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PEDRAS DE REVESTIMENTOS Sem dúvida alguma, as pedras ornamentais constituem uma ótima opção para o revestimento de pisos e paredes, graças à reconhecida durabilidade e aos efeitos estéticos que proporcionam. Além disso, são elementos bastante versáteis e funcionais, pois se adaptam perfeitamente a ambientes externos e internos, admitem inúmeros tipos de tratamento e ainda garantem manutenção simplificada. Para que se alcance os resultados visuais pretendidos, é necessário considerar certas particularidades de cada pedra, tais como o índice de absorção de água e os tipos de tratamento que podem ser aplicados. E, abaixo, estão as pedras de maior aceitação no mercado nacional e suas principais características. AZUL BAHIA ( SELENITO ) - Graças a seus dotes estéticos, é uma pedra muito valorizada no mercado internacional e também no Brasil, onde é bastante confundida com o granito. Apresenta boa resistência à abrasão e oferece brilho intenso. É usada depois de polida e lustrada, o que a torna ideal para aplicações internas, como banheiros, mesas, bancadas ou ainda em detalhes arquitetônicos, dado o seu custo elevado. A limpeza é feita com pano úmido. LUMINÁRIA CARRANCA ( ARENITO ) - Antes de mais nada, vale explicar que uma mesma rocha pode ser um arenito ( quando em forma sedimentar ) ou um quartzito ( quando metamórfica ). Há o arenito que é folheado, ou seja, composto de várias camadas. Ambas porosas e antiderrapantes, além de concentrarem calor, o que as faz próprias para uso em bordas de piscinas ou como pisos externos. Não requerem grande beneficiamento, bastando cortar no tamanho desejado. A limpeza comum é feita com água e sabão. Periodicamente pode ser necessária uma lavagem com uma solução de água com ácido muriático; para isso, o mais seguro é contratar uma empresa especializada no serviço. BASALTO - Incorretamente chamado de granito, ele pode ser usado em área interna ou externa como revestimento de paredes. De cor preta, essa pedra ainda substitui o granito em todas as suas aplicações, como no tampo de pias e bancadas, além de assegurar bons resultados para a produção de objetos menores. Entre acabamentos, aceita polimento, lustro e apicoamento; para limpeza, apenas água e sabão neutro. GRANITO - De altíssima resistência, o granito é formado por lava vulcânica endurecido, grãos de quartzo, pequena quantidade mica - mineral mole, responsável pela definição de cor - e feldspato, mais conhecido como silicato. No estado bruto é indicado para o calçamento de ruas, ou qualquer outro espaço de tráfego intenso ou de serviços pesados. Admite ser polido, lustrado, apicoado, levigado e flameado, próprios nesses casos para o revestimento de pisos e paredes, interno ou externo, conforme sua necessidade. Na escala de cores temos do mais barato ao mais caro: cinza, vermelho, verde, amarelo, preto e azul. Para limpar use água e sabão neutro. PEDRA SABÃO ( ESTEATITO ) - Mais uma opção versátil oferecida pela natureza, resiste bem às intempéries e por isso é aplicada com sucesso em áreas internas e externas, tanto em piso como em paredes. Na Europa é também utilizado em forma de

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  • PEDRAS DE REVESTIMENTOS

    Sem dvida alguma, as pedras ornamentais constituem uma tima opo para o revestimento de pisos e paredes, graas reconhecida durabilidade e aos efeitos estticos que proporcionam. Alm disso, so elementos bastante versteis e funcionais, pois se adaptam perfeitamente a ambientes externos e internos, admitem inmeros tipos de tratamento e ainda garantem manuteno simplificada.

    Para que se alcance os resultados visuais pretendidos, necessrio considerar certas particularidades de cada pedra, tais como o ndice de absoro de gua e os tipos de tratamento que podem ser aplicados. E, abaixo, esto as pedras de maior aceitao no mercado nacional e suas principais caractersticas.

    AZUL BAHIA ( SELENITO )

    - Graas a seus dotes estticos, uma pedra muito valorizada no mercado internacional e tambm no Brasil, onde bastante confundida com o granito. Apresenta boa resistncia abraso e oferece brilho intenso. usada depois de polida e lustrada, o que a torna ideal para aplicaes internas, como banheiros, mesas, bancadas ou ainda em detalhes arquitetnicos, dado o seu custo elevado. A limpeza feita com pano mido.

    LUMINRIA CARRANCA ( ARENITO ) - Antes de mais nada, vale explicar que uma mesma rocha pode ser um arenito ( quando em forma sedimentar ) ou um quartzito ( quando metamrfica ). H o arenito que folheado, ou seja, composto de vrias camadas. Ambas porosas e antiderrapantes, alm de concentrarem calor, o que as faz prprias para uso em bordas de piscinas ou como pisos externos. No requerem grande beneficiamento, bastando cortar no tamanho desejado. A limpeza comum feita com gua e sabo. Periodicamente pode ser necessria uma lavagem com uma soluo de gua com cido muritico; para isso, o mais seguro contratar uma empresa especializada no servio.

    BASALTO - Incorretamente chamado de granito, ele pode ser usado em rea interna ou externa como revestimento de paredes. De cor preta, essa pedra ainda substitui o granito em todas as suas aplicaes, como no tampo de pias e bancadas, alm de assegurar bons resultados para a produo de objetos menores. Entre acabamentos, aceita polimento, lustro e apicoamento; para limpeza, apenas gua e sabo neutro.

    GRANITO - De altssima resistncia, o granito formado por lava vulcnica endurecido, gros de quartzo, pequena quantidade mica - mineral mole, responsvel pela definio de cor - e feldspato, mais conhecido como silicato. No estado bruto indicado para o calamento de ruas, ou qualquer outro espao de trfego intenso ou de servios pesados. Admite ser polido, lustrado, apicoado, levigado e flameado, prprios nesses casos para o revestimento de pisos e paredes, interno ou externo, conforme sua necessidade. Na escala de cores temos do mais barato ao mais caro: cinza, vermelho, verde, amarelo, preto e azul. Para limpar use gua e sabo neutro.

    PEDRA SABO ( ESTEATITO ) - Mais uma opo verstil oferecida pela natureza, resiste bem s intempries e por isso aplicada com sucesso em reas internas e externas, tanto em piso como em paredes. Na Europa tambm utilizado em forma de

  • panelas ou como pedras para assas carnes. Por ser um mineral mole pode ser facilmente trabalhada para elaborao de pias, mesas, bancadas, objetos decorativos, como atestam as obras de Aleijadinho. Aceita polimento, lustro e apicoamento. Na manuteno use apenas pano mido, pois escovas e abrasivos podem provocar riscos.

    SO TOM - a chamada pedra mineira, assim batizada por sua origem geogrfica. uma pedra flexvel, antiderrapante, muito absorvente e no propaga calor: por todas essas caractersticas um dos tipos mais apropriados para o revestimento de beiras de piscinas e pisos de reas de lazer, incluindo clubes. A conservao se faz com gua e sabo, sendo por vezes necessrios contratar uma empresa para fazer uma lavagem mais profunda com cido muritico.

    ARENITO ( ARENITO ) - encontrado na forma de placa ou em diversos tipos de corte e forma o chamado mosaico portugus quando utilizado em calamentos em conjunto com o basalto e o mrmore. Pode aparecer tambm em paredes, conferindo um aspecto rstico aos ambientes. usado apenas no estado bruto e a limpeza s requer gua e sabo freqentemente.

    QUARTO ROSA ( QUARTZO ) - Pedra semipreciosa, utilizada apenas no estado bruto, j que o seu ndice de dureza bastante alto e o polimento provoca um extremo desgaste no maquinrio. Aplica-se perfeitamente na decorao de jardins ou execuo de bijuterias, esculturas e luminrias.

    AZUL MACABA ( DUMORTIERITA ) - Mais dura que o granito bastante utilizado no exterior, esta pedra apresenta quartzo em sua composio e oferece qualidade antiderrapante e esttica, graas a sua textura e aos veios azuis. Pode ser polida e lustrada, ou ainda apicoada. Fica perfeita em pisos e paredes, seja em reas internas ou externas. A manuteno simples: basta pano mido.

    UMURANINHA ( DOLOMITA ) - De origem calcria, tal como o mrmore, comea agora a ser difundida no Brasil e prpria para o uso interno, como pisos, paredes e principalmente em mveis. Oferece um bonito efeito visual e no porosa. Para limpar use apenas pano mido.

    MIRACEMA MADEIRA ( GNAISSE ) - uma pedra de preo acessvel encontrada na natureza em forma de placas. Resiste bem a choques mecnicos e a intempries e, por isso, aplicada em estado bruto em reas externas. Outra de suas qualidades ser antiderrapante. A Miracema madeira amarelada devido presena de xido de ferro, enquanto a Miracema comum encontrada em cinza, bege e rosa.

    MRMORE - Rocha metamrfica, calcria e formada por carbonato de clcio e outros componentes minerais que definem sua cor, um revestimento nobre encontrado nas mais diversas tonalidades, do branco ao preto, que permitem infinitas possibilidades na arquitetura e decorao. Somente no Brasil j foram catalogados cerca de trinta tipos diferentes, sem contar os importados, que fazem um grande sucesso nesse segmento. De forma geral, o mrmore bastante durvel e resistente a impactos, embora se desgaste facilmente quando sujeito abraso. Por isso recomendado apenas para uso interno, tanto em paredes quanto em pisos, desde que no haja uma circulao excessiva de pessoas. Aceita todos os tratamentos e pode ser limpo com gua e sabo neutro. Vale

  • lembrar que o mrmore travertino apresenta fissuras que exigem estuque para o uso como revestimento, por isso a limpeza feita com pano mido.

    DOLOMITA ( DOLOMITA ) - Tambm de origem calcria, usada principalmente em reas internas por no ter boa resistncia abraso. Aparece em banheiros, mosaicos e mveis. Se lapidada, adquire brilho intenso, e, quando desgastada em mquinas, d bom efeito ornamental s paredes e jardins. E usada ainda em estado bruto; em qualquer caso limpa-se com gua e sabo neutro

    JARAGUA ( QUARTZITO ) - aproveitada em estado bruto para compor o mosaico portugus e podem ser encontrada nas cores verde, creme e amarelo. Para lavar, gua e sabo.

    PEDRA VERDE ( MICA ) - Conhecida tambm como fuxita, utilizada em jardins, arranjos florais e detalhes nas paredes. Resiste s intempries, no retm calor, mas muito derrapante, o qual probe seu uso em beiras de piscinas ou pisos externos. Usada em estado bruto, requer apenas gua e sabo para a limpeza.

    ITACOLOMI ( ITACOLOMITO ) - Pedra exclusiva para aplicaes externas, apresenta aspecto e desempenho semelhantes ao da pedra mineira, inclusive no que se refere manuteno.

    ARDOSIA ( ARDOSIA ) - De preo acessvel e usado em forma bruta na maioria das vezes, apresenta timos resultados tantos em reas internas como externas. Seu aproveitamento se d em bancadas, mesas de jardins, pisos, paredes, quadras de tnis, etc. uma pedra mole, que pode ser arranhada com muita facilidade. Assim, na hora de limpar, use apenas sabo neutro evitando escovas e quaisquer abrasivos. Pode ser lustrada ganhando brilho razovel. encontrada nas cores cinza, rosa, verde e preto.

    NIX ( SILICA ) - Mineral semiprecioso muito utilizado para confeco de objetos de adorno e detalhes arquitetnicos. Pode ser translcido, oferece excelentes resultados quando atua como anteparo de luminrias. Retirado na natureza na forma de fragmentos, suas placas so compostas pela juno de vrios pedaos unidos por resina. Tambm vendido como jia. De cor bege, o nix pode ser lapidado; para limpeza, somente pano mido.

    PEDRA GOIAS ( QUARTZITO ) - Trata-se de uma rocha com caractersticas idnticas s da pedra mineira. O nome muda devido a procedncia. Em estado bruto chamada de pedra caverna.

    SERPENTINITO ( SERPENTINITO ) - De resistncia mecnica mdia, ele usado tanto em ambientes internos como nos internos, desde que no haja grande circulao de pessoas. Muito resistente as intempries, aparece na Europa sob a forma de bandeja, j que concentra o calor e mantm quentes os alimentos. Em tons de cinza e verde ( conhecido como verde Lafaiete ) , requer uma limpeza simples, com gua e sabo e neutro.

    SEIXO ROLADO ( CASCALHO ) - Bastante duro e resistente, tem formas arredondadas devido ao movimento constante das guas dos rios, de onde retirado. Aquece pouco e sua utilizao ocorre em jardins, muros e na ornamentao de paredes.

  • MODELOS - Sobras de pedras usadas na construo, conferem um bonito efeito quando aplicados em muros, paredes ou em propostas paisagsticas. Para a manuteno use apenas gua e sabo neutro.

    SOBRINHO ( ARENITO ) - Apresenta caractersticas semelhantes s da luminria carranca, inclusive no que tange ao uso e conservao.

    TRATAMENTOS QUE VALORIZAM O MATERIAL

    Genericamente, as rochas aplicadas na arquitetura e na decorao dividem-se em duas categorias:

    - Pedras decorativas naturais: So aquelas aproveitadas sem polimento, conservando a aparncia natural. Entre

    suas particularidades, a maior a grande resistncia s intempries, da o fato de serem escolhidas para o revestimento de reas externas, como fachadas e beiras de piscinas, ou na composio do paisagismo.

    - Pedras tratadas: So diversas as possibilidades de tratamento que visam explorar o potencial de

    brilho e valorizar texturas e cores. Apropriadas s reas internas (ambientes de estar, banheiros e at mveis) elas podem ser:

    Polidas - quando submetidas a processos sucessivos de abraso, partindo da granulomentria mais grossa at chegar a mais fina. O objetivo aqui fechar qualquer porosidade. Em seguida, pode-se ou no lustrar a pea, de acordo com o brilho desejado.

    Lustradas - O lustro feito de forma diferenciada para cada pedra. No caso do mrmore, usa-se o cido oxaltico - de menor potencia abrasiva; j para o granito usada uma mistura de chumbo e xido de estanho denominado potia.

    Apicoadas - opo que torna a rocha antiderrapante, o apicoamento um processo manual ou mecnico que utiliza o pico - ferramenta prpria para desgastar pedras - para conferir um aspecto furadinho.

    Levigadas - quando as peas so desbastadas por abrasivos de granulometria grossa e no recebem mais nenhum tratamento, resultando uma superfcie spera.

    Flameadas - processo que se aplica exclusivamente ao granito com o objetivo de torn-lo spero. Consiste na queima da pedra para que ocorra o desprendimento alguns cristais.

    Detalhes - dar acabamento ao mrmore ou ao granito j tratados por outros meios tambm possvel. Para as bordas pode-se escolher entre o frisado e o craque: o primeiro denomina cortes intercalados de 1 a 5 mm, feitos com serra apropriada, enquanto o segundo executado com uma talhadeira ( manual ) deixando expostas as irregularidades da pedra. Muito usado em mveis.

  • Impermeabilizao - De modo geral, pedras polidas no apresentam porosidades, dispensando assim tal tratamento. J aquelas usadas em seu estado natural so permeveis e devem ser impermeabilizadas com resina base de polister, para impedir o crescimento de matrias orgnicas e o conseqente comprometimento de sua resistncia e esttica.

    AS ROCHAS E A NOMENCLATURA

    bastante comum encontrarmos uma mesma rocha com nomes que variam de regio para regio do pas e at mesmo de uma loja para outra. Isso se deve, basicamente, falta de um catlogo geral de identificao e denominao das pedras brasileiras. Quando certos nomes j existem no mercado internacional, eles acabam sendo aplicados aqui tambm, pois servem como referncia. Entretanto, quando surge uma nova tonalidade diferente, causada por atividade vulcnica ou mesmo pela qumica do solo da regio da jazida, ela recebe um novo nome, mesmo que se trate de um tipo j conhecido. Praticamente no existe controle sobre isso.

    A nomenclatura quase sempre revela a origem do mineral, como a pedra mineira de So Tom, da cidade de So Tom das Letras, em Minas Gerais, ou ainda o selenito azul Bahia, extrado de jazidas baianas. O nome tambm deve indicar o tratamento que a pedra foi submetida, como, por exemplo, granito cinza Mau apicoado ou mrmore branco esprito santo levigado.

    Existe ainda a tendncia de designar como granito qualquer rocha ornamental que no seja o mrmore, criando a falsa idia de que as pedras de revestimentos dividem-se apenas em mrmores e granitos. H uma infinidade de outros tipos escondidos sob uma denominao errada, como a gnaisse (ju Paran), o quartzito (azul macaba), o charnoquito (Ubatuba), o serpentinito (verde Lafaiete) e assim por diante..