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Proposta CN

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANADEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTESESPECIALIZAO EM LNGUA PORTUGUESA: T E X T OCURSO PROCESSOS E ESTRATEGIAS PARA O ENSINO DA ESCRITAPROFESSORA: GIRLENE LIMA PORTELA

A proposta dos PCNs para o ensino-aprendizagem da escritaExtrato: (...) 1. todo o programa de lngua portuguesa se organiza em prticas e no em contedos; 2. o texto determinar as atividades lingsticas; 3. o contedo de lngua portuguesa a prpria lngua; 4. o objetivo para todo o primeiro grau que o aluno seja capaz de ler e escrever, dominando a modalidade escrita do portugus padro; 5. a sistematizao gramatical ser uma decorrncia de atividades de uso da linguagem e de atividades de operao e reflexo; 6. deve-se priorizar a leitura, a produo de textos e a anlise de fatos lingsticos por meio de uma abordagem contextualizada e voltada s reais necessidades de uso da lngua, em situaes diversas da vidas; 7. as prticas de leitura, de produo de textos e da anlise lingstica so interdependentes; 8. a anlise lingistica estar sempre em funo da leitura e da produo de textos; 9. a gramtica normativa no deve ser priorizada, pois apresenta contedos gramaticais de maneira desvinculada do uso, a partir de nomenclaturas, regras e classificaes que em nada ampliam a capacidade comunicativa e crtica dos alunos. (pp.29-30)PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS (ENSINO MDIO)Parte II -Linguagens, Cdigos e suas TecnologiasApresentaoEste documento tem como finalidade delimitar a rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, dentro da proposta para o Ensino Mdio, cuja diretriz est registrada na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9.394/96 e no Parecer do Conselho Nacional da Educao/Cmara de Educao Bsica n 15/98. As diretrizes tm como referncia a perspectiva de criar uma escola mdia com identidade, que atenda s expectativas de formao escolar dos alunos para o mundo contemporneo. O respeito diversidade o principal eixo da proposta e, para a rea, no poderia ser diferente: as indicaes deste documento procuraro ser coerentes com os princpios legais. A produo coletiva deste texto foi no sentido de colaborar com a explicitao do contexto em que se insere. Para tanto, a reflexo sobre os documentos antecedentes a ele dever ser prioritria, bem como a leitura de outros, relativos s reas de Cincias Humanas e suas Tecnologias e Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias.Na elaborao, inclumos uma viso da rea e de suas disciplinas potenciais, bem como reflexes sobre o sentido do processo de ensino-aprendizagem de competncias gerais a serem objetivadas no Ensino Mdio.O caminho de sua produo foi longo e histrico. O ponto de partida se deu em 1996. Houve adeso de diferentes pessoas, que encaminharam crticas e sugestes diversas, o que motivou a elaborao de vrias verses. O objetivo principal do texto a escola, pois s l o encontro entre o pensar e o fazer poder delimitar o sucesso ou no deste trabalho. Cabe ao leitor entender que o documento de natureza indicativa e interpretativa, propondo a interatividade, o dilogo, a construo de significados na, pela e com a linguagem.O sentido do aprendizado na reaAs propostas de mudanas qualitativas para o processo de ensino-aprendizagem no nvel mdio indicam a sistematizao de um conjunto de disposies e atitudes como pesquisar, selecionar informaes, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o aluno possa participar do mundo social, incluindo-se a a cidadania, o trabalho e a continuidade dos estudos. Como objetivar tais competncias sem um trabalho sistemtico e organizado com a linguagem?(...) A linguagem considerada aqui como a capacidade humana de articular significados coletivos e compartilh-los, em sistemas arbitrrios de representao, que variam de acordo com as necessidades e experincias da vida em sociedade. A principal razo de qualquer ato de linguagem a produo de sentido.A linguagem uma herana social, uma realidade primeira, que, uma vez assimilada, envolve os indivduos e faz com que as estruturas mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu simbolismo.(...)No h linguagem no vazio, seu grande objetivo a interao, a comunicao com um outro, dentro de um espao social, como, por exemplo, a lngua, produto humano e social que organiza e ordena de forma articulada os dados das experincias comuns aos membros de determinada comunidade lingstica.(...)Na interao verbal, os sinais e suas combinaes socialmente partilhveis organizam os dados perceptivos, em sistemas simblicos, por atributos e intencionalidade. A fala como mediadora entre as relaes humanas gera sistemas de linguagens, sentidos humanos que se expressam, se concretizam e proliferam em mltiplos espaos simultneos de forma relacional. (...)Nas interaes, relaes comunicativas de conhecimento e reconhecimento, cdigos, smbolos que esto em uso e permitem a adequao de sentidos partilhados so gerados e transformados e representaes so convencionadas e padronizadas. Os cdigos se mostram no conjunto de escolhas e combinaes discursivas, gramaticais, lexicais, fonolgicas, grficas etc. (...)O carter dialgico das linguagens impe uma viso muito alm do ato comunicativo superficial e imediato. Os significados embutidos em cada particularidade devem ser recuperados pelo estudo histrico, social e cultural dos smbolos que permeiam o cotidiano.(...) As competncias que aqui sero objetivadas correspondem rea e devero ser desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem, ao longo do Ensino Mdio. A proposta no pretende reduzir os conhecimentos a serem aprendidos, mas sim definir os limites sem os quais o aluno desse nvel de ensino teria dificuldades para prosseguir os estudos e participar da vida social. Compreender e usar os sistemas simblicos das diferentes linguagens como meios de organizao cognitiva da realidade pela constituio de significados, expresso, comunicao e informao.(...)Destaca-se que a linguagem, na escola, passa a ser objeto de reflexo e anlise, permitindo ao aluno a superao e/ou a transformao dos significados veiculados.Recuperar o momento histrico da gnese e do uso da linguagem, seus fins e meios, sugere uma inter-relao com as outras reas, de Cincias Humanas e suas Tecnologias e Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias. A questo das sociedades letradas, da constituio do campo artstico, das novas tecnologias que ocasionam mudanas cognitivas e de percepo pode ser uma abordagem de interesse para todas as disciplinas da rea de Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, bem como o estudo da inter-relao produo/recepo. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, funo, organizao das manifestaes, de acordo com as condies de produo e recepo.(...) O estudo dos gneros discursivos e dos modos como se articulam proporciona uma viso ampla das possibilidades de usos da linguagem, incluindo-se a o texto literrio. Em uma situao de ensino, a anlise da origem de gneros e tempos, no campo artstico, permite abordar a criao das estticas que refletem, no texto, o contexto do campo de produo, as escolhas estilsticas, marcadas de acordo com as lutas dicursivas em jogo naquela poca/local, ou seja, o carter intertextual e intratextual. A proposio de trabalho na rea e a inter-relao entre as disciplinas podem ocorrer sob forma de estudo de determinados objetos comuns, presentes em diferentes linguagens.(...) Confrontar opinies e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestaes especficas.Muitas teorias explicativas sobre as linguagens foram desenvolvidas por pesquisadores que se dispuseram a analis-las e compreend-las. Teorias se criaram e foram divulgadas. Algumas so aceitas at hoje e outras se perderam no tempo. No movimento da procura humana por respostas s prticas sociais, outras viro. Como o conhecimento terico normalmente assume a forma escrita, a transmisso das idias acaba por se deslocar do campo representativo de sua criao. A adeso a uma teoria deve preceder do reconhecimento de sua validade.(...)O confronto de opinies e pontos de vista fundamentados faz parte da necessidade de entendimento e de superao do achismo. Procurar a herana do agora, discutindo as diferentes perspectivas em jogo, faz com que professores e alunos conquistem a possibilidade de rearticular o conhecimento de forma organizada, sem a imposio de uma nica resposta, sempre parcial. O debate e o dilogo, as perguntas que desmontam as frases feitas, a pesquisa, entre outros, seriam formas de auxiliar o aluno a construir um ponto de vista articulado sobre o objeto em estudo. (...)Neste caso, o aluno deixaria de ser um mero espectador ou reprodutor de saberes discutveis. Apropriando-se do discurso, verificaria a coerncia de sua posio. Dessa forma, alm de compreender o discurso do outro, ele teria a possibilidade de divulgar suas idias com objetividade e fluncia. Tal exerccio pressupe a formao crtica frente prpria produo e a necessidade pessoal de partilhar sentidos em cada ato interlocutivo.

Respeitar e preservar as diferentes manifestaes da linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socializao; usufruir do patrimnio nacional e internacional, com suas diferentes vises de mundo; e construir categorias de diferenciao, apreciao e criao.

O conhecimento, a anlise e o confronto de opinies sobre as diferentes manifestaes da linguagem devem levar o aluno a respeit-las e preserv-las como construes simblicas e representaes da diversidade social e histrica. As linguagens se utilizam de recursos expressivos prprios e expressam, na sua atualizao, o universal e o particular. Pertencer a uma comunidade, hoje, tambm estar em contato com o mundo todo. As prticas sociais devero estar cada vez mais prximas da unidade para os fins solidrios. (...)O aluno, ao compreender a linguagem como interao social, amplia o reconhecimento do outro e de si prprio, aproximando-se cada vez mais do entendimento mtuo.Verificar o estatuto dos interlocutores participantes do processo comunicativo, as escolhas discursivas, os recursos expressivos utilizados pode permitir ao aluno o conhecimento da sua linguagem como legtima, sem desmerecer as demais. Utilizar-se das linguagens como meio de expresso, informao e comunicao em situaes intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexo sobre os contextos e estatutos de interlocutores; e saber colocar-se como protagonista no processo de produo/recepo.(...) A aprendizagem do carter produtivo da linguagem faz parte constante do controle sobre o texto que ser elaborado. O fazer comunicativo exige formas complexas de aprendizagem. Deve-se conhecer o qu e o como, depois dessa anlise reflexiva, tenta-se a elaborao, com a conscincia de que ela ser considerada dentro de uma rede de expectativas autorizadas. (...)Na vida, na produo do discurso, algo semelhante ocorre. So muitas as janelas a serem abertas para se escrever um texto, por exemplo. Se o aluno no aprender a abri-las, as chances de no se chegar a lugar algum ou de no atender aos objetivos propostos grande. Compreender e usar a Lngua Portuguesa como lngua materna, geradora de significao e integradora da organizao de mundo e da prpria identidade.

(...) O desenvolvimento da competncia lingstica do aluno no Ensino Mdio, dentro dessa perspectiva, no est pautado na exclusividade do domnio tcnico de uso da lngua legitimada pela norma padro, mas, principalmente, no saber utilizar a lngua, em situaes subjetivas e/ou objetivas que exijam graus de distanciamento e reflexo sobre contextos e estatutos de interlocutores a competncia comunicativa vista pelo prisma da referncia do valor social e simblico da atividade lingstica e dos inmeros discursos concorrentes.

(...) Aplicar as tecnologias da comunicao e da informao na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

A mais nova das linguagens, a Informtica, faz parte do cotidiano e do mundo do trabalho. Vive-se o mundo da parablica, dos sistemas digitais, dos satlites, da telecomunicao. Conviver com todas as possibilidades que a tecnologia oferece mais que uma necessidade, um direito social.Competncias e habilidades(...)Investigao e compreenso

Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, funo, organizao, estrutura das manifestaes, de acordo com as condies de produo/recepo (inteno, poca, local, interlocutores participantes da criao e propagao de idias e escolhas, tecnologias disponveis etc).Recuperar, pelo estudo, as formas institudas de construo do imaginrio coletivo, o patrimnio representativo da cultura e as classificaes preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.Articular as redes de diferenas e semelhanas entre as linguagens e seus cdigos.Conhecer e usar lnguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informaes, a outras culturas e grupos sociais. Entender os princpios das tecnologias da comunicao e da informao, associ-las aos conhecimentos cientficos, s linguagens que lhes do suporte e aos problemas que se propem a solucionar.Entender a natureza das tecnologias da informao como integrao de diferentes meios de comunicao, linguagens e cdigos, bem como a funo integradora que elas exercem na sua relao com as demais tecnologias.

(...) (...)O processo de ensino/aprendizagem de Lngua Portuguesa, no Ensino Mdio, deve pressupor uma viso sobre o que linguagem verbal. Ela se caracteriza como construo humana e histrica de um sistema lingstico e comunicativo em determinados contextos. Assim, na gnese da linguagem verbal esto presentes o homem, seus sistemas simblicos e comunicativos, em um mundo scio-cultural.(...)O carter scio-interacionista da linguagem verbal aponta para uma opo metodolgica de verificao do saber lingstico do aluno, como ponto de partida para a deciso daquilo que ser desenvolvido, tendo como referncia o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais. A unidade bsica da linguagem verbal o texto, compreendido como a fala e o discurso que se produz, e a funo comunicativa, o principal eixo de sua atualizao e a razo do ato lingstico. O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem como ser humano. O texto s existe na sociedade e produto de uma histria social e cultural, nico em cada contexto, porque marca o dilogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros textos que o compem. O homem visto como um texto que constri textos.O processo de ensino/aprendizagem de Lngua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas lngua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construo do pensamento simblico, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.(...)A interao o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princpio anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma lngua isolada do ato interlocutivo. Semelhante distoro responsvel pelas dificuldades dos alunos em compreender estaticamente a gramtica da lngua que falam no cotidiano. (...)As sistematizaes podem ser recorrentes a outros textos, como as classificaes da gramtica normativa ou das estticas, produtos intertextuais reatualizados. Na prtica da avaliao desses produtos podem surgir adeses, contradies e at novas formas de classificao. o denominado aprender a aprender, ou mais, aprender a escolher, sustentar as escolhas, no processo de verbalizao, em que processos cognitivos so ativados, no jogo dialgico do eu e do outro.Essa postura exige a aceitao por parte de professores e alunos da capacidade de avaliar-se perante si mesmo e o outro de forma menos prepotente. Haver sempre o jogo da alteridade manifesto pela linguagem, o poder de manipular o discurso autoritrio do eu mando, voc faz, os papis assumidos pelos interlocutores que evitam ouvir os subalternos, porque esses no detm, no turno do dilogo, o poder simblico/econmico. As figuras me/pai/filho, professor/aluno, patro/empregado podem servir de exemplo. No aceitar a diversidade de pontos de vista um desvio comum em uma relao pouco democrtica. A lngua serve de faca afiada nessas situaes. A comunicao acaba por sugerir, quando a presso grande, atitudes no verbalizadas como a violncia simblica ou fsica. O enfrentamento verbal ainda a melhor sada, se no quisermos gerenciar o caos.Os papis dos interlocutores, a avaliao que se faz do outro e a expresso dessa avaliao em contextos comunicativos devem ser pauta dos estudos da lngua. Dessa forma, podemos falar em adequao da linguagem a situaes de uso. (...) Competncias e habilidades a serem desenvolvidas em Lngua Portuguesa(...) Considerar a Lngua Portuguesa como fonte de legitimao de acordos e condutas sociais e como representao simblica de experincias humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.

(...)Compreender as diferenas no pelo seu carter folclrico, mas como algo com o qual nos identificamos e que faz parte de ns como seres humanos, o princpio para aceitar aquilo que no sabemos. Todas as reas partilham dessa necessidade de conhecimento. Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos, mediante a natureza, funo, organizao, estrutura, de acordo com as condies de produo/recepo (inteno, poca, local, interlocutores participantes da criao e propagao de idias e escolhas).

O homem pode ser conhecido pelos textos que produz. Nos textos, os homens geram intertextos cada mais diversificados, o princpio das diferenciaes encontra no social o alimento de referncia. (...) Toda e qualquer anlise gramatical, estilstica, textual deve considerar a dimenso dialgica da linguagem como ponto de partida. O contexto, os interlocutores, gneros discursivos, recursos utilizados pelos interlocutores para afirmar o dito/escrito, os significados sociais, a funo social, os valores e o ponto de vista determinam formas de dizer/escrever. As paixes escondidas nas palavras, as relaes de autoridade, o dialogismo entre textos e o dilogo fazem o cenrio no qual a lngua assume o papel principal. Confrontar opinies e pontos de vista sobre as diferentes manifestaes da linguagem verbal.

A anlise da dimenso dialgica da linguagem permite o reconhecimento de pontos de vista diferentes sobre um mesmo objeto de estudo e a formao de um ponto de vista prprio. A opo do aluno por um ponto de vista coerente, em situao determinada, faz parte de uma reflexo consciente e assumida, mesmo que provisria. A importncia de liberar a expresso da opinio do aluno, mesmo que no seja a nossa, permite que ele crie um sentido para a comunicao do seu pensamento. Deixar falar/escrever de todas as formas, tendo como meta a organizao dos textos. (...) Compreender a lngua saber avaliar e interpretar o ato interlocutivo, julgar, tomar uma posio consciente e responsvel pelo que se fala/escreve. Toda fala/escrita histrica e socialmente situada, sua atualizao demanda uma tica. Onde se aprende isso? A experincia escolar necessria e, mais, deve ser uma necessidade sentida pelo prprio aluno. (...) Compreender e usar a Lngua Portuguesa como lngua materna, geradora de significao e integradora da organizao do mundo e da prpria identidade.

(...)A competncia do aluno depende, principalmente, do poder dizer/escrever, de ser algum que merece ser ouvido/lido.A escola no pode garantir o uso da linguagem fora do seu espao, mas deve garantir tal exerccio de uso amplo no seu espao, como forma de instrumentalizar o aluno para o seu desempenho social. Arm-lo para poder competir em situao de igualdade com aqueles que julgam ter o domnio social da lngua.(...) O ponto de vista, qualquer que seja, um texto entre textos e ser recriado em outro texto, objetivando a socializao das formas de pensar, agir e sentir, a necessidade de compreender a linguagem como parte do conhecimento de si prprio e da cultura e a responsabilidade tica e esttica do uso social da lngua materna. Competncias e habilidades a serem desenvolvidas em Lngua Portuguesa

Representao e comunicao

Confrontar opinies e pontos de vista sobre as diferentes manifestaes da linguagem verbal.Compreender e usar a Lngua Portuguesa como lngua materna, geradora de significao e integradora da organizao do mundo e da prpria identidade.Aplicar as tecnologias de comunicao e da informao na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da vida.

Investigao e compreenso

Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos, mediante a natureza, funo, organizao, estrutura, de acordo com as condies de produo, recepo(inteno, poca, local, interlocutores participantes da criao e propagao das idias e escolhas, tecnologias disponveis).Recuperar, pelo estudo do texto literrio, as formas institudas de construo do imaginrio coletivo, o patrimnio representativo da cultura e as classificaes preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.Articular as redes de diferenas e semelhanas entre a lngua oral e escrita e seus cdigos sociais, contextuais e lingsticos.

Contextualizao scio-cultural

Considerar a Lngua Portuguesa como fonte de legitimao de acordos e condutas sociais e como representao simblica de experincias humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.Entender os impactos das tecnologias da comunicao, em especial da lngua escrita, na vida, nos processos de produo, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.BibliografiaALMEIDA, F.J. de. Educao e Informtica: os computadores na escola. So Paulo: Cortez; Autores Associados, 1988.ARGAN, Giulio Caio. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporneos. So Paulo: Companhia das Letras, 1993.AUMONT, J.A. Imagem. Campinas: Papirus, 1993.BAUDELOT, C. e ESTABLET. O nvel educativo sobe: refutao de uma velha idia relativa pretensa decadncia de nossas escolas. Porto: Porto Editora, 1994.BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. So Paulo: Hucitec, 1988.______. Esttica da criao verbal. So Paulo:Martins Fontes, 1992.BARBOSA, Ana MaeT.B. (org.). Arte-Educao: leitura no subsolo. 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