planejamento urbano por cecilia estrela
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8/16/2019 Planejamento Urbano por Cecilia Estrela
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Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 31 de março de 2016.
1.Graduanda em Engenharia Civil pela 1.Graduanda em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás e Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Goiás
e Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Goiás
Acessibilidade
Cecília de Castro Estrela1
A expansão rápida das cidades cria dificuldades na gestão do crescimento urbano e a
escassez de instrumentos eficazes de planejamento faz com que alguns problemas já
existentes se agravem. A necessidade de acesso das pessoas a atividades como lazer,
trabalho, bens e serviços cria uma demanda de atenção a esse setor e observamos uma
dificuldade de gestão da circulação, quando confrontados com a crescente necessidade por
deslocamentos, fazem da acessibilidade um componente fundamental para os problemas
urbanos.
Há muitos fatores que determinam o conceito de acessibilidade mas pode se observar
um consentimento entre os vários pesquisadores: a acessibilidade é uma combinação do
sistema de circulação e dos padrões de uso do solo.
Em 1826, Von Thünen retrata os aspectos relacionados a modelos teóricos de
processos espaciais envolvendo acessibilidade. Desde esse período, o conceito de
acessibilidade tem sido utilizado em diversos campos de estudo. O termo é freqüentemente
utilizado em planejamento territorial e urbano e na área de transportes, sendo uma das
medidas mais utilizadas para avaliar a qualidade do serviço. A acessibilidade é um conceito
que se tornou fundamental para o planejamento físico territorial (Batty, 2009, p. 191).Geurs e van Eck (2001, p.36) definem acessibilidade como "sistemas de transporte e
uso do solo que permitem que pessoas ou mercadorias possam atingir destinos ou
atividades por meio de um modo ou combinação de modos de transporte”.
Bhat et al. (2000, p.1) usam a seguinte definição: "A acessibilidade é uma medida da
facilidade de um indivíduo para exercer um tipo de atividade desejada, em um local
desejado, por um modo desejado e em um tempo desejado”. Os autores citados fazem
referências específicas ao solo e a infra-estrutura, indicando assim que a acessibilidade está
ligada ao sistema de transporte e aos padrões de urbanização.Legalmente definimos acessibilidade como sendo a possibilidade e a condição de
alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos
urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público
ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência
ou com mobilidade reduzida (ABNT NBR 9050:2015).
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O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços
de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para
todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Segundo a Lei Nº 10.098 de19/12/2000 o projeto e o traçado dos elementos de urbanização
públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens
de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e rampas,
deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibi lidade. Os
banheiros de uso público existentes ou a construir deverão ser acessíveis e dispor, pelo
menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas.
As áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos,
deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres,
devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência
com dificuldade de locomoção (Lei Nº10.098 de19/12/2000).
Sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer elementos verticais
de sinalização que instalados em espaços de acesso para pedestres devem ser dispostos
de forma a não dificultar ou impedir a circulação.
A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados de uso coletivo
devem ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida.
As calçadas são também focos de estudos para a implantação de normas para
garantir a acessibilidade elas devem garantir a continuidade entre os passeios vizinhos,
devem ser sinalizadas quando possuem um equipamento de uso público, devem ter acesso
facilitado entre outros.
Podemos concluir que a acessibilidade não é um conceito recente, porém abrange
varias constantes da vida em sociedade, sendo um conceito que ainda não é considerado
pela maioria da população mesmo já estando regulamentado por leis este permanecem com
variações de aplicação no planejamento das cidades, sejam elas de pequeno, médio ou
grande porte. A acessibilidade vai além do senso comum das vagas para deficiente e piso tátil, toda
forma de facilitar o acesso publico é acessibilidade mesmo que publicamente o foco sejam
pessoas com deficiências a acessibilidade é para todos é o que garante a locomoção da
população.
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Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade
de pessoas portadoras de deficiências e edificações, espaço,
mobiliário e equipamento urbano. Rio de Janeiro: ABNT; 1985.
BATTY M. Accessibility: in search of a unified theory. (Editorial) Environment
and Planning B: Planning and Design, volume 36, pp. 191- 194. London, UK,
2009.
BHAT C.; HANDY S.; KOCKELMAN K.. MAHMASSANI H.; K, CHEN Q.;
WESTON L. Urban Accessibility Index: Literature Review. Center for
Transportation Research. The University of Texas at Austin. Austin, USA, 2000.
BRASIL. LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Estabelece normasgerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências.
KRÜGER, Evaldo Tavares Krüger. Padrões de traçado viário urbano e
acessibilidade: uma abordagem das relações com o sistema de circulação.
2012. 160f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em
Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
GEURS, K. T.; VAN ECK, J. R. Accessibility measures: Review and
applications. (National Institute of Public Health and the Environment, RIVM)-
Urban Research Centre. Utrecht University. Bilthoven/Utrecht, Netherlands,
2001.
Prefeitura de Goiânia. Manual da Calçada Sustentável. Projeto Calçada
Sustentável, Goiânia, 2012.
VON THUNEN, J. P. Der isolierte Staat in Beziehung auf Land wirtschaft und
Nationalokonomie. Ed. Verlag. Berlin, Alemanha, (1826 - 1990).