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Perda Auditiva no Ambiente de Trabalho Grupo II: Bruno Marques Cláudia Elena Leandro Lopes Leonardo Azevedo Marta Maria

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Page 1: Perda Auditiva no Ambiente de Trabalho Grupo II: Bruno Marques Cláudia Elena Leandro Lopes Leonardo Azevedo Marta Maria

Perda Auditiva no Ambiente de Trabalho

Grupo II:Bruno MarquesCláudia Elena

Leandro LopesLeonardo Azevedo

Marta Maria

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Conceituação

Também conhecida como hipoacusia, disacusia ou surdez ocupacional, a perda auditiva ocupacional ocorre após prolongada exposição a níveis elevados de ruído no local de trabalho. Essa lesão auditiva é irreversível, neurossensorial, de predominância coclear.

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PAIR:Perda auditiva induzida por ruído Conceito

Diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição contínua à níveis elevados de pressão sonora

Diferente do trauma acústico que é uma perda súbita

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PAIR

Fisiopatologia da PAIR

Ouvido normal 25 à 20 mil Hz

Exposição contínua à níveis entre 80 à 110 dB induz a morte de células ciliadas e perda auditiva permanente

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PAIR

Limiares Auditivos

Conforto até 85 dB

Desconfortável entre 85 à 95 dB

Potencialmente lesivo acima de 95 dB

Doloroso acima de 110 dB5

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PAIR

Fisiopatologia:

Som alto gera radicais livres(lesão coclear ) ↓ Lesão das células ciliadas externas ↓ Lesão das células ciliadas internas ↓ Degeneração das células de suporte

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PAIR Caracterização

Sempre neurossensorial

Quase sempre bilateral

Raramente leva à perda auditiva profunda, não ultrapassa 40 dB nas baixas e 70 dB nas altas

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PAIR

Intolerância à sons intensos e zumbidos

Não regride mesmo se cessar a exposição

Influenciada por características físicas do ruído, tempo de exposição e suscetibilidade individual

Não fica mais sensível à novas exposições8

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Investigação

História prolongada de exposição a níveis de ruídos elevados (>85 dB em 8 horas por dia);

Perda auditiva gradual, num período de 6 a 10 anos de exposição;

Equivalentes nas duas orelhas; Deve estabilizar quando cessa a exposição a

ruídos.

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Perda Auditiva Temporária Sensação de abafamento da audição ou

fadiga auditiva quando, por exemplo, o indivíduo sai de uma boate.

O trabalhador tem a mesma sensação ao deixar o ambiente de trabalho em uma indústria com muito ruído.

Essa queda da audição é reversível. A audição retorna gradualmenteao normal com o fim da exposiçãoao ruído.

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Trauma Acústico Perda auditiva súbita, por exposição aguda,

provocada por uma exposição, ruído muito intenso ou de impacto. É comum nos exercícios e manobras militares (tiros) e nos trabalhos em que são utilizados explosivos, como pedreiras e construção civil (abertura de túneis e demolição).

O sintoma mais freqüente é o zumbido imediato. A membrana timpânica pode ser rompida, apresentando hemorragia. Em geral, pode ser revertido após algumas semanas, caso não haja exposições sucessivas.

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Perda Auditiva Permanente

Desvio permanente dos limiares auditivos à audiometria, por exposição crônica a ruidos.

Doença cumulativa e insidiosa, progredindo ao longo dos anos de exposição.

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Outras Causas

Além do ruído das máquinas e dos equipamentos industriais existem, também, os produtos ototóxicos.

Solventes aromáticos como tolueno, xileno, estireno, hexano e benzina; metais pesados como arsênico, mercúrio, manganês e chumbo podem provocar perda auditiva.

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Sinais e Sintomas

Zumbido; Irritação com sons mais intensos; Dificuldade de localização da fonte sonora; Dificuldade de compreensão da fala; Nervosismo; Fadiga; irritabilidade; tontura; insônia; estresse;

cefaléia; redução da atenção e da concentração; dificuldade para conversar em ambientes ruidosos e elevação da pressão arterial, são outras queixas dos trabalhadores.

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Audiometria

O exame audiométrico é o principal e mais fidedigno exame para a determinação dos limiares auditivos de trabalhadores expostos a níveis elevados de pressão sonora e para a elucidação do diagnóstico da PAIR.

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Audiometria

O médico deve sempre orientar o paciente que trabalha exposto ao ruído, que guarde os exames audiométricos realizados nas consultas periódicas de saúde.

Desta forma, pode-se notificar o momento em que se instalou algum grau de perda auditiva, podendo ser diagnosticada como de origem ocupacional.

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Audiometria

Objetivos principais: Conservação auditiva dos trabalhadores; Medida de avaliação e controle do PCA

(programa de conservação auditiva).

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Audiometria

Realizado: Em repouso acústico de pelo menos 14hs. Em ambiente acústico. Por otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo. Devem ser testadas as freqüências:

de 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz por via aérea.

500, 1000, 2000, 3000, e 4000 por via óssea caso a aérea esteja pior que 25db.

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Audiometria

A PAIR primeiramente manifesta-se nas frequencias de 6, 4 e 3 Khz, com o agravamento estende-se para as de 8, 2, 1, 0.5 e 0.25 Khz.

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Legislação

SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (NR7):Devem ser submetidos a exame audiométrico de referência e seqüenciais, no mínimo, todos os trabalhadores que exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes cujos níveis de pressão sonora ultrapassem os limites de tolerância , estabelecidos.Se a exposição a ruído contínuo for de 85 dB, a legislação determina uma jornada de trabalho de 8 horas.

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Legislação

Para cada adição de 5 dB, a jornada de trabalho deverá ser reduzida à metade. Por exemplo, se o trabalhador estiver exposto a 90 dB, deverá trabalhar apenas 4 horas por dia.Mesmo assim, mantém-se a obrigatoriedade de proteção do trabalhador.

O exame audiométrico será realizado, no mínimo, no momento da admissão, no 6º, (sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de então e na demissão.

O trabalhador permanecera em repouso auditivo por um período mínimo de 14 horas até o momento de realização do exame audiométrico.

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Legislação

O exame audiométrico será executado por profissional habilitado, ou seja, médico ou fonoaudiólogo, conforme resoluções dos respectivos conselhos federais profissionais

O exame audiométrico será realizado, sempre, pela via aérea nas freqüências de 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz

No caso de alteração detectada pelo teste pela via aérea ou segundo a avaliação do profissional responsável pela execução do exame, o mesmo será feito também pela via óssea, nas freqüências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 Hz.

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Legislação

Cabe ao médico coordenador do PCMSO no seguinte caso:

1.indicar o afastamento do trabalhador, se necessário, e acompanhá-lo

2.orientar a empresa sobre necessidade controle ambiental

3.emitir a CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho

4.incluir o caso no Relatório Anual do PCMSO (Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional)

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Tratamento e Reabilitação Não existe até o momento tratamento; Notificar e fazer acompanhamento da

progressão da perda auditiva por meio de avaliações audiológicas periódicas;

A reabilitação pode ser individual ou e em grupo com profissional capacitado;

Pair não provoca incapacidade para o trabalho, embora possa causar limitações.

Avaliar cada caso para orientar as ações de reabilitação e proporcionar maior adequação ao ambiente de trabalho. 24

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Prevenção

Observação do processo produtivo;

Localização os pontos de maior risco auditivo - número e idade dos expostos, o tipo de ruído, as características da função e os horários de maior ritmo de produção.

Informações obtidas pela observação direta, levantamento de documentação da empresa e conversa com os trabalhadores.

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Prevenção - Gerenciamento do Ruído 1. Designação de responsabilidade para

cada membro da equipe envolvido; 2. Avaliação, gerenciamento e controle dos

riscos – avaliação e metas a serem atingidas; 3. Gerenciamento audiométrico: avaliação

audiológica e seguimento do trabalhador exposto a ruído. Mostra a progressão da perda auditiva e determinará a eficácia das medidas de proteção tomadas

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4. Treinamento e programas educacionais – Para que os trabalhadores compreendam a dimensão do problema e como evitá-lo;

5. Proteção auditiva: Controle da exposição - na fonte, na trajetória e no indivíduo; por redução de jornada, pausas e mudança de função;

6. Auditoria do programa de controle: contínua avaliação da eficácia das medidas adotadas.

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Prevenção - Gerenciamento do Ruído

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Protetores Auditivos Protetores auriculares tipo concha:

o arco pressiona os abafadores nos ouvidos

Protetores auriculares tipo plug de borracha: puxar a orelha para cima e introduzir o plug no canal auditivo

Protetores auriculares tipo plug de expansão: moldá-lo com os dedos e introduzir o plug que ele expandirá dentro do canal auditivo

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celena
Não manuseie os protetores auriculares com as mãos sujas.Utilize os protetores auriculares durante toda a jornada de trabalho.Após o uso, guarde os protetores auriculares na embalagem para conservá-los em bom estado de uso.Quando os protetores auriculares estiverem sujos, lave-os.Troque os protetores auriculares quando estiverem danificados.
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Referências http://www.ibanezca.com.br/Cartilha2.htm http://www.pcmso.com.br/right_16.html http://www.sindipetro.org.br/apresentacoes/pair-

palestra/sld007.htm http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/5241 http://www.sindipetro.org.br/saude/sonora.htm http://www.nrcomentada.com.br/default.aspx?

code=465 Portaria do INSS com respeito a perda auditiva por

ruído ocupacional.

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OBRIGADO!