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UMA HISTÓRIA DE COOPERAÇÃO REVISTA N o 70 • ABRIL/MAIO 2008 PERDIGÃO-JAPÃO

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Uma história de cooperação

REVISTA No 70 • AbRIl/MAIO 2008

perdigão-Japão

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rio

2 Perdigão HoJe

A Perdigão percorreu uma longa trajetória para conquis-

tar espaço entre as líderes brasileiras – e atualmente

do mundo – na produção de carnes de aves e suínos.

O mesmo caminho está sendo trilhado para chegar

à linha de frente do setor de lácteos, mas num prazo bem mais

rápido. O mais recente passo, nessa direção, foi a compra da

tradicional Cotochés, realizada no início de abril.

Nos primeiros meses de 2006, a empresa concluiu um

plano de metas com um horizonte que se estende até 2020.

A estratégia previa a diversificação dos negócios, reduzindo a

concentração em uma única atividade, para dar suporte a um

ritmo acelerado de expansão e, em menor escala, diluir riscos

contra as oscilações dos mercados, no Brasil e no exterior.

O principal alvo escolhido foi o mercado de lácteos,

pelas excelentes oportunidades que oferece. A demanda por

leite no mundo cresce entre 3,5% e 4,5%, conforme dados

da ONU (Organização das Nações Unidas), mas a oferta não

tem acompanhado esse ritmo. Também pesou na decisão a

sinergia dos lácteos com o negócio de carnes, especialmente

na área de distribuição, em que a Perdigão conquistou alto

padrão de eficiência.

Em meados de 2006, a aquisição de 51% do controle

da Batávia, marca com forte presença no Sul e vocação

para o segmento de refrigerados, abriu caminho para o

ingresso nesse mercado. Em pouco tempo, os resultados

mostraram que estávamos no caminho certo, mas era preciso

avançar mais rapidamente do que o crescimento orgânico

permitia, e partimos para uma etapa ainda mais ambiciosa.

A incorporação da Eleva, um dos maiores fabricantes do

país, com forte atuação no Sul e Sudeste, consolidou nossa

presença no setor.

Depois disso, vieram a compra da totalidade do controle

da Batávia, os acordos com a CCL, de São Paulo, e com a

CCPL, do Rio de Janeiro, para produção sob encomenda e,

finalmente, a aquisição da mineira Cotochés, instalada na maior

bacia leiteira do país. Em curto

espaço de tempo, a Perdigão

chegou ao topo do mercado

de lácteos, com a mesma de-

terminação de oferecer quali-

dade ao consumidor e manter

excelência no atendimento a

seus clientes.

Da

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osa

Nildemar Secches

Presidente

3 consumoMinha Escolha

4 LácteosNa linha de frente

6 negóciosContagem regressiva

8 cApANa mesa dos japoneses

11 expAnsãoAvanços em Jataí

12 mAto grossoReestruturação

14 gestãoPerto do consumidor

16 pArceriAA campeã do interior

18 Acontecenotícias perdigão

No topo do mercado

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Perdigão HoJe 3

Con

SUM

oopçõessaUdáveis

prodUtoS qUe levarão o Seloos primeiros itens Perdigão que vão utilizar o selo Minha escolha são os alimentos light e os produtos das marcas escolha saudável e Turma da Mônica. na Batavo, farão parte do programa produtos das linhas Bio Fibras, Pense light, Frutier, naturis e vários tipos de leite. Também vão levar o selo as margarinas Becel e Becel Proactiv, da UP alimentos, joint-venture constituída pela Unilever e pela Perdigão. “isso é apenas o começo. a idéia é adaptar, gradativamente, nosso portfólio às normas da Choices”, explica Fay.

perdigão e Batavo aderem a programa que permite ao consumidor fazer escolhas para seu bem-estar

produtos Perdigão e Batavo estão che-

gando às gôndolas dos supermercados

com o selo Minha Escolha, uma ini-

ciativa inédita no mercado brasileiro,

impresso em suas embalagens. A proposta é

identificar alimentos que atendam a limites

adequados de sal, açúcar, gordura saturada e

gordura trans. “O selo, que faz parte de um

programa internacional, expressa nosso com-

promisso com o bem-estar dos consumidores”,

explica José Antônio Fay, diretor geral Negócio

Perdigão. Além da Perdigão, outras duas em-

presas participam do lançamento do programa

no Brasil – Unilever e Nutrimental.

De acordo com a Organização Mundial

da Saúde (OMS), o consumo moderado des-

ses quatro nutrientes, combinado à pratica

de exercícios físicos, não só ajuda a evitar

doenças – como a obesidade, o diabetes e os

problemas cardiovasculares – contribuindo

para a longevidade. Foi isso que fez surgir

o programa Choices – ou Minha Escolha,

na versão para o português –, criado pela

Choices International Foundation, orga-

nização sem fins lucrativos com sede em

Bruxelas, na Bélgica. “A proposta é educar

as pessoas sobre a necessidade de uma

alimentação equilibrada”, explica Chris-

topher Meugnier, membro do conselho

da organização.

Para receber o selo, os produtos

devem seguir padrões definidos pela

Choices e ter sua composição nutri-

cional avaliada por um comitê inde-

pendente. Só são aprovados produtos

que tiverem em sua fórmula níveis

controlados dos quatro nutrientes. “As

indústrias que fazem parte do programa

Minha Escolha vão contribuir de forma pró-

ativa para a melhoria da alimentação dos

brasileiros”, diz Meugnier.

O selo Minha Escolha está estampado

atualmente em cerca de 2 mil produtos, de

mais de 90 empresas – indústrias de alimen-

tos, empresas de food service e varejistas – de

50 países. Elas estão na linha de frente na

busca de soluções para uma dieta alimentar

que possibilite uma vida saudável.

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4 Perdigão HoJe

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teo

S

miNas dá leite

A aquisição da Cotochés, for-

malizada no início de abril,

permitiu à Perdigão incorporar

novas marcas ao portfólio e

reforçar sua atuação no segmento de lác-

teos. A operação consolidou a posição da

companhia entre as líderes brasileiras em

captação de leite, reforçou o primeiro lu-

gar na produção de leite longa vida (UHT)

e abriu espaço para operar na maior bacia

do país. “Minas dá leite”, já dizia uma

velha canção de Noel Rosa.

O investimento foi de R$ 54 milhões,

mais R$ 15 milhões que serão utilizados para

saldar dívidas da empresa. Com as duas uni-

dades de produção da Cotochés, localizadas

em Ravena e Rio Casca, no leste mineiro, a

compra da cotochés permite à perdigão acesso à maior bacia leiteira do país

Perdigão passa a operar plantas de lácteos em

sete estados. Os outros são Rio Grande do

Sul (cinco unidades), Santa Catarina, Paraná,

Goiás, São Paulo e Rio – nos dois últimos, por

meio de produção sob encomenda da CCL e

da CCPL, respectivamente.

“Nossa meta é ter presença forte em to-

dos os grandes mercados”, explica Nelson

Vas Hacklauer, diretor de Novos Negócios.

Com distribuição em seis estados e, princi-

palmente, na Região Metropolitana de Belo

Horizonte – terceiro maior centro consumi-

dor do país, com uma população de cerca

de 5 milhões de habitantes –, a Cotochés

possui um portfólio com mais de 50 itens,

entre leite longa vida, leite em pó, queijos,

manteiga, requeijão, creme de leite, bebi-

das lácteas e iogurtes, que chegam a mais

de 9 mil pontos-de-venda.

Imagem de tradiçãoAlém das unidades de produção,

a Cotochés – nome de uma tribo in-

dígena que vivia na região onde a em-

presa está instalada –, tem um posto de

captação de leite em Teófilo Otoni. A em-

presa mantém uma forte imagem de tradi-

ção – foi criada há 50 anos, mas uma das

UM portfólio aMplo e diverSifiCado

Principais marcas de lácteos da Perdigão

Eleva: elegê, elegê Veg, elegê Yogê, elegê Kids, elegê Balance, santa rosa, Dobon. Yobon, el VaqueroBatavo: Batavo, Bio Fibras, Pense light, Chocomilk, naturis sojaCotochés: Cotochés, Moon lait, Pettilé

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5Perdigão HoJe 5

duas famílias que detinha o seu controle

atua na área de laticínios desde 1897.

A Cotochés produz atualmente cerca de

400 mil litros de leite por dia, volume que a

Perdigão planeja elevar para 600 mil, o que

levaria as unidades a operar com capaci-

dade plena. Para isso, estão previstos investi-

mentos iniciais da ordem de R$ 30 milhões

em projetos de modernização, ampliação

e adequação das unidades aos padrões de

qualidade e segurança alimentar desenvol-

vidos pela Perdigão. A empresa emprega

atualmente cerca de 500 funcionários e gera

aproximadamente 2 mil empregos indiretos.

Uma rede com 8 mil clientesSeus eficientes sistemas de vendas e

distribuição permitiram à Cotochés criar

a CotoChéS eM núMeroS

• Faturamento em 2007 : cerca de r$ 180 milhões• Unidades industriais: ravena e rio Casca, mais um posto de captação em

Teófilo otoni (MG)• Mais de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos• Mais de 8 mil clientes• 9 mil pontos-de-venda• segundo player em volume de vendas de leite em Minas Gerais• Capacidade de processamento de 600 mil litros/dia de leite• Portfólio: queijos, manteiga, requeijão, leite em pó, leite

longa vida, creme de leite, bebidas lácteas e iogurtes

uma base com cerca de 8 mil clientes

e ter presença marcante especialmente

no pequeno e médio varejo, com uma

distribuição baseada em carreteiros. “A

experiência da Perdigão na distribuição

de refrigerados vai ampliar as oportuni-

dades de ingresso da Cotochés em novos

mercados”, analisa Hacklauer.

Além da marca principal, a Coto-

chés também é dona de outras duas

– Moon Lait e Pettilé –, utilizadas em

mercados regionais. A intenção da Per-

digão é manter a marca Cotochés, assim

como Batavo e Eleva. A empresa está

realizando pesquisas de mercado para

identificar a percepção dos consumido-

res em relação a elas e, a partir disso,

buscar um posicionamento mais ade-

quado para cada uma.Planta de Rio Casca: a empresa é a segunda maior produtora de Minas

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6 Perdigão HoJe

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Até meados de maio, a Perdi-

gão começará a captar leite

em Bom Conselho (PE), pri-

meira etapa de um programa

para atender à demanda da unidade de

lácteos que integra o seu mais novo com-

plexo agroindustrial, em fase de cons-

trução na cidade. Quando entrar em

operação, no primeiro trimestre de 2009,

a unidade produzirá leite longa-vida

(UHT), fermentados e iogurtes. O com-

plexo também vai abrigar uma planta

para processamento de carnes.

O leite será captado em proprie-

dades rurais da região, que aderiram

ao programa Fidelizaleite, e industria-

lizado por terceiros, dando a partida

para a etapa pré-operacional do pro-

jeto. “A experiência servirá como um

valioso aprendizado. Com ela, será

possível preparar terreno para o inicio

da produção, com tempo suficiente

para fazer ajustes, caso haja necessi-

dade”, diz Wlademir Paravisi, diretor

geral de Negócios Lácteos.

captação de leite marca a arrancada para implantação do novo complexo, em pernambuco

Estímulo à produçãoA proposta do Fidelizaleite não é ape-

nas garantir matéria-prima para a produ-

ção de lácteos. É, também, incentivar o

aumento da produção, atualmente limi-

tada, apesar da qualidade da bacia leiteira,

uma das melhores do estado. E ainda pro-

mover ganhos de produtividade e redução

nos custos dos produtores. Em paralelo, a

empresa começa a dar andamento a outro

programa, o Integraleite, que vai levar para

o negócio de bovinos seu bem-sucedido

sistema de produção integrada adotado na

criação de aves e suínos.

Fomento à palma (no detalhe) vai melhorar a alimentação do rebanho

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7Perdigão HoJe 7

Máquinas em açãoNa área urbana, a movimentação com o

início das obras do complexo é intensa. As

chuvas provocaram pequeno atraso no cro-

nograma do projeto, mas os serviços de terra-

plenagem estão em fase de conclusão e vão

começar as obras civis, realizadas em ritmo

acelerado para recuperar os dias parados.

Por decisão da Perdigão, em linha com

sua política de estimular os negócios e dar

impulso à economia das regiões onde se

instala, foi dada prioridade a fornecedo-

res do estado e para o pessoal da região

em todas as fases do empreendimento. A

terraplenagem ficou a cargo da Cobrapa,

de Recife, e as obras são executadas pela

Serpal, que subcontratou uma empreiteira

local. Para a instalação de isopainéis, usa-

dos no revestimento, foi fechado contrato

com outra empresa pernambucana, a Dâ-

nica, entre outros exemplos.

No canteiro, os trabalhos são realiza-

dos por mão-de-obra recrutada na comu-

nidade – a previsão é que sejam criados

500 postos na fase de pico das obras. Para

isso, foi instalado um Centro de Recru-

tamento e Seleção de Trabalhadores, em

parceria com a Agência de Trabalho/Sine,

do governo estadual, e a prefeitura.

Qualificação de pessoalPara suprir a falta de capacitação do

pessoal local e abrir oportunidades de tra-

balho no complexo industrial, que deverá

gerar 950 empregos quando estiver ope-

rando com capacidade plena, a Perdigão

estabeleceu um acordo com a unidade

do Sesi (Serviço Social da Indústria) de

Garanhuns, vizinha de Bom Conselho.

Está programada uma série de atividades,

como cursos profissionalizantes: o pri-

meiro deles, para técnico de manutenção,

vai formar 44 profissionais. “Queremos

crescer juntamente com a comunidade

e contribuir para dar mais dinamismo à

economia local”, diz Paravisi.

Fazenda experimentalJá está em formação uma fazenda ex-

perimental, instalada em uma área de 50

hectares, próxima ao complexo, com ob-

jetivo de aumentar a rede de fornecedo-

res, desenvolver melhorias genéticas no

rebanho e estudar as técnicas de manejo

e produção mais adequadas à realidade

do agreste pernambucano.

As fortes chuvas na região, as maio-

res em 25 anos, deverão ajudar a criar

boas condições para a produção de

leite e para um dos primeiros projetos

da fazenda. A iniciativa visa promover

o fomento da palma forrageira, bastante

utilizada no Nordeste para alimentação

do gado, e do milho por meio da difu-

são de técnicas de plantio e métodos de

tratamento de solo. O projeto, realizado

em parceria com órgãos de pesquisa

federais e estaduais, contribuirá para a

geração de renda e redução de custos

nas propriedades rurais.

Terraplenagem: depois da

conclusão dos trabalhos,

vão começar as obras civis

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8 Perdigão HoJe

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Uma história decooperação

na próxima primavera, uma

árvore poderá voltar a co-

lorir de rosa os jardins da

Serp, o clube dos funcio-

nários da Perdigão em Videira (SC). Flor

nacional do Japão, símbolo da felicidade,

a cerejeira não floresce todo ano no Bra-

sil e, quando isso acontece, dura apenas

uma semana. Mas a sakura – seu nome

uma sólida parceria que deu impulso à avicultura brasileira

e abriu para a empresa um dos maiores mercados do mundo

em japonês –, plantada há 20 anos, é o

símbolo de uma longa parceria firmada

entre a Perdigão e o Japão, que ganha este

ano significado especial. Em junho, o país

comemora o centenário da chegada do

Kasato Maru ao porto de Santos (SP), mar-

cando o início da imigração japonesa.

Ao longo desses 100 anos, os japo-

neses passaram a fazer parte da vida do

Brasil. Hoje, estima-se que seus descen-

dentes sejam mais de 1,5 milhão e muitos

deles fazem parte do quadro de profissio-

nais da Perdigão É a maior comunidade

japonesa fora do Japão. Os descendentes

das famílias que desembarcaram do Ka-

sato Maru e dos que vieram depois em-

prestaram importante contribuição para o

desenvolvimento do país.

Junho de 1908: o primeiro navio com

imigrantes japoneses chega ao porto de Santos

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9Perdigão HoJe 9

a finalidade de aumentar as exportações

de frangos para o mercado nipônico. “Os

laços fraternos plantados entre os homens

trazem sempre a esperança de belos fru-

tos”, ficou registrado na placa colocada

ao lado da árvore.

A sociedade se desfez, mas os víncu-

los com o Japão e com a Mitsubishi, ainda

hoje um dos principais clientes, permane-

cem e são cada vez mais estreitos. O Bra-

sil é o país que mais exporta frangos para

o mercado japonês e a Perdigão está entre

os líderes em fornecimento. Mas a história

que levou a essa conquista começou bem

antes. Três décadas atrás, o Japão procu-

rava fontes alternativas para a importação

de frangos, nessa época concentrada nos

Estados Unidos e na Tailândia. Os produ-

tores brasileiros, por sua vez, enfrentavam

o desafio de reduzir a dependência em

relação às vendas de aves in natura, pre-

feridas no Iraque, seu grande mercado

naquele momento, investindo na oferta

de cortes especiais, justamente os que os

japoneses buscavam.

Cortes especiaisDessa soma de interesses nasce-

riam grandes negócios. Em busca de

novos mercados, equipes da Perdigão

passaram a visitar clientes no Japão. A

primeira grande oportunidade chegou

com um pedido de amostras de diversos

tipos de cortes, especialmente de co-

xas, que trouxeram dificuldades para o

pessoal da produção, por seu volume e

complexidade. Os primeiros embarques

não foram bem recebidos por causa dos

rigorosos padrões de classificação exigi-

dos pelos japoneses

Mesmo assim, foram fechados os pri-

meiros contratos, de pequenos volumes,

com uma trading, a Nissho Iwai, lembra

Nilton Weber, gerente de vendas mer-

cado Japão. O ano era 1985 e a Perdigão

abria uma nova e importante frente de

negócios. A empresa evoluiu na adap-

tação às normas – o que exigiu grandes

esforços de mudanças na produção, no

abate e na criação –, e foi, aos poucos,

aumentando as vendas.

A avicultura é um exemplo: seu tra-

balho criou novas técnicas que deram

impulso à produção de ovos. Os japone-

ses tornaram Bastos, no interior paulista,

a capital brasileira do ovo, com uma

produção de 4,2 milhões por dia – 48,6

por segundo, de acordo com o livro A

presença japonesa na avicultura brasileira

de exportação, editado pela Associação

Brasileira dos Produtores e Exportadores

de Frango (Abef), em comemoração ao

centenário da imigração.

Liderança em exportaçõesSe os imigrantes japoneses ajudaram

a levar a avicultura brasileira a um novo

patamar, o Japão colaborou para dar a ela

projeção no cenário internacional e a Per-

digão exerceu um papel importante nessa

transformação. A cerejeira de Videira foi

plantada por Toru Aizawa, vice-presidente

da poderosa Mitsubishi Corporation, que

se associou à Perdigão nos anos 80 com

Cerejeira em Videira: símbolo de amizade

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10 Perdigão HoJe

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Mas o grande empurrão veio com a

Mitsubishi, que realizou algumas impor-

tações e, em seguida, demonstrou inte-

resse em ampliar a parceria, por meio

de um contrato de exclusividade por dez

anos. A companhia, uma das maiores do

Japão, investiu no fornecimento de tecno-

logia, passando, em contrapartida, a deter

participação na Perdigão. As unidades de

Capinzal (SC), em especial, e de Marau

(RS) foram reestruturadas, com a instala-

ção de avançados equipamentos e a im-

plantação de programas de formação de

mão-de-obra, para oferecer novos cortes,

mais trabalhados.

Chester® no JapãoEntre as novidades estavam o momiji,

peça composta por coxa e sobrecoxa com

osso e pele; o drumette, a coxinha da asa,

e o peito desossado em metades, com e

sem pele. O pessoal da linha de produção

aprendeu a dar cuidados especiais aos

kakugiri, pedaços de coxa e sobrecoxa

desossados de 20 a 40 gramas, para caber

no bento, espécie de marmita colorida

usada para levar refeições. “Também de-

senvolvemos outros itens especialmente

para o mercado japonês, como cartila-

gens de peito e joelho

de frango”, diz Weber.

Posteriormente, alguns

desses cortes passaram

a ser fornecidos a ou-

tros países.

A readequação das

fábricas envolveu pra-

ticamente todo o pro-

cesso produtivo. “Os

avanços tecnológicos obtidos facilitaram,

mais tarde, a certificação das unidades para

fornecer para outros mercados, tão exigen-

tes quanto o japonês”, avalia Marta Ikeda,

gerente regional Ásia. Atualmente, produtos

Perdigão chegam a mais de 100 paises.

A experiência trouxe ganhos para os

dois lados. A empresa pôde conhecer

melhor os hábitos japoneses. “Tivemos

acesso não só a processos de produção

como também a métodos de gestão, que

ajudaram a criar o programa Qualidade

Total Perdigão, uma das razões do sucesso

da companhia”, diz

Weber. Os japoneses,

por sua vez, aprende-

ram agilidade e capa-

cidade de reagir rapi-

damente a mudanças,

características típicas

dos brasileiros.

Hoje, o Brasil li-

dera as exportações

mundiais de frango, que geram uma receita

anual da ordem de US$ 20 bilhões e em-

pregam cerca de 4,2 milhões de pessoas.

A Perdigão está na linha de frente desse

movimento e continua a ter no Japão um

de seus principais mercados. “Apostamos

no desenvolvimento de novos negócios e

temos grandes expectativas em relação às

importações de carne suína”, diz Marta.

Frangos brasileiros compõem pratos

como o bento, o karaage, o chicken

cutlet, o nugget, e o fried chicken, que

fazem parte do dia-a-dia da culinária do

país do Sol Nascente.Entre os produtos

que fornece atualmente estão cortes

especiais, cortes de frango marinados

e produtos processados de alta tecno-

logia. Um dos destaques é o Chester®,

que foi levado pelos decasséguis, os

brasileiros de origem japonesa que vi-

vem no país. É mais um símbolo da só-

lida parceria entre a Perdigão e o Japão,

que tende a crescer ainda mais. Weber: ganhos para os dois lados

Vista aérea e linha de produção de Capinzal: primeira a fornecer para o Japão

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Perdigão HoJe 11

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oinvestimentosem goiás

r$ 1,1 bilhão vão ampliar a capacidade de produção e a presença da companhia no estado

A capacidade diária de abate da

unidade de Jataí, em Goiás, a

330 quilômetros de Goiânia, vai

dobrar, passando de 70 mil para

140 mil aves. É a primeira fase de um projeto

de expansão que exigirá investimentos de

R$ 165 milhões. O plano inclui a construção

de outra unidade industrial, vizinha à atual,

o que permitirá nova duplicação dos abates,

para 280 mil aves. O quadro de funcionários

também vai aumentar nessa primeira fase, de

400 para 800, com a criação de um segundo

turno. Com a nova fábrica, serão criados

mais 1.100 postos de trabalho, totalizando

cerca de 1.900 empregados.

A planta foi adquirida em 2007, mas desde

2005 já era operada pela Perdigão, por meio de

contrato de produção sob encomenda. Produz

frangos griller – peças inteiras congeladas – e

cortes especiais para exportações e para o

mercado interno. Os principais clientes no

exterior são o Oriente Médio, o Japão e a

África do Sul. Para atender aos países árabes,

os abates são realizados de acordo com ritual

muçulmano, com lâminas especiais e a cabeça

da ave voltada para Meca.

Mais produtores integradosOs investimentos em Jataí são uma das

etapas de um programa que vai ampliar

a presença da Perdigão em Goiás, com

recursos que totalizarão R$ 1,1 bilhão

nos próximos três anos. Desse total, cerca

de R$ 700 milhões serão aplicados pelos

produtores no incremento do sistema de

integração de Jataí e da região em torno

de Rio Verde e Mineiros, os outros dois

complexos da empresa no estado, com

Planta de Jataí: projeto de expansâo vai dobrar o volume de abates

financiamento do Fundo Constitucional

do Centro-Oeste (FCO).

Em Jataí, o núcleo de granjas de aves

ao redor do município vai chegar a 145,

e Mineiros passará a ter 163 módulos de

produção de perus. Em Rio Verde, o nú-

mero de produtores integrados de aves

e suínos chegará a 338. A expansão do

sistema dará suporte aos projetos, alguns já

em andamento, de aumento da capacidade

de produção das unidades industriais.

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12 Perdigão HoJe

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Diretoria regional mato grosso vai reforçar a atuação da empresa em dois estados

qUe mais cresce No Brasil

nascida em Santa Catarina e,

durante muito tempo, con-

centrada nos estados do

Sul, a Perdigão chegou ao

Centro-Oeste no início dos anos 2000,

com a instalação de um grande complexo

industrial em Rio Verde (GO) e, desde

então, fortaleceu sua presença na região.

O marco mais recente da atuação nesse

pedaço do Brasil que cresce quase o do-

bro da média brasileira é a Perdigão Mato

Grosso, agora transformada em diretoria

regional, a quinta da companhia.

“É o resultado de uma rápida expan-

são, que ganhou impulso com as grandes

oportunidades que essa região oferece”,

explica Sidiney Koerich, que está na Per-

digão há 24 anos – passou anteriormente

pelas unidades de Videira, Salto Veloso e

Lages (SC) e Marau (RS) e foi destacado

para comandar a nova diretoria.

DouradosA escalada da Perdigão em Mato

Grosso começou em 2005, com a com-

pra do abatedouro Mary Loise, em Nova

Mutum. Hoje, a empresa mantém diversas

Fábrica da Avipal em Dourados

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13Perdigão HoJe 13

tamos desenvolvendo um projeto que, até

meados de 2008, vai dobrar esse volume”,

informa Sidiney. Para dar suporte ao plano,

a força de trabalho, atualmente com 743

funcionários, passará a contar com 1.600

pessoas. Também está em andamento um

projeto para adequar a planta aos rigorosos

padrões exigidos pelo mercado europeu.

Nova MarilândiaNo início do próximo ano, entrará em

funcionamento um abatedouro de aves

em Nova Marilândia, a 200 quilômetros

de Nova Mutum, com capacidade para

140 mil cabeças por dia. A unidade, que

funcionará como prestadora de serviço,

inaugura uma nova modalidade de negó-

cio: as instalações estão sendo construídas

com investimentos de terceiros, seguindo

as normas de qualidade da Perdigão.

Carente em serviços, como médicos e

bancos, o pequeno município aposta na

avicultura como fonte de renda, idéia que

vai ganhar força com a Perdigão. Além de

trazer dinamismo à economia local, de

acordo com a visão de sustentabilidade da

empresa, o abatedouro vai reduzir custos,

já que atualmente as aves são transporta-

das vivas para Nova Mutum, percorrendo

uma distância grande.

ComunidadesO principal desafio de Sidiney será

consolidar nas novas plantas a cultura de

excelência em produção e de qualidade,

duas das principais marcas da empresa. O

outro será levar o modelo de sustentabi-

lidade e de responsabilidade corporativa

da companhia. É o que já acontece em

Nova Mutum, onde teve início a obra de

terraplenagem de um terreno para cons-

trução de um conjunto habitacional para

funcionários, que irá atenuar o déficit de

moradias na região.

No local, será erguido um condomí-

nio fechado, com 273 casas. O investi-

mento é de R$ 5,1 milhões. A empresa

também investirá mais R$ 350 mil na

construção de uma creche. Em Mirassol

d’Oeste, a Perdigão também construirá

uma creche e um condomínio residencial

e estuda projetos na área da saúde.

operações no estado e uma em Dourados,

no Mato Grosso do Sul, que também fará

parte da nova diretoria regional. Trata-se de

um complexo industrial de aves da antiga

Avipal, hoje Eleva, adquirida pela Perdigão

no final de 2007. A planta é composta por

uma unidade de abates de aves, um incu-

batório e uma fábrica de ração, emprega

1.900 funcionários e é considerada uma

das maiores do estado. A capacidade de

abate é de 150 mil cabeças por dia.

Com mais de 180 mil habitantes, Dou-

rados é a segunda maior cidade do estado

e um importante pólo econômico, com

destaque para a agricultura, pecuária e avi-

cultura. “A chegada da Perdigão vai, com

certeza, ter impacto sobre o movimento

econômico da região”, comenta Sidiney.

Nova MutumReinaugurada em 2007, com inves-

timentos da ordem de R$ 147 milhões,

a planta de Nova Mutum tem registrado

avanços em qualidade e produtividade. O

volume de abates, que era de 40 mil ca-

beças por dia, subiu para 210 mil cabeças

e, até o final do ano, deve atingir 280 mil.

O quadro de funcionários saltou de 430

para 1.950, com perspectiva de aumentar

para 2.450 até dezembro. Nova Mutum

exporta para a Rússia, a África, a América

Latina e o Oriente Médio.

Mirassol d´OesteOutro passo importante em Mato

Grosso foi a compra da unidade industrial

de Mirassol d´Oeste, em 2007, que refor-

çou a atuação no segmento de bovinos,

com o abate de 750 cabeças por dia. “Es-

Mirassol d’Oeste: a empresa avança no negócio de bovinos

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14 Perdigão HoJe

geS

tão

Força para omarketiNg

nos últimos anos, ao longo

de uma trajetória em que

se transformou em uma das

maiores indústrias de alimen-

tos do mundo, a Perdigão criou uma série

de diferenciais competitivos. É reconhe-

cida pela competência em gestão; virou

referência no gerenciamento da cadeia de

produção, das granjas às fabricas, e padrão

companhia quer se aproximar cada vez mais do consumidor

de bom relacionamento com os clientes;

desenvolve produtos de qualidade; adotou

as melhores práticas de governança corpo-

rativa e se tornou modelo em sustentabili-

dade. Agora, a companhia quer fortalecer

sua excelência em marketing.

O objetivo ganhou impulso por di-

versos fatores. Um deles foi o forte cres-

cimento da companhia, que atualmente

mantém um extenso portfólio de produtos.

Outro foi a reestruturação organizacional

que levou à criação de quatro unidades

de negócios – Perdigão, Lácteos, Bovinos

e Internacional –, para dar suporte à ex-

pansão e mais foco em resultados.

O último, e mais importante, é apro-

ximar-se ainda mais do consumidor, a fim

de identificar suas necessidades, com

soluções inovadoras e práticas. Para isso,

acabam de ser criadas três diretorias de

marketing: Perdigão, comandada por Eric

Boutaud; Lácteos, que tem à frente Re-

gina Boschini; e Internacional, liderada

por Rogério Moraes de Oliveira. Os três

executivos já faziam parte do quadro de

profissionais da Perdigão.

Eric é graduado em Administração de

Empresas, com MBA em Administração e

Marketing pela Kellogg Northwestern Uni-

versity, dos Estados Unidos, e ingressou na

Perdigão em 2005. Regina é administradora

de empresas pela Universidade Paulista,

tem pós-graduação em Marketing pela Es-

cola Superior de Propaganda e Marketing

(ESPM), também em São Paulo, e está na

Regina: estratégia para reforçar os ganhos de sinergia

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15Perdigão HoJe 15

tante patrimônio das empresas e um de

seus principais ativos”, diz Eric.

Muitas das marcas da Perdigão são

líderes de mercado e fazem parte da vida

dos brasileiros. É o caso de Chester®, que

se tornou sinônimo da categoria de aves

especiais e é considerado um dos maiores

sucessos de marketing na indústria brasi-

leira de alimentos. Outro exemplo é Do-

riana, que há 17 anos vem sendo a mar-

garina mais lembrada pelos consumidores,

de acordo com o Top of Mind, pesquisa

realizada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Ganhos de sinergia“Em lácteos, a empresa é líder em di-

versas categorias, inclusive leite UHT, onde

trabalha com marcas fortes regionalmente ”,

comenta Regina.

Um de seus desafios no novo cargo será

buscar o posicionamento mais adequado

para as diversas marcas num segmento

em que a empresa reforçou sua atuação,

com a compra da Eleva. “Posicionar cor-

retamente cada uma delas e alinhá-las em

toda estrutura é o nosso grande desafio.

Vamos compor uma estratégia para cons-

truir a correta convivência entre elas.”

Na área internacional, a missão de

Rogério será consolidar a presença da

marca internacional da empresa – Perdix

– nos diversos mercados onde a Perdi-

gão atua. “Continuaremos nosso cresci-

mento no varejo, focando principalmente

mercados receptivos a marcas globais”,

explica. Foi o que aconteceu nos países

do Oriente Médio, onde a marca Perdix

pode ser encontrada nas gôndolas dos

supermercados. Na Rússia, outro caso de

sucesso, a empresa apóia sua marca com

campanhas de mídia e ações promocio-

nais. “Temos planos de levar esse modelo

para outros países”, informa Rogério. “A

aquisição da Plusfood no final de 2007 foi

um importante passo para nossa entrada

no varejo da Europa.”

Na nova dimensão que o marketing

passa a ocupar na Perdigão, uma das

novidades será a possibilidade de ampliar

o território de marcas consagradas, que

podem passar a ser usadas em outras ca-

tegorias. Uma experiência bem- sucedida

aconteceu com Naturis, linha de bebidas

à base de soja, que também emprestou

seu nome para outras categorias, como

sobremesas, alimento sabor iogurte e soja

em grãos. É só um exemplo de como

a empresa planeja utilizar um de seus

principais ativos para ficar cada vez mais

perto do consumidor.

Batávia desde 1998. Rogério graduou-se

em Administração de Empresas, com MBA

pela Fundação Getulio Vargas e Especiali-

zação em Gestão Internacional no INSEAD,

na França. Foi admitido na Perdigão em

2001 como gerente de vendas, e tem expe-

riência de 17 anos na área internacional.

Entre as marcas mais valiosas“Um de nossos desafios será consoli-

dar o trabalho de construção de marcas”,

observa Eric. Só a marca Perdigão foi ava-

liada em R$ 1,4 bilhão, segundo estudo

da consultoria Brand Finance, e está entre

as mais valiosas do Brasil. Como o levan-

tamento foi feito com base no balanço de

2006, anterior, portanto, a importantes

passos da companhia – como a aqui-

sição da Eleva, que reforçou a atuação

em lácteos, entre outras operações –, o

valor atual da marca é consideravelmente

maior. “No cenário empresarial moderno,

as marcas são, cada vez mais, um impor-

Eric: trabalho de construção de marcas

Rogério: aposta em produtos de valor agregado

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16 Perdigão HoJe

par

Cer

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A área de refrigerados é um dos diferenciais competitivos da empresa

na caliFórniaBrasileira

o empresário Antonio Apare-

cido Savegnago, o Toninho,

tem tido bons motivos para

comemorar. A equipe que

preside, o Sertãozinho Futebol Clube, o

“Touro dos Canaviais”, como é chamado

por sua torcida, participou da primeira

divisão do campeonato paulista em 2008,

feito inédito numa história de 64 anos. E

o Savegnago Supermercados, que fundou,

em 1976, com o pai, Aparecido Saveg-

nago, e os irmãos José Carlos e Sebastião

Edson, o Chalin, em Sertãozinho, a 340

quilômetros da capital, conquistou a pri-

meira posição entre as redes do interior

de São Paulo, conforme o último ranking

da Associação Brasileira de Supermerca-

dos (Abras) e já é a 16ª do país.

A Savegnago tem atualmente 19 lo-

jas, em Sertãozinho e nas vizinhas Ribei-

rão Preto, Jardinópolis, Franca e Barretos,

numa das regiões mais ricas de São Paulo,

chamada de Califórnia Brasileira. Ainda

este ano, serão inauguradas mais duas uni-

dades, em São Carlos e em Araraquara. “A

estratégia tem sido inaugurar lojas no cen-

uma das redes paulistas que mais crescem, a savegnago aposta no atendimento e no mix variado

tro e nos bairros mais populosos de muni-

cípios distantes cerca de 100 quilômetros

da sede, em Sertãozinho”, diz Chalin. Para

2009, outras duas cidades estão na mira da

rede: Matão e Jabuticabal.

Encantar os clientesAo longo dos últimos anos, a Savegnago

estabeleceu fortes laços com a Perdigão

e a Batavo. “As duas oferecem qualidade

reconhecida pelo público e estão sempre

inovando”, diz Toninho, que já visitou os

complexos de Videira (SC) e Rio Verde (GO)

para conhecer as instalações industrais. “Os

congelados, em especial, vendem muito

bem e o salame é um item de grande pro-

cura”, diz. O esporte também contribuiu

para estreitar esses vínculos: a Perdigão já

patrocinou a equipe de hóquei sobre patins

da cidade e a Batavo foi a patrocinadora do

“Touro dos Canaviais” em 2007. “Temos

um ótimo relacionamento com a rede, que

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17Perdigão HoJe 17

dos na vizinhança das lojas. São eles que

orientam e mantêm contato com os clien-

tes. Outro importante atrativo é a grande

variedade do mix. “Centrados nos negócios,

os líderes da empresa são abertos à inova-

ção e às novidades, que levam para suas

prateleiras”, afirma Leandro Rogério Bas-

san, gerente de vendas da unidade Bauru.

A rede está construindo um grande

centro de distribuição, com cerca de 20

mil metros quadrados. Lá serão recebi-

das as mercadorias, que chegarão em

carretas e serão transferidas para as lojas,

em caminhões. As novas instalações vão

dar mais eficiência à distribuição, que

hoje é feita pelo fornecedor.

Funcionários e comunidadeA responsabilidade social é uma das

marcas da Savegnago e ela começa em casa.

Uma das medidas mais recentes foi a decisão

de oferecer aos funcionários participação

nos lucros Segundo a empresa, a iniciativa

contribuiu para um aumento significativo na

vendas. “O trabalhador passa a ver o negó-

cio com olhos semelhantes aos do dono e

esse envolvimento resulta em melhorias.”

Duas outras ações, adotadas recen-

temente, mostram a preocupação com a

comunidade. Depois de 15 anos sem ne-

nhum cinema, Sertãozinho ganhou duas

modernas salas, instaladas em uma loja

Savegnago. A rede identificou o problema

e investiu para trazer para a cidade as

emoções e o encantamento da tela grande.

Outra novidade é a Instituição Aparecido

Savegnago, criada em homenagem ao

fundador da empresa, que começará

a funcionar no final deste ano. Já

está programado um curso de mú-

sica para crianças.

se traduz em iniciativas que vão desde um

calendário de ações nos pontos-de-venda

até uma série de atividades”, diz Airton Pe-

trini, diretor nacional de Vendas Batavo.

O que também deu impulso à Sa-

vegnago foram a aquisição de pequenas

empresas e um moderno estilo de ges-

tão. Entre os destaques estão os serviços,

como padarias, novidade que atraiu mais

clientes para as lojas, e a entrega em do-

micilio. “Estamos permanente empenha-

dos em encantar os clientes”, conta Cha-

lin. “O investimento em equipamentos

na área de refrigerados é um dos pontos

marcantes nessa estratégia de conquistar

o consumidor”, analisa Alcione Santin,

diretor nacional de vendas da Perdigão.

Abertura para inovaçõesO atendimento também é um ponto-

chave. O trabalho é feito, em grande parte,

por profissionais da terceira idade, recruta-

São atualmente 19 lojas, instaladas em até 100 quilômetros de Sertãozinho

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18 Perdigão HoJe

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iNclUsão digital

Jovens e adultos de até 30 anos de Bom

Conselho, no agreste pernambucano,

passaram a ter acesso a novas tecnologias

da informação. A Estação de Inclusão Digital,

inaugurada recentemente por iniciativa do

Instituto Perdigão de Sustentabilidade, ofe-

rece cursos de informática para promover

o desenvolvimento profissional e facilitar o

ingresso no mercado de trabalho. A proposta

é preparar a comunidade para os desafios da

nova realidade criada com a instalação de

um complexo agroindustrial na cidade, que

vai exigir mão-de-obra capacitada. Em 2008,

serão formadas duas turmas, beneficiando

cerca de 200 alunos.

O projeto é desenvolvido em parceria

com a Fundação Banco do Brasil e conta

com apoio da IBM e da World Community

Grid, Oi, prefeitura municipal, Universi-

dade de Pernambuco – Campus Garanhuns,

Papa Informática e Associação Nacional

para a Inclusão Digital (Anid).

execUtivo de valor

o presidente da Perdigão, Nilde-

mar Secches, foi eleito Execu-

tivo de Valor, integrando um

grupo de 21 profissionais apontado por

Valor Econômico como os que mais se

destacaram em seus setores no ano ante-

rior. Foi a quarta vez que Secches ficou à

frente no segmento de agronegócios e ali-

mentos. A publicação lembra que, depois

de um ano complicado, como foi 2006,

marcado pela gripe aviária na Ásia e na

Europa, Secches comandou importantes

ações em 2007, como as aquisições da

Eleva, no Brasil, e da Plusfood, no exte-

rior, cumprindo um ambicioso projeto

de expansão, que consolidou a atuação

da Perdigão entre os maiores fabricantes

de alimentos do mundo.

A escolha é feita por um júri integrado

por representantes das mais renomadas

empresas de seleção de executivos do país,

com base em indicadores como imagem

e resultados da companhia, inovação

e crescimento e, ainda, percepção do

mercado sobre cada um dos profissionais

e sobre sua capacidade de gestão.

graNdes contas

m aurício Nerbass Fernandes,

que respondia pela gerência

de Vendas da filial de Curitiba

(PR), foi promovido a gerente nacional

de Grandes Contas. Maurício ingressou

na Perdigão em 1991 e, desde então,

exerceu diversas funções nas áreas

industrial e de vendas. Com formação

em medicina veterinária, tem MBA

em gestão empresarial pela Fundação

Getulio Vargas. “Vamos trabalhar para

a melhoria continua do relacionamento

da empresa com os clientes”, afirma.

Maurício substitui Antonio César Alves

Teixeira, que assume o cargo de gerente

Regional Sul.

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Perdigão HoJe 19

• Evandro José Hister assume a Gerên-cia de Projetos Industriais. Ele deixa a ge-rência industrial da unidade de Mineiros (GO) para a qual foi designado Valter Vi-van Junior, que respondia pela gerência de industrializados em Rio Verde (GO).

• Guilherme Eichner assume a gerência industrial da unidade Cavalhada (RS), da Avipal. Engenheiro de alimentos, é pós-graduado em Tecnologia, Higiene e Produção de alimentos de origem animal e também em Controladoria.

• Gilberto Baú, que ocupava o cargo de supervisor de área na unidade de Marau (RS), passa a responder pela gerência de Rações, que está sendo recriada pela empresa.

• Valdecir Martins foi promovido a ge-rente de compras de grãos sul. A partir de Itajaí, ele vai comandar as unidades de compras de grãos da região Sul e também do Mato Grosso do Sul.

•Cléber Souza Martins é o novo ge-rente de Agropecuária da unidade de Nova Mutum (MT). Cléber já atuou como supervisor da área em Herval D’Oeste (SC) e Rio Verde (GO).

ra

da

rNovo diretor de Finanças e ri

Leopoldo Viriato Saboya é o novo

diretor de Finanças e Relações com

Investidores da Perdigão. Engenheiro

agrônomo, com mestrado em economia

pela Escola Superior de Agricultura Luiz

de Queiroz, da Universidade de São Paulo

(USP), ao longo de sua carreira, acumulou

grande vivência em finanças corporativas,

planejamento estratégico, mercado de

capitais, M&A, budgeting e inteligência

competitiva. Com experiência de mais de

dez anos em projetos e empresas ligadas

ao agronegócio, está na Perdigão desde

2001, passando pelos setores de Plane-

jamento Estratégico e Finanças.

Leopoldo passa a comandar uma área

que tem recebido importantes reconhe-

cimentos. O mais recente é a inclusão da

Perdigão entre as melhores empresas do

Brasil nos rankings da revista Institutional

Investor, influente publicação americana,

com circulação mundial, voltada para

investidores e profissionais do mercado

de capitais.

aliança com a ccpl

A Cooperativa Central dos Produtores

de Leite (CCPL), do Rio de Janeiro,

vai fabricar produtos com as marcas

Batavo e Elegê, da Perdigão, mediante con-

trato de prestação de serviços. O objetivo é

fortalecer a presença das duas marcas num

dos principais mercados do país: o estado

produz anualmente cerca de 500 milhões

de litros, para atender a uma demanda que

chega a 2,5 bilhões de litros.

Com a força dessas marcas e a efi-

ciência de sua estrutura de distribuição,

a empresa dará segurança a 25 mil pro-

dutores quanto ao escoamento da produ-

ção, estimulando, com isso, projetos de

expansão. A Perdigão também vai investir

na instalação de equipamentos para elevar,

de 5 para 8 milhões de litros por mês a

capacidade de produção de leite longa

vida (UHT) da planta industrial da CCPL,

localizada em São Gonçalo, na Região

Metropolitana do Rio.

Perdigão Hoje é uma publicação periódica da Perdigão Agroindustrial S.A. de circulação externa e distribuição gratuita.

Conselho Editorial: Nildemar Secches; Wang Wei Chang; Nelson Vas Hacklauer; Paulo Ernani de Oliveira; Gilberto Orsato; Luiz A. Machado de Brito; Luiz Stábile; Flávio Carlos Kaiber; Gentil Gaedke; Wlademir Paravisi; Ricardo Robert Menezes; Antônio Augusto De Toni; Nilvo Mittanck; Joaquim Goulart Nunes; Luís Ricardo Luz. Coordenação: Rosa Baptistella. Colaboração: Luciana Ueda; Jones Broleze; Camila Regis; Francini Lira. Gestores de Comunicação: Gilson César Rodrigues (Rio Verde); Lonneke Sanders (Europa); Lucinéia Leidens (Videira); Marcos Roberto Bueno Antunes (Carambeí); Vanderlei Barbieri (Herval d’Oeste);

Produção: Blander & Associados Comunicação: tel. (11) 3032-3236, e-mail: [email protected]. Editor: Mario Blander (MTb 13.346 SP). Colaborou: Eleni Oliveira Rocha Revisão: Chris Binato Direção de Arte e Produção Gráfica: Camarinha Comunicação & Design: tel. (11) 3034-4893. Tiragem: 10 mil exemplares.

SAC Perdigão 0800-7017782

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