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PCH Notícias & SHP News Ano 15 Revista vol. 58 Nº 03 JUL/AGO/SET - 2013 Publicação apoiada pela Associação Internacional de Máquinas Hidráulicas + Artigos técnicos Technical articles + Agenda de eventos Events schedule Reference Centre in Small Hydropower Plants of UNIFEI receives international award CERPCH/UNIFEI performances the first Latin American seminary of hydraulic machines and systems Centro de Referência em PCH da UNIFEI recebe prêmio internacional CERPCH/UNIFEI realiza primeiro seminário latino-americano de máquinas hidráulicas e sistemas Educação e tecnologia é tema de seminário realizado pela UNIFEI Education and Technology is the theme of the seminary held by UNIFEI ISSN 1676-0220

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PCH Notícias & SHP News

Ano 15 Revista vol. 58Nº 03 JUL/AGO/SET - 2013

Publicação apoiada pela AssociaçãoInternacional de Máquinas Hidráulicas

+ Artigos técnicosTechnical articles

+ Agenda de eventosEvents schedule

Reference Centre in Small Hydropower Plants of UNIFEI receives international award

CERPCH/UNIFEI performances the first Latin American seminary of hydraulic machines and systems

Centro de Referência em PCH da UNIFEI recebe prêmio internacional

CERPCH/UNIFEI realiza primeiro seminário latino-americano de máquinas hidráulicas e sistemas

Educação e tecnologia é tema deseminário realizado pela UNIFEIEducation and Technology is the theme

of the seminary held by UNIFEI

ISS

N 1

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Comitê Diretor do CERPCH Director Committee

CEMIG / FAPEPE / IEE-USP / FURNAS / IME / ElEtRobRAS / ANEEl / MME

Comitê Editorial Editorial Committee

Presidente - PresidentGeraldo lúcio tiago Filho - CERPCH/UNIFEIEditores Associados - Associated PublishersAdair Matins - UNCoMA - ArgentinaAlexander Gajic - University of SerbiaAlexandre Kepler Soares - UFMtÂngelo Rezek - ISEE/UNIFEIAntônio brasil Jr. - UnbArtur de Souza Moret - UNIRAugusto Nelson Carvalho Viana - IRN/UNIFEIbernhard Pelikan - bodenkultur Wien - ÁustriaCarlos barreira Martines - UFMGCélio bermann - IEE/USPEdmar luiz Fagundes de Almeira - UFRJFernando Monteiro Figueiredo - UnbFrederico Mauad - USPHelder Queiroz Pinto Jr. - UFRJJaime Espinoza - USM - ChileJosé Carlos César Amorim - IMEMarcelo Marques - IPH/UFRGSMarcos Aurélio V. de Freitas - CoPPE/UFRJMaria Inês Nogueira Alvarenga - IRN/UNIFEIorlando Aníbal Audisio - UNCoMA - Argentinaosvaldo livio Soliano Pereira - UNIFACSRegina Mambeli barros - IRN/UNIFEIZulcy de Souza - lHPCH/UNIFEI

tECHNICAl CoMMIttEE

Prof. François AVEllAN, EPFl École Polytechnique Fédérale de lausanne, Switzerland, [email protected], Chair;Prof. Eduardo EGUSQUIZA, UPC Barcelona, Spain, [email protected], Vice-Chair;Dr. Richard K. FISHER, VOITH Hydro Inc., USA, [email protected], Past-Chair;Mr. Fidel ARZOLA, EDELCA, Venezuela, [email protected];Dr. Michel COUSTON, ALSTOM Hydro, France, [email protected];Dr. Niklas DAHLBÄCK, VATENFALL, Sweden, [email protected];Mr. Normand DESY, ANDRITZ Hydro Ltd., Canada, [email protected];Prof. Chisachi KATO, University of Tokyo, Japan, [email protected]; Prof. Jun Matsui, Yokohama National University, [email protected]; Dr. Andrei LIPEJ, TURBOINSTITUT, Slovenija, [email protected];Prof. torbjørn NIElSEN, Norwegian University of Science and technology, Norway, [email protected];Mr. Quing-Hua SHI, Dong Feng Electrical Machinery, P.R. China, [email protected];Prof. Romeo SUSAN-RESIGA, “Politehnica” University timisoara, Romania, [email protected]; Prof. Geraldo tIAGo F°, Universidade Federal de Itajubá, brazil, [email protected].

Expediente Editorial

Editor Geraldo lúcio tiago FilhoCoord. Redação Camila Rocha GalhardoJornalista Resp. Adriana barbosa Mtb-MG 05984Redação Adriana barbosa Camila Rocha Galhardo Fabiana Gama VianaColaborador Angelo StanoProjeto Gráfico Net DesignDiagramação e Arte lidiane Silva Cidy Sampaiotradução Romulo Vilas boas ChiaradiaRevisão Patrícia Kelli Silva de oliveiraImpressão Editora Acta ltda

Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP Newsé uma publicação trimestral do CERPCHThe Hidro&Hydro - PCH Notícias & SHP Newsis a three-month period publication made by CERPCHtiragem/Edition: 6.700 exemplares/issuescontato comercial: [email protected] / site: www.cerpch.org.br

Av. bPS, 1303 - bairro PinheirinhoItajubá - MG - brasil - CEP: 37500-903e-mail: [email protected]

[email protected]/tel: +55 (35)3629 1443

EditorialEditorial

CurtasNews

Centro de Referencia em PCH da UNIFEI recebe prêmio internacionalReference Centre in Small Hydropower Plants of UNIFEI receives international awardCERPCH/UNIFEI realiza primeiro seminário latino-americano de máquinas hidráulicas e sistemasCERPCH/UNIFEI performances the first Latin-American seminary of hydraulic machines and systemsEducação e tecnologia é tema de seminário realizado pela UNIFEIEducation and Technology is the theme of the seminar held by UNIFEI

Artigos técnicosTechnical Articles

AgendaSchedule

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ISSN 1676-0220

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Universidade Federal de Itajubá

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mauá – Bibliotecária Margareth Ribeiro- CRB_6/1700

R454

Revista Hidro & Hydro – PCH Notícias & Ship News, UNIFEI/CERPCH, v.1, 1998 -- Itajubá: CERPCH/IARH, 1998 – v.15, n. 58, jul./set. 2013.

Trimestral. Editor chefe: Geraldo Lúcio Tiago Filho. Jornalista Responsável: Adriana Barbosa – MTb_MG 05984 ISSN 1676-0220

1. Energia renovável. 2. PCH. 3. Energia eólica e solar. 4. Usinas hi_ drelétricas. I. Universidade Federal de Itajubá. II. Centro Nacional de Re_ ferência em Pequenas Centrais Hidrelétricas. III. Título.

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Prezado leitor,

Nesta edição a revista Hidro&Hydro traz a cobertura de diversos eventos realizados pelo centro e pela Universidade Federal de Itajubá. Esses eventos mostram a preocupação dos agentes e pesquisadores em ampliar as linhas de pesquisas e estudos no setor de geração elétrica por meio da hidroeletricidade.

Como sabemos nosso país terá que dobrar sua capacidade instalada de geração de energia elétrica, nos próximos 15 anos, para poder atender a crescente demanda. O que significaria aumentar a capacidade geradora dos atuais 121 mil MW para 230 mil MW.

Deste modo seminários, encontros e conferências são de extrema importância para troca de informações e apresentação de estudos que possam ajudar a aperfeiçoar e garantir um maior desempenho de equipamentos para as usinas.

Assim, o CERPCH cada vez mais vai incentivar a organização de eventos para propiciar a interface entre o meio acadêmico e a indústria.

boa leitura!

Geraldo Lúcio Tiago Filho

Dear readers,

In this edition Hidro&Hydro Magazine brings news on several events carried out by CERPCH and Itajubá Federal University. these events demonstrate the concern of agents and researchers in expanding lines of research and study on power generation sector through hydro power.

As we know our country must double its installed capacity of electric energy generation in the next 15 years for being able to supply the growing demand. this means to major generating capacity of current 121 thousand MW for 230 thousand MW.

Seminaries, workshops and conferences are extremely important for exchanging information and for presenting studies which may help to improve and assure a better performance of plants equipments.

CERPCH is more and more concerned in encouraging organization of events to provide interface between academic environment and industry.

Good Reading!

Geraldo Lúcio Tiago Filho

IAHR DIVISIoN I: HYDRAUlICStECHNICAl CoMMIttEE: HYDRAUlIC MACHINERY AND SYStEMS

Apoio:

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EDITORIAL Hidro&Hydro: PCH NotíCiAs & sHP NEws, 58 (3), Jul,sEt/2013

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CENtro dE rEfErENCiA Em PCH dA uNifEi rECEbE Prêmio iNtErNACioNAlREFERENcE cENTRE IN Small HydRopowER plaNTS oF UNIFEI REcEIvES

INTERNaTIoNal awaRd

Por Adriana barbosa Translation: Romulo Vilas boas Chiaradia

o Centro Nacional de Referencia em Pequenas Centrais Hidrelétricas (CERPCH) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) recebeu da HRW-Hydro Review Worldwide and Hydro Review magazines and the HydroVision Brasil event, uma premiação pelos relevantes estudos e trabalhos realizados no setor de energias renováveis nesses 15 anos de atuação.

o CERPCH tem como objetivo a disseminação de informações por meio da Publicação da Hidro & Hydro, antiga PCH Notícias & SHP News, o portal www.cerpch.org.br e da realização de eventos técnicos científicos como a Conferência de Centrais Hidrelétricas, Mercado e Meio Ambiente. Além da produção de livros e cartilhas bem como a realização de cursos de especialização.

Segundo a editora chefe da editora PennWell e responsável pela premiação, Marla barnes, a escolha do Centro se dá por sua representatividade no setor, principalmente como referencia em pequenas centrais. Além de celebrar, também, o centenário da Universidade Federal de Itajubá.

Para o Secretário Executivo do CERPCH, professor Geraldo lúcio tiago Filho, receber esse prêmio é de grande importância não só para Centro como, também, para todos os colaboradores. “Essa premiação faz com que sejamos motivados a investir cada vez mais em pesquisas e comunicação”, afirma Tiago Filho.

the National Reference Center in Small Hydropower Plants (CERPCH) of Federal University of Itajubá (UNIFEI) received , an award for the relevant studies and work performed in renewable energy field in fifteen years of performance from HRW-Hydro Review Worldwide and Hydro Review magazines and the Hydro Vision brazil event.

CERPCH has as an objective to disseminate information through the publication of Hidro & Hydro, previously called PCH Notícias (SHP News), the portal www.cerpch.org.br, holding Scientific technical events such as the Conference of Hydropower Plants, Market and Environmental; Along with the production of books and booklets, as well as offering specialization courses.

According to the chief editor of PennWell publishing house , Marla barnes, responsible for the award, the choice of the Center is given by its representation in the sector, mainly as a reference in small plants. And also celebrating the centennial of the Federal University of Itajubá.

According to the executive Secretary of CERPCH, Professor Geraldo lúcio tiago Filho, receiving the award is of great importance not only for the Center but also for all its collaborators. “this award makes us motivated to invest more in research and communication”, says tiago Filho.

Hidro&Hydro: PCH NotíCiAs & sHP NEws, 58 (3), Jul,sEt/2013CURTASAdr

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Vice-reitor da UNIFEI, prof. Paulo Waki, juntamente com o secretário Executivo do CERPCH, prof. tiago Filho durante a premiação.

Unifei's Vice Rector, Prof. Paulo Waki with CERPCH's Executive Secretary, Prof.Tiago Filho during awards ceremony.

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Technical Articles Seccion

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IAHR DIVISION I: HYDRAULICSTECHNICAL COMMITTEE: HYDRAULIC MACHINERY AND SYSTEMS

Áreas de: Recursos Hídricos Meio Ambiente Energias Renováveis

e não Renováveis

Classificação Qualis/CapesENGENHARIAS I; III e IVBiodiversidade

InterdisciplinarB5B4

GESTÃO DE ENERGIA BASEADO NA UTILIZAÇÃO DOS CONCEITOS DA MANUFATURA ENXUTA .................................................... 8energy management based on use of lean manufacturing conceptsAnderson Sales Porto

AVALIAÇÃO DA COMPLEMENTARIDADE DOS POTENCIAIS HíDRICOS E EóLICOS SAZONALMENTE NA BACIA DO RIO VERDE GRANDE-MG ........................................................................................ 13evaluation of the complementarity of water and wind potential seasonally in the basin of verde grande river – mgRafael Guerra

ESTUDOS DE DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADE COM TéCNICAS DE CFD PARA TUBULAÇÃO DE DERIVAÇÃO DE áGUA EM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE áGUA ............................................... 17studies on speed distribution with cfd techniques for water derivation pipe in water supply systemIvan Felipe dos Santos, Fernando das Graças Braga da Silva, Geraldo Lúcio Tiago Filho, Regina Mambeli Barros

A revista está indexada no DOI sob o prefixo 10.14268

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ARTIGOS TÉCNICOS

8 HIDRO&HYDRO: PCH NOTíCIAS & SHP NEwS, 58 (1), JUL,AGO,SET/2013, DA PáG. 08-12

GESTÃO DE ENERGIA BASEADO NA UTILIZAÇÃO DOS CONCEITOS DA MANUFATURA ENXUTA

GESTÃO DE ENERGIA BASEADO NA UTILIZAÇÃO DOS CONCEITOS DA MANUFATURA ENXUTA

1Anderson Sales Porto

RESUMO

Este artigo apresenta algumas ferramentas da manufatura enxuta que podem ser aplicadas na gestão de energia, bem como exemplos de aplicação destas ferramentas para melhorar a eficiência energética. A manufatura enxuta é uma filosofia de gestão focada na redução de desperdícios; existem vários planos e programas que utilizam os princípios da manufatura enxuta para explorar os tipos de desperdícios e a forma como estes afetam o processo. Há muitas razões para integrar a eficiência energética aos conceitos da manufatura enxuta; reduções de energia consideráveis normalmente caminham lado a lado com atividades da manufatura enxuta por causa do foco em eliminar atividades que não adicionam valor. Apresentar as ferramentas da manufatura enxuta para aplicação na gestão de energia é uma oportunidade para que outras organizações possam utilizar, também, estes conceitos para melhorar o desempenho energético e alcançar objetivos de redução com a diminuição de desperdício. Assim, neste trabalho buscou-se verificar como as ferramentas da manufatura enxuta podem ser aplicadas em organizações. Para atender este objetivo, foi realizado um estudo de literatura e pesquisa relacionada à utilização das ferramentas da manufatura enxuta para a melhoria da eficiência energética em organizações. Conclui-se que a aplicação das ferramentas da manufatura enxuta na gestão de energia, pode contribuir para que as organizações consigam reduzir o consumo de energia e por consequência reduzir os seus custos.

PALAVRAS-CHAVE: Energia, manufatura enxuta, gestão.

ENERGy MANAGEMENT BASED ON USE OF LEAN MANUFACTURING CONCEpTS

ABSTRACT

This article presents some lean manufacturing tools that can be applied for energy management, as well as applying examples of lean tools to improve energy efficiency. Lean manufacturing is a management philosophy focused on reducing waste; there are several programs that use the lean principles to explore the various types of waste and how they affect the process. There are many reasons to integrate energy efficiency to the lean manufacturing concepts; considerable power reductions often go hand in hand with activities of lean because the lean manufacturing focus on eliminating non-value added activities. Present the lean manufacturing tools for energy management use is an opportunity for other organizations may also use these concepts to improve performance and achieve energy reduction goals with a decrease in waste. Thus, this study tried to determine how the lean manufacturing tools can be applied in organizations to reduce the energy consumption. To meet this goal, a literature review and a research related to the use of lean manufacturing tools to improve energy efficiency in organizations was performed. It is concluded that the application of lean manufacturing tools in the management of energy, can contribute to the organizations to reduce energy consumption and therefore reduce their costs.

KEYwORDS: Energy, lean manufacturing, management.

1UFES. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro Universitário Norte do Espírito Santo. Aluno do programa de pós-graduação – Mestrado em Energia. E-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

A importância dos programas de redução de custos dentro de uma organização é de vital importância; para que as organizações se tornem mais competitivas é necessário cortar gastos para atingir o sucesso. Moretão (2009) explica que a competitividade acentua ainda mais a necessidade de uma gestão de custos eficaz, visando obter a excelência empresarial, de modo que, custos mal calculados e mal incorporados aos produtos, afetam profundamente a empresa, independente de porte, ramo ou mercado atuante.

Emplementar estratégias de redução de custos pode ser o fator determinante para a sobrevivência de um negócio; desta forma, é necessário que as empresas procurem alternativas para reduzir os custos e eliminar todos os desperdícios é um caminho. Neste sentido, Zanluca (2009) informa que uma empresa que possui um sistema de controle de custos eficientes consegue controlar suas atividades, tendo como finalidade, a redução dos custos de seus produtos e a melhora da produtividade, obtendo

assim, vantagem competitiva frente à concorrência, aumento da demanda, obtendo como resultado, a ampliação de sua importância no mercado.

Por tradição, a energia elétrica tem sido administrada como um custo, uma despesa a ser controlada, uma conta a ser paga. Porém, diante da necessidade de redução de custos, uma nova perspectiva em relação à energia deve ser considerada, especialmente quando a mesma é utilizada para produção. Segundo Salazar (2012), a energia é um dos principais insumos de produção nos setores energo intensivos e seu custo representam importantes parcelas nas estruturas de custos das empresas.

Em um processo de produção, as organizações não somente precisam conhecer onde a energia elétrica está sendo utilizada, mas principalmente gerenciá-la como um insumo no seu processo de produção, que sendo bem administrado pode sustentar e manter o negócio lucrativo.

Para Liker (2005), os desperdícios se escondem por toda parte na produção. Todos os desperdícios se tornam parte dos

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HIDRO&HYDRO: PCH NOTíCIAS & SHP NEwS, 58 (1), JUL,AGO,SET/2013, DA PáG. 08-12 9

TECHNICAL ARTICLESGESTÃO DE ENERGIA BASEADO NA UTILIZAÇÃO DOS CONCEITOS DA MANUFATURA ENXUTA

custos, portanto, são pontos relevantes na busca pela redução de custos.

De acordo com a publicação “Brasil Sustentável, série horizon-tes da Competitividade Industrial”, trabalho realizado pela empresa Ernst & Young e pela Fundação Getúlio Vargas, até 2030 ocorrerá um aumento aproximado de 30% nos custos de energia elétrica. Portanto, enxergar a redução de consumo de energia elétrica como um caminho para a vantagem competitiva é fundamental.

A manufatura enxuta é um sistema de produção cujo principal foco é a identificação e posterior eliminação dos desperdícios (wOMACK e JONES, 1996). A aplicação da manufatura enxuta alcança ótimos resultados, uma vez que, atuando na eliminação de desperdícios é possível reduzir os custos de produção.

Segundo Liker (2005), este sistema de produção foi desenvolvido por Shigeo Shingo para a Toyota Motor Company na década de 50 no Japão; momento este, no qual esta empresa estava passando por um período de crise e, portanto, necessitava desenvolver novos meios de produção com o objetivo de reduzir custos para garantir a sua permanência no mercado.

A filosofia do Sistema de Produção Enxuta parte do princípio de que há desperdício em todos os lugares em uma organização (ALMEIDA, 2004 apud Moraes e Sahb, 2004). O uso desnecessário de energia elétrica é um desperdício e desta forma, por meio da aplicação dos conceitos do sistema de manufatura enxuta pode-se reduzir custos.

Neste sentido, por meio de uma revisão e exemplos de aplicações práticas, o objetivo deste artigo é mostrar que é possível economizar energia elétrica, por meio da utilização das ferramentas da manufatura enxuta. O tema tornou-se um objeto de estudo por se tratar de ferramentas simples que pode ajudar as organizações em relação à gestão do consumo de energia.

2. MANUFATURA ENXUTA: DEFINIÇÃO E FERRAMENTAS

Anderson et al. (2006) definem manufatura enxuta como uma abordagem sistemática para identificar e eliminar os desperdícios, por meio de um processo de melhoria contínua em busca da perfeição a partir das necessidades dos clientes. Villiers (2006) relata que, de modo geral, a filosofia da manufatura enxuta é reduzir de forma contínua as perdas em todas as áreas e de todas as formas.

A manufatura enxuta, que também é conhecida como Sistema Toyota de Produção (STP), teve início na década de 1950, no Japão, mais especificamente na empresa Toyota Motor Company; a manufatura enxuta é uma filosofia operacional que surgiu da necessidade da Toyota Motor Company se tornar uma empresa mais competitiva em relação às empresas automobilísticas americanas. De acordo com womack et al. (1992), foram Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno, da Toyota Motor Company, que perceberam que a manufatura em massa não funcionaria no Japão e, então, adotaram uma nova abordagem para a produção, a qual tinha como base a eliminação de desperdícios.

Apesar da manufatura enxuta, muitas vezes ser divulgada e entendida como algo novo, na verdade, muitos de seus princípios são trabalhos de pioneiros como Deming, Taylor e Skinner (James-Moore & Gibbons, 1997).

Atualmente, empresas do mundo todo nos mais diferentes ramos de negócios utilizam as ferramentas da manufatura enxuta em todas as suas atividades, com o objetivo de aumentar seus ganhos por meio da eliminação de desperdícios ao longo de seus processos produtivos. Segundo Toomey (1994), com a melhoria das operações de manufatura decorrente da implantação dos conceitos da manufatura enxuta, a gestão de custos também deve melhorar.

Segundo Scuccuglia; Lima (2004), as empresas, além de melhorarem seus processos, produtivos, estão em busca de alternativas para aperfeiçoarem seus processos administrativos, visando melhorar o atendimento aos clientes e agilizar estes processos.

3. GESTÃO DE ENERGIA: ApLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA MANUFATURA ENXUTA

Para melhorar os processos por meio da aplicação dos conceitos da manufatura enxuta, se faz necessário a utilização de ferramentas nos processos de gestão. De acordo com Liker (2004), a manufatura enxuta é um sistema projetado para fornecer as ferramentas para que as pessoas possam melhorar continuamente o seu trabalho.

Segundo Liker (2004), o sistema (manufatura enxuta) pode ser resumido em 14 princípios. Com foco em oportunidades de redução de custos de energia elétrica, este capítulo apresenta e descreve algumas ferramentas e exemplos de aplicações baseados em alguns dos 14 príncípios da manufatura enxuta, são eles:

� Conduzir eventos de Kaizen voltados para Energia; � Usar o MPT (Manutenção Produtiva Total) para reduzir o desperdício de energia em equipamentos;

� Projetar o “layout” do processo para melhorar o fluxo e reduzir o consumo de energia;

� Incentivar a redução de energia elétrica por meio da utilização de trabalho padrão e controles visuais;

3.1 KAIZEN: Conceito e características

Kaizen é uma palavra japonesa que significa melhoria. De acordo com Sharma (2003, p. 109 – 1), a palavra Kaizen é a fusão de dois caracteres japoneses “KA” e “ZEN” conforme ilustrado na figura 1, significa respectivamente “mudar” e “bem”.

Fonte: Sharma e Moody (2003, p114)FIG. 1: Kaizen: palavra de origem japonesa

A palavra Kaizen foi usada no Japão por muitos anos como parte do vocabulário diário, porém, esta palavra adquiriu um significado novo nas indústrias japonesas a partir do século XX. Passou a representar a prática de melhorias por meio da eliminação de desperdícios com o envolvimento de todos os funcionários. Segundo Aragon (2005), o Kaizen esta pautado na eliminação de desperdícios com base no bom senso, no uso de ferramentas baratas que se apoiem na motivação e criatividade dos colaboradores para melhorar a prática de seus processos.

Conforme pode ser visualizado na figura 2, Masaaki Imai apresenta o Kaizen como um conceito guarda-chuva que abrange todas as técnicas de melhoria (IMAI, 1994).

Nos últimos anos, as indústrias estão utilizando o Kaizen para melhorar os seus processos e como consequência, criar uma vantagem competitiva. O sucesso do Kaizen depende do envolvimento dos funcionários; é um esforço contínuo com efeito cumulativo que se mantido é uma estratégia poderosa. Kaizen significa melhoramento em todas as áreas, seja melhoramento na vida pessoal, na vida doméstica, na vida social e no trabalho.

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ARTIGOS TÉCNICOS

10 HIDRO&HYDRO: PCH NOTíCIAS & SHP NEwS, 58 (1), JUL,AGO,SET/2013, DA PáG. 08-12

• Orientação para o consumidor

• TQC (controle total da qualidade)

• Robótica• Círculos de CQ• Sistema de sugestões• Automação• Disciplina no local

de trabalho• MPT (manutenção

produtiva total)

• Kanban• Melhoramento

da qualidade• "Just-in-time"• Zero defeitos• Atividades em grupos

pequenos• Relações cooperativas

entre administração e mão de obra

• Melhoramento da produtividade

• Desenvolvimento de novos produtos

KAIZEN

Fonte: Imai (1994, p. 4).FIG. 2: O guarda chuva do Kaizen.

3.2 Eventos de Kaizen voltados para energia

Depois de identificar as áreas de produção que consomem grandes quantidades de energia, pode-se ainda analisar e eliminar práticas de desperdício por meio de eventos Kaizen. Os eventos Kaizen são atividades de melhoria contínua, onde os princípios da manufatura enxuta são aplicados.

Os eventos de Kaizen podem criar oportunidades para que sejam estudadas formas de eliminar desperdícios de energia elétrica. Além de criar oportunidades, existe outro aspecto muito importante no Kaizen: o envolvimento de todos os empregados. Os empregados podem desempenhar uma função vital no melhoramento dos padrões, especialmente por meio de um sistema de sugestões que no Kaizen é muito estimulado, e tem, como uma das consequências positivas, pessoas mais dispostas a seguir os novos padrões por elas mesmas propostos. (IMAI, 1994).

De 1999 a 2005, a Eastman Kodak Company, comumente conhecida como Kodak, usou os eventos de Kaizen para gerar um total de US$ 14 milhões em economia anual de energia. O quadro 1 mostra exemplos de oportunidades de economia de energia identificadas durante um evento de Kaizen.

Quadro 1: Exemplo de oportunidades encontradas durante um evento de Kaizen

Desperdício de energia identificado

plano de ação Economia

Ventiladores principais (Sistema de ar condicionado) operam 24 horas/dia.

Utilizar os ventiladores apenas em horários críticos, estabelecer um calendário.

$47,000

Os motores dos ventiladores estão superdimensionados.

Reduzir a potência dos motores. $27,000

Alguns exaustores funcionam 24 horas/dia.

Alterar os exaustores para duas velocidades e programar para funcionar em baixa velocidade durante as horas de folga.

$18,000

As luzes da sala estão sempre ligadas e emitem mais luz do que o necessário.

Instalar sensores de movimento para controlar as luzes e reduzir o número de lâmpadas.

$25,000

As bombas de recirculação de água estão em funcionamento, mas sem necessidade.

Desligar e remover as bombas. $20,000

Fonte: Quadro adaptado de Eastman Kodak Company, 2004.

3.3 Etapas para a realização de eventos de Kaizen.

A execução de um evento de Kaizen, geralmente, tem uma duração de 2 a 10 dias, isto depende das ferramentas que são utilizadas (algumas ferramentas ou todas as ferramentas demonstradas no guarda-chuva Kaizen, conforme a figura 02). Uma equipe de funcionários treinados identifica e implementa mudanças no processo para reduzir desperdícios. O evento de Kaizen, de forma geral, seguem algumas etapas (Imai, 1992; Raphael, Butz et al 2003; Kenneth 2005.):

� Observar o processo para identificar problemas; � Preparar o projeto e o plano para melhoria e novos processos; � Recolher os comentários e sugestões (Brainstorm) emitidas pela equipe;

� Preparar o relatório sobre o que foi realizado e o que ainda precisa ser feito, incluindo um plano para futuras mudanças a serem implementadas;

é importante revisar os resultados encontrados durante os eventos de Kaizen a fim de familiarizar o time com informações que podem ser utilizadas para identificar desperdícios de energia e garantir que as oportunidades de redução de energia são identificadas como parte da implementação da manufatura enxuta.

3.4 Manutenção produtiva Total (MTp): Conceito e características.

Por volta de 1971, no Japão, surgiu a Manutenção Produtiva Total, desenvolvida nas concepções do Sistema Toyota de Produção, com o objetivo principal de “aumentar a rentabilidade dos negócios por meio da eliminação das falhas por quebras de equipamentos, reduzindo o tempo gasto para preparação dos equipamentos, mantendo a velocidade do maquinário, eliminando pequenas paradas e melhorando a qualidade final produto.” (wILLMOT, 1994).

A Manutenção Produtiva Total (MTP) é uma ferramenta da manufatura enxuta que se concentra em melhorar a eficácia dos equipamentos do processo. Utilizar a Manutenção Produtiva Total como ferramenta de gestão para reduzir o desperdício de energia em equipamentos é um caminho. A Manutenção Produtiva Total é uma filosofia gerencial que atua em todo o processo produtivo e não somente na manutenção, isto é, na organização, mas nas pessoas e nos problemas. (MARTINS E LAUGENI, 2005).

A Manutenção Produtiva Total, enfoca as perdas que afetam a eficiência dos equipamentos, estas perdas podem ser agrupadas em seis grandes grupos, denominadas como as seis grandes perdas do MTP, que são (SUZUKI, 1993; IRELAND, 2001):

� Avarias; � Preparativos e ajustes; � Operação ociosa e paradas menores; � Redução de velocidade; � Defeitos e retrabalhos; � Perdas de arranque;

Eliminar as seis grandes perdas expostas acima, significa maximizar a produtividade dos equipamentos ao longo da sua vida. Com equipamentos adequados e com o sistema de manutenção implantado, é possível reduzir defeitos e economizar nos custos de energia elétrica.

3.5 Manutenção Autônoma

Este capítulo se concentra em descrever as oportunidades de economia de energia associados à manutenção autônoma. Muitas práticas simples para melhorar a eficiência energética podem ser implementadas sem a necessidade de muito esforço. O conceito de manutenção autônoma já capta uma série de melhores

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TECHNICAL ARTICLES

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práticas, tais como limpeza, lubrificação adequada, e as práticas de manutenção padronizada. O quadro 2 mostra exemplos de oportunidades de economia de energia por meio da aplicação de estratégias que integram a manutenção produtiva total.

Quadro 2: Estratégias para integrar os esforços de redução de energia ao MTP.

1. Integrar as oportunidades de redução de energia dentro do contexto das atividades de manutenção autônoma.

2. Treinar os funcionários sobre como identificar desperdícios de energia e como aumentar a eficiência dos equipamentos por meio de manutenção e operação.

3. Realizar eventos de Kaizen voltados para energia para tornar os equipamentos mais eficientes.

Fonte: Quadro adaptado de Lean, Energy & climate toolkit, 2011.

3.6 Trabalho padrão: Conceito e características.

Não se pode pensar em manufatura enxuta sem a existência de trabalho padronizado, tido como um fator fundamental para garantir um fluxo contínuo de produção. Sendo assim, ele se torna uma das práticas essenciais da manufatura enxuta (FERREIRA; REIS; PEREIRA, 2002).

O conceito de padronização é utilizado na manufatura para manter a estabilidade nos processos, garantindo que as atividades sejam realizadas sempre numa determinada sequência e da mesma forma, num determinado intervalo de tempo e com o menor nível de desperdícios, conseguindo elevada qualidade e alta produtividade.

é a base para realizar as futuras melhorias, eliminando mais desperdícios e encurtando ainda mais o lead time. (NISHIDA, 2007).

De Acordo com Dennis (2008), o trabalho padronizado é a maneira mais segura e eficaz de realizar o trabalho como é conhecido em um determinado momento.

3.7 Trabalho padrão: Redução de consumo de energia

Trabalho padrão é o estágio final da implementação da manu-fatura enxuta na medida em que ajuda a sustentar as melhorias já implementadas e serve como base para futuros esforços de melho-ria contínua (Kaizen). De acordo com Liker & Meier (2007), o tra-balho padronizado deve ser uma base para o Kaizen, se um trabalho é realizado cada vez de uma maneira, não há base para avaliação.

Uma organização pode maximizar os ganhos com a redução de energia por meio da incorporação de melhores práticas no padrão de trabalho. O quadro 3 mostra exemplos de aplicação do trabalho padronizado como estratégias para a redução do consumo de energia.

Quadro 3: Exemplos de aplicação do trabalho padrão com o objetivo de reduzir o consumo de energia.

1. Construir melhores práticas de redução de energia em materiais de treinamento, em trabalho padrão para a operação e manutenção dos equipamentos.

2. Incluir dicas para a redução de energia de redução em reuniões semanais de equipe semanais e em boletins mensais.

3. Adicionar melhores práticas de redução de energia nos “checklists” utilizados na implementação do 5S.

Fonte: Quadro adaptado de Lean, Energy & climate toolkit, 2011.

3.8 Controles visuais.

O controle visual é um princípio fundamental na manufatura en-xuta. Em processo que possui um sistema de controle visual qual-quer pessoa não familiarizada com o processo pode em questão de minutos, saber que está acontecendo, pode compreender o proces-

so, e saber o que está sendo feito corretamente e o que está fora de lugar. Os benefícios trazidos pela gestão visual estão relacionados com a possibilidade de medição do desempenho da fábrica, ajudando as equipes a atingirem seus objetivos (PARRY; TURNER, 2006).

Controles visuais são usados para reforçar os procedimentos padronizados e para exibir o status de uma atividade de modo que cada empregado possa vê-lo e tomar as medidas adequadas.

Controles visuais padronizam melhores práticas para equipamen-tos, para o da energia, e pode ser adotado em toda a instalação.

Quadro 2: Estratégias para integrar os esforços de redução de energia ao MTP

1. Sinalização de tubulações com código de cores para ajudar os operadores rapidamente identificar e relatar informações importantes, por exemplo, vazamentos.

2. Instalação de avisos, com o objetivo de lembrar os funcionários, por exemplo, desligar interruptores ou tomadas de energia, desligar o equipamento que não estiver em uso.

3. Identificar o custo anual de energia e exibi-lo no equipamento para sensibilizar e incentivar os funcionários a economizar energia.

Fonte: Quadro adaptado de Lean, Energy & climate toolkit, 2011.

Os controles visuais também são ferramantas poderosas para enxergar os resultados reais em relação às metas e para encorajar melhorias. A figura 3 mostra um sistema de controle visual que mostra o consumo de energia diário.

Fonte: Indianapolis museum of art

4. CONSIDERAÇõES FINAIS

Este trabalho, por meio de pesquisa e do estudo de literatura, constatou que as ferramentas da manufatura enxuta auxiliam na eliminação de desperdícios e na melhoria dos processos como um todo, reduzindo custos e, portanto, é uma ferramenta de muito valor para a obtenção de vantagens competitivas. Constatou-se também que sendo a energia elétrica um dos principais insumos de produção e que existe uma previsão de aumento nos custos de energia elétrica para os próximos anos, é de fundamental importância que a energia elétrica seja administrada com maior eficiência.

Por meio da utilização dos princípios e ferramentas da manu-fatura enxuta para a redução de consumo de energia elétrica, nesta pesquisa pode-se perceber que, organizações alcançaram resultados muito positivos.

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Desta forma, por meio das ferramentas da manufatura enxuta e também por meio dos exemplos de aplicação destas ferramentas apresentadas neste trabalho, pode-se concluir que é possível inte-grar e aplicar os conceitos da manufatura enxuta para a redução de custos de energia elétrica, uma vez que o foco principal da manufatura enxuta é a eliminação de desperdícios e o uso desne-cessário de energia de elétrica é um desperdício, não adiciona va-lor e, portanto, precisa ser eliminado de qualquer processo.

Considera-se que o objetivo deste trabalho foi atingido, com base na literatura estudada e nos exemplos de aplicação pesquisados, a aplicação das ferramentas da manufatura enxuta deve ser incentivada para a redução de custos de energia elétrica.

Neste sentido, cabe ressaltar que pesquisas futuras devem ser realizadas propondo a aplicação dos conceitos e das ferramentas da manufatura enxuta demonstradas neste trabalho, com o objetivo de mensurar a quantidade de energia que é possível economizar através da aplicação das ferramentas da manufatura enxuta em organizações. Espera-se também que o presente trabalho auxilie as organizações em seus processos e programas de gestão para que estas possam aplicar os conceitos e as ferramentas da manufatura enxuta em suas organizações com o objetivo de melhorar o desempenho energético e alcançar vantagem competitiva.

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AvALIAÇÃO DA COMpLEMENTARIDADE DOS pOTENCIAIS HíDRICOS E EóLICOS SAZONALMENTE NA BACIA DO RIO vERDE GRANDE-MG

1Rafael Guerra

RESUMO

A ampliação da matriz energética do país vem sendo cada vez mais necessária acompanhada ao alto crescimento econômico que o Brasil promove nos últimos anos. A ampliação da capacidade instalada por fontes convencionais de geração de energia (hidrelétricas e térmicas) vem encontrando dificuldades no que diz respeito a licenciamento ambiental, principalmente em grandes projetos. Nesse sentido, estratégias para o melhor aproveitamento de potencial energético de uma região, a partir de fontes renováveis de energia, tem se tornado cada vez mais importante para o planejamento energético brasileiro. O presente estudo avalia sazonalmente (mês a mês), a complementaridade dos potenciais de geração de energia elétrica, por fonte hídrica e eólica, na bacia do rio Verde Grande, localizado na região norte de Minas Gerais. Assim como a maior parte da região Nordeste, o local escolhido não apresenta grandes potenciais de geração hídrica, além disso, a maioria dos rios é intermitente, dificultando a geração no período de seca. No entanto, nesse período a região se dispõe de melhores regimes de afluência de ventos.

PALAVRAS-CHAVE: Matriz Energética, Complementaridade, Potencial hídrico, Potencial eólico.

EvALUATION OF THE COMpLEMENTARITy OF wATER AND wIND pOTENTIAL SEASONALLy IN THE BASIN OF vERDE GRANDE RIvER – MG

ABSTRACT

The enlargement of the energy mix of the country is being more and more necessary accompanied to the high economical growth that Brazil promotes in the last years. The desire to increase the capacity installed by the conventional sources of generation of energy (hydroelectric power stations and thermal) is having difficulties in what says respect to environmental licensing, mainly in great projects. However, strategies for the best utilization of energy potential of a region, from renewable energy sources , has become increasingly important for the Brazilian energetic planning. In this context, the present study evaluates seasonally (month to month), the complementarity of the potential of electric power generation, for source water and wind, in the basin of the Verde Grande river, located in the northern region of Minas Gerais. As well as the greater part of the Northeast region, the place chosen not presents great potential of hydropower generation, in addition, the majority of the rivers and intermittent, making it difficult for the generation in the period of drought. However, in this period the region offers bests influx of winds.

KEYwORDS: Mix energy, Complementarity, Hydropower potential, wind potential.

1UNIFEI/Campus Itabira, e-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

Diante do alto crescimento econômico que o Brasil vem promovendo nos últimos anos torna-se cada vez mais necessária a ampliação da matriz energética do país. No setor elétrico, o incremento de capacidade, pelas fontes convencionais de geração de energia, vem atravessando dificuldades com licenciamento ambiental. Com isso, tem se intensificado o uso das fontes renováveis para a geração de energia elétrica, com pequenas e médias usinas, no Brasil. Podem-se citar um exemplo recente de um leilão de energia promovido pelo Governo Federal, em setembro de 2010, quando foram leiloados cerca de 4 Gw de potência eólica a um custo de quase 131 R$/MWh, custo competitivos as pequenas centrais hidrelétricas [1].

Diferentemente da maioria dos países do mundo, a base da matriz de geração de energia elétrica do Brasil é composta na sua grande maioria por fontes renováveis, essencialmente hídricas, no entanto, ainda existem grandes potenciais a serem aproveitados [2]. Segundo [3], até hoje, o país aproveitou somente um terço do potencial de geração de energia elétrica por fonte hídrica e ainda existem potenciais de cerca de 300 Gw a serem aproveitados pela geração eólica. Não obstante, no caso dos potenciais hidrelétricos, os maiores potenciais localizam longe dos grandes centros consumidores o que dificulta o

aproveitamento dos mesmos, devido principalmente, ao aumento de custos com transmissão.

A seguir a Tabela 1 apresenta as capacidades instaladas e os índices de aproveitamento dos potenciais hidrelétricos das principais bacias do país. Podem-se perceber que ainda existem grandes potenciais a serem aproveitados.

Assim como a maior parte da região Nordeste, a região norte de Minas Gerais não apresenta grandes potenciais de geração hídrica, além disso, a maioria dos rios é intermitente, dificultando a geração no período de seca. No entanto, nesse período a região se dispõe de melhores regimes de afluência de ventos. Neste contexto, o aproveitamento eólico pode-se tornar viável uma vez que, em sistemas híbridos (hídricos e eólicos), o excedente da capacidade de produção de energia elétrica pode ser armazenado nos reservatórios das usinas hidrelétricas, para substituírem eventuais escassezes hídricas, ou permitir o controle da vazão à preservação de outras atividades como, por exemplo, a agrícola.

Diante deste cenário, estudos de complementaridade entre as formas de geração de energia hídrica e eólica vêm se tornando cada vez mais importantes para o planejamento

energético do país. Deste modo o objetivo do presente estudo é verificar a complementaridade dos potenciais hídricos e eólicos sazonalmente (mês a mês) na sub-bacia do Verde Grande- MG.

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Tabela 1: Capacidade Instalada (MW) e Índices de aproveitamento por bacia hidrográfica [2].

Bacia Código Estimado Inventariado Total (Mw)

(Mw)% em relação

ao total(Mw) [a]

% em relação ao total

(Mw) [b]% em relação

ao totalRio Amazonas 1 64.164,49 78,8 40.883,07 23,0 105.047,56 40,6Rio Tocantins 2 2.018,80 2,5 24.620,65 13,9 26.639,45 10,3Atlântico Norte/Nordeste 3 1.070,50 1,3 2.127,85 1,2 3.198,35 1,2Rio São Francisco 4 1.917,28 2,4 24.299,84 13,7 26.217,12 10,1Atlântico Leste 5 1.779,20 2,2 12.759,81 7,2 14.539,01 5,6Rio Paraná 6 7.119,29 8,7 53.783,42 30,3 60.902,71 23,5Rio Uruguai 7 1.151,70 1,4 11.664,16 6,6 12.815,86 5,0Atlântico Sudeste 8 2.169,16 2,7 7.296,77 4,1 9.465,93 3,7

Total - 81.390,42 100 177.435,57 100 258.825,99 100

Onde:

PG - 0,59,η_t,ρ_ar,A,VPG - Potência eólica gerada em (MWméd);0,59 - Coeficiente de Betz;ηt - Rendimento da turbina eólica;ρar - Massa específica do ar (em geral, utiliza-se o valor

médio de 1,225 kg/m³);A - área varrida pelas pás do rotor da turbina (m²);V - Velocidade do vento (m/s).

O limite de Betz indica que, mesmo para os melhores aproveitamentos eólicos (turbinas de 2 ou 3 pás de eixo hori-zontal), recupera-se apenas um máximo de 59% da energia do vento, o que significa que Cp máximo (teórico) é 0,59.

Para o levantamento da distribuição de weibull, corrigiram-se as velocidades da séries histórica pela altura da torre, considerada para a avaliação do potencial, de acordo com a seguinte equação:

Vc = Vr.( HcHr

Em que:Vc - Velocidade corrigida para a altura em que se localiza o

eixo da turbina (m/s)Vr - Velocidade de referência, obtida na série histórica(m/s)Hr - Altura de referência, em que se localiza o anemômetro

na estação meteorológica (10m)Hc - Altura corrigida para a altura da torre (50m)α - Coeficiente de ajuste – 0,2 de acordo com a norma IEC

614000

Cabe observar que os valores obtidos pela estação meteorológicas não foram corrigidos pelos efeitos de rugosidade, orografia e obstáculos, já que o local em que a estação meteorológica está instalada é semelhante, nestes aspectos, com os locais selecionados para a simulação do potencial eólico.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A bacia hidrográfica do rio Verde Grande está localizada entre os paralelos 14020’ e 17014’ de latitude Sul e meridianos 42030’ e 44015’ de longitude Oeste (Comitê da Bacia do Verde Grande). O rio nasce em Bocaiúva – MG e tem sua foz em Malhada na Bahia, onde deságua no rio São Francisco. Sua bacia tem área de 31.410 km² que abrange 8 municípios na Bahia (13% da área total) e 27 municípios em Minas Gerais (87% da área total). A população é de 741,5 mil habitantes (ano de 2007), que corresponde a cerca de 5% da população total da bacia do São Francisco. Dentro da sub-bacia do São Francisco, escolheu-se o município de Espinosa-MG para a análise do potencial eólico, devido à uma menor dificuldade em se obter uma série histórica

2. MODELAGENS pARA ESTIMATIvA DOS pOTENCIAIS HíDRICOS E EóLICOS

Para a elaboração do estudo de avaliação de complementaridade hídrica e eólica da bacia do Rio Verde Grande, realizaram-se as seguintes etapas metodológicas:

a) Caracterização da bacia do Verde Grande quanto à área, queda bruta, etc.

b) Obtenção de séries históricas de vazão, a partir de informações disponibilizadas pela Agência Nacional das Águas (ANA) no HidroWeb e séries históricas de velocidades de vento, a partir de informações de Plataformas de Coletas de Dados (PCDs) do INMET.

c) Cálculo do potencial hídrico sazonalmente (mês a mês), a partir de modelos queda/vazão.

Para a avaliação do potencial hídrico utilizou-se a seguinte equação:

Ea=g.ηT.ηG

.(1-φ).q.ad.hb Eq. (1)

Onde: Ea - Energia elétrica assegurada do aproveitamento hidráu-

lico (MWméd);HB - Queda bruta do aproveitamento (m).AD - Área de drenagem da bacia hidrográfica do rio em

análise (km²).q - Vazão específica média de longo termo (l/s.km²).ηT - Rendimento da turbina, em torno de 90%;ηG - Rendimento do gerador, em torno de 90%;φ - Perda de carga hidráulica no circuito hidráulico constituído

por: tubulação, adução, túnel, canal, etc. O valor estimativo é 3% da casa de força ao pé da barragem.

g - Aceleração da gravidade (9,81 m/s²).

A Equação (2) apresenta como calcular a potência instalada (PI) de referência do aproveitamento hidráulico.

pi = ea/fk Eq. (2)

Onde:PI - Potência elétrica instalada do aproveitamento hidrelétrico

(Mwinst);Fk - Fator de Capacidade de referência do aproveitamento

(0,5 a 0,6).

d) Cálculo do potencial eólico sazonalmente, a partir da distribuição de weibull das velocidades dos ventos,com base em séries históricas do CPTEC/INPE.

Para a avaliação do potencial eólico, com base na série histórica de ventos e distribuição de weibull que representa a mesma, é utilizada a Equação (3), que calcula a potência de uma turbina eólica instalada.

Eq. (3)

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de ventos, possuindo, portanto, uma plataforma de coleta de dados anomométricos na região. A figura a seguir mostra os municípios englobados pela bacia do Verde Grande e destaca o município de Espinosa- MG:

FIG.1: Bacia do Verde Grande (Plano de Recursos Hídricos da bacia do Rio Verde Grande 2011)

Segundo o Plano de Recursos Hídricos da bacia do Verde Grande estima-se que a área atualmente irrigada na bacia seja de 22.000 km². A configuração da bacia é alongada, com sentido sul-norte, coincidente com o do rio principal, que sofre uma mudança para uma direção aproximada leste-oeste próxima a confluência com o rio São Francisco.

A bacia possui uma altitude média de 840m, conforme pode ser verificado no mapa hipsométrico da bacia do Verde Grande, representado na Figura 2.

FIG. 2: Mapa hipsométrico da bacia do Rio Verde Grande

Com a caracterização da BH em estudo realizada, em termos de área e relevo, coletaram-se as séries históricas de vazões e de ventos. A série histórica de vazões foi adquirida a partir do portal HIDROWEB – ANA (Agência Nacional das Águas), acessando a estação de código 44950000, referente à bacia do Verde Grande, com dados do ano de 1969 a 2007 distribuídos mês a mês, com aferições de hora em hora registradas.

No que diz respeito às séries históricas de ventos da bacia, escolheu-se a plataforma localizada na cidade de Espinosa-MG. Conseguiram-se uma série completa com medições de quinze em quinze minutos dos últimos dois anos, fornecida pelo INMET.

Com a série histórica de vazões de mais de 10 anos e aplicando as Equações (1) e (2) calcularam-se o potencial hídrico de forma sazonal, como apresenta a Figura 1.

Para as estimativas do potencial eólico utilizaram-se a distribuição apresentada na Figura 3, bem como a Equação (3). A distribuição de weibull apresenta dois parâmetros que permitem ajustar a forma e a escala da curva, em que: o fator “k” indica a forma de distribuição de ventos e o fator “c” indicando a escala. De acordo com [4] apud [7], o parâmetro c relaciona-se com velocidade média do vento verificada no local projetado (Vv≈0,9c) quando os valores de k estão, usualmente, entre 2 e 3. Os valores das velocidades do vento obtidos são disponibilizados no atlas eólico que contém a representação de velocidades do vento (Vv) tendo como parâmetro a altura de 50m do solo e utilizando-se da modelagem numérica dos ventos de superfície terrestre (MesoMap).

A Figura 3 mostra a frequência de velocidade de ventos associados à distribuição de weibull da cidade de Espinosa-MG, situada na bacia do Verde Grande.

FIG. 3: Potencial hídrico verificado na bacia do Verde Grande

FIG. 4: Frequência de velocidade dos ventos associada à Distribuição de Weibull.

Para a avaliação do potencial eólico foi utilizada a Equação (8), que calcula a potência gerada para uma turbina eólica instalada.

A equação do potencial eólico gerado citada anteriormente calcula o potencial dado em w para apenas uma turbina. Sendo assim, selecionou-se uma área útil de 1230 km² ou cerca de 4% da área total em que haveriam condições de se implantar parques eólicos e calculou-se o número de grupos geradores possíveis de se instalar na área em questão. Como critério foi respeitada a distância de 10 vezes o diâmetro da turbina em filas e a distância de 5 vezes o diâmetro lateral (aproximando-se a área da bacia em um retângulo para facilitar os cálculos), obtendo-se o valor de aproximadamente 2900 grupos geradores possíveis a serem instalados:

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FIG. 5: Potencial eólico da bacia Verde Grande por turbina

Considerando 2900 turbinas possíveis de serem instaladas na sub-bacia, tem-se uma nova configuração, chegando à potência máxima de 500 Mw, em Agosto (melhor período de regime de ventos), como mostra a Figura 6.

FIG. 6: Potencial éolico da bacia Verde Grande

Sobrepondo os potenciais eólicos e hídricos estimados, conclui-se que há a complementaridade hídrico-eólica na bacia estudada. A Figura 7 apresenta a complementaridade sazonal dos potenciais verificada na bacia do Rio Verde Grande.

FIG. 7: Potenciais Hídricos e Eólicos, mês a mês, da bacia do Rio Verde Grande

A bacia do Rio Verde Grande, durante os períodos de dezembro a abril possui maior potencial hídrico a ser aproveitado, registrando índice máximo de quase 600Mw, no entanto, não apresenta bons potenciais durante o restante do ano, chegando a registrar índices inferiores a 15 Mw, quando os potenciais eólicos são mais elevados. Quanto ao potencial eólico, observaram-se efeitos contrários, durante a seca a bacia apresentou seu maior potencial eólico com valor registrado de quase 550 Mw, enquanto que no período chuvoso estes valores não passam de 200Mw.

Este tipo de complementaridade verificada entre os potenciais, hídricos e eólicos, é importante para o planejamento energético da região que permite exploração mista dos potenciais.

4. CONCLUSÃO

Para a verificação da complementaridade hídrica-eólica da bacia do Rio Verde grande, o presente estudo utilizou um modelo queda/vazão para estimativas do potencial hídrico de forma sazonal. Nas estimativas do potencial eólico utilizaram-se séries históricas de regime de afluência de ventos disponibilizadas por plataformas do INMET, além de realizar-se o estudo da distribuição de weibull dos ventos. A partir das metodologias desenvolvidas para estimativas dos potencias hídricos e eólicos para geração de energia elétrica e séries históricas de vazão e vento, o presente estudo mostrou que existe a complementaridade hídrico-eólica de forma sazonal na bacia do Rio Verde Grande. A bacia, durante os períodos de dezembro a abril possui maior potencial hídrico a ser aproveitado, registrando índice máximo de 600 Mw, no entanto, não apresenta bons potenciais durante o restante do ano, chegando a registrar índice inferiores a 15 Mw. Quanto ao potencial eólico, observou-se efeitos contrários. Durante a seca a bacia apresentou seu maior potencial eólico com valor registrado de quase 550 Mw, enquanto que no período chuvoso estes valores não passam de 200 Mw, comprovando a complementaridade hídrico-eólica da região estudada.

Este tipo de complementaridade verificada entre os potenciais, hídricos e eólicos, na sub-bacia do Verde Grande, é importante para o planejamento energético da região que permite exploração mista dos potenciais. Cabe ressaltar que essa característica, de complementaridade, sinaliza um possível perfil comum para toda a região Nordeste do Brasil, que pode ser muito interessante para o desenvolvimento de estratégias energéticas para o país.

5. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• [1] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, Tarifas de energia elétrica comercializadas no Brasil, 2010.

• [2] TOLMASQUIM, M.T., Fontes Renováveis de Energia, 1° Edição, Ed. Interciência, 2003, 516p.

• [3] ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, Atlas de energia elétrica do Brasil, 2 ed. Brasília: 2005. 243 p.

• [4] CRESESB - Centro de Referência para a Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, Tutorial de Energia Eólica - Princípios e Tecnologias, 1999. [on-line]. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link=/tutorial/tutorial_eolica.htm>. Acesso em: 16 jul. 2010.

• [5] ANA – Agência Nacional das Águas, Plano de Recursos Hídricos da bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande, Relatório Síntese, Brasília, 2011.

• [6] POLIZEL, L. H. Metodologia de Prospecção e Avaliação de Pré-Viabilidade Expedita de Geração Distribuída (GD): Caso Eólico e Hidráulico. 2007. 160p. (Mestrado em Engenharia Elétrica) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/dis-poniveis/3/3143/tde17012008114829/piblico/2007_07_26_Dissert_Polizel.pdf>. Acesso em 20 de jul.2010.

• [7]SCHULTZ, D. J. Sistemas Complementares de Energia Eólica e Hidráulica no Brasil. 2005. [on-line]. Disponível em: < http://www.espacoenergia.com.br/edicoes/3/003-02.pdf>. Acesso em: 21 abril. 2012.

• [8]DENAULT, M. Complementarity of Hydro and Wind Power: Improving the Risk Profile of Energy Inflows. 2009. [on-line]. Disponível em: < http://neumann.hec.ca/pages/michel.denault/EnergyPolicy%202009.pdf>. Acesso em: 14 abril. 2012.

• [9] ABEEÓLICA – Associação Brasileira de Energia Eólica, Brazil windpower, 2012.

• [10] CRAIG, J. Small-scale hydropower: A methodology to esti-mate Europe’s environmentally compatible potential, 2010. Dis-ponível em: http://acm.eionet.europa.eu/reports/docs/ETCACC_TP_2010_17_small_hydropower.pdf. Acesso: 02/12/2012.

• [11] CALDAS, M.D. Estudo do potencial eólico e Estimativa de geração de Energia de um projeto eólico na cidade do Rio de Janeiro utilizando o windPro e o wAsP, 2010.

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ESTUDOS DE DISTRIBUIÇÃO DE vELOCIDADE COM TéCNICAS DE CFD pARA TUBULAÇÃO DE DERIvAÇÃO DE ÁGUA EM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

ESTUDOS DE DISTRIBUIÇÃO DE vELOCIDADE COM TéCNICAS DE CFD pARA TUBULAÇÃO DE DERIvAÇÃO DE ÁGUA

EM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1Ivan Felipe dos Santos2Fernando das Graças Braga da Silva

3Geraldo Lúcio Tiago Filho4Regina Mambeli Barros

RESUMO

No presente trabalho realizou-se a simulação, através de ferramentas CFD, dos campos de velocidade em uma tubulação de distribuição de vazão em marcha por meio de tubos verticais. O estudo de grandezas de interesse na hidráulica pode se tornar difícil devido ao grande número de variáveis relacionadas e a frequente de variação destes parâmetros ao longo dos diversos pontos da geometria na qual o escoamento ocorre. As análises realizadas mostraram que as ferramentas de fluidodinâmica computacional constituem uma poderosa fonte de recursos para superação das dificuldades envolvidas, facilitando então, os estudos dos escoamentos em dispositivos hidráulicos.

PALAVRAS-CHAVE: Simulação, CFD, campos de velocidade, hidráulica.

STUDIES ON SpEED DISTRIBUTION wITH CFD TECHNIqUES FOR wATER DERIvATION pIpE IN wATER SUppLy SySTEM

ABSTRACT

In the present work, a simulation using CFD tools of the velocity fields in a pipe of derivation distribution through vertical tubes, was done. The study of quantities of interest in hydraulics can become difficult due to the large number of related variables and the frequent variation of these parameters over the various points of geometry in which the flow occurs. The analyzes showed that the tools of computational fluid dynamics are a powerful resource for overcoming the difficulties involved, facilitating then, studies of flows in hydraulic devices.

KEYwORDS: Simulation, CFD, Velocity Fields, Hydraulics devices.

2Email: [email protected]: [email protected]: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

1.1.Classificaçãodosescoamentosesuasrelações com a grandeza velocidade

Os escoamentos em pressão ou forçados são aqueles que não estão submetidos à pressão atmosférica em nenhum ponto do fluxo. Nestes escoamentos a pressão exercida pelo liquido so-bre a parede da tubulação é diferente da atmosférica e qual-quer perturbação do regime em uma seção, poderá dar lugar a alterações de velocidade e pressão (Porto, 2006). A variação destas grandezas pode implicar em mudanças nas características de todo escoamento, o que demonstra a importância do estudo das mesmas.

Escoamentos laminares são aqueles em que as partículas se deslocam em lâminas individualizadas, sendo que as trocas de partículas entre as laminas se dão a nível microscópico. Neste tipo de escoamentos qualquer tendência a formação de turbilhões é amortecida por forças viscosas que dificultam o movimento das camadas entre si. Já escoamentos turbulentos são aqueles em que as partículas apresentam um movimento aleatório, isto é, a velocidade possui componentes transversais ao movimento do fluido, cujas propriedades físicas são geralmente determinadas por médias estatísticas. Neste tipo de escoamento, ocorre então uma transferência de quantidade

de movimento entre as regiões de massa liquida que tornam os perfis de velocidade do escoamento mais complexos. Como na hidráulica o liquido de trabalho predominante é a água, cuja viscosidade é relativamente baixa, os escoamentos são frequentemente turbulentos.

As diferenças entre escoamento laminar e turbulento resultam, obviamente, em diferenças na distribuição de velocidade no escoamento. Por exemplo, analisando os perfis em uma seção transversal. Houthalen (2003) apresentou estas diferenças em fluxos laminares e turbulentos em uma seção transversal de um conduto circular. No escoamento laminar, a velocidade de cada camada aumenta sucessivamente até atingir um valor máximo no centro do tubo, fazendo o perfil possuir a forma de um parabolóide de revolução. Já no fluxo turbulento as partículas mais lentas próximas as paredes do tubo são aceleradas devido a uma mistura continua com as partículas de maior velocidade causadas pela turbulência. Por esta razão a distribuição de velocidades é mais uniforme e possui a forma de uma curva logarítmica.

Quanto mais variáveis são consideradas mais os perfis de velocidade possuem comportamentos diferenciados tendendo a se tornarem mais complexos. Por exemplo, deve se considerar três componentes de velocidades em escoamentos tridimensionais, e em escoamentos rotacionais, deve se considerar os efeitos da vorticidade.

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DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

FIG. 1: Perfis de velocidade laminar e turbulento típicos em uma seção transversal de um conduto circular. Fonte: Houthalen (2003).

1.2. Distribuição de vazão em marcha

A distribuição de vazão em marcha ocorre quando não há constância de vazão ao longo do trecho, sendo que esta diminui ao longo do percurso. Este tipo de situação ocorre em aplicações bastante importantes da hidráulica como em redes de distribuição de água e sistemas de irrigação.

No estudo de distribuições de vazões em marcha toma-se como hipótese simplificadora o fato de que vazão total consumida na linha é uniforme ao longo da linha. Isto significa que para efeito de cálculo, em cada metro linear, a tubulação distribui uma vazão uniforme q chamada vazão unitária de distribuição. Desta forma, a vazão que entra na tubulação Q sofre um decréscimo linear conforme se progride em direção a extremidade final da tubulação qx. Se ao término da tubulação de distribuição toda a água tiver sido distribuída, chamamos a extremidade final de extremidade morta ou ponta seca.

Em alguns casos (como em tubulações de sistemas de irrigação por aspersão) a distribuição é feita através da ascensão da água da tubulação lateral por meio de tubos verticais acoplados a ela. Neste caso, verifica-se ocorrência de perda de carga e alterações nos campos de velocidade devido à mudança do diâmetro e contração das linhas de fluxo na passagem dos tubos. Esta situação será analisada no presente trabalho.

FIG. 2: Exemplo de distribuição de vazão em marcha por meio de tubos verticais.

1.3. Fluidodinâmica computacional

Fluidodinâmica Computacional (cfd) é o termo dado ao grupo de técnicas matemáticas, numéricas e computacionais, usadas para obter, visualizar e interpretar soluções computacionais para as equações de conservação de grandezas físicas de interesse de um dado escoamento (Correia, 2009).

Estas técnicas permitem que sejam estudados todos os tipos de comportamento de um fluido no interior de uma geometria qualquer em ambiente virtual, o que proporciona agilidade e diminuição de custos em relação ao desenvolvimento de projetos (Gianelli, 2010).

De forma resumida, os pacotes computacionais orientados a fluidodinâmica computacional utilizam a técnica de discretização

da geometria em malhas para a solução das equações governantes. De acordo com Cipolla (2009) a malha numérica é discretização do domínio de interesse através dos nós, onde serão aplicadas as equações regentes e calculadas as variáveis para a simulação do escoamento.

Dado que as equações que regem os escoamentos podem se tornar bastante complexas, as grandezas de interesse se tornam difíceis de ser obtidas analiticamente. Assim, a utilização de ferramentas de fluidodinâmica computacional é bastante proveitosa para estudos hidráulicos por permitir a estimativa destas grandezas ao longo de todo campo de escoamento.

1.4.AplicaçõesdasferramentasCFDparaanálise de velocidade

O campo aplicações da fluidodinâmica computacional é bas-tante amplo e não se limita apenas a estruturas hidráulicas. Tu et al. (2008) apresenta aplicações das ferramentas CFD em campos diversos, como: ciências aéreas, engenharia de automóveis, en-genharia biomédica, processo químicos, engenharia civil e ambi-ental, geração de energia, esportes, etc.

Neto et al. (2008) realizou uma simulação numérica de es-coamento em uma tubulação, enfocando uma válvula do tipo ga-veta por meio do software de CFD. A partir da simulação o autor conseguiu estudar o perfil dos vetores velocidade e os campos de velocidade no acessório. Os resultados obtidos via laboratório físico, quanto os calculados a partir da teoria e os obtidos através da simulação numérica, estiveram bastante próximos, mostran-do que é valida a utilização de fluidodinâmica computacional para se caracterizar campos de velocidade em dispositivos hidráulicos, além de permitir observação de fenômenos de interesse, con-forme observamos os refluxos na figura 3.

Fonte: Neto et al. (2008).FIG. 3: Exemplo de aplicação da ferramenta CFD: Campos de velocidade na válvula gaveta.

Dias et al. (2009) obteve a distribuição de vetores em uma tubulação do tipo venturi. A figura abaixo demonstra alguns destes resultados ao longo da tubulação (onde verificamos a intensificação da velocidade na contração) e na seção de saída (onde observamos a intensificação dos vetores de velocidade rumo ao centro da seção).

Fonte: Dias et al. (2009).

FIG. 4: Exemplo de aplicação da ferramenta CFD: Vetores de velocidade.

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2. MATERIAL E MéTODOS

As simulações fluidodinâmicas foram realizadas no Laboratório de Informática do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá (MG) utilizando o software ANSYS CFX.

Lomax (1999) dividiu a utilização das ferramentas CFD em 4 passos:

• Escolha do problema e sua geometria • Seleção das malhas e do método numérico a ser utilizado • Seleção das equações e condições de contorno • Avaliação e interpretação dos resultados.

O problema a ser estudado via CFD foi o de um escoamento em uma tubulação distribuidora possuindo 2 tubulações verticais, espaçadas de 6 [m], contendo um orifício final orientado a saída da água.

A geometria do problema foi criada no aplicativo e suas dimensões estão apresentadas no quadro abaixo:

Tabela 1: Caracterização da geometria utilizada neste trabalho.

--- Comprimento [m]Diâmetro

[m]

Tubulação distribuidora 7 0,1

Tubos verticais 0,5 0,020

Orifícios finais 0,001 0,008

As alturas atribuídas aos orifícios finais foram representativas, uma vez que a construção de um orifício em 2D não é reconhecido pelo software escolhido como uma saída para o escoamento.

Fig. 5: Geometria utilizada durante as simulações. Do lado esquerdo: Vista em isométrica de toda a geometria. Lado direito: Zoom sobre o tubo vertical.

FIG. 6: Geometria utilizada durante as simulações. zoom sobre o tubo vertical.

Neto et al. (2008) afirmou que é importante observar que deve-se refinar as malhas, isto é, aumentar o numero de elementos na região de interesse, onde se deseja estudar mais profundamente o fenômeno (perda de carga, campo de pressão, perfil de velocidade etc).

As malhas foram geradas dentro do software CFX e foram escolhidas segundo a sugestão anterior: Mais rústicas ao longo

da tubulação lateral e mais refinadas ao longo dos tubos e bocais verticais.

FIG. 7: Malhas selecionadas (mais rústicas ao longo da tubulação horizontal e mais refinadas nos locais de maior interesse).

Já as condições de contorno foram ativadas no aplicativo setup dentro do software CFX. As variáveis escolhidas foram: Velocidades de saída em cada orifício e a pressão na seção de entrada da tubulação lateral.

Escolheu-se em um primeiro momento uma vazão de distribuição de 3 [m³/hr], distribuindo 1 [m³/hr] em cada tubo vertical, resultando 1 [m³/hr] na extremidade final. Em uma segunda simulação, tomou-se a vazão de distribuição de 2 [m³/hr], sendo que não restava vazão na extremidade final a caracterizando como uma ponta seca. A velocidade de saída em cada orifício foi Vsaída = 5,5 m/s

Esta primeira variável foi usada no cálculo da segunda. A pressão de entrada na linha tubulação distribuidora foi calculada utilizando-se a equação de Bernoulli juntamente com as perdas de carga ao longo do sistema: Pentrada = 10,5 mca.

Para as simulações adotou-se que o escoamento era isotérmico (sem variações de temperatura) com temperatura igual a 25°C. Ainda no aplicativo Setup do CFX foram selecionados as características do solucionador (solver). O número mínimo e máximo de iterações escolhidos, foram respectivamente 20 e 500. O critério de convergência foi um resíduo menor que 10-4. Após isto o aplicativo Solver no software CFX foi acionado e os resultados obtidos. A rugosidade da parede escolhida foi de acordo com Porto (2006) = 0,0015 [mm].

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As simulações foram realizadas no Solver do software ANSYS CFX. O tempo total gasto na 1º simulação foi de 13 minutos e 26 segundos. A Distribuição dos vetores de velocidade ao longo da tubulação para o caso inicial está apresentada na figura abaixo:

FIG. 8: Distribuição dos vetores de velocidade no sistema de tubulações (1º cenário).

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Observamos na figura 8 que o escoamento ocorre com baixa velocidade na tubulação lateral, e esta cresce em direção aos tubos verticais. Este fato é facilmente explicado através da equação de Bernoulli, que relaciona a quantidade de energia entre duas seções de escoamento. Como o desnível ao longo da geometria é baixo e houve uma diminuição de pressão entre a tubulação lateral e as seções mais altas, isso acarretará em um aumento da velocidade. Além disso, a vazão é constante e a redução dos diâmetros deve aumentar a velocidade para que se mantenha a equação da continuidade Q = VA. Observamos ainda que o jato ‘explode’ em várias direções após o escoamento passar pelo orifício final rumo à atmosfera.

A figura 9 nos permite observar o comportamento dos vetores de velocidade na proximidade dos tubos verticais. Os vetores de velocidade sofrem perturbações e se direcionam aos tubos verticais com considerável aumento de velocidade:

FIG. 9: Distribuição dos vetores de velocidade nas proximidades dos tubos verticais. Figura superior – 1° tubo vertical. Figura inferior – 2° tubo vertical (1° cenário).

As análises da linhas de fluxo próximas aos tubos verticais dos bocais finais (figuras 10a e 10b e 11a e 11b) permitiram uma análise bastante interessante do comportamento hidráulico das simulações. A figura 10 mostra uma perturbação sobre as linhas de fluxo nas proximidades do tubo disposto verticalmente sobre a tubulação lateral, como se observa também na figura 9, sendo que a água se molda e sofre uma contração na entrada desta tubulação. Nesta contração de verifica uma perda de carga singular proporcional a um coeficiente de perda de carga K.

As linhas de fluxo são menos intensas após o 2º tubo, devido à menor quantidade do fluxo de massa nesta região. A figura 11 por sua vez nos mostra que a velocidade das linhas de fluxo aumenta significativamente no bocal final quando ocorre a emissão do escoamento para a atmosfera.

Após a alteração do 1º caso obteve-se resultados bastante a este. Uma diferença interessante é verificada nos campos de velocidade nas vizinhanças do segundo tubo vertical. Observa-se

na figura 12 uma zona de maior turbulência devido ao fato de que os vetores de velocidade do fluxo que se direciona ao tubo vertical se encontrar com os vetores do fluxo que retorna da extremidade fechada. No lado direito da figura 12, foi realizado um zoom sobre o campo de velocidades que permite observar com clareza o contraste entre os vetores que seguem em sentidos diferentes. O tempo resultante gasto pela simulação foi de 5min e 37 segundos.

FIG. 10a: Linhas de fluxo nas proximidades dos tubos verticais (1º cenário). Lado direito – 1º tubo.

FIG. 10b: Linhas de fluxo nas proximidades dos tubos verticais (1º cenário). lado esquerdo – 2º tubo.

FIG. 11: Linhas de fluxo nas proximidades dos tubos verticais (1º cenário). Lado direito – 1º orificio

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FIG. 12: Vetores de velocidade na proximidade do segundo tubo vertical. Lado esquerdo (a) – zona de turbulência gerada pelo encontro entre os vetores de sentidos diferentes. Lado direito (b) – zoom sobre os vetores de velocidade.

4. CONCLUSõES

é de fundamental importância o estudo de grandezas do escoamento nos diversos dispositivos hidráulicos, dado que sistemas hidráulicos possuem um campo de aplicação extremamente extenso. Neste trabalho foi realizado o estudo dos campos de velocidade em uma tubulação com distribuição de vazão em marcha por meio de tubos verticais.

Ao observar os resultados apresentados pela simulação computacional com o auxilio de software de CFD, verifica-se que este proporciona uma analise visual e detalhada de alta qualidade de várias particularidades do escoamento, permitindo a analise de grandezas extremamente importantes que variam bastante ao longo do escoamento. Como, por exemplo, os campos de velocidades e pressão. Assim, as ferramentas CFD se mostram ferramentas poderosas para análises hidráulicas.

5. REFERêNCIAS

• Brunetti, F., 2006, ”Mecânica dos fluídos”. Editora Pearson.• Cipolla, E. Z., Avaliação do comportamento hidráulico de uma

Bomba Centrífuga utilizando ferramentas de CFD. 2009. Tese (Graduação) –Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, 2009. 100p.

• Correia, J.,Estudo da interface água/óleo no âmbito da indústria do petróleo com ênfase em software de simulação fluidodinâmica (CFD), Florianópolis (SC), 2009.

• Dias, A., et al., Estudo da distribuição da velocidade em tubo Venturi utilizando medidas experimentais e técnicas de CFD. RBRH - Revista brasileira de Recursos Hídricos. Vol. 14 n.4, p.81-92, 2009.

• Gianelli, R. C. (2010) “Modelagem e simulação computacional de medidor Venturi com diversas tomadas de pressão”. Instituto de Recursos Naturais, Universidade Federal de Itajubá MG, 2010, 83p. Tese (monografia).

• Houghtalen, R. J., Akan, O. A., (2003), Engenharia Hidráulica. Ed. Pearson. 4º Edição.

• Lomax, H., et al. (1999), Fundamentals of Computational Fluid Dinamycs. University of Toronto: Institute for Aerospaces Studies, 274p.

• Neto, H., J., et al., Modelagem e simulação do comportamento de uma válvula de fluxo hidráulica com o uso de ferramenta de hidroinformática. Revista Tecnológica Fortaleza, v. 29, n. 2, p.224-232, 2008.

• Porto, R.M. (2006). Hidráulica Básica. EESC/USP São Carlos- SP, 519 p.

• Tu, J., et al., Computational Fluid Dynamics: A practical approach. Ed. Elsevier, 2008,452p.

ANOTAÇõES

A B

*AGRADECIMENTOS – Os autores do trabalho agradecem a FAPEMIG pelo apoio aos estudos através de bolsa de pesquisador mineiro pelo processo 00633-11

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ARTIG

OS TÉ

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Forma e preparação de manuscrito

primeira Etapa (exigida para submissão do artigo)O texto deverá apresentar as seguintes características: espa-

çamento 1,5; papel A4 (210 x 297 mm), com margens superior, inferior, esquerda e direita de 2,5 cm; fonte Times New Roman 12; e conter no máximo 16 laudas, incluindo quadros e figuras.

Na primeira página deverá conter o título do trabalho, o resumo e as Palavras-chave. Os quadros e as figuras deverão ser numerados com algarismos arábicos consecutivos, indicados no texto e anexados no final do artigo. Os títulos das figuras deverão aparecer na sua parte inferior antecedidos da palavra Figura mais o seu número de ordem. Os títulos dos quadros deverão aparecer na parte superior e antecedidos da palavra Quadro seguida do seu número de ordem. Na figura, a fonte (Fonte:) vem sobre a legenda, à direta e sem ponto final; no quadro, na parte inferior e com ponto final.

O artigo em PORTUGUÊS deverá seguir a seguinte sequên-cia: TÍTULO em português, RESUMO (seguido de Palavras- -chave), TÍTULO DO ARTIGO em inglês, ABSTRACT (seguido de keywords); 1. INTRODUÇÃO (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIAL E MéTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. AGRADECIMENTOS (se for o caso); e 6. REFERÊNCIAS, alinhadas à esquerda.

O artigo em INGLÊS deverá seguir a seguinte sequência: TÍTULO em inglês; ABSTRACT (seguido de Keywords); TÍTULO DO ARTIGO em português; RESUMO (seguido de Palavras- -chave); 1. INTRODUCTION (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALAND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. ACKNOwLEDGEMENTS (se for o caso); e 6. REFERENCES.

O artigo em ESPANHOL deverá seguir a seguinte sequên-cia: TíTULO em espanhol; RESUMEN (seguido de Palabra llave), TÍTULO do artigo em português, RESUMO em português (segui-do de palavras-chave); 1. INTRODUCCTIóN (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALES Y METODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIóNES; 4. CONCLUSIONES (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específi-co, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. RECONOCIMIEN-TO (se for o caso); e 6. REFERENCIAS BIBLIOGRáFICAS.

Os subtítulos, quando se fizerem necessários, serão escritos com letras iniciais maiúsculas, antecedidos de dois números arábicos colocados em posição de início de parágrafo.

No texto, a citação de referências bibliográficas deverá ser feita da seguinte forma: colocar o sobrenome do autor citado com apenas a primeira letra maiúscula, seguido do ano entre parênteses, quando o autor fizer parte do texto. Quando o autor não fizer parte do texto, colocar, entre parênteses, o sobrenome, em maiúsculas, seguido do ano separado por vírgula.

O resumo deverá ser do tipo indicativo, expondo os pontos relevantes do texto relacionados com os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões, devendo ser compostos de uma sequência corrente de frases e conter, no máximo, 250 palavras.

Para submeter um artigo para a Revista PCH Notícias & SHP News o(os) autor(es) deverão entrar no site www.cerpch.unifei.edu.br/submeterartigo.

Serão aceitos artigos em português, inglês e espanhol. No caso das línguas estrangeiras, será necessária a declaração de revisão linguística de um especialista.

Segunda Etapa (exigida para publicação)O artigo depois de analisado pelos editores, poderá ser

devolvido ao(s) autor(es) para adequações às normas da Revista ou simplesmente negado por falta de mérito ou perfil. Quando aprovado pelos editores, o artigo será encaminhado para três revisores, que emitirão seu parecer científico. Caberá ao(s) autor(es) atender às sugestões e recomendações dos revisores; caso não possa(m) atender na sua totalidade, deverá(ão) justificar ao Comitê Editorial da Revista.

Obs.: Os artigos que não se enquadram nas normas acima descritas, na sua totalidade ou em parte, serão devolvidos e perderão a prioridade da ordem sequencial de apresentação.

Formandpreparationofmanuscripts

FirstStep(requiredforsubmition)The manuscript should be submitted with following format:

should be typed in Times New Roman; 12 font size; 1.5 spaced lines; standard A4 paper (210 x 297 mm), side margins 2.5 cm wide; and not exceed 16 pages, including tables and figures.

In the first page should contain the title of paper, Abstract and Keywords. The tables and figures should be numbered con-secutively in Arabic numerals, which should be indicated in the text and annexed at the end of the paper. Figure legends should be written immediately below each figure preceded by the word Figure and numbered consecutively. The table titles should be written above each table and preceded by the word Table fol-lowed by their consecutive number. Figures should present the data source (Source) above the legend, on the right side and no full stop; and tables, below with full stop.

The manuscript in PORTUGUESE should be assembled in the following order: TíTULO in Portuguese, RESUMO (followed by Palavras-chave), TITLE in English; ABSTRACT in English (fol-lowed by keywords); 1. INTRODUÇÃO (including references); 2. MATERIAL E MéTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. AGRADECIMENTOS (if it is the case); and 6. REFER-ÊNCIAS, aligned to the left.

The article in ENGLISH should be assembled in the follow-ing order: TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); TITLE in Portuguese; ABSTRACT in Portuguese (fol-lowed by keywords); 1. INTRODUCTION (including references); 2. MATERIAL AND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. ACKNOwLEDGEMENTS (if it is the case); and 6. REFERENCES.

The article in SPANISH should be assembled in the follow-ing order: TíTULO in Spanish; RESUMEN (following by Palabra-llave), TITLE of the article in Portuguese, ABSTRACT in Portu-guese (followed by keywords); 1. INTRODUCCTIóN (including references); 2. MATERIALES Y MéTODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIóNES; 4. CONCLUSIONES (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5.RECONOCIMIENTO (if it is the case); and 6. REFERENCIAS BIBLIOGRáFICAS.

The section headings, when necessary, should be written with the first letter capitalized, preceded of two Arabic numerals placed at the beginning of the paragraph.

References cited in the text should include the author’s last name, only with the first letter capitalized, and the year in parentheses, when the author is part of the text. when the author is not part of the text, include the last name in capital letters followed by the year separated by comma, all in pa-rentheses.

Abstracts should be concise and informative, presenting the key points of the text related with the objectives, methodology, results and conclusions; it should be written in a sequence of sentences and must not exceed 250 words.

For paper submission, the author(s) should access the online submission web site www.cerpch.unifei.edu.br/submeterartigo (submit paper).

The Magazine PCH Notícias & SHP News accepts papers in Por-tuguese, En-glish and Spanish. Papers in foreign languages will be requested a declaration of a specialist in language revision.

SecondStep(requiredforpublication)After the manuscript has been reviewed by the editors, it is

either returned to the author(s) for adaptations to the Journal guidelines, or rejected because of the lack of scientific merit and suitability for the journal. If it is judged as acceptable by the editors, the paper will be directed to three reviewers to state their scientific opinion. Author(s) are requested to meet the re-viewers, suggestions and recommendations; if this is not totally possible, they are requested to justify it to the Editorial Board.

Obs.: Papers that fail to meet totally or partially the guide-lines above described will be returned and lose the priority of the sequential order of presentation.

INSTRUÇõES AOS AUTORES INSTRUCTIONS FOR AUTHORS

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CErPCH/uNifEi rEAlizA PrimEiro sEmiNário lAtiNo-AmEriCANo dE máquiNAs HidráuliCAs E sistEmAs

cERpcH/UNIFEI pERFoRmaNcES THE FIRST laTIN-amERIcaN SEmINaRy oF HydRaUlIc macHINES aNd SySTEmS

Por Adriana barbosa Translation: Romulo Vilas boas Chiaradia

o Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas da Universidade Federal de Itajubá realizou entre os dias 29 a 31 de outubro de 2013, nas instalações da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, a primeira edição do Latin Hydro Power & Systems Meeting. o evento foi criado para promover o intercâmbio entre entidades de pesquisas e especialistas nas áreas de máquinas hidráulicas, componentes associados e sistemas.

Com periodicidade bianual, cada edição será sediada por uma das universidades membros de forma a garantir a interação regional e entre os pesquisadores e especialistas da indústria. o foco será pesquisas da área de máquinas hidráulicas, sistemas e meio ambiente. Nesta primeira edição, o evento foi organizado em parceria com a Universidade Federal de Itajubá, por meio do professor Geraldo lucio tiago Filho e coordenado pelo diretor da Faculdade de tecnologia do Campus limeira da UNICAMP, professor José Geraldo Pena de Andrade.

Simultaneamente com o I LATIN HYDRO POWER & SYSTEMS MEETING foi realizado o 6TH HYDRO POWER FOR TODAY FORUM, evento este promovido pela UNIDo-organização para o Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas.

o evento recebeu uma comitiva de pesquisadores, empresários e representantes do governo chinês, representantes do governo brasileiro, espanhol, oNU e olade. Além da participação de alunos de graduação e pós-graduação da UNICAMP, UNIFEI, e Universidad Nacional de la Plata, Argentina.

No dia 31de outubro foi realizada uma visita técnica no museu da Energia da Usina de Corumbataí, em Rio Claro/SP, onde os participantes do Meeting puderam conhecer toda a área da usina, que incluía o parque entorno da mesma, a casa de máquinas e a tomada d’água.

The first edition of Latin Hydro Power & Systems Meeting by the National Reference Centre in Small Hydropower Plants of the Federal University of Itajubá between october 29th to october 31st 2013, at the facilities of the State University of Campinas – UNICAMP,. the event was created to promote the exchange between research institutions and experts in the fields of hydraulic machines, associated components and systems.

biannually, each edition will be hosted by one of the member universities to ensure regional interaction, as well as the interaction between researchers and industry experts. the focus will be research in the field of hydraulic machines, systems and the environment. In this first edition, the event was organized in partnership with the Federal University of Itajubá, by Professor Geraldo lucio tiago Filho and coordinated by the director of the College of technology of limeira Campus of Unicamp, Professor José Geraldo Pena de Andrade.

Along with the first LATIN HYDRO POWER & SYSTEMS MEEtING, the 6th HYDRo PoWER FoR toDAY FoRUM was held, an event promoted by UNIDo- organization for the Industrial Development of the United Nations.

the event received groups of researchers, entrepreneurs and representatives of the Chinese Government, representatives of the brazilian and Spanish Governments, the UN and olade. Graduate and undergraduate students from UNICAMP, UNIFEI, and Universidad Nacional de la Plata, Argentina participated, as well.

on october 31st, a technical visit was held at the energy museum of the Corumataí Plant in Rio Claro/SP, where the participants of the meeting could get to know the entire area of the plant, which includes the park around it, the powerhouse and the water intake.

Hidro&Hydro - PCH NotíCiAs & sHP NEws | issN 1676-0220 NEwS

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Cerimonia de Abertura do I LATIN HYDRO POWER & SYSTEMS MEETING and 6TH HYDRO POWER FOR TODAY FORUM

opennig Cerimony of I LATIN HYDRO POWER & SYSTEMS MEETING and 6TH HYDRO POWER FOR TODAY FORUM

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Hidro&Hydro: PCH NotíCiAs & sHP NEws, 56 (1), JAN,mAr/2013

EduCAção E tECNologiA é tEmA dE sEmiNário rEAlizAdo PElA uNifEi

Por Adriana barbosa

Dentro das atividades programadas para a semana comemorativa do centenário da Universidade Federal de Itajubá, foi realizado no último dia vinte, o primeiro Seminário Educação, tecnologia e Infraestrutura – 100 anos de conhecimento.

Sob a coordenação do pró-reitor de extensão da UNIFEI, professor José Wanderley Marangon lima, e a realização do departamento de comunicação do Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas - CERPCH o evento objetivou discutir a evolução do ensino da engenharia em comparação com o desenvolvimento tecnológico do brasil nos últimos 100 anos.

o desenvolvimento da Educação e da tecnologia tem acar-retado diversas transformações na sociedade contemporânea, refletindo em mudanças nos níveis econômicos, político e social. Pode-se considerar Educação e tecnologia como vetores do pro-gresso que proporcionam não só desenvolvimento do saber hu-mano, mas, também, uma evolução real para o homem.

Dentro deste conceito, o evento realizou debates sobre o pa-pel da engenharia e da tecnologia no desenvolvimento nacio-nal, apresentando casos de sucesso internacional e no brasil de forma a discutir as diretrizes da educação da tecnologia e traçar cenários futuros do setor.

CURTASAdr

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Hidro&Hydro: PCH NotíCiAs & sHP NEws, 58 (3), Jul,sEt/2013

o Seminário sobre Educação, tecnologia e Infraestrutura - 100 anos de conhecimento contou com quatro painéis divididos em: Educação, Setor Elétrico, Petróleo e Indústria. Cada painel contou, respectivamente, com a presença de: o Professor da Faculdade de Educação da UnB, Gilberto Lacerda dos Santos; o Diretor Geral da FACESM – Itajubá, Hector Gustavo Arango; o Diretor de Operação de FURNAS, César Ribeiro Zani; o Superintendente de Engenharia de ITAIPU, Jorge Habib Hanna el Khouri; o Diretor Geral do O.N.S, Hermes Chipp; o Chefe do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas da ELETROBRAS, Joazir Nunes Fonseca; o Diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, Jorge Paglioli Jobim; o Diretor de RH da SCHLUMBERGER Brasil, Ricardo Santos; o Gerente de Desenvolvimento da ULTRAGAZ, Aurélio Antônio A. Ferreira; o Gerente Geral da Universidade PETROBRAS, José Alberto Bucheb; o Presidente da HELIBRAS, Eduardo Marson Ferreira; o Diretor Geral da INTERMEC by Honeywell, Carlos Conti e do Gerente de Inteligência Estratégica da FIEMG, Paulo César bicalho de Abreu Chagas.

o público foi composto por convidados de todo brasil, tidos como referencia no ensino tecnológico mundial, além de docentes e discentes da UNIFEI.

Educação, tecnologia e Infraestrutura é debatido em Seminário dentro das atividades do Centenário da UNIFEI

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EdUcaTIoN aNd TEcHNology IS THE THEmE oF THE SEmINaR HEld by UNIFEI

Translation: Romulo Vilas boas Chiaradia

NEwSHidro&Hydro - PCH NotíCiAs & sHP NEws | issN 1676-0220

In the activities programmed for the celebrating week of the centennial of the Federal University of Itajubá on November 20th, the first Education, technology and Infrastructure Seminar– 100 years of knowledge.

the communication department of the National Reference Centre in Small Hydropower Plants – CERPCH held the event aimed to discuss the evolution of the education of engineering in comparison to the brazilian technological development in the last 100 years, under the coordination of the director of the UNIFEI extension, Professor José Wanderley Marangon lima.

the development of Education and technology has promot-ed different transformations in contemporary society, reflecting changes in economic, political and social levels. Education and technology can be considered as vectors of the progress provid-ing not only human development, but also, a real evolution of man.

In this concept, the event held debates on the role of en-gineering and technology in national development, presenting cases of international and brazilian success in order to discuss the guidelines of the education of technology and describe future scenarios of the sector.

the seminar about Education, tech-nology and Infrastructure – 100 years of knowledge was diviced into four panels: Education, Electric Sector, oil and In-dustry. Each panel had, respectively, the presence of: the Professor of the Edu-cation College of UNb, Gilberto lacerda dos Santos; General Director of FACESM – Itajubá, Hector Gustavo Arango; the operation Director of FURNAS, César Ri-beiro Zani; the Superintendent of Engi-neering of ItAIPU, Jorge Habib Hanna el Khouri, the General Director of o.N.S, Hermes Chipp, the Chairman of the De-

partment of Development of People of ElEtRobRAS, Joazir Nuner Fonseca; the Director of the Department of Energy Development of MME, Jorge Paglioli Jobim; the Director of HR of SCHLUMBERGER Brazil, Ricardo Santos; the Manager of Development of ULTRAGAZ, Aurélio Antônio A. Ferreira, the General Manager of the PEtRobRAS University, José Alberto Bucheb; the President of HELIBRAS, Edu-ardo Marson Ferreira; the General Director of INTERMEC By Honey-well, Carlos Conti and the Manager of Strategically Intelligence of FIEMG, Paulo César bicalho de Abreu Chagas.

the audience was made up of guests from all over brazil, considered as references in Global technological Education, as well as professors and students of UNIFEI.

Education, Technology and Infrastructure is discussed in Seminary included in activities of Unifei's Centenary.

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AGENDA/SCHEDULE

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EvENtos Em sEtEmbro

dia 24 a 26 – Hydro vision brasillocal: transamercia Exp Center – São Paulo / SP.site: www.hydrovisionbrasil.com/en/index.html

dia 3 a 5 – brasil windpowerlocal: Centro de Convenções Sulamerica – Rio de Janeiro/RJsite: www.brazilwindpower.org/pt/home.asp

EvENtos Em outubro

dia 17 – 4° workshop de gestão integrada de resíduos sólidos site: planejabrasil.wordpress.com/proximo-evento/

dia 13 a 16 – XXii seminário Nacional de Produção e transmissão de Energia Elétrica

local: brasília - DFsite: www.xxiisnptee.com.br

dia 29; 30 e 31 – iAHrlocal: UNICAMP – Campinas / SP.site: www.latiniahr.org/meeting/

EvENtos Em NovEmbro

dia 3 a 8 – 14º CbgE – CoNgrEsso brAsilEiro dE gEologiA dE ENgENHAriA E AmbiENtAl

local: Dependências do CPRM - Serviço Geológico do brasil - Rio de Janeiro, RJ.site: www.acquacon.com.br/14cbge/

dia 5 a 7 – Xv fimAi / sEmAi - feira internacional de meio Ambiente e sustentabilidade

local: EXPo Center Norte – Pavilhão Azul / São Paulo - SP.site: www.fimai.com.br/

dia 17 a 22 – XX simpósio brasileiro de recursos Hídricoslocal: bento Gonçalves-RS.site: www.abrh.org.br/SGCv3/index.php

dia 27 a 28 – 2° ENEsAN – Encontro técnico de engenharia sanitária e Ambientalsite: http://planejabrasil.wordpress.com/proximo-evento/

Hidro&Hydro: PCH NotíCiAs & sHP NEws, 58 (3), Jul,sEt/2013

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