boletim 14 da rede portuguesa de cidades educadoras

16
A sociedade de hoje vive uma gravíssima crise económica e finan- ceira, que poucos destas gerações actuais se recordam de terem estado em situação semelhante de incerteza no futuro, provocado por uma crise de confiança no presente. Esta crise poderá ter as suas consequências psicológicas e sociais. É nestas alturas de dificuldades, que os meios financeiros poderão e deverão ser substituídos pela imaginação, criatividade e inovação. Será nestes tempos em que a educação, quer seja formal quer seja informal, se deverá pautar por valores que por vezes têm sido esque- cidos, e que fazem, no entanto, parte permanente dos discursos, mas ausentes das práticas. Será a altura propicia para períodos de reflexão sobre o modus vivendi das sociedades, num passado recente em que a abundância de meios materiais era uma realidade, permitindo até por vezes, devaneios, consumismo exacerbado e má utilização dos mesmos, que de forma inconsequente, se foram delapidando. O primado dos meios materiais virá dar vez ao primado social, nestes tempos conturbados em que a sociedade espera que as comunidades educativas, em toda a sua plenitude, tenham um papel preponderante e eficaz na formação dos homens de amanhã. Quando um dia, eu dizia para uma professora que solicitava material para a sua aula e esse mesmo material ainda não tinha sido forne- cido: “até com um compasso se desenha uma circunferência”, estava tão só a querer dizer que existem sempre outros meios de fazer a mesma coisa, dependendo apenas da imaginação. O papel das cidades educadoras torna-se agora mais claro e como “a necessidade aguça o engenho”, vamos cada um de nós, nas nossas comunidades, fazer o melhor que pudermos e soubermos, para ultra- passar estes momentos de dificuldades, porventura, criadas por nós. José Carlos Martins Rolo Vice-Presidente Câmara Municipal de Albufeira REDE PORTUGUESA das CIDADES EDUCADORAS Boletim nº14 | 2010 Editorial Encontro da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras em Portimão O Teatro Municipal de Portimão – TEMPO, recebeu no passado dia 16 de Julho, o Encontro Nacional da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras, com a presença de onze Municípios membros da Rede Portuguesa e de dois Municípios algarvios convidados (Lagoa e Lagos), num total de 26 pessoas. A Vereadora da Câmara Municipal de Portimão, Isabel Guerreiro, fez a apresentação dos oradores participantes na mesa redonda “Escola Activa e a Cidade – Uma experiência na região do Algarve”: Eduardo Fernandes, representante da Direcção Regional de Educação do Algarve e coordenador do Projecto; Teresa Sancho, representante da Administração Regional de Saúde do Algarve e coordenadora do Projecto “Combate à Obesidade Infantil no Algarve”; e Ana Vidigal, da Federação Regional das Associações de Pais do Algarve (FRAPA). Foi apresentado o projecto de combate à obesidade e sedentarismo infantil, introduzido nas Actividades de Enriquecimento Curricular, que envolveu neste ano lectivo 16 autarquias do Algarve, 47 Agrupa- mentos de Escolas e 20.120 alunos, tendo em vista uma maior prática de actividade física nos estabelecimentos de ensino. O projecto desenvolve-se em cinco grandes eixos: Formação/Sensi- bilização (presença de atletas conhecidos); actividades com os alunos – formal (actividade física e cognitiva), informal (promoção de even- tos), interdisciplinaridade; avaliação à adesão e aptidão do aluno (“fitness grade”); com- ponente social integrada (envolvimento das famílias); e divulgação e promoção das várias actividades desenvolvidas (Jornal Escolar, Eventos, Materiais criados e produzidos no âmbito do projecto). Encontro Nacional ÁguedaAlbufeiraAlmadaAmadoraAzambujaBarreiroBragaCâmara de LobosCascaisChavesCoimbraEsposendeÉvoraGuardaGrândolaLeiriaLisboaLouléLouresMiranda do CorvoMouraOdivelasOliveira de AzeméisPaços de FerreiraPalmelaParedesPombalPortimãoPortoRio MaiorSta. Maria da FeiraSanto TirsoSantarémS. João da MadeiraSever do VougaSilvesSintraTorres NovasTrofaVila Franca de XiraVila Nova de FamalicãoVila Real

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Boletim da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

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Page 1: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

A sociedade de hoje vive uma gravíssima crise económica e finan-

ceira, que poucos destas gerações actuais se recordam de terem

estado em situação semelhante de incerteza no futuro, provocado

por uma crise de confiança no presente. Esta crise poderá ter as

suas consequências psicológicas e sociais.

É nestas alturas de dificuldades, que os meios financeiros poderão

e deverão ser substituídos pela imaginação, criatividade e inovação.

Será nestes tempos em que a educação, quer seja formal quer seja

informal, se deverá pautar por valores que por vezes têm sido esque-

cidos, e que fazem, no entanto, parte permanente dos discursos,

mas ausentes das práticas. Será a altura propicia para períodos

de reflexão sobre o modus vivendi das sociedades, num passado

recente em que a abundância de meios materiais era uma realidade,

permitindo até por vezes, devaneios, consumismo exacerbado e

má utilização dos mesmos, que de forma inconsequente, se foram

delapidando. O primado dos meios materiais virá dar vez ao primado

social, nestes tempos conturbados em que a sociedade espera que

as comunidades educativas, em toda a sua plenitude, tenham um

papel preponderante e eficaz na formação dos homens de amanhã.

Quando um dia, eu dizia para uma professora que solicitava material

para a sua aula e esse mesmo material ainda não tinha sido forne-

cido: “até com um compasso se desenha uma circunferência”,

estava tão só a querer dizer que existem sempre outros meios de

fazer a mesma coisa, dependendo apenas da imaginação.

O papel das cidades educadoras torna-se agora mais claro e como

“a necessidade aguça o engenho”, vamos cada um de nós, nas nossas

comunidades, fazer o melhor que pudermos e soubermos, para ultra-

passar estes momentos de dificuldades, porventura, criadas por nós.

José Carlos Martins Rolo

Vice-Presidente

Câmara Municipal de Albufeira

REDE PORTUGUESA

das CIDADES EDUCADORAS

Boletim nº14 | 2010

Editorial •••••••••••••

Encontro da Rede Territorial Portuguesadas Cidades Educadoras em Portimão

O Teatro Municipal de Portimão – TEMPO, recebeu no passado dia

16 de Julho, o Encontro Nacional da Rede Territorial Portuguesa das

Cidades Educadoras, com a presença de onze Municípios membros

da Rede Portuguesa e de dois Municípios algarvios convidados

(Lagoa e Lagos), num total de 26 pessoas.

A Vereadora da Câmara Municipal de Portimão, Isabel Guerreiro,

fez a apresentação dos oradores participantes na mesa redonda

“Escola Activa e a Cidade – Uma experiência na região do Algarve”:

Eduardo Fernandes, representante da Direcção Regional de Educação

do Algarve e coordenador do Projecto; Teresa Sancho, representante

da Administração Regional de Saúde do Algarve e coordenadora do

Projecto “Combate à Obesidade Infantil no Algarve”; e Ana Vidigal,

da Federação Regional das Associações de Pais do Algarve (FRAPA).

Foi apresentado o projecto de combate à obesidade e sedentarismo

infantil, introduzido nas Actividades de Enriquecimento Curricular, que

envolveu neste ano lectivo 16 autarquias do Algarve, 47 Agrupa-

mentos de Escolas e 20.120 alunos, tendo em vista uma maior prática

de actividade física nos estabelecimentos de ensino.

O projecto desenvolve-se em cinco grandes eixos: Formação/Sensi-

bilização (presença de atletas conhecidos); actividades com os alunos

– formal (actividade física e cognitiva), informal (promoção de even-

tos), interdisciplinaridade; avaliação à adesão

e aptidão do aluno (“fitness grade”); com-

ponente social integrada (envolvimento das

famílias); e divulgação e promoção das várias

actividades desenvolvidas (Jornal Escolar,

Eventos, Materiais criados e produzidos no

âmbito do projecto).

Encontro Nacional ••••

Águeda•Albufeira•Almada•Amadora•Azambuja•Barreiro•Braga•Câmara de Lobos•Cascais•Chaves•

Coimbra•Esposende•Évora•Guarda•Grândola•Leiria•Lisboa•Loulé•Loures•Miranda do Corvo•Moura•Odivelas•Oliveira de Azeméis•Paços de Ferreira•

Palmela•Paredes•Pombal•Portimão•Porto•Rio Maior•Sta. Maria da Feira•Santo Tirso•Santarém•S. João daMadeira•Sever do Vouga•Silves•Sintra•Torres Novas•Trofa•Vila Franca de Xira•Vila Nova de Famalicão•Vila Real•

Page 2: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Para tal, foi necessário o desenvolvimento de acções de formação

acreditadas aos professores (25 horas, 6 acções a 275 docentes),

tendo em vista a aplicação do Projecto na interdisciplinaridade dos

programas lectivos, e aos pais (47 acções a 756 encarregados de

educação), bem como uma avaliação da aptidão física no JI e no 1.º

ciclo. Foram criados percursos na Natureza em 6 concelhos, durante

os quais, para além do exercício físico, as crianças afloram conteúdos

das várias matérias curriculares que estão a aprender. Cada Agrupa-

mento participante recebe um galardão, que é a Bandeira Escola Activa

que ali é hasteada.

O “Combate à Obesidade Infantil no Algarve” tem a colaboração da

Administração Regional de Saúde do Algarve, em parceria com a

Universidade do Algarve, Hospitais da Região, Municípios, Associação

de Municípios do Algarve, Federação das Associações de Pais do

Algarve, Direcção Regional do Desporto do Algarve e Direcção Regional

de Educação do Algarve.

Na segunda parte da ordem de trabalhos, coordenada pelo Vereador

da Educação da Câmara Municipal de Lisboa, foram dadas infor-

mações da Comissão de Coordenação desta Rede Territorial, nomea-

damente: assuntos tratados na Assembleia Geral da AICE e Comités

Executivos, que tiveram lugar durante o XI Congresso Internacional

da AICE - análise geral do Congresso Internacional, sua organização,

salientando a intervenção dos representantes portugueses e ainda a

necessidade que se fez sentir do português ser considerado como

língua oficial da AICE; processo de candidatura à organização do IV

Congresso Nacional das Cidades Educadoras, a ter lugar em 2011

(informação dada pelo representante do Município de Évora); e mar-

cação do próximo Encontro desta Rede Territorial.

Da parte da tarde, os participantes tiveram oportunidade de efectuar

uma visita guiada ao Museu de Portimão, instalado na antiga fábrica

conserveira Feu Hermanos, que documenta o património histórico,

etnográfico e industrial da cidade e região, recentemente galardoado

pelo Conselho Europeu como “Museu do Ano 2010”.

Tomo a liberdade de personalizar este espaço

de opinião, dando-vos conta do meu percurso

recente na Educação.

Quando, em Novembro passado, assumi o

pelouro (da Educação) em Azambuja, já

transportava comigo toda uma “história”

como docente no Concelho onde nasci e

resido. Desde logo fiquei curiosa ao contactar mais de perto com

um conceito que, sendo familiar, carecia de vivência(s) – o de “Cidade

Educadora”.

Rapidamente constatei que havia já um percurso consolidado na

relação que este Município foi estabelecendo, ao longo do tempo, com

os agentes educativos e com a Comunidade Educativa em geral.

Apercebi-me também que o diálogo, a partilha de preocupações e

soluções, bem como a cumplicidade entre a autarquia e os diversos

agentes educativos eram bem mais próximos do que percepcionei

enquanto estive no ensino. O “pano de fundo” era, tão só, os nossos

munícipes.

Foi com agrado que constatei que os valores presentes nestas relações

se encontravam espelhados na Carta das Cidades Educadoras.

Dar início às minhas funções neste enquadramento foi-me particu-

larmente gratificante. Assim, delineei a minha intervenção a partir de

uma das dimensões fundamentais na Educação: os Valores.

Tive a oportunidade de reflectir que uma cidade só é verdadeiramente

educadora quando, nas relações com a Comunidade, estão presentes

valores como a equidade, a justiça social, a transparência, a honesti-

dade… tal como a Carta enuncia no seu preâmbulo: “O direito a uma

cidade educadora deve ser uma garantia relevante dos princípios de

igualdade entre todas as pessoas, de justiça social e de equilíbrio

territorial”.

(…) “o município face a processos de tomada de decisões em cada

um dos seus domínios de responsabilidade, deverá ter em conta o seu

impacto educador e formativo” (art.º 6, I – “O Direito a uma Cidade

Educadora”) – este é o desafio quotidiano de quem tem de conciliar

as decisões da Administração Central com a política local, sendo o

reordenamento da Rede Escolar o exemplo actual mais paradigmático

de todos esses desafios.

Acredito que, com os pressupostos enunciados e com a colaboração

de outras estruturas, em particular do Conselho Municipal de Educação,

encontraremos as respostas mais adequadas, porque… Educar é uma

responsabilidade de Todos!

Ana Maria Ferreira

Vereadora do Pelouro da Educação

Câmara Municipal da Azambuja

Encontro Nacional

Espaço de Opinião•••••••••••••••••••••

Page 3: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Circuito do Pão

No âmbito do dia Internacional da Alimentação,

a Câmara Municipal de Albufeira em conjunto

com a NUCLEGARVE – Aldeia da Solidarie-

dade, organizou uma exposição interactiva

para os alunos do Pré-Escolar e 1.º Ciclo do

Ensino Básico, denominada: “O Circuito do

Pão”. Esta exposição decorreu entre os dias

11 e 15 de Outubro no Espaço Multiusos de

Albufeira, entre as 9h e as 15h, e teve como principal objectivo dar a

conhecer o ciclo do Pão e proporcionar às crianças uma aprendizagem

in loco do ciclo do pão e contou com a presença de 1200 alunos das

escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Albufeira.

Alunos e professores tiveram a oportunidade de descobrir alguns mis-

térios da antiga história do pão, que aqui e ali se cruza com a história

da vida das gentes. As tradições e os espaços marcaram este interes-

sante circuito do pão; desde a lavoura, à ceara, ao Moinho, passando

pela eira com a debulha, foram criados espaços, onde a história do pão

foi a rainha da festa e onde as crianças foram os actores principais.

A actividade desenrolou-se de uma forma ordenada e lógica, iniciando

com uma história “O Ciclo do Pão”, de Cristina Quental e Mariana

Magalhães, através da qual o público infantil teve o primeiro contacto

com a actividade e percebeu a importância deste alimento e dos cereais

que o compõem, na nossa alimentação.

De seguida as crianças dirigiram-se para um espaço mágico que recriava

uma quinta, e foi aí que tiveram oportunidade de assistir a todo o

processo, desde a lavoura e sementeira, à ceifa das espigas douradas

pelo calor dos meses de Verão. Na eira, perceberam que cada cereal

exigia diferentes recursos e formas de debulha.

Á medida que avançavam, as crianças, iam sendo surpreendidas pelas

curiosidades de produção do pão e que antigamente envolvia o trabalho

de muitas famílias rurais, hoje ultrapassada, pela evolução das neces-

sidades do homem.

Quase no final da visita esperava-os o Moinho de Vento, com as suas

velas imperiosas à espera do vento para poder moer os cereais,

enquanto o moleiro desvendava os segredos destas fascinantes con-

struções e do trabalho árduo que outrora ocupava diariamente estes

mestres. Para finalizar a visita em beleza, as crianças tiveram oportu-

nidade de confeccionar o pão com a ajuda dos padeiros e claro provar

esse alimento tão precioso para a nossa alimentação.

Dia Europeu sem Carros em Almada fez 10 anos!Semana Europeia da Mobilidade promove novos hábitos de deslocação

De 16 a 22 de Setembro, em milhares de cidades por todo o mundo e

também em Almada, decorreu mais uma edição da Semana Europeia

da Mobilidade (SEM). Este é o evento de maior projecção mundial

sobre mobilidade urbana sustentável.

Sob o slogan “Viaje bem, Viva melhor”, a edição deste ano ofereceu um

amplo programa de actividades, com o objectivo de sensibilizar a todos

para a utilização de formas de mobilidade quotidiana mais amigas do

ambiente que criem uma vivência da cidade mais saudável e sustentável.

Almada é a única cidade do país que se pode orgulhar de ter aderido inin-

terruptamente à SEM, tendo celebrado nesta edição o seu 10.º aniversário.

A Semana incluiu o mediático Dia Europeu Sem Carros, no dia 22,

durante o qual uma zona em Cacilhas foi fechada ao trânsito automóvel.

Uma rua normalmente repleta de automóveis, deu lugar a uma zona cheia

de animação e acções de rua, com mais espaço para as pessoas.

A destacar também no programa, a dinamização da primeira edição

do Festival da Mobilidade, que congregou várias acções de informação

e sensibilização sobre mobilidade sustentável, espectáculos, actividades

desportivas, mercados de rua, ateliers sobre biodiversidade e alterações

climáticas, passeios e muito mais.

Apesar da SEM, por imposição da Comissão Europeia, decorrer quase

em simultâneo com o início do período lectivo, foi de realçar mais uma vez,

o envolvimento empenhado de várias escolas e IPSS’s do concelho que

se quiseram associar a este importante evento. Por exemplo a APPACDM

apresentou durante esta Semana um mini-autocarro que assegura um novo

serviço de mobilidade inclusiva aos seus utentes, disponível em algumas

das zonas mais periféricas das freguesias de Caparica e Trafaria.

Outras actividades de sucesso foram as “Viagens a troco de Lixo”,

em que foi possível trocar materiais recicláveis por títulos de transporte,

ou os ateliers “Mobilidade Urbana e os seus impactes”, que decor-

reram no Museu da Cidade, onde foi feita uma viagem pela evolução

dos modos de transporte e comunicações em Almada.

Para mais informações

Divisão de Educação e Sensibilização AmbientalTel. 21 272 25 10

[email protected]

www.m-almada.pt/ambiente

Boas Práticas

Albufeira •••••••••• Almada •••••••••••

Page 4: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Prevenção da obesidade pediátrica na Escola

A obesidade é a epidemia do séc. XXI. Não é mera questão de estética,

nem um problema de adultos. Outrora as crianças brincavam na rua,

andavam de bicicleta, jogavam à bola, mas hoje, o medo associado

à criminalidade, impede os pais de deixarem que as crianças façam

estas actividades, confinando-as ao seu “espaço seguro”, onde têm

à disposição a televisão, o computador, entre outros. Por outro lado, a

quantidade de apelos dos media de anúncios estimulantes a produtos

alimentares pouco nutritivos e altamente calóricos, não permitem que

as crianças façam opções correctas. Considerando a prevenção como

o meio mais eficaz para controlar esta perturbação alimentar, a escola

constitui o palco por excelência no incentivo de hábitos de alimentação

saudável e prática de exercício. Neste sentido, o Núcleo de Pediatria

do Hospital Fernando Fonseca, convidou a Nestlé e a Câmara Municipal

da Amadora, a criar um Programa de Prevenção da Obesidade e de

Excesso de Peso, e em parceria com Agrupamentos de Escolas,

implementar e operacionalizar estratégias educativas e pedagógicas

de hábitos saudáveis. Estes conteúdos são leccionados de forma

lúdica, através do Programa “Apetece-me” da Nestlé. Simultaneamente,

foram feitas adaptações das ementas escolares, substituído o leite

achocolatado pelo simples e trabalhados os temas em sala de aula. O

incentivo à prática de exercício físico é igualmente uma aposta destes

profissionais, sendo os recreios dinamizados pelo menos, duas vezes

por semana. As actividades de enriquecimento curricular são também

aqui mais-valia, nomeadamente no que concerne à actividade de

educação física. Anualmente as crianças usufruem de uma avaliação

antropométrica no início e no fim do ano lectivo, de forma a monitorizar

os resultados das acções desenvolvidas. Neste Projecto, designado

por POPE, intervêm 2608 alunos.

Contos infantis e identidade cultural

A sensibilização para a leitura como missão de uma biblioteca

pública é traduzida com frequência através da Hora do Conto quando

o público-alvo são as crianças. Em Azambuja, com uma rede com três

Bibliotecas Municipais e não muito mais do que mil alunos de 1.º ciclo,

o desafio é constante. A inovação e criatividade, na nossa perspectiva,

podem ser introduzidas ou na forma ou no conteúdo. A participação

regular dum animador cultural e o seu talento artístico pareceu-nos

inevitável, quanto à forma. Os cenários mudam-se, mas as canções

e melodias também.

A solução, quanto ao conteúdo, surgiu um pouco por acaso. Propo-

sitadamente, os fantoches adquiridos para a Bebeteca tinham um

campino, mas também havia uma “menina” e, claro, outros bonecos.

Resolvemos escrever uma estória que animou durante um ano a Hora

do Conto: “História do Zé Campino e da Matildinha”, posteriormente

editada em livro e dessa forma acessível a todos.

A experiência tem vindo a ser repetida. Ouviram e foram em busca

do Tesouro na Feira de Maio.(1)

Este ano, terão a oportunidade de conhecer uma lenda secular a pro-

pósito do Castro de Vila Nova de São Pedro, espólio do Museu Muni-

cipal, recuperada pelo seu patrono, ainda vivo, Sebastião Mateus Arenque.

O nosso património cultural ao serviço desse grande objectivo de for-

mação de futuros leitores num Município que se pretende educador.

(1) Evento turístico-cultural ligado à tauromaquia.

Amadora •••••••••• Azambuja •••••••••

Page 5: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

“A Escola Somos Todos Nós”

No dia 4 de Outubro teve início a iniciativa “A Escola Somos Todos Nós”,

com várias actividades dedicadas à área da Educação, promovidas

pela Câmara Municipal do Barreiro e Juntas de Freguesia com

(e para) a comunidade educativa. Visitas guiadas e temáticas para

os alunos, actividades do Serviço Educativo vocacionadas para os

alunos do 1.º ciclo e pré-escolar do ensino público, convívio de

recepção à comunidade educativa, entre outras actividades, fizeram

parte do programa.

No programa, de salientar as actividades da Universidade da

Terceira Idade do Barreiro, com destaque para uma aula aberta

de Esperanto.

Realizaram-se várias visitas institucionais aos estabelecimentos de ensino

público e das redes sociais e privada, de todos os níveis de ensino e tiveram

lugar as inaugurações da Escola Básica da Penalva e da Biblioteca da

Escola Básica Professor José Joaquim Rita Seixas.

O programa incluiu, no Auditório da Biblioteca Municipal, a tomada

de posse do Conselho Municipal de Educação e a realização do

Seminário sobre “Conflito em meio Escolar”, promovido em parceria

com as Associações de Pais do Concelho e o Centro de Formação

de Professores.

É de realçar o lançamento da Agenda Jovem e oferta da Agenda do

Professor pela autarquia.

Realizou-se, ainda, um passeio concelhio com a comunidade educativa

para dar a conhecer a realidade escolar do Barreiro.

O programa culminou com um lanche oferecido pela CMB e Juntas de

Freguesia à comunidade educativa, na Escola Secundária de Santo André.

O lanche contou com animação musical e, à semelhança dos anos

anteriores, teve lugar uma homenagem de reconhecimento aos aposen-

tados docentes e não docentes no ano lectivo 2009/2010.

O programa completo de “A Escola Somos Todos Nós” pode ser con-

sultado em www.cm-barreiro.pt.

Câmara de Lobos recebeu 25 Bandeiras Verdes

Câmara de Lobos foi novamente o município “campeão” regional

da Bandeira Verde ao conquistar 25 galardões das boas práticas e

projectos na área do ambiente, desenvolvidos nos estabelecimentos

de ensino.

A Bandeira Verde é atribuída anualmente pela Associação Bandeira

Azul da Europa, no âmbito do Programa Eco-Escolas e visa encorajar

acções, bem como reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pelas

escolas na melhoria do seu desempenho ambiental.

Todos os estabelecimentos de ensino e educação do concelho

de Câmara de Lobos que concorreram foram galardoados com a

Bandeira Verde, o que faz com que, no ranking nacional, Câmara

de Lobos mantenha o terceiro lugar nacional com o maior número de

escolas premiadas, a exemplo do ano passado, cabendo o primeiro

lugar a Sintra e o segundo a Ílhavo.

As candidaturas das escolas são feitas através das Câmaras Municipais,

mas estes prémios só são possíveis porque há, refira-se, um grande

empenho dos professores e dos alunos.

Na sociedade actual não podemos ficar indiferentes ao mundo que nos

rodeia, razão pela qual a defesa do meio ambiente é uma competência

de todos e de cada um individualmente.

Às entidades públicas, como é o caso das Câmaras Municipais, compete

terem políticas de ambiente bem definidas, têm de agir e fazer agir, e

foi com base neste princípio que a Câmara de Lobos tem apostado

na educação ambiental dos mais jovens, nomeadamente, mediante a

participação dos nossos estabelecimentos de ensino no Projecto Eco-

-Escolas.

Eco-CódigoO primeiro lugar do concurso nacional Eco-Código foi atribuído à

Escola B1/PE de Câmara de Lobos.

Este concurso, em que participaram os estabelecimentos de ensino que

desenvolvem o projecto Eco-Escolas foi promovido pela Associação

Bandeira Azul da Europa.

Barreiro ••••••••••• Câmara de Lobos ••••

Page 6: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Curso de mecânica automóvel na Escola Matilde Rosa Araújo

Uma aposta de formação diferente tem lugar este ano lectivo no

concelho de Cascais. Qualificar as ofertas formativas ministradas

nas escolas públicas, apostar na aproximação e integrar as enti-

dades empregadoras, nas suas estruturas de formação ao meio

escolar, constituem uma aposta do Município de Cascais e é um

objectivo presente na implementação deste projecto.

Foi nessa perspectiva que foi lançado o desafio de construção do projecto-

-piloto de formação na escola Matilde Rosa Araújo. Foi com o grande

entusiasmo de todos os parceiros que curso abriu já as suas portas.

A ATEC, Academia de Formação que teve origem numa parceria do

grupo Auto-Europa, Bosh e Siemens, foi o parceiro determinante na

qualificação e supervisão desta formação de carácter eminentemente

prático. A pronta adesão da escola e a sua capacidade de encontrar

as respostas necessárias à sua concretização foram o segredo para

o sucesso que acreditamos vai caracterizar este projecto.

Os cerca de quinze jovens que frequentam este curso, que lhes

conferirá o 9.º ano de escolaridade, têm ao seu dispor uma oficina

automóvel com equipamento adequado a este tipo de formação, dispõem

de fardamento específico equivalente e de todas as condições para uma

aprendizagem de qualidade. A formação em contexto de trabalho e

algumas das aulas práticas têm lugar nas instalações da ATEC em Palmela.

O descapotável da marca Volkswagen que se encontra na oficina faz já

as delícias de todos os alunos e será certamente um chamariz para

futuras inscrições nesta oferta formativa.

A Câmara Municipal de Cascais apoiou este projecto através da

requalificação dos espaços bem como das despesas inerentes a

materiais e deslocações, num montante de cerca de 50.000 euros.

“À Descoberta dos Museus da Região”Crianças estimulam criatividade e gosto pelo património através de visitas guiadasaos museus da região

Um grupo de crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 15

anos, puderam explorar e descobrir novos espaços museológicos,

estimulando a sua criatividade e apurando o gosto pelo património

e pela cultura. A iniciativa “À Descoberta dos Museus da Região”,

organizada pelo Município de Chaves, através da Rede de Museus

Municipais – Museu da Região Flaviense, decorreu durante os dias 27

e 29 de Julho e 2, 4 e 6 de Agosto.

A acção destinou-se aos mais novos, que gratuitamente puderam

desvendar novas vivências ao visitarem espaços museológicos

diversificados, de forma lúdica e descontraída.

O roteiro iniciou-se com a visita ao Museu de Arqueologia e Numismá-

tica de Vila Real, seguiu-se o Museu Municipal de Vila Pouca de Aguiar,

o Museu Rural de Boticas, o Ecomuseu do Barroso (em Montalegre) e,

para terminar, o Núcleo de História Militar e o Núcleo de Arqueologia e

Pré-História do Museu da Região Flaviense, em Chaves. Neste último,

as crianças participaram numa oficina lúdico-pedagógica de expressão

plástica, sobre a temática da “cerâmica campaniforme”, onde foram

convidadas a reproduzir algumas peças de cerâmica expostas no museu,

pertencentes à colecção pré-romana e a visualizar um pequeno filme

sobre o Homem da Pré-História.

Foi com grande entusiasmo e curiosidade que as crianças exploraram

e descobriram os diversos espaços, tiraram fotografias às peças em

exposição, colocando sempre “mil e uma perguntas” sobre o que

estavam a observar.

Em todos os museus visitados ainda houve tempo para um pequeno

lanche num espaço verde ao ar livre, bem como para alguns jogos

pedagógicos durante os percursos de autocarro.

Tratou-se de uma experiência positiva e enriquecedora, que ajudou a

povoar o imaginário das crianças, a estimular a sua criatividade e a

cultivar o gosto pelo património e pela cultura em geral.

A acção teve como principais objectivos dar a conhecer outros museus

da região e outros tipos de acervo museológico, proporcionando

um ambiente de aprendizagem lúdico e não formal para o período

de férias da comunidade escolar.

Boas Práticas

Cascais ••••••••••• Chaves ••••••••••••

Page 7: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Lançada a primeira pedra do Centro Educativo de Fão

No passado dia 26 de Setembro foi lançada a primeira pedra do

Centro Educativo de Fão, um equipamento orçado em aproximada-

mente 1,7 milhões de euros, que deverá estar concluído no início

de 2012. O Presidente da Câmara Municipal de Esposende considerou

o momento “histórico” e “deveras importante para o futuro da comu-

nidade” local, apontando o acto como “mais um passo na aposta na

educação de qualidade”, assegurando o empenho do Município em

garantir as melhores condições de ensino.

Na sua intervenção, o Autarca lembrou o recente investimento na cons-

trução do Centro Escolar de Esposende e anunciou o lançamento do

concurso público para a construção do Centro Educativo de Forjães,

até final do presente ano. Apesar da conjuntura económico-financeira

desfavorável, João Cepa prometeu empenhamento para, até final do

mandato em curso, avançar com a construção dos Centros Educativos

de Marinhas e de Apúlia e com intervenções de requalificação e ampliação

de outras escolas, adaptando-as ao modelo de centros escolares.

O futuro Centro Educativo de Fão terá três salas de actividades afectas

à Educação Pré-escolar mais duas de componente sócio-educativa,

sete salas de aula afectas ao 1.º Ciclo mais duas de enriquecimento

curricular, sala de informática, laboratório, biblioteca e refeitório, assim

como serviços para a confecção e preparação de refeições. O projecto

contempla também instalações para os serviços administrativos e de

apoio à actividade lectiva, instalações sanitárias, polivalente, recreio

exterior coberto, campo de jogos e parque infantil. Para uma segunda

fase está projectada a construção de um Pavilhão Gimnodesportivo,

que dará não só apoio ao estabelecimento de ensino, mas que também

se integrará na nova zona desportiva de Fão.

Évora promove AEC para alunos com necessidades educativas especiais

Desde 2006 que o Município de Évora se constitui como entidade

promotora das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC),

disponibilizando o acesso a um leque diversificado de actividades,

entre as quais se contam a natação, danças tradicionais e hip-hop

(para além das previstas legalmente).

Por outro lado, como Cidade Educadora, Évora reconhece o seu papel

no fomento da igualdade de oportunidades a todas as crianças, inde-

pendentemente das suas características cognitivas, motoras, físicas

ou económicas.

Deste modo, o Município entende ser sua responsabilidade a criação

de condições para a adequação das AEC às necessidades educativas

dos alunos com deficiências ou incapacidades de carácter perma-

nente. Para a sua concretização, desenvolveu um projecto-piloto,

no presente ano lectivo, que tem como grande objectivo a promoção

de uma efectiva inclusão educativa e social, contribuindo para o

acesso e o sucesso educativos, autonomia, estabilidade emocional,

bem como a promoção da igualdade de oportunidades e a prepa-

ração para o prosseguimento de estudos.

O projecto decorre no Agrupamento de Escolas n.º 1 – Malagueira,

conta com a parceria de três instituições especializadas e tem como

destinatários alunos com limitações ao nível da actividade e da parti-

cipação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações

funcionais e estruturais, de carácter permanente.

No projecto, foram consideradas duas medidas educativas comple-

mentares, de acordo com as necessidades específicas de cada aluno:

o reforço pedagógico personalizado e actividades específicas que não

fazem parte do modelo curricular estrutural das AEC.

O reforço pedagógico personalizado foi definido de acordo com as

capacidades dos alunos. Consiste no reforço das estratégias utilizadas

no grupo aos níveis da organização, do espaço e das actividades. É

prestado por um professor com habilitações próprias em cada uma

das áreas de enriquecimento curricular.

As actividades específicas consistem num conjunto de propostas

organizadas em função dos programas educativos individuais dos

alunos com NEE e proporcionam respostas mais ricas e significativas,

garantindo uma efectiva participação. São desenvolvidas as seguintes

actividades: Oficina dos 3 R’s; oficina de movimento e drama; ecohorta;

expressão corporal e artística e oficina do som.

Esposende ••••••••• Évora •••••••••••••

Page 8: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Projecto “Passaporte Escolar”

A cidade de Lisboa tem uma população escolar de cerca de 15.000

alunos a frequentar o 1.º ciclo do Ensino Básico nas escolas da rede

pública. A Câmara Municipal de Lisboa tem diversos serviços com ofertas

educativas: Educação, Juventude, Desporto, Ambiente, Espaços Verdes,

Higiene Urbana, Cultura, Património, Urbanismo, entre outros e, decidiu

proporcionar, com uma melhor articulação, esta oferta educativa aos

alunos, através do aproveitamento das sinergias dos vários interlocutores.

O pelouro da Educação e Juventude da Câmara Municipal de Lisboa

desenvolveu o “Passaporte Escolar”, que tem como objectivo pro-

mover a oferta educativa, contribuindo para a formação de cidadãos

activos, conscientes e informados.

Através da criação de uma rede de parceiros não só da autarquia, mas

também alargada a instituições e entidades exteriores, pretende-se

promover o conhecimento e contribuir para a aprendizagem dos alunos

em quatro grandes áreas: educação cultural, educação desportiva,

educação científica e ambiental e educação cívica.

Este objectivo materializa-se na realização de visitas organizadas a

equipamentos da cidade, em contactos com diversos profissionais

e na participação directa em actividades.

O registo destas aprendizagens é feito, com carimbo, no “Passaporte”

entregue a cada aluno do 1.º ciclo, documento que o acompanhará

no seu percurso escolar, e será a memória dos espaços visitados na

cidade que, como cidadão, deles se deverá continuar a apropriar.

A estimulação da aprendizagem contribui para o desenvolvimento de

competências e aptidões nas crianças.

Projecto Ecos

O Projecto Ecos, financiado pelo Programa Escolhas, tem como

entidade Promotora a Câmara Municipal de Loulé e como entidade

Gestora a Casa da Primeira Infância, funcionando em regime de

Consórcio numa estratégia partilhada de intervenção, com algumas

instituições do concelho de Loulé, tais como, CPCJ, PIEC, Valor por

Medida, DGRS e Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita.

É um projecto de prevenção que pretende intervencionar as crianças

e jovens assim como as famílias dos Bairros Sociais da freguesia de

S. Clemente. Os seus destinatários estão compreendidos na faixa etária

dos 6 aos 24 anos.

O Projecto Ecos tem como objectivos a diminuição o abandono/absen-

tismo e insucesso escolar nos bairros sociais de Loulé; o aumento

da empregabilidade dos jovens destinatários e ainda o aumento da

capacidade de resolução de conflitos nos mesmos. Numa série de

actividades diversificadas, desde o apoio escolar até às assembleias

de jovens, passando pelo trabalho com os pais na “Escola de Pais”,

onde a participação activa dos destinatários é fundamental e onde se

valoriza a avaliação participada de todos, a “construção” do projecto é

o pilar de suporte às novas aprendizagens e ao crescimento saudável

destes jovens a das suas famílias.

Pretende-se, assim, sensibilizar a população jovem em situação de

vulnerabilidade dos bairros sociais de Loulé, para a importância dos

factores de educação, formação, emprego e empreendedorismo com

vista à prevenção de situações de risco, promovendo estilos vida

saudáveis e inclusão social. Motivar, consciencializar e integrar são as

palavras chave para escolhas conscientes, desta faixa da população,

que levará a situações de sucesso, almejando uma sociedade de jovens

adultos mais conscientes das suas reais capacidades e oportunidades

na construção do seu próprio futuro.

Lisboa •••••••••••• Loulé •••••••••••••

Page 9: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Quadros Interactivos no 1.º Ciclo do Ensino Básico

No sentido de valorizar e modernizar as escolas, criando condições

físicas que favoreçam o ensino e a aprendizagem e que contribuam para

consolidar o papel das tecnologias da informação e da comunicação

(TIC) enquanto ferramenta básica em tais processos, o Município de

Loures pretende, com a instalação de quadros interactivos nas EB1,

contribuir para a modernização das ofertas escolares em termos

de material informático de apoio pedagógico, assegurando quer aos

professores quer aos alunos ferramentas inovadoras para o processo

de ensino-aprendizagem em contexto de sala de aula, salientando-

-se ainda idêntico contributo no processo de integração e formação

de alunos com necessidades educativas específicas.

No âmbito das obras de grande remodelação e de construção de raiz

de novas EB1/JI levadas a cabo pelo Município nos últimos dois anos

lectivos, foram apetrechadas cinco Unidades Educativas com esta

ferramenta pedagógica, existindo, actualmente, um total de 40 quadros

interactivos em escolas do 1.º ciclo da rede pública, abrangendo um

universo de 878 alunos.

Recentemente, com a participação na candidatura conjunta com os

Municípios da Área Metropolitana de Lisboa ao QREN/Programa

Operacional Regional de Lisboa – Economia Digital e Sociedade do

Conhecimento (Plano Tecnológico da Educação – 1.º Ciclo do Ensino

Básico), que abrange, entre outras tipologias de investimento, a insta-

lação de quadros interactivos em salas de aula, o Município visa dar

continuidade à iniciativa e alargar a mesma a outros equipamentos

educativos da rede pública.

Assim, nos termos da referida candidatura serão instalados de 58

quadros interactivos, até 2012, abrangendo parte das salas de aula

de um conjunto de 26 unidades educativas.

Paralelamente à implementação da candidatura do QREN/PORLisboa,

tendo em conta o objectivo traçado pelo Município de Loures, serão

igualmente instalados nas restantes salas de aula do 1.º ciclo do ensino

básico os quadros interactivos necessários para assegurar à totalidade

dos 7819 alunos o acesso a idênticas condições de ensino-aprendizagem

nas respectivas unidades educativas.

No conjunto, estima-se a instalação de 264 quadros interactivos, nas

escolas do 1.º ciclo do ensino básico, até ao ano 2012.

Newsletter: Moura, Cidade Educadora

De acordo com o Programa Municipal “Mais

Educação” e a Carta das Cidades Educadoras,

o conceito de comunidade educativa traz com

ele uma nova visão da escola e uma respon-

sabilização de todos nós como “Educadores”.

Pais, professores, auxiliares técnicos de educação, autarcas, agentes

culturais e desportivos, e sociedade em geral, são chamados a intervir

de forma mais activa e responsável num processo que se quer demo-

crático, justo, participado e coerente com o objectivo final do sucesso

educativo de cada ser humano em formação.

Aliado ao conceito de comunidade educativa, existem os agrupamentos

de escola, o conselho municipal de educação, as cartas educativas,

as associações de pais e novas respostas no campo do combate à

exclusão, insucesso e abandono escolar. Ao reconhecer a importância

da Educação, o Município de Moura aderiu à Associação Internacional

das Cidades Educadoras e, de acordo com os princípios da Carta

das Cidades Educadoras, investe num novo instrumento de troca e

partilha de projectos educadores, com a edição desta Newsletter

que permite promover meios de comunicação e participação entre

toda a comunidade educativa, assim como na partilha de saberes e

valorização de projectos e actividades, factores facilitadores do rela-

cionamento inter-institucional e conjugação de recursos educativos.

A Newsletter tem carácter mensal e, para além de projectos, activi-

dades e recursos educativos, todos os meses uma instituição/serviço

terá destaque, onde constam ainda informações do mês seguinte,

em formato de agenda. Para uma participação na newsletter, as insti-

tuições do concelho devem enviar todas as informações via e-mail,

podendo entidades concelhias ou de outras localidades e particulares

subscrever a newsletter. Participar na newsletter é tomar voz na Educação.

Loures •••••••••••• Moura •••••••••••••

Page 10: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Equitação Terapêutica

A implementação da Equitação

Terapêutica, pela Câmara Mu-

nicipal de Odivelas, no Centro

Hípico da Paiã, é um ponto de

partida para dar resposta a uma

das necessidades sentidas por

parte da comunidade educativa,

aproveitando as infra-estruturas já existentes.

Os beneficiários são alunos com Necessidades Educativas Especiais,

que frequentam as Unidades de Ensino Estruturado das escolas

públicas do concelho de Odivelas.

Esta experiência educativa reveste-se de um carácter global, e assenta

numa colaboração forte entre a Câmara Municipal de Odivelas, o Minis-

tério de Educação, as estruturas de ensino público, a EPADD-Paiã e a

comunidade educativa (pais, professores, pessoal auxiliar e alunos).

Proporciona-se a estes alunos, com deficiências mentais, cognitivas,

físicas e motoras, um recurso terapêutico rico em estímulos neuro-

-musculares, sensoriais e cognitivos, aumentando a qualidade da

educação, através de uma escola mais democrática e orientada para

o sucesso.

Inicialmente, integrou 15 alunos. Depois de ser feita a avaliação da

primeira fase, os resultados revelaram que o projecto precisava de

se expandir. No ano lectivo 2010/2011, com a abertura de mais Uni-

dades de Ensino Estruturado e Apoio Especializado, o número de alunos

aumentou para 50. As suas patologias variam entre o Autismo, o Sídrome

de Asperger, a Trissomia 21 e a Multideficiência, entre outras. As sessões

são assistidas por uma equipa multidisciplinar, composta por docentes

de equitação terapêutica e de ensino especial, técnicos de educação

e pessoal auxiliar.

Para ir de encontro às necessidades do pessoal afecto ao projecto,

não especializado em equitação terapêutica, foi organizado um curso

de Auxiliar de Equitação Terapêutica, certificado pela Escola Nacional

de Equitação.

Oliveira de Azeméis: Rede Municipal de Serviços de OTL

Atento às necessidades das famílias, o Município de Oliveira de Azeméis

tem vindo a criar, desde 2006 e de forma progressiva, uma rede de

serviços de OTL (Ocupação de Tempos Livres), complementando as

ofertas já existentes no terreno, de modo a que todas as escolas possam

ter uma resposta de animação sócio-educativa adequada à difícil tarefa

da conciliação do tempo de trabalho das famílias e o horário escolar.

O modelo utilizado rentabiliza o tempo das assistentes operacionais

colocadas para o serviço de refeição, estando a coordenação em cada

escola, a cargo de uma técnica superior de educação (educadora de

infância ou professora do primeiro ciclo) a tempo parcial.

Este serviço engloba o fornecimento de refeições; prolongamento

de horário – recepção no período da manhã e o tempo para além

das 25h lectivas e AECs no 1.º CEB –, bem como actividades nas

interrupções lectivas.

A abertura destes serviços depende da existência de espaços adequados

em cada escola, não se restringindo contudo a estes, especialmente

nas interrupções lectivas em que é dada prioridade às saídas de campo

e visitas a espaços do Município.

Além da supervisão dos coordenadores de estabelecimento e dos agru-

pamentos, o Município garante uma coordenação técnica e formação

necessárias ao funcionamento do serviço.

Para o sucesso deste modelo, muito contribuem as parcerias estabele-

cidas com os Agrupamentos de Escolas, sendo o plano de actividades

de cada unidade elaborado em articulação com a escola e devidamente

enquadrado no Projecto Educativo de Agrupamento, com a devida

aprovação do Conselho Pedagógico.

Boas Práticas

Odivelas •••••••••••• Oliveira de Azeméis •••

Page 11: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Educação em Palmela... um caminho com futuro!

No ano em que é assinalado o Centenário da Implantação da República,

Palmela celebra este período enquanto berço da unidade nacional em

torno da modernidade e dos valores liberais e democráticos, valorizando

o seu percurso histórico e reiterando os ideais republicanos, nomeada-

mente da crença convicta no valor da Educação.

A edição de 2010/11 da Recepção à Comunidade Educativa é uma

oportunidade de partilha das boas práticas, de culturas, de valores

e de pessoas que se envolvem no desafio de educar e formar, sendo

as Comemorações uma oportunidade para aprofundar os valores e o

ideário republicano, em especial no que diz respeito à participação social,

política e à promoção do progresso social. Também a Candidatura da

Arrábida a Património Mundial e o Ano Europeu do Combate à Pobreza

e Exclusão Social são referências que importam valorizar e aprofundar,

no sentido de Palmela mais Solidária.

No dia 7 de Outubro realizou-se o tradicional momento convívio que

reuniu professores, educadores, animadores, auxiliares de acção educa-

tiva, pais e encarregados de educação, envolvendo a participação de

um total de 300 pessoas. Este programa foi totalmente realizado pela

comunidade educativa, contando com a mostra da exposição “Repú-

blica”, com a animação teatral “O meu discurso da República” da Rede

das Biblioteca Escolares, assim como com a participação da Orquestra

de Cordas do Conservatório Regional de Palmela.

Sendo a Educação um dos instrumentos fundamentais de combate à

desigualdade, continuamos a prosseguir a missão da Escola Pública

de qualidade, para que o acesso e a frequência de todas as pessoas

em igualdade de circunstâncias continue a ser uma realidade.

Consulte programa em www.cm-palmela.pt.

Comemorações do Centenário da República

No passado dia 4 de Outubro, associou-

-se este Município ao Agrupamento

Vertical de Escolas de Paredes, no

âmbito das comemorações do Centenário

da República, através de uma recriação

histórica da implantação da República

que envolveu mais de mil figurantes.

Os Paços do Concelho e Praça José

Guilherme foram palco de uma viagem

no tempo, que permitiu refazer a ence-

nação do regicídio, graciosidade da valsa ou pela verve dos poetas,

em vésperas da Implantação da República.

Houve ainda espaço para uma tertúlia, onde monárquicos e republicanos

debateram as suas ideias.

No início da noite, realizou-se o concerto “Paredes da República”,

encenado pelas bandas de Música de Baltar, Cête e Vilela e pelo grupo

de Teatro Tru’peça, com encenação de Ana Perfeito e Fernando Soares.

Inauguração dos Centros Escolares E.B.1/JI de Mouriz, Gandra e Vilela

Depois do Centro Escolar de Mouriz, inaugurado no passado dia 8 de

Setembro pelo primeiro-ministro José Sócrates, e do Centro Escolar

de Gandra/Astromil, inaugurado há menos de uma semana pelo chefe

de Estado timorense, José Ramos Horta, coube ao ministro da Defesa

Nacional, Augusto Santos Silva, presidir à inauguração do Centro

Escolar de Vilela, no âmbito do programa oficial das Comemo-

rações do Centenário da República.

O antigo ministro da Educação fez ainda questão de elogiar “a feliz

ideia da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da

República em fazer do prato forte deste dia a inauguração de 100 escolas

por todo o país. É das melhores homenagens que podemos fazer à

República, uma vez que reside aí o principal ideal republicano”.

Palmela •••••••••••• Paredes ••••••••••

Page 12: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

“Portimão Município Acessível”

A acessibilidade e a mobilidade para todos são um

tema bastante actual nos dias de hoje. O território

onde construímos as nossas cidades, apresenta

muitas vezes as condições topográficas respon-

sáveis pela maior ou menor facilidade de deslo-

cação e acesso aos diferentes espaços que as

constituem.

O Município de Portimão tem alguma história em

matéria de acessibilidade tendo em conta que é

sócio e fundador da Rede Nacional de Cidades e

Vilas com Mobilidade para todos, encontrando-

-se desde o início do ano de 2009, a desenvolver

Programas de Promoção da Acessibilidade.

Um dos pilares desses Programas assentou em acções de “Sensibi-

lização e Promoção de Boas Práticas”, dirigido a crianças e adoles-

centes das Escolas do Município, considerando a importância deste

público como geração vindoura, responsável por uma nova atitude,

capaz de construir cidades acessíveis e sustentáveis para todos e que

permitam ao mesmo tempo, uma vivência saudável e competitiva num

espírito de igualdade de oportunidades.

A Câmara Municipal de Portimão promoveu nos dias 11 e 12 de

Outubro de 2010 duas acções de informação/formação sobre Acessi-

bilidade e Mobilidade para Todos no âmbito da elaboração de Progra-

mas de Promoção da Acessibilidade e desta vez dirigida a técnicos

e agentes que estão envolvidos no planeamento das cidades,

nomeadamente na área de arquitectura e construção e também direc-

cionadas aos operadores de turismo, de comércio e de transportes.

A iniciativa surgiu na sequência da criação da “Rota Acessível em

Portimão”, pioneira a nível nacional e uma das primeiras na Europa

que elimina as barreiras arquitectónicas existentes no centro admi-

nistrativo da cidade, através de um percurso com mais de 5 km,

contínuo, desobstruído e devidamente sinalizado. Trata-se de um

percurso pedonal seguro e sem barreiras que permite aos utilizadores

de mobilidade reduzida chegarem facilmente aos pontos principais da

cidade de Portimão (serviços públicos, incluindo edifícios de adminis-

tração escolar e desportivos, pontos turísticos e zona comercial), com

a ajuda de sinalética apropriada, nomeadamente apresentando infor-

mações em Braille. A Rota Acessível de Portimão foi inaugurada no dia

8 de Outubro de 2010, tendo-se realizado, nesta ocasião, a conferência

internacional “Acessibilidade e Mobilidade para Todos”.

A criação da Rota Acessível é uma medida que certamente levará a

importantes e significativos benefícios sociais, culturais e económicos

e dará consistência ao conjunto de medidas e acções que a autarquia

tem vindo a desenvolver em prol da promoção da acessibilidade e

mobilidade e para todos.

S. João da Madeira põe Projecto Educativo Municipal online

O Projecto Educativo Municipal de S. João da Madeira, que foi apre-

sentado recentemente à comunidade educativa, já está disponível

para consulta, passando o documento da versão papel para um sítio

na Internet, inteiramente dedicado aos programas e actividades orga-

nizados para a comunidade educativa.

No ano lectivo de 2010/2011, o Projecto integra cerca de 40 programas

e actividades, promovidos pelos serviços da Câmara Municipal de S. João

da Madeira e dirigidos à comunidade educativa. O Projecto Educativo

Municipal inclui, assim, todos os projectos, acções e iniciativas

que vão acontecer no concelho, distribuídos por seis áreas de inter-

venção: Educação, Ambiente, Cultura, Protecção Civil, Acção Social e

Actividades/Eventos. Cada projecto contém uma descrição, os objectivos

e acções, o público-alvo e os contactos úteis para aderir.

Tradição e NovidadesDiversos programas são já uma tradição na cidade, como sejam o

“Carnaval das Escolas”, o “Apoio Psicopedagógico”, a “Decoração das

rotundas no Natal”, o programa Escolar da Agenda 21 Local, os “Pe-

quenos Cientistas Sanjoanenses” ou as “Marchas de S. João”. O ensino

secundário terá, uma vez mais, acesso à “Escola Empreendedora”,

programa que conta com reconhecimento internacional.

Outros vão decorrer pela primeira vez, como sejam, “Eu sou a história

da minha cidade”, organizado em conjunto pelo Museu da Chapelaria,

Paços da Cultura e Biblioteca Municipal; “Raças Perigosas e Animais

de Companhia”, organizado pelo Canil Intermunicipal; “Génerus”, sensi-

bilizando para a igualdade de género; e a Ceia de Natal para pessoas

sós ou carenciadas.

Séniores abrangidosNuma óptica de educação ao longo da vida, o Projecto Educativo

Municipal alarga-se à população idosa a quem são dedicados diversos

programas, desde a área da animação da leitura aos programas na

área da chapelaria. A própria “Feira da Ciência” terá, pela primeira vez,

um dia aberto aos séniores.

Para conhecer mais sobre cada um dos programas, e ir acompanhando

a sua concretização, pode consultar o novo blogue criado para o efeito:

www.projectoeducativomunicipal.wordpress.com.

Portimão •••••••••• S. João da Madeira ••

Page 13: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

“Uma Actividade na Linha” (ex-linha do Baixo Vouga): Comissão de Protecção deCrianças e Jovens de Sever do Vouga (CPCJ SV)

No âmbito da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sever

do Vouga, foi realizada no passado dia 29 de Junho, uma actividade

de Prevenção Primária, designada “Um dia na Linha” que decorreu na

Ecopista do Vouga e Quinta do Barco, dirigida a 72 jovens do concelho,

com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos de idade.

Esta actividade teve como objectivos, a divulgação da CPCJ e objectivos

preventivos junto dos jovens do Município de Sever do Vouga.

Fizeram parte do conjunto dessa actividade, um Peddy-Papper, jogos

tradicionais, debates sobre as temáticas abordadas no Peddy-Papper

e um almoço convívio. Foram contactadas um conjunto de entidades

públicas e privadas, locais e nacionais, no sentido de patrocinarem os

custos inerentes com a implementação da iniciativa.

As entidades do Concelho de Sever do Vouga e organismos Nacionais

que aceitaram o desafio e colaboraram de forma voluntária com esta

iniciativa foram desde o IDT (Instituto da Droga e da Toxicodependência)

às grandes superfícies, comércio local, IPSS’s locais e bolseiros uni-

versitários apoiados pela Câmara Municipal.

Contámos também com a colaboração de um Professor de Educação

Física que animou o fim da tarde das nossas actividades com jogos

tradicionais.

No final, todos foram vencedores, tendo sido entregue uma medalha

de participação a todos os participantes.

Pólos de Educação ao Longo da Vida

O Município de Silves tem demonstrado uma preocupação crescente

com a formação ao longo da vida da população nos últimos anos.

Prova disso são os seis Pólos de Educação ao Longo da Vida exis-

tentes no concelho, que funcionam em alguns casos em escolas

unitárias desactivadas.

Este projecto destina-se a pessoas de todas as idades, independen-

temente do sexo e do grau de escolaridade. Desenvolve se através

de uma troca mútua de saberes entre as diferentes gerações, pro-

porcionando àqueles que os frequentam uma actualização crescente,

reforçando a ideia de que uma educação permanente e fora do sistema

de ensino formal, também é enriquecedora e importante na formação

do individuo. Os Pólos têm tido uma óptima aceitação e a adesão por

parte da população é cada vez mais significativa, sendo pretensão da

autarquia estender este projecto a todas as freguesias do concelho,

para incutir a todos hábitos de responsabilidade cívica através da

participação e organização de actividades.

A presença constante de um técnico no meio em que se vai intervir é

fundamental para a conquista da confiança da população, provendo

em cada Pólo actividades distintas que passam por visitas de carácter

cultural, encontros intergeracionais, ciclos de leituras, grupos de teatro,

ateliers diversos, participação em sessões de informação, entre outras.

Entre os objectivos gerais que se pretende atingir com este formato,

destacam-se:

- gerar processos de autonomia, criatividade e participação combatendo

o sedentarismo;

- fomentar as relações interpessoais e a integração grupal, a fim de evitar

a solidão e o isolamento social;

- organizar, coordenar e dinamizar actividades sócio-educativas e sócio-

-culturais através da utilização de técnicas de animação comunitária.

Silves •••••••••••••Sever do Vouga •••••

E aqui está o grupo, no fim de um dia muito cansativo masque correu muito bem com o empenho de todos.

Page 14: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

Promoção de hábitos de leitura do ensino pré-escolar ao secundário

O Município de Santa Maria da Feira, através de um conjunto de

projectos que tem vindo a desenvolver, incentiva crianças e jovens a

hábitos de leitura. O Ciclo de Tertúlias Poéticas Infantis, que envolve

escolas EB1 e jardins-de-infância do Concelho que aderiram ao Programa

de Apoio à Família, é apenas um exemplo. Para além de promover e

incentivar a leitura, este projecto fomenta o convívio inter-geracional

entre crianças, famílias, educadores e assistentes operacionais. Nesta

actividade, as crianças dramatizam, encenam e recitam excertos de

obras infantis, nacionais e concelhias.

Merece particular referência a participação de alunos das três escolas

secundárias do Concelho em workshops da companhia internacional

La Fura dels Baus, inspirados no livro Memorial do Convento, de

José Saramago. Para além da promoção da leitura junto das gerações

mais jovens, este projecto permitiu trabalhar vários conceitos, tais como

verdade, amor, promessa e valentia, abordando ainda interrogações

sobre a actualidade e olhares sobre o mundo.

Destaque ainda para os workshops coordenados por Luciano Burgos

e Claudio Hochman, que lançaram o desafio às escolas secundárias

do Município para trabalharem a criatividade, a expressão corporal,

dramática, entre outras áreas, no âmbito da temática As aventuras de

Pinóquio, de Carlo Collodi.

Estes jovens juntaram-se para contarem, com a sua presença física,

as sensações que a história do boneco que se transforma em humano

lhes transmitiu. A descoberta do corpo e as suas faculdades, a relação

com o seu pai, a procura do saber em cada experiência de vida, o medo

de ser estigmatizado pela sociedade, a aventura de crescer, são alguns

dos pontos que serviram de impulso para esta proposta.

Inaugurado Centro Escolar de Assentis e Chancelaria

Foi inaugurado no passado dia 5 de Outubro, o Centro Escolar de

Assentis e Chancelaria, o primeiro de um conjunto de equipamentos

que qualificará toda a rede educativa do concelho de Torres Novas

ao nível da educação pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Localizado no Outeiro Grande, conta com 13 salas de aula, laboratório,

sala de informática, refeitório, ginásio, campo de jogos, biblioteca e salas

de prolongamento de horário. Irá receber cerca de 200 alunos das

freguesias de Assentis e Chancelaria. A obra teve o custo de 2,5 milhões

de euros, comparticipados a 80% por fundos comunitários.

“Hoje é um dia particularmente feliz porque esta escola já devia ter

sido inaugurada há mais de 20 anos. Mas tarde é o que nunca vem. E

cumprimos a promessa de que esta seria a primeira escola a ser feita

fora da cidade”, afirmou, na ocasião António Rodrigues, o presidente

da Câmara Municipal de Torres Novas. “Estamos hoje a fazer uma

autêntica revolução em Torres Novas no que se refere às condições

de ensino. Este é um centro escolar de excelência, aberto sempre que

necessário às populações de Chancelaria e Assentis. É uma escola

que vai interagir com a população”.

Stª Maria da Feira ••• Torres Novas •••••••

Page 15: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

Boas Práticas

“Hoje, vou ao café… ouvir poesia!”

O pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Trofa, através da Casa

da Cultura, tem vindo a implementar “uma boa prática” entre os

seus munícipes. Trata-se de aproveitar a rotina diária da sua ida

ao café para os convidar a saborearem o momento com a audição

de um poema.

Assim, todas as últimas sextas-feiras de cada mês, num café a

designar, as pessoas são surpreendidas com aromas poéticos

misturados na cafeína da chávena fumegante.

Em vez de se estar à espera que as pessoas se desloquem à Casa da

Cultura ou à Biblioteca, são estes serviços que se dirigem aos espaços

onde as pessoas regularmente se reúnem, os cafés, levando-lhes a

palavra poética, num autêntico espírito missionário, pois o que os move

é o amor aos poetas e à sua mensagem transmitida pela poesia. É este

o principal objectivo da iniciativa – divulgar o gosto pela cultura,

sobretudo pela beleza melódica da palavra poética, promovendo a

divulgação e o amor à língua portuguesa.

Os munícipes são convidados a comparecerem, levando um poema

e um amigo. Nesse dia, os olhos deixam de ser seduzidos pelo televisor

e todos os sentidos se concentram na mensagem poética, deixando-

-se enternecer e deixando-se levar nas asas do sonho.

Na Trofa, a poesia não é só para os poetas. Ela despe o seu manto

sagrado e, sem perder a dignidade, desce ao plano dos mortais, que dela

se apoderam com carinho, usando-a como sua. É, por isso, normal e

gratificante, ver as pessoas levantarem-se e dizerem um poema.

Tendo iniciado no passado mês de Julho, a actividade tem vindo a criar

seguidores fiéis. A Casa da Cultura aproveita para, ao mesmo tempo,

divulgar as suas valências, principalmente os serviços da Biblioteca,

promovendo uma campanha de captação de leitores.

A semente tem germinado, pois as pessoas já vão perguntando, “onde

é a próxima?”

A Acessibilidade como Factor de Cidadania

O Município de Vila Franca de Xira concluiu, em Outubro, os seus

Planos de Promoção da Acessibilidade, realizados com o apoio

do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH) Eixo 6:

Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento – Tipologia 6.5: Acções de

Sensibilização e Promoção de Boas Práticas. Graças a estes Planos,

a autarquia conseguirá eliminar progressivamente as barreiras arqui-

tectónicas, sociais e psicológicas, que tanto prejudicam a vida dos

cidadãos/ãs com mobilidade reduzida.

No âmbito do desenvolvimento destes Planos, foram promovidas diversas

acções de sensibilização, nomeadamente junto da população escolar,

destacando-se um Concurso de Fotografia destinado a alunos/as do

3.º Ciclo e do Ensino Secundário; um Peddy-Paper destinado aos

alunos/as dos 2.º e 3.º Ciclos, reforçando a percepção das dificuldades

das pessoas portadoras de deficiência, em relação às várias barreiras

arquitectónicas que encontram na cidade; sessões de sensibilização

destinadas a um público-alvo que ia desde o Jardim-de-infância até ao

Ensino Secundário, dinamizadas por técnicos do Instituto das Cidades

e Vilas com Mobilidade; e a edição de um livro de colorir, dedicado à

questão das acessibilidades, que foi distribuído, em vários certames,

às crianças do Concelho.

Sensibilizando a população, especialmente, a mais jovem, a Autarquia

de Vila Franca de Xira acredita poder contribuir para uma maior inclusão

social e igualdade de oportunidades, garantindo um futuro sustentável

e justo, sem barreiras.

Trofa ••••••••••••• Vila Franca de Xira ••

Page 16: Boletim 14 da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras

1- Lisboa vai organizar o IV Congresso Nacional das Cidades Educa-

doras, sob o tema “A Cidade Educadora e o Ambiente: Problemática

Global – Respostas Locais”, em Maio de 2011.

A candidatura deste município foi a única a ser apresentada à Comissão

de Coordenação da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educa-

doras, dentro dos prazos previstos no Regulamento de Candidatura à

Organização do Congresso Nacional.

2- O Município de Lisboa, representando a Rede Territorial Portuguesa

das Cidades Educadoras participou na reunião do Comité Executivo da

Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), que teve lugar

em Changwon, na Coreia do Sul, nos dias 22 e 23 de Outubro de 2010.

3- No dia 25 de Outubro, teve lugar um Seminário sobre formação ao

longo da vida, integrado no II Encontro da Rede Territorial Ásia-Pacífico

da AICE, organizado pelo Município educador de Gunsan. Nesse Semi-

nário, as representantes de Lisboa, conforme convite da AICE, apre-

sentaram um historial da Rede Territorial Portuguesa, sua origem,

membros, estrutura, organização e actividades em curso.

Neste Seminário foram abordados os seguintes temas:

- Desenvolvimento Económico

- Escolas populares na Dinamarca

- Construção de cidade e cidadania

- Desenvolvimentos de ambientes de aprendizagem

- Implementação de estratégias de formação ao longo da vida

4- A Rede Territorial Portuguesa da AICE é, actualmente constituída por

42 Municípios, registando-se a adesão das cidades de Câmara de Lobos,

Miranda do Corvo, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, estando

outros em processo de adesão.

Cascais4 de Novembro de 2010 |Espectáculo Comentado – Mundo Meupela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo

25 de Novembro de 2010 |O Espaço Arte - Entre o espaço na arte ea casa como poética do espaço, dirigido aos Técnicos das AEC e CASE

25 de Novembro de 2010 |Percurso Comentado a partir da exposiçãoTrienal de Arquitectura de Lisboa 2010

26 de Novembro de 2010 |Workshop - O Espaço na Arte

ChavesNovembro de 2010 a Maio de 2011 |Projecto Viver a EscolaHora do Conto na Biblioteca Municipal de Chaves, Património Vivo no Museuda Região Flaviense e Dança, teatro, música na Academia de Artes de Chaves

20 e 21 de Novembro de 2010 |4.º Emax - Encontro MostraAssociativa Juvenil Portugal e Galiza |Pavilhão Municipal de Chaves

23 a 25 de Novembro de 2010 |Exposição Itinerante de EducaçãoFinanceira |Sala Multiusos do Centro Cultural de Chaves

28 a 30 de Janeiro de 2011 |Encontro de Danças e Cantares dasEscolas do Concelho de Chaves (Evento inserido no Certame Sabores e Saberes de Chaves) |Pavilhão Municipal de Chaves

4 de Março de 2011 |Desfile de Carnaval |Ruas da Cidade

Esposende5 de Outubro de 2010 a 28 de Fevereiro de 2011 |Exposição “Os IdeaisRepublicanos em Esposende” |Museu Municipal de Esposende

28 de Outubro e 30 de Novembro de 2010 |Atelier “Contos, cantos e que + Memória Imaterial”, com José Barbieri e Filomena Sousa(Itinerância DGLB) |Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura

12 a 28 de Novembro de 2010 |Encontro de Teatro AmadorAuditório Municipal de Esposende

9 a 31 de Dezembro de 2010 |O meu Natal é Ecológico

17 de Dezembro de 2010 |Natal dos Leitores - Homenagem aos melhores leitores do ano 2010 |Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura

LisboaAbril de 2011 |5ª Edição da “Panorama - Mostra do Documentário Português” |Videoteca Municipal de Lisboa

Moura2 de Novembro de 2010 |Reunião de Conselho Municipal de Educação de Moura

8 e 26 de Novembro de 2010 |Atelier de Partilha: elaboração dosenfeites para a Árvore da Partilha |Cine-Teatro Caridade de Moura

Até 14 de Novembro de 2010 |Exposição de Pintura de Alonso FernandesPosto de Turismo

3 de Dezembro de 2010 |“Árvore da Partilha”

24 e 30 de Janeiro de 2011 |Semana da Comunidade Educativa 2011

Oliveira de Azeméis12 de Dezembro |“II Encontro de Coros Infantis em Terras de LaSalette” |Cine-Teatro Caracas

Santa Maria da Feira2 a 4 de Dezembro de 2010 |“I Encontro Nacional para a PrevençãoCardiovascular nas Escolas” integrado no “IV Congresso Iberoamericanode Reabilitação Cardíaca e Prevenção Secundária” |Biblioteca Municipalde Santa Maria da Feira

5 a 12 de Dezembro de 2010 |Festival de Cinema Luso Brasileiroorganizado pelo Cineclube da Feira |Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira

5 a 26 de Dezembro de 2010 |Terra dos Sonhos|Quinta do Castelo - S.Mª Feira

12 de Dezembro de 2010 |Festa de Natal para Pessoas Portadorasde Deficiência |Europarque

20 de Janeiro de 2011 |Festa das Fogaceiras 2011 |Centro histórico

São João da MadeiraEntrega de trabalhos até 5 de Novembro de 2010|Concurso EDV (Cri)activoAssociação de Municípios Terras de Santa Maria - S. João da Madeira

Todo o mês de Dezembro de 2010 |“O Natal desce à rua”Diversos espaços da cidade de S. João da Madeira

7 a 16 de Dezembro de 2010 |Teatro de Natal, para as crianças do concelhoPaços da Cultura - S. João da Madeira

9 a 22 de Dezembro de 2010Formação de professores em Educação e EmpreendedorismoPimampiro, Equador (protocolo com a Câmara M. de S. João da Madeira)

24 de Dezembro de 2010 |Ceia de Natal para pessoas sós e carenciadasRede Social de S. João da Madeira

A Comissão deCoordenação Informa•••

Os municípios divulgam••••••••••••••••••••

Os municípios divulgam

Ficha Técnica|Coordenação Editorial|Elsa Calado, Jorge Simões, Sancho GomesCoordenação Gráfica|Município de Lisboa - Elsa CaladoDesign|Susana SilvaPaginação|Laura LourençoImpressão|Divisão de Imprensa Municipal - CMLNº Exemplares|1900Contactos Comissão de Coordenação da Rede Portuguesa|[email protected] |Tel. 21 882 47 [email protected] |Tel. 249 839 [email protected] |Tel. 266 777 100Endereço| www.edcities.org /link “Portugal”