pedido de criaÇÃo do ciclo de estudos conducente …do ponto de vista institucional, o lançamento...
TRANSCRIPT
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Campus de Azurém
Azurém 4800 058 P
Escola de Engenharia
PEDIDO DE CRIAÇÃO DO
CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE À OBTENÇÃO DO
GRAU DE DOUTOR EM
INFORMÁTICA
Dossier Interno
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Índice
Página
1. Enquadramento e justificação 4
2. Objectivos do Curso 5
3. Resultados esperados de aprendizagem 5
4. Estrutura do curso e Plano de estudos 7
5. Recursos Humanos e Materiais 41
6. Encargos decorrentes do funcionamento do curso 44
Anexo A – Minuta de Resolução do Senado Universitário 47
Anexo B – Plano de Estudos (de acordo com o ponto 11 do Formulário da DGES) 52
Anexo C – Proposta de Regulamento Interno da Direcção do Curso 55
Anexo D – Condições de Candidatura e Critérios de Selecção 57
Dossier elaborado com base nos Despacho RT-35/2005 de 14 de Julho de 2005 e RT-41/2005 sobre a Orientações para a
Apresentação de Propostas de Criação ou Reestruturação de Cursos e Aplicação do Sistema de Créditos Curriculares
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
1. Enquadramento e justificação
A Universidade do Minho orgulha-se de uma longa história de excelência no ensino e investigação
em Informática. Múltiplos projectos de ensino, alguns com carácter pioneiro no país, e dinâmicas de
investigação plurifacetadas e com reconhecimento internacional, configuram essa história. História
que também regista o papel fundamental que a Universidade tem desempenhado na criação e
estruturação de um tecido empresarial que tem na Informática uma componente essencial da sua
actividade.
É neste contexto que se insere a criação de um Ciclo de Estudos conducente ao grau de Doutor
em Informática, suportado pelo Departamento de Informática da Universidade do Minho e pelo Centro
de Ciências e Tecnologias da Computação. Justificam-no a aposta estratégica da Universidade na
produção de conhecimento de ponta e na formação de recursos humanos altamente qualificados.
Esta aposta é fundamental para a formulação de uma resposta informada e crítica aos desafios
colocados pela
• crescente relevância das tecnologias da computação em inúmeras vertentes da
experiência humana (da economia ao quotidiano, da esfera social ao meio ambiente,
etc.);
• crescente exigência de certificação da correcção, segurança e qualidade de serviço dos
sistemas informáticos, dos quais cada vez mais dependem áreas vastíssimas do tecido
económico-social;
• e contínua evolução dos paradigmas, métodos e tecnologias associados a esse suporte.
2. Objectivos
O objectivo estruturante do Ciclo de Estudos é promover a excelência e a investigação em Ciências e
Tecnologias da Computação, com ênfase para os seus fundamentos teóricos, e incluindo a
especificação, o projecto, a modelação, a representação e exploração de sistemas computacionais,
assim como a integração dos métodos e das tecnologias associadas.
Assim, o Ciclo de Estudos visa:
• Formar recursos humanos com sólida preparação ao nível dos fundamentos e métodos das
Ciências e Tecnologias da Computação, capazes de realizarem investigação científica
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
autónoma e contribuir, de forma critica e criativa, para o progresso da ciência base, o
aprofundamento da evolução tecnológica e o alargamento do seu espectro aplicacional.
• Dotar o tecido empresarial em Informática de especialistas com doutoramento capazes de
equacionar desafios e soluções, e contribuir prospectivamente para o desenvolvimento de
novas áreas e oportunidades de negócio.
• Complementar a formação de mestre e licenciados (5 anos) em cursos da área científica das
Informática, conferindo nela formação avançada de muito alta qualidade, sustentada em
investigação própria e com reconhecimento internacional.
• Responder de forma efectiva à heterogeneidade de motivações, necessidades e campos de
interesse de um conjunto muito amplo de profissionais que procuram formação de 3º ciclo
com orientação específica para determinadas áreas da Informática.
Do ponto de vista institucional, o lançamento do Ciclo de Estudos corresponde ao desafio estratégico
de incrementar e diversificar a oferta da Universidade a nível do 3º Ciclo de formação pós-graduação,
dotando-se dos meios necessários para competir adequadamente com instituições congéneres e
atrair estudantes qualificados no país e fora dele.
3. Resultados esperados de aprendizagem
Os destinatários preferenciais do PDINF, independentemente da sua nacionalidade e do país de
residência, são candidatos motivados para o desenvolvimento de carreira científica:
• Jovens altamente qualificados em todo o mundo pretendendo uma especialização científica
aprofundada com as características de um doutoramento;
• Colaboradores de Empresas e Organizações carecidas de competências avançadas;
• Docentes e Investigadores de Escolas de Ensino Superior;
• Investigadores em Institutos e Centros de Investigação.
O PDINF visa preparar os formandos de modo a que estes adquiram uma capacidade de
compreensão sistemática num domínio específico das ciências e tecnologias da computação, a par
de uma formação mais global em áreas mais abrangentes, de modo a proporcionar uma formação
integrada e de elevado grau. Para isso o PDINF confere aos formandos as competências, aptidões e
métodos de investigação que asseguram a capacidade de conceber, projectar, adaptar e realizar um
projecto de investigação científica de elevado nível, segundo os parâmetros de qualidade e inovação
internacionalmente aceites.
4. Estrutura do Curso e Plano de Estudos
Para responder aos objectivos propostos o Ciclo de Estudos organiza-se em dois níveis
sucessivos:
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
1. Uma componente curricular relativamente curta (apesar de se estender por todo o
primeiro ano, 20 ECTS do 2º semestre lectivo são dedicado ao planeamento da tese, caindo
já for a deste primeiro nível de formação) que visa responder a três desafios importantes que
se colocam a quem opta por realizar um Doutoramento:
1. Necessidade de uma formação específica na área em que o doutorando pretende
realizar a sua investigação. Esta formação é realizada através de 4 (quatro) Unidades
Curriculares que complementam a formação base anterior e apresentam uma visão
dinâmica dos principais problemas e desenvolvimentos recentes da área. A partir de um
conjunto de propostas de Unidades Curriculares, descritas neste documento e que
traduzem as principais valências da Universidade em Informática, o plano curricular de
cada aluno será desenhado de forma personalizada atendendo aos seus interesses de
investigação e às lacunas formativas que eventualmente manifeste, identificados, caso a
caso, sob coordenação de uma Comissão de Acompanhamento dos novos doutorandos.
2. Necessidade de uma formação de carácter geral em princípios, métodos e recursos de
investigação, a realizar em duas Unidades Curriculares de opção Comportamental e de
Inovação, que cobrirão aspectos relacionados com as metodologias e recursos de
investigação, a gestão de projectos, a escrita científica e o empreendedorismo. Apesar de
comum a todos os alunos, os conteúdos precisos destas Unidades Curriculares serão
ajustados em cada edição do curso às necessidades detectadas no conjunto de alunos.
3. Necessidade de uma visão ampla dos problemas, desafios e desenvolvimentos na crista
do conhecimento em Informática, capaz de contrabalançar a inevitável especialização
associada à investigação concreta de cada doutorando. Este desafio será respondido
através de duas Unidades Curriculares de seminário em temas fronteira na área geral do
Ciclo de Estudos, assegurada em pelo menos 50% por especialistas convidados de
renome internacional. Estas duas Unidades Curriculares, que decorrerão sucessivamente
nos dois semestres lectivos da parte curricular do ciclo de estudos, constituem
conjuntamente um ciclo de seminário permanente que acompanha o desenrolar completo
do curso de doutoramento
2. Uma componente de investigação conducente à realização de uma tese de doutoramento,
com contribuição original assinalável. Esta componente inicia-se ainda durante a componente
curricular do curso, com uma Unidade Curricular de Planeamento de Tese, durante a qual o
doutorando é suposto realizar a identificação e caracterização do problema que pretende
resolver, o levantamento do estado da arte relevante e o projecto detalhado da investigação a
realizar. O resultado deste trabalho é apresentado sob a forma de uma pré-tese a submeter
no final do primeiro ano do ciclo de estudos. A pré-tese será avaliada em provas públicas
perante um júri que integra pelo menos um investigador externo à Universidade do Minho,
dependendo da sua aprovação a continuação do aluno no ciclo de estudos e a nomeação
definitiva do orientador. A segunda fase desta componente do ciclo de estudos, com duração
máxima de 3 anos lectivos, corresponde à realização do plano de investigação, sob
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
acompanhamento directo do orientador e monitorização da Comissão Científica do ciclo de
estudos.
O Ciclo de Estudos destina-se a portadores de um grau de Mestre, Segundo Ciclo ou equivalente
que possuam sólida formação, científica e tecnológica, na área das Informática, nomeadamente em
Informática ou Engenharia Informática, ou, ainda, em áreas de fronteira que se entrecruzam com
esta, caso em que um plano curricular estendido poderá ser proposto para colmatar eventuais
deficiências na área específica do Ciclo de Estudos. Tal plano deverá articular-se com a formação
curricular prevista no Ciclo de Estudos, sendo definido caso a caso.
Como resultado da admissão ao programa, a Comissão Directiva elabora para cada aluno, sob
proposta do seu orientador, um plano de estudos individual. Na sua definição serão tidos em
consideração diversos factores, nomeadamente, o perfil do aluno, a sua formação de base, o seu
currículo técnico-científico, a sua experiência e actividade profissional, os seus interesses técnico-
científicos.
Nos termos das normas para a formação pós-graduada da Escola de Engenharia da Universidade
do Minho, em casos excepcionais, parte da componente curricular do Ciclo de Estudos poderá ser
obtida por equivalência a estágios, experiência curricular ou formações complementares anteriores,
até um máximo de 20 ECTS, ou a unidades curriculares com base em formação anterior de 3º ciclo,
até um máximo de 40 ECTS.
No final, o grau de Doutor em Informática, concedido pela Universidade do Minho, certificará que o
doutorando adquiriu uma formação alargada e sólida em Informática e desenvolveu investigação
original nessa área.
O Ciclo de Estudos assume, desde o início, uma clara vocação internacional através da
planificação de acções de captação de estudantes estrangeiros e da adopção da língua inglesa
como língua de trabalho. Procurará, ainda, estabelecer parcerias externas, nomeademente com
Universidades da América Latina com quem o DI/CCTC desenvolveu no passado recente redes de
mobilidade a nível de programas de doutoramento (veja-se, em particular, a rede ALFA LerNet (2005-
2008; www.di.uminho.pt/~lernet/) e com o International institute of Software Systems, da
Universidade das Nações Unidas, sediado em Macau.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Tabela 1 – Estrutura Geral do Programa Doutoral em Informática
Unidade Curricular
ECTS
Seminário em Ciências e Tecnologias da Computação I 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação I 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação II 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação III 5
Opção Comportamental e de Inovação I 5
1º Semestre
Opção Comportamental e de Inovação II 5
Seminário em Ciências e Tecnologias da Computação II 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação IV 5 2º Semestre
Planeamento da Tese 20
3º ao 8º
Semestre Tese em Ciências e Tecnologias da Computação 180
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Plano de Estudos
Semestre Unidade Curricular Horas de contacto com o docente Horas
totais ECTS
Área discip
.
T TP PL S OT E Seminário em Ciências e
Tecnologias da Computação I 45 140 5 INF
Opção Científico-Tecnológica
em Computação I 45 140 5 INF
Opção Científico-Tecnológica
em Computação II 45 140 5 INF
Opção Científico-Tecnológica
em Computação II 45 140 5 INF
Opção Comportamental e de
Inovação I 45 140 5 CTC
1º
Opção Comportamental e de
Inovação II 45 140 5 CTC
Total Semestre 840 30 Seminário em Ciências e
Tecnologias da Computação II 45 140 5 CTC
Opção Científico-Tecnológica
em Computação IV 45 140 5 INF
Planeamento da Tese 180 560 20 INF
2º
Total Semestre 270 840 20
Total Anual 1680 60
3º ao 8º Tese em Ciências e Tecnologias da Computação 5040 180 INF
Total 6720 450
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Tabela 2 – Tabela de UCs opcionais (a rever anualmente)
Unidades Curriculares Créditos Área Científica
Métodos e Recursos de Investigação 5 CTC
Gestão de Projectos 5 CTC
Administração de Bases de Dados 5 INF
Agentes Inteligentes 5 INF
Algoritmos e Tecnologias em Bioinformática 5 INF
Análise e Modelação de Requisitos de Software 5 INF
Análise e Teste de Software 5 INF
Análise e Modelação de Software 5 INF
Aprendizagem e Extracção de Conhecimento 5 INF
Arquitecturas Aplicacionais 5 INF
Arquitecturas de Software 5 INF
Cálculo de Sistemas de Informação 5 INF
Criptografia e Segurança da Informação 5 INF
Design e Computação Natural 5 INF
Engenharia Gramatical 5 INF
Exploração Avançada de Bases de Dados 5 INF
Fundamentos da Computação 5 INF
Fundamentos de Sistemas Distribuídos 5 INF
Gestão de Redes e Serviços 5 INF
Iluminação e Foto-realismo 5 INF
Infra-estrutura de Centros de Dados 5 INF
Métodos Formais 5 INF
Mineração de Dados 5 INF
Modelação e Visualização 5 INF
Modelos de Coordenação e Arquitecturas de Software 5 INF
Paradigmas de Programação Distribuída 5 INF
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009 _____________________________________________________________________________________________________
Paradigmas de Computação Paralela 5 INF
Planeamento e Administração de Clusters 5 INF
Processamento Analítico de Dados (OLAP) 5 INF
Processamento de Linguagem Natural 5 INF
Processamento Estruturado de Documentos 5 INF
Programação Avançada 5 INF
Programação Distribuída e de Tempo-real 5 INF
Realidade Virtual e Aumentada 5 INF
Segurança em Redes 5 INF
Serviços e Sistemas Multimédia 5 INF
Sistemas Autónomos 5 INF
Sistemas Adaptativos e Ambientes de Aprendizagem Inteligentes 5 INF
Sistemas de Computação e Desempenho 5 INF
Sistemas de Data Warehousing 5 INF
Sistemas Distribuídos Transacionais 5 INF
Sistemas em Grande Escala 5 INF
Sistemas Interactivos 5 INF
Sistemas Móveis 5 INF
Sistemas Multiagente 5 INF
Técnicas Criptográficas 5 INF
Teoria de Números Computacional 5 INF
Tolerância a Falhas 5 INF
Verificação de Software 5 INF
Visão por Computador 5 INF
Web e Dados 5 INF
Programa Doutoral em Informática – Setembro. 2009 _____________________________________________________________________________________________________
FICHA A
CURSO ___Programa Doutoral em Informática UNIDADE CURRICULAR _Agentes Inteligentes _ ÁREA CIENTÍFICA _____Informática UC – ANUAL SEMESTRAL ⌧ TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL ⌧ Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)
Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente
Colectivas Laborato-riais
T. de campo
Seminário Tutórias Estágios Listagem de RA
T
TP
PL
TC
S
OT
E
Estudo
Trabº grupo
Trabº
projecto
Horas de avaliação
Total
Identificar, descrever e definir os principais conceitos relacionados com Agentes 15 30 1 46
Identificar situações que beneficiem da utilização de sistemas baseados em Agentes. 15 30 2 47
Conhecer e ser capaz de utilizar as metodologias de resolução de problemas e os paradigmas computacionais associados à utilização de agentes. 15 30 2
47
TOTAL 45 90 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.
FICHA A
CURSO ___Programa Doutoral em Informática UNIDADE CURRICULAR _Algoritmos e tecnologias da Bioinformática _ ÁREA CIENTÍFICA _____Informática UC – ANUAL SEMESTRAL ⌧ TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL ⌧ Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)
Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente
Colectivas Laborato-riais
T. de campo
Seminário Tutórias Estágios Listagem de RA
T
TP
PL
TC
S
OT
E
Estudo
Trabº grupo
Trabº
projecto
Horas de avaliação
Total
Identificar, descrever e definir os principais conceitos na área da Bioinformática; 9 18 1 28
Identificar e descrever os principais problemas que se colocam ao nível da Bioinformática; 9 18 1 28
Selecionar, aplicar e avaliar ferramentas de Bioinformática na resolução de problemas; 9 18 1 28
Escolher as classes de algoritmos apropriadas para a resolução dos problemas básicos da Bioinformática; 9 18 1 28
Implementar algoritmos básicos de Bioinformática nas diversas linguagens de programação. 9 18 1
28
TOTAL 45 90 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.
FICHA A
CURSO ___Programa Doutoral em Informática UNIDADE CURRICULAR _Análise e Modelação de Requisitos de Software _ ÁREA CIENTÍFICA _____Informática UC – ANUAL SEMESTRAL ⌧ TRIMESTRAL OUTRA OBRIGATÓRIA OPCIONAL ⌧ Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)
Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente
Colectivas Laborato-riais
T. de campo
Seminário Tutórias Estágios Listagem de RA
T
TP
PL
TC
S
OT
E
Estudo
Trabº grupo
Trabº
projecto
Horas de avaliação
Total
definir qual a intervenção que a equipa de engenharia de requisitos deve executar ao nível de todo os processo de engenharia de software, explicitando o envolvimento formal dos stakeholders, ao longo de todo o processo de engenharia de requisitos. 9 18 1
28
tratar a forma como devem ser capturados os requisitos, bem como as técnicas que devem ser utilizadas para ajudar as diversas fontes de requisitos (humanos e não humanos) a ``libertá-los'' correctamente. 9 18 1
28
detectar e resolver conflitos entre os requisitos capturados, definir a fronteira do sistema em projecto e como ele interactua com o seu meio ambiente, bem como transformar requisitos do sistema em requisitos de software. 9 18 1
28
ratar o documento de requisitos do ponto de vista da sua estrutura, qualidade e verificabilidade, normalmente organizado em duas partes distintas: (1) o documento de definição de requisitos que descreve os requisitos do utilizador; (2) a especificação dos requisitos de software que estabelece o acordo entre os clientes e os fornecedores do sistema de software. 9 18 1
28
examinar o documento de requisitos a fim de garantir que ele descreve o sistema pretendido, à custa, por exemplo, da execução de inspecções (ou revisões formais) do documento, ou da prototipagem rápida das suas interfaces.
9 18 1
28
TOTAL 45 90 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.
Programa Doutoral em Informática – Setembro. 2009 _____________________________________________________________________________________________________
CURSO Programa Doutoral em Informática
UNIDADE CURRICULAR Métodos e Recursos de Investigação
ÁREA CIENTÍFICA Ciências e Tecnologias Complementares
UC – ANUAL SEMESTRAL TRIMESTRAL OUTRA
OBRIGATÓRIA OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)
Resultados de aprendizagem (RA)
Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente
Colectivas Lab Listagem de RA
T
TP
PL
TC
S
OT
E
Estudo
Trabº grupo
Trabº
projecto
Horas de avaliação
Total
Criar, seleccionar e transformar uma ideia num tema de investigação
10
10
10
10
Fazer investigação usando métodos das ciências sociais e abordando temas éticos.
10
10
10
20
Usar métodos de investigação das ciências sociais num ambiente industrial.
10
10
8
20
TOTAL 30 30 28 50 2 140
Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.
Programa Doutoral em Informática – Setembro. 2009 _____________________________________________________________________________________________________
CURSO Programa Doutoral em Informática
UNIDADE CURRICULAR Gestão de projectos
ÁREA CIENTÍFICA Ciências e Tecnologias Complementares
UC – ANUAL SEMESTRAL TRIMESTRAL OUTRA
OBRIGATÓRIA OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)
Resultados de aprendizagem (RA)
Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente
Colectivas Lab Listagem de RA
T
TP
PL
TC
S
OT
E
Estudo
Trabº grupo
Trabº
projecto
Horas de avaliação
Total
Explicar a importância de projectos em organizações.
5
5
Contribuir para o arranque do projecto, a definição do seu horizonte e a gestão da mudança de horizonte.
5
5
Desenvolver esquemas para facilitar a execução eficaz de um projecto.
10
10
Aplicar ferramentas e técnicas de gestão de projecto.
10
10 38 40
TOTAL 30 30 38 40 2 140
Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
5. Recursos Humanos e Materiais
Recursos Humanos
O Ciclo de Estudos é assegurado conjuntamente pelo Departamento de Informática da
Universidade do Minho e pelo Centro de Ciências e Tecnologias da Computação. O primeiro tem uma
longa e reconhecida experiência na investigação e no ensino da Informática, dispondo, de um corpo
docente vasto, multifacetado e muito qualificado. O Segundo, embora de formação recente, recolhe e
continua a experiência de investigação nesta área no interior da Universidade do Minho. Ambos
dispõem de um conjunto apropriado de recursos laboratoriais e infra-estruturas de suporte.
O CCTC é um centro recente para a área de investigação em Informática na Universidade do
Minho, reunindo mais de 50 doutorados. O Centro tem implementada uma estratégia de incentivo à
excelência que se traduziu, no último triénio, num aumento muito significativo de publicações,
atracção de alunos de Doutoramento (mais de 3 dezenas correntemente) e post-docs, e participação
em projectos de investigação (em particular o Centro coordena dois projectos europeus de grande
dimensão). Informação adicional sobre o CCTC é apresentada em (C4).
O Ciclo de Estudos conta com um corpo docente de 51 professores, todos eles investigadores
activos no CCTC. A sua investigação, medida pelos indicadores usuais em termos de publicações,
projectos financiados e orientações de Doutoramentos, tem relevância directa na área específica em
que a sua colaboração no Ciclo de Estudos é perspectivada. O quadro seguinte ilustra o total de
recursos docentes distribuídos por categoria.
Categoria Nº
Professores catedráticos 4
Professores associados 11
Professores auxiliares 36
Total 51
Instalações e Recursos Laboratoriais
O Ciclo de Estudos coloca à disposição dos alunos instalações lectivas e laboratoriais modernas e
bem equipadas, assim como acesso generalizado às bibliotecas da Universidade, a estruturas sociais
e desportivas e a infra-estruturas de comunicações e informática generalizadas.
Do ponto de vista de laboratórios específicos o DI e o CCTC asseguram uma infra-estrutura
perfeitamente actualizada e com todas as condições necessárias à realização de investigação
conducente à dissertações de doutoramento nas diversas áreas da Informática.
O Ciclo de Estudos dispõe de diversas salas de aula das quais uma se encontra totalmente
equipada com sistema de video-conferência e ensino à distância segundo as recomendações da
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
FCCN, anfiteatros dotados de equipamento multimédia e laboratórios de investigação dos diversos
grupos do CCTC. Do ponto de vista computacional o PDINF dispõe de vários sistemas de
arquitectura e aplicação diversa dos quais se destaca um cluster de 92 processadores, dois nós da
rede PlanetLAB e diverso equipamento de roteamento de vanguarda para o desenvolvimento e
experimentação de protocolos de comunicação.
Outros Recursos Humanos e Materiais
Recursos dos SDUM A Universidade do Minho dispõe de um conjunto de espaços para bibliotecas (Tabela 4), dos quais se
destaca a Biblioteca Geral da UM (BGUM) em Braga e a Biblioteca do Pólo de Guimarães (BPG). A
primeira dispõe de 4000 m2 de área útil e 354 lugares de leitura, enquanto a segunda dispõe de 1285
m2 de área útil e 250 lugares de leitura.
As bibliotecas funcionam em regime de livre acesso às estantes e estão abertas a todos os docentes,
investigadores, estudantes e funcionários da Universidade do Minho. Arquivos, bibliotecas e serviços
de documentação e/ou informação nacionais também podem utilizar as bibliotecas da Universidade
do Minho, desde que celebrem os respectivos contratos de colaboração. Pessoas exteriores à
Universidade poderão também utilizar a biblioteca mediante a emissão pelos Serviços de
Documentação de cartão apropriado.
A BGUM possui um fundo bibliográfico que abrange todas as áreas do saber, organizado
tematicamente, segundo a Classificação Decimal Universal (CDU). O fundo documental é composto
por diversos tipos de documentos, nomeadamente, monografias, publicações periódicas, obras de
referência e documentos audiovisuais. A BPG (pólo de Guimarães) cobre em especial todas as áreas
da Engenharia, História das Populações, Geografia e Arquitectura. As bibliotecas possuem ainda um
fundo especial, o qual reúne todas as publicações dos docentes, investigadores e funcionários da
Universidade do Minho. Dada a sua natureza, encontra-se sujeito a restrições especiais de leitura.
Os Serviços de Documentação gerem um conjunto de serviços de pesquisa de informação,
indispensáveis ao suporte às actividades de investigação, ensino e aprendizagem, nomeadamente:
Portal de Pesquisa
Ferramenta de pesquisa integrada, que facilita a pesquisa simultânea em diversos recursos
informativos. Integra o Catálogo Bibliográfico da U.M, o RepositóriUM, as Bases de Dados
assinadas e inúmeros recursos em acesso livre.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
Catálogo Bibliográfico da U.M.
Permite pesquisar na generalidade do fundo documental da Universidade do Minho ou restringir a
pesquisa aos fundos de cada uma das bibliotecas.
RepositóriUM
Repositório Institucional da UMinho, reúne as publicações produzidas no âmbito das actividades
científicas e académicas da Universidade do Minho, em formato digital.
Bases de Dados
Nos postos de pesquisa das Bibliotecas U.M., bem como em qualquer computador ligado à rede
da Universidade do Minho, podem ser consultadas diversas bases de dados referenciais ou de
texto integral, colecções de revistas científicas e outros conteúdos em formato electrónico,
disponíveis por assinatura anual. Segue-se uma listagem dos principais recursos disponíveis.
Bases de dados referenciais / texto integral
1. Academic Search Complete - Base de dados multidisciplinar parcialmente em texto
integral. Acesso via EBSCO Research Databases.
2. Compendex - Base de dados de referência bibliográfica, cobrindo as várias áreas de
engenharia e tecnologia. Acesso via Engineering Village 2.
3. Dissertations and Theses - Base de dados bibliográfica de dissertações de mestrado e
doutoramento, com cobertura a partir de 1861. Acesso via ProQuest.
4. IHS Specs & Standards - Base de dados de referência bibliográfica, que permite
pesquisa integrada em quase todas as instituições normalizadoras do mundo.
5. ISI Current Chemical Reactions e Index Chemicus - Base de dados de referência na
área da química (permite pesquisa por representação gráfica). Acesso via ISI Web of
Science.
6. ISI Current Contents - Base de dados multidisciplinar de referência bibliográfica de
publicações periódicas, com actualização diária.
7. ISI Journal Citation Reports - Base de dados numérica de análise do factor de impacto
das publicações periódicas e outros indicadores bibliométricos.
8. ISI Proceedings - Base de dados multidisciplinar de referência bibliográfica, de
conferências internacionais.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
9. ISI Web of Science - Bases de dados de referência bibliográfica que permitem análise de
citações (Science Citation Index, Social Sciences Citation Index, Arts & Humanities
Citation Index).
10. MathSciNet - Base de dados de referência bibliográfica da American Mathematical
Society, no domínio das ciências matemáticas.
11. ZentrallBlatt Math Database - Base de dados de referência bibliográfica na área de
matemática.
Bases de dados de Revistas científicas
12. ACM (American Computer Machinery) - Acesso às revistas da ACM Digital Library.
13. ACS (American Chemical Society) - Acesso às mais de 30 revistas da ACS, com
cobertura temporal variável.
14. AIP (American Institute of Physics) – Acesso a cerca de 15 revistas da AIP, desde 2000.
15. Annual Reviews - Acesso a cerca de 32 revistas de síntese de literatura científica, desde
1996.
16. Elsevier - Acesso a mais de 1800 revistas da Elsevier (via ScienceDirect), desde 1995.
17. IEE/IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) – Acesso (via IEEEXplore), a
todas as publicações do IEEE (Journals & Magazines, Conference Proceedings e Current
Standards), desde 1988. Revistas seleccionadas com acesso adicional desde 1950 a
1987.
18. IoP (Institute of Physics Journals) - Acesso às mais de 30 revistas do IoP, desde 1995.
19. RSC (Royal Society of Chemistry) - Acesso a cerca de 20 revistas da RSC, com
cobertura temporal variável.
20. SIAM (Society for Industrial and Applied Mathematics) - Acesso às 13 revistas da SIAM,
desde 1997.
21. Springer - Acesso (via SpringerLink) a mais de 1100 revistas, desde 1997.
22. Taylor & Francis - Acesso a mais de 1000 revistas da T&F, com cobertura temporal
variável.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
23. Wiley - Acesso (via Wiley Interscience) a mais de 500 revistas, desde 1997.
Bases de dados de livros electrónicos
Estão igualmente disponíveis diversas colecções de livros electrónicos em texto integral,
nomeadamente:
24. ChemNetBase: obras de referência (dicionários e enciclopédias) na área de química.
25. EngNetBase: manuais em diversas áreas de engenharia e informática.
26. MathNetBase: manuais na área de matemática.
27. StatsNetBase: manuais na área de estatística.
Outras informações sobre os Serviços de Documentação da Universidade o Minho estão disponíveis
em http://www.sdum.uminho.pt/site/bibum/bibum.asp.
Infra-estrutura de Comunicações, SCOM A ligação à Internet é feita via RCTS, com uma largura de banda de 1 Gbps (800 Mbps de Tráfego
Académico e 200 Mbps de Tráfego Comercial). Os SCOM fazem a gestão de toda a infra-estrutura de
comunicações associada aos 2 pólos da Universidade do Minho (Braga e Guimarães),
O PDCEPOC beneficiará sobretudo dos recursos disponibilizados no Campus de Azurém
(Guimarães), onde infra-estrutura de rede de comunicações se baseia num misto de tecnologia ATM,
Gigabit Ethernet, FastEthernet e Ethernet, sendo possível identificar dois backbones. O primeiro é
constituído por 5 sistemas de comutação ligados em anel por ATM OC3 - 155 Mbps interligados por
fibra óptica. De cada um destes comutadores irradiam ligações, também em fibra óptica, para os
comutadores de nível 2 dos diversos departamentos do campus com largura de banda de 155 Mbps.
Como backup, existe uma configuração paralela a esta estrutura ATM, em FastEthernet, que garante
o funcionamento da rede em caso de avaria do ATM. O segundo backbone Gigabit Ethernet é
constituído por 1 comutador de nível 3, de onde irradiam ligações em fibra óptica, para os
comutadores de nível 2 de alguns departamentos do campus com largura de banda de 1 Gbps.
Rede Wi-Fi
A Universidade do Minho, disponibiliza a toda a sua comunidade académica, uma infra-estrutura
de comunicações sem fios, constituída por diferentes Wireless LAN´s (WLAN) instaladas nos
Campi de Gualtar e de Azurém, bem como nas instalações do Largo do Paço, e outros espaços
de permanência dos alunos, como a Associação e Residências Académicas.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
Esta rede é suportada por equipamentos compatíveis com a recente norma IEEE 802.11g, que
suporta débitos até 54 Mbps, mantendo a compatibilidade com os equipamentos da anterior
norma 802.11b.
Em praticamente todos os espaços públicos dos campi da Universidade do Minho, é possível,
com recurso a um PC portátil, equipado com uma placa de rede Wi-Fi, aceder a um conjunto
variado de serviços e conteúdos Web disponibilizados pela Universidade do Minho, bem como o
acesso a serviços externos através da Internet.
A implementação desta rede Wi-Fi, está conforme os requisitos de segurança, autenticação,
confidencialidade e mobilidade nacional definidos pela UMIC/FCCN para as instituições
participantes na inicativa e-U. Qualquer utilizador da Universidade do Minho em visita a outra
instituição de ensino superior aderente ao e-U, deverá ter acesso à rede Wi-Fi local, mantendo os
privilégios de acesso que lhe são disponibilizados na Universidade do Minho.
Da mesma forma, qualquer utilizador de outra instituição do ensino superior aderente ao e-U, em
visita à Universidade do Minho verá assegurado o seu acesso à rede Wi-Fi local, com o mesmo
nível de privilégios que dispõe na sua instituição de origem.
Serviços Electrónicos
Na vertente de Serviços Electrónicos da iniciativa e-U, a Universidade do Minho implementa um
conjunto de serviços, dirigidos aos membros da sua comunidade académica, disponibilizados
através do portal da universidade, e dos quais se destaca os seguintes:
28. RepositoriUM - Repositório Institucional de Documentação Científica
29. Acesso ao Catálogo Bibliográfico e Sistema de Gestão de Bibliotecas da UM
30. Acesso às bases de dados e conteúdos e serviços associados, assinadas pela UM
31. Acesso à Biblioteca do Conhecimento on-line (B-on)
32. Serviços Académicos on-line
33. Intranet - Serviço de Gestão Administrativa (Docentes e funcionários)
34. Serviços de Acção Social on-line
35. Associação Académica on-line
36. Plataforma p2p de partilha de conhecimento
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
37. Acesso a projectores multimédia através rede Wi-Fi e-U
38. Serviço de videoconferência
Outras informações sobre os Serviços de Comunicações da Universidade o Minho estão disponíveis
em http://www.scom.uminho.pt/.
Investigação Relevante para o PDINF
A Universidade do Minho desenvolve investigação fundamental e aplicada em Informática
através do seu Centro de Ciências e Tecnologias da Computação – CCTC. Os seus membros
são, na sua maioria, professores e estudantes de pós-graduação do Departamento de
Informática da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Actualmente, conta com
mais de 50 investigadores doutorados e cerca de 70 alunos de doutoramento, cuja actividade
se tem traduzido, anualmente, na publicação de mais de cem artigos (constantes nos principais
indíces internacionais), na formação de uma dezena de doutorados, na captação de uma
dezena de projectos de investigação e na gestão de um orçamento global de quase um milhão
de Euros.
Desde a sua criação em 2003, o CCTC garantiu em todos os indicadores da sua produção e
impacto científico um crescimento substancial e consistente. Nomeadamente, duplicou no
último período de avaliação o número de publicações indexadas no ISI Web of Science em
relação ao período anterior. Duplicou também no mesmo período o financiamento directo
para projectos de investigação (quer junto de instituições de fomento científico quer da
indústria). Finalmente, como indicador inequívoco de vitalidade, o CCTC atingiu anualmente
um crescimento de 50% no valor do financiamento directo a alunos de doutoramento.
O ciclo de estudos proposto aparece pois como corolário deste crescimento, permitindo
alicerçar a formação avançada em Informática na experiência e dinamismo da equipa de
investigação do CCTC e consolidar o impacto do CCTC na sociedade. Por outro lado, um
programa doutoral com as características propostas traduz uma aposta clara do CCTC na
manutenção do ritmo de crescimento, procurando assim adaptar a formação de terceiro ciclo
associada às necessidades da investigação de excelência.
Áreas de Investigação
O CCTC cobre um vasto leque de tópicos de investigação das ciências e tecnologias de
computadores que lhe permitem uma intervenção generalizada no domínio da Informática e
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
se reflectem na estrutura curricular do ciclo de estudos proposto. Em concreto, os
investigadores do CCTC organizam-se em torno de cinco grandes áreas de investigação:
Inteligência Artificial
Este grupo tem como alvo a Inteligência Artificial e a sua aplicação a artefactos inteligentes.
Artefactos inteligentes são aqui entendidos como soft-bots ou sistemas fisicos contendo
equipamento de computação e software para receberem e processarem dados sensoriais,
raciocinando e actuando racionalmente no seu ambiente. Exemplos destes artefactos
encontram-se desde agentes de software até robots móveis terrestres. Recentemente, este
grupo tem-se debruçado sobre a Representação de Conhecimento, Agentes Racionais e
Sistemas Multi-Agente, aplicando estas técnicas e metodologias associadas, à resolução de
problemas concretos, especificando e desenvolvendo protótipos e ferramentas, no âmbito da
Informática Médica (por exemplo, com o Hospital Sto. António), Bioinformática e a
Informática Jurídica.
Comunicações e Redes de Computadores
As actividades deste grupo centram-se na promoção do estudo, conhecimento e utilização de
redes de computadores e dos protocolos com elas relacionados. Recentemente, este grupo
tem-se centrado nos desafios resultantes da integração de serviços e aplicações actuais e
emergentes em redes com requisitos de qualidade de serviço (Quality of Service – QoS).
Nomeadamente, através da proposta de mecanismos de controlo de tráfego e estratégias
orientadas ao serviço para controlar QoS e SLS em redes IP multi-serviço, do
encaminhamento e controlo de tráfego sensíveis à QoS e da introdução de QoS na camada de
transporte.
Fundamentos e Aplicações de Tecnologia de Software
A investigação em tecnologia de software cobre uma gama de tópicos incluindo a interação
humano-computador, componentes de software, sistemas reactivos, tecnologia de linguagems
e segurança, tanto numa perspectiva fundamental como numa contribuição aplicacional. A
abordagem do grupo caracteriza-se pelo rigor e pela utilização de métodos formais e modelos
abstractos, com diferentes graus de formalismo. O seu impacto na sociedade inclui o Projecto
Piloto de Votação Electrónica da UMIC e a colaboração com o Instituto dos Arquivos
Nacionais Torre do Tombo.
Computação de Elevado Desempenho e Gráfica
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
Este grupo explora a sinergia entre duas áreas de investigação que se sobrepõen: a
computação de elevedo desempenho, na computação paralela e escalável, a computação
gráfica, na visão por computador e nos gráficos interactivos. Tipicamente, os casos de estudo
da computação de elevado desempenho relacionam-se com gráficos, enquanto que a
investigação em computação gráfica necessita de elevado desempenho e fidelidade.
Recentemente, este grupo tem-se dedicado ao desenvolvimento de tecnologias de
processamento de imagem, rendering interactivo de alta fidelidade em ambientes dinâmicos, e
ferramentas genéricas para computação paralela e em grid. Esta investigação foi aplicada
numa simulação de fogos florestais em grid para suporte à decisão em tempo real no contexto
da protecção civil. Este trabalho foi premiado com o IBM Shared University Research Award
em 2005.
Sistemas Distribuídos de Grande Escala.
Este grupo reúne investigadores dedicados a um conjunto de áreas que partilham desafios
enraizados na grande escala dos sistemas informáticos actuais. Recentemente, o trabalho deste
grupo centra-se na disseminação de dados, confiabilidade na gestão de dados, administração
de infraestruturas confiáveis e mineração de dados, todos caracterizados por um grande
número de computadores interligados e/ou grandes volumes de dados. O desenvolvimento de
mecanismos inovadores no âmbito de cloud computing foi premiado com um HP Innovation
Research Award em 2008.
Gestão para a Excelência
O CCTC tem implementada uma estratégia de incentivo à excelência. Esta assenta em
primeiro lugar na promoção da multidisciplinaridade, da internacionalização da sua actividade
através do estabelecimento de parcerias multinacionais em projectos de investigação e
desenvolvimento e de ensino pós-graduado. Em segundo lugar, assenta na na forte
selectividade nos fórums de divulgação da investigação desenvolvida, tendo adoptado uma
classificação interna de qualidade, usada como instrumento de alocação de financiamento e
como base de uma politica de incentivos à iniciativa. Finalmente, o CCTC implementou
mecanismos de auto-avaliação e auto-caracterização da sua investigação, com impacto na sua
divisão em grupos, partindo da observação de indicadores objectivos de produção.
Mais informação...
Informação detalhada sobre as actividades do CCTC, incluindo os projectos, publicações e
protótipos desenvolvidos, podem ser consultados em http://cctc.uminho.pt. Em detalhe:
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
1. a listagem de todas as publicações, classificadas segundo a sua presença em índices
internacionais reconhecidos e de acordo com a classificação interna do centro, estão
disponíveis em http://cctc.uminho.pt/publications
2. a listagem de todos os projectos em que o centro está envolvido, incluindo projectos
financiados pela Fundação de Ciência e Tecnologia, pelos 6º e 7º Programas Quadro
da União Europeia, e directamente pela indústria, estão disponíves em
http://cctc.uminho.pt/projects
3. a listagem de todos os membros, incluindo os seus curriculos resumidos, produtividade e
actividades actuas, estão disponíveis em http://cctc.uminho.pt/research_members
6. Encargos decorrentes com o funcionamento do curso
Uma vez que parte dos recursos utilizados no curso proposto será partilhada por outros projectos
de ensino já em funcionamento e que a componente da dissertação poderá beneficiar de fundos
provenientes de projectos de I&D a decorrer na Universidade do Minho com financiamento próprio,
prevê-se que as receitas de propinas garantam a auto-suficiência do PDINF.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
ANEXOS
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
Anexo 1 – Minuta de Resolução do Senado Universitário
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
Senado Universitário
R l ã
SU-#/2009
Sob proposta da Escola de Engenharia;
Ouvido o Conselho Académico;
Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 11, no nº 1 do artigo 61, no nº 1 do artigo
71 e no artigo 74 da Lei nº 62/2007, de 10 de Setembro; no Decreto-Lei nº
74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-Lei nº 107/2008, de 25 de
Junho; e no nº 2 do artigo 121 dos Estatutos da Universidade do Minho,
publicados no Diário da República, 2ª série, de 5 de Dezembro de 2008;
O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de # de #
de 2009, determina:
1º
(Criação de ciclo de estudos)
É criado na Universidade do Minho o Ciclo de Estudos conducente à obtenção
do Grau de Doutor emInformática , de acordo com a presente resolução.
2º
(Organização do ciclo de estudos)
O ciclo de estudos conducente à obtenção do Grau de Doutor em Informática, adiante simplesmente designado por ciclo de estudos, organiza-se pelo sistema europeu de transferência de créditos (ECTS).
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
3º
(Estrutura curricular)
A estrutura curricular do ciclo de estudos consta em anexo à presente
Resolução.
4º
(Plano de estudos)
O plano de estudos do ciclo de estudos será fixado por despacho do Reitor da
Universidade do Minho, sob proposta dos órgãos para o efeito competentes, a
publicar na II Série do Diário da República.
5º
(Habilitações de acesso)
1. São admitidos à candidatura ao ciclo de estudos conducente à obtenção do
Grau de Doutor em Informática os titulares do grau de Mestre em Informática,
Mestre em Engenharia Informática ou em áreas afins, legalmente equivalentes.
2. São também admitidos à candidatura ao ciclo de estudos conducente à
obtenção do Grau de Doutor em Informática os titulares de grau de licenciado em
áreas afins à Informática ou Engenharia Informática desde que detentores de um
currículo escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido
como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo
Conselho Científico da Escola de Engenharia.
3. Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja
reconhecido, pelo Conselho Científico Escola de Engenharia como atestando
capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
6º
(Condições de acesso)
1. A matrícula e inscrição no curso estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar
anualmente por despacho do Reitor.
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
2. O despacho a que se refere o nº1 deste artigo, estabelecerá ainda o número
mínimo de inscrições indispensável ao funcionamento do curso.
7º
(Titulação)
1. Os alunos que obtenham aprovação nas unidades curriculares que integram o
plano de estudos do ciclo de estudos têm direito a uma carta doutoral que
certifica o grau de Doutor em Informática.
2. Os alunos que terminem com aproveitamento a componente curricular do
plano de estudos do ciclo de estudos têm direito a um Diploma de Estudos
Avançados em Informática.
8º
(Início de funcionamento)
O início de funcionamento do ciclo de estudos será fixado por despacho do
Reitor, depois de verificada a existência dos recursos humanos e materiais
necessários à sua concretização.
Universidade do Minho, XX de XXXX de 2009.
O Presidente do Senado Universitário,
A. Guimarães Rodrigues
Programa Doutoral em Informática – Setembro 2009
SU-#/200# (anexo) 1. Área Científica do curso:
Informática
2. Duração normal do curso:
8 semestres
3. Número mínimo de unidades de crédito necessário à atribuição do grau:
240 ECTS
4. Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito (ECTS):
Áreas científicas obrigatórias
Ciências e Tecnologias Complementares 10 ECTS
Informática 230 ECTS
Curso de Doutoramento· 60 ECTS
Tese 180 ECTS
• Taxa de matrícula e propinas:
Estes montantes serão fixados nos termos legais e regulamentares em vigor.
Anexo 2 – Plano de estudos: UNIVERSIDADE DO MINHO
Escola de Engenharia
Ciclo de Estudos conducente à obtenção do grau de Doutor em Informática
Programa Curricular (1º Semestre)
QUADRO N.º 2
TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES
ÁREA CIENTÍFICA
TIPO TOTAL CONTACTO
CRÉDITOS OBSERVAÇÕES
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Seminário em Ciências e Tecnologias da Computação I INF Semestral 140 45 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação I INF Semestral 140 45 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação II INF Semestral 140 45 5
Opção Científico-Tecnológica em Computação III INF Semestral 140 45 5
Opção Comportamental e de Inovação I CTC Semestral 140 45 5
Opção Comportamental e de Inovação II CTC Semestral 140 45 5
Notas: (2) Indicando a sigla constante do item 9 do formulário. (3) De acordo com a alínea c) do n.º 3.4 das normas. (5) Indicar para cada actividade [usando a codificação constante na alínea e) do n.º 3.4 das normas] o número de horas totais. Ex: ............................................................................................................................................T: 15; ............................................................................................................................................... PL: 30.
(7) Assinalar sempre que a unidade curricular for optativa
Anexo 3 – Proposta de Regulamento Interno da Direcção de Curso
PROGRAMA DOUTORAL
EM
INFORMÁTICA
PROPOSTA DE
REGULAMENTO INTERNO
Escola de Engenharia
Universidade do Minho
2009
Artigo 1º
(Natureza e Âmbito de Aplicação)
1 - O presente Regulamento dá cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março e no Regulamento
do Ciclo de Estudos Conducentes à Obtenção do Grau de Doutor pela Universidade do Minho.
2 - As normas contidas neste Regulamento destinam-se ao Programa Doutoral em Informática (PDINF), criado pela
Resolução SU-__/200#, de __ de _________, adiante designado por Programa.
CAPÍTULO I
Princípios Gerais
Artigo 2º
(Objectivos)
O objectivo do Programa Doutoral em Informática é a formação de especialistas e investigadores na área da Informática,
altamente qualificados e capazes de um trabalho autónomo de investigação, desenvolvimento e inovação em ambiente
universitário ou empresarial
Artigo 3º
(Estrutura Curricular e Plano de Estudos)
1 - O Programa Doutoral é organizado segundo um sistema de créditos que inclui uma componente curricular 60 ECTS, a
seguir designado por Curso de Doutoramento, e uma dissertação com 180 ECTS.
2 - A componente curricular tem um plano de estudos definido individualmente para cada aluno, pela Comissão Directiva
do Programa.
Artigo 4º
(Grau de Doutor)
1 - A concessão do grau de Doutor é feita mediante a frequência e aprovação do Curso de Doutoramento e ainda a
elaboração de uma tese científica, de acordo com o previsto no Artº 31 do Decreto-lei nº 74/2006, de 24 de Março.
2 - O número total de unidades de crédito necessário à atribuição do grau é de 240 ECTS.
3 - O grau de Doutor será conferido em Informática
4 - O grau de Doutor é certificado por uma Carta Doutoral.
Artigo 5º
(Duração e Certificação do Programa Doutoral)
1 - O Programa tem a duração de 8 semestres em regime de tempo integral, e o equivalente em tempo parcial,
compreendendo a frequência e aprovação no Curso de Doutoramento e a elaboração de uma tese.
2 - A aprovação no Curso de Doutoramento confere o direito a um Diploma de Estudos Avançados em Informática.
CAPÍTULO II
Candidatura e Selecção de Candidatos. Taxas de Candidatura e Matrícula e Propinas de Inscrição
Artigo 6º
(Numerus Clausus e Prazos)
O número de vagas do Programa, os prazos de candidatura e de inscrição e o calendário lectivo são fixados por despacho
reitoral, sob proposta do Conselho Científico da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, adiante designado por
Conselho Científico, sendo publicitados através de edital para cada edição do Programa.
Artigo 7º
(Habilitações de Acesso)
1 - Podem candidatar-se à matrícula:
a) os titulares do grau de mestre em áreas afins à Engenharia Informática; b) os titulares de grau de licenciado em áreas afins à Engenharia Informática, desde que detentores de um currículo
escolar ou científico especialmente relevante que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho Científico da Escola de Engenharia;
c) Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido, pelo Conselho Científico Escola de Engenharia como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
2 - O reconhecimento a que se referem as alíneas b) e c) do número anterior tem como efeito apenas o acesso ao ciclo de
estudos conducente ao grau de doutor e não confere, ao seu titular, a equivalência ao grau de licenciado ou de mestre,
ou ao seu reconhecimento.
3 - Poderão ser admitidos, como supranumerários, candidatos que frequentaram a parte curricular de uma edição anterior
do Programa.
Artigo 8º
(Apresentação de Candidaturas)
1 - As candidaturas deverão ser formalizadas em boletim de candidatura próprio e submetidas, por via electrónica, ao
Gabinete de Pós-Graduação da Escola de Engenharia.
2 - O requerimento de candidatura, deve ser instruído com:
a) documentos comprovativos das habilitações de acesso ao Programa Doutoral de que o candidato é titular; b) curriculum vitae actualizado;
c) a indicação da área do conhecimento da candidatura.
Artigo 9º
(Competência para a Selecção)
1 - As candidaturas serão analisadas pela Comissão Directiva do Programa, que elaborará um parecer sobre a aceitação
de cada candidato, o submeterá para apreciação da Comissão Científica do Departamento responsável pela área do
conhecimento da candidatura e o enviará ao Conselho Científico da Escola de Engenharia.
2 - A decisão sobre a aceitação da candidatura compete ao Conselho Científico da Escola.
Artigo 10º
(Critérios de Selecção)
1 - Os candidatos serão seleccionados de acordo com os seguintes critérios:
a) curriculum académico, científico e técnico; b) experiência profissional na área do Programa.
Artigo 11º
(Classificação e Ordenação dos Candidatos)
1 - Com base nos critérios referidos no artigo anterior, a Comissão Directiva do Programa procederá à classificação e
ordenação dos candidatos e elaborará uma acta fundamentada da qual constará a lista de admitidos (incluindo os
suplentes) e de não admitidos.
2 - A acta está sujeita a homologação pelo Conselho Científico da Escola de Engenharia.
3 - A Comissão Directiva do Programa notificará os candidatos, através de ofício registado, da decisão relativa à
classificação e respectiva ordenação.
4 - Da decisão não cabe recurso, salvo se arguida de vício de forma.
5 - A Comissão Directiva enviará aos Serviços Académicos toda a documentação relativa ao processo de selecção e
seriação dos candidatos.
Artigo 12º
(Taxas de Candidatura e Matrícula e Propinas de Inscrição)
São devidas taxas de candidatura e de matrícula, bem como propinas de inscrição, nos termos do estipulado no
Regulamento do Grau de Doutor da U. M.
A matrícula no Programa deverá ser renovada anualmente e acompanhada de um parecer favorável da Comissão Directiva
do Programa.
Artigo 13º
(Aceitação da Candidatura)
1 - Um aluno que tenha sido admitido para frequentar o Programa ficará provisoriamente inscrito durante um período
probatório de um ano.
2 - Após a aprovação no Curso de Doutoramento, o aluno deverá submeter o plano de trabalhos da tese à aprovação do
Conselho Científico da Escola de Engenharia.
CAPÍTULO III
Organização, Estrutura e Avaliação do Programa Doutoral
Para além deste regulamento, a organização, estrutura e avaliação do Programa Doutoral é realizada de acordo com a
regulamentação em vigor, nomeadamente, o Regulamento o Grau de Doutor conferido pela Universidade do Minho,
estatutos e outra regulamentação emanada pelo Conselho Académico.
Artigo 14º
(Programa Doutoral)
1 - O Programa Doutoral, cuja aprovação é da competência do Conselho Científico da Escola de Engenharia tem uma
duração de 8 semestres, podendo esse prazo ser prorrogado, em casos devidamente fundamentados, por um período
de até um ano.
2 - O Programa integra:
a) o Curso de Doutoramento; b) a elaboração de uma tese.
3 - O programa doutoral integra um período probatório de um ano, em que é avaliada a capacidade do aluno para a
realização com sucesso do doutoramento.
4 - A admissão à tese supõe que o candidato tenha concluído com sucesso o período probatório.
5 - O programa considera-se concluído após a entrega e defesa da tese.
6 - A aprovação no Curso de Doutoramento (desde que não inferior a 60 ECTS) confere o direito a um Diploma de Estudos
Avançados em Informática bem como a classificação final.
Artigo 15º
(Organização do Curso de Doutoramento)
1 - O Curso de Doutoramento é constituído por Unidades Curriculares de formação transversal, uma Unidade Curricular de
Planeamento da Tese e Unidades Curriculares de Formação Avançada, num total de 60 ECTS.
2 - Poderão ainda constituir unidades curriculares do Curso de Doutoramento outras unidades curriculares de formação
avançada leccionadas na Universidade do Minho ou por outras universidades ou instituições de investigação, nacionais
ou estrangeiras, quando aprovadas pelo Conselhos Científicos das Escolas.
Artigo 16°
(Plano de Estudos Individual)
1 - Como resultado da admissão ao Programa, a Comissão Directiva elabora um plano de estudos individual para cada
aluno tendo em atenção o seu perfil, sob proposta do tutor.
2 - O plano de estudos individual integra as várias unidades curriculares que o estudante deverá realizar, de acordo com o
plano de estudos vigente.
3 - Na definição do plano de estudos individual deverão ser tidos em consideração diversos factores, nomeadamente:
a) o perfil do estudante: a sua formação de base; o seu currículo técnico-científico; a sua experiência e actividade profissional; os seus interesses técnico-científicos;
b) as restrições impostas pela estrutura do curso.
4 - Dependendo da formação prévia do candidato, podem ser concedidas equivalências a unidades curriculares da área
científica do curso até um máximo de 40 ECTS.
a) 20 ETCS podem ser baseados em estágios ou experiência curricular ou equivalências a formações complementares anteriores;
b) 40 ETCS equivalência a unidades curriculares com base em formação anterior de 3º ciclo.
5 - Para cada estudante é proposto um tutor. Este será um docente doutorado que acompanha o estudante durante o
período probatório ou até nomeação do orientador (obrigatoriamente definido até ao final do 1º Semestre). Este será
nomeado por proposta da Comissão Directiva e com o acordo do aluno.
6 - O plano de estudos individual, o tutor e o orientador, carecem de aprovação da Comissão Científica do Departamento a
que pertence o orientador e, posteriormente, do Conselho Científico da Escola de Engenharia.
7 - A avaliação do período probatório consiste numa prova pública de Avaliação de Capacidade de Investigação, com
apresentação, discussão e defesa do plano de trabalhos detalhado da dissertação.
8 - A aprovação do período probatório requer que tenham sido realizadas com sucesso: as unidades curriculares
correspondentes ao primeiro ano do Curso de Doutoramento e a apresentação do plano de trabalhos.
Artigo 17º
(Aprovação nas Unidades Curriculares)
1 - Os regimes de faltas, de avaliação de conhecimentos e de classificação das unidades curriculares que integram a
componente curricular serão os previstos nos Regulamentos relevantes da Universidade do Minho.
2 - A unidade curricular Planeamento de Tese, cujo responsável é o orientador, integra a apresentação e discussão pública
de uma proposta de trabalho para doutoramento.
3 - Para esta discussão será nomeado um júri, presidido pelo director do Programa ou por um seu representante e que
integra o orientador, um examinador interno e um examinador externo.
4 - A classificação final da unidade curricular Planeamento de Tese será atribuída pelo júri referido no nº 3, tendo em
consideração a proposta elaborada, a respectiva discussão e os resultados das restantes actividades integradas nesta
unidade curricular.
5 - Ao Curso de Doutoramento é atribuída uma classificação final expressa no intervalo de 10-20 da escala numérica
inteira de 0 a 20, bem como no seu equivalente na escala europeia de comparabilidade de classificações.
a) A classificação final considerará as classificações obtidas nas unidades curriculares que constituem o plano de estudos, tendo em conta os créditos atribuídos a cada componente.
b) A aprovação no Curso de Doutoramento requer que a classificação de cada componente seja igual ou superior a 10.
Artigo 18º
(Admissão da Dissertação)
Sem prejuízo da duração máxima do Programa legalmente estipulada, o pedido de admissão à preparação da dissertação
deverá ser formalizado até 30 dias após obter aprovação no Curso de Doutoramento, com a apresentação dos seguintes
documentos:
a) requerimento de admissão dirigido ao Conselho Científico, no qual deve ser mencionado o nome do orientador e a área científica do Programa;
b) tema e plano de trabalho da dissertação; c) declaração de aceitação, por parte do orientador; d) declaração de aceitação da Comissão Científica do Departamento e da direcção do Centro de Investigação onde
as actividades se integram e) certidão comprovativa de aproveitamento no Curso de Doutoramento.
Artigo 19º
(Orientação da Dissertação)
1 - A preparação da dissertação de doutoramento, incluindo os trabalhos de investigação que lhe são inerentes, é
obrigatoriamente orientada por um Doutor, docente ou investigador, do Departamento de Informática da Universidade
do Minho.
2 - Podem ainda co-orientar a preparação da dissertação, docentes doutorados e investigadores doutorados da Escola de
Engenharia ou de outras instituições, bem como especialistas na área da dissertação, de competência reconhecida
pelo Conselho Científico.
3 - O Conselho Científico pode permitir a mudança de orientador e/ou do tema de dissertação, mediante requerimento
fundamentado do candidato e/ou orientador(es).
4 - O Conselho Científico pode, por razões devidamente fundamentadas, ouvido(s) o(s) orientador(es) e o candidato,
anular a inscrição no ciclo de estudos.
Artigo 20º
(Admissão à Discussão da Dissertação)
1 - Para que a dissertação seja aceite para discussão o candidato deve ser autor ou co-autor de pelo menos uma publicação
internacional de qualidade (publicada ou aceite para publicação)
2 - A escrita e defesa de dissertação poderá ser feita em língua inglesa, devendo este facto ser explicitado no Plano de
Trabalhos da dissertação.
Artigo 21º
(Requerimento das Provas)
1 - O candidato, após a conclusão dos trabalhos da dissertação deve apresentar ao Reitor requerimento para a realização
das provas de doutoramento, acompanhado dos seguintes elementos:
a) 10 exemplares da dissertação; b) 10 exemplares do curriculum vitae; c) 3 exemplares da dissertação em suporte digital; d) 10 exemplares do resumo da dissertação em Português e Francês/ou Inglês, com a extensão máxima de uma
página; e) parecer(es) do(s) orientador(es), salvo quando o candidato se apresenta a provas sob sua exclusiva
responsabilidade, nos termos legais; f) declaração da Comissão Directiva de que o aluno satisfaz as condições de admissão à discussão da dissertação; g) declaração relativa ao depósito da dissertação no RepositoriUM.
Artigo 22º
(Constituição do Júri)
1 - O júri de doutoramento é constituído:
a) pelo Reitor, que preside, ou por quem dele receba delegação para esse fim; b) por um mínimo de três vogais doutorados; c) pelo orientador ou co-orientadores, sempre que existam.
2 - No mínimo, dois dos membros do júri referidos na alínea b) do número anterior são designados de entre professores e
investigadores doutorados de outras instituições de ensino superior ou de investigação, nacionais ou estrangeiras.
3 - Pode ainda fazer parte do júri especialista de reconhecida competência na área científica em que se insere a
dissertação.
4 - O júri deve integrar, pelo menos, três professores ou investigadores do domínio científico em que se insere a
dissertação.
CAPÍTULO IV
Gestão do Programa
Artigo 23º
(Regulamentação)
Para além deste regulamento, a gestão do Programa é realizada de acordo com a regulamentação em vigor,
nomeadamente, o Regulamento o Grau de Doutor conferido pela Universidade do Minho, estatutos e outra regulamentação
emanada pelo Conselho Académico e pelo Conselho Científico da Escola de Engenharia.
Artigo 24º
(Órgãos de Gestão do Programa)
São órgãos de gestão do Programa a Comissão Directiva e o Director de Programa.
Artigo 25º
(Comissão Directiva)
1- Comissão Directiva é composta por 5 elementos do Departamento de Informática.
2 Os elementos da Comissão Directiva serão nomeados pela Comissão Científica doDepartamento de Informática.
Artigo 26º
(Competências da Comissão Directiva)
Compete à Comissão Directiva do Programa:
a) planear as unidades curriculares, seminários, cursos intensivos e outras actividades do Programa a realizar em cada ano lectivo, assegurar-se da sua realização, coordenar o seu funcionamento e avaliar o modo como decorrem;
b) promover o Programa no país e no estrangeiro; c) conduzir o processo de candidatura e de selecção de candidatos ao Programa; d) elaborar as propostas de Planos de Estudos Individuais e de nomeação do tutor para cada um dos candidatos
seleccionados, tendo em consideração o percurso académico e experiência profissional dos candidatos bem como os seus interesses de investigação e tendo também em linha de conta as actividades de I&D conduzidas pelos membros do Departamento;
e) conceder equivalências de Unidades Curriculares e creditar formação adquirida previamente; f) coordenar o processo de avaliação Curso de Doutoramento, nomeadamente no que diz respeito ao júri para
apreciação da proposta de doutoramento; g) propor os orientadores (e eventualmente co-orientadores) das dissertações à Comissão Científica do departamento
do orientador principal, tendo em conta os resultados da fase de preparação, as recomendações dos responsáveis de estudos, as indicações de interesse por parte dos candidatos e também as manifestações de disponibilidade por parte dos orientadores;
h) propor, para indicação pela Comissão Científica do Departamento do orientador principal, eventuais alterações de temas de dissertação e/ou orientadores.
i) verificar o cumprimento dos requisitos para a atribuição do grau, nomeadamente a existência de publicações, e dar andamento ao processo no que se refere à constituição do júri de apreciação da dissertação;
j) emitir os pareceres necessários para a renovação anual da matrícula e de admissão à discussão da dissertação; l) interagir com os Serviços Académicos de forma a garantir a realização dos registos académicos referentes ao
Programa; m) monitorar o desenrolar dos trabalhos em curso visando a apresentação das dissertações de doutoramento,
propondo quaisquer acções para a correcção de eventuais situações anómalas detectadas; n) elaborar os relatórios de actividades e financeiro correspondente a cada ano lectivo. Estes relatórios deverão ser
enviados ao CC da EEng; o) incentivar a realização de actividades complementares e de intercâmbio com instituições similares do mesmo
domínio científico, nacionais e estrangeiras; p) propor quaisquer alterações à estrutura do Programa e às suas unidades curriculares consideradas adequadas
para um melhor desempenho e funcionamento do Programa; q) exercer outras acções de gestão necessárias ao bom funcionamento do Programa bem como exercer outras
competências que lhe sejam atribuídas pela Comissão Científica do Departamento de Informática.
Artigo 27º
(Director de Programa)
O Director de Programa será um Professor da Escola de Engenharia, eleito de entre os membros da Comissão Directiva. O
mandato do Director de Programa é de 2 anos, renovável.
Artigo 28º
(Competências do Director de Programa)
Compete ao Director do Programa:
a) representar a Comissão Directiva em quaisquer órgãos internos à Universidade do Minho e também no seu exterior;
b) coordenar os trabalhos da Comissão Directiva e presidir às reuniões; c) despachar os assuntos correntes; d) exercer as competências gerais que lhe forem delegadas pela Comissão Directiva.
Artigo 29º
(Casos Omissos)
Os casos omissos reger-se-ão pelo Regulamento do Ciclo de Estudos Conducentes à Obtenção do Grau de Doutor pela
Universidade do Minho.
Artigo 30º
(Revisão do Regulamento)
O presente regulamento poderá ser revisto decorridos dois anos após a sua aprovação e entrada em vigor ou sempre que
nova reedição do Programa o justifique.
Artigo 31º
(Transição)
Os candidatos que tenham sido admitidos à preparação de doutoramento numa dada área científica em data anterior à da
criação, transitam para o Programa Doutoral em Informática, ao abrigo dos Dec-Lei 74/2006 e 107/2008
Artigo 32º
(Entrada em Vigor)
O presente regulamento entra em vigor após a sua publicação e é aplicado a todos os alunos que se matriculem no
Programa Doutoral em Informática, criado ao abrigo do Dec.-Lei 74/2006.
Anexo 4 – Condições de Candidatura e Critérios de Selecção
1. São admitidos à candidatura ao Programa Doutoral em Informática, os titulares do grau de Mestre em Engenharia
Informática ou em áreas afins, legalmente equivalentes.
2. São também admitidos à candidatura ao Programa Doutoral em Informática os titulares de grau de licenciado em
áreas afins à Engenharia Informática desde que detentores de um currículo escolar ou científico especialmente relevante
que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho Científico da
Escola de Engenharia.
3. Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido, pelo Conselho Científico Escola de
Engenharia como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos.
4. São também admitidos à candidatura ao Programa Doutoral em Informática os candidatos que cumpram um dos
requisitos constantes nas alíneas a) a c) do ponto 1 do artigo 7º / Programa Doutoral em Engenharia Biomédica, e os
candidatos que cumpram um dos requisitos constantes nas alíneas b) e c) do ponto 1 do artigo 30º do Decreto-Lei
74/2006, de 24 de Março.
Os candidatos serão seleccionados de acordo com os seguintes critérios:
a) curriculum académico, científico e técnico;
b) experiência profissional na área do Programa;