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Plano de engajamento com as partes interessadas
Índice
Apresentação .......................................................................................................................................... 3
Contextualização do BRT Aricanduva ...................................................................................................... 3
Atividades realizadas e engajamento das partes interessadas ............................................................... 4
Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental ..................................................................................... 4
Realizações de Audiência Pública ........................................................................................................ 5
Emissão de Licença Ambiental Prévia e exigências que tratam do envolvimento das
partes interessadas ............................................................................................................................. 7
Emissão de Licença Ambiental de Instalação e exigências que tratam do envolvimento
das partes interessadas ....................................................................................................................... 8
Identificação e análise das partes interessadas .................................................................................... 11
Programa de Envolvimento das Partes Interessadas ............................................................................ 13
Finalidade do Programa .................................................................................................................... 13
Estratégias propostas para comunicação com as partes interessadas ............................................. 14
Etapas de desenvolvimento e Cronograma ...................................................................................... 15
Componentes de comunicação ......................................................................................................... 17
Recursos e responsabilidades na implementação das atividades de envolvimento das
partes interessadas ............................................................................................................................... 18
Mecanismo de queixas .......................................................................................................................... 19
Monitoramento e preparação de relatórios ......................................................................................... 23
Apresentação
O Plano de Engajamento com as Partes Interessadas (PEPI) proposto para o BRT
Aricanduva tem como ponto inicial a identificação dos impactos (negativos) e benefícios
(impactos positivos) trazidos pelo projeto, nas 3 fases que o compõem: Planejamento,
Implantação e Operação. A partir disso, torna‐se possível a identificação das partes
interessadas, seja em função dos impactos ou dos benefícios.
Neste ponto, o processo de Licenciamento Ambiental do empreendimento
(como descrito adiante) acaba assumindo papel essencial para a construção dos
instrumentos de relacionamento entre o empreendimento (e seus agentes executores) e
a população afetada.
Além dessa caraterização dos impactos, a elaboração dos estudos ambientais e
execução dos ritos que envolvem o Licenciamento Ambiental (tal como realização de
audiências públicas e emissão das Licenças Ambientais), pressupõem a proposição de
medidas mitigadoras dos impactos e monitoramento de seus resultados. Isso, na prática,
se traduz no Plano de Gestão Ambiental do empreendimento (e os Programas dele
derivado), uma ferramenta essencial para comunicação com todas as partes
interessadas.
Contextualização do BRT Aricanduva
O BRT Aricanduva, inicialmente denominado Corredor Leste Aricanduva, faz parte do
PlanMob (Plano Municipal de Mobilidade Urbana da Prefeitura de São Paulo), sendo parte
integrante do empreendimento denominado “Corredores de Ônibus da Zona Leste de São
Paulo e Novo Terminal Itaquera”, empreendimento que contempla um conjunto de
Corredores na Região Leste do Município de São Paulo.
O BRT Aricanduva terá uma extensão de 14 km e se desenvolve ao longo do eixo
da Av. Aricanduva e Av. Ragueb Chohfi, iniciando‐se no cruzamento da Av. Aricanduva
com a Rua Edgar de Souza (altura do Viaduto Eng. Alberto Badra), segue pela Av.
Aricanduva, até a Av. Ragueb Chohfi, terminando na Praça Felisberto Fernandes da Silva,
localizada nas proximidades do Terminal de Ônibus São Mateus.
Para atender as características específicas do PlanMob, o então Corredor Leste
Aricanduva passou por algumas adequações, destacando‐se:
(i) Nova configuração proposta à seção viária: a faixa exclusiva de ônibus que
originalmente se localizava à direita do viário foi convertida em faixa
exclusiva à esquerda. Contudo, essa alteração não resultou em mudanças
significativas no projeto e em sua área de entorno.
(ii) Proposta de implantação de 28 km de ciclovia ao longo da Avenida
Aricanduva. No projeto anterior, a ciclovia não estava contemplada, somente
havia a designação de ‘vias cicláveis’ no entorno da Avenida Aricanduva e não
sobre ela.
A alteração do corredor de faixa exclusiva à direita para faixa exclusiva à esquerda
possibilitará o aumento dos benefícios trazidos pela nova infraestruturas, destacando‐se:
• Melhoria da capacidade do corredor com o aumento da velocidade média dos
ônibus, reduzindo tempos de viagem e custos operacionais,
• Maior fluidez e desempenho operacional do sistema, reduzindo as emissões de
poluentes.
• Oferecimento de maior conforto e segurança para os usuários, diminuindo conflitos
entre pedestres x usuários e veículos particulares x ônibus, melhorando assim, a
relação entre transporte e o ordenamento territorial.
No entanto, alguns impactos anteriormente não previstos ocorrerão em função
dessa nova configuração proposta. Entre eles, o aumento das áreas impermeáveis que
ocorrerá em função da diminuição de alguns canteiros existentes.
Além disso, com a implantação do corredor de ônibus à esquerda, haverá a
necessidade de alguns trechos de desapropriação, principalmente, em locais próximos às
paradas de ônibus. Isso se faz necessário para que não haja uma diminuição de faixas de
tráfego nestes trechos, o que causaria um estrangulamento e consequentemente uma
diminuição da capacidade das vias. Essas desapropriações (em sua maioria faixas com
2m de largura que resultam em desapropriações parciais de imóveis) estão distribuídas
ao longo dos 14 km do empreendimento, afetando imóveis com diferentes usos.
Atividades realizadas e engajamento das partes interessadas
Até o presente momento, como previsto dentro dos processos de licenciamento
ambiental, as etapas e ações já concluídas consideraram de alguma forma o
relacionamento com as partes interessadas, como demonstrado a seguir:
Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental
Ainda que o projeto do BRT Aricanduva esteja em sua fase final de consolidação,
os impactos ambientais (além dos ressaltados acima, resultantes das últimas adequações
do projeto), trazidos com o planejamento, implantação e operação do empreendimento
já foram devidamente identificados e avaliados,
O principal instrumento para isso foi a elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA‐RIMA) elaborado para o
empreendimento denominado Terminais de Itaquera e Corredores da Zona Leste (objeto
da Licença Ambiental Prévia LAP 04/SVMA.G/2013), em que o Corredor Leste Aricanduva
está inserido.
No EIA está contemplado o Programa de Comunicação Social e Educação
Ambiental, um dos oito que compõem o Plano de Gestão Ambiental1 citado acima. Este
Programa prevê uma série de medidas de relacionamento com as partes interessadas do
projeto e são a base para a elaboração deste Plano de Engajamento com as Partes
Interessadas aqui apresentado.
Regras para Realização de Audiências Públicas
A publicidade a qual o EIA‐RIMA é submetido consiste num importante canal de
comunicação com a população. Segundo a Resolução CONAMA 237/1997, um dos
principais marcos legais que regem o licenciamento ambiental 2:
Art. 3º‐ A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas
efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de
prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio
ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar‐se‐á publicidade, garantida a realização de Audiências
Públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.
No caso do Município de São Paulo, este procedimento (vinculado à Resolução
CONAMA n° 237) é garantido pela Resolução n° 179/CADES/20163 e pela Resolução n°
177/CADES/2015 4. Nesta, fica claro o papel das Audiências Públicas no diálogo com as
partes interessadas, tendo objetivo de apresentar, debater, esclarecer e recolher
sugestões sobre os empreendimentos e atividades e seus respectivos estudos ambientais.
A título de esclarecimento, a Resolução n° 177/CADES/2015 estabelece outras circunstâncias (além das relacionadas ao tipo de estudo e empreendimento em análise)
em que as Audiências Públicas poderão ocorrer por solicitação de diversas partes
interessadas, tais como:
(i) Por entidade civil sem fins lucrativos, constituída há mais de um ano e que
tenha por finalidade social a defesa de interesse econômico, social, cultural ou
ambiental, que possa ser afetado pelo empreendimento ou atividade objeto
do respectivo EVA;
(ii) Por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos que representem legítimos interesses da
coletividade, que possam ser afetados pelo empreendimento ou atividade;
1 Além dele, são previstos os Programas de: Gestão Ambiental (PGA); Controle Ambiental das Obras;
Compensação Ambiental; Arborização e Ajardinamento; Monitoramento da Qualidade Ambiental;
Desapropriação e Indenização; Prospecções e Monitoramento Arqueológico. 2 Resolução CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) Nº 237/1997, que regulamenta os
aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente. 3 Resolução nº. 179/CADES/2016, de 16 de março de 2016 (Conselho Municipal do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável), que dispõe sobre a Alteração de Resolução CADES nº. 170, que trata
sobre a competência do Município de São Paulo para o Licenciamento Ambiental 4 Resolução 177/CADES/2015, de 19 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a alteração da Resolução CADES nº. 69, de 05 de julho de 2002, que trata da necessidade de regulamentar e tornar públicos os procedimentos para convocação e realização de Audiências Públicas.
(iii)Pelo Ministério Público Federal ou do Estado de São Paulo;
(iv) Pelo Poder Público Estadual, através da Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo.
Importante ainda destacar o procedimento de convocação das Audiências Públicas
previsto nessa Resolução:
Art. 6º ‐ A convocação de Audiência Pública será feita com antecedência mínima
de 20 dias, através de jornal de grande circulação no Município de São Paulo e pelo
Diário Oficial do Município, assim como, por correspondência registrada aos
referenciados no art. 7º, divulgação via Internet no endereço eletrônico da SVMA e
outros meios de comunicação ampliada.
Parágrafo único ‐ Convocada a Audiência Pública, o empreendedor, garantindo a
mais ampla divulgação e participação dos interessados, deverá divulgá‐la
imediatamente por meio de jornal de grande circulação no Município de São
Paulo, pela imprensa, por outros veículos de comunicação locais em especial de
rádio‐difusão, e enviará à SVMA a comprovação dessa divulgação.
E as etapas que deverão ser seguidas nas Audiências Públicas (Artigo 11º):
I. Composição da mesa e abertura dos trabalhos pelo presidente da Sessão;
II. Exposição do empreendimento ou atividade pelo empreendedor e pela equipe
responsável pela elaboração dos estudos ambientais (EIA‐RIMA ou EVA), em
linguagem que garanta o amplo entendimento da natureza, dos objetivos e dos
seus impactos
(máximo de 30 minutos para cada exposição);
III. Debates:
a. Manifestações de representantes de ONG's e demais entidades civis (5 minutos
para cada exposição ‐ máximo de 30 minutos).
b. Manifestações dos presentes (2 minutos para cada exposição ‐ máximo de 60
minutos).
c. Manifestações das autoridades presentes (5 minutos para cada exposição).
§ 1º ‐ os inscritos terão direito a uma única manifestação, observada a ordem de
inscrição.
IV. Réplicas:
a. Empreendedor (15 minutos).
b. Equipe responsável pela elaboração dos estudos ambientais (15 minutos).
§ 2º ‐ A critério do presidente da sessão, os prazos acima previstos poderão ser
ampliados em caráter excepcional.
V. Encerramento da Audiência Pública pelo presidente da sessão.
Emissão de Licença Ambiental Prévia e Exigências que Tratam do Envolvimento das Partes
Interessadas
A partir da aprovação do EIA‐RIMA pelo CADES, com fundamentos no Parecer
Técnico elaborado por CLA/SVMA, e considerando os aspectos apontados pela
população através das Audiências Públicas, o empreendimento Terminais de Itaquera e
Corredores da Zona Leste, teve sua Licença Ambiental Prévia LAP n° 04/SVMA.G/2013
emitida.
Neste ponto, importante destacar, ainda, que o empreendimento passou por
aprovação no CADES – Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, um órgão consultivo e deliberativo em questões referentes à preservação,
conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, construído e do
trabalho, em todo o território do Município de São Paulo.
A composição do CADES tem a participação de diversos setores da sociedade,
conferindo ao processo de aprovação do empreendimento publicidade e diversidade
com as partes interessadas. O CADES é presidido pelo Secretário Municipal do Verde e
do Meio Ambiente e conta com a participação de representantes dos seguintes setores:
(i) Poder Executivo Municipal (11 Secretarias Municipais, e 5 áreas específicas da
SVMA);
(ii) Poder Executivo Estadual (Secretaria de Estado do Meio Ambiente);
(iii)Poder Executivo Federal (Ministério do Meio Ambiente);
(iv) Poder Legislativo Municipal;
(v) Conselhos de Classe e Associações de representação profissional; (vi)
Universidades;
(vi) Setor Comercial;
(vii) Setor Industrial;
(ix) Centrais Sindicais;
(x) Organizações Não Governamentais ligadas à defesa do Meio Ambiente
(divididas em sete Macro‐Regiões da Cidade)
(xi) Guarda Civil Metropolitana;
(xii) Polícia Militar
A Licença Ambiental Prévia LAP n° 04/SVMA.G/2013 incorpora uma série de
exigências ambientais em relação ao Projeto, entre elas a Exigência n° 68, que tratou da
elaboração e apresentação do Plano Básico Ambiental – PBA contendo o detalhamento
dos Programas e/ou Planos Socioambientais, e respectivos Subprogramas, incluindo o
Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Importante ainda destacar que a Exigência n° 57 abordou especificamente o
assunto de áreas a serem desapropriadas, impacto de relevância no que diz respeito à
comunicação com as partes interessadas do empreendimento: “Apresentar todos os
Decretos de Utilidade Pública relativos às áreas a serem desapropriadas, necessárias
para a implantação do empreendimento.”.
Sabe‐se que para a execução das obras de implantação do BRT Aricanduva, será
necessária desapropriação e intervenção em áreas públicas, grande parte em função de
adequações geométricas necessárias para implantação da nova infraestrutura proposta,
conforme as áreas a serem levantadas a partir da consolidação do projeto executivo do
BRT Aricanduva.
O passo inicial para isso, a partir dessa consolidação, será a elaboração das
“plantas DUP” e Decretos de Utilidade Pública (DUP). Toda comunicação e envolvimento
com moradores e proprietários afetados com estas desapropriações estarão
contempladas no Programa de Desapropriação e Indenização, também previsto no PBA.
Emissão de Licença Ambiental de Instalação e Exigências que Tratam do Envolvimento das
Partes Interessadas
A partir da aprovação do empreendimento “Terminais de Itaquera e Corredores
da Zona Leste”, com a emissão da Licença Ambiental Prévia, que atestou sua viabilidade
socioambiental (concepção e localização), o Corredor Leste Aricanduva foi objeto
específico de estudo para licenciamento de sua implantação, comprovando o
andamento/atendimento das exigências da LAP acima citada.
A Licença Ambiental de Instalação LAI 13/DECONT‐SVMA/2015 foi emitida,
contemplando também exigências que pressupõem o envolvimento direto de diversas
partes interessadas, reiterando a necessidade de apresentação dos DUP antes do início
das intervenções:
Exigência 31: Nos locais onde haverá desapropriações, as obras e intervenções
necessárias à implantação do empreendimento só poderão ser iniciadas após a
apresentação dos Decretos de Utilidade Pública – DUP e respectivas Plantas DUPs, os
quais deverão considerar as alterações solicitadas pela Companhia de Engenharia de
Tráfego ‐ CET.
Outro grupo da sociedade interessado no projeto, com representatividade
perante o poder executivo municipal, também teve seus interesses contemplados pela
Licença Ambiental de Instalação: ciclistas e demais usuários da bicicleta como lazer e/ou
meio de transporte. Isso está representado nas seguintes exigências da LAI:
Exigência 33: Apresentar Manifestação do Grupo Executivo da PMSP para
Melhoramentos Cicloviários – Pró‐Ciclista5, tendo em vista que o trecho Corredor
LesteAricanduva não foi analisado pelo Grupo, conforme informado em Análise Técnica
nº 08.32.00291/13‐66 Reg. CET 08452.
5 Grupo Executivo para Melhoramentos Cicloviários ‐ Pró‐Ciclista foi criado em 18 de maio de 2006,
por meio da Portaria n° 1918/2006, do Gabinete do Prefeito.
Exigência 34: Apresentar o projeto geométrico de implantação das ciclovias para
todo o empreendimento, incluindo, além do pavimento rígido, os bicicletários previstos.
Atualmente, a Prefeitura de São Paulo conta com outro grupo que também
contribui para discussões sobre o uso da bicicleta na Cidade, e conta com representantes
da sociedade civil em sua composição: o Grupo de Trabalho Bicicleta, Esporte e Lazer –
GT‐BIKE6 que conta com 10 (dez) representantes da sociedade civil.
Consultas, Audiências e Reuniões Realizadas durante o Processo de Licenciamento
Durante todo processo de licenciamento do Empreendimento, o Estudo de
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA‐RIMA) foram
disponibilizados para consulta da população. Mais precisamente, desde a sua entrega
oficial para análise do DECONT‐SVMA, em 26/08/2013, e continuam disponibilizados
para consulta da população até o presente. Trata‐se de um documento público,
disponível no portal da Prefeitura Municipal de São Paulo, como demonstrado na Figura
01 abaixo:
Figura 01: disponibilização do EIA Terminais de Itaquera e Corredores da Zona
Leste no portal da PMSP – Acesso em 14/11/19
Foram realizadas atividades de consulta e reuniões com as Partes Interessadas
em que se apresentaram e debateram esse Estudo de Impacto Ambiental, tais como as
Audiências Públicas realizadas nos dias 03, 15 e 17/10/2013, respectivamente na
Subprefeitura Aricanduva, CEU Aricanduva e Subprefeitura Aricanduva. O Parecer
Técnico 68/CADES/2013, da Câmara Técnica II – Obras Viárias, Drenagem, Transporte e
6 GT‐BIKE foi criado pela PORTARIA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER ‐ SEME Nº 13
DE 24 DE ABRIL DE 2019
Habitação ressalta a realização das Audiências nestas datas e locais, para apresentação
do Estudo de Impacto Ambiental dos Terminais de Itaquera e Corredores de Ônibus ‐
Região Zona Leste, a toda população interessada.
Figura 02: Parecer Técnico 68/CADES/2013 que acata Parecer Técnico do DECONT
sobre o empreendimento.
As Audiências Públicas também foram documentadas e filmadas, como demonstram
registros fotográficos também disponibilizados até o presente no portal da PMSP.
Figura 03: Notícia sobre Audiência Pública noticiada no portal da PMSP – Acesso em
11/11/19
Credenciamento dos participantes Público presente
Público presente Registro com filmagem
Figura 04: Registro fotográfico de Audiência Pública de 03/10/2013 na Subprefeitura de
Aricanduva
Identificação e análise das partes interessadas
Através da avaliação dos impactos ambientais apresentada no EIA (sobretudo os
relacionados ao meio socioeconômico), é possível a identificação de 02 (dois) principais grupos
de partes interessadas. Esses grupos, portanto, são os públicos‐alvo do presente Programa,
sendo:
(i) Público Interno: Composto por trabalhadores da construção civil, com
interesses e expectativas de um posto de trabalho durante as obras.
(ii) Público Externo: toda comunidade externa às obras e demais atividades
inerentes à implantação do empreendimento. Pode ser subdividido em 04 (quatro) grupos:
Grupo A: População residente e dependentes de atividades econômicas dentro da ADA7 e
da AID8 do BRT Aricanduva
Composto pela população que reside e/ou que depende de atividades
econômicas que se encontram dentro da Área de Influência Direta do BRT Aricanduva,
sendo o grupo a ser impactado de maneira mais intensa com início das obras. Inclui,
também, a população que reside e/ou trabalha em imóveis a serem desapropriados
dentro da ADA.
A esse grupo será focada a divulgação de informações relacionadas aos seguintes
aspectos:
• Delimitação das áreas a serem diretamente afetadas em cada etapa e frente de
obra;
• Cronograma detalhado das obras, relacionando os prazos com as frentes de obras
e áreas a serem interditadas;
• Programação de interrupções no fornecimento de serviços públicos (energia,
água, gás etc);
• Planos de relocação de serviços públicos no lote ou frente de obra, com indicação
do cronograma, locais de destino e meios de acesso.
• Obrigações e responsabilidades das construtoras na mitigação do impacto
ambiental e no relacionamento com as comunidades;
• Programação de desvios provisórios de tráfego e descrição dos itinerários;
• Indicação das vias locais que receberão tráfego de obra.
Grupo B: População residente e dependentes de atividades econômicas nas áreas lindeiras
à AID do BRT Aricanduva
Composto pela população e/ou atividades que sofrerão interferência indireta das
obras (desvios de tráfego, remanejamento de utilidades e similares), nas áreas lindeiras
à AID do empreendimento. A área ocupada por esta população não chega aos limites
propostos para a AII9, se restringindo às imediações da AID. O foco das informações que
será divulgada para esse público deverá ser:
7 A Área Diretamente Afetada (ADA) corresponde à área onde efetivamente será implantado o
empreendimento, sofrendo os impactos diretos pela sua implantação e operação, ou seja: Av. Ragueb
Chohfi e própria Av. Aricanduva, na totalidade de seu sistema viário (incluindo canteiros e
canalizações), passeios e imóveis lindeiros, conforme os elementos caracterizados e definidos no
Projeto Básico. 8 A definição da Área de Influência Direta (AID) considera como critério uma faixa de 200 metros
para cada lado das Avenidas que compõem o Corredor: Av. Ragueb Chohfi (trecho da Praça
Felisberto Fernandes da Silva até início da Av. Aricanduva), e a própria Av. Aricanduva (do início na
Av. Av. Ragueb Chohfi até o cruzamento com a Rua Edgar de Souza), totalizando aproximadamente
14 km de extensão
9 A Área de Influência Indireta (AII) localiza‐se na zona leste do município de São Paulo e está inserida
dentro dos limites das subprefeituras da Penha (Distrito de Vila Matilde, Penha, Arthur Alvim),
• Cronograma detalhado das obras indicando as áreas que sofrerão impactos;
• Programação de desvios provisórios de tráfego e descrição dos itinerários;
• Indicação das vias locais que receberão tráfego de obra;
• Programação de interrupções no fornecimento de serviços públicos (energia,
água, gás etc);
• Planos de relocação de equipamentos e/ou outros serviços públicos, com
indicação do cronograma, locais de destino e meios de acesso.
Grupo C: Organizações para divulgação de informações
Este Grupo consiste de organizações que de alguma forma representam
interesses da comunidade envolvida na obra e da população como um todo. É composto
por Instituições Públicas, tal como as Subprefeituras e outros órgãos da Administração
Direta que tem canal direto de comunicação com a população, ou ainda a sociedade civil
organizada que representa a população da área de influência do empreendimento.
Para esse público serão passadas informações gerais, abrangendo todas as
informações que foram passadas aos Grupos A e B.
Grupo D: Instituições públicas e sociedade civil organizada
Este grupo é composto por Secretarias e Subsecretarias, ONGs, Associações
Comunitárias e líderes informais das comunidades da área de influência do empreendimento.
Programa de Envolvimento das Partes Interessadas
Finalidade do Programa
O PEPI tem como proposta geral o estabelecimento, antes do início das obras e
durante todo o tempo de sua execução, de um canal de relacionamento entre o
empreendedor (neste caso a PMSP, representada pela SIURB/SPObras) e a comunidade
a ser afetada, de maneira direta pela construção do BRT Aricanduva. Tendo como marco
este objetivo geral, os seguintes objetivos complementares se apresentam:
• Planejar de maneira integrada as ações de comunicação social e consulta pública
necessárias durante a etapa anterior ao início da construção e ao longo da
execução da mesma, garantindo que as informações transmitidas sejam
suficientes, precisas e claras.
• Divulgar informações sobre as características do empreendimento e os benefícios
almejados com a sua implantação.
Itaquera (Distritos de Itaquera, Parque do Carmo e Cidade Líder), Aricanduva (Distritos do Carrão, Vila
Formosa e Aricanduva) e São Mateus (Distrito de São Mateus).
• Identificar previamente todas as partes interessadas no empreendimento,
incluindo em especial a população e/ou atividades econômicas que poderão ser
direta ou indiretamente afetadas ou que manifestem algum interesse específico.
• Prestar apoio à população como um todo, esclarecendo dúvidas sobre o
empreendimento e seus impactos associados.
• Realizar as interfaces necessárias, junto às partes interessadas, para viabilizar a
execução do Plano de Gestão Ambiental das obras pelas equipes responsáveis.
Estratégias propostas para comunicação com as partes interessadas
As estratégias para comunicação com as partes interessadas podem ser divididas
em duas situações: (i) estratégias para divulgação de informações; (ii) estratégias para
recebimento de consultas. Incluem‐se nesta segunda, o recebimento de queixas,
sugestões, reclamações e elogios; e (iii) estratégias para realizar consultas com as partes
interessadas.
Na prática, pode‐se diferenciar os dois tipos de estratégias como relacionadas à
comunicação “ativa” (ações de divulgação) e comunicação “passiva” (ações de recebimento).
Importante ressaltar que para ambas as situações são necessários normatizar os
procedimentos de comunicação social, garantindo que somente interlocutores
autorizados transmitam as informações e que o façam de maneira congruente sem
entrar em contradições.
No que diz respeito às estratégias para divulgação de informações, as seguintes ações
podem ser destacadas: Promover uma comunicação ativa junto às partes interessadas,
realizando de forma antecipada a comunicação e divulgação sobre o empreendimento como
um todo, assim como cada etapa de obra eminente de início.
• Realizar uma campanha ampla de divulgação das obras de implantação do BRT
Aricanduva, situando‐o dentro do programa de corredores de ônibus da PMSP,
nos meios de comunicação de massa, antes do início das frentes de obra.
• Divulgar para a população as possíveis interferências nas vias, nos transportes
públicos e os desvios e interrupções a serem realizados nos locais lindeiros ao
traçado.
• Realizar eventos na comunidade atingida pelo traçado ou próximo aos imóveis
afetados, para esclarecimento dos procedimentos de desapropriação a serem
adotados para aquisição ou liberação das áreas atingidas, assim como outras
informações a respeito dos compromissos de mitigação dos impactos sociais e
ambientais.
• Realizar, com periodicidade semestral, durante todo o período de construção,
uma campanha de divulgação, com foco na descrição do avanço acumulado das
obras e na programação de abertura de novas frentes;
• Realizar localmente campanhas de divulgação sobre a abertura de novas frentes
de obra, sempre com pelo menos 15 dias de antecedência e almejando a
população e atividades da área atingida e do entorno imediato à mesma;
• Realizar palestras para descrever o empreendimento, a programação das obras e
os compromissos sociais e ambientais, em escolas no interior da AID, dentro do
limite do primeiro ano após o início das obras;
Para o recebimento de consultas e demandas da população em geral, as estratégias
abaixo se apresentam mais relevantes.
• Estabelecer e aperfeiçoar os mecanismos que possibilitem uma interação
permanente entre o empreendedor, a população e os diversos grupos
socioeconômicos institucionais envolvidos com o empreendimento, sobretudo
aprimorando os procedimentos de atendimento à população através dos canais
de comunicação descritos no item 5.3 abaixo.
• Implantar e manter um sistema operacional de atendimento a consultas e
reclamações, estabelecendo a meta de encaminhamento de respostas em até 20
dias em todos os casos.
• Manter equipe de assistentes sociais em contato constante com a população a
ser desapropriada apoiando, com ações de comunicação social, os trabalhos das
equipes que serão responsáveis pela coordenação do Programa de
Desapropriações e Indenizações previsto no Plano de Gestão Ambiental.
Etapas de desenvolvimento e Cronograma
O desenvolvimento do PEPI deverá ser implantado de forma ininterrupta, ao longo de
todo ciclo do empreendimento, considerando as seguintes etapas:
(i) Planejamento e Mobilização de equipe
Previamente ao início das obras, deverá ser mobilizada a equipe responsável pela
implementação das ações de comunicação propostas no Plano. As ações propostas ao PEPI
deverão estar em sincronia com o planejamento do Programa de Comunicação Social e
Educação Ambiental (e seu respectivo Subprograma de Comunicação Social e Educação
Ambiental,) previsto dentro do Plano Básico Ambiental (PBA) do BRT Aricanduva.
Nesta etapa, busca‐se a criação de condições favoráveis ao início das obras, com o
estabelecimento de canais de comunicação disponíveis para operação das estratégias de
divulgação de informações e recebimento de consultas, da forma como descritas acima.
(ii) Identificação das partes interessadas
As ações de divulgação do empreendimento e previsões sobre as consultas a serem
formuladas com o início das obras, pressupõem o conhecimento sobre os principais grupos
atuantes. Assim, a identificação das partes interessadas deverá seguir os Públicos (Interno e
Externo) e Grupos, da forma como identificados no Item 4 acima.
Assim como a etapa descrita acima, esta também se desenvolverá antes do início das
obras, na fase de planejamento do empreendimento.
Eventualmente, com o andamento das obras e surgimento das demandas de
engajamentos, novos Grupos poderão aparecer e ser considerado na formulação de outras
estratégias.
(iii) Implementação e execução do PEPI
Com o início das obras para implantação do BRT Aricanduva, são previstas atividades
iniciais específicas voltadas ao Público Interno e ao Público Externo do empreendimento.
As atividades voltadas ao Público Interno estão relacionadas aos programas de gestão
integrada da obra, que assume um caráter preventivo e estabelecimento de procedimentos
relacionadas à Saúde, Segurança e Meio Ambiente, bem como à conduta em relação aos
moradores das comunidades lindeiras.
Já as atividades iniciais voltadas ao Público Externo, nesta fase inicial, adquirem
considerada importância na medida em que podem esclarecer, previamente ao início das
obras, qualquer ponto crítico ou mal‐entendido pelos Grupos envolvidos. Sanar dúvidas nesta
fase torna‐se bastante importante para que a população entenda e reconheça a importância
dos canais de comunicação abertos pelo empreendedor.
No contato inicial com Instituições públicas e Sociedade Civil Organizada (Grupo C),
serão entregues Cartas de apresentação do BRT Aricanduva, nas quais deverão constar as
seguintes informações:
• Início das obras, incluindo frentes e prazos previstos para cada fase;
• Apresentação das empreiteiras contratadas;
• Resumo dos principais impactos decorrentes da obra;
• Divulgação dos canais de comunicação (conforme descritos adiante);
• Apresentação dos funcionários autorizados a responder pela empresa.
Junto à população (Grupos A e B), serão realizadas reuniões nas comunidades para que
a SIURB/SPObras e as empresas responsáveis pela execução das obras sejam apresentadas.
Nessas reuniões, a equipe que representa o empreendimento explicará aos moradores sobre a
finalidade do BRT Aricanduva e etapas em que ocorrerão sua implantação.
Em paralelo a isso, outras atividades deverão ser realizadas:
Apresentação do empreendimento (através de folders e cartas de apresentação);
• Solicitação de autorização para registro de laudo fotográfico;
• Apresentação “porta a porta” do projeto para as comunidades da área de
influência (conforme descrito abaixo).
Nas residências que por ventura não forem encontrados moradores, o material de
divulgação também será deixado. Se nas visitas a serem realizadas os moradores solicitarem
informações sobre o projeto, apontarem impactos negativos existentes ou apresentarem
sugestões, todas as solicitações serão anotadas para esclarecimentos. Quando necessário, a
equipe de comunicação irá mobilizar especialistas para o acompanhamento das visitas de
retorno.
Componentes de comunicação
As ações inerentes ao Plano serão executadas considerando alocação dos recursos nos
meios para realização das atividades, conforme os principais componentes descritos abaixo.
Escritório: Será disponibilizado na fase de implantação um escritório para a divulgação
empreendimento, onde serão conduzidas ações de comunicação e interação social com os
diversos públicos‐alvo. Evidente que deverá ser prevista ampla divulgação desse escritório,
informando a existência, serviços oferecidos e horários de atendimento ao público.
Sites, blogs, e redes sociais: No site oficial da Prefeitura de São Paulo, em blogs e em
redes sociais estarão disponíveis para o público as seguintes informações: Notícias sobre o
andamento das obras, boletins informativos; eventos pontuais que interfiram no dia‐a‐dia da
população (tais como interrupções no fornecimento de serviços públicos ou desvios de
trânsito); além de quaisquer outras informações que se mostrarem importantes ao projeto.
Também serão divulgados materiais e estudos realizados (tal como o RIMA),
apresentações realizadas, etc. Através das seções “fale conosco” destes canais será possível
fazer qualquer comunicação (reclamação, dúvidas, elogios ou sugestões) sobre o
empreendimento.
Canais telefônicos: Além do canal direto do cidadão com a PMSP, através da Central
156,10 outros canais telefônicos do tipo “0800” serão abertos para facilitar a comunicação com
as partes interessadas.
Oficinas, palestras e eventos: As oficinas serão realizadas tanto para o público interno
quanto para o público externo, porém com conteúdos diferentes e adequados para cada
público‐alvo. Como exemplos de oficinas ao público interno estão os temas relacionados à
integração de equipes; procedimentos e conceitos básicos relacionados à saúde, segurança e
meio ambiente. Ao público externo, serão direcionadas oficinas tratando de todos os temas
pertinentes aos impactos causados pelas obras, enfatizando‐se sempre os canais de
comunicação abertos com a população.
Visitas in loco: Os trabalhos de comunicação com o público externo terão caráter
permanente, e envolverão visitas in loco pelas equipes de comunicação responsáveis pela
interface com a comunidade. Os objetivos destas visitas serão: (i) informar regularmente a
10 A Central 156 da PMSP abrange o atendimento telefônico 24h para solicitações, reclamações e
dúvidas sobre diversos assuntos relacionados à cidade de São Paulo. Conta também com canal via portal
na internet, aplicativo para celulares e atendimento presencial.
população (Grupos A e B descritos acima) sobre o andamento das atividades de implantação
do empreendimento; (ii) sanar dúvidas em relação às fases de obras e demais impactos
causados com a implantação e operação do empreendimento; (iii) divulgar outras atividades
que serão realizadas para a população, tal como a realização de oficinas, palestras, e outros
eventos voltados ao engajamento das partes interessadas; e (iv) registrar e dar satisfações
(feedback) para as pessoas contatadas.
Materiais de Divulgação: Para melhor comunicação com toda população, materiais de
comunicação e identificação deverão ser concebido visando uniformização da linguagem. Isso
inclui também materiais informativos, tais como: cartazes, cartilhas, folhetos, folders, murais,
e dispositivos de isolamento de locais de obras (placas, cintas refletivas de segurança, cones),
etc.
Abaixo alguns exemplos que poderão ser adotados:
Figura 5: Modelos de Folder e Cartaz para divulgação do BRT Aricanduva
Recursos e responsabilidades na implementação das atividades de envolvimento das partes
interessadas
Assim, como para os demais Programas previstos no Plano de Gestão Ambiental das
obras, entende‐se que para a implementação do PEPI possam ser necessários alguns ajustes
organizacionais nas estruturas das equipes voltadas à gestão ambiental do BRT Aricanduva.
Estas reorganizações deverão ser concebidas na fase de planejamento do empreendimento,
após a conclusão dos estudos ambientais e antes do início efetivo das obras.
A equipe responsável pelo PEPI deverá contar, minimamente, com:
• 01 Coordenador de Comunicação Social;
• 02 Profissionais de Comunicação Social para Público Externo (01 para atender
proprietários e 01 para atender comunidade em geral);
• 02 Profissionais de Comunicação Social para Público Interno;
01 Auxiliar Administrativo para apoio geral a toda equipe.
No que diz respeito às responsabilidades do empreendedor, ressalta‐se:
• As ações relativas à divulgação do empreendimento ocorrerão por meio de
jornais e revistas locais, e quando for necessário maior abrangência, a divulgação
será por meio da televisão e rádio. Nestes casos, ações de comunicação em massa
que serão de responsabilidade da SIURB/SPObras; enquanto ações tidas como
pontuais e de caráter orientativo (tais como impactos resultantes das frentes de
obras) serão de responsabilidade das empresas executoras.
• Caberá à equipe de gestão ambiental da SIURB/SPObras estabelecer, junto à
equipe responsável pela implementação do PEPI da(s) empresa(s) contratada(s),
as diretrizes para sua implementação.
• Todo material de comunicação elaborado deverá ser submetido à SIURB/SPObras
para aprovação antes do uso efetivo.
Mecanismo de queixas
Como descrito, os canais de comunicação previstos do PEPI poderão ser usados para
divulgação do empreendimento e registro de queixas (reclamações e sugestões), da seguinte
forma:
Escritório: Os atendimentos realizados no escritório deverão ser registrados por meio
de formulários impressos, como o exemplo abaixo:
Figura 6: Modelos de Formulário para Cadastro de Reclamação / Sugestão
Sites, blogs, e redes sociais: Através das seções “fale conosco” destes canais será
possível fazer reclamações, sobre o empreendimento.
Canais telefônicos: Além do canal direto do cidadão com a PMSP, através da Central
156, outros canais telefônicos do tipo “0800” serão abertos para facilitar o recebimento de
queixas.
Oficinas, palestras e eventos: As oficinas, que tem caráter informativo, também
poderão ser um canal para queixa da população. Além das levantadas e registradas de forma
verbal ao longo das atividades, deverão estar disponíveis formulários para registros de queixas
(como o proposto no modelo acima) em locais visíveis, como urnas para depósito dos
formulários.
Visitas in loco: Durante as visitas realizadas, os agentes de Comunicação deverão ser
claros e objetivos nos questionamentos sobre eventuais queixas identificadas. Seus registros
poderão ser feitos através das anotações dos agentes, ou por meios do formulário, conforme a
demanda do cidadão. Em ambos os casos, as queixas deverão constar no Relatório de Vistoria
a ser finalizado pelo profissional responsável.
As queixas podem ser anônimas ou identificadas, mas independentemente da sua
origem, sua resolução deverá ser conduzida da forma mais rápida e objetiva possível. Na
medida do possível, o atendimento das queixas deverá ser sanado com medidas que envolvem
recursos e procedimentos inerentes à execução das obras, podendo ser solucionadas pelas
empresas executoras, com apoio e acompanhamento da equipe responsável pelo PEPI.
No entanto, outras queixas (mesmo que de baixa complexidade) poderão envolver
medidas que dizem respeito a assuntos tratados pelo governo (em qualquer âmbito). Nestes
casos, a SIURB/SPObras deverá ser envolvida, fornecendo as diretrizes para sua resolução.
Estima se trabalhar com um prazo de no máximo 05 dias entre o primeiro registro da
queixa e a resposta ao interessado
A Figura 7 apresentada a seguir demonstra as etapas e diferentes áreas da PMSP
envolvidas nas análises e respostas das queixas geradas pela população.
Figura 7: Fluxograma de análise e respostas a queixas
CIDADÃO
DEMANDA DE QUEIXA
CANAIS DE COMUNICAÇÃO PMSP CENTRAL DE ATENDIMENTO 156 PORTAL APLICATIVO ATENDIMENTO PRESENCIAL (SUBPREFEITURAS)
OBRA ATENDIMENTO CANTEIRO
PORTAL SPOBRAS
Secretaria Municipal de Inovação e
Tecnologia - SMIT
ANÁLISE DA QUEIXA
SPOBRAS
GABINETE
NÚCLEO DE GESTÃO DE
OBRAS
NÚCLEO DE GESTÃO DE MEIO
AMBIENTE
EQUIPE PEPI PLANO DE ENGAJAMENTO COM AS
PARTES INTERESSADAS
ASSESSORIA DE
COMUNICAÇÃO
ANÁLISE ANÁLISE ANÁLISE
ANÁLISE: ENVOLVIMENTO
INSTITUCIONALRESPOSTA
NÚCLEO DE GESTÃO DE
LICENCIAMENTOS E
INTERFERÊNCIAS
NÚCLEO DE GESTÃO DE
TERRITÓRIO
ANÁLISE
ANÁLISE
NÚCLEO DE GESTÃO DE
PROJETOS
ASSESSORIA DE
COMUNICAÇÃO
RESPOSTA
Monitoramento e preparação de relatórios
Para saber se o Plano está atendendo adequadamente a população e cumprindo seus
objetivos, deverão ser elaborados relatórios trimestrais, apresentando um quantitativo mensal
das solicitações da população, os problemas, críticas e sugestões juntamente com a resposta
repassada aos mesmos. Além disso, o número de folders entregues, reuniões e palestras
realizadas, também deverão ser informadas, juntamente com registros fotográficos.
Com todos esses materiais será possível verificar, por exemplo, o número de
reclamações/solicitação mensais recebidas, e a quantidade de ações de divulgação realizadas,
fazendo assim uma análise geral do Plano e melhorando questões que apresentarem possíveis
fragilidades.
No que diz respeito ao acompanhamento sobre os objetivos do Plano, podem ser
estabelecidas algumas formas de se monitorar as ações de divulgação de informações e as
ações de recebimento de consultas.
Sobre as ações de divulgação de informações:
Monitorar a difusão e a circulação de informações sobre o empreendimento
acompanhando sua repercussão entre os diversos públicos de interesse. Isso
pode ser realizado, por exemplo, através do acompanhamento das discussões nas
redes sociais.
• Atingir um grau mínimo de 80% de satisfação das populações em relação às ações
de comunicação do empreendimento. Umas das formas de se mensurar isso é a
realização de pesquisas de satisfação sobre a qualidade dos eventos de divulgação
realizados.
Sobre as ações de recebimento de consultas e demandas:
• A meta é de promover o atendimento/tratamento, de 100% das demandas
(dúvidas, reclamações e solicitações) relacionadas ao projeto, recebidas através
dos canais de comunicação criados pelo empreendedor, com uma resolução
satisfatória de 80%.
• Garantir o retorno às solicitações recebidas num período que não deve
ultrapassar 48 horas em casos de emergência ou 20 dias para as demais
solicitações.
• Obter nenhuma reclamação das comunidades das áreas de influência, com
relação à conduta dos trabalhadores envolvidos nas obras.
O acompanhamento desses quesitos será por meio da apuração, caso a caso, de cada
solicitação até seu desfecho, sendo disponibilizados no Site da SPObras este
acompanhamento, além de atender as exigências do Licenciamento Ambiental, qual seja,
encaminhar à Secretaria do Verde e Meio Ambiente relatórios periódicos de implementação
dos Planos e/ou Programas Socioambientais, o que inclui o de Comunicação Social.