforme a natureza

das disciplinas). Seguem-se então as reuniões com os membros de cada grupo disciplinar, nas

quais são apreciadas e acordadas as listagens preparadas no seio dos grupos disciplinares de

cada ciclo de ensino tendo em conta: a) a necessidade de identificar os pré-requisitos

necessários à entrada do ensino secundário que não se encontram presentes na listagem de

aquisições essenciais a desenvolver no 9.º ano; b) a definição das aquisições essenciais que,

embora não estejam previstas no 9.º ano, possam vir a ser garantidas ainda nesse ano; c) o

elencar das aquisições cujo desenvolvimento não possa ser garantido no 9.ºano e que, por isso,

têm de ser trabalhadas num módulo inicial a prever no 10.º ano.

Com base neste acordo são criados documentos de registo com os pré-requisitos a

adquirir pelos alunos, que denominamos “Grelhas de verificação”. Estas grelhas permitem

sinalizar as dificuldades concretas dos alunos, situação indispensável à definição de um plano

de acompanhamento que garanta a aquisição dos pré-requisitos à entrada no Ensino

Secundário. Os diferentes grupos decidem sobre a possível realização de um teste comum, a

aplicar no final do 9.º ano, com o objetivo de avaliar os conhecimentos dos alunos no final de

ciclo.

O acompanhamento do processo inicia-se com a verificação dos documentos

produzidos na fase preliminar e à elaboração dos documentos necessários à implementação do

projeto (listagens de aprendizagens essenciais e planificações). Os professores de cada Área

Disciplinar asseguram a aplicação dos documentos produzidos e fazem a inventariação dos

recursos materiais e humanos necessários em cada escola. Durante a implementação do

projeto, é feito o acompanhamento do Currículo, a avaliação final dos alunos e a sinalização dos

casos que necessitam de apoio no ano letivo seguinte. Para o efeito, os representantes de

disciplina deverão:

Garantir a aplicação das grelhas de verificação (uma por turma) durante o ano

letivo e do teste comum (caso tenha sido acordado), com vista à verificação do

nível de aquisição das aprendizagens essenciais;

Assegurar dispositivos de ajuda aos professores nas situações em que sejam

postas em causa as aprendizagens essenciais. Tal apoio pode concretizar-se, por

exemplo, através da assessoria por outros professores (na sala de aula) e da

ajuda na produção/enriquecimento de materiais didáticos;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 76

No final do ano letivo, entregar as listas de verificação à Direção do

Agrupamento, com a sinalização dos pré-requisitos não adquiridos pelos alunos.

As grelhas de verificação, entregues no final do ano letivo, com a sinalização dos

pré-requisitos (conteúdos/competências) não adquiridos pelos alunos, permitem

recolher informação que é disponibilizada: a) aos Coordenadores de

Departamento (relatório por disciplina), b) aos Diretores de Turma (relatório por

turma) e c) aos professores das disciplinas de 10º ano (relatório por professor).

Os documentos criados permitem: a) analisar em Departamento as dificuldades mais

sinalizadas e a sua distribuição por turma; b) contribuir para a caracterização dos alunos no

âmbito do Projeto Curricular de Turma; c) planear o trabalho a desenvolver em cada turma de

forma mais ajustada. Simultaneamente, os representantes de disciplina devem assegurar que

as planificações respeitem os pré-requisitos previamente definidos e que integrem as

aquisições que sendo pré-requisitos, não puderam ser garantidas até ao final do 9.º ano.

Estão previstos dois momentos de avaliação do plano: a avaliação intermédia, que

corresponde ao processo de acompanhamento, e a avaliação final em que é feito o

levantamento das dificuldades dos alunos e a elaboração de um relatório onde constem a

síntese avaliativa do plano de ação e as recomendações futuras.

Enquanto no primeiro ano de implementação, a intervenção imediata visa o 9.º ano de

escolaridade, a partir no segundo ano, a intervenção terá que comtemplar sempre duas

situações: por um lado, o 10.º ano para dar continuidade à articulação com os alunos que

tinham sido alvo de acompanhamento durante o 9º ano no ano letivo anterior e, por outro

lado, o 9.º ano para um novo ciclo de articulação. A operacionalização deste processo não

dispensa a realização de duas reuniões em plenário, uma no início e outra no final do ano

letivo, e de reuniões intermédias por grupo disciplinar (pelo menos uma por período letivo).

Embora seja desejável por razões óbvias que os professores representantes de Área

Disciplinar se mantenham ao longo dos anos, na realidade isso nem sempre acontece, pelo que

se torna necessário integrar os novos colegas no início de cada ano letivo. A partir do segundo

ano de implementação, na primeira reunião em plenário de cada ano letivo, os Coordenadores

de Área Disciplinar:

Divulga o número e a proveniência dos alunos matriculados no 10.º ano de

escolaridade e informa acerca da diversidade e aplicabilidade dos documentos

criados a partir das grelhas de verificação recolhidas;

Disponibiliza a todos os docentes da respetiva disciplina as respetivas grelhas de

verificação utilizadas no ano letivo anterior, para que as analisem e procedam às

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 77

retificações que entendam necessárias, tendo sempre em atenção o grau de

aprofundamento das matérias, a terminologia utilizada e a interdisciplinaridade.

Cada grupo de trabalho deve definir em conjunto dinâmicas internas de funcionamento

no que diz respeito às formas de trabalho a desenvolver nas reuniões intermédias, a fim de

monitorizarem as aprendizagens conseguidas pelos alunos no que se refere às aquisições

essenciais e para discutirem estratégias de atuação para os casos em que se constatem

dificuldades, evitando assim o acumular das mesmas. Estas devem passar pelo reforço das

aprendizagens na sala de aula, sempre que possível (reestruturando a planificação), ou, no caso

dessa situação se tornar inviável, o reforço das aprendizagens em espaços de próprios (reforço

educativo), com utilização da informação proveniente das grelhas de verificação e permitindo

que num mesmo espaço possam estar alunos de diferentes turmas, mas com dificuldades de

aprendizagem nas mesmas matérias, de forma a rentabilizar os recursos.

5. Projetos, Clubes e Parcerias

No desenvolvimento do seu Projeto Educativo, o Agrupamento pode proporcionar

atividades de enriquecimento, de caráter facultativo e de natureza eminentemente lúdica e

cultural incidindo em diferentes domínios, com repercussão na formação dos alunos e da

comunidade educativa.

Assim, o Agrupamento promove atividades de enriquecimento desenvolvidas nos seus

tempos livres nos vários Projetos e Clubes, orientadas para a sua formação integral e realização

pessoal, nomeadamente:

No âmbito do Agrupamento:

o História e Etnografia local;

o Arte e Culinária;

o Jardim Botânico;

o Horta/Jardim Pedagógico;

o Projeto Oficina de Ciência;

o Revista do Agrupamento;

o Equitação Terapêutica e Hipoterapia;

o Criação de Espaços Verdes nas Escolas do Agrupamento;

o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família;

o Equipa TIC;

o Clube de Manutenção;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 78

o Clube de Teatro;

o Clube de Ornitologia;

No âmbito Local:

o Projeto RESINORTE.

o A Fotografia no Tempo dos teus Avós.

o O Granito e a Nossa Terra;

o Solidariedade e Voluntariado;

No âmbito Nacional:

o O Pilhão vai à Escola;

o Parlamento Jovem - Ensino Secundário;

o Desporto Escolar;

o Projeto de Educação para a Saúde.

No âmbito Internacional:

o Projeto Erasmus+;

o Clube Europeu.

o Projeto “Everyone”.

Relativamente às Parcerias, é importante que se tome consciência de que a escola é um

microcosmo que, apesar de alguma autonomia, não é autossuficiente.

Para o estabelecimento de parcerias e o seu desenvolvimento positivo e harmonioso, o

Agrupamento deverá ser capaz de solicitar ajuda e trabalhar com empresas e organismos

locais, de modo a estudar formas de cooperação e de articulação, entre a formação académica

e o mundo do trabalho.

A escola deverá envolver-se positivamente com o meio circundante e proporcionar

situações diversificadas de aprendizagem, que incluam o contacto direto com a realidade

económica, cultural e social, a realização de pequenas investigações e experiências reais para

que todos se vão tornando observadores ativos, com capacidade para descobrir, investigar,

experimentar e aprender.

Nas parcerias, deverá também promover-se a articulação de recursos, a nível regional,

de modo a convergir no sentido da elevação dos padrões de qualidade, de rentabilidade dos

recursos, de articulação pedagógica entre os diferentes ciclos e, consequentemente, na

redução do isolamento cultural e social da comunidade escolar.

Page 79: PLANO DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO DO … · Avaliação do Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo ... Educação Especial 9 0 0 9 Educadoras Infância 11 1 0 12 1.º Ciclo

Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 79

O Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar tem sido membro parceiro de

múltiplos Projetos com entidades, instituições e associações e, também, com outras escolas,

mesmo de outros países, ao longo dos últimos anos.

Com as parcerias, pretender-se uma maior mobilização de recursos específicos, tendo

em vista, entre outros, os seguintes objetivos:

Promover a melhoria das aprendizagens em todos os domínios do currículo;

Estimular práticas de partilha e de divulgação de experiências bem-sucedidas;

Apoiar o desenvolvimento de projetos específicos, a articulação de recursos, a

produção de materiais pedagógicos adequados;

Promover a resolução conjunta de problemas comuns e a adequação dos

recursos existentes;

Obter recursos e apoio logístico no desenvolvimento de projetos;

Diagnosticar as características e a evolução do meio envolvente das escolas.

Pretende-se, ainda, enriquecer a experiência pessoal e desenvolver um sentido mais

forte de partilha. As estratégias e atividades serão acordadas entre o Agrupamento de Escolas e

as instituições parceiras.

O Agrupamento de Escolas tem parcerias e protocolos de colaboração com:

Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar;

Juntas de Freguesia do concelho;

Universidade Sénior das Terras de Aguiar;

Centro de Treinos Municipal (CTM) de Vila Pouca de Aguiar;

Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar;

Centro Social Nossa Senhora do Extremo, de Tourencinho;

Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas;

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Pouca de Aguiar;

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD);

Escola Segura;

CLDS – 3G;

Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar;

Núcleo dos Serviços da Segurança Social de Vila Pouca de Aguiar.

Biblioteca Municipal de Vila Pouca de Aguiar;

Empresas parceiras da Formação em Contexto Trabalho;

Empresas parceiras da Prática Simulada;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 80

Guarda Nacional Republicana de Vila Pouca de Aguiar;

Guarda Nacional Republicana de Pedras Salgadas;

Centro Social e Paroquial de Vila Pouca de Aguiar;

Biblioteca Municipal de Vila Pouca de Aguiar;

Centro Social e Paroquial de Vila Pouca de Aguiar;

Associação Cultural Desportiva Assistencial e Recreativa de Vila Chã.

6. Serviço Técnico-Pedagógico: Biblioteca Escolar

A Biblioteca Escolar integra o Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares dos

Ministérios da Educação e da Cultura.

Princípios:

Aplicar o conjunto de princípios e orientações que constituem a base conceptual

do Programa Rede de Bibliotecas Escolares.

Desenvolver a sua ação conforme o estabelecido no Projeto Educativo e as

orientações definidas pelos Órgãos de Gestão do Agrupamento.

Garantir o respeito pela privacidade dos dados de utilização da Biblioteca Escolar

e dos seus recursos.

Valorizar e contribuir para uma cultura de proteção dos direitos de autor e

propriedade intelectual.

Objetivos:

Desenvolver e aprofundar, nos membros da comunidade educativa, uma cultura

cívica, científica, tecnológica e artística enquanto formas de estar e ser

consciente e livre no mundo.

Proporcionar oportunidades de contacto com informações, conhecimentos e

confronto de ideias, experiências e opiniões diversificadas.

Criar e desenvolver hábitos e gosto pela leitura, utilização das Bibliotecas e

aprendizagem ao longo da vida.

Impulsionar a formação integral do indivíduo numa perspetiva interdisciplinar de

acordo com os objetivos e currículo da escola.

Contribuir para a promoção da inovação pedagógica e implementação de novas

modalidades na estruturação das situações de ensino-aprendizagem.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 81

Apoiar a comunidade educativa na aprendizagem e na prática de competências

de literacia da informação, visando a seleção, utilização e produção da

informação escrita, digital e multimédia.

Disponibilizar espaços e condições adequados à realização de atividades de

estudo e de lazer.

Dotar a Escola de um fundo documental diversificado, atualizado, adequado às

necessidades da escola e da comunidade educativa e organizado segundo

normas técnicas normalizadas.

Dinamizar os registos de memória da escola e do meio envolvente, contribuindo

para reforçar a identidade da escola e da comunidade local.

Apoiar estratégias de ligação da escola à comunidade e estabelecimento de

parcerias com outras instituições.

Serviços:

Seleção, gestão, tratamento técnico, preservação e disponibilização de fundo

documental adequado às diferentes necessidades da escola e seus utilizadores.

Empréstimo domiciliário de documentos aos membros da comunidade

educativa.

Empréstimo inter-bibliotecas a instituições integrantes da RBE e da Rede de

Leitura Pública.

Apoio documental a atividades curriculares e extracurriculares.

Serviços de referência documental aos utilizadores da BE.

Disponibilização do catálogo do fundo documental para pesquisas on-line e

presencial.

Acesso à internet, leitura de documentação impressa, audiovisual e multimédia.

Apoio e realização de eventos ligados à promoção da leitura de obras científicas

e literárias.

Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual

de autoavaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas

Escolares (GRBE).

Equipa da biblioteca escolar:

No nosso Agrupamento existe uma equipa que coadjuva os professores

bibliotecários, nos termos definidos no regulamento interno.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 82

Os docentes que integram a equipa da biblioteca escolar são designados pelo

Diretor do Agrupamento de entre os que dispõem de competências nos

domínios pedagógico, de gestão de projetos, de gestão da informação, das

ciências documentais e das tecnologias de informação e comunicação.

Na constituição da equipa da biblioteca escolar, deve ser ponderada a

titularidade de formação de base que abranja as diferentes áreas do

conhecimento de modo a permitir uma efetiva complementaridade de saberes.

6.1. Designação de professores Bibliotecários

A designação de professores Bibliotecários obedece ao estipulado na Portaria n.º 192-

A/2015.

Competências/funções da Coordenadora

A Professora a quem compete coordenar a gestão, o planeamento e a organização da

Biblioteca quer no que respeita à utilização e tratamento da informação, quer nos domínios

pedagógico, administrativo e de pessoal, tem as seguintes funções:

Escolher, em articulação com a Direção, a equipa da BE;

Propor à Direção a distribuição do crédito horário atribuído;

Apresentar o Plano de Atividades da Biblioteca para cada ano;

Estabelecer e aplicar critérios de organização e funcionamento;

Propor a política de aquisições da Biblioteca e coordenar a sua execução;

Assegurar a classificação, catalogação e indexação de documentos sob forma

textual, sonora, visual ou outra, adotando sistemas adequados;

Promover a utilização da Biblioteca no contexto do Projeto Educativo da Escola,

quer em atividades de complemento curricular, quer de ocupação dos tempos

livres;

Promover a difusão do fundo documental;

Conceber e realizar atividades de incentivo à leitura e de dinamização dos

recursos audiovisuais e informáticos;

Articular a sua atividade com os Professores, com as estruturas e serviços de

Orientação Educativa;

Estar presente no Conselho Pedagógico;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 83

Articular ações com a rede de leitura pública e propor o estabelecimento de

parcerias com as autarquias e outras entidades;

Gerir o orçamento da Biblioteca em colaboração com os Serviços Administrativos

e a Direção;

Proceder à supervisão e avaliação de todas as atividades.

Proceder à autoavaliação da Biblioteca escolar e apresentar um relatório final.

Funções principais:

Promover a integração da biblioteca na escola (projeto educativo, projeto

curricular, regulamento interno);

Assegurar a gestão da biblioteca e dos recursos humanos e materiais a ela

afetos;

Definir e operacionalizar, em articulação com a Direção, as estratégias e

atividades de política documental da escola;

Coordenar uma equipa, previamente definida com a Direção;

Favorecer o desenvolvimento das literacias, designadamente da leitura e da

informação, e apoiar o desenvolvimento curricular;

Promover o uso da biblioteca e dos seus recursos dentro e fora da escola.

Horário de funcionamento:

A BE/CRE do nosso Agrupamento funciona, assegurada pelos elementos da Equipa, das

8.30h às 17.00h.

Programa para as literacias

Este programa, coordenado pela professora bibliotecária, pretende perseguir os

mesmos objetivos do Plano Nacional de Leitura que toma como referência alguns princípios

essenciais que levam a resultados mais positivos no domínio da promoção das literacias.

Objetivos:

Promover a leitura, assumindo-a como fator de desenvolvimento individual e de

progresso coletivo.

Criar um ambiente social favorável à leitura.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 84

Inventariar e valorizar práticas pedagógicas e outras atividades que estimulem o

prazer de ler entre crianças, jovens e adultos.

Criar instrumentos que permitam definir metas cada vez mais precisas para o

desenvolvimento da leitura.

Enriquecer as competências dos atores sociais, desenvolvendo a ação de

professores e de mediadores de leitura, formais e informais.

Consolidar e ampliar o papel da Rede de Bibliotecas Públicas e da Rede de

Bibliotecas Escolares no desenvolvimento de hábitos de leitura.

Atingir resultados gradualmente mais favoráveis em estudos nacionais e

internacionais de avaliação das literacias.

Sempre que possível, os vários níveis de ensino seguirão as orientações que sustentam

os programas contemplados no Plano Nacional de Leitura, uma vez que a consecução das

metas que o Agrupamento pretende atingir exige leitores e escritores competentes, capazes de

intervir na aldeia global em que vivemos. Assim, a equipa da Biblioteca Escolar, em estreita

articulação com os professores e demais agentes educativos e parceiros sociais, desenvolverá

várias atividades que visarão a promoção do sucesso educativo, estreitamente ligado às

competências leitoras dos indivíduos.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 85

Capítulo III -Avaliação de processos e de resultados

1. Avaliação dos Alunos

A avaliação constitui um processo regulador do ensino, orientador do percurso escolar e

certificador dos conhecimentos adquiridos e capacidades desenvolvidas pelo aluno. A avaliação

tem por objetivo a melhoria do ensino através da verificação dos conhecimentos adquiridos e

das capacidades desenvolvidas nos alunos e da aferição do grau de cumprimento das metas

curriculares globalmente fixadas para os níveis de ensino básico e secundário. Esta verificação

deve ser utilizada por professores e alunos para, em conjunto, melhorar o ensino e suprir as

dificuldades de aprendizagem. A avaliação tem ainda por objetivo conhecer o estado do ensino,

retificar procedimentos e reajustar o ensino das diversas disciplinas aos objetivos curriculares

fixados.

Na avaliação dos alunos intervêm todos os professores envolvidos, assumindo particular

responsabilidade neste processo o professor titular de turma, no 1.º ciclo, e nos 2.º e 3.º ciclos

do ensino básico e no ensino secundário, os professores que integram o conselho de turma,

sem prejuízo da intervenção de alunos e encarregados de educação.

1.1. Modalidades de Avaliação e suas Funções

1.1.1. Avaliação Diagnóstica

Esta modalidade de avaliação conduz à adoção de estratégias de diferenciação

pedagógica e contribui para elaborar, adequar e reformular o Programa de Atividades da

Turma, facilitando a integração escolar do aluno, apoiando a orientação escolar e vocacional.

Pode ocorrer em qualquer momento do ano letivo quando articulada com a avaliação

formativa. Desempenha um papel importante no quadro da avaliação de competências.

1.1.2. Avaliação Formativa

A avaliação formativa é a principal modalidade de avaliação, assume carácter contínuo e

sistemático e visa a regulação do ensino e da aprendizagem, recorrendo a uma variedade de

instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens e dos

contextos em que ocorre. Fornece ao professor, ao aluno, ao Encarregado de Educação e aos

restantes intervenientes informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens e das

competências de modo a permitir rever e melhorar os processos de trabalho.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 86

1.1.3. Avaliação Sumativa

Consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o desenvolvimento das

aprendizagens do aluno e das competências definidas para a disciplina e área curricular.

Avaliação Sumativa Interna

A avaliação sumativa interna é da responsabilidade dos professores e dos órgãos de

gestão pedagógica da escola. Esta modalidade de avaliação ocorre no final de cada período

letivo, de cada ano letivo e de cada ciclo. É da responsabilidade do Conselho de Turma ou, no

caso do 1º ciclo, do professor titular da turma em articulação com o respetivo Conselho de

Docentes.

A avaliação sumativa interna tem como finalidades:

Informar o aluno e o seu encarregado de educação sobre o desenvolvimento das

aprendizagens e competências definidas para cada disciplina e área curricular;

Tomar decisões sobre o percurso escolar do aluno.

A Avaliação sumativa interna, no final do 3.º período, implica:

A apreciação global das aprendizagens realizadas e das competências

desenvolvidas pelo aluno ao longo do ano letivo;

A decisão sobre a transição de ano, exceto nos casos em que a aprovação

depende ainda da avaliação sumativa externa.

Avaliação Sumativa Externa

A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do

Ministério da Educação e Ciência designados para o efeito, é concretizada através da realização

de provas e de exames finais nacionais.

1.1.4. Autoavaliação

Para a autoavaliação, os alunos devem proceder à avaliação das suas aprendizagens e

desempenhos, em suporte escrito, no final de cada período. A avaliação prevista é realizada

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 87

através do preenchimento de uma grelha de avaliação global das aprendizagens cognitivas

socioculturais.

1.1.5. Avaliação Intercalar

Na avaliação intercalar, para que os Diretores de Turma/professores titulares de turma

possam prestar informações aos encarregados de educação sobre a consecução das

aprendizagens dos seus educandos, torna-se necessário que possam dispor de elementos

informativos objetivos, claros e completos relativamente aos alunos da turma que coordenam.

Para isso, cada docente deverá informar o Conselho de Turma sobre a situação escolar de cada

aluno, que deverá ficar registada em ata. Cabe ao Conselho de Turma, mediante as informações

fornecidas, decidir sobre o encaminhamento do aluno para um Plano de Acompanhamento

Pedagógico (PAP).

1.2. Instrumentos de avaliação - Orientações

O Conselho Pedagógico, ouvidos os Departamentos, delibera anualmente sobre a

realização de testes intermédios de avaliação externa.

Não deverão ser realizados testes escritos na última semana de aulas de cada período

letivo, salvo em situações excecionais e após a concordância da maioria dos alunos da turma.

Os testes deverão ser marcados na presença dos alunos e registados no livro de ponto

da turma.

Só a título excecional, e após concordância da maioria dos alunos da turma, poderão ser

realizados dois testes escritos no mesmo dia.

As matrizes dos testes deverão ser divulgadas aos alunos, com a antecedência mínima

de cinco dias úteis. Essa divulgação deverá ser registada no livro de ponto da turma.

Salvo em casos excecionais, e por motivos não imputáveis ao professor, deverá ser feita

a devolução aos alunos dos instrumentos e produtos da avaliação, corrigidos e classificados,

num prazo máximo de dez dias úteis, sempre que possível, no horário normal da disciplina.

A entrega e a correção de qualquer teste de avaliação devem ser efetuadas antes da

realização do teste seguinte.

Os professores deverão proceder à apresentação, perante os alunos, da correção dos

testes escritos de avaliação, de forma oral ou por escrito. Os professores deverão ainda

orientar os alunos com vista à realização de medidas de promoção do sucesso escolar.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 88

Uma vez que a avaliação formativa deve ser feita de forma contínua, ou seja, em todas

as aulas, todos os docentes deverão fazer um registo dos elementos de avaliação obtidos nas

aulas, tanto no domínio cognitivo, como no domínio socio afetivo.

1.3. Parâmetros/Critérios de Avaliação

1.3.1. Parâmetros de avaliação na Educação Pré-Escolar

A avaliação em educação é um elemento integrante e regulador da prática educativa,

em cada nível de educação e ensino e implica princípios e procedimentos adequados às suas

especificidades. O currículo em educação de infância é concebido e desenvolvido pelo

educador, através da planificação, organização e avaliação do ambiente educativo, bem como

das atividades e projetos curriculares, com vista à construção de aprendizagens integradas. A

organização do ambiente educativo, como suporte do trabalho curricular e da sua

intencionalidade, compreende a organização do grupo, do espaço e do tempo, a relação com os

pais e outros parceiros educativos.

A avaliação na Educação Pré-Escolar assume uma dimensão marcadamente formativa,

desenvolvendo-se num processo contínuo e interpretativo que procura tornar a criança

protagonista da sua aprendizagem, de modo a que vá tomando consciência do que já

conseguiu, das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando.

A avaliação formativa é um processo integrado que implica o desenvolvimento de

estratégias de intervenção adequadas às características de cada criança e do grupo, incide

preferencialmente sobre os processos, entendidos numa perspetiva de construção progressiva

das aprendizagens e de regulação da ação. Avaliar assenta na observação contínua dos

progressos da criança, indispensável para a recolha de informação relevante, como forma de

apoiar e sustentar a planificação e o reajustamento da ação educativa, tendo em vista a

construção de novas aprendizagens. A avaliação formativa constitui-se, assim, como

instrumento de apoio e de suporte da intervenção educativa, ao nível do planeamento e da

tomada de decisões do educador.

Enquadramento Normativo

As principais orientações normativas relativas à avaliação na Educação Pré-Escolar estão

consagradas no Despacho nº 5220/97 de 4 de Agosto (Orientações Curriculares para a

Educação Pré-Escolar) e no Ofício Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, de 17 de Outubro da

DGIDC (Gestão do Currículo na Educação Pré-escolar). As orientações neles contidas articulam-

se com o Decreto-Lei n.º 241/2001 de 30 de Agosto (Perfil Específico de Desempenho

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 89

Profissional do Educador de Infância), devendo também ter em consideração as Metas de

Aprendizagem definidas para o final da educação pré-escolar.

De acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, avaliar o

processo e os efeitos, implica tomar consciência da ação para adequar o processo educativo às

necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. A avaliação realizada com as crianças é

uma atividade educativa, constituindo também uma base de avaliação para o educador. A sua

reflexão, a partir dos efeitos que vai observando, possibilita-lhe estabelecer a progressão das

aprendizagens a desenvolver com cada criança. Neste sentido, a avaliação é suporte do

planeamento.

O educador avalia, numa perspetiva formativa, a sua intervenção, o ambiente e os

processos educativos adotados, bem como o desenvolvimento e as aprendizagens de cada

criança e do grupo. Por outro lado, a conceção de Metas de Aprendizagem como instrumento

de apoio à gestão do currículo permite identificar as competências e desempenhos esperados

das crianças, facultando um referencial comum que será útil aos educadores de infância para

planearem processos, estratégias e modos de progressão para que todas as crianças possam ter

realizado aprendizagens em cada área de conteúdo, antes de ingressarem no 1º ciclo do ensino

básico (CEB). Nesta perspetiva, a avaliação deverá ser encarada como monitorização dos

processos das aprendizagens efetuadas pelas crianças.

Finalidades

A avaliação, enquanto elemento integrante e regulador da prática educativa, permite

uma recolha sistemática de informação que, uma vez analisada e interpretada, sustenta a

tomada de decisões adequadas e promove a qualidade das aprendizagens. A reflexão, a partir

dos efeitos que se vão observando, possibilita estabelecer a progressão das aprendizagens a

desenvolver com cada criança, individualmente e em grupo, tendo em conta a sua evolução.

Assim, a avaliação tem como finalidade:

contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha

sistemática de informação que permita ao educador regular a atividade

educativa, tomar decisões, planear a ação;

refletir sobre os efeitos da ação educativa, a partir da observação de cada

criança e do grupo de modo a estabelecer a progressão das aprendizagens;

recolher dados para monitorizar a eficácia das medidas educativas definidas no

Programa Educativo Individual (PEI);

promover e acompanhar processos de aprendizagem, tendo em conta a

realidade do grupo e de cada criança, favorecendo o desenvolvimento das suas

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 90

competências e desempenhos, de modo a contribuir para o desenvolvimento de

todas e da cada uma;

envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, que lhe

permita, enquanto protagonista da sua aprendizagem, tomar consciência dos

progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;

conhecer a criança e o seu contexto, numa perspetiva holística, o que implica

desenvolver processos de reflexão, partilha de informação e aferição entre os

vários intervenientes – pais, equipa e outros profissionais – tendo em vista a

adequação do processo educativo. Também o ambiente educativo se constitui

como fator essencial do processo de avaliação. A organização do ambiente

educativo, traduzido em contextos de aprendizagem, e a intencionalidade

pedagógica, refletida nas situações e oportunidades educativas proporcionadas

às crianças, bem como as características do seu ambiente familiar e sociocultural

são elementos essenciais, a considerar no processo avaliativo.

Princípios

A avaliação assenta nos seguintes princípios:

carácter holístico e contextualizado do processo de desenvolvimento e

aprendizagem da criança;

coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à

organização e gestão do currículo;

utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados;

carácter formativo;

valorização dos progressos da criança;

promoção da igualdade de oportunidades e equidade.

Processo de Avaliação

Avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica realizada pelo educador no início do ano letivo tem em vista a

caracterização do grupo e de cada criança. Com esta avaliação, pretende-se conhecer o que

cada criança e o grupo já sabem e são capazes de fazer, as suas necessidades e interesses e os

seus contextos familiares que servirão de base para a tomada de decisões da ação educativa,

no âmbito projeto curricular de grupo. A avaliação diagnóstica pode ocorrer em qualquer

momento do ano letivo quando articulada com a avaliação formativa, de forma a permitir a

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 91

adoção de estratégias de diferenciação pedagógica, contribuindo também para a elaboração,

adequação e reformulação do projeto curricular de grupo e ainda para facilitar a integração da

criança no contexto educativo.

Intervenientes

A avaliação é da responsabilidade do educador titular do grupo, no quadro de

autonomia e gestão das escolas. Compete-lhe, na gestão curricular, definir uma metodologia de

avaliação de acordo com as suas conceções e opções pedagógicas, capaz de integrar de forma

articulada os conteúdos do currículo e os procedimentos e estratégias de avaliação a adotar.

No processo de avaliação, para além do educador, intervêm:

a(s) criança(s) – a avaliação realizada com as crianças é uma atividade educativa,

que as implica na sua própria aprendizagem, fazendo-as refletir sobre as suas

dificuldades e como as superar;

a equipa – a partilha com todos os elementos da equipa (outros docentes,

auxiliares, outros técnicos ou agentes educativos) com responsabilidades na

educação da criança permite ao educador um maior conhecimento sobre ela;

os encarregados de educação – a troca de opiniões com a família permite não só

um melhor conhecimento da criança e de outros contextos que influenciam a

sua educação, como também, promove uma atuação concertada entre o jardim

de infância e a família;

o Departamento Curricular da Educação Pré-Escolar (EPE) – a partilha de

informação entre os educadores do estabelecimento é promotor da qualidade

da resposta educativa;

Docentes de educação especial (profissionais que participaram na elaboração e

implementação do PEI do aluno);

os Órgãos de Gestão – os dados da avaliação realizados pelo Departamento

Curricular da EPE, deverão estar na base das orientações e decisões, bem como,

na mobilização e coordenação dos recursos educativos existentes.

Dimensões a avaliar

A avaliação, enquanto processo contínuo de registo dos progressos realizados pela

criança, ao longo do tempo, utiliza procedimentos de natureza descritiva e narrativa, centrados

sobre o modo como a criança aprende, como processa a informação, como constrói

conhecimento ou resolve problemas. Os procedimentos de avaliação devem ter em

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 92

consideração a idade e as características de desenvolvimento das crianças, assim como a

articulação entre as diferentes áreas de conteúdo, no pressuposto de que a criança é sujeito da

sua própria aprendizagem. Deste modo, podem considerar-se como dimensões fundamentais

para avaliar o progresso das aprendizagens das crianças as seguintes:

as áreas de conteúdo (OCEPE);

os domínios previstos nas Metas de Aprendizagem;

outras específicas estabelecidas no projeto educativo e/ou projeto curricular de

grupo e no PEI.

Sendo o ambiente educativo promotor das aprendizagens da criança, o educador deve

ainda avaliar:

a organização do espaço, dos materiais e dos recursos educativos;

a diversidade e qualidade dos materiais e recursos educativos;

a organização do tempo;

as interações do adulto com a criança e entre crianças;

o envolvimento parental;

as condições de segurança, de acompanhamento e bem-estar das crianças.

Procedimentos de Avaliação:

De acordo com as suas conceções e opções pedagógicas, cada educador utiliza técnicas

e instrumentos de observação e registo diversificados, tais como: a) Observação; b) Entrevistas;

c) Abordagens narrativas; d) Fotografias; e) Gravações áudio e vídeo; f) Registos de

autoavaliação; g) Portefólios construídos com as crianças; h) Questionários a crianças, pais ou

outros parceiros educativos; i) Outros. A diversidade de técnicas e instrumentos de observação

e registo diversificados utilizados na recolha de informação permite, ao educador “ver” a

criança sob vários ângulos de modo a poder acompanhar a evolução das suas aprendizagens,

ao mesmo tempo que vai fornecendo elementos concretos para a reflexão e adequação da sua

intervenção educativa. Neste sentido, os instrumentos de avaliação devem ser adaptados para

responder às necessidades individuais das crianças. Considerando que a avaliação é realizada

em contexto, qualquer momento de interação, qualquer tarefa realizada pode permitir ao

educador a recolha de informação sobre a criança e o grupo, tendo como finalidade registar

evidências das aprendizagens realizadas pelas crianças que permitam documentar os seus

progressos, acompanhar a sua evolução e, simultaneamente, recolher elementos concretos

para a reflexão e adequação da sua intervenção educativa.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 93

Momentos da avaliação:

Os tempos dedicados à avaliação (3 dias) são obrigatoriamente coincidentes com os

períodos de avaliação estipulados para os outros níveis de ensino, por forma a permitir a

articulação entre os educadores de infância e os docentes do 1.º ciclo do ensino básico, e tendo

como objetivo a passagem de informação integrada sobre as aprendizagens e os progressos

realizados por cada criança, a sequencialidade e a continuidade educativas, promotoras da

articulação curricular.

No final de cada período dever-se-á assegurar: a) a avaliação do Plano Anual de

Atividades – em articulação com os outros níveis de ensino, privilegiando o 1ºciclo do ensino

básico; b) a avaliação do Projeto Curricular de Grupo; c) a avaliação do PEI; d) a avaliação das

aprendizagens das crianças; e) a avaliação das atividades desenvolvidas na Componente de

Apoio à Família; f) a informação descritiva aos encarregados de educação sobre as

aprendizagens e os progressos de cada criança. No período de encerramento do ano letivo,

além das alíneas anteriores dever-se-á assegurar também: a) a articulação com o 1º CEB dos

Processos Individuais das Crianças que transitam para este nível de ensino; b) a elaboração do

relatório circunstanciado definido no artigo n.º 13 do DL n.º 3/2008 c) a preparação do ano

letivo seguinte.

O Conselho Pedagógico aprovou, no dia 7 de Setembro de 2015, os critérios gerais de

avaliação dos alunos. Relativamente a este nível de ensino, destaca-se a seguinte ideia: Têm de

ser considerados os critérios específicos relativos a cada aluno.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 94

1.3.2. Critérios / Parâmetros de avaliação – 1.º, 2.º e 3.º Ciclos

No ensino básico, a avaliação das aprendizagens dos alunos terá as seguintes

referências:

Objeto de Avaliação

Itens/Parâmetros Ponderação

Domínio cognitivo:

Conhecimentos e capacidades.

Específicos Conteúdos das disciplinas

1.º, 2.º e 3.º ciclos

70% a 80%

b)

Transversais

Capacidade de compreensão/expressão oral e escrita;

capacidade de iniciativa; capacidade de organização; capacidade de

utilização das novas tecnologias; espírito crítico…

Domínio socioafetivo:

Atitudes, comportamentos

e valores.

Participação/ cooperação

Intervenção adequada na aula; respeito pelas opiniões dos outros; cooperação no trabalho de grupo…

1.º, 2.º e 3.º ciclos

20% a 30%

a)

Sociabilidade Relacionamento interpessoal;

participação nos projetos da turma…

Cidadania/ sentido de

responsabilidade

Assiduidade; pontualidade; apresentação do material necessário

às aulas; realização dos trabalhos propostos; cumprimento de regras de comportamento estabelecidas na sala

de aula; zelo pelo material/espaço escolar…

Autonomia Autonomia na realização das tarefas…

a) A gestão das percentagens a atribuir é da responsabilidade de cada Departamento Curricular / Área

Disciplinar, que as explicitará em documento próprio.

b) Nesta ponderação está incluído o domínio psicomotor.

A classificação a inscrever nos instrumentos de avaliação dos alunos do ensino básico

deve ser qualitativa e quantitativa, respeitando a seguinte escala e correspondendo aos níveis

indicados, a atribuir no final de cada período letivo:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 95

Menção Qualitativa Percentagem Nível

Fraco 0 - 19 1

Insuficiente 20 - 49 2

Suficiente 50 - 69 3

Bom 70 - 89 4

Muito Bom 90 - 100 5

As cotações atribuídas a cada questão deverão constar em grelha própria, que deve ser

elaborada pelo respetivo professor, e dado conhecimento das mesmas aos alunos que o

solicitem.

Cada Departamento Curricular deve definir e propor critérios específicos de avaliação

das suas disciplinas, tendo em conta os critérios gerais e as metas curriculares.

Nas disciplinas de organização semestral (Educação Tecnológica e TIC), dando

cumprimento ao ponto 11 do artigo 8.º do Despacho Normativo n.º 24-A/2012, de 6 de

dezembro, a avaliação sumativa interna processa-se do seguinte modo:

para a atribuição das classificações, o Conselho de Turma reúne no final do 1.º

semestre e no final do 3.º período;

a classificação atribuída no 1.º semestre fica registada em ata e, à semelhança

das classificações das outras disciplinas, está sujeita a ratificação do Conselho de

Turma de avaliação do final no 3.º período.

A informação resultante da avaliação sumativa dos alunos do ensino básico abrangidos

pelo artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, bem como pelo ponto 10 do artigo

8.º do Despacho Normativo n.º13/2014 de 15 de setembro, expressa-se numa menção

qualitativa de Muito Bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, acompanhada de uma apreciação

descritiva sobre a evolução do aluno.

A disciplina de oferta complementar, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, está também

sujeita à avaliação sumativa e expressa‐se, como as restantes, numa escala de 1 a 5, conforme

se infere do estipulado no n.º 3 do art.º 26 do Decreto‐Lei n.º 139/2012, de 5 de julho.

Nesse sentido, o Despacho Normativo n.º 13/2014, de 15 de setembro, relativo à

avaliação e certificação dos conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas pelos

alunos do ensino básico, estipula que:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 96

«A informação resultante da avaliação sumativa interna nos 2.º e 3.º ciclos expressa‐se

numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, podendo ser acompanhada, sempre que

se considere relevante, de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.» (n.º 9

do art.º 8.º)

«(…) as disciplinas de oferta complementar, nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos, não são

consideradas para efeitos de progressão de ano e conclusão de ciclo.» (n.º 4 do art.º

13.º)

Portanto, o regime de avaliação dos alunos nesta componente curricular está sujeita aos

mesmos princípios das outras componentes curriculares, salvo a especificidade prevista para as

condições de transição e aprovação, conforme definido no já mencionado número 4 do art.º

13.º do Despacho Normativo n.º 13/2014, de 15 de setembro.

Modalidades de avaliação

A avaliação da aprendizagem compreende as modalidades de avaliação diagnóstica, de

avaliação formativa e de avaliação sumativa.

A avaliação diagnóstica realiza -se no início de cada ano de escolaridade ou sempre que

seja considerado oportuno, devendo fundamentar estratégias de diferenciação

pedagógica, de superação de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua

integração escolar e de apoio à orientação escolar e vocacional.

A avaliação formativa assume caráter contínuo e sistemático, recorre a uma variedade

de instrumentos de recolha de informação adequados à diversidade da aprendizagem e

às circunstâncias em que ocorrem, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado

de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente autorizadas obter informação

sobre o desenvolvimento da aprendizagem, com vista ao ajustamento de processos e

estratégias.

A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo global sobre a aprendizagem

realizada pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação, e inclui:

a) A avaliação sumativa interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos

de gestão e administração dos agrupamentos de escolas e escolas não

agrupadas;

b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do

Ministério da Educação e Ciência designados para o efeito.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 97

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 98

Efeitos da avaliação

A evolução do processo educativo dos alunos no ensino básico assume uma lógica de

ciclo, progredindo para o ciclo imediato o aluno que tenha adquirido os conhecimentos

e desenvolvido as capacidades definidas para cada ciclo de ensino.

A avaliação diagnóstica visa facilitar a integração escolar do aluno, apoiando a

orientação escolar e vocacional e o reajustamento de estratégias de ensino.

A avaliação formativa gera medidas pedagógicas adequadas às características dos

alunos e à aprendizagem a desenvolver.

A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão, retenção

ou reorientação do percurso educativo do aluno.

Em situações em que o aluno não adquira os conhecimentos nem desenvolva as

capacidades definidas para o ano de escolaridade que frequenta, o professor titular de

turma, no 1.º ciclo, ouvido o conselho de docentes, deve propor as medidas necessárias

para colmatar as deficiências detetadas no percurso escolar do aluno, designadamente,

o eventual prolongamento do calendário escolar para esses alunos.

Caso o aluno não adquira os conhecimentos predefinidos para um ano não terminal de

ciclo que, fundamentadamente, comprometam a aquisição dos conhecimentos e o

desenvolvimento das capacidades definidas para um ano de escolaridade, o professor

titular de turma, no 1.º ciclo, ouvido o conselho de docentes, pode, a título excecional,

determinar a retenção do aluno no mesmo ano de escolaridade.

O previsto no número anterior não se aplica ao 1.º ano de escolaridade.

Verificando-se retenção, compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, identificar

os conhecimentos não adquiridos e as capacidades não desenvolvidas pelo aluno, as

quais devem ser tomadas em consideração na elaboração do plano da turma em que o

referido aluno venha a ser integrado no ano escolar subsequente.

A disciplina de Educação Moral e Religiosa não é considerada para efeitos de progressão

dos alunos.

Avaliação sumativa

A avaliação sumativa no ensino básico traduz-se na formulação de um juízo global sobre

a aprendizagem realizada pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e a certificação e

inclui:

A avaliação sumativa interna que se realiza no final de cada período letivo e é da

responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica da escola;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 99

A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do

Ministério da Educação e Ciência designados para o efeito, que compreende a

realização de provas finais no 4.º, as quais incidem, respetivamente, sobre os conteúdos

nas disciplinas de Português, Matemática:

a) No 1.º ciclo do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa

interna materializa -se de forma descritiva em todas as áreas curriculares, com

exceção das disciplinas de Português e de Matemática no 4.º ano de

escolaridade, a qual se expressa numa escala de 1 a 5;

b) Quando, em sequência da aplicação das medidas previstas no n.º 5 do artigo

anterior, houver lugar ao prolongamento da duração do ano letivo pode o aluno

aceder à 2.ª fase das provas finais respetivas.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 100

1.3.3. Critérios / Parâmetros de avaliação – para o Ensino Vocacional

Os Critérios / Parâmetros de avaliação aprovados para o Ensino Vocacional são os

seguintes:

Objeto de Avaliação

Itens/Parâmetros Ponderação

Domínio cognitivo:

Conhecimentos e capacidades.

Específicos Conteúdos das disciplinas

60% a) Transversais

Capacidade de compreensão/expressão oral e escrita; capacidade de iniciativa; capacidade de organização; capacidade de utilização

das novas tecnologias; espírito crítico…

Domínio socio afetivo:

Atitudes, comportamentos

e valores.

Participação/ cooperação

Intervenção adequada na aula; respeito pelas opiniões dos outros; cooperação no trabalho de grupo…

40%

Sociabilidade Relacionamento interpessoal;

participação nos projetos da turma…

Cidadania/ sentido de

responsabilidade

Assiduidade; pontualidade; apresentação do material necessário às

aulas; realização dos trabalhos propostos; cumprimento de regras de comportamento estabelecidas na sala

de aula; zelo pelo material/espaço escolar…

Autonomia Autonomia na realização das tarefas…

a) Nesta ponderação está incluído o domínio psicomotor.

Nos cursos com a duração de um ano ou no ano terminal dos cursos com a duração de

dois anos, o último momento de avaliação ocorre após a conclusão de todas as aulas previstas

no plano curricular.

A avaliação final do curso só será realizada e publicitada depois de concluída a Prática

Simulada e na sequência do Conselho de Turma convocado para o efeito.

Avaliação Sumativa

A avaliação sumativa tem como principais funções a classificação e a certificação,

traduzindo-se na formulação de um juízo globalizante, exprimindo a conjugação da auto

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 101

e heteroavaliação dos alunos e da avaliação realizada pelo professor, sobre as

aprendizagens e as competências adquiridas pelos alunos.

A avaliação sumativa expressa-se na escala de 0 a 20 valores e é atribuída a cada um dos

módulos de cada disciplina.

Na Prática Simulada, os alunos devem elaborar um relatório por cada atividade

vocacional, o qual dará origem a um relatório final, que contará para avaliação da

Prática Simulada.

Atendendo à lógica modular, a avaliação formal de cada módulo, a publicar em pauta,

só terá lugar quando o aluno atingir a classificação mínima de 10 valores.

Momentos de avaliação/recuperação modular

Sempre que o aluno não conseguir obter aproveitamento após o término de lecionação

de um módulo, continua em avaliação, tendo direito à possibilidade de recuperação

durante o período de aulas desse ano letivo.

A recuperação de módulos em atraso pode ser feita através de várias modalidades,

nomeadamente instrumentos e atividades diversas como a realização de fichas de

avaliação, trabalhos práticos, portefólios, exposição oral ou provas de recuperação.

O professor da disciplina em causa deverá orientar o aluno nas aulas indicadas para a

recuperação, clarificando os conteúdos de aprendizagem em que apresentou

dificuldades e propondo estratégias que conduzam à sua superação na próxima

avaliação.

As provas de avaliação podem revestir as formas seguintes:

a) Prova escrita;

b) Prova prática;

c) Prova escrita com componente prática.

Caso o aluno obtenha classificação igual ou superior a dez, o módulo será considerado

como realizado e haverá lugar ao preenchimento de uma pauta individual que traduzirá

os resultados dessa avaliação.

Durante estes momentos de avaliação, o professor deverá aplicar os critérios de

avaliação definidos em Conselho de Área Disciplinar, e do conhecimento dos alunos.

Esgotada esta possibilidade, e se a falta de aproveitamento persistir, o aluno poderá

realizar o(s) módulo(s) em atraso nas épocas especiais de recuperação.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 102

Épocas especiais de recuperação

Os alunos que apresentam módulos em atraso têm a possibilidade de requerer a

avaliação dos mesmos através de uma prova de avaliação extraordinária a realizar:

a) Em fevereiro, para os alunos que frequentaram o curso no ano letivo anterior;

b) No final do ano letivo, para todos os alunos, se o calendário escolar o permitir;

c) No início do ano letivo seguinte, para todos os alunos.

A inscrição para as provas de avaliação deve ser feita mediante o preenchimento de um

documento próprio com a indicação do (s) módulo (s) pretendido (s) em cada disciplina.

Cada aluno não poderá inscrever-se em mais de três provas de avaliação,

independentemente de respeitarem a uma ou mais disciplinas, salvo situações

excecionais devidamente apreciadas pela Direção.

As provas de avaliação podem revestir as formas seguintes:

a) Prova escrita;

b) Prova prática;

c) Prova escrita com componente prática.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 103

1.3.4. Critérios/Parâmetros de avaliação – para o Ensino Secundário

No ensino secundário, a avaliação das aprendizagens dos alunos terá as seguintes

referências:

Objeto de Avaliação

Itens/Parâmetros Ponderação

Domínio cognitivo:

Conhecimentos e capacidades.

Específicos Conteúdos das disciplinas

80% a 90% b) Transversais

Capacidade de compreensão/expressão oral e escrita;

capacidade de iniciativa; capacidade de organização; capacidade de

utilização das novas tecnologias; espírito crítico…

Domínio

socioafetivo: Atitudes,

comportamentos e valores.

Participação/ cooperação

Intervenção adequada na aula; respeito pelas opiniões dos outros; cooperação no trabalho de grupo…

10% a 20% a)

Sociabilidade Relacionamento interpessoal;

participação nos projetos da turma…

Cidadania/ sentido de

responsabilidade

Assiduidade; pontualidade; apresentação do material necessário

às aulas; realização dos trabalhos propostos; cumprimento de regras de comportamento estabelecidas na sala

de aula; zelo pelo material/espaço escolar…

Autonomia Autonomia na realização das tarefas…

a) A gestão das percentagens a atribuir é da responsabilidade de cada Departamento Curricular / Área

Disciplinar, que as explicitará em documento próprio.

b) Nesta ponderação está incluído o domínio psicomotor.

A classificação total a inscrever nos instrumentos de avaliação dos alunos do ensino

secundário (Testes de Avaliação, Trabalhos Escritos/Relatórios) deve ser quantitativa, expressa

numa escala de zero a vinte valores, arredondada às décimas, podendo ou não ser

acompanhada de menções descritiva e/ou qualitativa, devendo respeitar-se as seguintes

correspondências:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 104

Menção Qualitativa Classificação

Fraco 0 a 4,4 valores

Insuficiente 4,5 a 9,4 valores

Suficiente 9,5 a 13,4 valores

Bom 13,5 a 17,4 valores

Muito Bom 17,5 a 20 valores

As cotações atribuídas a cada questão na correção dos testes ou de outros instrumentos

de avaliação deverão constar em grelha própria, que deve ser elaborada pelo respetivo

professor, e dado obrigatoriamente conhecimento das mesmas aos alunos que o solicitem.

Aquando da elaboração dos testes ou de outros instrumentos de avaliação, os alunos deverão

ter conhecimento das cotações atribuídas pelo professor às diferentes questões.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 105

1.3.5. Critérios/Parâmetros de avaliação para o Ensino Profissional

Objeto de Avaliação

Itens/Parâmetros Ponderação

Domínio cognitivo:

Conhecimentos e capacidades

Específicos Conteúdos das disciplinas

70% a) Transversais

Capacidade de compreensão/expressão oral e

escrita; capacidade de iniciativa; capacidade de organização;

capacidade de utilização das novas tecnologias, espírito crítico.

Domínio socioafetivo:

Atitudes, comportamentos

e valores.

Participação/ cooperação

Intervenção adequada na aula; respeito pelas opiniões dos outros; cooperação no trabalho de grupo…

30%

Sociabilidade Relacionamento interpessoal;

participação nos projetos da turma…

Cidadania/sentido de

responsabilidade

Assiduidade; pontualidade; apresentação do material necessário

às aulas; realização dos trabalhos propostos; cumprimento de regras de comportamento estabelecidas na sala

de aula; zelo pelo material/espaço escolar…

Autonomia Autonomia na realização das tarefas…

a) Nesta ponderação está incluído o domínio psicomotor.

A avaliação sumativa interna exprime-se numa escala de zero a vinte valores e ocorre no

final de cada módulo.

Atendendo à lógica modular adotada nestes cursos, a avaliação de cada módulo, a

publicar em pauta, só terá lugar quando o aluno atingir a classificação mínima de 10 valores.

A conclusão com aproveitamento de um Curso Profissional obtém-se pela aprovação em

todas as disciplinas do curso, na Formação em Contexto de Trabalho e na Prova de Aptidão

Profissional.

Avaliação Sumativa

A avaliação sumativa tem como principais funções a classificação e a certificação,

traduzindo-se na formulação de um juízo globalizante, exprimindo a conjugação da auto e

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 106

heteroavaliação dos alunos e da avaliação realizada pelo professor, sobre as aprendizagens e as

competências adquiridas pelos formandos.

A avaliação sumativa expressa-se na escala de 0 a 20 valores e é atribuída a cada um dos

módulos de cada disciplina, à FCT e à PAP.

Atendendo à lógica modular, a notação formal de cada módulo, a publicar em pauta, só

terá lugar quando o aluno atingir a classificação mínima de 10 valores.

Momentos de avaliação/recuperação modular

Sempre que o aluno não conseguir obter aproveitamento após o término de lecionação

de um módulo, continua em avaliação, tendo direito à possibilidade de recuperação

durante o período de aulas desse ano letivo.

A recuperação de módulos em atraso pode ser feita através de várias modalidades,

nomeadamente instrumentos e atividades diversas como a realização de fichas de

avaliação, trabalhos práticos, portefólios, exposição oral ou provas de recuperação.

O professor da disciplina em causa deverá orientar o aluno nas aulas indicadas para a

recuperação, clarificando os conteúdos de aprendizagem em que apresentou

dificuldades e propondo estratégias que conduzam à sua superação na próxima

avaliação.

As provas de avaliação podem revestir as formas seguintes:

a) Prova escrita;

b) Prova prática;

c) Prova escrita com componente prática.

Caso o aluno obtenha classificação igual ou superior a dez, o módulo será considerado

como realizado e haverá lugar ao preenchimento de uma pauta individual que traduzirá

os resultados dessa avaliação.

Durante estes momentos de avaliação, o professor deverá aplicar os critérios de

avaliação definidos em Conselho de Área Disciplinar, e do conhecimento dos alunos.

Esgotada esta possibilidade, e se a falta de aproveitamento persistir, o aluno poderá

realizar o(s) módulo(s) em atraso nas épocas especiais de recuperação.

Épocas especiais de recuperação

Os alunos que apresentam módulos em atraso têm a possibilidade de requerer a

avaliação dos mesmos através de uma prova de avaliação extraordinária a realizar:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 107

a) Em fevereiro, para os alunos que frequentaram o curso no ano letivo anterior;

b) No final do ano letivo, para todos os alunos, se o calendário escolar o permitir;

c) No início do ano letivo seguinte, para todos os alunos.

A inscrição para as provas de avaliação deve ser feita mediante o preenchimento de um

documento próprio com a indicação do (s) módulo (s) pretendido (s) em cada disciplina.

Cada aluno não poderá inscrever-se em mais de três provas de avaliação,

independentemente de respeitarem a uma ou mais disciplinas, salvo situações

excecionais devidamente apreciadas pela Direção.

As provas de avaliação podem revestir as formas seguintes:

a) Prova escrita;

b) Prova prática;

c) Prova escrita com componente prática.

1.4. Situações Especiais de Avaliação

O processo de avaliação dos alunos com NEE de carácter permanente, à exceção dos

que têm um currículo específico individual, segue as normas definidas para os diferentes níveis

e anos de escolaridade, podendo, proceder-se a adequações, que consistem na alteração do

tipo de prova, dos instrumentos de avaliação e certificação, assim como das condições de

avaliação (formas e meios de comunicação; periodicidade, duração e local).

Os alunos com currículos específicos individuais não estão sujeitos ao processo de

avaliação e de transição de ano escolar do regime educativo comum, ficando sujeitos aos

critérios específicos de avaliação definidos no seu Programa Educativo Individual. A avaliação

destes alunos é qualitativa.

Os alunos englobados nos artigos 18.º e 20.º do Decreto-Lei 3/2008 têm de atingir as

competências gerais de ciclo e realizar as respetivas provas e exames finais, pelo que, em

princípio, os critérios definidos para os vários níveis de ensino devem ser aplicados também a

estes alunos.

No entanto, haverá casos em que o Conselho de Turma, face ao perfil de funcionalidade

do aluno, poderá considerar aconselhável proceder a uma flexibilização nas ponderações sem

desvirtuar em demasia as que foram definidas pelo Conselho Pedagógico.

Assim, tendo em vista a uniformização de procedimentos, propõe-se que este Conselho

Pedagógico, na sequência dos critérios e ponderações definidas para os vários níveis de ensino,

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 108

na sua reunião de 7 de setembro de 2015, aprove a possibilidade de, no respetivo Conselho de

Turma, se proceder, tendo em conta a funcionalidade do aluno, à flexibilização das

ponderações para os vários domínios (cognitivo, psicomotor e socio afetivo), nunca

ultrapassando um ajustamento de 20%.

Essa flexibilização deve ser aplicada apenas em casos muito específicos e bem

ponderados, de acordo com a especificidade da disciplina, ficando consignada no Programa

Educativo Individual (PEI) do respetivo aluno.

Relativamente aos alunos com Currículos Específicos Individuais (CEI), conforme

proposta do Departamento da Educação Especial, foi considerado que deve ser aplicada a

ponderação de 30% para o domínio cognitivo e psicomotor e de 70% para o domínio socio

afetivo. No entanto, atendendo à especificidade destes alunos, o Conselho de Turma poderá

excecionalmente definir outras ponderações que entenda adequadas ao seu perfil de

funcionalidade.

1.5. Efeitos da Avaliação/Critérios de Progressão e Retenção

A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou

retenção do aluno, expressa através das menções, respetivamente, de “Transitou”/”Não

Transitou” no final de cada ano, e de “Aprovado” e “Não Aprovado” no final de cada ciclo.

A decisão de progressão baseia-se em critérios pedagógicos, numa lógica de ciclo e deve

ser tomada pelo professor, ouvido o competente Conselho de Docentes, no 1.º ciclo ou o

Conselho de Turma, nos 2.º e 3.º ciclos e secundário, sempre que se verifique uma das

seguintes situações:

Nos anos terminais de ciclo, o aluno desenvolveu as competências necessárias para

prosseguir com sucesso os seus estudos no ciclo ou nível de escolaridade subsequente;

Nos anos não terminais de ciclo, as competências demonstradas pelo aluno permitem o

desenvolvimento das competências essenciais definidas para o final do respetivo ciclo.

1.5.1. No 1.º Ciclo

Avaliação do domínio cognitivo no fim do 1.º ano

No fim do 1.º ano, e de acordo com a legislação em vigor, no 1.º ano de escolaridade

não haverá retenção, exceto se o aluno tiver ultrapassado o limite de faltas injustificadas (10

faltas).

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 109

Avaliação do domínio cognitivo no fim dos 2.º e 3.º anos

No fim do 3.º período, nas reuniões de avaliação, será tomada pelo professor titular de

turma, ouvido o competente Conselho de Docentes dos 2.º e 3.º anos, a decisão de progressão

de um aluno, expressa pela menção “Transitou”, quando se considerar que as aprendizagens e

as competências demonstradas por esse aluno permitem o desenvolvimento das competências

essenciais para o final do respetivo Ciclo.

Retenção

A decisão de retenção será tomada nos casos em se verificar um atraso muito

acentuado, em relação ao desenvolvimento das competências essenciais previstas para estes

anos de escolaridade, nas áreas de Português e Matemática, o qual não permitirá o

desenvolvimento das competências essenciais definidas para o final do respetivo ciclo. Será

expressa pela menção “Não Transitou”.

Avaliação do domínio cognitivo em final do 1.º ciclo

A decisão de progressão de um aluno será tomada nos casos em que se considerar que

desenvolveu as competências essenciais necessárias para prosseguir com sucesso os seus

estudos no Ciclo subsequente. Esta decisão será tomada pelo professor titular de turma, ouvido

o competente Conselho de Docentes, e será expressa pela menção “Aprovado”.

Relativamente ao 4.º ano de escolaridade, deve destacar-se o seguinte:

Avaliação sumativa externa – Provas finais de Português e Matemática

a) As provas finais incidirão sobre os conteúdos definidos nos programas e têm

como referência as metas curriculares em vigor.

b) A não realização dos exames nacionais implica a retenção do aluno.

c) No final do 1.º ciclo, e após a realização dos exames, o aluno é considerado NÃO

APROVADO se estiver numa das seguintes situações:

Níveis obtidos Situação final

Inferiores a 3 a Português e a Matemática

NÃO APROVADO Inferiores a 3 a Português ou Matemática e menção NÃO SATIFAZ nas outras áreas disciplinares

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 110

d) A classificação final a atribuir a cada uma das disciplinas sujeitas aos EXAMES

NACIONAIS, na escala de 1 a 5, é calculada de acordo com a seguinte fórmula,

arredondada às unidades:

CF = (7xCf + 3xCp)/10

CF = Classificação final

Cf = Classificação de frequência no final do 3º período

Cp = Classificação na prova final

Observação: A disciplina de EMRC não é considerada para efeitos de progressão dos

alunos.

1.5.2. Nos 5.º, 7.º e 8.º anos

a) Nos anos intermédios de ciclo, a decisão de progressão de um aluno deverá ser

tomada sempre que o Conselho de Turma considere que o aluno desenvolveu

competências necessárias para prosseguir com sucesso os seus estudos no ciclo.

b) De acordo com os critérios de transição para os anos não finais de ciclo, o aluno

progride apenas com a unanimidade do Conselho de Turma e desde que não se

encontre numa das seguintes situações:

Níveis obtidos Situação final

Inferiores a 3 a Português, Matemática e outra disciplina NÃO TRANSITA

Inferiores a 3 a quatro ou mais disciplinas

c) A decisão referida no número anterior tem de ser tomada por unanimidade.

Caso não exista unanimidade, deve proceder-se a nova reunião do Conselho de

Turma na qual a decisão de progressão (devidamente fundamentada) deve ser

tomada por 2/3 dos professores que integram o Conselho de Turma.

1.5.3. No 6.º ano

Relativamente ao 6.º ano, deve destacar-se o seguinte:

Avaliação sumativa externa – Provas finais a Português e Matemática

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 111

a) As provas finais incidirão sobre os conteúdos definidos nos programas e têm

como referência as metas curriculares em vigor.

b) A não realização das provas finais implica a retenção do aluno no 6.º ano.

c) No final do 2.º ciclo e após a realização dos exames, o aluno é considerado NÃO

APROVADO se estiver numa das seguintes situações:

Níveis obtidos Situação final

Inferiores a 3 a Português e a Matemática NÃO APROVADO

Inferiores a 3 a três ou mais disciplinas

d) A classificação final a atribuir a cada uma das disciplinas sujeitas a provas finais,

na escala de 1a 5, é calculada de acordo com a seguinte fórmula, arredondada às

unidades:

CF = (7xCf + 3xCp)/10

CF = Classificação final

Cf = Classificação de frequência no final do 3º período

Cp = Classificação na prova de exame

Observação: A disciplina de EMRC não é considerada para efeitos de progressão dos

alunos.

1.5.4. No 9.º ano

Relativamente ao 9.º ano, deve destacar-se o seguinte:

Avaliação sumativa externa – Provas finais a Português e Matemática

a) Não são admitidos aos exames nacionais os alunos que, no final do 3º período,

se encontrem numa das seguintes situações:

Nível inferior a 3 a Português e Matemática

Não admitido a

exame

Nível inferior a 3 a duas disciplinas + Nível 1 a Português ou Matemática

Nível inferior a 3 em três disciplinas (exceto Português e Matemática)

Alunos dentro da escolaridade obrigatória que ultrapassaram o limite de faltas injustificadas, previsto na alínea a) do artigo 22 da Lei 30/ 2002, salvo decisão

contrária do Conselho Pedagógico, após o parecer do Conselho de Turma.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 112

b) No final do 3.º ciclo, e após a realização dos exames, o aluno é considerado NÃO

APROVADO se estiver numa das seguintes situações:

Níveis obtidos Situação final

Inferiores a 3 a Português e a Matemática NÃO APROVADO

Inferiores a 3 a três ou mais disciplinas

c) As provas finais incidirão sobre os conteúdos definidos nos programas e têm

como referência as metas curriculares em vigor.

d) A não realização das provas finais implica a retenção do aluno no 9º ano.

e) A classificação final a atribuir a cada uma das disciplinas sujeitas às provas finais,

na escala de 1a 5, é calculada de acordo com a seguinte fórmula, arredondada às

unidades:

CF = (7xCf + 3xCp)/10

CF = Classificação final

Cf = Classificação de frequência no final do 3º período

Cp = Classificação na prova de exame

Observação: A disciplina de EMRC não é considerada para efeitos de progressão dos

alunos.

1.5.5. No Ensino Vocacional

Os alunos dos cursos vocacionais que concluam o 6.º ano podem progredir para as

seguintes vias de ensino:

No ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas finais nacionais de 6.º

ano;

No ensino vocacional, desde que tenham concluído 70 % dos módulos do conjunto das

disciplinas das componentes geral e complementar e 100 % dos módulos da

componente vocacional.

Os alunos dos cursos vocacionais que concluam o 9.º ano podem prosseguir estudos nas

seguintes vias de ensino:

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 113

No ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas finais nacionais de 9.º

ano;

No ensino profissional, desde que tenham concluído com aproveitamento todos os

módulos do curso;

No ensino vocacional de nível secundário desde que tenham concluído 70% dos

módulos das componentes geral e complementar e 100% dos módulos da componente

vocacional.

Os alunos dos cursos vocacionais podem candidatar-se a provas finais nacionais

independentemente do número de módulos concluídos com aproveitamento.

1.5.6. No Ensino Secundário

A aprovação do aluno em cada disciplina depende da obtenção de uma classificação

final igual ou superior a 10 valores.

Para efeitos do disposto no número anterior, a classificação de frequência no ano

terminal das disciplinas plurianuais não pode ser inferior a 8 valores.

A transição do aluno para o ano de escolaridade seguinte verifica-se sempre que a

classificação anual de frequência ou final de disciplina, consoante os casos, não seja

inferior a 10 valores a mais que duas disciplinas, sem prejuízo dos números seguintes.

Para os efeitos previstos no número anterior, são consideradas as disciplinas constantes

do plano de estudo a que o aluno tenha obtido classificação inferior a 10 valores, sido

excluído por faltas ou anulado a matrícula.

Na transição do 11.º para o 12.º ano, para os efeitos previstos no n.º 3, são

consideradas igualmente as disciplinas em que o aluno não progrediu na transição do

10.º para o 11.º ano.

Os alunos que transitam para o ano seguinte com classificações inferiores a 10 valores

em uma ou duas disciplinas, nos termos do n.º 3, progridem nesta(s) disciplina(s) desde

que a(s) classificação(ões) obtida(s) não seja(m) inferior(es) a 8 valores, sem prejuízo do

disposto no número seguinte.

Os alunos não progridem em disciplinas em que tenham obtido classificação inferior a

10 valores em dois anos curriculares consecutivos.

Os alunos que não transitam para o ano de escolaridade seguinte nos termos do n.º 3

não progridem nas disciplinas em que obtiverem classificações inferiores a 10 valores.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 114

Para os efeitos previstos no n.º 3 não é considerada a disciplina de Educação Moral e

Religiosa, desde que frequentada com assiduidade.

Os alunos excluídos por faltas na disciplina de Educação Moral e Religiosa realizam, no

final do 10.º, 11.º ou 12.º ano de escolaridade, consoante o ano em que se verificou a

exclusão, uma prova especial de avaliação, elaborada a nível de escola, de acordo com a

natureza da disciplina de Educação Moral e Religiosa.

A aprovação na disciplina de Educação Moral e Religiosa, nas situações referidas no

número anterior, verifica -se quando o aluno obtém uma classificação igual ou superior

a 10 valores.

Nas situações em que o aluno tenha procedido a substituição de disciplinas no seu

plano de estudo, nos termos legalmente previstos, as novas disciplinas passam a

integrar o plano de estudo do aluno, sendo consideradas para efeitos de transição de

ano.

1.5.7. No Ensino Profissional

Classificações

A classificação das disciplinas, da FCT e da PAP expressa-se na escala de 0 a 20 valores.

A classificação final de cada disciplina obtém-se pela média aritmética simples,

arredondada à unidade, das classificações obtidas em cada módulo.

Aprovação e progressão

A aprovação em cada disciplina depende da obtenção em cada um dos respetivos

módulos de uma classificação igual ou superior a 10 valores.

A aprovação na FCT e na PAP depende da obtenção de uma classificação final igual ou

superior a 10 valores em cada uma delas.

Conclusão e certificação

A conclusão com aproveitamento de um curso profissional obtém-se pela aprovação em

todas as disciplinas, na FCT e na PAP.

A conclusão de um curso profissional confere direito à emissão de:

a) Um diploma que certifique a conclusão do nível secundário de educação e

indique o curso concluído, respetiva classificação final e o nível de qualificação

do Quadro Nacional de Qualificações;

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 115

b) Um certificado de qualificações, que indique o nível de qualificação do Quadro

Nacional de Qualificações e a média final do curso e discrimine as disciplinas do

plano de estudo e respetivas classificações finais, os módulos das disciplinas da

componente de formação técnica, a designação do projeto e a classificação

obtida na respetiva PAP, bem como a classificação da FCT.

A requerimento dos interessados, podem ainda ser emitidos, em qualquer momento do

percurso escolar do aluno, os correspondentes documentos comprovativos da

conclusão de disciplinas, módulos e da FCT, bem como os respetivos resultados de

avaliação.

Classificação final do curso

A classificação final do curso obtém-se mediante a aplicação da seguinte fórmula:

CF = [2MCD+(0,3FCT+0,7PAP)]/3

sendo:

CF = classificação final do curso, arredondada às unidades;

MCD = média aritmética simples das classificações finais de todas as disciplinas que

integram o plano de estudo do curso, arredondada às décimas;

FCT = classificação da formação em contexto de trabalho, arredondada às unidades;

PAP = classificação da prova de aptidão profissional, arredondada às unidades.

A classificação na disciplina de Educação Física é considerada para efeitos de conclusão do

curso, mas não entra no apuramento da classificação final do mesmo, exceto quando o

aluno pretende prosseguir estudos nesta área.

2. Avaliação dos Cargos, Projetos e Atividades

Todos os detentores de cargos e dinamizadores de projetos e atividades devem

apresentar ao Diretor um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

A avaliação deve ter em mente a persecução da qualidade, relacionando-se esta com a

eficácia e a consecução dos resultados desejados.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 116

3. Avaliação do Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo

Considerações gerais

A avaliação do Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo visa melhorar a

prestação do serviço educativo e a qualidade das aprendizagens dos alunos. Procurará

identificar os pontos fortes e fracos da instituição, considerando os constrangimentos não

como obstáculos mas sim como “motores de mudança”.

Nesta avaliação será tida em conta a eficácia, a adequação do projeto ao público-alvo e

a eficiência na gestão dos recursos, através da análise dos resultados de aprendizagem, práticas

pedagógicas implementadas, trabalhos de equipa desenvolvidos, adequação da organização

escolar e análise dos contextos educativos.

Momentos de avaliação

Avaliação Ordinária: a avaliação ordinária terá lugar no final de cada ano escolar, antes

do início dos trabalhos de organização do ano escolar seguinte.

Avaliação Extraordinária: a avaliação extraordinária poderá ocorrer em momentos

intermédios, com o fim de corrigir eventuais problemas de operacionalização.

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Plano de Estudos e Desenvolvimento do Currículo 117

Capítulo IV - Disposições finais

Os casos omissos serão objeto de resolução por parte do Diretor, ouvido, sempre que

possível, o Conselho Pedagógico.

O Diretor

_____________________________________ (José Rodrigues Teixeira)