pigmentação de restaurações de resina composta: uma revisão de

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Revista Odontológica de Araçatuba, v.36, n.2, p. 29-35, Julho/Dezembro, 2015 29 PIGMENTAÇÃO DE RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA COLOR ALTERATION OF COMPOSITE RESINS: A LITERATURE REVIEW Paula MATHIAS 1 Emily Vivianne Freitas da SILVA 2 Lívia Andrade VITÓRIA 3 Juliana Fellipi de AZEVEDO 4 RESUMO As resinas compostas são materiais restauradores que reproduzem as características dos tecidos dentais. Contudo, frente aos desafios mecânicos e químicos a que são submetidas na cavidade bucal, sofrem efeitos indesejáveis, como pigmentação e manchamento. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura sobre a etiologia da pigmentação da resina composta e expor alternativas clínicas e domiciliares para reduzir os seus efeitos na alteração de cor deste material odontológico estético. Foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados do Pubmed, no período de agosto de 2009 à agosto de 2014 (5 anos). Os termos utilizados foram: “composite resin and color stability”, “composite resin and pigmentation” e “composite resin and color and pigmentation”. Os critérios de inclusão foram estudos clínicos em humanos e estudos in vitro, na língua inglesa, que avaliaram a estabilidade de cor da resina composta direta e indireta. A pigmentação pode ser atribuída a fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos se referem à descoloração oriunda de componentes do próprio material, enquanto os fatores extrínsecos estão associados aos hábitos e à dieta do individuo, como o consumo de bebidas e alimentos que possuem corante em sua composição. O profissional pode intervir na prevenção ou redução desses manchamentos através de adequada técnica de confecção das restaurações (polimerização, acabamento e polimento adequados) e, na orientação dos pacientes com relação à higiene oral e aos hábitos que interfiram diretamente na estabilidade de cor do material. UNITERMOS: resinas compostas, cor, pigmentação INTRODUÇÃO A estética possui um papel fundamental na odontologia, 1 sendo os materiais restauradores estéticos desenvolvidos para reproduzir as características ópticas dos tecidos dentais. 2-5 As resinas compostas são um exemplo destes materiais restauradores amplamente utilizados na odontologia contemporânea. 6 Devido às suas propriedades, como resistência à compressão, dureza, resistência à abrasão, homogeneização, translucidez, coeficiente térmico linear de expansão semelhante à estrutura dental e facilidade de inserção e manipulação, estes compósitos apresentam adequado comportamento clínico para restauração de dentes anteriores e posteriores. 7-9 Contudo, frente aos desafios mecânicos e químicos presentes na cavidade bucal, como variações de temperatura e contato com agentes 1- Professora Associada da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) 2- Mestre em Prótese Dentária pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista (UNESP) 3- Mestre em Odontologia e Saúde pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) 4- Professora Adjunta da Faculdade de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública alimentares pigmentantes, há o comprometimento da estabilidade e longevidade da restauração, com o surgimento de efeitos indesejáveis, como a pigmentação do material restaurador. 10-15 A estabilidade cromática das resinas compostas ainda é um fator largamente pesquisado devido à sua importância estética, e, consiste na propriedade que o material possui de manter a cor ao longo do tempo, em determinado ambiente. 16,17 A pigmentação do compósito está associada a fatores intrínsecos ou extrínsecos. Os fatores intrínsecos se referem à descoloração do próprio material, devido à alteração da matriz resinosa ou da interface matriz/ carga. Já os fatores extrínsecos estão associados a bebidas e alimentos que pigmentam a restauração devido à rica presença de cadeias de polifenóis em sua estrutura química. 2,18-24 Além disso, condições de

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Revista Odontológica de Araçatuba, v.36, n.2, p. 29-35, Julho/Dezembro, 2015 29

PIGMENTAÇÃO DE RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTA:UMA REVISÃO DE LITERATURA

COLOR ALTERATION OF COMPOSITE RESINS: A LITERATURE REVIEW

Paula MATHIAS1

Emily Vivianne Freitas da SILVA2

Lívia Andrade VITÓRIA3

Juliana Fellipi de AZEVEDO4

RESUMOAs resinas compostas são materiais restauradores que reproduzem as características dostecidos dentais. Contudo, frente aos desafios mecânicos e químicos a que são submetidasna cavidade bucal, sofrem efeitos indesejáveis, como pigmentação e manchamento. O objetivodo presente estudo foi revisar a literatura sobre a etiologia da pigmentação da resina compostae expor alternativas clínicas e domiciliares para reduzir os seus efeitos na alteração de cordeste material odontológico estético. Foi realizado um levantamento bibliográfico na basede dados do Pubmed, no período de agosto de 2009 à agosto de 2014 (5 anos). Os termosutilizados foram: “composite resin and color stability”, “composite resin and pigmentation” e“composite resin and color and pigmentation”. Os critérios de inclusão foram estudos clínicosem humanos e estudos in vitro, na língua inglesa, que avaliaram a estabilidade de cor daresina composta direta e indireta. A pigmentação pode ser atribuída a fatores intrínsecos eextrínsecos. Os fatores intrínsecos se referem à descoloração oriunda de componentes dopróprio material, enquanto os fatores extrínsecos estão associados aos hábitos e à dieta doindividuo, como o consumo de bebidas e alimentos que possuem corante em sua composição.O profissional pode intervir na prevenção ou redução desses manchamentos através deadequada técnica de confecção das restaurações (polimerização, acabamento e polimentoadequados) e, na orientação dos pacientes com relação à higiene oral e aos hábitos queinterfiram diretamente na estabilidade de cor do material.

UNITERMOS: resinas compostas, cor, pigmentação

INTRODUÇÃOA estética possui um papel fundamental na

odontologia,1 sendo os materiais restauradoresestéticos desenv olv idos para reproduzir ascaracterísticas ópticas dos tecidos dentais.2-5 Asresinas compostas são um exemplo destes materiaisrestauradores amplamente utilizados na odontologiacontemporânea.6 Devido às suas propriedades, comoresistência à compressão, dureza, resistência àabrasão, homogeneização, translucidez, coeficientetérmico linear de expansão semelhante à estruturadental e facilidade de inserção e manipulação, estescompósitos apresentam adequado comportamentoclínico para restauração de dentes anteriores eposteriores.7-9 Contudo, frente aos desafios mecânicose químicos presentes na cavidade bucal, comovariações de temperatura e contato com agentes

1- Professora Associada da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA)2- Mestre em Prótese Dentária pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista (UNESP)3- Mestre em Odontologia e Saúde pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA)4- Professora Adjunta da Faculdade de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

alimentares pigmentantes, há o comprometimento daestabilidade e longevidade da restauração, com osurgimento de efeitos indesejáveis, como apigmentação do material restaurador.10-15

A estabil idade cromática das resinascompostas ainda é um fator largamente pesquisadodevido à sua importância estética, e, consiste napropriedade que o material possui de manter a cor aolongo do tempo, em determinado ambiente.16,17 Apigmentação do compósito está associada a fatoresintrínsecos ou extrínsecos. Os fatores intrínsecos sereferem à descoloração do próprio material, devido àalteração da matriz resinosa ou da interface matriz/carga. Já os fatores extrínsecos estão associados abebidas e alimentos que pigmentam a restauraçãodevido à rica presença de cadeias de polifenóis emsua estrutura química.2,18-24 Além disso, condições de

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porosidade e rugosidade superficial e o processo desorção de água pelas resinas, com a consequenteretenção dos corantes desses alimentos, levam àalteração de cor da restauração, diminuindo alongevidade do tratamento estético.1,9,25-29

Diversas substâncias citadas na literatura sãoassociadas ao manchamento superficial dos dentese restaurações. Entre elas, pode-se citar o café, chá,chimarrão, refrigerantes, vinho, corantes dosalimentos e fumo.15,16,30

Uma vez que os fatores intrínsecos dealteração de cor das resinas compostas sãoassociados ao material, torna-se importante que oprofissional tenha conhecimento sobre a influênciada técnica restauradora e dos hábitos individuais,especialmente que se refere à dieta e ao hábito defumar, na estabilidade de cor das restauraçõesestéticas de resina composta. Assim, ele poderáutilizar uma técnica de confecção da restauração quereduza a possibilidade de manchamento superficialda mesma e uma orientação adequada do paciente,para garantir a longevidade e o sucesso do tratamentoreabilitador. Deste modo, este estudo tem o objetivode, através da revisão de literatura, abordar a etiologiaque leva à pigmentação das restaurações estéticasde resina composta e expor alternativas clínicas edomiciliares para prevenir esta característicaindesejável, contribuindo assim para o conhecimentona área odontológica.

MATERIAIS E MÉTODOSFoi realizado um levantamento bibliográfico

na base de dados do Pubmed, no período de agostode 2009 à agosto de 2014 (5 anos). Os termosutilizados foram: “composite resin and color stability”,“composite resin and pigmentation” e “composite resinand color and pigmentation”.

Os critérios de inclusão foram: estudos clínicosem humanos e estudos in vitro, na língua inglesa,que avaliaram a estabilidade de cor da resina compostadireta e indireta. Foram excluídos relatos de casoclínico e revisões de literatura, estudos cujo idiomanão era o inglês e estudos não relacionados ao temaabordado. Os artigos foram selecionados e lidos pordois revisores.

REVISÃO DE LITERATURAA alteração de cor das restaurações

estéticas, especialmente em dentes anteriores, é umproblema enfrentado na odontologia contemporânea,visto que é uma das causas mais frequentes desubstituição total ou parcial da restauração, podendolevar à perda de estrutura dental sadia no novo preparoda cavidade.1,31-33 Portanto, é necessário que oprofissional oriente seus pacientes sobre os agentespigmentantes extrínsecos e, sobre os mecanismosque interferem e intensificam o manchamento dosmateriais restauradores estéticos, v isando aconservação da sua estabilidade e a longevidade da

restauração.12,16,34,35

O manchamento da resina composta porfatores intrínsecos se refere à alteração de cor docompósito causada pela alteração da matriz resinosaou da interface matriz/carga. Por outro lado, as causasextrínsecas estão relacionadas com a adsorção ouabsorção de corantes resultantes de fontes exógenasprovenientes de alimentos, de algumas bebidas(Figura 1).36-40

Alguns autores citam o manchamentoassociado ao tabagismo, resultante da exposição aoalcatrão e a outros contaminantes do cigarro,responsáveis pela pigmentação extrínsecaamarronzada da restauração.30,32,41,42 Alandia-Roman etal.41 avaliaram a influência da exposição ao cigarro eda escovação sobre a estabilidade de cor e rugosidadede três resinas compostas. Os autores identificaramque quanto maior a rugosidade superficial, maior a açãodos agentes pigmentantes presentes no cigarro. Deforma semelhante, Mathias et al.42 afirmaram que assuperfícies lisas possuem menor alteração de cor queas rugosas, quando expostas à fumaça de cigarro. Osautores acrescentaram que o repolimento darestauração, apesar de remover o manchamentosuperficial, não garante o retorno da resina à coloraçãoinicial prévia à pigmentação.

A instabilidade de cor das resinas compostaspossui etiologia multifatorial. O acúmulo de pigmentosexógenos da dieta, o fenômeno da sorção de água esolubilidade, a estrutura e o tipo de resina composta(tamanho e distribuição das partículas e composiçãoda matriz resinosa), o grau de polimerização domaterial, a higiene oral e a lisura superficial darestauração são fatores que contribuem para ainstabilidade da cor das restaurações de resinacomposta.16,33,43-46

As resinas compostas são constituídasbasicamente por uma matriz orgânica, cargasinorgânicas, agentes de união, iniciador depolimerização, pigmentos, aditivos, radiopacificadorese estabilizadores de cor.3,47,48 A técnica de fotoativaçãoda resina composta deve ser criteriosamente realizada,

Figura 1: Restaurações de resina composta commanchamento nas unidades 13, 12, 11, 21, 22 e 23. O

manchamento apresenta maior intensidade no corpo darestauração (terço médio-incisal da face vestibular da coroadentária) das unidades 13, 12, 22 e 23 e nas margens dasfacetas de resina (terço cervical da face vestibular) das

unidades 11 e 21.

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pois em casos de baixa intensidade de luz dosaparelhos fotopolimerizadores ou tempo inferior aonecessário para o processo de fotoativação, há apolimerização inadequada, com a consequentepresença de monômeros não reagidos.18,35,49,50,51 Aliberação desses monômeros, por sua vez, facilita aocorrência dos fenômenos de sorção de água esolubilidade. A absorção de água facilita a ocorrênciade microtrincas na superfície da restauração e apenetração de moléculas pigmentantes na restauração,resultando no manchamento da mesma.16,34,52

Além da presença de monômeros não reagidos,a polimerização insuficiente da resina fotopolimerizadanão permite a ativação completa da canforoquinona,iniciador de pol imerização de resinasfotopolimerizáveis. Durante a fotoativação, acanforoquinona tem sua cor alterada de amarelo para“transparente”. Portanto, caso não seja ativada epermaneça no corpo do material restaurador, seráobservada uma coloração amarelada residual narestauração.4,8,13,49

Quanto à composição da matriz orgânica, osmateriais a base de uretano dimetacrilato (UDMA)proporcionam maior estabilidade de cor do que os àbase de bisfenol-A-diglicidil-éter-metacrilato (Bis-GMA). Já os compósitos a base de trietileno glicoldimetacrilato (TEGDMA) liberam maior quantidade demonômeros residuais no meio aquoso que osanteriormente citados, apresentando menorestabilidade cromática.13,28

A matriz orgânica aumenta sua absorção deágua quanto menor for a quantidade de partículainorgânica na sua composição.9,53 Portanto, quantomenor o tamanho e melhor a distribuição daspartículas de carga inorgânica, maior a estabilidadede cor da resina composta, além do material comessas características facilitar os procedimentos deacabamento e polimento da restauração, garantindomelhor lisura superficial.32,54,55 As condições superficiaisinadequadas da resina composta como a porosidadeou rugosidade de superfície potencializam omanchamento da mesma, já que faci li tam apenetração dos corantes presentes nos alimentos,dos resíduos do tabagismo e o acúmulo de biofilmebacteriano que, por sua vez, acelera a degradaçãosuperficial desse material.15,16,41

Além da química do material, o arranjoestrutural da resina em agregados de partículas decarga (como os nanoclusters) pode possibilitar oaparecimento de microporos que, por sua vez,permitem o acúmulo de água e a sua posterior difusão,elevando a sorção de água em sua estrutura e oconsequente enfraquecimento do elo entre carga ematriz.56,57 Somado-se a isso, uma maior incorporaçãode partículas de carga silanizadas, aumenta tambéma área exposta à água. Esta água entra em contatocom o silano (agente de união presente entre a cargae a matriz orgânica), que, por possuir grupos hidrófilos,é capaz de estabelecer um alto nível de ligações de

hidrogênio, elevando a sorção de água58 assim comoseu risco de manchamento.

Diversas substâncias são citadas na literaturacomo responsáveis pelo manchamento das resinascompostas como o vinho, suco de uva, café,refrigerante à base de cola, chá. Apesar da acidezdos alimentos influenciar na degradação superficialdos compósitos e, consequentemente, facilitar a suapigmentação pela maior penetração de corantes,acredita-se que a composição química dos agentespigmentantes interfere de forma mais acentuada nafalha estética.19,32,41,53,59

O consumo de café não é apenas um hábitoapós as refeições, mas esta bebida é ingerida aquecidae em associação com o tabagismo, em reuniõessociais e de trabalho.7,52,60-62 Alawjali & Lui7 avaliaram aação de diferentes métodos de polimento sobre resinascompostas imersas em café. Foi observado que opolimento foi essencial para a estabilidade cromáticado material, que apresentou maior pigmentação quantomaior o tempo de imersão em café.

Já os refrigerantes à base de cola são bebidasamplamente utilizadas, especialmente pela populaçãoinfantil. Contudo, devido à sua acidez, apresentam opotencial de alterar a cor dos compósitos. Há umacorrosão inespecífica em toda a superfície da resina,com consequente lixiviação de componentes domaterial e maior susceptibilidade ao manchamento.O aspecto clínico, muitas vezes, consiste na texturafosca da superfície do material restaurador.1,15,41

Ardu et al.15 compararam a imersão emdiferentes soluções (café, chá, refrigerante à base decola, suco de laranja e vinho tinto) sobre a estabilidadede cor da resina composta. Foi observado que o vinhoapresentou o maior potencial de pigmentação, seguidodo café, chá, suco e refrigerante. Catelan et al.44

compararam o efeito da imersão em refrigerante à basede cola, suco de laranja, vinho tinto e água destiladasobre a estabilidade cromática de resinas compostasnanoparticuladas e microhíbridas. De formasemelhante, os autores observaram que o vinho foi omaior responsável pela pigmentação do material. JáManolea et al.55 avaliaram diferentes substâncias(corante alimentício vermelho, café e vinho tinto) sobrea estabilidade de cor da resina e concluíram que ovinho tinto foi o maior agente pigmentante. Domingoset al.4 avaliaram a influência do café, chá, refrigeranteà base de cola e saliva artificial sobre a estabilidade decor uma resina composta nanoparticulada. Os autoresverificaram que a imersão em café foi a que promoveumaior manchamento da restauração. Fontes et al.33

analisaram o comportamento óptico de uma resinacomposta nanoparticulada quando imersa em café, chámate, suco de uva e água (controle). Os autoresconcluíram que apenas o suco de uva apresentoualterações cromáticas significativas e perceptíveisclinicamente. Malekipour et al.52 compararam o efeitoda imersão em solução de chá, café, limonada erefrigerante à base de cola sobre a estabilidade de cor

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da resina composta e identificaram que os maioresagentes pigmentantes foram chá e café.

Já a sorção de álcool, presente em algumasbebidas e enxaguantes bucais, na matriz resinosado material restaurador, pode causar o amolecimentoda superfície da resina e um efeito plastificante namatriz resinosa, facilitando o manchamento darestauração.21,44,63 Bansal et al.22 compararam o efeitoda exposição de resinas compostas à bebidasalcoólicas (whisky) ou não alcoólicas (refrigerante)sobre a estabilidade de cor e rugosidade e verificaramque, grupos expostos ao refrigerante à base de colaapresentaram maior alteração de cor e de rugosidadedo que os expostos à bebida alcoólica.

Comumente, o hábito de fumar é associado aoconsumo de bebidas alcoólicas ou ao café. Dessaforma, o indivíduo é exposto a mais de um fatorpigmentante extrínseco concomitantemente, elevandoa exposição do material restaurador a agentesnocivos.30,32,41 Normalmente, o indivíduo tambémassocia o tabagismo ao uso de enxaguantes bucais,para a melhoria do hálito, expondo adicionalmente omaterial à agentes externos que aceleram omanchamento e a degradação superficial do material.

Além dos hábitos do paciente, outro importantecomponente a ser considerado na longevidade dasrestaurações estéticas em resina composta é a técnicade confecção e também os procedimentos deacabamento e polimento superficiais que esse materialrecebe. Logo, o cirurgião-dentista pode intervir naprevenção ou redução desse manchamento através daadequada polimerização, acabamento e polimento domaterial restaurador e realização da profilaxiaprofissional. Além disso, devem orientar os pacientesa manterem uma boa higiene oral, através da escovaçãodental com dentifrício para a remoção do biofilmedental, evitando a degradação da matriz orgânica darestauração, o que facilitaria o seu manchamento e;instruir o paciente para que o mesmo retorneperiodicamente ao consultório odontológico para arealização de repolimentos da restauração (Figura2).12,33,41,63-65

Garoushi et al.12 avaliaram a influência dorepolimento ou clareamento com peróxido dehidrogênio 40% sobre a estabilidade de cor derestaurações de resina composta imersas emdiferentes soluções (água destilada, café, chá erefrigerante à base de cola). A maior e a menor

alteração de cor foi verificada para o chá e para orefrigerante à base de cola, respectivamente. Apesardo clareamento reduzir a alteração de cor do material,a técnica de repolimento foi mais eficaz. Mundim etal.35 avaliaram o efeito do repolimento sobre aestabilidade de cor de restaurações de resinacomposta submetidas à imersão em água destilada,café e refrigerante à base de cola. Foi observado queo café foi o maior agente pigmentante. Contudo, orepolimento possibilitou a redução do manchamentoda resina à níveis clinicamente aceitáveis. De formasemelhante, Samra et al.64 avaliaram a influência daprofilaxia profissional na redução da alteração de corde resinas compostas e verificaram que a profilaxia éefetiva na redução do manchamento superficial e,consequentemente, na longevidade da reabilitação.

CONSIDERAÇÕES FINAISA pigmentação pode ser atribuída a fatores

intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos sereferem à descoloração oriunda de componentes dopróprio material, enquanto os fatores extrínsecosestão associados aos hábitos e a dieta do individuo,como o consumo de bebidas e alimentos quepossuem corante em sua composição.

O profissional pode intervir na prevenção ouredução desses manchamentos através de adequadatécnica de confecção das restaurações(polimerização, acabamento e polimento adequados)e, na orientação dos pacientes com relação a higieneoral e hábitos que interf iram diretamente naestabilidade de cor do material. Além disso, há anecessidade de uma parceria na preservação dasrestaurações por meio dos procedimentos derepolimentos períodicos realizados pelo profissional.

ABSTRACTComposite resins are restorative materials thatreproduce dental tissue characteristics. However, thismaterial is constantly exposed to chemical andmechanical challenges in the oral cavity, resulting inpigmentation and staining. The aim of this study wasto review the literature regarding the composite resinpigmentation etiology and to propose clinical and homealternatives to prevent this undesirable characteristic.A literature review was conducted in Pubmed database,from August 2009 to August 2014 (5 years). The termsused were: “composite resin and color stability”,“composite resin and pigmentation” and “compositeresin and color and pigmentation”. The inclusion criteriawere clinical and in vitro studies, in English, thatevaluated the color stability of direct and indirectcomposite resins. The pigmentation can be attributedto intrinsic and extrinsic factors. Intrinsic factors referto discoloration resultant from components of thematerial itself, while extrinsic factors are associatedto the diet and habits, as the consumption ofbeverages and foods, which have pigment composition.The professional can intervene in preventing or reducing

Figura 2: Restaurações de resina composta nas unidades 11e 21 (a) antes e (b) após o polimento profissional.

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the pigmentation through proper technique ofrestorations (proper polymerization, finishing andpolishing) and in guiding patients regarding oralhygiene and habits that directly interfere on materialcolor stability.UNITERMS: composite resins, color, pigmentation

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ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIAPaula Mathias

Departamento de Clínica Odontológica daFaculdade de Odontologia da Universidade

Federal da Bahia,Avenida Araújo Pinho, n. 72, Canela, 40.110-912,

Salvador-BA, Brasil.Telefone: (71) 3283-8964; fax: (71) 3283-8962;

e-mail: [email protected]

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