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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA SAÚDE DO SERVIDOR GERÊNCIA DE CONTROLE DE BENEFÍCIOS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SERVIDORES DA SES AFASTADOS EM LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS, 2014 A 2016 PARTE 2 Elaboração: Jane C. C. de Bittencourt Cunha Rafaela Luiza Trevisan Gerencia de Controle de Benefícios DSAS/SEA Florianópolis, julho de 2017.

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1

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE

SERVIDORES DA SES AFASTADOS EM

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

POR TRANSTORNOS MENTAIS E

COMPORTAMENTAIS,

2014 A 2016

PARTE 2

Elaboração:

Jane C. C. de Bittencourt Cunha

Rafaela Luiza Trevisan

Gerencia de Controle de Benefícios

DSAS/SEA

Florianópolis, julho de 2017.

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Conteúdo

I - Introdução: ................................................................................................................... 3

II – análise das licenças para tratamenteo de saúde (lts) por tmc ..................................... 3

2.1 - Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes (HHG) ............. 3

2.1.1 – Breve histórico ............................................................................................. 3

2.1.2 - LTS por TMC no HHG ................................................................................. 4

2.2 - Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HHS) ................................................. 12

2.2.1 - Breve histórico ............................................................................................ 12

2.2.2 - LTS por TMC no HHS ................................................................................ 12

2.3 - Hospital Nereu Ramos (HNR) ........................................................................... 20

2.3.1 - Breve histórico ............................................................................................ 20

2.3.2 - LTS por TMC no HNR ............................................................................... 20

2.4 - Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICA) .............................................. 27

2.4.1 – Breve histórico ........................................................................................... 27

2.4.2 – LTS por TMC no ICA ................................................................................ 27

2.5 - Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ) ................................................ 34

2.5.1 – Breve histórico ........................................................................................... 34

2.5.2 – LTS por TMC no IPQ ................................................................................ 34

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I - INTRODUÇÃO:

Os transtornos mentais e comportamentais (TMC) - CID-10 Capítulo V, estão entre as

principais causas de absenteísmo-doença, dos servidores públicos do estado de Santa Catarina,

há mais de dez anos. Na Secretaria de Estado da Saúde (SES), considerando-se os anos de 2014

a 2016, os TMC consistem a segunda causa de licenças para tratamento de saúde (LTS). Desse

modo é importante investigar tais afastamentos periodicamente. A partir da análise destes dados

é possível planejar ações mais profícuas, em termos de saúde ocupacional, que visem a

promoção da saúde mental e prevenção de TMC entre os trabalhadores dessa secretaria, e,

consequentemente, diminuir os custos financeiros decorrentes das LTS, reduzir os prejuízos nos

atendimentos à população, por diminuição do quadro de pessoal e, ainda, elevar a qualidade dos

serviços oferecidos na SES.

Foram investigados os dados de cinco hospitais: Hospital Regional de São José Dr.

Homero de Miranda Gomes (HHG), Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HHS), Hospital

Nereu Ramos (HNR), Instituto de Cardiologia (ICA) e Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina

(IPQ), conforme a solicitação dos auditores da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF).

Posteriormente serão analisadas as demais unidades hospitalares.

Para análise dos dados foram consideradas variáveis sociodemográficas (sexo, estado

civil, raça, nível de formação ou escolaridade e faixas de idade); ocupacionais (área de

atuação, função executada, tempo de serviço); e variáveis de desfecho, que são as variáveis do

laudo pericial, relacionadas especificamente aos TMC (grupo de TMC e psicopatologia

especificamente). Além disso, foi analisado o valor anual das LTS, despendido pelo estado de

Santa Catarina, considerando-se apenas o custo direto (salários pagos aos servidores afastados).

Seguem abaixo os resultados dessa primeira etapa. Foram feitas observações em cada uma das

condições avaliadas, considerando-se especialmente o ano de 2016, visto ser este o último ano

de análise. Os demais resultados, referentes aos anos de 2014 e 2015, podem ser observados nas

tabelas apresentadas.

II – ANÁLISE DAS LICENÇAS PARA TRATAMENTEO DE

SAÚDE (LTS) POR TMC

2.1 - Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes (HHG)

2.1.1 – Breve histórico

De acordo com dados do site da Secretaria de Estado da Saúde (SESSC, 2017a), o

Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes foi inaugurado em 25 de

fevereiro de 1987, e ativado em 02 de março do mesmo ano. É o maior hospital público do

estado de Santa Catarina com atendimento em emergência (cirurgia geral, clínica médica,

ortopedia, oftalmologia, pediatria e obstetrícia) e em 37 especialidades, dentre elas:

anestesiologia, alergologia pediátrica, cardiopediatria, clínica médica, endocrinologia,

gastroenterologia pediátrica, ginecologia e obstetrícia, infectologia, mastologia, nefrologia,

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neonatologia, neurologia, neuropediatria, oncologia ginecológica, ortopedia e traumatologia,

radiologia, dentre outras. O HHG também oferece residência médica em seis áreas: cirurgia do

aparelho digestivo, cirurgia geral, cirurgia vascular, clínica médica, ortopedia/traumatologia e

oftalmologia. E no ano de 2013 teve 1.230 internações (414 em maternidade e 816 em demais

especialidades), e 44 admissões em UTI; 14.702 atendimentos em emergência; 6.538 consultas

ambulatoriais; 186 partos normais e 109 cesarianas; 665 cirurgias; 10.725 exames de imagem

(sendo 8.668 radiografias, 1.122 tomografias e 745 ultrassonografias, dentre outros); além de

32.271 exames laboratoriais.

2.1.2 - LTS por TMC no HHG

A seguir serão apresentadas as análises referentes às LTS por TMC no HHG. É

importante frisar que o número de servidores lotados, utilizado para o cálculo das taxas

percentuais de LTS, em todas as análises realizadas, é referente ao número de servidores

efetivos e ativos, grupo de interesse para o presente estudo. Inicialmente foram analisadas as

variáveis sociodemográficas: sexo, estado civil, raça, nível de formação (ou escolaridade) e

idade (em faixas) (tabela 1).

Com relação ao sexo (2016) observa-se que o sexo feminino apresenta taxa de

afastamento do trabalho em decorrência de TMC de 11,6%, de e o sexo masculino de 3,2%.

Tal dado reforça a importância de se considerar a variável sexo nas pesquisas acerca de TMC,

além da necessidade de investigações acerca das hipóteses que possam explicar os afastamentos

das mulheres e dos homens.

Quanto ao estado civil as maiores prevalências (2016) foram encontradas: nos

servidores viúvos (26,3%), seguidos pelos divorciados (14,0%) e pelos servidores separados

judicialmente (11,8%). De acordo com esta análise parece importante realizar investigações que

considerem variáveis ligadas ao suporte social, aos vínculos relacionais significativos,

especialmente no que tange a vida pessoal, mas também à vida social e aos relacionamentos

interpessoais no trabalho. O apoio social no trabalho tem sido identificado como uma das

variáveis mais importantes dentre os fatores de proteção à saúde mental dos trabalhadores e

deve ser investigado nos ambientes de trabalho institucionais do serviço público catarinense.

Em relação à raça a maior prevalência foi encontrada na raça negra (10%), seguida pela

raça branca (9,1%). Em termos populacionais a raça branca é a que contém maior número de

servidores nessa instituição (HHG).

Para o nível de formação, as maiores taxas de LTS, por TMC, no HHG, concentram-se

no ensino fundamental, com 13,8%. Desse dado é importante considerar que servidores com

esses níveis de escolaridade atuavam em sua maioria, em funções que foram extintas, com a

terceirização de alguns serviços, sendo realocados em outras atividades. Estas mudanças

institucionais podem ter influenciado no adoecimento por TMC, nesse hospital. Além disso, a

especialização dos serviços hospitalares e a implantação de novas tecnologias também podem

ter sido fatores decisivos na participação (ou não), destes servidores nas rotinas do hospital e,

consequentemente, no desenvolvimento de TMC. A segunda taxa foi identificada entre os

trabalhadores com ensino profissionalizante (12,4%). Considerando-se que a segunda categoria

em número de servidores consiste nos técnicos de enfermagem - cujo nível de formação é o

ensino profissionalizante; os quais estão envolvidos em todas as rotinas do hospital, esta é, sem

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dúvida, uma das categorias de servidores que merece especial cuidado com relação à promoção

de saúde mental e prevenção de TMC.

Para analisar a variável idade, dos servidores, optou-se por distribuí-los conforme faixas

de idade, de acordo com o IBGE (2010). De modo geral a taxa de LTS por TMC, em 2016,

aumentou com as faixas de idade. Ou seja, a menor taxa (6,7%) foi encontrada entre os

servidores pertencentes à segunda faixa de idade (de 20 a 29 anos), e a maior taxa (12,7%) entre

pertencentes à penúltima faixa (de 50 a 59 anos). Desta (penúltima) para a última (60 anos ou

mais), houve uma redução de 1,4% e para a primeira faixa (menores ou com idade igual a 19

anos) não havia servidores lotados no HHG. O aumento das taxas de LTS por TMC em

servidores com mais idade é um fator relevante a ser observado, nesse grupo de trabalhadores.

Tabela 1 – Distribuição dos servidores segundo as variáveis sociodemográficas e respectivas

taxas de LTS do HHG

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Servidores lotados* Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

SEXO Feminino 992 966 916 92 103 106 9,3 10,7 11,6

Masculino 442 427 409 16 13 13 3,6 3,0 3,2

ESTADO

CIVIL

Casado 669 658 629 44 48 49 6,6 7,3 7,8

Divorciado 108 111 107 16 14 15 14,8 12,6 14,0

Marital 81 74 74 7 4 7 8,6 5,4 9,5

Não informado 5 0 0 0 0 0 0

Separado

Judicialmente 60 58 51 1 6 6 1,7 10,3 11,8

Solteiro 487 469 445 35 40 37 7,2 8,5 8,3

Viúvo 24 23 19 5 4 5 20,8 17,4 26,3

RAÇA

Branca 1.306 1.290 1.226 103 112 112 7,9 8,7 9,1

Amarela 4 3 2 0 0 0 0 0 0

Indígena 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 23 0 0 0 0 0 0

Negra 55 53 50 4 2 5 7,3 3,8 10,0

Parda 45 46 46 1 2 2 2,2 4,3 4,3

NÍVEL DE

FORMAÇÃO

Ensino

fundamental 83 74 65 9 9 9 10,8 12,2 13,8

Ensino médio 211 190 179 16 12 18 7,6 6,3 10,1

Profissionalizante 632 613 580 61 67 72 9,7 10,9 12,4

Graduação 102 104 97 7 9 8 6,7 8,4 8,0

Pós-graduação 403 406 401 15 18 12 3,5 4,4 3,0

Missing 1 3 0 0 1 0 0 33,3

IDADE

(FAIXAS)

<=19 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20 - 29 147 123 90 3 7 6 2,0 5,7 6,7

30 - 39 446 443 417 42 34 32 9,4 7,7 7,7

40 - 49 387 376 374 22 35 26 5,7 9,3 7,0

50 - 59 362 360 347 35 32 44 9,7 8,9 12,7

60 + 92 91 97 6 8 11 6,5 8,8 11,3

Total 1.434 1.393 1.325 108 116 119 7,5 8,3 9,0

* Servidores efetivos e ativos.

Em seguida foram avaliadas as associações entre as variáveis: estado civil e sexo; raça

e sexo e estado civil e raça, tabelas 2, 3 e 4 respectivamente. Considerando-se as variáveis

sociodemográficas estado civil e sexo, no ano de 2016. Para o sexo feminino a maior taxa foi

encontrada entres as servidoras viúvas (31,3%), seguida pelas servidoras divorciadas (18,1%).

Para o sexo masculino a maior taxa foi encontrada entre os servidores separados judicialmente

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(8,3%), taxa esta percentualmente mais baixa, quando comparada ao sexo feminino com o

mesmo estado civil (12,8%). Esses resultados reforçam a necessidade de investigações em

termos de suporte social, especialmente para as mulheres. Além disso, suscitam outros

questionamentos acerca da influência dos vínculos imediatos no desenvolvimento de TMC,

especialmente nas servidoras. Investigações que considerem outros contratos de trabalho (dupla

ou tripla jornada), número de filhos, renda familiar, dentre outros poderão fornecer maiores

esclarecimentos acerca destes achados. Vide tabela 2.

Tabela 2 – Associação entre as variáveis estado civil e sexo, e taxas de LTS do HHG VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL SEXO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Feminino

420 415 401 35 42 43 8,3 10,1 10,7

Divorciado 83 88 83 16 14 15 19,3 15,9 18,1

Marital 57 52 50 6 4 6 10,5 7,7 12,0

Não informado 4 0 0 0 0 0 0,0

Separado

Judicialmente 46 45 39 1 6 5 2,2 13,3 12,8

Solteiro 361 346 327 30 33 32 8,3 9,5 9,8

Viúvo 21 20 16 4 4 5 19,0 20,0 31,3

Total 992 966 916 92 103 106 9,3 10,7 11,6

Casado

Masculino

249 243 228 9 6 6 3,6 2,5 2,6

Divorciado 25 23 24 0 0 0 0,0 0 0

Marital 24 22 24 1 0 1 4,2 0 4,2

Não informado 1 0 0 0 0 0 0,0

Separado

Judicialmente 14 13 12 0 7 1 0,0 53,8 8,3

Solteiro 126 123 118 5 0 5 4,0 0 4,2

Viúvo 3 3 3 1 0 0 33,3 0 0

Total 442 427 409 16 13 13 3,62 3,0 3,2

Para o sexo feminino as raças negra e branca também obtiveram as maiores taxas 13,9%

e 11,7% respectivamente, em 2016. Quando associada a raça ao sexo masculino a maior taxa foi

para a raça branca (3,4%), valor 10,5% menor quando comparado ao sexo feminino, para o

mesmo ano (tabela 3).

Tabela 3 - Associação entre as variáveis raça e sexo, e respectivas taxas de LTS do HHG VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

RAÇA SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Branca

Feminino

900 895 847 87 99 99 9,7 11,1 11,7

Amarela 2 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 18 0 0 0 0 0 0

Negra 40 38 36 4 2 5 10,0 5,3 13,9

Parda 32 32 32 1 2 2 3,1 6,3 6,3

Total 992 966 916 92 103 106 9,3 10,7 11,6

Branca

Masculino

406 395 379 16 13 13 3,9 3,3 3,4

Amarela 2 2 1 0 0 0 0 0 0

Indígena 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 5 0 0 0 0 0 0

Negra 15 15 14 0 0 0 0 0 0

Parda 13 14 14 0 0 0 0 0 0

Total 442 427 409 16 13 13 3,6 3,0 3,2

Nota: classificação “sexo feminino/raça indígena” excluída, pois não havia nenhum sujeito com essa classificação.

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Para as variáveis sociodemográficas estado civil e raça, em 2016, os servidores viúvos e

negros (50,0%) e viúvos e brancos (25,0%) obtiveram as maiores taxas de LTS por TMC,

seguidos pelo divorciados, que se declararam pardos (20,0%), e pelos divorciados e brancos,

com 14,3%. Os separados judicialmente e pertencentes à raça branca vieram em seguida, com

12,5%. Seguem resultados na tabela 4. Porém é importante observar o número de sujeitos, pois

no caso dos viúvos e negros, por exemplo, em 2016 tínhamos apenas dois servidores, sendo que

um adoeceu, o que corresponde à metade dos indivíduos considerados.

Tabela 4 - Associação entre as variáveis estado civil e raça, e taxas de LTS do HHG VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL RAÇA Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Branca 619 615 589 42 48 47 6,8 7,8 8,0

Amarela 3 3 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 5 0 0 0 0 0 0

Negra 24 23 20 1 0 1 4,2 0 5

Parda 18 17 18 1 0 1 5,6 0 5,6

Divorciado

Branca 99 103 98 15 13 14 15,2 12,6 14,3

Negra 4 3 4 1 0 0 25,0 0 0

Parda 5 5 5 0 1 1 0 20 20,0

Marital

Branca 77 70 68 7 4 7 9,1 6 10,0

Negra 2 2 3 0 0 0 0 0 0

Parda 2 2 3 0 0 0 0 0 0

Separado

Judicialmente

Branca 56 53 48 1 6 6 1,8 11,3 12,5

Não informado 1 0 0 0 0 0 0

Negra 2 3 1 0 0 0 0 0 0

Parda 1 2 2 0 0 0 0 0 0

Solteiro

Branca 433 428 407 33 37 34 8 9 8

Amarela 1 0 0 0 0 0 0

Indígena 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 12 0 0 0 0 0 0

Negra 22 21 20 2 2 3 9 10 15,0

Parda 18 19 17 0 1 0 0 5 0

Viúvo

Branca 22 21 16 5 4 4 23 19 25,0

Negra 1 1 2 0 0 1 0 0 50,0

Parda 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Nota: Estado civil - não informado e sem classificação de raça teve cinco casos excluídos

Em seguida foram avaliadas as variáveis ocupacionais área de atuação, função

executada e tempo de serviço, tabelas 5, 6 e 7, respectivamente. Considerando-se a área de

atuação dos servidores lotados no HHG, em 2016, de acordo com a tabela 5 a maior taxa de

LTS, em decorrência de TMC foi verificada na área operacional (14,2%), seguida pela área de

enfermagem (11,8%).

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Tabela 5 - Distribuição dos servidores segundo a área de atuação e respectivas taxas de LTS

do HHG VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ÁREA DE ATUAÇÃO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Área

administrativa 153 149 137 11 7 8 7,2 4,7 5,8

Área de enfermagem 786 760 731 75 86 86 9,5 11,3 11,8

Área operacional 177 162 148 17 17 21 9,6 10,5 14,2

Áreas afins à médica 35 41 40 0 1 0 0 2,4 0

Área de diagnóstico 26 26 26 2 1 1 7,7 3,8 3,8

Área médica 254 252 240 3 5 3 1,2 2,0 1,3

Área de gerenciamento 3 3 3 0 0 0 0 0 0

Total 1.434 1.393 1.325 108 117 119 7,5 8,4 9,0

Identificar as taxas de afastamento mediante a função executada é dado extremamente

relevante para formulação de ações que visem a melhora da saúde mental e diminuição dos

TMC, dado que a organização, as condições e as relações de trabalho, no que tange à função

desempenhada, devem ter algum tipo de relação com o adoecimento dos servidores. Conforme a

tabela 6 as funções de motorista, cozinheiro, auxiliar de enfermagem, agente de serviços gerais

e agente em atividades administrativas foram as atividades com maiores taxas de LTS por TMC

(2016).

Tabela 6 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de LTS

do HHG VARIÁVEL OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

FUNÇÃO EXECUTADA Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Agente de serviços gerais 154 143 132 16 15 18 10,4 10,5 13,6

Agente em atividades administrativas 8 8 8 0 1 1 0 12,5 12,5

Auxiliar de enfermagem 106 104 97 13 13 16 12,3 12,5 16,5

Auxiliar de serviços hospitalares e

assistenciais 76 64 56 8 11 6 10,5 17,2 10,7

Cozinheiro 4 4 3 0 1 1 0 25,0 33,3

Enfermeiro 127 123 123 10 12 12 7,9 9,8 9,8

Farmacêutico 6 6 7 1 0 0 16,7 0 0

Fisioterapeuta 18 17 18 0 1 0 0 5,9 0

Médico 252 250 242 3 5 3 1,2 2,0 1,2

Motorista 2 2 2 0 0 1 0 0 50,0

Nutricionista 3 6 6 0 0 0 0 0 0

Técnico em radiologia e imagem 19 19 18 1 1 1 5,3 5,3 5,6

Técnico em atividades administrativas 139 136 125 11 6 7 7,9 4,4 5,6

Técnico em enfermagem 474 466 451 44 49 52 9,3 10,5 11,5

Telefonista 2 1 1 1 1 1 50,0 100,0 100,0

O tempo de serviço dos servidores foi outra variável ocupacional considerada nestas

análises. Optou-se por dividi-lo em faixas: até três anos (período de estágio probatório), de 4 a

14 anos (período que vai até cerca da metade da vida funcional do servidor), de 15 a 24 anos

(período em que já foram observados picos de adoecimento dos servidores), 25 a 35 anos

(última década de vida laboral), +36 anos (pré-aposentadoria). Maior prevalência foi observada

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igualmente na segunda e terceira faixas, de 4-14 anos e de 15-24 anos respectivamente, uma

taxa de 12,1% (tabela 7).

Tabela 7 - Distribuição dos servidores segundo a faixa de tempo de serviço e taxas de LTS do

HHG

VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

TEMPO DE SERVIÇO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

<=3 482 439 417 24 27 21 5,0 6,2 5

4 - 14 anos 452 493 496 46 47 60 10,2 9,5 12,1

15 - 24 anos 206 183 132 16 17 16 7,8 9,3 12,1

25 - 35 anos 293 276 275 22 25 22 7,5 9,1 8

36+ 1 2 5 0 0 0 0 0 0

Total 1.434 1.393 1.325 108 116 119 7,5 8,3 9

Ao associar a variável do laudo - grupo de psicopatologias (CID-10 Capítulo V –

Transtornos mentais comportamentais), à variável sociodemográfica sexo, conforme se pode

observar, os grupos de psicopatologias mais prevalentes tanto para o sexo feminino quanto para

o sexo masculino foram os transtornos do humor (CID-10 F30 a F39), com 6,8%(feminino) e

1,7%(masculino) e os transtornos neurótico, transtornos relacionados com o “stress” e

transtornos somatoformes (CID-10 F40 a F48), com 4,5% e 1,2%. Vide tabela 8.

Tabela 8 – Associação entre o grupo de psicopatologia e o sexo do HHG

VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

GRUPO DE PSICOPATOLOGIAS

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 Cód. Nomenclatura

F10-F19

Transtornos mentais e

comportamentais devidos ao

uso de substância psicoativa

5 2 3 0,5 0,2 0,3 2 1 1 0,5 0,2 0,2

F20-F29

Esquizofrenia, transtornos

esquizotípicos e transtornos

delirantes

1 0 0 0,1 0 0 0 0 0 0 0 0

F30-F39 Transtornos do humor

(afetivos) 40 62 62 4 6,4 6,8 9 6 7 2 1,4 1,7

F40-F48

Transtornos neuróticos,

transtornos relacionados com

o 'stress' e transtornos

somatoformes

44 39 41 4,4 4 4,5 5 6 5 1,1 1,4 1,2

F50-F59

Síndromes comportamentais

associadas a disfunções

fisiológicas e a fatores físicos

1 0 0 0,1 0 0 0 0 0 0 0 0

F60-F69 Transtornos da personalidade

e do comportamento do adulto 1 0 0 0,1 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 87 101 103 8,8 10,5 11,2 16 13 13 3,6 3 3,2

* Servidores lotados: 992(2014); 996(2015); 916(2016); ** Servidores lotados: 442(2014); 427(2015); 409(2016).

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Para ilustrar mais detalhadamente foram calculadas as taxas de LTS de acordo com a

psicopatologia (CID-10 Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais) propriamente

dita que motivou o afastamento, associada à variável sociodemográfica sexo (tabela 9). Para o

sexo feminino o episódio depressivo não especificado (1,5%) foi seguido pelo episódio

depressivo moderado (1,1%), seguidos por duas classificações com o mesmo percentual de

(1,0%), o transtorno depressivo recorrente e o transtorno misto ansioso e depressivo.

Para o sexo masculino as seguintes nomenclaturas apresentaram a mesma taxa de 0,5%

de afastamento por TMC: episódio depressivo grave, sem sintomas psicóticos, pelo episódio

depressivo moderado, episódio depressivo não especificado e transtorno misto ansioso e

depressivo.

Neste caso é importante observar que, quando analisadas as taxas de afastamento, de

acordo com a psicopatologia que determinou a LTS, há predomínio das doenças que pertencem

ao grupo dos transtornos do humor. Dentre as nomenclaturas citadas apenas o transtorno misto

ansioso e depressivo pertence ao segundo grupo de psicopatologia (transtornos neuróticos,

relacionados com o ‘stress’ e transtornos somatoformes), ou popularmente chamados de

transtornos de ansiedade. Vide item 12.

Tabela 9 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do HHG

VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

Nome da psicopatologia

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Ansiedade generalizada 2 5 4 0,2 0,2 0,4

Distimia 0 1 0 0 0 0

Episódio depressivo grave sem

sintomas psicóticos 1 4 4 0,1 0,1 0,4 0 0 2 0 0 0,5

Episódio depressivo leve 1 0 1 0,1 0,1 0,1 0 1 0 0 0 0

Episódio depressivo moderado 4 8 10 0,4 0,4 1,1 1 1 2 0,2 0,2 0,5

Episódio depressivo não especificado 6 16 14 0,6 0,6 1,5 5 1 2 1,1 1,2 0,5

Estado de "stress" pós-traumático 2 2 0 0,2 0,2 0 0 0 1 0 0 0,2

Hiperfagia associada a outros

distúrbios psicológicos 1 0 0 0,1 0,1 0

Outros transtornos afetivos bipolares 1 2 3 0,1 0,1 0,3

Personalidade histriônica 1 0 0 0,1 0,1 0

Reação aguda ao "stress" 4 0 3 0,4 0,4 0,3 2 0 0 0,5 0,5 0

Reação não especificada a um

"stress" grave 11 6 8 1,1 1,1 0,9 0 1 1 0 0 0,2

Transtorno afetivo bipolar não

especificado 6 6 3 0,6 0,6 0,3

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual depressivo grave sem sintomas

psicóticos

2 3 6 0,2 0,2 0,7

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual depressivo leve ou moderado 3 2 0 0,3 0,3 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual hipomaníaco 0 0 1 0 0 0,1

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual maníaco sem sintomas

psicóticos

2 0 0 0,2 0,2 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual misto 2 3 3 0,2 0,2 0,3

(continua)

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(Continuação) Tabela 9 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do

HHG VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

Nome da psicopatologia

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Transtorno ansioso não especificado 3 3 6 0,3 0,3 0,7 2 0 0 0,5 0,5 0

Transtorno de pânico [ansiedade

paroxística episódica] 4 4 2 0,4 0,4 0,2 1 0 0 0,2 0,2 0

Transtorno delirante persistente não

especificado 1 0 0 0,1 0,1 0

Transtorno depressivo recorrente sem

especificação 2 8 9 0,2 0,2 1 1 0 0 0,2 0,2 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave sem sintomas

psicóticos

2 1 3 0,2 0,2 0,3 1 0 0 0,2 0,2 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual leve 0 1 0 0 0 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual moderado 7 6 4 0,7 0,7 0,4 1 3 1 0,2 0,2 0,2

Transtorno do humor [afetivo] não

especificado 1 1 0 0,1 0,1 0

Transtorno do humor [afetivo]

persistente não especificado 0 0 1 0 0 0,1

Transtorno fóbico-ansioso não

especificado 0 0 1 0 0 0,1

Transtorno misto ansioso e depressivo 12 9 9 1,2 1,2 1 0 2 2 0 0 0,5

Transtorno obsessivo-compulsivo não

especificado 1 2 1 0,1 0,1 0,1

Transtorno somatoforme não

especificado 0 1 0 0 0 0

Transtornos de adaptação 5 7 7 0,5 0,5 0,8 0 3 1 0 0 0,2

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso da cocaína - transtorno

mental ou comportamental não

especificado

1 0 0 0,1 0,1 0 1 0 0 0,2 0,2 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de álcool - síndrome de

dependência

2 0 0 0,2 0,2 0 1 1 0 0,2 0,2 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de álcool - transtorno

mental ou comportamental não

especificado

0 0 1 0 0 0,1

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de múltiplas drogas e ao

uso de outras substâncias psicoativas -

síndrome de dependência

0 1 0 0 0 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de múltiplas drogas e ao

uso de outras substâncias psicoativas -

transtorno mental ou comportamental

não especificado

0 0 1 0 0 0,1

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de opiáceos - síndrome de

dependência

1 1 1 0,1 0,1 0,1 0 0 1 0 0 0,2

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de sedativos e hipnóticos

- transtorno mental ou comportamental

não especificado

1 0 0 0,1 0,1 0

Total 92 103 106 9,3 9,5 11,6 16 13 13 3,6 3,7 3,2

* Servidores lotados: 992(2014); 996(2015); 916(2016);

** Servidores lotados: 442(2014); 427(2015); 409(2016).

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O custo direto anual, decorrente apenas do pagamento de salário aos servidores do

HHG, em LTS por TMC (CID-10 Cap. V) , pagos pelo erário estadual, nos três anos analisados,

foi de R$ 1.964.275,37. Sem considerar todos os demais prejuízos financeiros, perda da

qualidade dos serviços por redução do quadro de pessoal, sobrecarga de trabalho e

consequentemente, aumento da prevalência de TMC e outras doenças nos demais servidores do

HHG/SES, além dos custos à sociedade catarinense como um todo; o gasto salarial já é

argumento importante para justificar o investimento na política de saúde ocupacional do Estado

de Santa Catarina, em favor da promoção da saúde, diminuição do adoecimento. Investir em

locais de trabalho mais salubres irá repercutir diretamente na economia dos recursos estaduais,

bem como na melhoria da qualidade dos serviços prestados. Vide tabela 10.

Tabela 10 – Custo anual e custo total (referente aos três anos pesquisados) do HHG CUSTO ANUAL

CUSTO TOTAL EM TRÊS ANOS (2014 a 2016) 2014 2015 2016

R$ 562.465,24 R$ 622.324,70 R$ 779.485,43 R$ 1.964.275,37

2.2 - Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HHS)

2.2.1 - Breve histórico

O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt presta assistência à saúde da população da

região Norte do Estado de Santa Catarina há 31 anos. A instituição possui área de 22.400 m2 na

cidade de Joinville (SC). Seus serviços incluem atendimento ambulatorial, internação, serviço

de apoio diagnóstico e terapia (SADT) e urgência e emergência em especialidades clínicas e

cirúrgicas. (SESSC, 2017b).

2.2.2 - LTS por TMC no HHS

A seguir serão apresentadas as análises referentes às LTS por TMC no HHS. O número

de servidores lotados é referente ao número de servidores efetivos e ativos, nesta instituição,

grupo de interesse para o presente estudo. Novamente as observações pontuadas em cada uma

das condições avaliadas referem-se ao ano de 2016. Os demais resultados (de 2014 e 2015),

podem ser observados nas tabelas apresentadas. A tabela 11 refere-se às variáveis

sociodemográficas: sexo, estado civil, raça, nível de formação (ou escolaridade).

Para o sexo feminino a taxa identificada, de afastamento do trabalho em decorrência de

TMC, foi de 9,4% e no sexo masculino de 1,6%. Tal dado ratifica a importância de se

considerar a variável sexo nas pesquisas acerca de TMC, além da necessidade de investigações

acerca das hipóteses que possam explicar o adoecimento em mulheres e em homens.

Quanto ao estado civil as maiores prevalências foram encontradas: nos servidores

separados judicialmente (11,1%), seguidas pelos divorciados (10,3%) e, posteriormente, pelos

servidores viúvos (8,3%). Esta análise indica que pode ser importante realizar investigações

que considerem variáveis ligadas ao suporte social, aos vínculos relacionais significativos,

especialmente no que tange a vida pessoal, mas também à vida social e aos relacionamentos

interpessoais no trabalho. E quanto à raça a maior prevalência foi encontrada na raça parda

20,6% (2016).

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Para o nível de formação, assim como no HHG, no HHS, as maiores taxas de LTS, por

TMC, concentram-se no ensino fundamental (17,0%) e em seguida, na graduação (9,0%).

Conforme já referido os servidores com nível de escolaridade fundamental (anos iniciais ou

anos finais) atuavam em sua maioria, em funções que foram extintas, com a terceirização de

alguns serviços, sendo realocados em outras atividades. Estas mudanças institucionais podem

ter influenciado o adoecimento por TMC, também nesse hospital.

De acordo com a variável faixas de idade (IBGE, 2010), verificou-se que,

diferentemente do HHG no HHS, de modo geral as taxas de LTS por TMC, em 2016, não se

comportaram de maneira regular. A menor taxa (1,4%) foi encontrada entre os servidores

pertencentes à segunda faixa de idade (de 20 a 29 anos), e a maior taxa (%) entre pertencentes à

quarta faixa de idade (de 40 a 49 anos) (tabela 11).

Tabela 11 – Distribuição dos servidores segundo as variáveis sociodemográficas e respectivas

taxas de LTS do HHS

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Servidores lotados* Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

SEXO Feminino 586 584 562 39 48 53 6,7 8,2 9,4

Masculino 337 320 305 7 11 5 2,1 3,4 1,6

ESTADO

CIVIL

Casado 490 475 451 21 30 28 4,3 6,3 6,2

Divorciado 54 61 58 5 6 6 9,3 9,8 10,3

Marital 33 33 33 1 2 1 3,0 6,1 3,0

Separado

Judicialmente 45 42 36 3 5 4 6,7 11,9 11,1

Solteiro 289 283 277 15 15 18 5,2 5,3 6,5

Viúvo 12 10 12 1 1 1 8,3 10,0 8,3

RAÇA

Branca 842 825 789 41 51 50 4,9 6,2 6,3

Amarela 8 9 10 0 1 1 0 11,1 10,0

Indígena 3 4 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Negra 33 33 32 2 4 0 6,1 12,1 0

Parda 35 33 34 3 3 7 8,6 9,1 20,6

NÍVEL DE

FORMAÇÃO

Ensino

fundamental 66 56 47 1 7 8 2 13 17,0

Ensino médio 99 91 79 7 9 5 7,1 10,0 6,0

Profissionalizante 474 478 468 32 35 35 6,8 7,0 7,0

Graduação 58 54 56 3 1 5 5,2 2 9,0

Pós-graduação 226 225 216 3 7 5 1,3 3 2

IDADE

(FAIXAS)

<=19 0 0 0 0 0 0

20 - 29 87 78 74 1 4 1 1,1 5,1 1,4

30 - 39 318 309 289 18 18 21 5,7 5,8 7,3

40 - 49 291 280 280 17 25 22 5,8 8,9 7,9

50 - 59 184 197 187 10 10 12 5,4 5,1 6,4

60 + 43 40 37 0 2 2 0 5,0 5,4

Total 923 904 867 46 59 58 5,0 6,5 6,7

Em seguida foram avaliadas as associações entre as variáveis: estado civil e sexo; raça e

sexo; e estado civil e raça, tabelas 12, 13 e 14 respectivamente.

Para o sexo feminino a maior taxa foi encontrada entres as servidoras casadas (9,3%),

seguida pela taxa para as servidoras solteiras (5,7%). Para o sexo masculino a taxa para os

servidores separados judicialmente (7,1%) (tabela 12).

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Tabela 12 – Associação entre as variáveis estado civil e sexo, e taxas de LTS do HHS

VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL SEXO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Feminino

297 294 281 17 25 26 5,7 8,5 9,3

Divorciado 42 50 48 5 5 6 1,7 1,7 2,1

Marital 19 19 19 1 1 1 0,3 0,3 0,4

Separado

Judicialmente

30 27 22 3 5 3 1,0 1,7 1,1

Solteiro 187 185 181 12 11 16 4,0 3,7 5,7

Viúvo 11 9 11 1 1 1 0,2 0,2 0,2

Total 586 584 562 39 48 53 6,7 8,2 9,4

Casado

Masculino

193 181 170 4 5 2 2,1 2,8 1,2

Divorciado 12 11 10 0 1 0 0 9,1 0

Marital 14 14 14 0 1 0 0 7,1 0

Separado

Judicialmente

15 15 14 0 0 1 0 0 7,1

Solteiro 102 98 96 3 4 2 2,9 4,1 2,1

Viúvo 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Total 337 320 305 7 11 5 2,1 3,4 1,6

Considerando-se a raça e o sexo, as raças parda e amarela obtiveram as maiores

prevalências, no sexo feminino 26,9% e 20,0% respectivamente e a raça branca teve a maior

taxa quando associada ao sexo masculino a (1,8%) (tabela 13).

Tabela 13 - Associação entre as variáveis raça e sexo, e respectivas taxas de LTS do HHS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

RAÇA SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Branca

Feminino

530 529 506 34 40 45 6,4 7,6 8,9

Amarela 3 4 5 0 1 1 0 25,0 20,0

Indígena 2 3 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Negra 25 24 24 2 4 0 8,0 16,7 0

Parda 24 24 26 3 3 7 12,5 12,5 26,9

Total 586 584 562 39 48 53 6,7 8,2 9,4

Branca

Masculino

312 296 283 7 11 5 2,2 3,7 1,8

Amarela 5 5 5 0 0 0 0 0 0

Indígena 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 0 0 0 0 0 0

Negra 8 9 8 0 0 0 0 0 0

Parda 11 9 8 0 0 0 0 0 0

Total 337 320 305 7 11 5 2,1 3,4 1,6

Para as variáveis sociodemográficas estado civil e raça, conforme a tabela 14, os

servidores divorciados e pardos (33,3%), casados e pardos (21,4%) e solteiros e pardos (21,0%),

foram os que apresentaram as maiores taxas de LTS por TMC.

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Tabela 14 - Associação entre as variáveis estado civil e raça, e taxas de LTS do HHS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL RAÇA Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Branca 443 426 403 17 25 24 3,8 5,9 6,0

Amarela 7 9 9 0 1 1 0 11,1 11,1

Indígena 2 3 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 1 0 0 0 0 0 0

Negra 23 24 23 2 3 0 8,7 12,5 0

Parda 14 13 14 2 1 3 14,3 7,7 21,4

Divorciado

Branca 49 55 52 5 6 5 10,2 10,9 9,6

Negra 3 3 3 0 0 0 0 0 0

Parda 2 3 3 0 0 1 0 0 33,3

Marital

Branca 32 31 31 1 2 1 3,1 6,5 3,2

Negra 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Parda 0 1 1 0 0 0

0 0

Separado

judicialmente

Branca 43 40 34 3 4 4 7,0 10,0 12,0

Negra 1 1 1 0 1 0 0 100 0

Parda 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Solteiro

Branca 265 264 258 14 13 15 5,0 5,0 6,0

Amarela 1 0 1 0 0 0 0 0

Não informado 1 0 0 0 0 0 0

Negra 5 4 4 0 0 0 0 0 0

Parda 17 15 14 1 2 3 6,0 13,0 21,0

Viúvo

Branca 10 9 11 1 1 1 10,0 11,0 9,0

Indígena 1 1 0 0 0 0 0 0

Parda 1 0 1 0 0 0 0

0

Nota: foram consideradas apenas as classificações que tinham pelo menos um sujeito.

Então foram analisadas as variáveis ocupacionais área de atuação, função executada e

tempo de serviço. Os resultados seguem nas tabelas 15, 16 e 17, respectivamente.

Considerando-se a área de atuação dos servidores lotados no HHS a maior taxa de LTS,

por TMC foi verificada nas áreas de enfermagem e operacional, ambas com 8,3%, seguidas pela

área de administrativa, com 5,2% (tabela 15) .

Tabela 15 - Distribuição dos servidores segundo a área de atuação e respectivas taxas de LTS

do HHS VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ÁREA DE ATUAÇÃO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Área

administrativa 71 65 58 2 3 3 2,8 4,6 5,2

Área de enfermagem 570 578 569 41 48 47 7,2 8,3 8,3

Área operacional 73 67 60 2 6 5 2,7 9,0 8,3

Áreas afins à médica 32 32 29 0 1 1 0 3,1 3,4

Área de diagnóstico 29 27 25 0 0 1 0 0 4,0

Área médica 145 132 123 1 1 1 0,7 0,8 0,8

Área de gerenciamento 3 3 3 0 0 0 0 0 0

Total 923 904 867 46 59 58 5,0 6,5 6,7

Conforme já colocado, identificar as taxas de afastamento mediante a função executada

é dado extremamente relevante para formulação de ações que visem a melhora da saúde mental

e diminuição dos TMC, dado que a organização, as condições e as relações de trabalho, no que

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tange à função desempenhada, devem ter algum tipo de relação com o adoecimento dos

servidores. No HHS nutricionista, auxiliar de enfermagem e agente de serviços gerais foram as

atividades com maiores prevalências de LTS por TMC. Os dados nesta instituição hospitalar são

parecidos com os dados do HHG, onde as funções de auxiliar de enfermagem e agente de

serviços gerais também estão entre as atividades com maior taxa de afastamento por TMC. Vide

tabela 16.

Tabela 16 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de LTS

do HHS VARIÁVEL OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Função executada Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Agente de serviços gerais 63 57 51 2 5 5 3,2 8,8 9,8

Agente em atividades administrativas 1 1 0 0 0 0 0 0

Auxiliar de enfermagem 131 124 118 11 14 12 8,4 11,3 10,2

Assistente social 4 4 4 0 0 0 0 0 0

Atendente de saúde pública 1 1 0 0 0 0 0 0

Auxiliar de serviços hospitalares e

assintenciais 16 13 10 0 0 0 0 0 0

Bioquímico 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Enfermeiro 75 83 85 5 6 6 6,7 7,2 7,1

Farmacêutico 12 9 8 0 0 0 0 0 0

Caldereiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Cozinheiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Costureiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Fisioterapeuta 17 17 15 0 1 0 0 5,9 0

Médico 146 131 123 1 1 1 0,7 0,8 0,8

Motorista 7 7 6 0 1 0 0 14,3 0

Nutricionista 9 9 9 0 0 1 0 0 11,1

Psicólogo 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico em readiologia e imagem 16 17 16 0 0 1 0 0 6,3

Técnico em atividades administrativas 68 63 58 2 3 3 2,9 4,8 5,2

Técnico em informática 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico em enfermagem 349 357 357 25 28 29 7,2 7,8 8,1

Gestor 2 5 1 0 0 0 0 0 0

Total 923 904 867 46 59 58 5,0 6,5 6,7

Para o tempo de serviço - até três anos (período de estágio probatório), de 4 a 14 anos

(período que vai até cerca da metade da vida funcional do servidor), de 15 a 24 anos (período

em que já foram observados picos de adoecimento dos servidores), 25 a 35 anos (última década

de vida laboral), +36 anos (pré-aposentadoria); a maior prevalência foi observada na terceira

faixa (15-24 anos), de 8,3%, seguida pela segunda faixa (4-14 anos), com uma taxa de 7,0%

(tabela 17).

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Tabela 17 - Distribuição dos servidores segundo a faixa de tempo de serviço e taxas de LTS do

HHS VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

TEMPO DE SERVIÇO Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

<=3 339 292 274 15 20 18 4,4 6,8 6,6

4 - 14 anos 374 426 430 24 27 30 6,4 6,3 7,0

15 - 24 anos 116 97 60 6 8 5 5,2 8,2 8,3

25 a 35 anos 94 89 103 1 4 5 1,1 4,5 4,9

36+ 0 0 0 0 0 0

Total 923 904 867 46 59 58 5,0 6,5 6,7

De acordo com a variável do laudo - grupo de psicopatologias (CID-10 Capítulo V –

Transtornos mentais comportamentais), associada à variável sociodemográfica sexo. Assim

como no HHG, o HHS também apresenta como grupos de psicopatologias mais prevalentes

tanto para o sexo feminino quanto para o sexo masculino o grupo de transtornos do humor

(CID-10 F30 a F39), com 0,6%(feminino) e 0,7%(masculino) e o grupo dos transtornos

neurótico, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes (CID-10 F40 a

F48), com 0,7% para ambos os sexos. É interessante notar, que embora a diferença seja pequena

(0,1%), neste hospital o segundo grupo de psicopatologias foi mais prevalente no sexo

feminino, diferentemente do que foi observado no HHG e que é comumente observado em

estudos diversos. Vide tabela 18.

Tabela 18 – Associação entre o grupo de psicopatologia e o sexo do HHS VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

GRUPO DE PSICOPATOLOGIAS

Afastados por LTS

total Taxas LTS total

Afastados por

LTS total Taxas LTS total

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 201

6 Cód. Nomenclatura

F00-F09

Transtornos mentais

orgânicos, inclusive os

sintomáticos

1 0 0 0,2 0 0

F10-F19

Transtornos mentais e

comportamentais

devidos ao uso de

substância psicoativa

1 2 1 0,2 0,3 0,1 1 1 1 0,3 0,3 0,3

F20-F29

Esquizofrenia,

transtornos

esquizotípicos e

transtornos delirantes

2 1 1 0,3 0,2 0

F30-F39 Transtornos do humor

(afetivos) 23 21 26 3,9 3,6 0,6 5 5 2 1,5 1,6 0,7

F40-F48

Transtornos neuróticos,

transtornos relacionados

com o 'stress' e

transtornos

somatoformes

12 24 25 2 4,1 0,7 1 5 2 0,3 1,6 0,7

Total 39 48 53 6,7 8,2 1,5 6 10 4 1,8 3,1 1,3

* Servidores lotados: 586(2014); 584(2015); 562(2016);

** Servidores lotados: 337(2014); 320(2015); 305(2016).

Variável do laudo - psicopatologia especificamente (CID-10 Capítulo V – Transtornos

mentais e comportamentais), associada à variável sociodemográfica sexo. Para o sexo feminino,

em 2016, a ansiedade generalizada com taxa de 2,8%, foi a psicopatologia mais prevalente,

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nesta instituição hospitalar e a segunda taxa (1,1%) foi identificada para o quadro de episódio

depressivo grave sem sintomas psicóticos. Episódio depressivo moderado ficou atrás com 0,9%,

seguido por transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave, sem sintomas psicóticos e

transtorno misto ansioso e depressivo, ambos com 0,7% de taxa de LTS.

Para o sexo masculino a ansiedade generalizada apresentou percentual de 1,3%, mas em

2015. Chama atenção o fato de esta psicopatologia ser a primeira causa de LTS em ambos os

sexos, embora em anos distintos. Em 2016 cinco psicopatologias tiveram a mesma taxa, de

0,3%, duas delas do grupo de transtornos do humor (episódio depressivo não especificado e

transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave, sem sintomas psicóticos), duas do grupo

de transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes

(estado de “stress” pós-traumático e transtorno ansioso não especificado), e a última delas do

grupo de transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substância psicoativa, no

caso classificado como transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas

drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas – transtorno mental e comportamental não

especificado. Vide tabela 19.

Tabela 19 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do HHS

VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

Nome da psicopatologia

Afastados por

LTS total Taxas LTS total

Afastados por

LTS total Taxas LTS total

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Agorafobia 0 1 0 0 0,2 0

Ansiedade generalizada 0 15 16 0 2,6 2,8 0 4 0 0 1,3 0

Episódio depressivo grave sem sintomas

psicóticos 9 3 6 1,5 0,5 1,1 2 0 0 0,6 0 0

Episódio depressivo leve 1 0 0 0,2 0 0

Episódio depressivo moderado 2 4 5 0,3 0,7 0,9 1 2 0 0,3 0,6 0

Episódio depressivo não especificado 2 6 3 0,3 1 0,5 0 2 1 0 0,6 0,3

Estado de "stress" pós-traumático 0 0 1 0 0 0,3

Estupor dissociativo 0 1 0 0 0,2 0

Reação aguda ao "stress" 0 1 0 0 0,3 0

Outros transtornos afetivos bipolares 0 0 1 0 0 0,2 Transtorno depressivo recorrente, episódio

atual grave sem sintomas psicóticos 0 1 1 0 0,3 0,3

Transtorno depressivo recorrente, episódio

atual moderado 2 0 0 0,6 0 0

Transtorno misto ansioso e depressivo 1 0 0 0,3 0 0

Outros transtornos depressivos recorrentes 1 0 0 0,2 0 0

Transtorno afetivo bipolar não especificado 1 0 0 0,2 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo grave sem sintomas psicóticos 1 2 1 0,2 0,3 0,2

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo grave com sintomas psicóticos 1 1 0 0,2 0,2 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo leve ou moderado 0 1 0 0 0,2 0

(continua)

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19

(continuação) Tabela 19 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS

do HHS

VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

Nome da psicopatologia

Afastados por LTS

total Taxas LTS total Afastados por LTS total Taxas LTS total

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual misto 0 0 1 0 0 0,2

Reação aguda ao "stress" 3 3 2 0,5 0,5 0,4

Reação não especificada a um "stress"

grave 3 1 0 0,5 0,2 0

Transtorno ansioso não especificado 3 0 0 0,5 0 0 0 0 1 0 0 0,3

Transtornos mentais e comport. devidos

ao uso da cocaína - transtorno mental ou

comportamental não especificado

0 1 0 0 0,3 0

Transtornos mentais e comport. devidos

ao uso de múltiplas drogas e ao uso de

outras substâncias psicoativas - síndrome

de dependência

1 0 0 0,3 0 0

Transtornos mentais e comport. devidos

ao uso de múltiplas drogas e ao uso de

outras substâncias psicoativas -

transtorno mental ou comport. não

especificado

0 0 1 0 0 0,3

Transtorno depressivo recorrente sem

especificação 0 0 1 0 0 0,2

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave com sintomas

psicóticos

0 1 1 0 0,2 0,2

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave sem sintomas

psicóticos

4 2 4 0,7 0,3 0,7

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual moderado 1 1 3 0,2 0,2 0,5

Transtorno esquizoafetivo do tipo

depressivo 1 0 0 0,2 0 0

Transtorno esquizoafetivo do tipo misto 1 1 0 0,2 0,2 0

Transtorno fóbico-ansioso não

especificado 0 0 1 0 0 0,2

Transtorno misto ansioso e depressivo 3 2 4 0,5 0,3 0,7

Transtorno obsessivo-compulsivo não

especificado 0 0 1 0 0 0,2

Transtorno psicótico agudo polimorfo,

sem sintomas esquizofrênicos 0 0 1 0 0 0,2

Transtornos de adaptação 0 1 1 0 0,2 0,2

Transtornos do humor [afetivos]

orgânicos 1 0 0 0,2 0 0

Transtornos mentais e comport. devidos

ao uso da cocaína - síndrome de

dependência

0 1 0 0 0,2 0

Transtornos mentais e comport. devidos

ao uso de álcool - síndrome de

dependência

1 1 1 0,2 0,2 0,2

Total 39 48 53 6,7 8,2 9,4 7 11 5 2,1 3,4 1,6

* Servidores lotados: 586(2014); 584(2015); 562(2016);

** Servidores lotados: 337(2014); 320(2015); 305(2016).

Nota: na tabela “comport.” - leia-se comportamental ou comportamentais.

O custo anual das LTS, por TMC (CID-10 Capítulo V), no HHS, decorrente apenas do

pagamento de salários dos servidores afastados, pagos pelo Estado de Santa Catarina, nos três

anos analisados, foi de R$654.546,49. Sem considerar todos os demais prejuízos financeiros,

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perda da qualidade dos serviços por redução do quadro de pessoal, sobrecarga de trabalho e

consequentemente, aumento da prevalência de TMC e outras doenças nos demais servidores do

HHS/SES, além dos custos à sociedade catarinense como um todo; o gasto salarial nesta

instituição, somado ao gasto no HHG reforça a necessidade de investimentos em saúde

ocupacional no estado.

Tabela 20 – Custo anual e custo total (referente aos três anos pesquisados) do HHS CUSTO ANUAL CUSTO TOTAL EM TRÊS ANOS

(2014 a 2016) 2014 2015 2016

R$ 183.865,65 R$ 216.757,37 R$ 253.923,47 R$ 654.546,49

2.3 - Hospital Nereu Ramos (HNR)

2.3.1 - Breve histórico

Teve sua construção iniciada em 1940, em terreno doado pelo governo federal, através

do Ministério da Educação e Saúde, sendo destacada sua importância para o atendimento das

populações da capital e de todo o estado. Foi inaugurado em 1943 e Sua edificação ocupou uma

área de 3.310m2 e o prédio era composto por cinco pavilhões, ligados por passagens cobertas.

Além do destaque no tratamento das doenças infectocontagiosas, o hospital Nereu Ramos foi

reconhecido como uma obra arquitetônica de beleza estética admirável, no contexto da época,

que causava orgulho às autoridades locais e à sociedade catarinense como um todo (Borenstein;

Ribeiro & Padilha, 2004).

O hospital foi criado para atender principalmente pacientes com tuberculose e outras

doenças infecciosas e parasitárias. Hoje, a instituição de saúde é referência estadual em

infectologia e pneumologia. Em 2013, quando foi comemorado o septuagésimo aniversário do

hospital ele contava com 90 leitos para internações, outros 15 leitos para hospital-dia, além de

nove leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e atendia uma média de 1,8 mil a 2 mil

pacientes/mês, no ambulatório. Ele também é um hospital escola, com residência em

infectologia (SESSC, 2013).

2.3.2 - LTS por TMC no HNR

Com relação ao sexo observa-se para o sexo feminino foi observada a taxa de LTS por

TMC de 9,8% e para o sexo masculino de 3,3%. E quanto ao estado civil as maiores

prevalências foram encontradas nos servidores separados judicialmente (10,5%) e nos

divorciados (10,3%), seguidas pelos divorciados (10,3%) e, posteriormente, pelos servidores

viúvos (10,0%). Mais uma análise que ratifica a importância de se realizar investigações que

considerem variáveis ligadas ao suporte social, aos vínculos relacionais significativos,

especialmente no que tange a vida pessoal, mas também à vida social e aos relacionamentos

interpessoais no trabalho. Para a variável raça a prevalência de 0,1% foi encontrada nas raças

branca e negra:

Para o nível de formação, assim como no HHG e no HHS, a categoria de servidores

com ensino profissionalizante apresentou a maior prevalência (13,2%). Em segundo lugar ficou

o nível fundamental (9,0%). E conforme demonstrado na tabela 21 verificou-se que,

diferentemente do HHG e do mesmo modo que no HHS, as taxas de LTS no HNR em 2016

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(e nos outros dois anos), não se comportaram de maneira regular. A menor taxa (3,4%) foi

encontrada entre os servidores pertencentes à terceira faixa de idade (de 30 a 39 anos), e a maior

taxa (%) entre pertencentes à segunda faixa de idade (de 20 a 29 anos). Cabe ressaltar que esta é

a menor faixa de idade dos servidores que atuam nessa instituição visto que não há servidores

lotados na primeira faixa (<=19 anos).

Tabela 21 – Distribuição dos servidores segundo as variáveis sociodemográficas e respectivas

taxas de LTS do HNR

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Servidores lotados* Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

SEXO Feminino 284 280 265 27 19 26 9,5 6,8 9,8

Masculino 130 129 121 5 2 4 3,8 1,6 3,3

ESTADO

CIVIL

Casado 183 173 161 12 10 10 6,6 5,8 6,2

Divorciado 23 28 29 1 2 3 4,3 7,1 10,3

Marital 33 32 29 1 1 1 3,0 3,1 3,4

Separado

Judicialmente 23 28 29 1 2 3 4,3 7,1 10,5

Solteiro 145 147 138 16 6 13 11,0 4,1 9,4

Viúvo 10 9 10 2 2 1 20,0 22,2 10,0

RAÇA

Branca 340 339 322 25 15 25 0,1 0 0,1

Amarela 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Indígena 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Negra 56 53 47 7 6 5 0,1 0,1 0,1

Parda 12 13 13 0 0 0 0 0 0

NÍVEL DE

FORMAÇÃO

Ensino

fundamental 45 39 35 4 4 3 9,0 10,0 9,0

Ensino médio 59 56 51 2 3 3 3,4 5,4 5,9

Profissionalizante 176 178 167 21 12 22 11,9 6,7 13,2

Graduação 35 32 29 1 1 1 2,9 3,1 3,4

Pós-graduação 97 104 104 3 1 1 3,1 1,0 1,0

Missing 2 0 0 1 0 0 50,0

IDADE

(FAIXAS)

<=19 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20 - 29 14 16 15 1 0 2 7,1 0 13,3

30 - 39 102 108 89 12 5 3 11,8 4,6 3,4

40 - 49 154 134 141 10 7 17 6,5 5,2 12,1

50 - 59 117 124 112 7 8 6 6,0 6,5 5,4

60 + 27 27 29 2 1 2 7,4 3,7 6,9

Total 414 409 386 32 21 30 7,7 5,1 7,8

Nota: foram apresentadas na tabela apenas as classificações que continham registro de pelo menos um sujeito.

Considerando-se as variáveis sociodemográficas estado civil e sexo, para o sexo

feminino, a maior taxa foi encontrada entres as servidoras divorciadas (12,5%), seguida pela

pelas servidoras solteiras (12,0%) e pelas viúvas (11,1%). Para o sexo masculino a maior

prevalência foi identificada entre os servidores separados judicialmente (15,4%), seguidos pelos

servidores solteiros, com uma taxa de 2,6%, bem mais baixa do que a primeira. Vide tabela 22.

Tabela 22 – Associação entre as variáveis estado civil e sexo, e taxas de LTS do HNR VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Feminino

121 113 105 11 9 9 9,1 8,0 8,6

Divorciado 18 22 24 1 2 3 5,6 9,1 12,5

Marital 21 22 21 1 1 1 4,8 4,5 4,8

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Separado

Judicialmente 6 7 6 0 0 0 0 0 0

Solteiro 109 108 100 13 5 12 11,9 4,6 12,0

Viúvo 9 8 9 1 2 1 11,1 25,0 11,1

Total 284 280 265 27 19 26 9,5 6,8 9,8

Casado

Masculino

62 60 56 1 1 1 1,6 1,7 1,8

Divorciado 5 6 5 0 0 0 0 0 0

Marital 12 10 8 0 0 0 0 0 0

Separado

Judicialmente 14 13 13 0 0 2 0 0 15,4

Solteiro 36 39 38 3 1 1 8,3 2,6 2,6

Viúvo 1 1 1 1 0 0 100,0 0 0

Total 130 129 121 5 2 4 3,8 1,6 3,3

E para as variáveis sociodemográficas raça e sexo seguem abaixo os resultados (tabela

23). A raça negra obteve a maior taxa para o sexo feminino (17,2%) e raça branca a segunda

maior taxa (9,4%). Quando associada a raça ao sexo masculino a maior prevalência foi

identificada na raça branca (4,1%).

Tabela 23 – Associação entre as variáveis raça e sexo, e taxas de LTS do HNR VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Raça SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Branca

Feminino

234 234 224 20 14 21 8,5 6,0 9,4

Amarela 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Indígena 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Negra 36 34 29 7 5 5 19,4 14,7 17,2

Parda 8 8 8 0 0 0 0 0 0

Total 284 280 265 27 19 26 9,5 6,8 9,8

Branca

Masculino

106 105 98 5 1 4 4,7 1,0 4,1

Negra 20 19 18 0 1 0 0 5,3 0

Parda 4 5 5 0 0 0 0 0 0

Total 130 129 121 5 2 4 3,8 1,6 3,3

Nota: raças amarela, indígena ou não informada, para o sexo masculino foram excluídas, pois não havia nenhum registro.

Com relação às variáveis sociodemográficas estado civil e raça, em 2016, conforme a

tabela 24, o único servidor do HNR viúvo e negro afastou-se nos anos de 2014, 2015 e 2016 por

TMC (100%), atrás dele ficaram casados da raça negra (12,0%); seguidos por separados

judicialmente brancos ou divorciados brancos, ambos com 11,0% de taxa de LTS por TMC; e

após solteiros e brancos e solteiros e negros, ambos com 10,0% de prevalência.

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Tabela 24 - Associação entre as variáveis estado civil e raça, e taxas de LTS do HNR VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO

CIVIL RAÇA

Servidores lotados Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Branca 161 152 141 10 5 8 6,0 3,0 6,0

Negra 19 18 17 2 5 2 11,0 28,0 12,0

Parda 3 3 3 0 0 0 0 0 0

Divorciado Branca 21 25 27 1 2 3 5,0 8,0 11,0

Negra 2 3 2 0 0 0 0 0 0

Marital

Branca 23 24 21 1 1 1 4,0 4,0 5,0

Amarela 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Negra 8 6 6 0 0 0 0 0 0

Parda 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Separado jud. Branca 18 18 18 0 0 2 0 0 11,0

Negra 2 2 1 0 0 0 0 0 0

Solteiro

Branca 111 115 109 12 6 11 11,0 5,0 10,0

Amarela 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Indígena 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Não informado 2 0 0 0 0 0 0 0 0

Negra 24 23 20 4 0 2 17,0 0 10,0

Parda 5 6 6 0 0 0 0 0 0

Viúvo

Branca 6 5 6 1 1 0 17,0 20,0 0

Negra 1 1 1 1 1 1 100,0 100,0 100,0

Parda 3 3 3 0 0 0 0 0 0

Nota: foram suprimidas da tabela as classificações que não continham nenhuma ocorrência.

Em seguida foram avaliadas as variáveis ocupacionais área de atuação, função

executada e tempo de serviço, tabelas 25, 26 e 27, respectivamente. Considerando-se a área de

atuação dos servidores lotados no HNR a maior taxa de LTS, em decorrência de TMC foi

verificada nas áreas de enfermagem e operacional, com 10,2% e 9,0% respectivamente.

Conforme já observado também foram estas as principais áreas de atuação dos servidores

afastados, por TMC, no HHG e no HHS. Porém, no HHG a área operacional ficou em primeiro

lugar (14,2%), seguida pela área de enfermagem (11,8%) e no HHS ambas áreas apresentaram a

taxa de 8,3%. Vide tabela 25.

Tabela 25 - Distribuição dos servidores segundo a área de atuação e respectivas taxas de LTS do HNR VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ÁREA DE

ATUAÇÃO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Área administrativa 29 28 29 0 0 1 0 0 3,4

Área de enfermagem 217 217 205 23 14 21 10,6 6,8 10,2

Área operacional 93 87 78 6 6 7 6,5 6,9 9,0

Áreas afins à médica 12 13 11 1 1 0 8 8 0

Área de diagnóstico 11 13 12 1 0 0 9,1 0 0

Área médica 48 49 50 1 0 1 2,1 0 2,0

Área de

gerenciamento 4 2 1 1 0 0

Total 414 409 386 32 21 30 7,7 5,1 7,8

De acordo com a tabela 26, considerando-se a função executada, as maiores

prevalências foram identificadas nas funções: técnico de enfermagem (13,8%), auxiliar de

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enfermagem (13,0%) e agente de serviços gerais (9,9%), nos afastamentos por TMC, nesta

instituição hospitalar. No HHS e no HHG as funções auxiliar de enfermagem e agente de

serviços gerais também estão entre as atividades com maior taxa de LTS por TMC, reforçando a

importância de olhar especificamente as tarefas desempenhadas por cada categoria de

servidores, para formular hipóteses acerca da relação do adoecimento por TMC com o trabalho.

Tabela 26 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de LTS do HNR VARIÁVEL OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Função executada Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Administrador 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Agente de serviços gerais 84 77 71 5 5 7 6,0 6,5 9,9

Agente em atividades

administrativas 4 4 4 0 0 0 0 0 0

Assistente social 2 2 3 0 0 0 0 0 0

Auxiliar de enfermagem 50 48 46 7 4 6 14,0 8,3 13,0

Auxiliar de serviços

hospitalares e assistenciais 17 16 12 0 1 0 0 6,3 0

Caldeireiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Costureiro 1 1 0 0 0 0 0 0

Cozinheiro 2 2 2 0 1 0 0 50,0 0

Enfermeiro 38 39 38 1 1 0 2,6 2,6 0

Eletricista 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Farmacêutico 4 5 4 0 0 0 0 0 0

Fisioterapeuta 5 6 5 1 1 0 20,0 16,7 0

Fonoaudiólogo 0 1 1 0 0 0

0 0

Gestor 4 2 1 0 0 0 0 0 0

Marceneiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Médico 48 49 50 1 1 0 2,1 2,0 0

Motorista 2 3 2 1 0 0 50,0 0 0

Nutricionista 4 4 2 0 0 0 0 0 0

Pintor 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico em radiologia e

imagem 7 8 8 0 0 0 0 0 0

Técnico em atividades

administrativas 22 21 22 0 0 0 0 0 0

Técnico em contabilidade 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico em enfermagem 112 114 109 15 8 15 13,4 7,0 13,8

Técnico em informática 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico em segurança do

trabalho 1 0 0 0 0 0 0

Total 414 409 386 31 22 28 7,5 5,4 7,3

Para o tempo de serviço a maior prevalência foi observada na primeira faixa (<=3 anos)

e na quarta faixa (25 a 35 anos de trabalho), respectivamente, uma taxa de 9,7% e a outra de

8,8% (tabela 27).

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Tabela 27 - Distribuição dos servidores segundo a faixa de tempo de serviço e taxas de LTS do

HNR VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

TEMPO DE

SERVIÇO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

<=3 78 72 72 7 0 7 9,0 0 9,7

4 - 14 anos 179 191 188 18 15 15 10,1 7,9 8,0

15 - 24 anos 97 87 55 5 3 2 5,2 3,4 3,6

25 a 35 anos 57 53 68 2 3 6 3,5 5,7 8,8

36+ 3 6 3 0 0 0 0 0 0

Total 414 409 386 32 21 30 7,7 5,1 7,8

Ao associarmos a variável do laudo - grupo de psicopatologias (CID-10 Capítulo V –

Transtornos mentais comportamentais), à variável sociodemográfica sexo (2016), assim como

no HHG e HHS, no HNR os grupos de psicopatologias mais prevalentes para o sexo feminino

foram o grupo de transtornos do humor (CID-10 F30 a F39), com 6,0% e o grupo dos

transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes

(CID-10 F40 a F48), com 4,0%. Já para o sexo masculino este último foi o grupo de

psicopatologia mais prevalentes com 2,5% de taxa seguido pelo grupo de transtornos mentais e

comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa (CID-10 F10-F19), com 0,8% de taxa

de prevalência. Vide os resultados abaixo, na tabela 28.

Tabela 28 – Associação entre o grupo de psicopatologia e o sexo do HNR VARIÁVEL DO LAUDO Feminino* Masculino**

GRUPO DE PSICOPATOLOGIAS

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 COD. NOMENCLATURA

F10 - F19

Transtornos mentais e

comportamentais devidos ao

uso de substância psicoativa

1 1 1 0,8 0,8 0,8

F30-F39 Transtornos do humor

(afetivos) 17 14 16 6,0 5,0 6,0 1 0 0 0,8 0 0

F40-F48

Transtornos neuróticos,

transtornos relacionados com

o 'stress' e transtornos

somatoformes

10 5 10 3,5 7,0 4,0 3 1 3 2,3 0,8 2,5

Total 27 19 26 9,5 6,8 9,8 5 2 4 3,8 1,6 3,3

* Servidores lotados: 284(2014); 280(2015); 265(2016);

** Servidores lotados: 130(2014); 129(2015); 121(2016).

Também foi considerada a variável do laudo - psicopatologia especificamente (CID-10

Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais), associada à variável sociodemográfica

sexo. Considerando-se a psicopatologia propriamente dita no sexo feminino o episódio

depressivo moderado; o transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas

psicóticos; o transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado; e o transtorno misto

ansioso e depressivo obtiveram todos a taxa de 1,1%. Cabe frisar que apenas este último

pertence ao grupo dos transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e

transtornos somatoformes (CID-10 F40 a F48). As três primeiras psicopatologias pertencem ao

grupo dos transtornos do humor (CID-10 F30 a F39).

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Por outro lado, o sexo masculino apresentou maior prevalência em duas psicopatologias

pertencentes justamente aos transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e

transtornos somatoformes (CID-10 F40 a F48), são eles: reação não especificada a um “stress”

grave (1,7%) e reação aguda ao “stress” (0,8%). A taxa de 0,8% se repetiu para os transtornos

mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína - síndrome de dependência (0,8%). Esta

psicopatologia pertence ao grupo dos transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de

substância psicoativa (CID-10 F10 a F19)

Tabela 29 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do HNR VARIÁVEL DO LAUDO Feminino* Masculino**

Nome da psicopatologia

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Ansiedade generalizada 0 1 1 0 0,4 0,4

Episódio depressivo grave sem sintomas

psicóticos 1 0 0 0,4 0 0

Episódio depressivo leve 0 0 1 0 0 0,4

Episódio depressivo moderado 1 0 3 0,4 0 1,1

Episódio depressivo não especificado 3 4 1 1,1 1,4 0,4 1 0 0 0,8 0 0

Outros transtornos de humor [afetivos]

persistentes 0 0 1 0 0 0,4

Reação não especificada a um "stress"

grave 6 1 3 2,1 0,4 1,1 1 0 2 0,8 0 1,7

Transtorno afetivo bipolar não

especificado 3 1 1 1,1 0,4 0,4

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual depressivo grave sem sintomas

psicóticos

0 0 1 0 0 0,4

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual depressivo leve ou moderado 1 1 0 0,4 0,4 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual maníaco com sintomas psicóticos 1 0 0 0,4 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual misto 1 3 2 0,4 1,1 0,8

Reação aguda ao "stress" 0 1 1 0 0,8 0,8

Transtorno ansioso não especificado 2 0 1 0,7 0 0,4

Transtorno de pânico [ansiedade

paroxística episódica] 0 2 0 0 0,7 0

Transtorno depressivo recorrente sem

especificação 4 2 0 1,4 0,7 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave sem sintomas

psicóticos

0 1 3 0 0,4 1,1

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual leve 1 0 0 0,4 0 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual moderado 1 1 3 0,4 0,4 1,1

Transtorno do humor [afetivo] não

especificado 0 1 0 0 0,4 0

Transtorno misto ansioso e depressivo 0 1 3 0 0,4 1,1 2 0 0 1,5 0 0

Transtornos de adaptação 2 0 2 0,7 0 0,8

Transtornos mentais e

comportamentais devidos ao uso da

cocaína - síndrome de dependência

1 1 1 0,8 0,8 0,8

Total 27 19 26 9,5 6,8 9,8 5 2 4 3,8 1,6 3,3

* Servidores lotados: 284(2014); 280(2015); 265(2016);

** Servidores lotados: 130(2014); 129(2015); 121(2016).

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O custo direto anual, decorrente apenas do pagamento de salários dos servidores do

HNR afastados em LTS, por TMC, pagos pelo Estado de Santa Catarina, nos três anos

analisados, foi de R$374.046,29. Ratificando, sem considerar quaisquer outros prejuízos

financeiros, perda da qualidade dos serviços por redução do quadro de pessoal, sobrecarga de

trabalho e consequentemente, aumento da prevalência de TMC e outras doenças nos demais

servidores do HNR/SES, além dos custos à sociedade catarinense como um todo; o gasto

salarial nesta instituição, somado ao gasto no HHG e no HHS (já analisados anteriormente),

justificam o investimento na política de saúde ocupacional do Estado de Santa Catarina, em

favor da promoção da saúde, diminuição do adoecimento.

Tabela 30 – Custo anual e custo total (referente aos três anos pesquisados) CUSTO ANUAL CUSTO TOTAL EM TRÊS ANOS

(2014 a 2016) 2014 2015 2016

120.037,28 92.394,61 161.614,40 374.046,29

2.4 - Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICA)

2.4.1 – Breve histórico

O Instituto de Cardiologia foi fundado na década de 1960, no governo de Celso Ramos.

Inicialmente funcionou na rua Felipe Schmidt e posteriormente passou para o hospital Nereu

Ramos. Desde 1987 divide espaço físico com o hospital regional de São José.

O hospital presta serviços de alta complexidade, medicina nuclear, hemodinâmica, estudo

eletrofisiológico e cirurgia cardíaca, sendo o primeiro hospital público a realizar transplantes

nesta área em Santa Catarina. Esta instituição oferece serviços ambulatoriais, emergenciais e de

UTI. Além de realizar cirurgia cardíaca, faz implante de marca passo cardíaco, reabilitação

cardíaca, possui serviço de ecocardiografia, eletrocardiografia, ergometria. Tem cerca de 87

leitos (SESSC, 2017c).

2.4.2 – LTS por TMC no ICA

Inicialmente foram analisadas as variáveis sociodemográficas (sexo, estado civil, raça,

nível de formação e idade) e os resultados das mesmas encontram-se abaixo, na tabela 31. Com

relação ao sexo observa-se que o sexo feminino apresenta taxa de afastamento do trabalho de

10,3%) e no sexo masculino de 5,1%.

Quanto ao estado civil as maiores prevalências de LTS por TMC foram encontradas:

nos servidores viúvos (33,3%), seguidas pelos servidores cujo estado civil foi classificado como

marital (19,2%) e divorciados (12,2%). Para a união estável houve apenas um caso e um

afastamento (prevalência de100%).

Para a variável raça a maior prevalência foi encontrada na raça negra (12,5%), seguida

pela raça branca (8,8%). Em termos populacionais a raça branca é a que contém maior número

de servidores nessa instituição (524).

Considerando-se o nível de formação, as maiores taxas de LTS, por TMC, no ICA,

concentram-se no ensino profissionalizante (11,1%) e na graduação (10,9%). A terceira taxa de

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LTS por TMC foi para os trabalhadores com ensino médio (10,4%). Novamente, sendo que a

primeira categoria em número de servidores é a dos técnicos de enfermagem, os quais possuem

como nível de formação o ensino profissionalizante, e estão envolvidos em todas as rotinas do

hospital, os achados ratificam que esta é uma das categorias de servidores que merece especial

atenção quanto às prevalências de adoecimento por TMC.

Conforme já explicado, optou-se por dividir a idade em faixas, conforme a classificação

do IBGE (2010). verificou-se que, em 2016, a maior taxa (12,2%) foi encontrada entre os

servidores pertencentes à terceira faixa de idade (de 30 a 39 anos), e a menor taxa (6,0%) entre

pertencentes à penúltima faixa (de 50 a 59 anos).

Tabela 31 – Distribuição dos servidores segundo as variáveis sociodemográficas e respectivas

taxas de LTS do ICA

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Servidores lotados* Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

SEXO Feminino 418 432 409 42 38 42 10,0 8,8 10,3

Masculino 161 160 158 7 7 8 4,3 4,4 5,1

ESTADO

CIVIL

Casado 289 293 277 21 16 22 7,3 5,5 7,9

Divorciado 49 47 49 8 9 6 16,3 19,1 12,2

Marital 27 27 26 1 3 5 3,7 11,1 19,2

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Separado

Judicialmente 19 20 19 2 3 2 10,5 15,0 10,5

Solteiro 188 201 189 15 12 12 8,0 6,0 6,3

União estável 0 0 1 0 0 1 100,0

Viúvo 5 4 6 2 2 2 40,0 50,0 33,3

RAÇA

Branca 524 549 523 47 42 46 9,0 7,7 8,8

Amarela 1 2 2 0 0 0 0 0 0

Indígena 2 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 11 0 0 0 0 0 0

Negra 26 24 24 2 2 3 7,7 8,3 12,5

Parda 15 16 17 0 1 1 0 6,3 5,9

NÍVEL DE

FORMAÇÃO

Ensino

fundamental 25 21 14 3 1 0 12,0 4,8 0

Ensino médio 74 75 67 8 8 7 10,8 10,7 10,4

Profissionalizante 276 281 270 28 27 30 10,1 9,6 11,1

Graduação 49 52 55 2 3 6 4,1 5,8 10,9

Pós-graduação 149 158 159 7 5 7 4,7 3,2 4,4

Missing 6 5 2

0 0 0

IDADE

(FAIXAS)

<=19 1 0 0 0 0 0 0

20 - 29 67 69 55 4 6 4 6,0 8,7 7,3

30 - 39 181 191 181 16 10 22 8,8 5,2 12,2

40 - 49 178 178 181 14 17 16 7,9 9,6 8,8

50 - 59 130 136 134 14 12 8 10,8 8,8 6,0

60 + 22 18 16 1 0 0 4,5 0 0

Total 579 592 567 49 45 50 8,5 7,6 8,8

Em seguida foram avaliadas as associações entre as variáveis sociodemográficas:

estado civil e sexo; raça e sexo e estado civil e raça, tabelas 32, 33 e 34 respectivamente.

Considerando-se estado civil e sexo, para o sexo feminino a maior taxa foi encontrada entres as

servidoras viúvas (40,0%), e que referiram relação marital (18,8%). Para o sexo masculino a

maior taxa foi identificada entre os servidores, cujo estado civil foi classificado como marital

(20%), seguidos pelos servidores divorciados, com uma taxa de 18,2%. Vide tabela 32.

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Tabela 32 – Associação entre as variáveis estado civil e sexo, e taxas de LTS do ICA VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Feminino

191 198 182 18 15 20 9,4 7,6 11,0

Divorciado 38 36 38 8 7 4 21,1 19,4 10,5

Marital 17 17 16 1 3 3 5,9 17,6 18,8

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Separado

Judicialmente

17 18 17 2 3 2 11,8 16,7 11,8

União estável 0 0 0 0 0 1

Solteiro 149 160 151 11 8 10 7,4 5,0 6,6

Viúvo 4 3 5 2 2 2 50,0 66,7 40,0

Total 418 432 409 42 38 42 10,0 8,8 10,3

Casado

Masculino

98 95 95 3 1 2 3,1 1,1 2,1

Divorciado 11 11 11 0 2 2 0 18,2 18,2

Marital 10 10 10 0 0 2 0 0 20,0

Separado

Judicialmente

2 2 2 0 0 0 0 0 0

Solteiro 39 41 39 4 4 2 10,3 9,8 5,1

Viúvo 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Total 161 160 158 7 7 8 4,3 4,4 5,1

Na associação entre o sexo feminino e a raça, a raça negra obteve a maior prevalência

(14,3%), seguida pela raça branca (10,3%). Quando associada ao sexo masculino a maior taxa

também foi identificada para a raça negra, 10,0% (tabela 33).

Tabela 33 – Associação entre as variáveis raça e sexo, e taxas de LTS do ICA VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Raça SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Branca

Feminino

381 404 380 40 36 39 10,5 8,9 10,3

Amarela 1 2 2 0 0 0 0 0 0

Indígena 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Não informado 9 0 0 0 0 0 0

Negra 16 14 14 2 2 2 12,5 14,3 14,3

Parda 10 11 12 0 0 1 0 0 8,3

Total 418 432 409 42 38 42 10,0 8,8 10,3

Branca

Masculino

143 145 143 7 6 7 4,9 4,1 4,9

Negra 10 10 10 0 0 1 0 0 10,0

Parda 5 5 5 0 1 0 0 20,0 0

Total 161 160 158 7 7 8 4,3 4,4 5,1

Para as variáveis sociodemográficas estado civil e raça, entre os servidores divorciados

e pertencentes à raça negra, foi verificada a taxa de 50%, porém nessa categoria há apenas dois

servidores. Maiores taxas foram identificadas em viúvos e brancos (33,30%), maritais e brancos

(20%) e solteiros e negros (18,2%). Seguem resultados na tabela 34.

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Tabela 34 - Associação entre as variáveis estado civil e raça, e taxas de LTS do ICA VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL RAÇA Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Branca 269 276 260 20 16 22 7,4 5,8 8,5

Amarela 1 2 2

0 0 0

Indígena 1 1 1

0 0 0

Não informado 4 0 0

0

Negra 10 10 10 1 0 0 10 0 0

Parda 4 4 4

0 0 0

Divorciado

Branca 44 44 45 7 8 5 15,9 18,2 11,1

Não informado 2 0 0

0

Negra 2 2 2 1 0 1 50 0 50

Parda 1 1 2 0 1 0 0 100 0

Marital Branca 26 26 25 1 3 5 3,8 11,5 20

Negra 1 1 1

0 0 0

Não informado

2 Separado jud. Branca 19 20 19 2 3 2 10,5 15 10,5

Solteiro

Branca 161 179 168 15 10 10 9,3 5,6 6

Amarela 0 0 0 Indígena 1 0 0

0 Não informado 3 0 0

0

Negra 13 11 11 0 2 2 0 18,2 18,2

Parda 10 11 10

0 0 0

União estável Parda 0 0 1 0 0 1

Viúvo Branca 5 4 6 2 2 2 40 50 33,3

Total 579 592 567 49 45 50 8,5 7,6 8,8

Então foram avaliadas as variáveis ocupacionais área de atuação, função executada e

tempo de serviço, tabelas 35, 36 e 37, respectivamente. Considerando-se a área de atuação dos

servidores lotados no ICA, de acordo com a tabela 35, as maiores taxas de LTS, em decorrência

de TMC, foram verificadas nas áreas de diagnóstico (12,5%) e de enfermagem (10,6%).

Tabela 35 - Distribuição dos servidores segundo a área de atuação e respectivas taxas de LTS do ICA VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ÁREA DE

ATUAÇÃO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Área administrativa 78 79 76 3 3 6 3,8 3,8 7,9

Área de enfermagem

350

361

348

38

38

37

10,9

10,5

10,6

Área operacional 51 48 41 5 2 3 9,8 4,2 7,3

Áreas afins à médica

11

16

16

0

0

3

0

0

19

Área de diagnóstico 7 8 8 1 2 1 14,3 25,0 12,5

Área médica 78 76 74 2 0 0 2,6 0,0 0,0

Área de

gerenciamento 4 4 4 0 0 0 0,0 0,0 0,0

Total 579 592 567 49 45 50 8,5 7,6 8,8

E para a função executada assistente social (50%), farmacêutico (33,3%), auxiliar de

enfermagem (20%) e agente em atividades administrativas (16,7%), foram as funções que

apresentaram maiores prevalências de afastamento, por TMC, nesta instituição hospitalar. É

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importante observar o número de servidores em cada grupo para tecer mais considerações a

respeito (vide tabela 36).

Tabela 36 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de LTS do ICA

VARIÁVEL OCUPACIONAL

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Função executada Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Administrador 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Agente de serviços gerais 45 42 36 5 2 3 11,1 4,8 8,3

Agente em atividades

administrativas 6 6 6 0 0 1 0,0 0,0 16,7

Agente de manutenção 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Assistente social 5 6 6 0 0 3 0 0 50,0

Atendente de saúde pública 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Auxiliar de enfermagem 40 42 40 11 9 8 27,5 21,4 20,0

Auxiliar de laboratório 1 1 0 1 1 0 100,0 100,0

Auxiliar de serviços

hospitalares e assistenciais 21 19 17 2 2 2 9,5 10,5 11,8

Enfermeiro 69 69 62 5 7 7 7,2 10,1 11,3

Farmacêutico 2 3 3 0 1 1 0 33,3 33,3

Físico 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Fisioterapeuta 4 7 7 0 0 0 0 0 0

Médico 78 76 74 2 0 0 2,6 0 0

Motorista 4 4 3 0 0 0 0 0 0

Nutricionista 1 2 2 0 0 0 0 0 0

Pedreiro 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Profissional de educação física 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Técnico de radiologia e imagem 4 4 5 0 0 0 0 0 0

Técnico em atividades

administrativas 70 71 68 3 3 5 4,3 4,2 7,4

Técnico em enfermagem 219 230 228 20 20 20 9,1 8,7 8,8

Gestor 4 4 4 0 0 0 0 0 0

Total 579 592 567 49 45 50 8,5 7,6 8,8

De acordo com as faixas do tempo de serviço dos servidores do ICA, foi observada

maior prevalência de TMC na segunda faixa - de 4 a 14 anos, período que vai até cerca da

metade da vida funcional do servidor, com 11,3%. A segunda maior taxa foi identificada na

primeira faixa, até três anos (período de estágio probatório), 9,0% (tabela 37).

Tabela 37 - Distribuição dos servidores segundo a faixa de tempo de serviço e taxas de LTS do

ICA VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

TEMPO DE

SERVIÇO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

<=3 189 210 200 7 16 18 3,7 7,6 9,0

4 - 14 anos 203 207 213 26 19 24 12,8 9,2 11,3

15 - 24 anos 87 77 48 7 6 4 8,0 7,8 8,3

25 a 35 anos 95 94 101 7 3 4 7,4 3,2 4,0

36+ 5 4 5 2 1 0 40,0 25,0 0,0

Total 579 592 567 49 45 50 8,5 7,6 8,8

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Ao associarmos a variável do laudo - grupo de psicopatologias (CID-10 Capítulo V –

Transtornos mentais comportamentais), à variável sociodemográfica sexo (2016), assim como

no HHG, HHS e HNR, no ICA os grupos de psicopatologias mais prevalentes para o sexo

feminino foram o grupo de transtornos do humor (CID-10 F30 a F39), com 3,4% e o grupo dos

transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes

(CID-10 F40 a F48), com 6,6%. Já para o sexo masculino o grupo de psicopatologia mais

prevalentes foi o grupo de transtornos do humor (CID-10 F30 a F39), com 3,8% de taxa de

prevalência. Vide tabela 38.

Tabela 38 – Associação entre o grupo de psicopatologia e o sexo do ICA VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO* MASCULINO**

Grupo de psicopatologias

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 COD. NOMENCLATURA

F10-F19

Transtornos mentais e

comportamentais devidos ao

uso de substância psicoativa

2 1 1 0,5 0,2 0,2 1 1 1 0,6 0,6 0,6

F30-F39 Transtornos do humor

(afetivos) 26 16 14 6,2 3,7 3,4 6 3 6 3,7 1,9 3,8

F40-F48

Transtornos neuróticos,

transtornos relacionados

com o 'stress' e transtornos

somatoformes

13 20 27 3,1 4,6 6,6 0 3 1 0 1,9 0,6

F50-F59

Síndromes comportamentais

associadas a disfunções

fisiológicas e a fatores físicos

1 1 0 0,2 0,2 0

Total 42 38 42 10 8,8 10,3 7 7 8 4,3 4,4 5,1

* Servidores lotados: 418(2014); 432(2015); 409(2016);

** Servidores lotados: 161(2014); 160(2015); 158(2016).

Quanto à psicopatologia especificamente (CID-10 Capítulo V – Transtornos mentais

e comportamentais e comportamentais), associada à variável sociodemográfica sexo. No sexo

feminino o transtorno misto ansioso e depressivo foi a psicopatologia mais prevalente (1,5%),

seguida pelo transtorno ansioso não especificado (1,2%) e pelos transtornos de adaptação

(1,2%), e pela reação não especificada a um “stress” grave (1,0%). No sexo masculino o

episódio depressivo moderado foi o TMC mais prevalente (1,3%). Vide tabela 39 abaixo.

Tabela 39 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do ICA VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO MASCULINO

Nome da psicopatologia

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Ansiedade generalizada 1 2 2 0,2 0,5 0,5 0 0 1 0 0 0,6

Episódio depressivo grave sem sintomas

psicóticos 4 3 1 11 0,7 0,2

Episódio depressivo leve 1 0 0 0,2 0 0

Episódio depressivo moderado 3 1 1 0,7 0,2 0,2 1 1 2 0,6 0,6 1,3

Episódio depressivo não especificado 9 3 2 2,2 0,7 0,5 2 0 0 1,2 0 0

Fatores psicológicos ou

comportamentais associados a doença ou

a transtornos classificados em outra

parte

1 0 0 0,2 0 0

(continua)

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33

(continuação) Tabela 39 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS

do ICA VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO MASCULINO

Nome da psicopatologia

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Reação aguda ao “stress” 1 2 1 0,2 0,5 0,2 Reação não especificada a um "stress" grave 4 3 4 1 0,7 1 0 1 0 0 0,6 0

Transtorno afetivo bipolar não especificado 1 1 1 0,2 0,2 0,2

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

hipomaníaco 1 0 0 0,6 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo grave com sintomas psicóticos 0 0 1 0 0 0,6

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo grave sem sintomas psicóticos 1 0 0 0,2 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

depressivo leve ou moderado 0 1 1 0 0,2 0,2 0 1 1 0 0,6 0,6

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

maníaco sem sintomas psicóticos 0 0 1 0 0 0,2 0 0 1 0 0 0,6

Transtorno afetivo bipolar, episódio atual

misto 1 0 1 0,2 0 0,2 1 0 0 0,6 0 0

Transtorno afetivo bipolar não especificado 1 1 1 0,6 0,6 0,6

Transtorno ansioso não especificado 0 1 5 0 0,2 1,2

Transtorno de pânico [ansiedade paroxística

episódica] 1 2 3 0,2 0,5 0,7

Transtorno depressivo recorrente sem

especificação 1 1 3 0,2 0,2 0,7

Transtorno depressivo recorrente, episódio

atual grave sem sintomas psicóticos 2 1 1 0,5 0,2 0,2

Transtorno depressivo recorrente, episódio

atual moderado 3 4 2 0,7 0,9 0,5

Transtorno do humor [afetivo] não

especificado 0 1 0 0 0,2 0

Transtorno fóbico-ansioso não especificado 0 0 1 0 0 0,2

Transtorno misto ansioso e depressivo 5 8 6 1,2 1,9 1,5 0 1 0 0 0,6 0

Transtornos de adaptação 1 2 5 0,2 0,5 1,2 0 1 0 0 0,6 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de álcool – transtorno mental

ou comportamental não especificado

1 0 0 0,6 0 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de opiáceos –síndrome de

dependência

1 1 1 0,2 0,2 0,2

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de opiáceos – transtorno

mental ou comprtamental não-especificado

1 0 0 0,2 0 0

Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de

outras substâncias psicoativas – intoxicação

aguda

0 1 1 0 0,6 0,6

Transtornos mentais e comportamentais leves

associados ao puerpério não classificados em

outra parte

0 1 0 0 0,2 0

Total 42 38 42 10 8,8 10,3 7 7 8 4,3 4,4 5,1

* Servidores lotados: 418(2014); 432(2015); 409(2016);

** Servidores lotados: 161(2014); 160(2015); 158(2016).

O custo anual das LTS, por TMC (CID-10 Capítulo V), decorrente apenas do

pagamento de salários dos servidores do ICA afastados, pagos pelo Estado de Santa Catarina,

nos três anos analisados, foi de R$787.068,12.

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34

Tabela 40 – Custo anual e custo total (referente aos três anos pesquisados) do ICA CUSTO ANUAL CUSTO TOTAL EM TRÊS ANOS

(2014 a 2016) 2014 2015 2016

293.107,20 215.830,18 278.130,74 787.068,12

2.5 - Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ)

2.5.1 – Breve histórico

O hospital Colônia Santana foi inaugurado em 10 de novembro de 1941, no município

de São José (SC). Distante 25 km de Florianópolis, seguiu o modelo instituído pelo psiquiatra

Philippe Pinel, na França. Em 1996 no lugar da antiga instituição, foi criado o Instituto de

Psiquiatria do estado de Santa Catarina (IPQ). Ao longo de mais de sete décadas, o hospital

construiu uma história que acompanhou o desenvolvimento político assistencial em saúde

mental, passando de uma trajetória de segregação e superlotação para se transformar na

atualidade em uma moderna instituição. Atualmente, o Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina - IPQ é referência em atendimento psiquiátrico no estado. Possui cerca de 160 leitos para

internação de pacientes em emergência psiquiátrica, além do Centro de Convivência Santana

(CCS) para pacientes remanescentes do antigo Hospital Colônia Sant’Ana. São atendidos

pacientes crônicos e agudos, dos quais em torno de 40% moram na local (SESSC, 2017d).

2.5.2 – LTS por TMC no IPQ

A seguir serão apresentadas as análises referentes às LTS por TMC no IPQ,

considerando-se as variáveis sociodemográficas: sexo, estado civil, raça, nível de formação (ou

escolaridade) e idade (em faixas) (tabela 41). Para a variável sexo, o sexo feminino apresentou

taxa de 12,6% e o sexo masculino de 8,3%.

Quanto ao estado civil as maiores prevalências foram encontradas: nos servidores que

declararam relação marital e nos viúvos, ambas categorias com 20,0%. Com relação à raça a

maior prevalência foi encontrada na raça negra (28,6%) e para o nível de formação, as maiores

taxas concentram-se no ensino fundamental (20,0%), e na graduação (12,1%), categorias que

incluem servidores com formação bastante diferenciada. Nesta instituição, de modo geral, as

prevalências aumentaram com o progresso da idade (tabela 41), sendo a mais alta delas relativa

ao grupo dos servidores pertencentes à ultima faixa de idade (60 anos ou mais).

Tabela 41 – Distribuição dos servidores segundo as variáveis sociodemográficas e respectivas

taxas de LTS do IPQ

VARIÁVEIS

SOCIODEMOGRÁFICAS

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Servidores lotados* Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

SEXO Feminino 220 222 215 20 18 27 9,1 8,1 12,6

Masculino 206 198 181 13 15 15 6,3 7,6 8,3

ESTADO

CIVIL

Casado 250 244 232 15 17 17 6,0 7,0 7,3

Divorciado 23 22 22 3 1 2 13,0 4,5 9,1

Marital 26 26 25 4 3 5 15,4 11,5 20,0

Não informado 1 0 0 0 0 0 0

ESTADO DE SANTA CATARINA

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35

ESTADO

CIVIL

(continuação)

Separado

Judicialmente 29 29 24 2 4 4

6,9 13,8 16,7

Solteiro 91 94 88 9 8 13 9,9 8,5 14,8

Viúvo 6 5 5 0 0 1 0 0 20,0

RAÇA

Branca 393 393 370 28 28 36 7,1 7,1 9,7

Amarela 0 0 0 0 0 0

Indígena 0 0 0 0 0 0

Não informado 6 0 0 0 0 0 0

Negra 21 22 21 3 5 6 14,3 22,7 28,6

Parda 6 5 5 2 0 0 33,3 0 0

NÍVEL DE

FORMAÇÃO

Ensino

fundamental

73 68 60 7 4 12 9,6 5,9 20,0

Ensino médio 107 102 93 6 9 9 5,6 8,8 9,7

Profissionalizante 140 142 134 16 17 15 11,4 12,0 11,2

Graduação 33 32 33 2 2 4 6,1 6,3 12,1

Pós-graduação 73 76 76 2 1 2 2,7 1,3 2,6

IDADE

(FAIXAS)

<=19 0 0 0 0 0 0

20 - 29 5 5 3 0 0 0 0 0 0

30 - 39 58 59 52 6 4 4 10,3 6,8 7,7

40 - 49 149 134 115 14 12 12 9,4 9,0 10,4

50 - 59 183 187 187 11 15 19 6,0 8,0 10,2

60 + 31 35 39 2 2 7 6,5 5,7 17,9

Total 426 420 396 33 33 42 7,7 7,9 10,6

Em seguida foram avaliadas as associações entre as variáveis: estado civil e sexo; raça

e sexo e estado civil e raça, tabelas 42, 43 e 44 respectivamente. Considerando-se as variáveis

sociodemográficas estado civil e sexo, para o sexo feminino a maior taxa foi encontrada entres

as servidoras que declararam relação marital (23,5%), seguida pelas servidoras solteiras

(19,1%).

Tabela 42 – Associação entre as variáveis estado civil e sexo, e taxas de LTS do IPQ VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Feminino

120 119 119 8 9 11 6,7 7,6 9,2

Divorciado 16 15 14 2 0 0 12,5 0 0

Marital 17 17 17 4 3 4 23,5 17,6 23,5

Não informado 1 0 0 0

Separado

Judicialmente 16 16 14 1 2 2 6,3 12,5 14,3

Solteiro 46 51 47 5 4 9 10,9 7,8 19,1

Viúvo 4 4 4 0 0 0

Total 220 222 215 20 18 27 9,1 8,1 12,6

Casado

Masculino

130 125 113 7 8 6 5,4 6,4 5,3

Divorciado 7 7 8 1 1 2 14,3 14,3 25,0

Marital 9 9 8 0 0 1 0 0 12,5

Separado

Judicialmente

13 13 10 1 2 2 7,7 15,4 20,0

Solteiro 45 43 41 4 4 4 8,9 9,3 9,8

Viúvo 2 1 1 0 0 1 0 0 100,0

Total 206 198 181 13 15 16 6,3 7,6 8,8

Na associação entre raça e sexo tanto para o sexo feminino, quanto para o sexo

masculino, as maiores prevalências de LTS por TMC foram identificadas na raça negra, 25,0%

e 40,0% respectivamente (tabela 43).

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Tabela 43 - Associação entre as variáveis raça e sexo, e respectivas taxas de LTS do IPQ VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

RAÇA SEXO Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Branca

Feminino

199 203 197 17 14 23 8,5 6,9 11,7

Não informado 3 0 0 0

Negra 16 17 16 3 4 4 18,8 23,5 25,0

Parda 2 2 2 0 0 0

Total 220 222 215 20 18 27 9,1 8,1 12,6

Branca

Masculino

194 190 173 11 14 13 5,7 7,4 7,5

Não informado 3 0 0 0

Negra 5 5 5 0 1 2 0 20,0 40,0

Parda 4 3 3 2 0 0 50,0 0 0

Total

Para as variáveis sociodemográficas estado civil e raça, em 2016, conforme a tabela 44,

os servidores negros apresentaram as mais altas prevalências de TMC para todas as

classificações de estado civil identificadas.

Tabela 44 - Associação entre as variáveis estado civil e raça, e taxas de LTS do IPQ VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ESTADO CIVIL RAÇA Servidores lotados

Afastados por LTS

total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Casado

Branca 240 236 225 13 15 16 5,4 6,4 7,1

Não informado 2 0 0 0 0 0 0

Negra 6 6 5 2 2 1 33,3 33,3 20,0

Parda 2 2 2 0 0 0 0 0 0

Divorciado Branca 22 21 21 3 1 2 13,6 4,8 9,5

Negra 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Marital

Branca 25 25 23 4 3 4 16,0 12,0 17,4

Negra 0 0 1 0 0 1 100,0

Parda 1 1 1 0 0 0 0 0 0

Separado

judicialmente

Branca 25 25 21 2 3 2 8,0 12,0 9,5

Negra 4 4 3 0 1 2 0 25,0 66,7

Solteiro

Branca 75 81 75 6 6 11 8,0 7,4 14,7

Não informado 3 0 0 0

Negra 10 11 11 1 2 2 10,0 18,2 18,2

Parda 3 2 2 2 0 0 66,7 0 0

Não informado Não informado 1 0 0 0 0 0 0

Viúvo Branca 6 5 5 0 0 1 0 0 20,0

Nota: constam na tabela apenas as categorias para as quais havia sujeitos.

Em seguida foram avaliadas as variáveis ocupacionais área de atuação, função

executada e tempo de serviço, tabelas 45, 46 e 47, respectivamente. Considerando-se a área de

atuação dos servidores lotados no IPQ, em 2016, de acordo com a tabela 45 a maior taxa de

LTS, em decorrência de TMC foi verificada nas áreas de enfermagem (12,7%) e operacional

(11,6%) (vide tabela 45).

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Tabela 45 - Distribuição dos servidores segundo a área de atuação e respectivas taxas de LTS do IPQ VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

ÁREA DE

ATUAÇÃO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Área administrativa 36 37 33 1 2 2 2,8 5,4 6,1

Área de enfermagem 171

169

157

20

19

20

11,7

11,2

12,7

Área operacional 169 164 155 10 11 18 5,9 6,7 11,6

Áreas afins à médica 18

20

22

1

0

1

5,6

0

4,5

Área de diagnóstico 2 3 5 0 1 0 0 33 0

Área médica 24 23 21 1 0 1 4 0 5

Área de

gerenciamento

6 4 3 0 0 0 0 0 0

Total 426 420 396 33 33 42 7,7 7,9 10,6

Para a função executada as funções de cozinheiro e telefonista tiveram a mesma

prevalência, 20,0%, seguidas pela função de auxiliar de enfermagem (16,7%) e agente de

serviços gerais (13,4%) (vide tabela 46).

Tabela 46 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de LTS do IPQ

VARIÁVEL OCUPACIONAL

ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

Função executada Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Agente de serviços gerais 130 127 119 9 10 16 6,9 7,9 13,4

Agente em atividades

administrativas 1 1 1

0 0 0

Agente de manutenção 3 3 3

0 0 0

Assistente social 8 8 9 1 0 1 12,5 0 11,1

Auxiliar de enfermagem 34 35 36 6 4 6 17,6 11,4 16,7

Auxiliar de laboratório

Auxiliar de serviços

hospitalares e assistenciais 58 55 44 7 9 7 12,1 16,4 15,9

Caldeireiro 1 1 1

0 0 0

Carpinteiro 2 1 1

0 0 0

Costureiro 2 2 2

0 0 0

Cozinheiro 5 5 5 0 1 1 0 20,0 20,0

Eletricista 4 4 4

0 0 0

Encanador 3 3 3

0 0 0

Enfermeiro 23 23 22 0 1 2 0 4,3 9,1

Farmacêutico 1 1 2 0 1 0 0 100,0 0

Fisioterapeuta 1 2 3

0 0 0

Marceneiro 1 1 0

0 0

Médico 24 23 21 1 0 1 4,2 0 4,8

Motorista 7 7 7

0 0 0

Nutricionista 1 2 2

0 0 0

Padeiro 1 1 1

0 0 0

Pedagogo 2 2 3 1 0 0 50,0 0 0

Pedreiro 2 1 1 1 0 0 50,0 0 0

Profissional de educação física 3 3 3

0 0 0

Psicólogo 1 2 1

0 0 0

Técnico de radiologia e imagem 1 2 2

0 0 0

(continua)

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(continuação) Tabela 46 - Distribuição dos servidores segundo a função executada e respectivas taxas de

LTS do IPQ

Técnico em atividades

administrativas

31 31 27 0 2 2 0 6,5 7,4

Técnico em enfermagem 56 56 55 7 5 5 12,5 8,9 9,1

Técnico em informátiva 1 1 1

0 0 0

Técnico em laboratório 0 0 1

0

Telefonista 5 5 5 0 0 1 0 0 20,0

Terapeuta ocupacional 3 3 3

0 0 0

Gestor 6 4 3

0 0 0

Total 426 420 396 33 33 42 7,7 7,9 10,6

De acordo com as faixas de tempo de serviço dos servidores do IPQ, foi observada

maior prevalência de TMC na última faixa (36+), seguida pela segunda faixa - de 4 a 14 anos,

período que vai até cerca da metade da vida funcional do servidor; com 12,3% (tabela 47).

Tabela 47 - Distribuição dos servidores segundo a faixa de tempo de serviço e taxas de LTS do

IPQ VARIÁVEL

OCUPACIONAL ANOS, QUANTITATIVOS E TAXAS

TEMPO DE

SERVIÇO

Servidores lotados Afastados por LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

<=3 33 29 24 2 2 0 6,1 6,9 0,0

4 - 14 anos 95 103 106 10 7 13 10,5 6,8 12,3

15 - 24 anos 111 107 86 8 7 5 7,2 6,5 5,8

25 a 35 anos 167 156 148 10 15 17 6,0 9,6 11,5

36+ 20 25 32 3 2 7 15,0 8,0 21,9

Total 426 420 396 33 33 42 7,7 7,9 10,6

Ao associarmos a variável do laudo - grupo de psicopatologias (CID-10 Capítulo V –

Transtornos mentais comportamentais), à variável sociodemográfica sexo (2016), assim como

nas demais instituições hospitalares pesquisadas os grupos de psicopatologias mais prevalentes

para ambos os sexos foram o grupo de transtornos do humor - CID-10 F30 a F39 (feminino com

8,4% e masculino 4,4%) e o grupo dos transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o

“stress” e transtornos somatoformes - CID-10 F40 a F48 (feminino com 4,4% e masculino com

1,7% de taxa de prevalência). Vide tabela 48.

Tabela 48 – Associação entre o grupo de psicopatologia e o sexo do IPQ VARIÁVEL DO LAUDO FEMININO MASCULINO

Grupo de psicopatologias

Afastados por

LTS total

Taxas LTS total

%

Afastados por

LTS total Taxas LTS total %

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 COD. NOMENCLATURA

F10-F19

Transtornos mentais e

comportamentais devidos ao

uso de substância psicoativa

0 1 1 0 0,5 0,5 4 0 2 1,9 0 1,1

F30-F39 Transtornos do humor

(afetivos) 11 13 18 5 5,9 8,4 3 10 8 1,5 5,1 4,4

F40-F48

Transtornos neuróticos,

transtornos relacionados com

o 'stress' e transtornos

somatoformes

9 4 8 4,1 1,8 3,7 6 5 3 2,9 2,5 1,7

Total 20 18 27 9,1 8,1 12,6 13 15 15 6,3 7,6 8,3

* Servidores lotados: 220(2014); 222(2015); 215(2016);

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** Servidores lotados: 206(2014); 198(2015); 181(2016).

Quanto à psicopatologia especificamente (CID-10 Capítulo V – Transtornos mentais e

comportamentais e comportamentais), associada à variável sociodemográfica sexo. No sexo

feminino o episódio depressivo não especificado foi a psicopatologia mais prevalente (2,8%).

No sexo masculino o episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos foi o TMC mais

prevalente (0,6%).

Tabela 49 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS do ICA

Nome da psicopatologia

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

Afastados por LTS

total

Taxas LTS total

%

2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016

Ansiedade generalizada 1 1 0 0,5 0,5 0

Episódio depressivo não especificado 3 3 6 1,4 1,4 2,8 0 1 2 0 Episódio depressivo grave sem sintomas

psicóticos 2 2 0 0,9 0,9 0 0 2 1 0 1 0,6

Episódio depressivo moderado 2 3 4 0,9 1,4 1,9 0 2 1 0 1

Transtorno depressivo recorrente sem

especificação 0 0 1 0 0 0,5 0 2 1 0 1

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual moderado 2 2 0 0,9 0,9 0 2 1 1 1

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave com sintomas

psicóticos

0 1 0 0 0,5 0

Transtorno depressivo recorrente,

episódio atual grave sem sintomas

psicóticos

1 0 3 0,5 0 1,4 0 0 2 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual depressivo grave com sintomas

psicóticos

0 0 1 0 0 0,5

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual misto 0 1 2 0 0,5 0,9

Transtorno afetivo bipolar, episódio

grave sem sintomas psicóticos 0 1 0 0 0

Transtorno afetivo bipolar, episódio

atual maníaco com sintomas psicóticos 0 1 1 0 0,5 0,5

Outros transtornos afetivos bipolares 1 0 0 0,5 0 0

Transtorno do humor [afetivo] não

especificado 0 1 0 0 0

Transtorno afetivo bipolar não

especificado 1 0 0 0,5 0 0

Outros transtornos ansiosos mistos 0 0 1 0 0 0,5

Reação aguda ao “stress” 0 0 2 0 0 0,9

Reação não especificada a um "stress"

grave 4 1 1 1,8 0,5 0,5 3 0 2 0

Transtorno de pânico [ansiedade

paroxística episódica] 1 0 0 0,5 0 0

Transtorno ansioso não especificado 1 1 0 0,5 0,5 0 1 0 1 0,5 0 Transtorno misto ansioso e depressivo 2 1 2 0,9 0,5 0,9 0 2 1 0 1

Transtornos de adaptação 1 0 2 0,5 0 0,9 1 3 1 0,5 Transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de álcool - transtorno

mental ou comportamental não

especificado

1 0 0 0,5 0 0

(continua)

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(continuação) Tabela 49 – Associação entre sexo e psicopatologia e respectivas taxas de LTS

do ICA Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool

– uso nocivo para a saúde 0 1 0 0 0,5 0 1 0 1 0,5 0

Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool -

síndrome de dependência 0 0 1 0 0

Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de

cocaína – síndrome de dependência 1 0 0 0,5 0 0

Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de

múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas -

transtorno mental ou comportamental não especificado

1 0 0 0,5 0 0

Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de

múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas –

síndrome de dependência

0 0 1 0 0 0,5

Total 20 18 27 9,1 8,1 12,6 13 15 15 6,3 7,6 8,3

* Servidores lotados: 220(2014); 222(2015); 215(2016);

** Servidores lotados: 206(2014); 198(2015); 181(2016).

O custo anual das LTS, por TMC (CID-10 Capítulo V), decorrente apenas do

pagamento de salários dos servidores do ICA afastados, pagos pelo Estado de Santa Catarina,

nos três anos analisados, foi de R$968.180,25.

Tabela 50 – Custo anual e custo total (referente aos três anos pesquisados) do ICA CUSTO ANUAL CUSTO TOTAL EM TRÊS ANOS

(2014 a 2016) 2014 2015 2016

R$275.096,17 R$ 296.384,58 R$396.699,49 R$968.180,25

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Referências:

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