pdf-slides- idosos - psicologia da adultez
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Elaboração: Nara Cardonna
Orientação: Professora Erondina Algerich Antunes
2010
Dados de identificação
Nome: H. Y. A
Sexo: Feminino, Nascida no Japão
Idade: 83 ( 1927)
Escolaridade: 3° Grau ( Enfermeira)
Atividade: Aposentada há 30 anos
Educação: Fala japonês, português francês e inglês. Estudou na Universidade de Paris , Sorbonne, França Conhece vários países entre eles O Japão, Grécia e Holanda.
Longevidade : Viver para ela é um prazer, “ sei mas não penso na morte” - só não quer morrer depois do marido.
Qualidade de Vida: Minha mãe tinha 17 anos, cálice de
vinho tinto todos os dias, foi adolescente com peso saudável, come pouca carne vermelha, muito peixe, bebe 3 litros de água por dia, dorme 8 horas e faz a sesta, é espontânea, adaptativa, afetuosa , motivada pela vida. Muito comunicativa e procura aprender as novidades que lhe interessam, como o computador, não é sedentária, cuida da saúde .
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Lazer: Vai para a Fazenda e fica vários dias do mês, recebe os visitantes amigos dos filhos e compradores, diz que não é trabalho, pois se diverte muito. Gosta de ouvir música clássica (Chopin), ler e meditar. Usa o computador (Web) para falar com a filha, netos e os amigos no Japão.
Vida Social Atualmente é muito pouca durante o ano, só se intensifica no mês de Dezembro, leva brinquedos no Hospital da criança, cestas básicas em vários asilos e centros comunitários
Atividade Física:
Caminha cerca de 30 minutos por dia, faz alongamento e hidroginástica, cuida da casa, faz as refeições.
FAMÍLIA: Possui dois filhos, um casal.
Ambos formados no 3° grau, tem dois netos. Disse que teve o primeiro filho aos 33 e dois anos depois a filha. Tem uma irmã ( 80) e uma cunhada (77)que frequentaa casa , únicos parentes.
Os filhos são presentes e afetuosos.
VIDA AFETIVA: Ama muito o marido, e se sente muito amada e que eles ainda se fazem carinhos íntimos, pouco, mas fazem. Disse que fez sexo pela primeira vez aos 20 anos, com seu marido, gosta muito de abraçar e beijar. Casou-se com 30 anos .
AMIGOS : Aqui no Brasil todos já morreram,
mas tem os amigos dos filhos e os do Japão.
DOENÇA: Nenhuma, faz Check-up todo ano
TRATAMENTO:
Só dentário
MOSQUERA (1987, p.18), encerra a essência da natureza humana quando afirma:
"A pessoa é natureza racional e substância individual, entre outras palavras, a natureza humana é a forma vital das pessoas.Por isto a consciência de si mesmo, o conhecimento de si e o ser de si mesmo têm um claro sentido determinatório e esclarecedor da universalização."
Consciência = atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade.
Natureza = Força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de todas as coisas
Universal = comum a todos os homens
, MOSQUERA (1987, p.18), encerra a essência da natureza humana quando afirma:
"A pessoa é natureza racional e substância individual, entre outras palavras, a natureza humana é a força vital das pessoas.Por isto a consciência de si mesmo, o conhecimento de si e o ser de si mesmo têm um claro sentido determinatório e esclarecedor da universalização."
Dados de identificação: 83 anos –
Segundo Mosquera está na Adultez velha final ( 75 até ....)
(Mosquera, 1982) - O que se percebe é o declínio biológico, mas cada ano vivido leva a uma representatividade pessoal intensa no percurso existencial, talvez pela proximidade do final da vida.
VIDA ADULTA – CONFIGURAÇOES As pessoas inseridas nas faixas etárias entre a idade adulta média e a terceira idade, se defrontam com
problemas angustiantes e desafiadores. O fato de se presenciar neste país, uma total falta de consideração e respeito para com todos aqueles que ofertaram o melhor de suas existências como força de trabalho produtivo. Suprimir o pensamento de que o que resta é só mesmo a aposentadoria, é uma tarefa que só pode ser cumprida com o resgate da autoconfiança , com o aguçamento da Auto-Imagem e Auto-Estima mais positiva, sustentada pelos parâmetros da manutenção da saúde e da melhoria da qualidade de vida.
KELLER (in MOSQUERA 1987, p.16) assinala a transcendência do homem amparada em três pontos: Auto realizaçao, evoluçao, transformaçao moral; Relacionamento vital, diálogo – encontro; Validade das açoes e critérios morais ante a vida pessoal e com critérios morais ante a vida pessoal e comunitária. HEIDGGER tenta descrever a atuaçao da pessoa como centro de atividade, e através desta, determinar-lhe a
condiçao e a valoraçao destacando: Vivências impulsivas na intimidade (vitais); Os impulsos vinculados ao eu (interesses e tendências); As vivências vinculadas ao meio ambiente; As emoçoes, sentimentos e valores. Tal universo dinâmico estrutura a totalidade do que se considera a persona. De sorte que, MOSQUERA (1987,
p.18), encerra a essência da natureza humana quando afirma: "A pessoa é natureza racional e substância individual, entre outras pala- vras, a natureza humana é a forma vital das pessoas.Por isto a consciên- cia de si mesmo, o conhecimento de si e o ser de si mesmo têm um claro sentido determinatório e esclarecedor da universalizaçao." Gonzalo Ramires (2002) .... Numa mesma pessoa podem existir várias idades: A psicológica ( a idade do
espírito), a mental (idade do critério e do entendimento), a social (idade imposta pela comunidade), a cultural ( a idade dos conhecimentos), e a econômica ( a idade dos recursos para satisfazer as necessidades.)
“ Há pessoas cronologicamernte de 60 anos, biologicamente de 30, psiquicamente de 40, mentalmente de 50, culturalmente de 20 e socialmente de 80.”
Mosquera, salienta também que na Adultez tardia, o declínio das capacidades corporais, especialmente as condições motoras acaba por determinar o não envolvimento nas responsabilidades sociais. O que , consequentemente, contribui para um envelhecimento mais acelerado, sempre que não houver mais um motivo...
Mosquera salienta que: ...procura demonstrar autonomia ( slide 3- Atividade física), o indivíduo adulto tardio ou avançado tem uma necessidade incondicional de ser aceito como ele é.
Sgdo. Mosquera o que cada pessoa vivencia durante o seu desenvolvimento, torna-o único em suas características físicas, de construção e ação, influenciando as indiossincrasias (maneira própria de ser de cada indivíduo).
É filha de imigrantes japoneses, veio para o Brasil com 3 anos de idade, foi mandada para cursar a Universidade de Paris, viveu o pós guerra(45) conhece o Japão, Grécia e Holanda. É filha única, casou-se com um amazonense e teve dois filhos, um filho (50) e um filha ( 48), ela é médica e mora em Brasília( tem um casal de filhos), ele é fisioterapeuta, solteiro. Gosta dos afazeres da casa adora cozinhar e de cuidar da sua família, hoje tem alguém para ajudá-la.
Disse-nos que tomou algumas decisões saudáveis , não comer carne vermelha foi uma delas. Hoje come uma vez por semana. Fazer sexo com o homem que ela amava, foi o motivo de ter sido mandada para Paris, casou-se com ele 10 anos depois. Por ter sido educada no velho mundo, tem uma mente aberta e adaptativa para a sua época.
Cada ser humano quando chega a velhice, traz consigo um passado, tem um futuro que quantitativamente é menor quando tinha 20 anos,mas, seu presente é o mesmo, e tem agora a riqueza de uma vida, ou seja, continua seu desenvolvimento pessoal, redescobrindo-se e integrando-se a si mesmo, com seu meio familiar, social e ambiental (consciência ecológica)(Birren, 1996)
As mulheres de idade avançada enfrentam muitos desafios gerados
por leis e políticas sociais de uma sociedade sexista e gerofóbica. As
crenças sexistas e gerofóbicas refletem a ênfase da sociedade na produtividade,
no atrativo sexual e físico. O contexto social atual ensina e
perpetua o descrédito na mulher idosa, começando com a representação
da mulher velha nas histórias clássicas como bruxas, feias e malvadas.
A mulher idosa é universalmente
maltratada e vista como uma carga. É parte de uma maioria invisível
cujas necessidades emocionais, econômicas e físicas permanecem, em
sua maioria, ignoradas.
(LESNOFF-CARAVAGLIA, 1984)
Quando se trata o idoso como criança.......está se creditando a ele a incapacidade de pensar coerente, de se gerenciar, de ter autonomia. Devemos cuidar a generalização.
Para Maslow (s.d., p. 48), a pessoa diz “sou motivada quando sinto desejo, ou carência, ou anseio, ou desejo ou falta”. Assim, a motivação revela-se pela necessidade e deficiência particularmente vivenciada em cada indivíduo. Salienta-se que os motivos e as metas de cada ser humano podem estar ligados às necessidades humanas em cada indivíduo, pelos processos culturais ou históricos que caracterizam uma época. Mosquera (1985, p. 150), destaca que “Maslow descreveu as necessidades de crescimento como uma categoria mais elevada que as necessidades básicas. Elas incluem valores intrínsecos a todo indivíduo”. (…)
Caracterizando essas necessidades anteriormente apontadas, Maslow (s.d), enumera-as, numa hierarquia progressiva: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades de amor, necessidades de estima e necessidades de auto-realização. Forma-se, pois uma pirâmide com base nas necessidades fisiológicas de ar, água, alimento, repouso, refúgio e sexo. São as primeiras necessidades humanas a serem supridas. Logo acima, na escala de Maslow, em segundo plano está a necessidade de segurança. Segundo Mosquera (1985, p. 146), essa hierarquia, “se percebe mais nas crianças porque o adulto foi ensinado a inibir a reação a perigos”. Num terceiro degrau da Hierarquia de Maslow aparecem as necessidades de amor. São as necessidades próprias dos grupos sociais, que realizam as trocas de relações afetivas entre si procurando conquistar seu espaço social. Percebe-se que essas necessidades tornam-se evidentes em pequenos grupos socioculturais e constituem os mesmos.
No plano acima das necessidades de amor, estão as necessidades de estima, e dentro destas está a auto-estima e o respeito por parte dos outros. Ou seja, a necessidade de sentir-se estimado e respeitado pelos outros. A falta de supressão dessas necessidades pode acarretar incapacidades de auto estimar-se, levando aos sentimentos de impotência, inferioridade, entre outros. Maslow afirma que “a satisfação da necessidade de auto-estima conduz a sentimentos de autoconfiança, valor, força, capacidade e utilidade. Sua frustração traz sentimentos de inferioridade, fraqueza e desamparo” (apud MOSQUERA, 1985, p. 147). Na seqüência apresentada, estão no último degrau da Hierarquia de Maslow, as necessidades de auto-realização. O ser humano acaba por revelar essas necessidades, somente após ter satisfeitas as anteriores. Isso pode acontecer durante toda uma vida, seja em qualquer nível de realização e desenvolvimento pessoal que a pessoa se encontrar. Contudo, as necessidades e intencionalidades que o ser humano compreende e busca após as anteriores conquistas baseiam-se em valores do ser, no “desejo de a pessoa tornar-se sempre mais do que é, de vir a ser tudo o que pode ser” (MASLOW apud MOSQUERA, 1985, p. 166).