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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR Autora: TATIANA SILVA RODRIGUES Orientador: PROF. SERGIO MAJEROWICZ RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR

Autora: TATIANA SILVA RODRIGUES

Orientador: PROF. SERGIO MAJEROWICZ

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS

E GESTÃO CORPORATIVA

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR

Autora: TATIANA SILVA RODRIGUES

Orientador: PROF. SERGIO MAJEROWICZ

Avaliada por:_______________

Data:_____/_____/_____

RIO DE JANEIRO

2010

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................02

CAPÍTULO I – LITERATURA REFERENCIAL

1.1 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NA TOMADA DE DECISÃO DA

COMPRA...........................................................................................................04

1.2 - AS PESSOAS RESPONDEM A INCENTIVOS ........................................06

1.3 - A DECISÃO É FEITA ATRAVÉS DA ESCOLHA DO CONSUMIDOR .....07

1.4 - INFLUENCIADORES DO CONSUMO FAMILIAR.....................................08

1.5 - INTENÇÃO DE CONSUMO E ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS –

CNC...................................................................................................................10 1.6 - JOVENS SÃO CULPADOS POR GASTOS DE FAMÍLIA..........................12

1.7 - JUROS ...........................................................................................................13

1.8 - POUPANÇA E INVESTIMENTOS...............................................................15

CAPÍTULO II – METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 RESULTADO DA PESQUISA REALIZADA..................................................17

CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASOS

3.1 PESQUISA DE ORÇAMENTO FAMILIAR POF 2008/2009........................23

3.2 COMPRAS PARCELADAS PODE CHEGAR A 6 % ..................................24

3.3 MODELO DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO............................................26

CONCLUSÃO.........................................................................................................28

BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................30

ANEXO A – FORMULÁRIO DA PESQUISA DE MERCADO.................................31

ANEXO B – TABULAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA...........................38

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INTRODUÇÃO

Geralmente muitas pessoas vivem endividadas devido à falta de controle

e planejamento orçamentário, ou seja, consomem exageradamente

ultrapassando o salário familiar.

A Maneira como as pessoas tomam decisões durante a escolha do

consumo de um bem ou como investir seu dinheiro, pode levar ao desequilíbrio

orçamentário ou a rentabilidade. Muitas pessoas gostariam de aumentar a

quantidade ou qualidade dos bens que consomem – dirigir carros mais

luxuosos, freqüentar restaurantes melhores, viagens caras, ou moradias bem

localizadas. O desejo muitas vezes é maior que o disponível no orçamento

familiar, levando as famílias a consumirem desesperadamente para suprir

estas vontades, dessa forma os mesmos são atraídos para parcelamentos e

juros absurdos.

A dificuldade de planejar é um problema enfrentado por quase todas as

famílias. Será tão difícil aprender a se planejar? Na verdade, não. Somente

precisamos de restrições orçamentária e um planejamento a longo prazo. O

planejamento nos leva a independência financeira no futuro, isto é, se

aprendermos a controlar nossas vontades e a poupar aguardando o momento

certo da compra estaremos economizando, pois deixaremos de pagar juros e

estaremos rendendo o nosso capital podendo assim comprar algo melhor.

Esta monografia teve como objetivo discutir a falta de planejamento e

controle financeiro doméstico, além de:

-Avaliar o custo dos juros e dos parcelamentos sobre os produtos adquiridos.

-Analisaremos o nível de insolvência ou inadimplência por conta da falta de

planejamento

-Calcularemos o custo de oportunidade de rendimentos

-Calcularemos o custo de oportunidade das taxas de descontos oferecidos p/

antecipação de pagamentos ou quitação à vista

-Prever o custo financeiro por atraso ou parcelamentos das despesas.

- Finalmente, avaliar o nível de poupança das unidades familiares.

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4Nós também analisaremos se: Os custo dos juros e do parcelamento

deixaram de existir a partir do momento que tiver um planejamento? O nível de

insolvência ou inadimplência é gerada por erros de decisões? O custo de

oportunidade de rendimentos é adquirido no momento que decidimos poupar

ou gastar aleatoriamente pagando juros ou parcelando? A taxa de descontos

por antecipação de pagamento ou pagamento à vista é uma vantagem?Atrasos

ou parcelamentos é uma desvantagem no orçamento?

As unidades familiares conseguem poupar?O foco é o orçamento

financeiro, onde montaremos um estrutura dos gastos obtidos e projetar

valores a serem poupados a longo prazo ou simples planejar as despesas

adquirias e a forma de quitação da mesma.

A metodologia utilizada destina-se a avaliar a maneira como as famílias

se endividam por falta de um planejamento, agindo muitas vezes por impulso

ou satisfazendo as vontades dos filhos. Mostraremos também uma pesquisa de

mercado onde serão analisados os comportamentos dos indivíduos.

Portanto a proposta desse trabalho é controlar os gasto familiar. Torna-

se importante ressaltar que utilizaremos como parâmetro conhecimentos

cotidiano, conhecimentos científicos, através de comprovações por

instrumentos bibliográficos e artigos adquiridos pela Internet.

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CAPÍTULO I – LITERATURA REFERENCIAL

1.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NA TOMADA DE

DECISÃO DA COMPRA.

Economia significa administrar o lar, ou seja, nós estamos sempre

tomando decisões, em nossas vidas seja profissional ou pessoal, para alocar

recursos da melhor forma. A tomada de decisão consiste na comparação dos

custos e benefícios dos vários cursos de ação, isto é, do custo de

oportunidade. Quando escolhemos fazer algo e deixamos de optar por outra

coisa devemos comparar o custo de oportunidade de forma que valha a pena.

Quando decidimos alugar um terreno temos que analisar o custo de

oportunidade caso o mesmo fosse vendido, por exemplo, sendo assim

estaremos comparando a melhor oportunidade.

Tipicamente os consumidores passam por um processo de 7 estágios

nas decisões de compra, conforme apresenta a ilustração.

Modelo do processo de decisão do consumidor (CDP Model)

Reconhecimento da Necessidade

Busca de Informação

Avaliação de Alternativas Pré-Compras

Compras

Consumo

Avaliação Pós Consumo

Descarte Fonte: BLACKWELL, 2001

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6 O inicio do processo de decisão de compra é o reconhecimento da

necessidade que deve ser satisfeita ou de um problema a ser resolvido. A

necessidade é um estado de privação, desconforto ou falta de algo.

O segundo estágio da decisão é à busca de informações. Uma vez que

o reconhecimento da necessidade ocorre, o consumidor começa a pesquisar

informações e soluções para satisfazer suas necessidades.

O terceiro estágio do processo, o consumidor avalia alternativas de

escolha antes de efetuar a compra.

O quarto estágio é a compra. Depois de decidir se quer ou não comprar,

o consumidor passa por duas fases. Na primeira, ele escolhe onde comprará,

seja um estabelecimento varejista, catálogos, vendas eletrônicas etc. A

segunda fase envolve as escolhas do produto que podem ser influenciadas

pelos vendedores.

Após a realização da compra o consumidor toma posse do produto e, a

partir desse momento, o consumo pode ocorrer. Logo, o quinto estágio que é o

consumo, ou seja, o uso do produto. A forma que o consumidor usa o produto

também afeta a satisfação da compra quando a possível compra futura de um

produto ou de uma marca particular.

Sexto estágio é a avaliação pós-consumo, onde os consumidores

experimentam um sentimento de satisfação ou insatisfação. A satisfação ocorre

quando as expectativas dos consumidores igualam-se ao desempenho

percebido; em contrapartida, quando as experiências e desempenho frustram

as expectativas, a insatisfação ocorre.

O ultimo estágio do processo de decisão do consumidor é o descarte.

Consumidores têm várias opções para realizarem o descarte que incluem a

disponibilidade completa do bem, a reciclagem ou a revenda do produto para

alguém. (BLACKWELL, 2001).

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71.2 AS PESSOAS RESPONDEM A INCENTIVOS

O processo de decisão de compra sofre influências de variáveis do

ambiente, das diferenças individuais e de processos psicológicos dos

consumidores. O modelo de estímulo e resposta, abaixo, ressalta a influência

dessas variáveis no comportamento de compra.

FONTE: BLACKWELL, 2001.

O consumidor está sujeito a estímulos ambientais e de marketing que

penetram no seu consciente. Esses estímulos ambientais têm influências

econômicas, tecnológicas, político-legais e sócio-culturais que podem alterar o

consumo de comprar ou até rejeitar um produto ou serviço. Já os estímulos de

marketing são os esforços empresariais investidos nas áreas de produto,

preço, ponto e promoção que influenciam as decisões de compra do

consumidor. Todos esses estímulos são inseridos na mente do consumidor e

transformados em uma série de respostas como a escolha do produto, da

marca, do revendedor, do momento e volume de compra.

Seu comportamento pode mudar quando os custos ou os benefícios se

alteram (variável econômica). Quando o preço da batata aumenta, por

exemplo, as pessoas decidem comer outro tipo de legume, porque o custo esta

alto. Ao mesmo tempo a população consomem mais se os produtos estiverem

em promoção. Dessa forma percebemos que as pessoas consomem

respondendo a incentivos.

Estímulos de Marketing

Produto Preço Praça Promoção

Outros Estímulos

Econômico Tecnológico Político Cultural

Características do Comprador

Culturais Sociais Pessoais Psicológicas

Processo de Decisão do Comprador

Reconhecimento do Problema Busca de Informações Avaliação de Alternativas Compra Consumo Avaliação Pós-Consumo Descarte

Decisões do Comprador

Escolha Produto Escolha Marca e do Revendedor Freqüência de Compra Momento de Compra

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81.3 A DECISÃO É FEITA ATRAVÉS DA ESCOLHA DO

CONSUMIDOR

Quando um consumidor compra maior quantidade de um bem, ele tem

que comprar menos do outro. A teoria da escolha do consumidor examina

como os consumidores enfrentam esses tradeoffs na tomada de decisões e

suas reações de mudança no ambiente.

“ A restrição orçamentária do consumidor mostra as possíveis

combinações de diferentes bens que ele pode comprar de acordo com sua

renda e os preços dos bens. A inclinação da restrição orçamentária é igual ao

preço relativo dos bens.”

“As curvas de indiferenças dos consumidores representam suas

preferências. Uma curva de indiferença mostra vários conjuntos de bens que

satisfazem igualmente o consumidor. Pontos em uma curva de indiferença

mais alta são preferidos a pontos de uma curva de indiferença inferior. A

inclinação de uma curva de indiferença, em qualquer ponto, representa a taxa

marginal de substituição do consumidor – a taxa à qual o consumidor está

disposto a trocar um bem pelo outro.”

“O consumidor otimiza sua situação escolhendo o ponto de sua restrição

orçamentária que tangencia a curva de indiferença mais alta neste posto, a

inclinação da curva de indiferença (a taxa marginal de substituição entre os

bens) é igual à inclinação da restrição orçamentária (o preço relativo dos

bens).”

“A teoria da escolha do consumidor pode ser aplicada a muitas situações

diferente. Ela pode explicar por que as curvas de demanda podem,

potencialmente, ter inclinação ascendente, por que salários mais altos podem

aumentar ou reduzir a quantidade de trabalho oferecido, por que taxas de juros

maiores podem aumentar ou reduzir as poupanças e por que preferem

transferências em gêneros.” (MANKIW N. G. HARVARD, 2001).

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91.4 INFLUENCIADORES DO CONSUMO FAMILIAR

A renda familiar é a principal variável do orçamento familiar. Contudo,

outras variáveis podem influenciar o orçamento e o padrão de consumo de uma

família, conforme a seguir.

Educação

O nível de instrução influência o comportamento de compra dos

consumidores. Pessoas educadas são em geral mais bem informadas e mostra

maior capacidade em avaliar as diferentes alternativas de produtos e de lojas.

São pessoas mais exigentes quanto à qualidade dos produtos ou serviços,

avaliam com mais rigor os benefícios e custos.

Dessa forma, o nível de instrução pode influenciar na demanda de

produtos de qualidade (livro, revista, viagens, computador, etc...), exemplo,

uma diarista (faxineira) e uma professora de ensino médio podem ganhar a

mesma coisa, porém seus interesses serão diferentes, ou seja, o nível de

instrução pode ser um determinante do comportamento de compra do

consumidor.

Tipo de Família

O comportamento do consumidor e os padrões de consumo são

moldados em relação à estrutura familiar. Estas são definidas pela a idade,

estado civil, situação empregatícia e idade dos filhos e dos pais e estas

mudanças também podem ser explicadas por meio dos diferentes níveis de

renda de uma família.

Solteiros são jovens que vivem fora da casa dos pais e não tem

responsabilidade com família, ou seja, mulher nem filhos.

Recém-casados são jovens casais, sem filhos, com duas rendas,

geralmente gastam com moradia e manutenção do lar.

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10 Família com filhos possuem maiores gastos, por atenderem “os mimos”

de seus pequeninos ou por comprarem o enxoval do membro da família recém

chegado.

Tamanho das Famílias

O tamanho da família, duas pessoas, três, quatro, mais de quatro,

constitui-se outra maneira de agrupar consumidores e revela que as

necessidades destes são diferentes. Uma família composta por cinco pessoas

deve ter a preocupação de fazer suas compras em um lugar barato, já uma

família menor poderá comprar sem ter a mesma preocupação. Esta variação

também pode estender as quantidades por embalagem. Onde seus produtos

são comprados muitas das vezes por quantidade e não por qualidade.

A quantidade influência na escolha dos produtos, ou seja, ao comprar

um apartamento de 1, 2 ou 3 quartos existem diferentes alternativas para

atender a todas as necessidades. Na compra do carro de passeio, geralmente

uma Combi é para famílias maiores.

As variáveis demográficas que caracterizam o domicilio podem também

influenciar o comportamento do consumidor. Elas expressam o tipo de domicilio

(apartamento ou casa), as condições de abastecimento de água e esgoto, os

números de cômodos e dormitórios do domicílio e as condições de ocupação

domiciliar (casa própria, aluguel etc).

Estas variáveis podem ser determinantes do comportamento do

consumidor e têm potencial para explicar alguns padrões de consumo da

família relacionados ao volume de compra de bens e serviços e a prioridade de

despesas que compõem o orçamento familiar.

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111.5 INTENÇÃO DE CONSUMO E ENDIVIDAMENTO DAS

FAMÍLIAS - CNC

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC), por meio da pesquisa realizada em março, é um levantamento

nacional sistemático apurado mensalmente pela CNC a partir de dezembro de

2009. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados federais e no

distrito federal junto a 17.800 consumidores. Esse tipo de pesquisa é

denominado pesquisas de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e

Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O objetivo

é diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor. Das

informações coletadas são apurados importantes indicadores: percentual de

consumidores endividados, percentual de consumidores com contas em atraso,

taxa de inadimplência, tempo de nível de endividamento e nível de

comprometimento da renda, por meio da pesquisa constatou um aumento do

endividamento dos brasileiros.

A pesquisa apresentou as seguintes informações:

O percentual de famílias com dívidas apresentou crescimento de

fevereiro para março, passando de 61,8% para 63,0%. Acompanhando o nível

de endividamento, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso

elevou-se de 25,6% para 27,3% no mesmo período de comparação.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar

suas dívidas ficou praticamente estável, registrando 8,7% em março contra

8,6% no mês anterior.

As condições favoráveis no mercado de crédito, juntamente com as

perspectivas positivas para o mercado de trabalho e renda, continuam

estimulando o aumento do endividamento. Gerando um aumento, no mês de

fevereiro, do percentual de consumidores com dívidas ou contas em atraso no,

passando de 25,6% em fevereiro para 27,3% em março.

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12 Esse aumento ocorreu para ambas as classes de renda, sendo mais

expressivo para as famílias que ganham mais que 10 salários mínimos, cujo

percentual com dívidas ou contas em atraso subiu de 13,2% em fevereiro para

16,1% em março.

Contudo, tanto o nível de endividamento como os indicadores de

inadimplência continuam substancialmente menores para essa faixa de renda.

O aumento da inadimplência em março foi influenciado principalmente

pelo aumento do custo de vida ocorrido no primeiro trimestre de 2010. Os

gastos extras com tarifas como IPTU e IPVA e reajustes de preços de serviços

que ocorrem no início do ano, como educação e transporte, assim como preço

de serviços atrelados ao salário mínimo, como o de empregada doméstica,

pesou no orçamento das famílias, sobretudo daquelas de maior renda.

Entretanto, as condições favoráveis de renegociação de dívidas também

beneficiam tanto a queda da inadimplência como também o acesso a novas

concessões de crédito. Essas perspectivas refletem na estabilidade do

percentual que declararam não ter condições de pagar suas dívidas, que

passou de 8,6% em fevereiro para 8,7% em março.

Em março, o percentual de famílias que se consideram muito

endividadas aumentou, passando de 13,4% do total em fevereiro para 14,5%.

O percentual de famílias que se consideram pouco endividadas também

aumentou, passando de 26,2% em fevereiro para 27,3% em março.

Para 72,5% das famílias endividadas, o cartão de crédito continua sendo

apontado como um de seus principais tipos de dívida, seguido por carnês, para

27,4%, e financiamento de carro, para 12,5%. Em março, o financiamento de

carro ultrapassou o crédito pessoal dentre os principais tipos de dívidas

apontados pelos entrevistados, sendo este apontado por 10,2% dos

entrevistados.

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13O cenário positivo para crédito e renda favorece o aumento do

endividamento nos próximos meses. As incertezas a respeito da estratégia do

Banco Central quanto à política monetária deverão manter as taxas de juros de

mercado elevadas. Gradativamente, isso deve levar a condições menos

favoráveis para o mercado de crédito.

Adicionalmente, o aumento dos níveis de endividamento ocorridos nos

últimos meses tem se dado a um ritmo superior ao aumento da renda. Devido à

conjunção desses fatores, crédito mais caro e menos longo, com

desaceleração no crescimento da renda, os riscos para o aumento da

inadimplência deverão ser maiores a partir do segundo semestre de 2010.

Fonte: http://www.tendenciasemercado.com.br

1.6 JOVENS SÃO CULPADOS POR GASTOS DE FAMÍLIA

Segundo a pesquisa feita pela a empresa Kantar Worldpanel (ex

LatinPanel), maior empresa de pesquisas de consumo domiciliar da América

Latina. Mostra que os consumo dos adolescentes estão levando as famílias ao

endividamento.

Foi constatado que um dos motivos de endividamento familiar provém de

despesas dos teens. Onde encontramos lares com jovens entre 12 a 19 os

gastos vão além da renda familiar. Já as que não têm jovens conseguem até

poupar. O mercado de consumo dos adolescentes é gigantesco, entre

alimentos diferenciados, roupas de marca, telefones e Internet, isto é, à

vontade de falar com os amigos e estar sempre na moda, pesa um pouco no

orçamento das famílias. A preocupação com a aparência e de como serão

vistos pelos colegas é o motor do consumo dos teens.

Adolescentes das classes AB são os mais descontrolados com o

orçamento, enquanto os jovens das classes C,D e E administram melhor os

recursos que recebem da família ou de seus ganhos pessoais no mercado de

trabalho.

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14Outro diferencial dos lares com presença de jovens está no uso da

tecnologia. O computador está presente em 32% dos domicílios com teens, e o

mesmo fenômeno ocorre com a Internet, que está presente em 26% dos lares

com jovens. A TV por assinatura está presente em 16% dos domicílios com

teens, e a banda larga está presente em 31%. Loucos por inovações, a grande

maioria dos jovens - 88% entre os indivíduos de 14 a 18 anos - possuem

telefone celular no Brasil. Mais da metade, 58%, compram aparelhos de até R$

200,00. Outros 32% adquirem de segunda mão. Além disso, 57% dos

adolescentes trocam de aparelho a cada 14 meses. "O jovem gosta de

tecnologia e novidade. O celular é um prato cheio para isso".

A pesquisa revela também que a alimentação em casa é a despesa que

mais pesa no orçamento das famílias com adolescentes. O carrinho de

supermercado dos lares com jovens é mais cheio do que o das famílias sem

teens, em todos os estratos sociais. As famílias das classes A/B com

adolescentes compram 41 categorias de produtos, quatro a mais que os lares

sem teens. O mesmo ocorre nas classes D/E, que compram seis categorias a

mais.

Portanto, o ímpeto consumista dos jovens, especialmente de classe média

alta, está levando as finanças das famílias para o vermelho.

1.7 JUROS

Os juros de um financiamento crescem em progressão geométrica,

enquanto os rendimentos da maioria dos ativos financeiros evoluem em

progressão aritmética. Por mais que a rentabilidade da aplicação seja sempre

multiplicada pela anterior, em progressão geométrica, a taxa é sempre bem

menor que os juros de um financiamento. Mais que isso, os analistas deixam

claro que as instituições financeiras seguem a lógica de que, para ter lucro, não

se pode emprestar por um custo inferior ao do custo de captação de recursos.

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15A partir de dados disponibilizados pelo site: http://oglobo.globo.com,

aponta que:

"A taxa de juros nas operações de crédito no país voltou a subir em abril,

segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de

Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa de juro média para

crédito a pessoa física avançou 0,05 ponto percentual entre março e abril, o

que representa uma alta de 0,74%. Com isso, o juro chegou a 6,82% ao mês

em abril. Nos empréstimos para pessoas jurídicas, a alta foi de 0,06

Entre os tipos de tipos de crédito pesquisados pela associação, o que

teve maior elevação na taxa de juro no mês de abril, na comparação com o

mês anterior, foi o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos, para

financiamento a automóveis, com alta de 3%. A taxa passou de 2,33% ao mês

em março para 2,40% ao mês (32,92% ao ano) em abril. A taxa deste mês no

CDC é a maior desde fevereiro de 2010, quando estava em 2,47% ao mês.

A seguir vem o juro do empréstimo pessoal nos bancos, que subiu

1,05%, passando para 4,79% ao mês (75,32% ao ano) em abril. A taxa

também é a maior desde fevereiro de 2010, quando estava a 4,92% ao mês.

Os juros para empréstimo pessoal nas financeiras apresentou alta de

0,92%, com taxa de 9,87% ao mês em abril (209,42% ao ano).

Apenas a taxa de juro dos cartões de crédito se se manteve inalterada

em 10,66% ao mês (237,20% ao ano) em abril.

A taxa de juro do cheque especial registrou elevação de 0,82%

passando para 7,4% ao mês (135,53% ao ano) em abril."

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161.8 POUPANÇA E INVESTIMENTOS

O sistema financeiro está diretamente ligado a poupança e ao

investimento, ou seja, o sistema é governando pela força da demanda e da

oferta, onde pessoas necessitam de empréstimos e outras desejam

converter parte de sua renda em poder aquisitivo futuro.

Os investidores adquirem empréstimos contando com suficiente capital

para produzir seus bens e serviços, mas a fim de ganhos futuros.

Os poupadores poupam seus recursos a fim de render seu montante e

adquirir poder aquisitivo mais a frente.

Contudo o sistema financeiro é integrado, pois um fato depende do

outro, isto é, enquanto um precisa de recursos rápidos devido a sua

necessidade o outro disponibiliza-o, através de financeiras, conforme

bibliografia de MANKIW N. G. HARVARD UNIVERSITY, Princípios de Micro e

Macroeconomia. Ed 2, Rio de Janeiro: Campus, 2001, p577

"O sistema financeiro é integrado por muitos tipos de instituições

financeiras, como o mercado de títulos, o mercado de ações, os bancos e os

fundos mútuos. Todas essas instituições agem para conduzir os recursos das

famílias que desejam poupar parte de sua renda para as mãos de famílias e

empresas que desejam tomar empréstimos".

"As identidades contábeis da renda nacional revelam algumas relações

importantes entre variáveis macroeconômicas. Principalmente, mostram que

em uma economia fechada a poupança tem que ser igual ao investimento. As

instituições financeiras são o mecanismo pelo qual a economia reúne

poupanças e investimentos".

"A taxa de juros é determinada pela oferta e pela demanda de fundos

emprestáveis. A oferta de fundos emprestáveis se origina nas famílias que

desejam poupar parte de sua renda e emprestá-la. A demanda por fundos

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17emprestáveis se origina em famílias e empresas que desejam poupar parte de

sua renda e emprestá-la. A demanda por fundos emprestáveis se origina em

famílias e empresas que desejam tomar empréstimos para investir. Para

analisar como qualquer política ou evento afeta a taxa de juros, é necessário

verificar se afeta a oferta ou a demanda de fundo emprestáveis."

"A poupança nacional é igual à poupança privada mais a poupança

pública. Um déficit orçamentário do governo representa uma poupança pública

negativa e, portanto, reduz a poupança nacional e a oferta de fundos

emprestáveis disponível para financiar investimentos (elevação das taxas de

juros)."

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II CAPÍTULO - METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 Resultado da Pesquisa Realizada

A pesquisa realizada contou com a colaboração de um grupo de quatro

pessoas na qualidade de pesquisadores, sendo feita no município do Rio de

Janeiro, no período de 3 semanas, apurando-se registro de receitas e

despesas de 60 pessoas.

A escolha da pesquisa obedeceu a uma criteriosa avaliação das

relações sociais, eliminando o tendencioso resultado de coleta de dados

concentrados em uma determinada faixa de renda familiar.

Definida a quantidade de questionários a ser distribuída por cada

participante passou-se à escolha dos pesquisados, realizada de forma

aleatória, tomando-se as observações pertinentes à pesquisa.

Uma das principais características de pesquisas por amostragem é que

cada elemento da população tem a mesma probabilidade de ser selecionado,

formando assim uma amostra aleatória.

Os questionários aplicados visavam à apuração das rendas e das

despesas das famílias, com levantamentos acerca da capacidade de poupança

e nível de endividamento.

Tais questionários eram simplificados, compostos por vinte e seis

questões com cinco opções cada, atendendo a todos os tópicos a serem

levantados.

Os itens abordados no questionário resumem-se em:

Caracterização do domicílio: dados sobre as características do imóvel,

tipo de moradia e descrição de quantidade de pessoas que residem na unidade

de consumo.

Formação: Avaliação do nível de escolaridade do principal contribuinte

da renda familiar e o investimento destinado à formação de capital humano.

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19 Poupança/ Investimento e previdência privada: Avalia a preocupação do

endivido com despesas futuras ou equilíbrio no orçamento devido a eventos

não esperados e estabilidade na velhice.

Consumo Familiar: mensuração dos gastos com transportes,

alimentação, vestuários, educação, saúde, recreação e cultura, viagens e

férias, despesas diversas e renda adicional.

Endividamento: Avaliar a proporção e o nível de endividamento da

população.

A distribuição e coleta de formulários aos pesquisados foram efetuadas

em seus domicílios e locais de trabalho, acompanhadas por minha fiscalização

para atestar a veracidade das informações, bem como para fornecer eventuais

informações sobre o preenchimento do formulário, caso houvesse dúvidas.

Esta pesquisa de orçamento familiar identifica com detalhes o que as

pessoas e o grupo de família têm por hábito consumir, permitindo ainda uma

fotografia do orçamento familiar e que, nesta pesquisa, buscou levantar o

volume de recursos necessários para os meses em que as despesas superam

as receitas, devido a sazonalidade do orçamento doméstico.

Gráfico I – Faixas de Rendas

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%

até R$ 750,00

de R$ 751,00 a R$ 1.500,00

de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00

de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00

acima de R$ 3.000,00

Seqüência1

A pesquisa teve como foco as famílias domiciliadas no Rio de Janeiro

que, na apuração do questionário, apresentaram os seguintes resultados:

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20

A distribuição das famílias por faixa de renda com o respectivo volume

de endividamento assumido,segue na tabela abaixo:

Renda Não

Endividado

Pouco

Endividado Endividado

Muito

Endividado

Totalmente

Endividado

até R$ 750,00 50,00% 37,50% 12,50% 0,00% 0,00%

de R$ 751,00 a R$ 1.500,00 35,71% 28,57% 7,14% 14,29% 14,29%

de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00 17,39% 21,74% 26,09% 13,04% 21,74%

de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00 33,33% 33,33% 22,22% 11,11% 0,00%

acima de R$ 3.000,00 50,00% 33,33% 16,67% 0,00% 0,00%

O nível de endividamento mais alto está na faixa de renda entre R$

1.501,00 a R$ 2.250,00 (corresponde a classe média hoje), onde 21,74% das

pessoas estão totalmente endividada, ou seja, gastam mais do que recebem.

Percebemos que esses consumidores todos possuem algum tipo de divida em

atraso.

Renda Qt %

até R$ 750,00 8 13,33%

de R$ 751,00 a R$ 1.500,00 14 23,33%

de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00 23 38,33%

de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00 9 15,00%

acima de R$ 3.000,00 6 10,00%

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21Gráfico II – Nível de Endividamento

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

NãoEndividado

PoucoEndividado

Endividado MuitoEndividado

TotalmenteEndividado

até R$ 750,00 de R$ 751,00 a R$ 1.500,00

de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00 de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00

acima de R$ 3.000,00

Já o perfil do consumidor com contas ou dívidas em atraso revela a

preponderância de famílias com no mínimo 1 filho.

Apesar de a classe baixa apresentar alta porcentagem de não

endividamento, existe um volume de consumidores endividados. Até porque,

está classe utiliza mais o parcelamento ou financiamento do que as demais,

estando dessa forma mais propício ao risco de endividamento.

Já classe Alto mostra um certo equilíbrio em relação as suas dividas,

mas também existem consumidores “enrolados” com suas contas.

Gráfico III – Renda X Capital Intelectual

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

até R$ 750,00

de R$ 751,00 a R$1.500,00

de R$1.501,00 a R$

2.250,00

de R$2.251,00 a R$

3.000,00

acima de R$3.000,00

nenhum

Fundamental

Médio

Superior

Pós- Graduação

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22Neste gráfico acima, podemos verificar o grau de instrução dos

consumidores e perceber que a classe Alta tem um nível de instrução bem

melhor do que as demais.

Porém em relação ao nível de endividamento essa classe tem um gasto

maior com impostos (IPTU e IPVA) em relação as demais, sendo que no

primeiro semestre de cada ano suas despesas aumentam mediante a este

fato, ajudando no impacto de seu endividamento.

Renda até R$

750,00

de R$ 751,00 a

R$ 1.500,00

de R$ 1.501,00 a

R$ 2.250,00

de R$ 2.251,00 a

R$ 3.000,00

acima de R$

3.000,00

nenhum 3% 0% 0% 0% 0%

Fundamental 7% 5% 2% 0% 0%

Médio 3% 17% 8% 7% 2%

Superior 0% 2% 17% 7% 3%

Pós-Graduação 0% 0% 12% 1,67% 5%

Conforme dados fornecidos pela pesquisa, um ponto importante que

contribui nas despesas dos pesquisados é a questão das condições de

moradia. Percebemos que 40% dos consumidores possuem casa própria

quitada, porém 46,66% (somatório das pessoas que moram de aluguel e

possuem imóveis financiados) das pessoas ainda não conseguiram adquirir um

bem quitado e com isto geram perdas consideráveis no percentual da renda

familiar.

Outros 13,33% residem em imóveis cedidos ou compartilhados com

outras famílias, mas também não é proprietário de uma moradia quitada.

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23Gráfico IV – Tipo de Moradia

23,33%

23,33%40,00%

8,33%5,00%

Aluguel

Própria com Financiamento

Própria Quitada

Cedida

Compartilhada

Conforme pesquisa realizada, foi constatado que a renda familiar é de

aproximadamente R$ 2.250,00 e que por família no mínimo duas pessoas

contribui para esta faixa salarial, sendo que o nível de escolaridade do principal

contribuinte é a graduação. Também foi verificado que pelo menos existe um

dependente na família e que sua moradia é em casa própria, porém se

somarmos o número de pessoas que mora em casa alugada e financiada

ultrapassará a mesma. Sendo assim, a famílias estão endividadas muitas das

vezes por motivo de moradia.

Habitação é o item que mais pesa no orçamento familiar, representa

36% do total de gastos. Estão incluídos, neste item, gastos com financiamento

e contas de consumo (água, eletricidade e telefone);

Alimentação também gera grandes gastos principalmente nas famílias,

aonde o nível escolar é mais alto.

Educação é o terceiro item que gera altos gastos com mensalidade,

cursos de idiomas e informática e principalmente quem tem filhos, porque está

incluído gasto com material escolar.

Vestiário também é muito significativo no orçamento familiar devido aos

gastos com jovens que estão querendo estar sempre na moda.

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24Poupança e Investimento são algo que a maioria da população não da

muita importância talvez por falta de informação ou pela cultura, mais poucos

se preocupam com a renda familiar no futuro.

Gráfico V– Despesa das Famílias

18%

36%9%

11%

13%

13% Alimentação

Habilitação

Transporte

Assistência à Saúde

Educação

Outros

CAPITULO III - ESTUDO DE CASOS

3.1 PESQUISA DE ORÇAMENTO FAMILIAR POF 2008/2009

Essas são algumas informações da primeira divulgação da Pesquisa de

Orçamentos Familiares (POF) 2008/09, que utilizaremos para fazer uma

comparação.

Foram visitados cerca de 60 mil domicílios urbanos e rurais, entre maio

de 2008 e maio de 2009. Há dados sobre despesas, rendimentos (monetários

ou não) e variação patrimonial, além da avaliação das famílias sobre as

próprias condições de vida. São detalhados, ainda, os gastos com Habitação,

Alimentação, Transporte, Saúde, Educação, Impostos, Contribuições

trabalhistas, Pagamento de dívidas etc., segundo diferentes faixas de

rendimento das famílias. Há comparações com a POF 2002/03 e o Estudo

Nacional da Despesa Familiar (ENDEF) 1974/75.

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25 O peso da comida nas despesas mensais do brasileiro sofreu um tombo

nos últimos 34 anos, enquanto os gastos com saúde e transporte deram um

salto.

Em 1974/1975, a participação da comida (dentro e fora de casa) era de

33,9% das despesas de consumo. Em 2008/2009, caiu para 19,8%. No sentido

contrário, saúde pesava 4,2% em 1975, e passou a 7,2% em 2008/2009 (uma

alta de 71%). Transporte pulou de 11,6% para 19,6% (elevação de 69%).

Com alimentação, o valor mensal médio gasto em 2008/2009 foi de

R$ 421,72, enquanto habitação custou R$ 765,89, e saúde (incluindo remédios

e planos de assistência) ficou em R$ 153,81.

Os dados são números médios e fazem parte da Pesquisa de Orçamentos

Familiares (POF) 2008/2009, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística). O estudo mostra os rendimentos e gastos da

população brasileira. A última versão havia sido feita no período 2002/2003.

As despesas da população se dividem em diferentes categorias,

segundo o IBGE. As despesas totais, como indica o nome, incluem tudo (até

impostos). As despesas de consumo englobam somente os gastos para

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26atender as necessidades pessoais, como comida, transporte, saúde, habitação

e educação.

A despesa média mensal total do brasileiro em 2008/2009 foi de

R$ 2.626,31. Considerando só as despesas de consumo, o valor é de R$

2.134,77.

3.2 COMPRAS PARCELADAS PODE CHEGAR A 6 %

Juros de compra parcelada no cartão de loja pode chegar a 6% ao mês. O cartão de crédito é uma forma de pagamento muito utilizada no comércio convencional, devido a problemas como furto e roubo.

Muitos comerciantes usam a armadilha do parcelamento por duas razões. Ele é mais atraente porque minimiza os impactos das compras e faz você adquirir mais itens do que realmente precisa, sendo dessa forma perigo para quem não sabe administrar suas finanças pessoais. Também é uma forma das lojas ganharem lucros adicionais com as taxas de juros.

As redes de lojas de roupas mais populares do país – C&A, Renner, Riachuelo, Marisa e Pernambucanas – oferecem cartão da marca com facilidades para pagar as compras. Além de vantagens como pagamento adiado da primeira parcela, as compras às vezes podem ser parceladas em até oito vezes. Observando as condições oferecidas por cada loja, o consumidor pode analisar em até quantas vezes vale a pena parcelar. Uma compra de R$ 300 parcelada em oito vezes sai por R$ 363,50 na Riachuelo e por R$ 364,40 na Renner, por exemplo. Para os consultores não vale a pena pagar R$ 63,50 a mais para ter o valor das parcelas reduzidas em apenas R$ 15 – que passam de R$ 60 sem juros para R$ 45 com juros..

Segue abaixo uma tabela mostrando as taxas de juros para compra parcelada (com mora, encargos e multa) e de refinanciamento.

Anuidade Não Não Primeira anuidade grátis Não Não

Juros para compra parcelada

5,9% 5,99% a.m. mais IOF

Não informou Não informou

Em até 5x sem juros, ou 0 + 8 fixas com juros de 5,9 % ao mês

Taxa para refinanciamento 11,9% Não Não informou Não informou 13,9% ao mês

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27Encargos por atraso 11,9% 14,99% mais IOF Não informou Não informou 13,9% ao mês

Multa 2% 2% Não informou Não informou 2%

Juros de mora 1% 1% Não informou Não informou 1%

Paga para fazer? Não Não Não informou Não informou Tarifa de manutenção: R$ 1,95

Fatura

Até 40 dias para pagar a primeira parcela. Opção de crédito rotativo: até 70 dias para começar a pagar as compras, sem entrada e sem juros.

Oferece 30 dias para o primeiro pagamento seja qual for a data da compra

Até 40 dias para pagar. Financiamento de até 80% do saldo da fatura e parcela em até 12 vezes.

Até 60 dias para pagar Não informou

Vantagens

10% de desconto na 1ª compra; restante pode ser refinanciado para o mês seguinte.

Zero de entrada + 5x sem acréscimo ou zero de entrada + 8 parcelas fixas mensais com acréscimo.

50% de desconto em eventos Não informou Pode ser usado

na internet

Conforme consultores, consumidores devem sempre usar o máximo de benefícios sem juros “ou melhor” fujam dos financiamentos ou parcelamentos. Comprometer-se no pagamento de algo por um período muito longo é arriscado, pois imprevistos poderão acontecer neste intervalo. Na maioria das operações de crédito, os juros mensais são absurdos. E caso não tenha condições para pagamento da divida acabará caindo no refinanciamento, pagando mais juros ou muita das vezes entrando na lista dos inadimplentes.

Não importa se você usa cheque pré-datado, crediário ou cartão de crédito. As taxas estão lá embutidas e muitas vezes escondidas. Não devemos apenas ficar de olho nos juros. O preço inicial também é muito importante. Às vezes, comprar um produto à vista em uma loja pode sair mais caro do que em outra que vende o mesmo produto a prazo e com juros.

Antes de cair em tentação lembre-se que o prolongamento das dívidas vai comprometer, e muito, o orçamento. E Em Janeiro, logo chegam os boletos para o pagamento de despesas como: IPTU, IPVA, licenciamento do carro, matrículas escolares e lista de material escolar entre outras. 3.3 MODELO DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

“Os problemas financeiros familiares decorrem de decisões ou escolhas

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28ruins. Se vocês enfrentam dificuldades dessa natureza, a culpa não é dos juros elevados dos bancos, mas sim de um padrão de vida elevado demais para a renda da família”.

“Na maioria das vezes, orçamento, planejamento financeiro, dinheiro ou controle de gastos não fazem parte das conversas dos casais”.

“A falta de planos faz com que os sonhos de um se tornem empecilhos para a conquista das aspirações do outro”.

“Começando mal vai terminar mal. Em geral, as famílias evoluem convivendo com falta de planejamento, pequenas brigas diárias em torno de dinheiro e rápidos ajustes do orçamento a eventuais crescimentos na renda. Quando aumenta o salário, logo se encontra uma forma de utilizar a renda extra, seja adquirindo bens em prestações, seja trocando de automóvel ou comprando um terreno, um sítio ou uma casa de praia por meio de financiamento”.

“Por isso, tenham em mente que o futuro de vocês e de seus filhos é conseqüência não só das decisões de hoje, mas também do que gastam no dia-a-dia (GUSTAVO CEBASI, 2004)”.

Segue, abaixo, modelo de controle financeiro para disciplinar as contas em relação ao rendimento adquirido, estabelecendo metas e cumprido o planejamento estabelecido e caso aja necessidade fazer os devidos ajuste.

Tabela de Controle Orçamento Familiar

Mês: Receitas Prevista (R$) Realizada (R$) Salários Outras Rendas (alugueis, serviços) Saldo mês anterior Total Receitas Despesas Fixas Aluguel/Condomínio/Prestação Casa Diarista/Mensalista/Jardineiro Prestação/Seguro carro IPTU IPVA Seguro-Saúde Educação/Cursos/Clube/Academia Plano de Aposentadoria Despesas Variáveis Alimentação

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29Luz, Gás, Água Combustível Telefone Fixo/Celular/internet Cartão de Crédito Transporte Despesas médicas/Dentista/remédios Roupas/Calçados Previsão para despesas eventuais Outros Despesas Arbitrárias Cinema/Teatro/Boate Restaurante/Barzinho Cuidados pessoais (manicure, barbeiro) Viagens Outros Total de Despesas Resultado Final

Resultado Final = Total Receitas - Total Despesas

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30

CONCLUSÃO

Fazer um orçamento familiar é o primeiro passo na gestão financeira

pessoal. O orçamento familiar é a única forma de disciplinar os hábitos

financeiros, colocar os recursos financeiros da forma mais eficiente possível e

de refletir sobre o patrimônio. De tal maneira que possamos sempre ter

reservas para os imprevistos e construir um patrimônio, que garanta na

aposentadoria meios de renda suficientes para termos uma vida tranqüila e

confortável.

É notório o fato de que, para ter uma vida rentável, é preciso saber

gastar. Manter o patrimônio não depende somente do que ganhamos, mas

principalmente com o que se gasta, ou seja, a má escolha pode resultar tanto

num futuro milionário quanto num total desastre financeiro.

Dificuldades financeiras são escolhas pessoais: decidimos tê-las quando

ignoram a importância do planejamento financeiro.

Se com a renda baixa, conseguirmos construir com dignidade um padrão

de vida saudável e feliz, consciente de que conseguiremos mantê-lo no futuro,

estaremos em situação melhor do que muitos que ganham mais, porém gastam

além do disponível para manter um padrão de vida elevado, ficando

desesperado quando perdem o emprego.

As pessoas têm muitas necessidades e vontades, porém estão

condicionadas as rendas familiares. Diante disto nem sempre os interesses

pessoais são alcançados de imediato, porque se abre mão de algo para

adquirir outro de maior importância.

O êxito nestas situações é: planejar e controlar. Sabendo usar não vai

faltar, mas para isso é necessário fazer uma análise das rendas da família e de

seus gastos, considerando todas as possibilidades.

O processo do equilíbrio orçamentário, entre outras coisas, é um

controle sobre os impulsos consumistas e uma administração permanente das

contas da família seja ela considerada despesa mensal ou gastos eventuais,

que acabam pesando no orçamento em função de serem esporádicos, ou seja,

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31muitas vezes deixa de serem registrados.

Algumas pessoas tratam de suas finanças “procurando gastar menos do

que ganha”. Este é apenas um dos aspectos do planejamento. É necessário,

entre outros aspectos, estabelecer objetivos, para se chegar a um rumo certo,

ou seja, o planejamento financeiro é um processo de administrar sua renda,

seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando

tornar realidade seus sonhos, desejos e objetivos, tais como: casa própria,

poupar para a educação dos filhos, fazer a viagem dos sonhos, aposentar-se

confortavelmente, entre outros.

É importante que toda a família esteja envolvida neste propósito, sendo

fundamental que a conversa sobre o orçamento financeiro seja bem clara e

aberta. “Criar um ambiente de cumplicidade entre os membros da família é

muito importante. Só assim todos vão participar da elaboração dos objetivos e

colaborar para atingi-los. O segredo é uma boa conversa sobre os objetivos e

os problemas.”(EID JUNIOR, GARCIA. 2001).

Portanto o orçamento familiar envolve o planejamento, as prioridades

estabelecidas e o controle das despesas e receitas. A elaboração do

orçamento familiar não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem

planos para o seu futuro e o de sua família. Estabelecer objetivos comuns e

conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para que

cada um esteja comprometido e faça sua parte. É a forma de garantir a

estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.

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BIBLIOGRAFIA

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EID JUNIOR, WILLIAM; GARCIA, FABIO GALLO Como Fazer O Orçamento

Familiar ed. PUBLIFOLHA, 2001

GIL, A. C. Técnicas de Pesquisa em Economia e Elaboração de

Monografias: ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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2004

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MOREIRA, D.A. O Método Fenomenológico na Pesquisa. S.Paulo: Thomson

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VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração: 4

ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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ANEXO A - FORMULÁRIO DA PESQUISA DE MERCADO

PESQUISA DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E GESTÃO CORPORATIVA

1- Em qual faixa de Renda Familiar (salários, participações e doações

recebidas) você se inclui?

( ) até R$ 750,00

( ) de R$ 751,00 a R$ 1.500,00

( ) de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00

( ) de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00

( ) acima de R$ 3.000,00

2- Quantas pessoas contribuem para formação da Renda?

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4 ou mais

3- Qual o número de Dependente Financeiros?

( ) 0

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4 ou mais

4- Qual a faixa etária do principal contribuinte da renda familiar?

( ) de 18 a 25 anos

( ) de 26 a 35 anos

( ) de 36 a 45 anos

( ) de 46 a 55 anos

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34( ) acima de 55 anos

5- Qual o nível de escolaridade do principal contribuinte da Renda

Familiar?

( ) Nenhum

( ) Fundamental Completo

( ) Médio Completo

( ) Superior Completo

( ) MBA/ Mestrado/Doutorado/ Pós-doutorado

6- Informe o tipo de moradia onde reside

( ) Aluguel

( ) Própria com Financiamento

( ) Própria Quitado

( ) Cedida

( ) Compartilhada

7- Informe, a melhor faixa que represente, em média, sua despesa mensal

com moradia, incluindo: aluguel, financiamento, água, luz gás e cotas

condominias.

( ) até R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 400,00

( ) de R$ 401,00 a R$ 600,00

( ) de R$ 601,00 a R$ 800,00

( ) acima de R$ 800,00

8- Quantas pessoas da família geram gastos com educação?

(escolas/faculdade/cursos)

( ) nenhum

( ) 1

( ) 2

( ) 3

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35( ) 4 ou mais

9- Informe a despesa com mensalidade(s) de escola, colégios, cursos e

faculdades.

( ) nenhum

( ) até R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 300,00

( ) de R$ 301,00 a R$ 500,00

( ) acima de R$ 500,00

10- Informe a despesa mensal com assinaturas, ou compra avulsa, de

jornal, revista, Internet e etc..

( ) até R$ 30,00

( ) de R$ 31,00 a R$ 70,00

( ) de R$ 71,00 a R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

( ) acima de R$ 150,00

11- Informe a despesa mensal da família com plano(s) de saúde

( ) nenhum

( ) de R$ 50,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 250,00

( ) de R$ 251,00 a R$ 350,00

( ) acima de R$ 350,00

12- Informe a despesa mensal da família com: consultas, exames remédios,

etc...

( ) até R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 250,00

( ) de R$ 251,00 a R$ 350,00

( ) acima de R$ 350,00

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36

13- Informe a despesa mensal com previdência privada

( ) nenhum

( ) de R$ 75,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 225,00

( ) de R$ 226,00 a R$ 300,00

( ) acima de R$ 300,00

14- Informe a despesa mensal com transportes da família. (combustível,

passagens, ônibus/metrô/barcas/trem, manutenção do veículo e etc...)

( ) até R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 250,00

( ) acima de R$ 250,00

15- Informe a despesa mensal com suprimentos da família (alimento,

material de limpeza, produtos de higiene e etc...)

( ) até R$ 300,00

( ) de R$ 301,00 a R$ 400,00

( ) de R$ 401,00 a R$ 500,00

( ) de R$ 501,00 a R$ 600,00

( ) acima de R$ 600,00

16- Informe a despesa mensal com vestuário da família (compra e consertos

de roupas, calçados e etc...)

( ) até R$ 50,00

( ) de R$ 51,00 a R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

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37( ) de R$ 151,00 a R$ 200,00

( ) acima de R$ 200,00

17- Informe a despesa mensal da família com gastos diversos (animais,

vícios, dízimos/ doações e etc...)

( ) até R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 250,00

( ) de R$ 251,00 a R$ 300,00

( ) acima de R$ 300,00

18- Informe a despesa mensal com manutenção da casa (empregado

doméstico/ diarista, serviços de reparos, consertos e etc...)

( ) até R$ 50,00

( ) de R$ 51,00 a R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 200,00

( ) acima de R$ 200,00

19- Informe a despesa mensal com lazer da família (mensalidade de clube,

cinema, teatro, restaurante, bares e etc...)

( ) até R$ 50,00

( ) de R$ 51,00 a R$ 100,00

( ) de R$ 101,00 a R$ 150,00

( ) de R$ 151,00 a R$ 200,00

( ) acima de R$ 200,00

20- Informe o gasto mensal da família utilizando Cartão de Crédito e limite

do Cheque Especial

( ) nenhum

( ) até R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 400,00

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38( ) de R$ 401,00 a R$ 600,00

( ) acima de R$ 600,00

21- Informe a parcela da Renda Familiar destinada a formação de Poupança

e/ou Investimentos.

( ) 0 a 10%

( ) de 11% a 20%

( ) de 21% a 30%

( ) de 31% a 50%

( ) acima de 50%

22- Quanto a dívidas com financeiras, bancos, empréstimos pessoais,

cartão de crédito, etc. Qual alternativa representaria melhor a situação

familiar?

( ) Não endividado

( ) Pouco endividado ( com 30% da renda comprometidos c/

dívidas)

( ) Endividado ( a 30% a 50% da renda comprometidos c/

dividas)

( ) Muito endividado ( de 50% a 100% da renda comp.

c/dividas)

( ) Totalmente endividado (acima de 100% da renda

comprometidos

23- Informe o gasto anual com impostos (IPTU, IPVA, impostos de renda,

etc...)

( ) até R$ 250,00

( ) de R$ 251,00 a R$ 500,00

( ) de R$ 501,00 a R$ 750,00

( ) de R$ 751,00 a R$ 1.500,00

( ) acima de R$ 1.500,00

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3924- Informe o gasto anual com seguros (residencial, automóvel, vida, etc...)

( ) nenhum

( ) até R$ 500,00

( ) de R$ 501,00 a R$ 1.000,00

( ) de R$ 1.001,00 a R$ 1.500,00

( ) acima de R$ 1.500,00

25- Informe o gasto anual referente à renovação de matrículas, uniformes e

materiais escolares.

( ) nenhum

( ) de R$ 200,00

( ) de R$ 201,00 a R$ 500,00

( ) de R$ 501,00 a R$ 800,00

( ) acima de R$ 800,00

26- Informe o gasto anual referente a férias (passagens, hospedagem e

etc...)

( ) até R$ 250,00

( ) de R$ 251,00 a R$ 500,00

( ) de R$ 501,00 a R$ 750,00

( ) de R$ 751,00 a R$ 1.500,00

( ) acima de R$ 1.500,00

Não é necessária a identificação do pesquisado, mas se houver interesse em receber o

resultado desta pesquisa ou contribuir na qualificação ou dúvidas de suas respostas do

questionário, informe seu nome e-mail.

Nome:

_____________________________________________________________

___

E-mail: _________________

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ANEXO B – TABULAÇÃO DOS RESULTADOS DA

PESQUISA

Renda Qt Despesa mensal com transportes Qt até R$ 750,00 8 até R$ 100,00 4 de R$ 751,00 a R$ 1.500,00 14 de R$ 101,00 a R$ 150,00 9 de R$ 1.501,00 a R$ 2.250,00 23 de R$ 151,00 a R$ 200,00 20 de R$ 2.251,00 a R$ 3.000,00 9 de R$ 201,00 a R$ 250,00 14 acima de R$ 3.000,00 6 acima de R$ 250,00 13 Quantas pessoas contribuem Despesa mensal com suprimentos 0 0 até R$ 300,00 30 1 25 de R$ 301,00 a R$ 400,00 29 2 32 de R$ 401,00 a R$ 500,00 1 3 3 de R$ 501,00 a R$ 600,00 0 4 ou mais 0 acima de R$ 600,00 0 Número de Dependente Despesa mensal com vestuário 0 10 até R$ 50,00 2 1 22 de R$ 51,00 a R$ 100,00 21 2 21 de R$ 101,00 a R$ 150,00 21 3 6 de R$ 151,00 a R$ 200,00 14 4 ou mais 1 acima de R$ 200,00 2 faixa etária do principal contribuinte Despesa com gastos diversos de 18 a 25 anos 2 até R$ 150,00 37 de 26 a 35 anos 23 de R$ 151,00 a R$ 200,00 16 de 36 a 45 anos 18 de R$ 201,00 a R$ 250,00 4 de 46 a 55 anos 14 de R$ 251,00 a R$ 300,00 1 acima de 55 anos 3 acima de R$ 300,00 2 Nível de escolaridade do principal Despesa mensal c/manutenção da casa Nenhum 2 até R$ 50,00 26 Fundamental Completo 8 de R$ 51,00 a R$ 100,00 17 Médio Completo 22 de R$ 101,00 a R$ 150,00 12 Superior Completo 17 de R$ 151,00 a R$ 200,00 2 MBA/ Mestrado/Doutorado/ Pós-doutorado 11 acima de R$ 200,00 3 Tipo de moradia onde reside Despesa mensal com lazer da família Aluguel 14 até R$ 50,00 6 Própria com Financiamento 14 de R$ 51,00 a R$ 100,00 22 Própria Quitada 24 de R$ 101,00 a R$ 150,00 17 Cedida 5 de R$ 151,00 a R$ 200,00 10 Compartilhada 3 acima de R$ 200,00 5 Despesa mensal com moradia Gastos c/Cartão de Crédito e limites até R$ 200,00 13 nenhum 12 de R$ 201,00 a R$ 400,00 15 até R$ 200,00 6 de R$ 401,00 a R$ 600,00 12 de R$ 201,00 a R$ 400,00 9 de R$ 601,00 a R$ 800,00 13 de R$ 401,00 a R$ 600,00 9 acima de R$ 800,00 7 acima de R$ 600,00 24 Nº de pessoas que geram gastos com educação Poupança e/ou Investimentos. nenhum 11 0 a 10% 36 1 27 de 11% a 20% 14 2 21 de 21% a 30% 5 3 1 de 31% a 50% 4 4 ou mais 0 acima de 50% 1 despesa c/ mensalidade(s) de escolar Nível de Endividamento nenhum 17 Não endividado 19 até R$ 200,00 6 Pouco endividado 18 de R$ 201,00 a R$ 300,00 11 Endividado 10 de R$ 301,00 a R$ 500,00 13 Muito endividado 6 acima de R$ 500,00 13 Totalmente endividado 7 Despesa mensal com assinaturas,etc... Gasto com impostos até R$ 30,00 17 até R$ 250,00 15 de R$ 31,00 a R$ 70,00 12 de R$ 251,00 a R$ 500,00 21 de R$ 71,00 a R$ 100,00 11 de R$ 501,00 a R$ 750,00 16 de R$ 101,00 a R$ 150,00 11 de R$ 751,00 a R$ 1.500,00 5 acima de R$ 150,00 9 acima de R$ 1.500,00 3 Despesa com plano(s) de saúde Gasto com seguros nenhum 17 nenhum 36 de R$ 50,00 a R$ 150,00 20 até R$ 500,00 2 de R$ 151,00 a R$ 250,00 11 de R$ 501,00 a R$ 1.000,00 11 de R$ 251,00 a R$ 350,00 7 de R$ 1.001,00 a R$ 1.500,00 9 acima de R$ 350,00 5 acima de R$ 1.500,00 2 Despesa mensal c/:consultas, exames remédios Gasto referente à renovação de matrículas até R$ 100,00 43 nenhum 23 de R$ 101,00 a R$ 150,00 15 de R$ 200,00 26 de R$ 151,00 a R$ 250,00 0 de R$ 201,00 a R$ 500,00 11 de R$ 251,00 a R$ 350,00 2 de R$ 501,00 a R$ 800,00 0 acima de R$ 350,00 0 acima de R$ 800,00 0 Despesa mensal c/previdência privada Gasto referente a férias nenhum 48 até R$ 250,00 20 de R$ 75,00 a R$ 150,00 9 de R$ 251,00 a R$ 500,00 22 de R$ 151,00 a R$ 225,00 0 de R$ 501,00 a R$ 750,00 9 de R$ 226,00 a R$ 300,00 2 de R$ 751,00 a R$ 1.500,00 5 acima de R$ 300,00 1 acima de R$ 1.500,00 4